antônia maria - petição simples - desbloqueio de valores
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Petição de desbloqueio de valores constritos pela justiça estadual.Petição simples porem bastante eficaz.TRANSCRIPT
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA DE EXECUÇÕES
FISCAIS DA COMARCA DE JOÃO PESSOA – PARAÍBA
Execução nº: 0776358-41.2007.815.2001
ANTÔNIA MARIA MOURA GOMES, já qualificado nos autos,
por intermédio de seu advogado in fine assinado, vem expor e, ao
fim, requerer o que se segue.
Como é sabido por este D. Juízo, a Sra. ANTÔNIA MARIA
MOURA GOMES é parte ré em ação de execução fiscal neste D. Juízo.
Ocorre que, a pedido da fazenda Municipal, foi instrumentalizada e
deferida solicitação de constrição judicial, por meio do sistema
BACENJUD. Desse modo, em maio do presente ano, houve a
constrição de R$ 2.415,60 (Dois mil, quatrocentos e quinze
reais e sessenta centavos) das contas de titularidade da
executada.
Ocorre que, a executada é parte ilegítima na presente
ação. Por tratar-se de matéria de ordem pública, podendo portanto
ser arguida em qualquer momento processual ou grau de jurisdição,
ainda que revel, a executada tem o direito de reaver seu numerário
que foi constrito judicialmente.
A presente execução trata de dívidas referentes ao IPTU
do Imóvel situado à Rua José Alfredo Nóbrega de Freitas, nº 203,
Unidade 228 do Edf. Miguel Primo, Bessa, João Pessoa - PB. O
responsável legal pelo pagamento de IPTU é o proprietário do bem
imóvel Urbano. Aqui reside o deslinde da presente causa. A
executada, vendeu o referido imóvel aos casal GILMAR
PEREIRA DA COSTA E ROMILDA DA COSTA ARAÚJO,
inscritos, respectivamente, no CPF: 262.516.474-34 e
1
421.503.704-25 na data de 18/02/1994 (conforme certidão
vintenária do cartório Eunápio Torres - anexo).
Inexplicavelmente, seu nome continuou no cadastro da prefeitura
municipal de João Pessoa-PB como titular do pagamento do IPTU do
imóvel de outra pessoa, puro descaso da municipalidade. Perceba-
se que os débitos executados são posteriores à venda do bem
pela executada e que o referido casal mantém a propriedade
do referido bem até os dias atuais.
Não pode figurar como ré em execução fiscal
promovida pela municipalidade pessoa que não possui
LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. Por não ser
proprietária do bem no período dos débitos ensejadores da
presente ação, fica afastada sua responsabilidade fiscal.
Assim, em atenção aos mais basilares princípios do
direito, sobretudo o da Dignidade da Pessoa Humana e do não
confisco, uma vez que os valores bloqueados mostram-se,
presumidamente por força de dispositivo legal, indispensáveis à
manutenção da executada, requeremos, com a máxima vênia, que
este ínclito juízo se preste a IMPEDIR O LEVANTAMENTO DA
PENHORA PELA FAZENDA MUNICIPAL e determine,
imediatamente, a RECONDUÇÃO DOS VALORES CONSTRITOS
PARA AS CONTAS DA EXECUTADA E SEU TOTAL
DESBLOQUEIO. Somente a título elucidativo, a constrição judicial
recaiu sobre o montante de R$ 2.415,60 (Dois mil, quatrocentos
e quinze reais e sessenta centavos) e foi levada a cabo por meio
da penhora online – BACENJUD.
Em seguida, requer-se a exclusão da Sra. ANTÔNIA
MARIA MOURA GOMES do presente processo por falta de
legitimidade passiva ad causam, com a consequente extinção da
execução sem julgamento de mérito.
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Nestes termos, pede deferimento.
João Pessoa/PB, 01 de setembro de 2015.
NAAMÃ SOUZA
Advogado, OAB/PB: 14.231
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