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Espaço Arquitetônico Antonio Castelnou

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Espaço Arquitetônico Antonio Castelnou

Introdução

• Basicamente, considera-se

o ESPAÇO como a dimensão

geral da existência humana:

o homem tem necessidade de

estabelecer relações vitais

com o meio ambiente em que

vive, de modo a conferir

sentido e ordem ao mundo

de ações e acontecimentos.

• Para Platão (427-347 a.C.), o ESPAÇO era mãe e receptáculo de todas as coisas criadas pelo homem: um nada que existia na NATUREZA, contendo (ou não) tudo que havia e pudesse ser percebido.

• Já para Aristóteles (384-322 a.C.), o espaço consistia em

um campo dinâmico com direções e propriedades

qualitativas, que estabelecia as dimensões

básicas do mundo (GEOMETRIA).

• No século XVII, o ESPAÇO passou

a ser entendido como um

sistema de coordenadas

cartesianas ou ortogonais (Eixos

x-y-z), surgidas a partir de René

Descartes (1595-1650).

• O conceito grego de espaço,

natural e unificado, acabou

sendo dividido em múltiplos

outros espaços: os espaços

físicos concretos e os espaços

matemáticos abstratos,

inventados para descrever

e simular os anteriores.

• Finalmente, em princípios do século passado, a TEORIA

DA RELATIVIDADE, proposta por Albert Einstein (1879-

1955), substituiu a idéia de “pedaços” de matéria

situados em um campo tridimensional por uma série

de “acontecimentos” em um espaço-tempo de

04 (quatro) dimensões.

Espaço Arquitetônico

• O ESPAÇO ARQUITETÔNICO é

o resultado da organização do

espaço e do tempo, a partir da

análise das relações entre seus

elementos e suas regras

subjacentes.

• Isto depende de valores e

normas dos diferentes grupos

sociais, as quais influenciam

expectativas, comportamentos

e significados.

• Contrapondo-se ao meio

ambiente ou espaço natural,

o espaço arquitetônico envolve

02 (duas) instâncias :

o ESPAÇO EDIFICADO

(fechado e privado,

relativo à arquitetura)

o ESPAÇO URBANO

(aberto e público,

relativo ao urbanismo).

• De modo diverso que na matemática e na geometria,

o ESPAÇO ARQUITETÔNICO não é um conceito

absoluto, mas sim relativo, pois varia conforme a

dimensão e a posição do usuário, modificando-se

de acordo com o movimento do observador.

• Assim, é possível se definir 02 (duas) categorias:

Espaço estático: determinado pelas superfícies

e suas qualidades plásticas (forma, dimensões,

textura, luz, cor, fechamentos e aberturas, etc.)

Espaço dinâmico: determinado pelo movimento,

ou seja, a variação na posição no tempo, o que

depende dos elementos de percepção ambiental

1 Com continuidade visual e espacial

2 Com continuidade visual e sem

continuidade espacial

3 Sem continuidade visual e espacial

MUDANÇAS DIA/NOITE

• Segundo CHING (1999),

os principais elementos do

espaço arquitetônico são:

a) LINHAS: consistem em um elemento invisível que influi em todos os seres humanos, mesmo

aqueles indiferentes à cor, conforme seu sentido e direção.

Basicamente, pode ocupar 04 posições fundamentais:

vertical (sinal de alerta, força e dignidade); horizontal

(sensação de repouso, quietude e amplidão); oblíqua (linha de fuga,

vitalidade e movimento) e curva (alegria, animação e frivolidade).

b) PLANOS: correspondem à

abstração geométrica das

superfícies e constituem-se

no elemento de delimitação,

seja vertical como horizontal,

controlando a continuidade

visual e espacial; filtrando

os fluxos de ar, luz e som; e

proporcionando a sensação

de fechamento (tetos, pisos,

paredes, divisórias e muros).

PLANO DE BASE

PLANO REBAIXADO PLANO ELEVADO

PLANOS PARALELOS

PLANOS EM L

PLANOS EM U

PLANOS FECHADOS

c) SUPERFÍCIES: relacionam-se à

textura (qualidade das sensações

tácteis) e estão diretamente

ligadas aos materiais que se

utilizam no espaço, pois, conforme

a sua natureza, podem produzir

sensações diferentes

(polida/rugosa, dura/macia,

opaca/transparente, etc.).

Sua escolha e combinação

promovem impressões de limpeza,

frieza, frescor, opulência, etc.

d) VOLUMES ou CHEIOS: elementos que conferem

tridimensionalidade à arquitetura (massas), estabelecendo

suas dimensões espaciais, escala e proporção; podendo

ser contínuos ou não, simples ou compostos; por

justaposição, por articulação e por interpenetração.

e) ABERTURAS ou VAZIOS: promovem acessos e ligações espaciais, além de vistas e entradas de ar, luz e som. São elementos que podem ser isolados, em grupo ou contínuos; laterais, em arestas ou superiores (zenitais); verticais, horizontais ou oblíquos.

RELAÇÃO ENTRE

CHEIOS E VAZIOS

TIPOS DE ABERTURAS

Dentro de planos

Em cantos

Entre planos

e) CORES: consistem em um

elemento de fundamental

importância na composição

de espaços arquitetônicos,

pois é carregado de

significados e pode criar

ilusões de tamanho e

profundidade.

-Efeitos físicos

-Efeitos fisiológicos

-Efeitos sinestésicos

-Efeitos psicológicos

Bibliografia APOSTILA – Capítulo 10.

BOLLNOW, O. F. O homem e o espaço. Curitiba: UFPR,

2008.

CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem.

São Paulo: Martins Fontes, 1999.

COUTINHO, E. O espaço da arquitetura. 2. ed. São

Paulo: Perspectiva, 1998.

HALL, E. T. A dimensão oculta. Trad. Sônia Coutinho.

Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977.

SILVA, E. Uma introdução ao projeto arquitetônico. 2. ed.

Porto Alegre: UFRGS, 1998.

SNYDER, J. C.; CATANESE, A. Introdução à arquitetura. Rio

de Janeiro: Campus, 1984.