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POLOVEST
Arranjo produtivo têxtil e do vestuário do Alto Uruguai Gaúcho
Proposta do APL do setor têxtil e do vestuário do Alto Uruguai Gaúcho para
enquadramento e acesso ao programa de apoio aos Arranjos Produtivos Locais
(APLs), conforme EDITAL Nº 01/2013
Abril de 2013.
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PROPOSTA DO APL DO TEXTIL E DO VESTUÁRIO DO ALTO URUGUAI
GAÚCHO PARA ENQUADRAMENTO NO PROJETO DE FORTALECIMENTO
DAS CADEIAS E ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS DO GOVERNO DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
O presente documento apresenta informações sobre a
criação e a configuração do POLOVEST - Arranjo
produtivo têxtil e do vestuário do Alto Uruguai Gaúcho –
e detalha os elementos básicos da estrutura de
funcionamento do Arranjo Produtivo Local do setor têxtil
e do vestuário na região Alto Uruguai Gaúcho.
Contato:
Sindicato das Indústrias do Vestuário do Alto Uruguai
Rua Itália, 148 – Erechim/RS
http://www.sindivest.org
e-mail: [email protected]
Telefone (54) 9147-2250
Abril de 2013.
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SUMÁRIO
1. Apresentação .................................................................................................. 3
2. Contextualização e Caracterização do Arranjo ................................. 5
2.1. Caracterização econômica e institucional .............................................. 5
2.2. Acesso aos mercados interno e externo ................................................... 8
2.3. Formação e Capacitação ........................................................................... 9
2.4. Cooperação ............................................................................................... 10
2.4.1. Ações de Cooperação Realizadas e Em Andamento .................... 11
2.4.2. Ações de Cooperação Previstas...................................................... 18
2.5. Coordenação ............................................................................................. 25
2.6. Investimento e Financiamento ................................................................. 27
2.7. Qualidade e produtividade ....................................................................... 28
2.8. Tecnologia e Inovação ............................................................................ 29
2.9. Meio Ambiente e Saúde .......................................................................... 32
2.10. Relações Sociais e Culturais ........................................................... 33
3. Desafios e Oportunidades de Desenvolvimento .................................. 34
4. Conclusão ........................................................................................................ 38
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1. APRESENTAÇÃO
Esta proposta contém informações acerca da constituição, abrangência e
funcionamento do Arranjo Produtivo Local do Setor Têxtil e do Vestuário do Alto Uruguai
Gaúcho, cuja governança tem sido exercida pelo SINDIVEST AU – Sindicato das
Indústrias do vestuário do Alto Uruguai e com o apoio da Agência de Desenvolvimento do
Alto Uruguai, (AD Alto Uruguai). Tem o intuito de obter o reconhecimento e o apoio por
parte do Programa de Fortalecimento das Cadeias e Arranjos Produtivos Locais, do
Governo do Estado do Rio Grande do Sul, realizado por sua Secretaria de
Desenvolvimento e Promoção do Investimento.
Conforme Fundação de Economia e Estatística (FEE, 2013) a região do Alto
Uruguai Gaúcho é formada por 32 municípios, possui uma população total de 221.546
habitantes em uma área de 6.347,9 km2, tendo como ano base 2011. O PIB da região
apresenta-se entre os 10 maiores do estado do Rio Grande do Sul, sendo este de R$ 4,882
bilhões conforme ano base 2010.
Um arranjo produtivo pressupõe a proximidade territorial dos agentes econômicos,
políticos e sociais e a existência de redes interorganizacionais por eles formadas. O
POLOVEST está localizado na região do Alto Uruguai Gaúcho, abrangendo 4 municípios
(Entre Rios do Sul, Erechim, Estação e Getúlio Vargas). Conforme a tabela 1, no (anexo
03-A), esses quatro municípios são os que abrigam o maior número de empreendimentos
do setor, chegando a 189 dos 216 empreendimentos, ou seja, abrigam sozinhos cerca de
90% do total. Como o maior número de empresas é formado por pequenas empresas, ainda
há um reduzido número de adesões. Cabe ressaltar que aumentar as adesões é uma das
ações que fazem parte do plano de ações. Erechim possui 119 empreendimentos, com 15
adesões ao APL. Getúlio Vargas possui 54 empreendimentos, com 7 adesões ao APL.
Estação possui 11 empreendimentos com 1 adesão ao APL, Entre Rios do Sul possui 5
empreendimentos e 1 adesão ao APL.
A existência de vínculos é constatada no caso do presente arranjo, o qual possui um
conjunto de instituições e organizações envolvidas na pesquisa e no desenvolvimento do
setor, engajadas há vários anos na tarefa de compreender o seu funcionamento, verificar
suas demandas e encaminhar providências para o atendimento das mesmas.
Um arranjo produtivo pressupõe a cooperação entre as empresas do setor, entre
instituições e organizações do setor público. Tal fato que já vem ocorrendo há pelo menos
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oito anos, fortalecido pela criação do Sindicato das Indústrias do Vestuário da Região do
Alto Uruguai, SINDIVEST AU. O advento da fundação do sindicato propiciou um
incremento na atuação organizada do setor, sendo este um fator facilitador da mobilização
e conseqüente obtenção de conquistas.
No processo de elaboração desta proposta houve a participação de representantes das
empresas que compõem o arranjo produtivo, representantes das entidades apoiadoras do
projeto e lideranças sindicais e empresariais do setor na região de abrangência. Foram
realizadas reuniões semanais com a equipe técnica e apoiadores durante o período de
março a abril/2013 nas dependências da Agência de Desenvolvimento do Alto Uruguai
(AD-AU), conforme evidenciado no (anexo 01-A). Nestas ocasiões os pontos eram
discutidos e apreciados pelos participantes para que o produto deste trabalho fosse o mais
representativo possível do pensamento dos segmentos do setor.
A elaboração da proposta consolidou um processo que ocorreu durante os últimos
anos e culminou no ano de 2012, com o emprego do método de Pensamento Sistêmico e
Planejamento de Cenários (PSPC) aplicado ao planejamento setorial do vestuário. Este
evento foi viabilizado a partir de um trabalho de dissertação de mestrado de uma
professora do Instituto Federal1, ainda em fase de elaboração, que tem o setor como foco
da pesquisa.
Neste procedimento, a aplicação do método PSPC foi realizada provocando os
participantes em levantar os elementos alavancadores da competitividade setorial na
indústria do vestuário de uma região. Neste evento, que se constituiu de uma seqüência de
08 encontros (reuniões), nos meses de novembro e dezembro de 2012, e no mês de janeiro
de 2013, foram discutidos os vários aspectos que envolvem o setor na região, culminando
com a elaboração de um plano de ação com 14 ações propostas, conforme consta no anexo
02-A, entre as quais, na ação nº02 consta a formalização e reconhecimento do arranjo
produtivo, mediante a elaboração de uma proposta para reconhecimento a ser encaminhada
quando de uma oportunidade.
1 SERRANO, Rosiane. Utilização do Pensamento Sistêmico e Planejamento por Cenários em
Setores Produtivos: uma aplicação no setor de vestuário na região do Alto Uruguai. In Working...Dissertação
de Mestrado- Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade do Vale
do Rio dos Sinos- UNISINOS - São Leopoldo.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO ARRANJO
Este capítulo descreve o processo de constituição do APL do setor têxtil e do
vestuário do Alto Uruguai Gaúcho, as justificativas para sua concepção, bem como os
atores que participaram da governança e planejamento das ações voltadas ao setor.
2.1. Caracterização econômica e institucional
O arranjo produtivo do vestuário do Alto Uruguai, neste documento denominado de
POLOVEST, teve origem a partir de uma iniciativa de estabelecimentos do setor, ao
perceberem que Erechim e a sua região abrigam um conjunto de indústrias que constituem
um pólo regional na produção de diversos artefatos de vestuário, desde malharia até
confecções.
O inicio da trajetória do setor têxtil e do vestuário do alto Uruguai Gaúcho foi
marcado por empreendimentos familiares, construídos através de ações individuais, porém
com grande vontade de crescer, embasados em uma cultura de qualidade.
Com o passar do tempo estas empresas perceberam que as necessidades eram
comuns e a cooperação geraria forças para competir. Desde então, com a atuação do
SEBRAE com o comitê setorial do vestuário foi criado o Sindicato do Comércio Varejista
da Região do Alto Uruguai, SINDIVEST-AU.
Este sindicato nasceu da união entre um grupo de empresários das indústrias do
vestuário da região que tinham por objetivo construir uma organização forte e
representativa. A proposta é trabalhar por objetivos comuns buscando a competitividade do
setor. As primeiras reuniões para formalização iniciaram em outubro de 2005, porém foi
em 22 de outubro de 2008 que foi reconhecida pelo ministério do trabalho através da carta
sindical. Sua ata de fundação foi assinada por 19 empresários.
A partir deste advento, o sindicato passou a exercer a função de governança com
vistas à constituição de um arranjo produtivo do setor. Esta iniciativa em diversas frentes,
além das empresas, houve uma rica parceria com instituições de ensino, entidades de apoio
empresarial e órgãos públicos com vistas a fortalecer o setor e passando a atuar
explicitamente visando à formalização de um arranjo produtivo.
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O atual POLOVEST, especificamente, é composto de vinte e três estabelecimentos
industriais situados nos municípios de Erechim (15 estabelecimentos), Getúlio Vargas (7
estabelecimentos) e Estação (1 estabelecimento).
O conjunto de segmentos econômicos que integram o setor é bastante variado,
sendo mais freqüentes os de malharia circular e malharia retilínea, lingerie e moda praia,
alfaiataria, camisaria, jeans e uniformes, e outros (moda feminina, confecções de couro
para motocicleta, cama mesa e banho matelassê, moda, couro/confecção. Desta forma,
constitui a última etapa da cadeia de transformação deste segmento, ou seja, não apresenta
em sua composição indústrias de fiação e tecelagem.
Até o momento aderiram à formação do POLOVEST um total de 24 (vinte e
quatro) empreendimentos, os quais geram um total de 1.128 empregos diretos, conforme
levantamento SINDIVEST, 2013 (anexo 4-A). Considerando a informação constante no
anexo 08-A, baseada no MTE, de que na região o setor do vestuário proporcionou um total
de 1.567 vínculos empregatícios no ano de 2012, pode-se inferir que 72% destes estão nas
empresas que integram o APL POLOVEST. Apesar desta constatação se basear em duas
fontes distintas, tal fato coloca um relevo a importância do APL no número de geração de
empregos do setor na região. Mais de 200 empregos indiretos (serigrafias, indústria de
etiquetas, bordados, agências de publicidade, software, gráficas, segurança, limpeza,
manutenção, saúde ocupacional e outros). No que tange a empregos terceirizados, a
pesquisa estima em 641 empregos no ano de 2013. Desta forma chega a aproximadamente
2.400 o número total de empregos em todo o setor.
Grande parte destes empregos terceirizados atualmente encontra-se fora do estado
do Rio Grande do Sul. Um dos principais propósitos do POLOVEST é trazer estes
empregos para a região, o que significa maior geração de riqueza e contribuindo com a
elevação do índice de desenvolvimento regional.
Conforme dados obtidos junto ao RAIS. Erechim é o quinto município que mais
emprega neste segmento, levando em conta o número de empregados. Somente é
antecedido por Caxias do Sul, Porto Alegre, Sapucaia do Sul e Farroupilha.
Outro aspecto importante é que o emprego no setor do vestuário tem sido
caracterizado por trabalhadores oriundos de famílias de baixa renda, na maior parte mão-
de-obra feminina. Em muitos casos as mulheres atraídas para nele trabalhar encontram-se
em situação de ameaça social e carecendo de oportunidade. O trabalho no setor constitui-
se, assim, na possibilidade de autonomia econômico-financeira e emancipação social.
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Segundo levantamento do SINDIVEST (anexo 04-A), perante uma estratificação por sexo,
o emprego nos estabelecimentos do APL, em 87% dos postos de trabalho são ocupados por
mulheres. Este aspecto coloca o setor como de importância para a inclusão do público
feminino, conforme apontado. Esta característica de empregabilidade do público feminino
existente no setor do vestuário alinha-se com a política do governo federal, especialmente
com a Secretaria de Política para as Mulheres.
Instituições do APL:
As instituições que oferecem apoio ao APL POLOVEST, são as seguintes:
ACCIE - Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim
AMAU - Associação de Municípios do Alto Uruguai
Câmara de Dirigentes Lojistas de Erechim CDL
COREDE - Conselho Regional de Desenvolvimento do Norte – RS
FAE - Faculdade Anglicana de Erechim
Instituto Federal do Rio Grande do Sul – IFRS, Câmpus de Erechim
Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai – IDEAU/ Getúlio Vargas
Prefeitura Municipal de Erechim
SEBRAE/RS
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Rio Grande do Sul (SENAI-RS)
SINDILOJAS - Sindicato do Comércio Varejista do Alto Uruguai Gaúcho
UERGS - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Câmpus de Erechim
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Câmpus de Erechim
URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Câmpus de
Erechim
No que se refere à infraestrutura do APL, entre as empresas que aderiram ao
POLOVEST, 95% declaram dispor de estrutura produtiva caracterizada por equipamentos
com idade média inferior a 10 anos, sendo que os que declaram que a idade média é
inferior a 5 anos são 60% (conforme informações declaradas pelas empresas na pesquisa
preparatória desta proposta). Também há a intenção de renovação do mesmo, o que
significa uma disposição de atualizar seu capital fixo conforme as necessidades da
atividade. Além disso, em função do ramo que se constitui o vestuário, o setor precisa se
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manter atualizado quanto a tendências, dispor de equipe para criar, necessidade de realizar
visitas e intercâmbios para ampliar o conhecimento visando atender às exigências do
mercado consumidor.
Pontos positivos quanto à infraestrutura: idade média dos equipamentos condizente
com o setor; contar com o apoio de uma série de instituições de treinamento, ensino e
pesquisa, e de capacitação, capazes de desenvolver tecnologia para atender às
peculiaridades do setor e do mercado. Outro ponto positivo do setor na região que se
destaca é a diversidade de produtos, com isto permite a realização de diferentes formas de
parceria. Outro importante fator é o fato de as indústrias da região comercializarem seus
produtos, em grande parte, para outros estados da federação, fato que ocasiona um ingresso
de recursos para a região e para o estado. Outro importante fator é a integração entre as
empresas do segmento com as demais instituições que apóiam o APL, conforme
demonstram as ações realizadas. A região conta com um número expressivo de
empreendimentos, chegando a 216 empresas no setor, o que demonstra a elevada vocação
ao empreendedorismo. Todas elas se originaram na própria região do Alto Uruguai.
Entende-se que a partir de uma atuação dinâmica e proativa do POLOVEST poder-se-á
fazer com que elas possam desenvolver-se. Tal qual muitas delas, surgidas na região, são
empresas líderes em seus segmentos.
Pontos negativos da infraestrutura: pouca disponibilidade de mão de obra
qualificada; a distância dos centros fornecedores de matérias-primas (centro do país) e do
mercado comprador (centro do país). Outro ponto negativo é a tributação elevada em
relação aos demais estados, bem como os elevados impostos federais.
2.2. Acesso aos mercados interno e externo
Os segmentos de mercado das empresas do APL são bastante diversificados.
Conforme podemos conferir no gráfico 01, os principais produtos do setor são: lingerie,
moda praia, malha circular, Roupas profissionais/uniformes, camisaria, Jeans, alfaiataria e
malharia retilínea. Conforme pesquisa do SINDIVEST (2013) para elaboração desta
proposta, pode-se observar no gráfico abaixo, que o item “outros” é o mais expressivo.
Este segmento compõe uma variada gama de itens esportivas, fitness, roupas de couro,
cama, mesa e banho. A mesma pesquisa aponta que 15% das empresas trabalha com marca
de clientes (private label), e as demais (85%) trabalham com marca própria.
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Fonte: Pesquisa Sindvest 2013
O perfil de distribuição dos produtos vendidos pelos empreendimentos do APL há
predominância para o comércio varejista (43,8%) seguido de vendas ao consumidor final
(34,8%). Apenas uma fração reduzida é vendida ao exterior ou a agentes de exportação,
conforme o gráfico 02.
Fonte: Pesquisa Sindvest 2013
Na percepção das empresas do APL, seus principais concorrentes estão bem
distribuídos entre na microrregião (30,0%), no estado (32,9%) e nos demais estados do país
36,9. Apenas uma pequena fração de 0,2% é considerada como concorrência externa.
2.3. Formação e capacitação
Quanto à formação dos trabalhadores das empresas do APL que trabalham na
produção 46% possuem ensino fundamental, 47% ensino médio e 8% graduação. Os que
trabalham na gestão 8% possuem ensino fundamental, 34% ensino médio, 45% graduação
e 13% possuem pós-graduação.
Na formação profissional (ofício) dos trabalhadores, ainda ocorre principalmente no
trabalho na empresa e com a experiência adquirida no trabalho nos empregos anteriores.
Cabe destacar que esta realidade vem mudando com o aumento das escolas
profissionalizantes disponíveis em Erechim e região. Dentre os cursos oferecidos pelas
instituições de ensino destacam-se:
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Instituições de Ensino Curso oferecido No. de vagas
URI-Campus Erechim Curso de ADM e Comércio Internacional
40
IFRS-Campus Erechim Curso técnico em Vestuário Curso de Design em Moda
70 32
FAE-Erechim Curso de Design 40
Faculdade IDEAU–Getúlio Vargas Curso de Design de moda 40
Senai – Erechim Corte e costura industrial Costura para lingerie Modelagem industrial têxtil
Conforme a demanda
Fonte: elaboração própria
Ainda quanto ao quadro de trabalhadores das empresas do APL, estas informaram
que os principais problemas enfrentados são carência de trabalhadores especializados,
citado em 27% dos casos, e a falta de comprometimento dos trabalhadores com a empresa
e a produção, citado em 21% dos casos. Com percentuais de 13%, 15% e 17% aparecem,
respectivamente, absenteísmo/faltas, carência de trabalhadores não especializados e
rotatividade da mão de obra.
2.4. Cooperação
Promover a cooperação entre as empresas do APL é o maior benefício que pode
ocorrer. Entre as empresas pesquisadas, 59% das entrevistadas declararam não realizar
ações de cooperação. Das outras empresas que declaram possuir ações de cooperação,
41%, as ações que mais tem ocorrido estão na troca de informações em reuniões sociais e
realização de visitas a outras empresas, conforme gráfico abaixo:
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
No que se refere às ações de interação e cooperação entre as empresas do arranjo e
as instituições públicas e privadas locais, percebe-se a presença marcante do SEBRAE e
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SINDIVEST-AU, seguidas da SENAI, URI e outras entidades representativas, conforme
indica o gráfico 04.
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
Ainda não há uma marca coletiva do APL pela qual os produtos fabricados são
identificados, porém este é um passo importante a ser dado após o amadurecimento da
relação de cooperação entre as empresas que formam o APL.
Há consenso entre os empresários e tomadores de decisões sobre a importância da
realização de possíveis parcerias a serem desenvolvidas além da troca de experiência,
conforme demonstrado no gráfico 05.
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
2.4.1 Ações de Cooperação Realizadas e Em Andamento
Ao longo dos últimos anos de atividade as indústrias do pólo de têxtil têm realizado
diversas ações buscando o fortalecimento do setor. Na seqüência estão enumeradas
algumas das ações mais relevantes.
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Ação 01:
Eixo: Governança e Cooperação.
Demanda/problema Buscar cooperação entre as empresas do setor têxtil e do vestuário.
Ação: Criação de um sindicato patronal – Sindivest AU.
Objetivo: Negociar o dissídio coletivo. Construir uma organização forte e representativa que trabalhe em prol dos objetivos comuns buscando a competitividade do setor.
Executor: Empresários do setor têxtil e do vestuário; apoio SEBRAE.
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: outubro de 2005
Data final da ação: 22 de outubro de 2008 - reconhecimento pelo ministério do trabalho através da carta sindical.
Recurso: Recurso financeiro não aportado.
Fonte: Nas empresas do setor
Metas: Buscar o fortalecimento do setor, maiores investimentos, gerar mais empregos, melhorar os produtos, agregar valor e diferenciais competitivos.
Indicadores de impacto: Número de empresas associadas: Atualmente a entidade conta com 36 empresas associadas.
Situação da Ação: Concluída.
Evidência: Matéria sobre a criação do SINDIVEST-AU – Anexo 01B
Ação 02:
Eixo: Formação de Trabalhadores.
Demanda/problema Carência de mão de obra especializada.
Ação: Promoção de cursos de qualificação de mão-de-obra gratuitos.
Objetivo: Buscar a qualificação da mão-de-obra do setor através do “Programa qualificar para gerar oportunidades”.
Executor: Secretaria de desenvolvimento econômico da Prefeitura Municipal de Erechim.
Contato: Márcia Chiaparini - má[email protected]
Data início da ação: 2009
Data final da ação: 2013
Recurso: R$ 97.604,00 em 2009 R$ 31.900,00 em 2010 R$ 68.497,00 em 2011 R$ 54.672,00 em 2012 R$ 49.285,00 em 2013
Fonte: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico.
Metas: - Aumentar a disponibilidade de profissionais aptos para as demandas do setor; - Melhorar a qualidade do trabalho destes profissionais no que tange a produtividade e inovação.
Indicadores de impacto: - Carga horária total do programa; e - Número de vagas oferecidas. São ofertadas vagas para os cursos básicos de corte e
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costura industrial, confecção em costura reta, modelagem industrial têxtil, costura para lingerie, moda esportiva e costura para malharia, sendo: Em 2009 – 900 h/a – 215 vagas ofertadas Em 2010 – 140 h/a – 66 vagas ofertadas Em 2011 – 1010 h/a – 145 vagas ofertadas Em 2012 – 910 h/a – 88 vagas ofertadas Em 2013 – 750 h/a – 76 vagas ofertadas
Situação da Ação: Em andamento.
Evidência: Matéria sobre o “Programa qualificar para gerar oportunidades” e dados de carga horária e vagas ofertadas – Anexo 02B
Ação 03:
Eixo: Inovação e tecnologia
Demanda/problema A realização de um evento de moda na cidade de Erechim foi classificado como de suma importância para o desenvolvimento regional.
Ação: Realização do “Erechim Fashion Show – Falando de moda”
Objetivo: Estimular a competitividade desafiando o empresário a divulgar novas tecnologias para melhoria do setor.
Executor: Sindivest, Prefeitura Municipal de Erechim, Sebrae/RS, ACCIE e IFRS
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Setembro/2009
Data final da ação: 20 de Outubro/2009
Recurso: R$ 45.600,00
Fonte: Prefeitura Municipal de Erechim, Sebrae/RS e ACCIE.
Metas: Estimular a competitividade, proporcionar debates sobre o setor e fortalecimento do mercado da moda e divulgar novas tecnologias.
Indicadores de impacto: Participação de aproximadamente 800 pessoas entre empresários, profissionais da área de estilo, design, desenvolvimento de produto, marketing/vendas e acadêmicos da moda.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Matéria sobre o evento e folder do evento – Anexo 03B
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Ação 04:
Eixo: Inovação e Tecnologia; Extensão Produtiva e Inovação;
Demanda/problema Realização de benchmarking junto a empresas que são referência no setor.
Ação: Realização de visitas técnicas em empresas.
Objetivo: Proporcionar a troca de informações e experiências de forma a ampliar a visão do empresário sobre seu negócio e mercado.
Executor: Sindivest-AU
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147 2250
Data início da ação: 2005
Data final da ação: Permanente
Recurso: R$ 11.000,00 por edição
Fonte: Sebrae e Prefeitura municipal de Erechim
Metas: - Ampliar a visão das empresas através do conhecimento das tendências de moda; - Conhecer e apropriar-se de novas técnicas de produção e modelos de gestão;
Indicadores de impacto: - Realização de visitas técnicas em empresas como: Malwee, Lunelli, Lunender,Rosset, Cavemac, Santa Constância, Senai/SP, Senai Blumenau, Cefet Jaraguá do Sul, Salão da lingerie, encontro da moda, workshops, palestras e apresentações de tendências.
Situação da Ação: Em andamento
Evidência: Folders de eventos e fotos dos participantes – Anexo 04B
Ação 05:
Eixo: Governança e cooperação
Demanda/problema Criação de um veículo de comunicação capaz de aproximar cada vez mais a entidade e as empresas do segmento.
Ação: Criação do informativo SINDIVEST
Objetivo: Apresentar as ações e realizações de SINDIVEST-AU no que se refere a coordenação, fortalecimento, defesa e representação legal na indústria do vestuário.
Executor: SINDIVEST-AU
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Julho/2009
Data final da ação: Permanente
Recurso: Auto-sustentável
Fonte: Sindivest-AU
Metas: Apresentar ações aos associados, empresas conveniadas e entidades empresariais.
Indicadores de impacto: Tiragem de 500 exemplares distribuídos gratuitamente aos associados, empresas conveniadas e entidades empresariais.
Situação da Ação: Em andamento
Evidência 1ª. Edição do Informativo – Anexo 05B
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Ação 06: Eixo: Inovação e tecnologia.
Demanda/problema A realização de um evento que marque um novo tempo na história das indústrias e empresas que trabalham com o segmento de moda em Erechim e região.
Ação: Realização do Erechim Moda Show 2011
Objetivo: Proporcionar as empresas no segmento da indústria têxtil e do vestuário de toda a região do Alto Uruguai gaúcho, acesso as oficinas, painéis e palestras com enfoque as áreas de gestão da produção, desenvolvimento e inovação e mercado da moda.
Executor: Sindivest, Prefeitura Municipal de Erechim, Sebrae/RS , ACCIE e IFRS
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Outubro/2011
Data final da ação: Outubro/2011
Recurso: R$ 79.855,07
Fonte: Prefeitura Municipal de Erechim, Sebrae/RS , Sicredi, Organiza e IDEAU.
Metas: Proporcionar debates sobre o setor e fortalecimento do mercado da moda em nível local, regional e nacional.
Indicadores de impacto: Participação de 600 pessoas entre empresários, profissionais da área de estilo, design, desenvolvimento de produto, marketing/vendas e acadêmicos da moda.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Matéria sobre o evento, folder e carta do evento – Anexo
06B
Ação 07:
Eixo: Governança e Cooperação
Demanda/problema Mobilização do setor do vestuário para trazer uma escola técnica ao município de Erechim que contribuísse para suprir a carência de formação profissional de trabalhadores no setor têxtil e vestuário.
Ação: União de empresários em audiências públicas para reivindicar o curso técnico em vestuário como prioridade ao IFET/IFRS – campus de Erechim
Objetivo: Proporcionar através deste curso a oportunidade de formação e qualificação profissional ao setor do vestuário.
Executor: Sindivest-AU
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Julho/2009
Data final da ação: Setembro/2009
Recurso: Recurso não aportado
Fonte: Não há
Metas: Inclusão da formação voltada ao setor do vestuário dentre
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os cursos ofertados pela escola técnica;
Indicadores de impacto: Inicialmente foram oferecidas 64 vagas para o curso técnico em vestuário em duas turmas (tarde e noite).
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Matéria das audiências públicas para escolha dos Cursos no IFRS – Anexo 07B
Ação 08:
Eixo: Normas e Regulação
Demanda/problema Dificuldades apresentadas pelo setor têxtil e do vestuário no que se refere a política essencial por parte do governo a fim de garantir a manutenção e o crescimento das empresas do setor no estado.
Ação: União de empresários reivindicando a redução de carga tributária para o setor do vestuário.
Objetivo: Buscar equivalência tributária as de outros estados.
Executor: Sindivest-AU
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Agosto/2012
Data final da ação: Outubro/2012
Recurso: R$ 6.000,00
Fonte: Sindivest-AU
Metas: - Governo priorizar alíquota 3% de ICMS para dentro e fora do estado – no regime de tributação presumido.
Indicadores de impacto: Conquista de redução de alíquota 3% para fora do estado.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Matérias veiculadas sobre a equiparação do ICMS e cópia do decreto – Anexo 08B
Ação 09:
Eixo: Formação de Trabalhadores.
Demanda/problema O crescimento do Setor de Vestuário demanda de uma estrutura educacional de profissionalização de pessoas para atuarem neste segmento.
Ação: Criação do Curso Técnico em Vestuário e Curso Superior em Design de Moda
Objetivo: Desenvolver pesquisas nas áreas de Moda e Vestuário e qualificar os profissionais para atuarem nas empresas do segmento.
Executor: IFRS- Campus Erechim
Contato: IFRS- Campus Erechim – (54) 3321 7500
Data início da ação: Março/2009
Data final da ação: Março/2013
Recurso: Valor não informado
Fonte: Governo Federal/MEC
Metas: Ampliar o número de cursos de qualificação profissional na modalidade subsequente;
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Indicadores de impacto: O Curso Técnico em Vestuário, iniciou suas atividades em 2009 e formou 98 alunos. Há três turmas do Curso em andamento, totalizando 70 alunos e uma turma do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda com 32 alunos. Em andamento - Técnico em Vestuário possui duração de 18 meses. O Superior em Design de Moda tem duração de 36 meses. Os dois cursos têm processos seletivos anuais.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Informações sobre o curso tecnólogo em design de moda – Anexo 09B
Ação 10:
Eixo: Formação de Trabalhadores.
Demanda/problema Carência de profissionais especializados para trabalhar no Setor têxtil e do Vestuário.
Ação: Realização de convenio para realização do curso de Costura industrial nível I, II e III.
Objetivo: Desenvolver conhecimentos básicos de costura e proporcionar aos alunos embasamento pratico na utilização de equipamentos e ferramentas de costura de forma a atender as demandas apresentadas pelas empresas do setor.
Executor: Sindivest, IFRS, Colégio Santo Agostinho
Contato: IFRS- Campus Erechim – (54) 3321 7500
Data início da ação: Janeiro/2011
Data final da ação: Maio/2011
Recurso: R$ 9.000,00
Fonte: Prefeitura Municipal de Erechim
Metas: Ampliar o número de cursos de qualificação profissional; Desenvolver conhecimentos básicos de costura de acordo com a demanda das empresas do setor.
Indicadores de impacto: Número de vagas ofertadas; O curso possui carga horária total de 100 horas, onde foram ofertadas 60 vagas.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Projeto do curso, foto da formatura e aditivo do convenio – Anexo 10B
Ação 11:
Eixo: Formação de Trabalhadores.
Demanda/problema Carência de profissionais especializados para trabalhar no Setor têxtil e do Vestuário.
Ação: Realização de parceria para realização do curso de Costura industrial.
Objetivo: Oferecer as pessoas que ainda não possuem carteira assinada a formação para inserção no mercado de trabalho obtendo conhecimentos básicos de costura.
Executor: Sindivest, IFRS, Colégio Santo Agostinho
Contato: Márcia Balestrim – Instituto Qualificar
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Data início da ação: Abril/2011
Data final da ação: Junho/2011
Recurso: Não aportado (somente doação de materiais)
Fonte: Doação de associados
Metas: Formar profissionais para atuarem no setor.
Indicadores de impacto: O curso possui carga horária total de 200 horas, onde foram ofertadas 14 vagas onde 11 concluíram o curso.
Situação da Ação: Concluída
Evidência: Ofício ao Sindivest, convenio firmado, fotos da formatura e cronograma do curso – Anexo 11B
Ação 12:
Eixo: Formação de Trabalhadores
Demanda/problema Carência de mão de obra especializada.
Ação: Realização de cursos do PRONATEC
Objetivo: Buscar a qualificação da mão-de-obra do setor através de realização de Formação Inicial e Continuada do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego: PRONATEC
Executor: SENAC, IFRS e SENAI
Contato: Secretaria Municipal de ação social - Lurdes
Data início da ação: Agosto/2012
Data final da ação: Fevereiro/2013
Recurso: Não informado
Fonte: Governo federal
Metas: - Aumentar a disponibilidade de profissionais aptos para as demandas do setor; - Melhorar a qualidade do trabalho destes profissionais no que tange a produtividade.
Indicadores de impacto: - Número de vagas ofertadas; - Percentual de formandos em relação às vagas. Costureiro Ind Vestuario;SENAI -2012 tarde -11 06 2012 a 28 09 2012 turma -15 com 6 formandos manhã-01 10 2012 a 23 01 2013 turma -13 com 8 formandos tarde -01 10 2012 a 28 01 2013 turma -14 com 4 formandos manhã-11 06 2012 a 28 09 2012 turma -16 com 7 formandos sabados-12 05 2012 a 09 02 2013 turma -12 com 7 formandos TOTAL FORMANDOS-32 formandos – 54,3% Modelista; IFRS 2012 tarde-10 09 2012 a 18.12 2012 turma-16 com 8 formandos. – 50%
Situação da Ação: Concluída
2.4.2. Ações de Cooperação Previstas
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Para os próximos anos, ações foram planejadas para manter o fortalecimento do
APL. As ações abaixo, estão classificadas em Curto Prazo (1 ano), Médio Prazo (3 anos) e
Longo Prazo (5 anos):
Ação 01:
Eixo: Acesso a Mercados e inteligência comercial.
Demanda/problema Aumentar a possibilidade de acesso a novos mercados e divulgar a região como potencial pólo exportador de tecnologia no setor do vestuário.
Ação: Internacionalização das empresas permitindo novos mercados.
Objetivo: Buscar novos nichos de mercado para as empresas do setor do vestuário.
Executor: IFRS, URI (PEIEX) e Sindivest
Contato: AD Alto Uruguai/RS - 3519-1433
Data início da ação: Março/ 2016 – Médio Prazo (3 anos)
Data final da ação: Março/2017
Recurso: R$ 23.000,00
Fonte: Apex-Brasil e AGDI, URI e SEBRAE.
Metas: - Desenvolver projeto de extensão para melhoramento da gestão, da competitividade e preparação para atuação no mercado externo (PEIEX – Projeto Extensão Industrial Exportadora)- ANEXO 12B; - Estabelecer parceria de venda com empresas da América Latina para produtos gerados pelas empresas participantes.
Indicadores de impacto: - Percentual de aumento no volume de produtos exportados pelas empresas do setor do vestuário do Alto Uruguai Gaúcho; - Número de parcerias firmadas com empresas da América Latina.
Situação da Ação: A iniciar
Ação 02:
Eixo: Acesso a Mercados e Inteligência Comercial
Demanda/problema Buscar informações de mercado que apontem tendências para que as empresas do setor estejam respaldadas no direcionamento de seus planejamentos estratégicos.
Ação: Realização de uma pesquisa de mercado como base para o projeto “Potencialização de mercados” previsto na Agenda Erechim 2018.
Objetivo: Disponibilizar as empresas do setor do vestuário, as informações constantes na pesquisa para que estas tenham respaldo para tomada de decisões de ampliar seus negócios ou redefinir o foco estratégico.
Executor: Empresa terceirizada
Contato: AD Alto Uruguai/RS - 3519-1433
Data início da ação: Fevereiro/2016 - Médio Prazo (3 anos)
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Data final da ação: Julho/2016
Recurso: R$ 18.000,00
Fonte: AD Sebrae e Sindivest-AU
Metas: Conhecer as demandas do mercado de maneira a informar as empresas sobre as inovações e novos mercados para o setor.
Indicadores de impacto: Número de empresas que utilizarem das informações para redirecionamento de suas estratégias empresariais.
Situação da Ação: A Iniciar
Ação 03:
Eixo: Financiamento e Investimento;
Demanda/problema As empresas deste setor necessitam acompanhar as inovações deste mercado, o que demanda a realização de investimentos constantes.
Ação: Obter linha de crédito específica para o setor do vestuário.
Objetivo: Promover o desenvolvimento por meio de disponibilização de recursos para reposição de ativos e investimento em inovações às empresas do setor.
Executor: Sindivest, AGDI e empresa terceirizada que irá assessorar na apresentação dos projetos as entidades financeiras.
Contato: AD Alto Uruguai/RS - 3519-1433
Data início da ação: Outubro/2013 - Curto Prazo (1 ano)
Data final da ação: Maio/2014
Recurso: Não necessita aporte de recursos financeiros.
Fonte: Não há.
Metas: Obter crédito para renovação de máquinas e equipamentos, bem como investimentos relacionados à inovação tecnológica do setor.
Indicadores de impacto: - Valor de recursos captados pó meio das linhas de crédito disponibilizadas ao setor do vestuário do Alto Uruguai Gaúcho. - Número de empresas participantes que buscou e conseguiu o recurso.
Situação da Ação: A Iniciar
Ação 04:
Eixo: Plano de Desenvolvimento dos APLs.
Demanda/problema A cooperação é indispensável para os setores com predominância da pequena empresa, pois este tipo de agente não tem escala para competir nos mercados que estão cada vez mais abertos à presença de empresas altamente capacitadas.
Ação: Estabelecer a governança do APL.
Objetivo: Fortalecer o setor para buscar ações colaborativas que tragam vantagens competitivas.
Executor: Sindivest-AU, Sebrae, Agência de desenvolvimento do Alto Uruguai e Associação Comercial e Industrial de
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Erechim.
Contato: AD Alto Uruguai/RS - 3519-1433
Data início da ação: Maio/2013 - Médio Prazo (3 anos)
Data final da ação: Outubro/2014
Recurso: R$ 25.000,00
Fonte: AGDI
Metas: - Estruturar a governança; - Formação de um conselho composto pelas entidades e os atores que compõe o arranjo; - Estabelecer um cronograma de reuniões para manutenção do arranjo.
Indicadores de impacto: - Percentual de aumento no faturamento das empresas que farão parte do APL; - Percentual de aumento no resultado das empresas que farão parte do APL;
Situação da Ação: Em estudo
Evidências:
Ação 05:
Eixo: Governança e Cooperação e Infraestrutura e Logística.
Demanda/problema Presença de um grande número de pequenas empresas no setor têxtil e do vestuário que de forma individual não tem “poder de barganha” junto a seus fornecedores.
Ação: Criação de uma central de compras para o setor
Objetivo: Redução de custos com aquisição de matérias primas e outros insumos que são comuns às empresas que fazem parte do APL.
Executor: Sindivest-AU, Sebrae, Agência de desenvolvimento do Alto Uruguai e Associação Comercial e Industrial de Erechim.
Contato: Sindivest – [email protected]
Data início da ação: Junho/2016 - Médio Prazo (3 anos)
Data final da ação: Junho/2017
Recurso: R$ 12.000,00
Fonte: SEBRAE e Empresas que aderirem ao programa
Metas: -Redução de custos de aquisição de matérias-primas e custos logísticos; - Possibilidade de novas alternativas para aquisição de matérias-primas e insumos;
Indicadores de impacto: Percentual de redução de custos com aquisição as empresas que aderirem ao projeto; - Aumento do número de fornecedores homologados para aquisição de matérias-primas.
Situação da Ação: Em estudo
Ação 06:
Eixo: Gestão e Extensão Produtiva e Inovação
Demanda/problema O setor do vestuário conta com serviços terceirizados em
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diversas etapas dos seus processos. Desta forma percebe-se a necessidade de qualificar toda a cadeia produtiva.
Ação: Realizar a qualificação da cadeia produtiva do vestuário.
Objetivo: Estimular o desenvolvimento de empresas prestadoras de serviços e a especialização (verticalização) da industria de confecção, através de cursos de capacitação focados nas etapas a serem terceirizadas.
Executor: SEBRAE/RS, Sindivest-AU, Senai, IFRS, Agência de desenvolvimento do Alto Uruguai, Secretaria municipal de desenvolvimento econômico e Associação Comercial e Industrial de Erechim.
Contato: [email protected] – Cladir Dariva (54) 9147-2250
Data início da ação: Setembro/2013 - Curto Prazo (1 ano)
Data final da ação: Setembro/2014
Recurso: R$ 55.000,00
Fonte: Empresa âncora, Sebrae, Prefeitura Municipal de Erechim.
Metas: - Estruturar a cadeia produtiva do setor; - Desenvolver projeto de extensão para melhoria na gestão da produção, fomentar o desenvolvimento, o investimento e a inovação (PEPI – Projeto Extensão Produtiva e Inovação); - Realizar cursos de capacitação focados nos processos terceirizados; - Buscar acordo de compromisso de compra dos serviços das empresas que se especializarem.
Indicadores de impacto: - Número de empresas de serviços terceirizados que aderirem ao projeto de capacitação; - Número de melhorias na gestão da produção (aumento na produtividade e redução das perdas), fomento ao desenvolvimento por meio do investimento e da inovação. - Número de acordos de compra de serviços realizados.
Situação da Ação: Em estudo
Ação 07:
Eixo: Inovação e Tecnologia
Demanda/problema Aumentar gradativamente a relação lucro/vendas e o valor adicionado bruto/ valor bruto de produção.
Ação: Mudança do foco em preço, para diferenciação - Projeto Inovação para competir (Agenda Erechim 2018)
Objetivo: Mudar o posicionamento mercadológico de preço, para diferenciação.
Executor: URI, FAE, IFRS, Senai e Sindivest
Contato: Sindivest – [email protected]
Data início da ação: Março/2015 - Médio Prazo (3 anos)
Data final da ação: Março/2017
Recurso: R$ 100.000,00
Fonte: Sebrae, Prefeitura de Erechim, ACCIE
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Metas: - Especialização das empresas para posicionamento no mercado com produtos de maior valor agregado; - Desenvolvimento de produtos e processos tecnologicamente melhorados - (inovação); - Definição de uma política permanente de capacitação de recursos humanos;
Indicadores de impacto: - Aumento na participação relativa dos produtos diferenciados nas vendas totais; - Número de inovações trimestre; - Número de horas treinamento por funcionário/trimestre.
Situação da Ação: A Iniciar
Ação 08
Eixo: Pesquisas e Estudos.
Demanda/problema Com o crescimento e expansão do Setor de Vestuário torna-se importante desenvolver pesquisas que atendam as demandas oriundas deste.
Ação: Desenvolvimento do Centro Tecnológico do IFRS- Campus Erechim, com foco em Moda e Vestuário.
Objetivo: Desenvolver pesquisas na área de Moda e Vestuário visando atender as demandas do Arranjo.
Executor: IFRS-Campus Erechim e APL.
Contato: IFRS-Campus Erechim.
Data início da ação: Julho/2015
Data final da ação: Julho/2018
Recurso: valor não informado
Fonte: Governo municipal e federal
Metas: - Desenvolver o projeto para a efetivação do centro tecnológico, com base nas demandas do arranjo; - Viabilizar os recursos necessários para sua efetivação; - Iniciar as pesquisas com foco nas demandas descritas.
Indicadores de impacto: - Valor dos recursos aportados para efetivação do projeto; - Número de pesquisas realizadas/semestre;
Situação da Ação: A iniciar
Ação 09
Eixo: Sustentabilidade Ambiental.
Demanda/problema Aumentar a possibilidade de acesso a novos mercados e divulgar a região como potencial pólo exportador de tecnologia.
Ação: Desenvolver o inventário corporativo de emissões de gases de efeito estufa das empresas participantes.
Objetivo: Posicionar o polo do vestuário como inovador e pioneiro no diferencial em sustentabilidade (empresas sustentáveis carbono zero).
Executor: URI, Sindivest, empresa terceirizada
Contato: Prof. Dr. Jean Carlos Budke
Data início da ação: Março/2014 – médio prazo
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Data final da ação: Março/2015
Recurso: 250.000,00
Fonte: SEBRAE E URI
Metas: - Realizar o inventário corporativo de emissões de gases de efeito estufa para cada empresa participante (Anos-base 2012 e 2013); - Protocolar os inventário no Programa Brasileiro GhG Protocol (GVCes-FGV), obtendo, no mínimo, o selo prata, pela valoração dos inventários; - Indicar um mínimo de três alternativas de redução de emissões de gases de efeito estufa para cada empresa participante.
Indicadores de impacto: - Protocolos de inserção dos relatórios de emissões no Registro Público de Emissões; - Aquisição de Selo alusivo (Ouro, Prata ou Bronze) para cada empresa participante; - Protocolo de intenções firmado pelas empresas, comprometendo-se a diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
Situação da Ação: Em estudo
Ação 10
Eixo: Sustentabilidade Ambiental
Demanda/problema Reduzir o volume de resíduos industriais gerados por empresas do setor têxtil e do vestuário, dentro de uma visão socioeconômica.
Ação: Criação do banco do vestuário.
Objetivo: Promover alternativas para o reaproveitamento dos resíduos industriais do setor, transformando desperdício em benefícios sociais.
Executor: Sindivest, Conselho gestor do projeto, SEBRAE/RS
Contato: [email protected] -André Marcolin-(54)3321 5333
Data início da ação: Julho/2014 – Curto prazo
Data final da ação: Julho/2015
Recurso: R$ 255.212,52
Fonte: Prefeitura Municipal de Erechim
Metas: - Viabilizar a geração de renda para as classes menos favorecidas; - Proporcionar a inclusão social gerada pela capacitação de pessoas, que de outra forma não teriam acesso a qualificação; - Buscar a separação do resíduo de forma adequada; - Realizar o reaproveitamento dos resíduos têxteis, evitando que sejam colocados no lixo, transformando-os em peças e materiais utilizáveis (confecção de colchas, tapetes, enfeites, almofadas, entre outras peças artesanais);
Indicadores de impacto: - Volume de resíduos encaminhados às instituições; - Volume do resíduo reaproveitado;
25
- Número de instituições que aderiram ao projeto (Clubes de Mães, Grupos de 3ª idade, Associações de Bairros, Centros Comunitários, entre outros);
Situação da Ação: Pendente
Evidência: - Matéria e fotos da visita do secretário de Desenvolvimento Econômico, de Caxias do Sul, para ouvirem relato sobre a experiência do município com o Programa Banco de Vestuário. Anexo 14B
Ação 11:
Eixo: Governança e Cooperação
Demanda/problema Em função da criação do sindicato ter sido criado há pouco tempo, ainda há um número considerável de empresas que não fazem parte do Sindivest-AU.
Ação: Buscar maior número de adesões de empresas ao Sindivest.
Objetivo: Fortalecer o APL através da adesão de um número maior de empresas filiadas ao Sindivest-AU.
Executor: Sindivest-AU, FIERGS, IEL,
Contato: [email protected] -André Marcolin-(54)3321 5333
Data início da ação: Maio/2013 - Curto Prazo (1 ano)
Data final da ação: Maio/2014
Recurso: R$ 3.000,00
Fonte: SINDIVEST AU
Metas: - Levantar as empresas que não aderiram ao Sindivest; - Estabelecer cronograma de visitas às empresas que não aderiram ao Sindivest; - Apresentar as vantagens que a adesão pode proporcionar a estas.
Indicadores de impacto: - Percentual de aumento na adesão das empresas do APL em relação ao número total;
Situação da Ação: A Iniciar
2.5. Coordenação
Ao longo da trajetória do setor foi construída pelas empresas do APL uma teia de
relações com instituições do seu entorno. Percebendo a importância da colaboração e
havendo disposição para tal, a sua entidade representativa que é o Sindicato das Indústrias
do Vestuário do Alto Uruguai, SINDIVEST AU, formou alianças com diferentes
segmentos do ambiente institucional e organizacional que permeia a indústria do vestuário
do Alto Uruguai. Uma de suas iniciativas foi a de integrar a mobilização para a região
sediar um campus do Instituto Federal, bem como sua participação garantiu que esta
instituição de ensino tivesse em seu currículo a oferta de um curso voltado para o setor do
vestuário. Nesse processo, se reforçaram os vínculos, e a instituição tem prestado
relevantes serviços ao setor na formação de mão de obra, na pesquisa e no
26
desenvolvimento para que o setor obtenha qualificação de sua força de trabalho e de sua
gestão.
Antes disso outra parceria, com o SEBRAE/RS, viabilizou as condições para a
organização do próprio Sindicato das Indústrias do Vestuário. E ao lado isto, houve uma
série de parcerias para a realização de eventos, realização de visitas técnicas, participação
em eventos, entre outros.
Embora não haja formalmente estabelecido um agente de governança para o APL, o
sindicato SINDIVESTAU tem exercido esta função ao longo do tempo através da
coordenação de várias atividades tais como a prospecção de demandas das empresas no
que tange à formação e treinamento de mão de obra, a atuação conjunta com mais
entidades para obter melhorias na infraestrutura tecnológica para o setor na região, a busca
da equiparação tributária para o setor, etc.
Este conjunto de iniciativas lideradas pelo sindicato, demonstram que sempre
houve um grupo de empresas interessadas em construir relacionamentos entre si e com as
diferentes formas organizacionais da sociedade e diferentes segmentos complementares da
sua atividade, tais como o setor público (governo municipal e estadual), os órgãos de apoio
empresarial (SEBRAE/RS, SENAI), as associações comercial e dos municípios da região
(AMAU, ACCIE, CDL, Sindicato do Comércio Varejista), as agências de desenvolvimento
(AD Alto Uruguai, CREDENOR), as faculdades e universidades da região (URI, FAE,
IDEAU, UFFS). Todas estas relações são demonstradas nas ações realizadas e nas ações
previstas constantes deste relatório.
Diante do exposto, observa-se que há o estabelecimento de uma estrutura de
governança para o setor, constituída de órgãos públicos, das empresas, das instituições de
ensino, das instituições de pesquisa e extensão, das instituições de qualificação profissional
e das entidades de classe. Esta estrutura constitui uma associação institucional cujo agente
de governança tem sido o SINDIVESTAU, na medida em que centraliza os interesses das
indústrias do setor, realiza o encaminhamento de ações, mobiliza estes diferentes
segmentos para a pesquisa de soluções e para as intervenções necessárias à formação,
capacitação, e à compreensão da dinâmica do setor.
Uma iniciativa importante foi a representação do setor no planejamento estratégico
do Alto Uruguai Gaúcho, evento que foi realizado pela Agência de Desenvolvimento do
Alto Uruguai no ano de 2007. No relatório final o setor têxtil e do Vestuário, compondo o
conjunto da economia industrial urbana, teve como encaminhamento a meta de criar e
27
desenvolver uma marca regional, conforme mapa estratégico do Alto Uruguai (anexo 06-
A).
De outra parte, no ano de 2008, por iniciativa liderada pela Prefeitura Municipal de
Erechim, com a participação de diversos segmentos, foi elaborada a Agenda Erechim 2018
(anexo 07-A). Neste documento o setor têxtil e do vestuário é considerado como
estratégico para o desenvolvimento, contendo no macroobjetivo 10 do documento o
município “ser reconhecido nacionalmente como pólo têxtil e do vestuário”. Tendo neste
documento como Programa 1, a Capacitação Competitiva da Cadeia Industrial do
vestuário, para tanto apresentando os projetos de fortalecimento do Capital Social,
Inovação Para Competir, Formação de RH, e de Gestão Empresarial. Também tendo como
Programa 2 a Estruturação da Cadeia de Prestação de Serviços do setor no Alto Uruguai.
Quanto a projetos desenvolvidos no APL com universidades ou centros
tecnológicos, há a experiência da empresa Marcolin Indústria Têxtil Ltda, que teve a
iniciativa pioneira de realizar um projeto de elaboração de inventário de emissões de gases
de efeito estufa e inventário se seqüestro de carbono, bem como definir os termos de
compensação de emissões. Desta forma foram quantificadas as emissões de gases do efeito
estufa diretas e indiretas geradas pela empresa. Também foi realizado o inventário florestal
para a compensação das emissões. Assim a empresa se tornou pioneira na região,
difundindo a prática de sustentabilidade, obtendo visibilidade no mercado, diferenciação e
agregação de valor. Como impacto houve a reeducação dos colaboradores da empresa, seus
familiares, também impactando sobre os colaboradores de empresas clientes.
Ainda sobre projetos desenvolvidos no APL de empresas deste com universidades,
a empresa Marcolin relatou ter doado um tear retilíneo para o Instituto Federal, cessão de
material para treinamento no SINDIVESTAU, ter realizado consultoria de gestão com a
URI, ter encaminhado com o SENAI treinamento de costura para seus colaboradores.
2.6. Investimento e financiamento
No levantamento feito junto às empresas do APL, conforme consta no gráfico 06, a
área que as empresas têm investido mais, é o desenvolvimento de produto. Isto se justifica,
pois trata-se de um setor em que a criatividade e inovação de produto é aspecto crucial. Em
segundo lugar, juntamente com marketing, está a expansão da capacidade produtiva, ambas
com 19% dos casos.
28
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
Já na demanda por crédito, em 27% dos casos há demanda por financiamento de
máquinas e equipamentos, 31% para ampliação do volume de produção, e 38% para capital
de giro.
2.7. Qualidade e produtividade
Quanto aos problemas com fornecedores, as empresas do APL declaram que o
maior problema é o preço, em 52% dos casos, conforme ilustra o gráfico 07. Em segundo
lugar está a qualidade e o prazo de entrega de seus insumos, ambos com 22% dos casos.
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
Quanto à terceirização, 59% das empresas declaram utilizar a terceirização de suas
atividades e os outros 41% declaram não realizá-la.
Dependendo do foco da empresa, algumas atividades são terceirizados como:
serigrafia, costura, acabamento, mão de obra em matelasse, estamparia, bordados, corte,
29
tecelagem de malharia retilínea, montagens, bordados, lavanderia e tingimentos especiais.
O gráfico abaixo demonstra a localização das firmas para as quais as fases da produção são
terceirizadas. Cabe salientar que nenhuma empresa terceiriza serviços para o mercado
exterior.
A localização das firmas para as quais as atividades são terceirizadas, 56% estão na
região, 17% nas demais regiões do estado, e 28% nos demais estados do país. Isto denota a
importância de se criarem condições para o surgimento de mais empresas prestadoras de
serviços de terceirização na região, o que está sendo tratado pelo APL prevendo ações
neste sentido. Quanto a certificações e selos de qualidade das empresas do arranjo apenas
18% das empresas possuem algum tipo de certificação: Carbono Zero (URI Erechim), ISO
9001, e selo de divulgação de emissões de gases de efeito estufa - GHG Protocol - FGV –
ONU, participação no PGQP e homologação Amni.
Algumas empresas demonstram interesse obter certificação de proteção ambiental (
ISO 14.000), porém não há o sistema plenamente realizado.
2.8. Tecnologia e inovação
O setor têxtil e do vestuário necessita investir constantemente em tecnologia e
inovação, sobretudo se o foco das empresas é o diferencial competitivo e não somente
preço. Neste sentido, cabe a governança do arranjo estimular ações que contemplem este
objetivo.
Sobre o aspecto tecnologia do produto, dentre as empresas do APL, 71% se
consideram em igualdade tecnológica com os seus concorrentes, 24% se consideram
defasadas, e apenas 6% se consideram mais avançadas.
Já em relação à tecnologia empregada nos processos de produção 53% das
empresas se consideram em igualdade com as concorrentes, 6% mais avançadas, e 41% se
consideram defasadas. Isto denota que as empresas vislumbram necessidade de mudanças
nos seus processos de produção para acompanhar as tendências das demais.
Quanto aos maquinários utilizados pelas empresas do APL , bem como as
tendências, apresenta-se o demonstrativo abaixo:
30
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
Quanto às origens das inovações técnicas dos empreendimentos do APL, destaca-se
as adquiridas no mercado nacional, conforme gráfico abaixo:
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
As principais fontes de informação para inovação de processo são oriundas dos
seguintes fontes:
31
Fonte: Pesquisa Sindvest AU, 2013.
As empresas têm investido em inovações chave em processos (produção, gestão e
comercialização) e produtos, introduzidos no APL, nos últimos anos. Entre elas destacam-
se: adaptação de componentes para facilitar o processo de fabricação, gestão em TI,
utilização da mídia eletrônica, processo comercial de agregação de valor a marca,
participação no PGQP, utilização de ferramentas como: sistema Toyota de Produção; BSC,
CRM, Orçamento base zero e governança corporativa.
Quanto a demanda potencial por consultoria tecnológica e serviços: laboratórios de
testes e ensaios/calibração/certificação/normalização há a concordância de 75 % das
empresas em utilizar este serviço.
No que se refere à articulação entre Empresas e Instituições de Tecnologia, algumas
ações foram desenvolvidas em conjunto entre os empreendimentos do APL e as
instituições tecnológicas existentes na região, como a doação de um tear retilíneo para o
IFRS para capacitação dos alunos, bem como compartilhamento de ações das empresas aos
cursos, estágios e trabalhos de mestrados realizados no setor.
Ainda não há evidência concreta de registro de patentes ou novos produtos e/ou
novos processos produtivos desenvolvidos pelos empreendimentos e instituições locais de
ensino, formação e tecnologia do APL.
No que se refere a existência e a qualidade dos sistemas de informação e difusão
tecnológica de uso compartilhado entre os empreendimentos/produtores do APL, apenas
7% das empresas reconhecem que há sistemas de informação e difusão tecnológica para
formação de mão de obra e software modelagens.
Quanto a adequação da infra-estrutura científico-tecnológica no que tange a
laboratórios, maquinário produtivo e tecnologias utilizadas, da região em relação às
32
estratégias tecnológicas do APL, 76% das empresas consideram que há necessidade de
melhorias no espaço físico produtivo, maquinário e tecnologias, bem como estabelecer um
plano de capacitação em conjunto com o SINDIVESTAU e coordenação de cursos
técnicos de vestuário do IFRS.
2.9. Meio ambiente e saúde
Há uma preocupação constante das empresas do APL em estar compatíveis com o
meio ambiente local. Algumas empresas encontram-se em um processo mais avançado,
outras menos. Pode-se observar com a pesquisa, que há estímulo em algumas empresas ao
uso de matérias primas de origem renovável, neste caso o algodão.
Quanto ao controle na geração e destinação de resíduos produtivos, há o uso de
tecnologia avançada nos teares retilíneos, que tem reduzido o desperdício de matérias
prima, uma vez que ocorre o tecimento dos panos já nas medidas exatas dos moldes.
Cabe salientar que há uma ação em estudo para a criação do banco de vestuário, o
qual realiza o reaproveitamento dos resíduos industriais evitando que sejam colocados no
lixo, transformando-os em peças e materiais utilizáveis para confecção de colchas, tapetes,
enfeites, almofadas, entre outras peças artesanais.
A pesquisa SINDIVESTAU (2013) aponta que algumas empresas firmam seus
compromissos com a melhoria da qualidade ambiental, através de projetos que visam à
compensação ambiental pelo uso de recursos naturais e pelo impacto causado por suas
atividade, como:
- Utilização de água de captação da chuva;
- Investimento em tecnologia avançada nos teares retilíneos, de modo a reduzir o
desperdício de matérias prima através do tecimento dos panos já nas medidas exatas dos
moldes;
- Doação da sobra de retalhos e de pequenas sobras de fios para confecção de
estopas e artesanato;
- Reciclagem da água do processo utilizada para limpeza.
Quanto à existência de planos e estratégias para o cuidado com a saúde dos
trabalhadores além dos requisitos legais diversas empresas oferecem convênios para saúde
médica e odontológica. A realização da ginástica laboral também tem sido apontada nas
empresas como uma prática.
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No que se refere aos planos e estratégias para o cuidado com a comunidade, existem
apenas ações pontuais como ajuda a entidades filantrópicas e apoio a atividades de
recreação, culturais e esportivas.
2.10. Relações Sociais e Culturais
O setor da indústria têxtil e do vestuário é de grande importância para a região tendo
sido considerado como de importância estratégica máxima para o desenvolvimento
regional na Agenda Erechim 2018. O mesmo gera mais de 3mil empregos diretos mil
indiretos, sendo assim um dos maiores empregadores da indústria do vestuário do Rio
Grande do Sul.
Outro fator de grande relevância é a participação da mulher neste setor. Foi realizado
um levantamento nas empresas que fazem parte do SINDIVEST AU e constatou-se que
87% das vagas são ocupadas por mulheres, conforme gráfico abaixo:
Fonte: Levantamento SINDIVEST AU (2013)
Cabe salientar que em grande número da mão de obra feminina disponível é formada
por mulheres de famílias de baixa renda e com baixa mobilidade o que resulta em relevante
importância do setor para retirar mulheres de situações de vulnerabilidade social e
econômica. Desta forma, é possível permitir que, a partir de seu esforço e trabalho, possam
obter autonomia econômica. Muitas vezes as mulheres atraídas para trabalhar no setor
encontra-se em situação de ameaça social, e carecem de oportunidade de inserção no
mercado de trabalho e conquista da sua emancipação.
No que tange a Importância social e cultural do APL para a região em que está
inserido, a pesquisa SINDIVESTAU 2013 demonstrou que há uma série de ações
realizadas por empresas do setor. Pode-se destacar no que se refere a apoio ou patrocínio
em eventos da região nos últimos cinco anos, as seguintes ações:
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- Esportivos: patrocínio aos dois principais times da cidade, Futsal Atlântico e
futebol de campo Ypiranga;
- Entidades: Contribuições para campanhas como a do câncer de mama, realização
de doações para lar da criança, asilo, APAE, e patronato.
- Eventos beneficentes: doação de material a escola para alunos carentes, realização
de palestras em escolas e doação de doces brinquedos em datas comemorativas, como natal
e páscoa.
Quanto a existência de Plano de Responsabilidade Social a pesquisa SINDIVEST AU
(2013) aponta que apenas 12% das empresas possuem um plano. Numa realidade não
muito diferente de outros setores. O fato da responsabilidade social ser um assunto
relativamente novo, percebe-se que ainda não faz parte das prioridades dos
empreendimentos.
3. Desafios e Oportunidades de Desenvolvimento
3.1. Variáveis importantes para caracterização da situação atual do Arranjo Produtivo.
Uma variável importante que caracteriza o arranjo é o fato deste estar se constituindo
nos últimos anos e tomando medidas como a de estabelecer sua governança, e
demonstrando que o mesmo dispõe de uma trajetória e um aprendizado, além da vontade
de se constituir enquanto tal. Ou seja, o APL reúne as pré-condições necessárias para o seu
estabelecimento.
Outra variável importante é a gama de instituições que apostam na sua estruturação
considerando a sua importância para o desenvolvimento regional. Tal fato é crucial para o
arranjo, pois sem instituições que façam parte e que nele invistam não existe arranjo
produtivo.
Um terceiro fator é a inclusão do segmento feminino no mercado de trabalho,
particularmente aquelas em situação de vulnerabilidade, conforme já foi citado nesta
proposta, o que proporciona ao arranjo o teor da contribuição para a melhoria das
condições sociais de segmentos excluídos.
Por último, as empresas do setor, aglutinadas em torno do mesmo, possuem
expectativas, e movidas por estas expectativas empreendem seus esforços para o êxito
desta empreitada.
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3.2. Pontos positivos e negativos do arranjo.
• Pontos positivos:
o Capital social empreendedor;
o Empresas líderes em seus segmentos, que se destacam e alavancam a
competitividade e o dinamismo para o setor;
o Gama diversificada de produtos, o que viabiliza a parceria entre as empresas
e estimula a cooperação;
o Estrutura em implantação para propiciar a qualificação da mão de obra do
segmento têxtil e do vestuário;
• Pontos negativos do arranjo:
o Carência de mão de obra qualificada;
o Baixo índice de desenvolvimento socioeconômico da região;
o Infraestrutura restrita o que limita a instalação de novas empresas e
prestadores de serviços
o Logística
o Deficiências de gestão
o Circulo vicioso em que a maior parte das pequenas empresas não inovam
porque não tem lucros geradores de capacideade financeira e a capacidade
financeira não é gerada porque não inovam.
3.3. Obstáculos a serem superados: de curto, médio e longo prazos.
Elevar a qualificação da mão de obra
Superar o baixo índice de desenvolvimento socioeconômico regional
Equiparação do ICMS.
Recursos de investimento com juros mais atrativos.
Recursos para investimento em tecnologia
3.4 Desafios a serem alcançados: de curto, médio e longo prazos.
Um primeiro grande desafio de curto prazo é o estabelecimento e a consolidação do
arranjo produtivo nos moldes necessários para que este realmente se constitua num indutor
do desenvolvimento econômico do setor e no crescimento das instituições que dele fazem
parte.
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Outro desafio, decorrente deste, é o de atingir o reconhecimento nacional como polo
têxtil e de vestuário para a região, o que se alcançado criará uma marca regional no setor e
facilitará a prospecção de mercado para as empresas nele atuantes.
Ao lado disto, a estruturação da cadeia têxtil e do vestuário com a geração de novas
empresas para os diferentes elos da cadeia produtiva constitui outro desafio, pois a carência
destes elos leva as empresas a terem que buscar supri-las fora da região o que acarreta a
evasão de recursos que poderiam estar sendo injetados aqui.
Igualmente desafiador é atingir a especialização das empresas para que conquistem
posicionamento no mercado com produtos de maior valor agregado, pois tal meta requer,
além do empenho dos atores envolvidos internamente, na existência de condições
favoráveis em aspectos externos às empresas e à região.
O desenvolvimento de produtos e processos tecnologicamente melhorados desafia as
empresas bem como as instituições tecnológicas do APL a encontrarem soluções que
signifiquem inovação na percepção dos agentes e do mercado consumidor.
A definição de uma política permanente de capacitação de recursos humanos também é
outro desafio a ser vencido no curto prazo, pois a carência de profissionais qualificados
pode significar o desestímulo de novos investimentos no setor, bem como representar
dificuldades para as organizações atualmente estabelecidas.
A redução dos custos com a otimização logística também é outro desafio, visto que este
aspecto carece de uma integração de atores privados com atores públicos comprometidos
com as demandas neste aspecto, e a correta compreensão da importância deste ponto para
com o desenvolvimento do setor.
Outro ponto a destacar nos desafios do APL, é o acesso a fontes de financiamento mais
compatíveis com as peculiaridades do setor, visto que o mesmo requer uma permanente
atenção para a inovação, a prospecção de tendências e o estímulo à criatividade, o que nem
sempre significa em resultados econômicos imediatos e previsíveis, como ocorre em outros
ramos industriais.
Mais um desafio é o de reter a riqueza atualmente escorrida para outras regiões e para
outros estados. Tal empreitada significa proporcionar alternativas para os diferentes
segmentos da cadeia produtiva bem como o comprometimento de setores estatais nem
sempre sensíveis à redução de alíquotas tributárias, por exemplo, que possam elevar nesse
aspecto a competitividade necessária para o setor continuar existindo e crescendo.
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Por fim, um desafio importante no que tange ao aspecto de arranjo produtivo, é o
aprimoramento das relações colaborativas entre os atores do APL. Apesar das condições
peculiares do setor na região, como a diversidade de produtos encontrada, que reduzem a
competição e podem facilitar a cooperação, ainda há uma cultura do individualismo em
muitos segmentos bem como o receio de que o engajamento em ações colaborativas
venham realmente a propiciar benefícios para todos os atores.
3.5 Oportunidades a serem conquistadas.
O aprendizado deste processo de construção das diversas etapas deste APL nos leva a
vislumbrar inúmeras oportunidades a serem conquistadas com estas ações.
Primeiramente o fato de haverem diversos atores, de diferentes matizes, envolvidos no
intuído de alavancar o desenvolvimento desta região através da dinamização das condições
do segmento do vestuário, significa, como já foi dito, uma aposta de que este setor tem
potencial para tal empreitada, tal como:
Obtenção de um selo que tenha como base os seguintes critérios: qualidade e
sustentabilidade, obedecendo a critérios objetivos e técnicos que serão construídos em
conjunto com os demais atores envolvidos no APL.
De outra parte, esta aproximação de diferentes atores (empresários, universidades e
escolas, instituições públicas e de representação, entre outros), desafiados a encontrarem
soluções para os diferentes problemas concretos que situação real apresenta, coloca em
contato uma gama de profissionais e expõe os recursos que estão alojados no Alto Uruguai
gaúcho. Também põe para funcionar as mentes, bem como faz emergirem os diferentes
talentos que a região dispõe. Portanto trata-se também de uma oportunidade para que esses
talentos venham dar a sua contribuição para com o crescimento e o desenvolvimento
regional, o que, de outra forma que não lhes propicie esta oportunidade, não estariam a
mostrar e a utilizar o seu potencial.
Assim a região almeja atingir a condição de pioneirismo em moeda com
sustentabilidade ambiental, obter um selo de qualidade e sustentabilidade com respeito a
critérios econômicos e sociais preestabelecidos. Também almeja ser referência nacional em
moda e design.
Através da cooperação viabilizar escalas diluidoras de custos que permitam contratar
designers capazes de desenvolver produto de elevado valor agregado e que assim sejam
percebidos pelo mercado.
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4. Conclusão
O estabelecimento de um APL pressupõe a conquista de melhores condições para que
as empresas dele participantes possam concorrer com seus produtos no mercado brasileiro
e internacional. Para isso precisam realizar ações voltadas para conhecerem melhor as suas
potencialidades de mercado. Para competirem nacional e internacionalmente, tais empresas
necessitam se adequarem do ponto de vista da sua estrutura o que implica na necessidade
de investimentos, e tais investimentos precisam ser condizentes com a realidade das
empresas e as peculiaridades do setor em que estão inseridas.
Neste sentido, os resultados finais que se espera alcançar com o APL do Vestuário do
Alto Uruguai, são:
• Encontrar melhores nichos para estas empresas no mercado brasileiro e
internacional. Para tanto espera-se que a potencialização de novos e diferentes
mercados de comercialização dos produtos de moda das empresas integrantes do
APL, resultem em significativo aumento de receitas e lucratividade, e possam ser
revertidos em importantes investimentos que irão gerar maior competitividade do
setor;
• Realizar uma pesquisa de mercado para melhor direcionar os esforços das empresas
do APL, para permitir tomar decisões embasadas em dados mais concretos e não
em suposições ou na intuição de seus gestores;
• Para acompanharem as inovações do mercado, em muitos aspectos implica
efetivamente em novos investimentos das empresas. A conquista de linhas de
crédito mais atraentes permitirá a realização destes investimentos, resultará em
aumento de competitividade das empresas integrantes do APL.
• Para que o arranjo funcione e para que as empresas sejam motivadas e percebam as
vantagens de atuarem conjuntamente, é necessário haver uma estrutura de
governança entre os diversos atores do arranjo. Alcançar a estruturação da
governança, vislumbrando uma estrutura que funcione com a participação de todos
os envolvidos e que se consiga definir os objetivos e metas conjuntas é o que se
espera nesse aspecto.
• Um dos fatores importantes da atuação conjunta na forma de APL para um grupo
de empresas é a redução de custos. Neste sentido o efetivo estabelecimento de uma
central de compras, que proporcione maior poder de barganha para as empresas e
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implique em efetiva redução de custos na aquisição de insumos é o que se espera da
organização na forma de arranjo produtivo.
• Para que as empresas do setor possam manter foco nos seus negócios, em muitos
casos necessitam realizar a terceirização de etapas de suas atividades. Conforme o
levantamento feito existe uma carência de empresas prestadoras destes tipos de
serviços na região, o que leva as empresas-âncora a buscarem parceiros em outras
regiões do estado ou em outros estados do país. Tal necessidade leva muitas vezes
ao aumento de custos, redução de competitividade e evasão de renda para fora da
região do Alto Uruguai. Com a ação estruturadora da cadeia, através da
qualificação de empresas da região a prestarem este tipo de serviço terceirizado se
espera-se que surja uma maior oferta de prestação de serviços terceirizados por
empresas da região.
• Para elevar gradativamente a relação lucro/vendas e atingir a mudança de foco no
preço para foco na diferenciação por parte das empresas do APL do vestuário, é
necessário realizar uma seqüência de ações visando o treinamento dos funcionários,
o estímulo à criação e à inovação. Espera-se que ao final do ano de 2015 a maioria
das empresas do APL tenha condições de competir com a diferenciação de seus
produtos.
• Ao lado de iniciativas diretas nas empresas, é necessário haver uma central de
desenvolvimento de tecnologia (centro tecnológico) que desenvolva pesquisas de
acordo com as demandas das empresas do arranjo. Neste sentido, espera-se que até
o ano de 2018 o arranjo produtivo tenha elaborado um projeto, alavancado os
recursos necessários bem como tenha implantado junto ao Instituto Federal do Rio
Grande do Sul, câmpus de Erechim, o Centro Tecnológico do Vestuário.
• Para concorrer no mercado global é necessário que o arranjo produtivo disponha de
diferenciais robustos que acompanhem as tendências do mercado consumidor e o
coloque em patamar elevado. A tendência cada vez maior de valorizar a
sustentabilidade ambiental leva à necessidade de que o APL igualmente tenha
iniciativas avançadas neste sentido. Sobre esse ponto, espera-se que até o ano de
2015 todas as empresas do APL tenham aderido ao programa de redução das
emissões de gases de efeito estufa e realizado seus inventários, protocolado seus
inventários e obtido o selo de valoração dos inventários, bem como tenham
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realizado a redução de suas emissões de gases de efeito estufa, e possam fazer uso
deste diferencial competitivo nos seus mercados compradores.
• Relacionado com a questão da sustentabilidade, mas incluindo o viés social, existe
o projeto de reutilização de resíduos e sobras do processo produtivo das empresas
do APL através do Banco de Vestuário. Espera-se que até o ano de 2014 esteja
implantado e em pleno funcionamento o Banco de Vestuário no APL do Vestuário
do Alto Uruguai.
• Uma entidade importante para a coesão entre as empresas do setor têxtil e do
vestuário do Alto Uruguai, o SINDIVESTAU, precisa ser fortalecido com um
maior número de sócios. Até o ano de 2014 espera-se ampliar em 40% o número de
empresas sócias do sindicato.
Cabe salientar que os resultados descritos acima poderão ser potencializados tendo
por base um novo plano de desenvolvimento. A colaboração dos envolvidos na revisão
do plano de desenvolvimento poderá resultar em novas propostas de ações e atividades
que poderão catalisar o desenvolvimento do setor têxtil e do vestuário do Alto Uruguai.
Também é importante salientar que a estruturação deste arranjo produtivo é integrante
de um plano de desenvolvimento para Erechim e região que está em andamento desde
os ano de 2007 e 2008.
As ações já realizadas bem com as ações prevista para esta proposta estão em
consonância com a Agenda Erechim 2018 (anexo 07-A), referente ao macroobjetivo nº
10 da agenda, conforme podemos ver n quadro 02 a seguir.
Quadro 02: Estruturação das ações do APL em sintonia com a Agenda Erechim 2018 PROJETOS AÇÕES STATUS
• Fortalecimento do capital social;
Criação de um sindicato patronal das indústrias vestuário no Alto Uruguai Gaúcho;
Realizada
Criação do informativo SINDIVEST-AU; Realizada
Buscar a adesão de um número maior de empresas ao Sindivest-AU;
Prevista
União de empresários reivindicando redução tributária; Realizada / Prevista
Estabelecer a governança do APL; Prevista
União de empresários em audiências públicas; Realizada
• Inovação para competir;
Obter linha de crédito específica para o setor do vestuário;
Prevista
Desenvolvimento do Centro Tecnológico do IFRS- Erechim, com foco em Moda e Vestuário;
Prevista
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Internacionalização das empresas permitindo novos mercados;
Prevista
Desenvolver o inventário corporativo de emissões de gases de efeito estufa das empresas participantes do APL;
Prevista
Realização do Erechim Moda Show 2009, 2011 e 2013;
Realizada / Prevista
• Formação de RH;
Realização de cursos de qualificação de mão-de-obra gratuitos - "Programa Qualificar para gerar oportunidades";
Em andamento
Realização de cursos do PRONATEC; Realizada
Realização de curso de costura industrial I, II e III; Realizada
Realização de curso de costura industrial - convênio Instituto Qualificar;
Realizada
Participação ativa na criação do Curso Técnico em Vestuário e Curso Superior em Design de Moda;
Realizada
• Gestão empresarial;
Realização de visitas técnicas; Em andamento
Realização de uma pesquisa de mercado; Prevista
Obter linha de crédito específica para o setor do vestuário;
Prevista
Criação do banco do vestuário; Prevista
Mudança do foco em preço, para diferenciação; Prevista
• Capacitação de fornecedores;
Realizar a qualificação da cadeia produtiva do vestuário;
Prevista
• Atração de distribuidores de insumos e componentes
Criação de uma central de compras para o setor; Prevista
Desta forma a conquista do reconhecimento para o arranjo produtivo do setor têxtil
e do vestuário para a região está alinhada com o planejamento estratégico do Alto Uruguai
e do município polo de Erechim, visto que, como pode-se ver no quadro acima, há uma
série de ações alinhadas com os objetivos e metas já traçados e que estão em consonância
com os objetivos da região.
O reconhecimento do importante trabalho já realizado pelo setor econômico do
vestuário no Alto Uruguai Gaúcho, como sendo um Arranjo Produtivo Local, por parte da
AGDI/RS, será decisivo para a continuidade de muitas das ações previstas, as quais irão
gerar grandes benefícios econômicos e sociais para a alavancagem do setor.