aplicando pdca - envase

21
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO ENGENHARIA DA QUALIDADE JUNHO DE 2014

Upload: felipe-cardim

Post on 30-Sep-2015

29 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Trabalho Acadêmico

TRANSCRIPT

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

    ENGENHARIA DA QUALIDADE

    JUNHO DE 2014

  • Professor: Ivan Melo

    Alunos: Maria Isabel

    Felipe Cardim

    Breno Sotero

    Robstaine Jnior

    Manuella Padilha

  • Descrio do Processo

    Como trabalhado em sala, a qualidade o inverso da variabilidade e isso pode

    ser utilizado como critrio de competitividade da empresa. Sabemos tambm que para

    melhorar a qualidade necessria uma melhoria no processo de fabricao e nas

    ferramentas gerenciais.

    A ideia trabalhar em cima de um processo de envase de garrafas pet de

    refrigerante, de forma que o nmero de garrafas vazias ou com volumes fora dos limites

    aceitveis seja menor. Um maior detalhamento das condies de trabalho do processo

    escolhido exibido nos tpicos abaixo:

    Processo: Enchimento de Refrigerantes de Garrafas Pets

    30 segundos de enchimento para uma garrafa 2 Litros

    26 dias teis/ms

    312 dias teis/ano

    Turnos: 2 turnos de 4 horas

    Mquinas: 1 esteira e 6 vlvulas para o envase

    Produo: 5760/dia; 149760/ms; 46725120/ano.

    Quanto ao exato processo de envase das garrafas, pode-se descrev-lo da

    seguinte forma: As garrafas so levadas por uma esteira, onde um sensor ptico

    identifica a localizao das mesmas e aciona o comando de parada da esteira. Assim que

    parada a esteira, vlvulas so abertas com um temporizador para o preenchimento de 6

    garrafas simultaneamente. Logo que o temporizador fecha as vlvulas, a esteira

    novamente posta em movimento, e cada uma das garrafas pesada atravs de um sensor

    de peso instalado na esteira. Os pesos sero avaliadas por meio de um software que ser

    capaz de identificar as garrafas que no possuem um volume de refrigerante aceitvel.

    FASE P

    ETAPA DE IDENTIFICAO DO PROBLEMA

    1. Escolha do Problema

    O problema escolhido, como j ficou claro anteriormente, diz respeito s

    garrafas que no so corretamente preenchidas com refrigerantes. Este problema

    acarreta um prejuzo direto para a fbrica, visto que uma garrafa defeituosa representa

    todo o tempo e os recursos gastos para uma garrafa pronta para venda. Alm disto, caso

    o nmero de garrafas problemticas tome dimenses muito grandes, haver uma

    sobrecarga no setor de reajuste da fbrica.

    2. Elaborar Histrico do Problema

  • Os dados do histrico do problema so apresentados no grfico abaixo:

    No grfico acima so mostrados histogramas da variao do volume de

    refrigerante nas garrafas. A linha horizontal no grfico representa a mdia desejada de

    volume, ou seja, 2 litros. Cada um dos histogramas representa a produo de 2 semanas,

    alm de mostrar como o volume de refrigerante nas garrafas variou em torno da mdia.

    Atravs de uma rpida anlise do histrico possvel perceber que nos dois

    primeiros histogramas a produo se comportou bem, entretanto no terceiro e quarto

    houve um deslocamento indesejado da mdia para cima. Nos ltimos dois apresentados

    no histrico, a mdia foi deslocada novamente, desta vez aproximando-se da desejada,

    mas ainda no de forma satisfatria. necessrio, portanto, estudar as possveis causas

    deste desvio.

  • 3. Perdas e Ganhos Viveis

    Nesta etapa necessrio expressar concretamente os resultados indesejveis do

    desempenho deficiente. Para tanto, um esclarecimento maior do processo aps o envase

    necessrio, para que se possa mensurar em que os defeitos acarretam.

    Aps o processo de envase, as garrafas seguiram pela esteira, e antes do

    processo de tampagem elas passaro por um sensor de peso instalado na esteira. Este

    sensor determinar pelo peso se a garrafa est com a quantidade desejada de volume em

    seu interior. Caso o volume detectado seja inferior a 2 litros, mas superior a 1,6 litros,

    um bico injetor preencheria a garrafa at o volume de 2 litros, num processo

    denominado de ajuste. Caso o volume seja inferior a 1,6 litros, o refrigerante da garrafa

    descartado e esta retorna ao incio do processo. As garrafas com volume superior a 2

    litros de refrigerantes tambm continuaro para o processo de tampagem, visto que o

    volume suportado pela garrafa j no significativamente superior a 2 litros.

    Como fica claro aps a descrio do processo, o grande problema da variao de

    volume nas garrafas se d para volumes abaixo de 2 litros. A partir da, o problema pode

    ser dividido em dois: As garrafas com mais de 1,6 litros( Grupo 1), e as garrafas com

    menos de 1,6 litros( Grupo2 ).

    Os custos dos grupos 1 consistem apenas no custo do refrigerante injetado, que

    pode chegar a at 0,4 litros, e da manuteno do maquinrio para tal. Enquanto isso, os

    custos do grupo 2 consistem no descarte do refrigerante que est na garrafa, que pode

    atingir 1,59 litros, o custo do maquinrio relativo ao funcionamento do sensor, alm do

    custo de transporte da garrafa vazia de volta ao incio do processo. Desta forma, de se

    esperar que o custo que o grupo 2 acarreta seja pelo menos 3 vezes maior que o custo

    inerente ao grupo 1.

    4. Priorizar Temas

    Estipulou-se como meta deixar a produo dentre os limites 3 sigma, isto

    corresponde 99,7% das peas estando dentro dos limites. A empresa acredita que a

    soluo possa ser encontrada antes do ms de setembro, e espera que esta meta seja

    alcanada em 1 ms.

    5. Nomear Responsveis

    Para resolver o problema a empresa contratou o consultor Robstaine Jnior,

    especialista na rea de gesto e qualidade. Para auxiliar o know-how externo do

    consultor, a empresa tambm destacou alguns dos seus funcionrios de diferentes

    funes para refletir e resolver este problema. Eis os funcionrios:

  • Breno Sotero Engenheiro de Manuteno

    Felipe Cardim Analista de Proceso

    Manuela Padilha Engenheira de Produo

    Maria Isabel Gestora do Setor de Envase.

    ETAPA DE OBSERVAO

    Com o problema j definido sobre a variabilidade do volume de refrigerante nas

    garrafas, deve-se nesta etapa de observao buscar uma viso ampla, que atravs de

    vrios pontos de vista, desconstrua o problema e mostre um caminho para a soluo.

    Lembrando que o nosso processo realiza, com uma nica mquina, o envaze

    simultneo de 6 garrafas, e trabalha em dois turnos de 4 horas em um dia, foi resolvido

    que as amostras seriam colhidas logo no incio do processo, e depois a cada duas horas.

    Logo, teramos amostras colhidas com os tempos: 0, 2, 4, 6 e 8 horas de processo.

    Quanto ao tamanho das amostras, foi acordado entre os profissionais

    responsveis, que um nmero de 5 garrafas para cada bico, em cada amostra, seria

    suficiente para realizao de um estudo detalhado do nosso problema.

    1. Descobrir as Caractersticas do Problema I

    Para comear a desvendar as razes e causas do problema, uma pergunta deve ser

    prontamente respondida: O processo de onde os dados foram inicialmente coletados

    est sob controle?. Para responder tal pergunta, deve-se recorrer a uma ferramenta da

    qualidade adequada. Neste caso, os grficos de controle de Shewhart so uma

    ferramenta bastante til.

    Antes de utilizar os grficos de controle para observao do comportamento do

    processo, necessrio que haja uma estratificao do mesmo. Devido a esta

    necessidade, foi idealizado que a o processo seria estratificado de acordos com os bicos

    de sada de refrigerante. Isto , haver 6 grupos, um para cada bico, cada um com 5

    amostras.

    Grficos de Controle de Shewhart

    Os grficos de controle propostos por Shewhart so construdos sobre

    suposies de modelos matemticos e estatsticos. A suposio de que as amostras

    coletadas sejam provenientes de uma populao de dados independentes, Normal e

    identicamente distribudos.

  • Os principais grficos de controle de Shewhart so o grfico de medida (X),

    grfico de amplitude (R) e grfico de desvio padro (S). O grfico de medida busca

    observar o desempenho mdio do processo acompanhando a variabilidade entre as

    mdias nos sucessivos perodos de tempo, enquanto os grficos R e S buscam

    identificar a variabilidade do processo inerente a cada perodo de tempo. A escolha da

    utilizao de R ou S ser definida pelas caractersticas do processo produtivo ou do

    processo de amostragem.

    Ao analisar os dados obtidos das 5 amostras retiradas dos bicos do processo de

    envase, a equipe responsvel percebeu que a variao de volume dentro de uma mesma

    amostra era mnima e regular entre as amostras. Entretanto, a variao da mdia de

    volume entre uma amostra e outra era considervel. Esta observao levou os

    profissionais responsveis a construir o grfico de medida(X) para avaliar o

    comportamento do processo.

    A partir das frmulas fornecidas no Anexo 2, e da tabela fornecida no Anexo 3,

    ambos fornecidos pelo Professor Ivan Melo por e-mail, pode-se determinar o valor de

    R, o R mdio, a mdia para cada amostra, a mdia geral, e os limites superior e inferior

    de controle para o processo. Como todos estes parmetros em mos, alm das

    constantes encontradas na tabela do Anexo 3, possvel construir os grficos de

    Shewhart e concluir em que, ou em quais grupos de estratificao o processo est fora

    de controle.

    Abaixo seguem os grficos de medida para cada grupo estratificado, ou seja,

    para cada bico:

    1985

    1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    2015

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 1

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

  • 1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    2015

    2020

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    d

    io(m

    l)

    Nmero da Amostra

    Bico 2

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    2015

    2020

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 3

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    1985

    1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    2015

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    d

    io(m

    l)

    Nmero da Amostra

    Bico 4

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

  • Os critrios usados para admitir um processo fora de controle com o auxlio

    deste tipo de grfico foram listados no material de instrues fornecido pelo professor

    Ivan Melo por e-mail. A seguir esto listados todos os critrios:

    a. Um ou mais pontos fora dos limites de controle trs-sigma;

    b. Dois, em trs pontos consecutivos, alm dos limites de alerta dois-sigma;

    c. Quatro, em cinco pontos consecutivos, alm dos limites de alerta um-sigma;

    d. Uma sequncia de oito pontos consecutivos de um mesmo lado da linha central;

    e. Seis pontos em uma sequncia sempre crescente ou decrescente;

    f. Quinze pontos em sequncia na Zona de Controle (tanto acima como abaixo da linha

    central);

    g. Quatorze pontos em sequncia alternadamente para cima e para baixo;

    h. Oito pontos em sequncia de ambos os lados da linha central com nenhum na Zona

    de Controle;

    i. Um padro no aleatrio nos dados amostrais;

    j. Um ou mais pontos perto de um limite de alerta ou de controle.

    1985,0

    1990,0

    1995,0

    2000,0

    2005,0

    2010,0

    2015,0

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    d

    io(m

    l)

    Nmero da Amostra

    Bico 5

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    1980

    1985

    1990

    1995

    2000

    2005

    2010

    2015

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 6

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

  • A partir da anlise dos grficos acima, e adotando como um dos critrios de uma

    situao fora de controle o primeiro critrio da lista acima, percebe-se claramente, que o

    processo independentemente do bico est fora de controle.

    O grfico de controle de medida teve um comportamento semelhante para todos

    os bicos. Nas duas primeiras amostras colhidas, em todos os bicos, o volume mdio

    apresentava valores acima do limite superior de controle. E este volume mdio cai com

    o tempo de processo, chegando a valores abaixo do limite inferior de controle, para

    todos os bicos, ao final de um dia de produo.

    Este comportamento indica que a causa do problema de variao de volume no

    est relacionada com algum defeito em um bico especfico, mas est sim relacionado

    com o tempo de funcionamento do processo.

    A partir desta concluso sero feitas as anlises em busca da real causa do

    problema.

    2. Descobrir as Causas do Problema II

    Pesquisas por informaes adicionais (que so aquelas em que no h

    quantificao) sobre o problema atravs de observaes no local foram feitas.

    Como dito na etapa anterior, o foco a partir de ento estava voltado nas variveis

    relacionadas com o tempo do processo, e como elas estariam influenciando na

    variabilidade do volume mdio.

    Como o comportamento geral do processo de ter um volume mdio alto nas

    duas primeiras horas de processo seguido de uma queda constante desta medida at o

    fim do processo, pode-se relacionar esta queda ao cansao dos funcionrios. O trabalho

    pode estar se apresentando desgastante, e apesar de boa parte do processo ser

    automtica, as fases manuais, ou as que dependem de interpretao humana de dados,

    podem ser comprometidas pelo cansao.

    3. Cronograma e Oramento

    Atividades 28/06/2014 04/07/2014 11/07/2014 15/07/2017 22/07/2014 25/07/2014 28/07/2014

    Escolha do

    processo

    X

    Escolha do

    problema

    X

    Anlise dos

    dados

    histricos

    X

    Priorizar

    temas

    X

    Nomear

    responsveis

    X

    Descobrir as

    caractersticas

    do problema

    X

    Definir as

    causas

    influentes

    X

  • O cronograma que conta inicialmente com as atividades e datas esperadas na soluo do problema est exposto acima. Estima-se que o servio de consultoria,

    juntamente com as despesas relacionadas ao deslocamento dos funcionrios da empresa

    para o combate ao problema, alm de outros gastos intrnsecos, custe empresa um

    valor por volta de 12 mil reais.

    ETAPA DE ANLISE

    1. Definir as Causas Influentes

    Escolha as

    causas mais

    provveis

    X

    Testar a

    consistncia

    da causa

    fundamental

    X

    Elaborar a

    estratgia de

    ao

    X

    Elaborar o

    plano de ao

    X

    Treinar as

    pessoas

    envolvidas

    X

    Executar o

    plano de ao

    X

    Comparar os

    resultados

    X

    Listar os

    efeitos

    secundrios

    X

    Verificar a

    continuidade

    do problema

    X

    Elaborar ou

    alterar o

    padro

    X

    Comunicar a

    existncia do

    novo padro

    ou alterao

    do antigo

    X

    Acompanhar a

    utilizao do

    padro

    X

    Elaborar uma

    relao dos

    problemas

    remanescentes

    X

    Planejar a

    abordagem

    aos problemas

    remanescentes

    X

  • Nesta etapa devem ser reunidas todas as pessoas as quais esto responsveis pela

    identificao da causa e soluo do problema. Todas as pessoas designadas para esta

    tarefa foram listadas na primeira parte deste relatrio, e todas elas devem contribuir

    nesta etapa, visto que cada ponto de vista diferente pode abrir uma nova possibilidade.

    2. Escolha das Causas mais Provveis

    A fim de se ter uma ideia clara das causas que poderiam influenciar no processo

    foi concebido pela equipe, atravs de um longo debate, um diagrama de espinha de

    peixe, tambm conhecido como diagrama causa-efeito, ou grfico de Ishikawa. Este se

    encontra ilustrado abaixo, e expe as causas consideradas influentes para o problema.

    3. Anlise das causas mais Provveis

    A partir do grfico exposto na etapa anterior foi realizado um brainstorming

    entre os profissionais designados para a tarefa, e a partir deste foi desenvolvida uma

    tabela, onde a probabilidade de cada causa citada ser a causa principal do problema foi

    posta em discusso. Esta tabela est exposta a seguir:

    Tabela Brainstorming de Causas

    Causas especficas Estratificao de causas

    Resultado esperado Argumento:

    Mo de obra Desateno do

    operador

    Pouco provvel O processo

    altamente

    automatizado

    Pouco treinamento Pouco provvel A empresa investe

    em treinamentos

    rotineiros

    Materiais Garrafas defeituosas Pouco provvel As garrafas

    defeituosas so

  • descartadas antes do

    processo de

    envazamento

    Composies

    qumicas diferentes

    no mesmo lote

    Pouco provvel Amostras foram

    colhidas e sua

    qualidade verificada

    Mtodo Controle de vazo alterado

    Provvel Um problema na dissipao do calor,

    ou nas vlvulas pode

    ter gerado uma variao na vazo

    Velocidade alterada

    da esteira de

    alimentao

    Pouco provvel No est de acordo

    com os dados

    coletados

    Medidas Calibrao dos

    sensores

    temporizadores

    Provvel Um temporizador

    defeituoso altera o

    volume preenchido

    da garrafa

    Mtodo inedequado

    de medio

    Pouco provvel Os mtodos de

    medio esto de

    acordo com as normas

    Meio Ambiente Climatizao

    inadequada

    Pouco provvel No relevante para

    o problema

    Variao na demanda da fonte de energia

    Pouco provvel O maquinrio tem demanda fixa

    Mquinas Bocais com

    dimetros variveis

    Pouco provvel As variaes de

    temperatura nos

    bocais so mnimas

    Falta de manuteno Provvel A falta de

    manuteno pode ter

    gerado um problema

    de vedao

    A partir da tabela exposta acima se conclui que a falta de manuteno, uma

    alterao do controle de vazo ou um defeito na calibrao do temporizador podem

    levar a uma alterao do volume de lquido preenchido na garrafa, sendo ento estas

    possveis causas do problema enfrentado.

    4. Teste da Consistncia da Causa Fundamental

    Ser adotado como causa especfica o controle de vazo alterado, que se supe

    estar intrinsecamente relacionado com um defeito de operao da vlvula acionada pelo

    temporizador. Esta, por sua vez, pode ser causada por uma falha na manuteno, ou

    simplesmente por desgaste pelo tempo de uso.

    Para testar a consistncia desta causa, foi observado pelo grfico de controle que

    a vazo sofre variaes semelhantes nos 6 bicos, e que esta variao se relaciona de

    alguma forma com o tempo de processo.

  • Neste caso, uma leve desregulao do set point do sensor da vlvula, ou

    simplesmente de sua sensibilidade, j seria suficiente para alterar a vazo que por ali

    passaria, e assim causar mudanas na vazo que chegar aos bicos. A consistncia ,

    portanto, boa.

    ETAPA DE PLANEJAMENTO DE AO

    1. Elaborar a Estratgia da Ao

    Aps a identificao das principais causas do problema feita a elaborao da

    estratgia de ao. O grupo designado para tarefa se reuniu e debateu sobre

    possveis medidas corretivas cabveis s diferentes causas. Os efeitos colaterais

    de cada uma delas foram levados em conta e solues para dimiuir seu efeito

    foram discutidas.

    2. Elabore o Plano de Ao

    Para resumir o planejamento, respondemos s seguintes perguntas:

    O que ser feito? Manuteno ou troca da vlvula, seguida de instalao

    de equipamento para medir a vazo constantemente.

    Quando ser feito? A Manuteno ocorrer mensalmente, ou sempre que

    o medidor de vazo apresente variaes considerveis.

    Quem o far? O tcnico responsvel.

    Porque ser feito? Pela necessidade de obteno de uma vazo mais

    constante e prxima do valor nominal.

    Como ser feito? O trabalho de Manuteno ocorrer ao final de um dia

    de processo. Paradas na produo s ocorrero em casos extremos de

    valores de vazo absurdos.

    FASE D

    ETAPA DE AO

    1. Treinar pessoas envolvidas na execuo do plano de ao

    Para que o plano proposto fosse realizado corretamente, o Engenheiro de

    Manuteno Breno Sotero ficou responsvel por supervisionar e gerenciar a manuteno

    que ser feita pelo tcnico designado. O Analista de Processo Felipe Cardim ficar

  • responsvel por gerenciar a instalao do medidor de vazo e desenvolver, juntamente

    com a Engenheira de Produo Manuela Padilha, um sistema eficiente de comunicao

    entre os operadores para que todos possam agir prontamente no caso de uma nova

    situao com variaes repentinas de vazo.

    Ficou decidido tambm que uma vez a cada 30 dias, um dos integrantes da

    equipe designada para a soluo da tarefa deveria ministrar palestras de 15 minutos a

    todos os operadores e funcionrios envolvidos. Estas palestras devem conter detalhes

    tcnicos de vrias partes do processo, ensinando como zelar pela boa conservao de

    todas as peas, alm de esclarecer a importncia de cada pea e operador.

    Objetivos:

    Corrigir o problema atual com alterao de vazo e prevenir futuros problemas

    do tipo.

    Aumentar a integrao entre os operadores do processo.

    Facilitar a compreenso do que se passa no processo em tempo real.

    2. Executar Plano de Ao

    O plano de ao traado foi rigidamente posto em prtica, com a superviso da

    Gestora do Setor de Envase Maria Isabel. O consultor Robstaine tambm participou da

    ao que culminou com a deciso da troca da vlvula, pois esta realmente apresentou

    defeitos no controle de vazo verificados pelo tcnico.

    A ao de troca ocorreu logo aps o trmino de um dia de operao e obedeceu

    rigidamente ao cronograma traado, ocorrendo no dia 22 de julho de 2014. Ocorreu

    tambm a primeira palestra de conscientizao ministrada pela Engenheira de Produo

    Manuela Padilha, que esclareceu a todos como funcionava o dispositivo que parava as

    esteiras no processo de envase, alm de orientar todas as condies o mesmo precisava

    para prolongar sua vida til.

    Todas as aes ocorreram como esperado, quando esperado, e receberam um

    timo feedback dos operadores que perceberam a troca e assistiram a palestra.

    FASE C

    ETAPA DE VERIFICAO

    Primeiramente sero exibidos os grficos de controle feitos a partir do segundo

    grupo de amostragem, que foi colhido aps a ao corretiva tomada pelo grupo.

  • GRFICOS

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2012

    2014

    2016

    2018

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    d

    io(m

    l)

    Nmero da Amostra

    Bico 1

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    2004

    2006

    2008

    2010

    2012

    2014

    2016

    2018

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    )

    Nmero da Amostra

    Bico 2

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    2007

    2008

    2009

    2010

    2011

    2012

    2013

    2014

    2015

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 3

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

  • 2009,5

    2010

    2010,5

    2011

    2011,5

    2012

    2012,5

    2013

    2013,5

    2014

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    d

    io(m

    l)

    Nmero da Amostra

    Bico 4

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    2007,0

    2008,0

    2009,0

    2010,0

    2011,0

    2012,0

    2013,0

    2014,0

    2015,0

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 5

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2012

    2014

    2016

    2018

    1 2 3 4 5

    Vo

    lum

    e M

    dio

    (ml)

    Nmero da Amostra

    Bico 6

    X

    Xmd

    LICx

    LSCx

  • 1. Comparar os Resultados

    Em comparao com as amostras tomadas anteriormente ao corretiva, a

    variao de mdia entre as ltimas amostras foi bem menor, como pode ser visto na

    curva X dos grficos.

    2. Listar os Efeitos Secundrios

    Aps as modificaes podemos perceber que o sistema est sob controle e em

    relao mdia, mas com a mesma um pouco deslocada para cima (2011,7ml). Este

    deslocamento da mdia pode ser resolvido com uma pequena alterao no temporizador.

    3. Verificar a Continuidade ou no do Problema

    Atravs da anlise dos grficos apresentados para esta segunda amostra,

    contatou-se que o problema da variao de mdia entre as amostras foi resolvido.

    Em todos os grficos apresentados, sendo um para cada bico, a mdia de cada grupo

    de amostra esteve dentro dos limites de controle, obedecendo assim, os critrios

    adotados para admitir o processo sob controle.

    FASE A

    ETAPA DE PADRONIZAO

    1. Elaborar ou Alterar o Padro

    O procedimento operacional padro de envasamento continua o mesmo. As

    alteraes sero em relao manuteno e vistoria, que ocorrero mensalmente,

    atravs de funcionrios capacitados. Devido aos ganhos na produo, aps a insero da

    manuteno e vistoria, decidiu-se extender esses procedimentos mensais para as outras

    mquinais vitais dos demais setores da fbrica.

    2. Comunicar a Existncia do Novo Padro

    Comunicar a Existncia do Novo Padro O Engenheiro de Manuteno Breno

    Sotero sugeriu como data de incio do novo padro, a data em que se realizou a troca

    das vlvulas dos 6 bicos da mquina de envase, estabelecendo ento a necessidade de

    uma vistoria mensal da mquina. Vistoria tal, realizada por profissionais capacitados da

    rea de manuteno, para ser obtido um melhor acabamento do produto final. A deciso

    foi tomada com todos os professionais dos setores afetados, sendo comunicada atravs

    de uma reunio com os funcionrios e reforada atravs de circulares.

  • 3. Educar e Treinar

    Palestras mensais sobre o funcionamento da mquina, as melhores condies de

    operao para uma maior vida til, e ainda orientaes sobre medidas a serem

    tomadas em casos emergenciais sero ministradas por um dos integrantes da equipe

    de busca de problemas da empresa.

    4. Acompanhar a Utilizao do Padro

    Para verificar o cumprimento dos padres, uma vistoria ser executada todo ms.

    ETAPA DE CONCLUSO

    O presente trabalho foi uma clssica aplicao do ciclo PDCA para um processo

    de envase de garrafas de refrigerante. O processo apresentava resultados indesejveis, e

    o grupo designado para realizar o ciclo PDCA colheu amostras e utilizou-se de

    ferramentas da qualidade para estudar o processo.

    Inicialmente foi avaliado um histograma com o histrico do processo, que

    apresentava uma grande variao do volume de refrigerante nas garrafas em torno do

    valor nominal de 2 litros. A partir da este foi escolhido como o nosso problema, onde

    focamos para descobrir todas as caractersticas que poderiam influenciar nesta etapa.

    Aps definido o problema, foram colhidas amostras e realizado uma anlise com

    base nos grficos de Shewhart. A partir dela, foi definido que o processo estava

    atualmente fora de controle. Com esta definio, utilizamos de outras ferramentas para

    descobrir qual seria a causa deste problema. O grfico espinha-de-peixe e uma tabela de

    possveis causas feita atravs de um brainstorming foram utilizados.

    Com o auxlio destas ferramentas, pde-se chegar a causa do problema, que foi

    um defeito em uma das vlvulas que alimentava os bicos de envase. O problema foi

    corrigido com a substituio da mesma, e foram colhidas novas amostras e feitos novos

    grficos para conferir se o problema havia sido corrigido.

    Com a anlise dos grficos da nova amostra, confirmou-se que o problema foi

    satisfatoriamente sanado. Ento, um esquema de visitas tcnicas mensais e palestras

    informativas aos funcionrios foi montado para prevenir a reincidncia do problema.

    1. Elaborar uma Relao dos Problemas Remanescentes

    O problema de variao da mdia de refrigerante que ocorria entre uma amostra

    e outra foi absolutamente resolvido. Entretanto, apesar do problema da variao no

    existir, percebeu-se que a mdia de volume nas amostras se apresenta um pouco acima

    do valor nominal. O valor excedente, entretanto, no rompe com os critrios

    estabelecidos pela empresa e as garrafas so aceitas.

    2. Planejar a abordagem dos Problemas Remanescentes

  • O problema remanescente pode ser visto como a mdia das amostras um pouco

    acima do valor nominal. Apesar de o valor excedente ser pequeno e aceito pela empresa,

    uma reduo da mdia das amostras para o valor nominal traria benefcios.

    Uma abordagem para esta melhoria seria uma nova aplicao do ciclo PDCA.

    Analisando o histrico, uma colheita de amostras, e a busca pelas causas desta mdia

    elevada. Provavelmente, um simples reajuste no temporizador usado para a liberao do

    fluxo de refrigerante seria o necessrio para correo desta questo.

    3. Refletir sobre a prpria atividade de Soluo de Problemas executada no ciclo

    PDCA.

    Depois de realizado este trabalho ficou extremamente esclarecido a importncia

    de cada uma das sete ferramentas da qualidade. Sem o auxlio delas para a visualizao

    do processo do ponto de vista do controle e da qualidade, as tarefas de identificar o

    problema, encontrar as causas e buscar solues seria muito mais rdua.

  • REFERNCIAS

    http://www.portalaction.com.br/content/41-gr%C3%A1ficosm% C3%A9dia-e-amplitude Slides da aula de Engenharia da Qualidade UFPE Introduo ao controle estatstico da qualidade - Douglas C. Montgomery http://www.totalqualidade.com.br/2009/10/controle-estatistico-do-processo.html