aplicando pdca - envase
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Trabalho AcadêmicoTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
ENGENHARIA DA QUALIDADE
JUNHO DE 2014
Professor: Ivan Melo
Alunos: Maria Isabel
Felipe Cardim
Breno Sotero
Robstaine Jnior
Manuella Padilha
Descrio do Processo
Como trabalhado em sala, a qualidade o inverso da variabilidade e isso pode
ser utilizado como critrio de competitividade da empresa. Sabemos tambm que para
melhorar a qualidade necessria uma melhoria no processo de fabricao e nas
ferramentas gerenciais.
A ideia trabalhar em cima de um processo de envase de garrafas pet de
refrigerante, de forma que o nmero de garrafas vazias ou com volumes fora dos limites
aceitveis seja menor. Um maior detalhamento das condies de trabalho do processo
escolhido exibido nos tpicos abaixo:
Processo: Enchimento de Refrigerantes de Garrafas Pets
30 segundos de enchimento para uma garrafa 2 Litros
26 dias teis/ms
312 dias teis/ano
Turnos: 2 turnos de 4 horas
Mquinas: 1 esteira e 6 vlvulas para o envase
Produo: 5760/dia; 149760/ms; 46725120/ano.
Quanto ao exato processo de envase das garrafas, pode-se descrev-lo da
seguinte forma: As garrafas so levadas por uma esteira, onde um sensor ptico
identifica a localizao das mesmas e aciona o comando de parada da esteira. Assim que
parada a esteira, vlvulas so abertas com um temporizador para o preenchimento de 6
garrafas simultaneamente. Logo que o temporizador fecha as vlvulas, a esteira
novamente posta em movimento, e cada uma das garrafas pesada atravs de um sensor
de peso instalado na esteira. Os pesos sero avaliadas por meio de um software que ser
capaz de identificar as garrafas que no possuem um volume de refrigerante aceitvel.
FASE P
ETAPA DE IDENTIFICAO DO PROBLEMA
1. Escolha do Problema
O problema escolhido, como j ficou claro anteriormente, diz respeito s
garrafas que no so corretamente preenchidas com refrigerantes. Este problema
acarreta um prejuzo direto para a fbrica, visto que uma garrafa defeituosa representa
todo o tempo e os recursos gastos para uma garrafa pronta para venda. Alm disto, caso
o nmero de garrafas problemticas tome dimenses muito grandes, haver uma
sobrecarga no setor de reajuste da fbrica.
2. Elaborar Histrico do Problema
Os dados do histrico do problema so apresentados no grfico abaixo:
No grfico acima so mostrados histogramas da variao do volume de
refrigerante nas garrafas. A linha horizontal no grfico representa a mdia desejada de
volume, ou seja, 2 litros. Cada um dos histogramas representa a produo de 2 semanas,
alm de mostrar como o volume de refrigerante nas garrafas variou em torno da mdia.
Atravs de uma rpida anlise do histrico possvel perceber que nos dois
primeiros histogramas a produo se comportou bem, entretanto no terceiro e quarto
houve um deslocamento indesejado da mdia para cima. Nos ltimos dois apresentados
no histrico, a mdia foi deslocada novamente, desta vez aproximando-se da desejada,
mas ainda no de forma satisfatria. necessrio, portanto, estudar as possveis causas
deste desvio.
3. Perdas e Ganhos Viveis
Nesta etapa necessrio expressar concretamente os resultados indesejveis do
desempenho deficiente. Para tanto, um esclarecimento maior do processo aps o envase
necessrio, para que se possa mensurar em que os defeitos acarretam.
Aps o processo de envase, as garrafas seguiram pela esteira, e antes do
processo de tampagem elas passaro por um sensor de peso instalado na esteira. Este
sensor determinar pelo peso se a garrafa est com a quantidade desejada de volume em
seu interior. Caso o volume detectado seja inferior a 2 litros, mas superior a 1,6 litros,
um bico injetor preencheria a garrafa at o volume de 2 litros, num processo
denominado de ajuste. Caso o volume seja inferior a 1,6 litros, o refrigerante da garrafa
descartado e esta retorna ao incio do processo. As garrafas com volume superior a 2
litros de refrigerantes tambm continuaro para o processo de tampagem, visto que o
volume suportado pela garrafa j no significativamente superior a 2 litros.
Como fica claro aps a descrio do processo, o grande problema da variao de
volume nas garrafas se d para volumes abaixo de 2 litros. A partir da, o problema pode
ser dividido em dois: As garrafas com mais de 1,6 litros( Grupo 1), e as garrafas com
menos de 1,6 litros( Grupo2 ).
Os custos dos grupos 1 consistem apenas no custo do refrigerante injetado, que
pode chegar a at 0,4 litros, e da manuteno do maquinrio para tal. Enquanto isso, os
custos do grupo 2 consistem no descarte do refrigerante que est na garrafa, que pode
atingir 1,59 litros, o custo do maquinrio relativo ao funcionamento do sensor, alm do
custo de transporte da garrafa vazia de volta ao incio do processo. Desta forma, de se
esperar que o custo que o grupo 2 acarreta seja pelo menos 3 vezes maior que o custo
inerente ao grupo 1.
4. Priorizar Temas
Estipulou-se como meta deixar a produo dentre os limites 3 sigma, isto
corresponde 99,7% das peas estando dentro dos limites. A empresa acredita que a
soluo possa ser encontrada antes do ms de setembro, e espera que esta meta seja
alcanada em 1 ms.
5. Nomear Responsveis
Para resolver o problema a empresa contratou o consultor Robstaine Jnior,
especialista na rea de gesto e qualidade. Para auxiliar o know-how externo do
consultor, a empresa tambm destacou alguns dos seus funcionrios de diferentes
funes para refletir e resolver este problema. Eis os funcionrios:
Breno Sotero Engenheiro de Manuteno
Felipe Cardim Analista de Proceso
Manuela Padilha Engenheira de Produo
Maria Isabel Gestora do Setor de Envase.
ETAPA DE OBSERVAO
Com o problema j definido sobre a variabilidade do volume de refrigerante nas
garrafas, deve-se nesta etapa de observao buscar uma viso ampla, que atravs de
vrios pontos de vista, desconstrua o problema e mostre um caminho para a soluo.
Lembrando que o nosso processo realiza, com uma nica mquina, o envaze
simultneo de 6 garrafas, e trabalha em dois turnos de 4 horas em um dia, foi resolvido
que as amostras seriam colhidas logo no incio do processo, e depois a cada duas horas.
Logo, teramos amostras colhidas com os tempos: 0, 2, 4, 6 e 8 horas de processo.
Quanto ao tamanho das amostras, foi acordado entre os profissionais
responsveis, que um nmero de 5 garrafas para cada bico, em cada amostra, seria
suficiente para realizao de um estudo detalhado do nosso problema.
1. Descobrir as Caractersticas do Problema I
Para comear a desvendar as razes e causas do problema, uma pergunta deve ser
prontamente respondida: O processo de onde os dados foram inicialmente coletados
est sob controle?. Para responder tal pergunta, deve-se recorrer a uma ferramenta da
qualidade adequada. Neste caso, os grficos de controle de Shewhart so uma
ferramenta bastante til.
Antes de utilizar os grficos de controle para observao do comportamento do
processo, necessrio que haja uma estratificao do mesmo. Devido a esta
necessidade, foi idealizado que a o processo seria estratificado de acordos com os bicos
de sada de refrigerante. Isto , haver 6 grupos, um para cada bico, cada um com 5
amostras.
Grficos de Controle de Shewhart
Os grficos de controle propostos por Shewhart so construdos sobre
suposies de modelos matemticos e estatsticos. A suposio de que as amostras
coletadas sejam provenientes de uma populao de dados independentes, Normal e
identicamente distribudos.
Os principais grficos de controle de Shewhart so o grfico de medida (X),
grfico de amplitude (R) e grfico de desvio padro (S). O grfico de medida busca
observar o desempenho mdio do processo acompanhando a variabilidade entre as
mdias nos sucessivos perodos de tempo, enquanto os grficos R e S buscam
identificar a variabilidade do processo inerente a cada perodo de tempo. A escolha da
utilizao de R ou S ser definida pelas caractersticas do processo produtivo ou do
processo de amostragem.
Ao analisar os dados obtidos das 5 amostras retiradas dos bicos do processo de
envase, a equipe responsvel percebeu que a variao de volume dentro de uma mesma
amostra era mnima e regular entre as amostras. Entretanto, a variao da mdia de
volume entre uma amostra e outra era considervel. Esta observao levou os
profissionais responsveis a construir o grfico de medida(X) para avaliar o
comportamento do processo.
A partir das frmulas fornecidas no Anexo 2, e da tabela fornecida no Anexo 3,
ambos fornecidos pelo Professor Ivan Melo por e-mail, pode-se determinar o valor de
R, o R mdio, a mdia para cada amostra, a mdia geral, e os limites superior e inferior
de controle para o processo. Como todos estes parmetros em mos, alm das
constantes encontradas na tabela do Anexo 3, possvel construir os grficos de
Shewhart e concluir em que, ou em quais grupos de estratificao o processo est fora
de controle.
Abaixo seguem os grficos de medida para cada grupo estratificado, ou seja,
para cada bico:
1985
1990
1995
2000
2005
2010
2015
1 2 3 4 5
Vo
lum
e M
dio