aposentadoria especial

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Aposentadoria especial e temas afins http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario/tag/condicoes-de-trabalho/ Aposentadoria Especial Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter direito à aposentadoria especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos). A aposentadoria especial será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção. Além disso, a exposição aos agentes nocivos deverá ter ocorrido de modo habitual e permanente, não ocasional nem intermitente. Para ter direito à aposentadoria especial, é necessário também o cumprimento da carência, que corresponde ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o segurado faça jus ao benefício. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuições mensais. Os filiados antes dessa data têm de seguir a tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado não será considerada para concessão de aposentadoria especial, segundo a Lei 10.666/03. A comprovação de exposição aos agentes nocivos será feita por formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. http://www.questoesdeconcursos.com.br/pesquisar/disciplina/direito-direito- previdenciario/assunto/aposentadoria-especial Agentes nocivos 7 abr, 2014 A Constituição Federal de 1988, mesmo com as alterações de 1998, garante a Aposentadoria Especial aos que trabalham “sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física”. A lei previdenciária, inclusive com as alteração entre 1995 e 1997, confirma o benefício especial nas mesmas circunstâncias laborais que fala a Carta Magna. O problema se estabelece mesmo é na hermenêutica, na exegese, na interpretação da lei. Na lei de 1960 em que o benefício foi criado, era devido ao segurado “conforme a atividade profissional, em serviços que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos”. Com certeza seria melhor se o constituinte mantivesse os termos técnicos, condições de trabalho penosas, insalubres ou perigosas. Na lei de 1991, os tempos ainda eram outros e o benefício especial foi

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Aposentadoria especial e temas afins

http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario/tag/condicoes-de-trabalho/

Aposentadoria EspecialBenefcio concedido ao segurado que tenha trabalhado em condies prejudiciais sade ou integridade fsica. Para ter direito aposentadoria especial, o trabalhador dever comprovar, alm do tempo de trabalho, efetiva exposio aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais pelo perodo exigido para a concesso do benefcio (15, 20 ou 25 anos).A aposentadoria especial ser devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produo. Alm disso, a exposio aos agentes nocivos dever ter ocorrido de modo habitual e permanente, no ocasional nem intermitente.Para ter direito aposentadoria especial, necessrio tambm o cumprimento da carncia, que corresponde ao nmero mnimo de contribuies mensais indispensveis para que o segurado faa jus ao benefcio. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuies mensais. Os filiados antes dessa data tm de seguir a tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado no ser considerada para concesso de aposentadoria especial, segundo a Lei n 10.666/03.A comprovao de exposio aos agentes nocivos ser feita por formulrio denominado Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Tcnico de Condies Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho.

http://www.questoesdeconcursos.com.br/pesquisar/disciplina/direito-direito-previdenciario/assunto/aposentadoria-especial

Agentes nocivos

7 abr, 2014

A Constituio Federal de 1988, mesmo com as alteraes de 1998, garante a Aposentadoria Especial aos que trabalham sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. A lei previdenciria, inclusive com as alterao entre 1995 e 1997, confirma o benefcio especial nas mesmas circunstncias laborais que fala a Carta Magna. O problema se estabelece mesmo na hermenutica, na exegese, na interpretao da lei.

Na lei de 1960 em que o benefcio foi criado, era devido ao segurado conforme a atividade profissional, em servios que, para esse efeito, forem considerados penosos, insalubres ou perigosos. Com certeza seria melhor se o constituinte mantivesse os termos tcnicos, condies de trabalho penosas, insalubres ou perigosas. Na lei de 1991, os tempos ainda eram outros e o benefcio especial foi mantido conforme havia se consolidado; em 1995 comearam as alteraes, com maiores exigncias, mas sem conseguir mudar o sentido do benefcio, o seu conceito. Muito maior problema o resultado das interpretaes, expressas em decretos, portarias, instrues normativas e ordens de servio, que, na rea administrativa e apenas nela, tm poder de lei.

Assim, o rol de agentes nocivos, prprios das condies especiais que prejudicam a sade ou a integridade fsica, foi diminudo cada vez mais. Atualmente no contm, por exemplo, eletricidade, combustvel ou explosivo, como se no fossem mais agentes nocivos. Temos ento uma lista bem singela de agentes fsicos, qumicos ou biolgicos, enquanto deveria ser muito mais completa, incluindo tambm os agentes nocivos mecnicos e ergonmicos. Voltaremos bastante ao tema.

Sergio Pardal Freudenthal

04/24/2014 s 23:14

A Aposentadoria Especial modalidade de aposentadoria por tempo de servio, diminudo para 15, 20 ou 25 anos em razo das condies de trabalho insalubres, periculosas ou penosas a que estiver submetido o trabalhador. E para contagem de tempo especial necessrio laudo tcnico acompanhando o informativo do empregador atualmente chamado de perfil profissiogrfico Previdencirio PPP, que comprove que suas atividades forma exercidas em condies de trabalho insalubres, periculosas ou penosas.

http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario/2014/04/agentes-nocivos/

A Aposentadoria Especial e os Sindicatos

5 mai, 2014

A Aposentadoria Especial uma conquistas dos trabalhadores brasileiros que sofreu graves intervenes do neoliberalismo entre 1995 e 1998; mas o pior foram as interpretaes que o INSS fez sobre as leis alteradas. Aps muita luta, inclusive judicialmente, agora surgem possibilidades de novas interpretaes oficiais em relao a rudos, periculosidade e associao de agentes nocivos.

De qualquer forma, inclusive para o ajuizamento de aes, preciso que os processos administrativos, especialmente os conduzidos pelos sindicatos, representem com a mxima exatido as condies de trabalho do associado que vai se aposentar. As obrigatrias informaes das empresas empregadoras (antigo SB40, atual PPP) devem trazer clara descrio das atividades e da exposio aos agentes nocivos, inclusive sobre aqueles que o INSS atualmente no admite, como por exemplo a eletricidade. Sabemos que a patrozada, para no pagar os 6% sobre o salrio, anda fantasiando demais as suas condies de trabalho e a proteo do trabalhador, sem contar os agentes nocivos que no esto no rol do INSS (eletricidade) e apontando os EPI (equipamentos de proteo individual) como se fossem milagrosos.

Porm, para a luta nos tribunais e mesmo para novas interpretaes que o governo pode oferecer, necessrio buscar as melhores e mais completas informaes por parte das empregadoras, muitas vezes atravs de movimentos e aes.

Alm disso, os requerimentos de aposentadoria especial, at para que sirvam como base de posteriores aes judiciais, tm que ter toda a ateno, desde a contagem de tempo at a observao da documentao que servir como prova dos tempos especiais. E o trabalhador sabe que a melhor forma de conseguir isto atravs do seu Sindicato.

Por fim, vale esclarecer que as aes contra o INSS podem ser para concesso da aposentadoria especial que foi negada, ou para a converso em aposentadoria especial da aposentadoria comum que possa ter sido concedida. Alm disso, cabem tambm reclamaes trabalhistas contra as empresas empregadoras para obrig-las a expedir um Perfil Profissiogrfico mais correto, inclusive com percias judiciais de engenharia e medicina, alm de conden-las ao pagamento de indenizaes pelos prejuzos causados com as informaes incorretas.

http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario/2014/05/a-aposentadoria-especial-e-os-sindicatos/

Ainda os rudos

Deciso do STJ, cujo resultado conta como limite mximo de rudo (acima dele caracteriza-se o direito aposentadoria especial), at 05/03/1997 em 80 decibis, da at 18/11/2003 seriam 90 dB e a partir de ento 85 decibis....

at 97 - 80dB

97 at 2003 - 90dB

A partir 2003 85dB

Sempre vale destacar que em 2003 o Presidente Lula corrigiu o decreto previdencirio, acompanhando a norma trabalhista....

Conforme a tabela da NR15, limite de exposio diria .

85 dB - 8 horas no dia

90 dB - 4 horas no dia

95 dB - 2 horas no dia

De qualquer forma, o Ministrio da Previdncia pode muito bem resolver a questo, afinal quando as partes esto concordes e dentro da lei, no cabe manifestao do Poder Judicirio.

http://atdigital.com.br/direitoprevidenciario/2014/03/ainda-os-ruidos-2/

Questes atuais da aposentadoria especial

O decreto do Presidente Lula em 2003, corrigindo o limite legal para 85 decibis...

O uso de Equipamento de Proteo Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposio a rudos, no descaracteriza o tempo de servio especial prestado. Ora, no s sabido por todos que, especialmente em relao aos rudos, o EPI no impede o mal causado, como tambm a lei previdenciria, muito claramente, fala das condies ambientais do trabalho, sem qualquer alterao pelo EPI...

Atualmente o INSS no est aceitando a eletricidade, o explosivo e o combustvel como agentes nocivos que caracterizam o direito aposentadoria especial. A defesa irnica que alguns tecnocratas fazem nem vale lembrar, a doutrina da invalidez presumida no se sustenta, e se a Constituio tem disposio na aposentadoria especial dos servidores pblicos que exeram atividades de risco, a isonomia no permite diferena para os segurados do INSS...

E sobre a aposentadoria especial dos estivadores e porturios j falei bastante em posts anteriores e com certeza voltarei a falar muitas vezes. O que fao questo novamente de destacar que estes problemas tm solues pelo Poder Executivo, bastando interpretar a lei corretamente...

Nexo Tcnico Epidemiolgico

13 jan, 2014

Como eu dizia na semana passada, uma lei de 2003 inventou o tal Fator Acidentrio de Preveno, FAP, que, multiplicado ao Risco de Acidentes do Trabalho (1%, 2% ou 3%), RAT, poder reduzir at a metade ou aumentar at o dobro a contribuio exclusivamente patronal do Seguro de Acidentes do Trabalho, SAT. O clculo deste FAP leva em conta, para cada empresa, os ndices de frequncia, gravidade e custo, relacionados, claro, aos acidentes do trabalho. Sem dvida, muito justo que as empresas nas quais ocorrem mais acidentes do trabalho paguem mais caro pelo seu seguro, mas quem garante que o patro comunique os acidentes do trabalho?

Tambm so consideradas como acidentes do trabalho as doenas laborais, decorrentes do trabalho; e alm de deixar de comunicar acidentes que acontecem, tm muitos, mas muitos patres mesmo, negando o claro nexo causal entre a doena que acomete seus empregados e a atividade. Especificamente nestes casos cabe a aplicao do Nexo Tcnico Epidemiolgico Previdencirio, NTEP, introduzido por outra lei em fins de 2006. A relao entre a doena e a atividade estaria presente no NTEP, com o INSS convertendo o benefcio previdencirio em acidentrio, por exemplo o auxlio-doena, B31 para B91, com as consequncias que isto representa para o empregador: o FGTS do acidentado durante o tempo de afastamento, a garantia de emprego por um ano e, por fim, um FAP aumentando a contribuio no SAT.

Como sempre, a inteno parece muito boa, mas a lei, alm de isentar o empregador da multa pela no comunicao do acidente do trabalho, ainda permite que o patro interfira no processo administrativo em que so partes o INSS e o acidentado, podendo recorrer contra a converso do benefcio para acidentrio, com alegaes que consigam convencer. Seria interessante que o Ministrio da Previdncia apresentasse o debate opinio pblica, com o nmero de benefcios convertidos pelo NTEP, o nmero de recursos apresentados pelos empregadores, e, finalmente, o resultado de tais recursos administrativos.

A sade do trabalhador

28 nov, 2013

J conversamos neste blog sobre esta especialidade na medicina, inclusive acompanhando a evoluo conceitual de Medicina do Trabalho para a Sade do Trabalhador, com as lies de Gilmar Cosenza.

Quando as condies de trabalho ofendem ou podem ofender a sade do trabalhador, existem compensaes indenizatrias e paliativas, como os adicionais de insalubridade e de periculosidade e a aposentadoria especial, tema bastante recorrente na atualidade...

Em setores da tecnocracia circula a defesa de que a sade do trabalhador no se vende, e por isso no poderiam existir os adicionais de insalubridade e periculosidade e as aposentadorias especiais...

Evoluo mesmo no aceitar mais o clculo do adicional de insalubridade sobre o salrio mnimo, e sim da mesma forma que o de periculosidade. Sobre a aposentadoria especial, at o presente momento a contribuio patronal recm-criada (6%, 9% ou at 12%) s tem servido para aguar a vontade de mentir dos maus patres. Talvez quando fizer uma interpretao correta da legislao (atravs de decretos) sobre rudos 85 dB desde 06/03/1997 considerando que o EPI no altera as condies especiais -, periculosidade eletricidade, combustvel e explosivos e associao de agentes nocivos estivadores e porturios, possa ento o Ministrio da Previdncia concentrar suas foras nas cobranas das contribuies patronais.

A sade do trabalhador no se vende, e muito menos se d de graa!

A farsa do Fator Previdencirio

3 jun, 2013

Alguns dados do Ministrio da Previdncia Social indicam que o homem est se aposentando, em mdia, com 54,8 anos de idade e com 35,2 de contribuio, com o fator previdencirio comendo praticamente 30%. E com base nestes dados, alguns matemticos indicam que o trabalhador deveria aguardar mais 7 anos para se aposentar e assim no perder os 30%...

A conta fcil: basta multiplicar os 1.400 reais por 91 (7 anos e seus 13s), obtendo 127.400 reais; divida este resultado pela diferena obtida com a espera, 600 reais, e teremos 212 meses, mais de 17 anos, para recuperar o que Tonico deixou de receber. Ainda resta alguma dvida se valeria a pena esperar 7 anos para se aposentar com a mdia integral??!?