apost leitura e producao de texto_2015_2 (1).pdf
TRANSCRIPT
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
1/81
Leitura e Produção de Texto
Fernanda Uchoa
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
2/81
Fernanda Uchôa 2
1. CONCEITO DE FONÉTICA
Fonética é a parte da Gramática que estuda o sistema fônico da língua: dosfonemas em si, da coexistência dos fonemas na sílaba, da sílaba dentro dos vocábulos,
e destes, por sua vez, dentro das frases.Por não ser muito clara a distinção entre FONOLOGIA e FONÉTICA, aNomenclatura Gramatical Brasileira manteve o termo “Fonética” , ficando assim nalinha tradicional. Modernamente, entretanto, prefere-se o nome “Fonologia”.
Inicia-se o estudo da fonética pela diferenciação entre letra, fonema e sílaba.
2. LETRA, FONEMA E SÍLABA
LETRA
Na língua escrita, são utilizados determinados símbolos convencionais, que sedenominam letras. O conjunto das letras, sinais gráficos, chama-se alfabeto,abecedário ou abecê.
O alfabeto português consta de 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l , m, n, o, p,q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
FONEMA
Fonema é a menor unidade sonora da fala.É o som mais elementar da palavra:frase: Eu o amo ! palavras: “Eu” “o” “amo” ! sílabas: Eu o a-mo ! Fonemas: / E / u / / o / / a / m / o / !
O fonema diferencia uma palavra da outra:
Bar Tão s AcoMar São sOco
SÍLABA
Sílaba é o som, ou o conjunto de sons, emitido num só impulso expiratório. Éimportante verificar que em cada sílaba deve existir obrigatoriamente uma vogal. Avogal é a alma da sílaba.
CONCLUINDO:
FONEMA é um elemento sonoro; é realidade acústica;SÍLABA é um fonema ou um conjunto de fonemas que se pronunciam num só
esforço expiratório;LETRA é representação gráfica; é realidade visual; é o desenho do som.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
3/81
Fernanda Uchôa 3
Observe o Exemplo:
1ª sílaba A uma letra e um fonemaT
2ª sílaba R três letras e três fonemasI3ª sílaba T duas letras e dois fonemas
O
DÍGRAFO
Dígrafo é o emprego de duas letras para a representação gráfica de apenas umfonema.
São dígrafos:
1. CH: Chave2. LH: gaLHo3. NH: niNHO4. RR: caRRo5. SS: aSSim6. QU: Quilo -7. GU: Guerra - o “U” não é pronunciado8. SC: naSCer9. SÇ: deSÇa som de /S/
10. XC: eXCeção
Dígrafos Vocálicos são os casos em que as letras “ M” ou “ N” servem de sinal denasalidade:
AM: campo (cãpo)EM: tempo (tepo)IM: limpo (lipo)OM: tombo (tõbo)UM: jejum (jeju)AN: tanto (tãto)EN: venta (veta)IN: linda (lida)ON: onda (õda)UN: mundo (mudo)
Encontros Vocálicos
É o encontro de vogais na mesma sílaba ou em sílaba diferente.
1. Ditongo – é o encontro de uma vogal + uma semivogal, ou vice-versa, namesma sílaba.
a. Crescente – semivogal + vogal ( lí-rio – gló-ria – in-flu-ên-cia)
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
4/81
Fernanda Uchôa 4
b. Decrescente – vogal + semivogal ( pai – boi – he-rói ) c. Oral – quando a vogal é oral (má-goa – ré-gua)d. Nasal – quando a vogal é nasal ( mãe – fa-la-r am – bem)
2. Hiato – é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes.Sa-ú-de – te-a-tro – r a-i-nha
3. Tritongo – é o encontro de uma semivogal + vogal + semivogal na mesmaSílaba.
a. orais – Paraguai, averigüei, enxaguoub. nasais – enxáguam, águam, enxágüem
Encontros Consonantais
É o encontro de consoantes na mesma sílaba ou em sílaba diferentes.
Blu-as – pla-to – ad-jun-to – pac-to
Acentuação Gráf ica
Regras de acentuação gráfica:
1. Proparoxítonas
Todas as proparoxítonas são acentuadas: África, Física, Matemática,
2. Paroxítonas
São acentuadas as paroxítonas terminadas em:
-i (-is) – júri, júris, íris, lápis-u (-us) – bônus, vírus-ã (-ãs) – órfã, órfãs, ímã-um (-uns) – médium, médiuns, álbum, álbunsDitongos – glória, história, Márcia, régua, órgão
-r, -x, -n, -l – mártir – revólver – fênix – pólen – fácil – amável-ps – bíceps – fórceps
3. Oxítonas
São acentuadas todas as oxítonas terminadas em:Vogal [a(s), e(s), o(s)] – café, maracujá, dominó, paletós, amá-lo, dizê-la, repô-las.-em, -ens – armazém, vintém, armazéns, parabéns
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
5/81
Fernanda Uchôa 5
4. Monossílabos Tônicos
Terminados em: -a(s), -e(s), -o(s) – pá, pás, pé, pó, lá, dê, vê
5. Ditongos Abertos
-éu, -éi, -ói : chapéu, céu, anéis, carretéis, herói, anzóis
6. Acentuação dos Hiatos
-i(-s), -u(-us): saída, saúde, caíste, país, balaústre.
7. Plural dos verbos – Ter e Vir (e seus derivados) : ele tem – eles têm, ele vem –eles vêmE recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural: ele detém – eles detêm,
ele intervém – eles intervêm.
Ortografia
O Emprego do h
O h é uma letra que se mantém em algumas palavras em decorrência da etimologia ouda tradição ESCRITO do nosso idioma. Algumas regras, quanto ao seu emprego devemser observadas:
a) Emprega-se o h quando a etimologia ou a tradição escrita do nosso idioma assimdetermina.
homem, higiene, honra, hoje, herói.
b) Emprega-se o h no final de algumas interjeições.
Oh! Ah!
c) No interior dos vocábulos não se usa h, exceto:- nos vocábulos compostos em que o segundo elemento com h se une por hífen aoprimeiro.
super-homem, pré-história.
- Quando ele faz parte dos dígrafos ch, lh, nh. Ex.: Passarinho, palha, chuva.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
6/81
Fernanda Uchôa 6
Emprego do s
Emprega-se a letra s:
- nos sufixos -ês, -esa e – isa, usados na formação de palavras que indicam
nacionalidade, profissão, estado social, títulos honoríficos.Chinês, chinesa, burguês, burguesa, poetisa.
- nos sufixos – oso e – osa (qua significa “cheio de”), usados na formação de adjetivos.
delicioso, gelatinosa.
- depois de ditongos.
coisa, maisena, Neusa.
- nas formas dos verbos pôr e querer e seus compostos.
puser, repusesse, quis, quisemos.
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com s.
análise: analisar, analisado / pesquisa: pesquisar, pesquisado.
Emprego do z
Emprega-se a letra z nos seguintes casos:
- nos sufixos -ez e -eza, usados para formar substantivos abstratos derivados deadjetivos.
rigidez (rígido), riqueza (rico).
- nas palavras derivadas de uma primitiva grafada com z.
cruz: cruzeiro, cruzada. / deslize: deslizar, deslizante.
Emprego dos sufixos – ar e – izar.
Emprega-se o sufixo – ar nos verbos derivados de palavras cujo radical contém –s, casocontrário, emprega-se –izar .
análise – analisar / eterno – eternizar
Emprego das letras e e i.
Algumas formas dos verbos terminados em – oar e – uar grafam-se com e.
perdoem (perdoar), continue (continuar).
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
7/81
Fernanda Uchôa 7
Algumas formas dos verbos terminados em –air, -oer e –ui r grafam-se com i.
atrai (atrair), dói (doer), possui (possuir).
Emprego do x e ch .
Emprega-se a letra x nos seguintes casos:
- depois de ditongo: caixa, peixe, trouxa.
- depois de sílaba inicial en-: enxurrada, enxaqueca (exceções: encher, encharcar,enchumaçar e seus derivados).
- depois de me- inicial: mexer, mexilhão (exceção: mecha e seus derivados).
- palavras de origem indígena e africana: xavante, xangô.
Emprego do g ou j Emprega-se a letra g
- nas terminações –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: prestígio, refúgio.- nas terminações –agem, -igem, -ugem: garagem, ferrugem.
Emprega-se a letra j em palavras de origem indígena e africana:
pajé, canjica, jirau.
Emprego de s, c, ç, sc, ss.
- verbos grafados com ced originam substantivos e adjetivos grafados com cess.
ceder – cessão. / conceder - concessão. / retroceder - retrocesso. / Exceção: exceder - exceção.
- nos verbos grafados com nd originam substantivos e adjetivos grafados com ns .
ascender – ascensão / expandir – expansão / pretender – pretensão.
- verbos grafados com ter originam substantivos grafados com tenção.
deter – detenção / conter – contenção.
Por Marina CabralEspecialista em Língua Portuguesa e Literatura Equipe Brasil
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
8/81
Fernanda Uchôa 8
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO...
Novo Acordo Ortográfico DA Língua Portuguesa
Por: Marília Mendes Alfabeto Nova Regra Regra Antiga Como Será
O alfabeto é agoraformado por 26 letras
O 'k', 'w' e 'y' não eramconsideradas letras do nossoalfabeto.
Essas letras serão usadasem siglas, símbolos, nomespróprios, palavrasestrangeiras e seusderivados. Exemplos: km,watt, Byron, byroniano
Trema
Nova Regra Regra Antiga Como Será Não existe mais o tremaem língua portuguesa.Apenas em casos denomes próprios e seusderivados, por exemplo:Müller, mülleriano
agüentar, conseqüência,cinqüenta, qüinqüênio,frqüência, freqüente,eloqüência, eloqüente,argüição, delinqüir, pingüim,tranqüilo, lingüiça
aguentar, consequência,cinquenta, quinquênio,frequência, frequente,eloquência, eloquente,arguição, delinquir, pinguim,tranquilo, linguiça.
Acentuação Nova Regra Regra Antiga Como Será
Ditongos abertos (ei, OI)não são mais acentuadosem palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia,
colméia, boléia, panacéia,Coréia, hebréia, bóia,paranóia, jibóia, apóio,heróico, paranóico
assembleia, plateia, ideia,
colmeia, boleia, panaceia,Coreia, hebreia, boia,paranoia, jiboia, apoio,heroico, paranoico
Obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua:herói, constrói, dói, anéis, papéis.Obs2: o acento no ditongo aberto 'eu' continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.Nova Regra Regra Antiga Como Será O hiato 'oo' não é maisacentuado
enjôo, vôo, corôo, perdôo,côo, môo, abençôo, povôo
enjoo, voo, coroo, perdoo,coo, moo, abençoo, povoo
O hiato 'ee' não é maisacentuado
crêem, dêem, lêem, vêem,descrêem, relêem, revêem
creem, deem, leem, veem,descreem, releem, reveem
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
9/81
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
10/81
Fernanda Uchôa 10
Nova Regra Regra Antiga Como Será
O hífen não é mais utilizadoem palavras formadas deprefixos (ou falsos prefixos)terminados em vogal +palavras iniciadas por outravogal
auto-afirmação, auto-ajuda,
auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo,contra-indicaçã o, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista,semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado,semi-obscuridade, supra-ocular,
ultra-elevado
autoafirmação, autoajuda,autoaprendizabem,
autoescola, autoestrada,autoinstrução, contraexemplo,contraindicaçã o, contraordem,extraescolar, extraoficial,infraestrutura, intraocular,intrauterino,neoexpressionista,neoimperialista, semiaberto,semiautomático, semiárido,semiembriagado,semiobscuridade, supraocular,ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo,antiamericano, socioeconômico etc.Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-herói,anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.Nova Regra Regra Antiga Como Será Agora utiliza-se hífenquando a palavra é formadapor um prefixo (ou falsoprefixo) terminado em vogal+ palavra iniciada pelamesma vogal.
antiibérico, antiinflamató rio,antiinflacioná rio,antiimperialista, arquiinimigo,
arquiirmandade, microondas,microônibus, microorgânico
anti-ibérico, anti-inflamató rio,anti-inflacioná rio, anti-imperialista, arqui-inimigo,
arqui-irmandade, micro-ondas,micro-ônibus, micro-orgânico
Obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal +palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavrainicia com mesma vogal = com hífen
Obs2: uma exceção é o prefixo 'co'. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal 'o',NÃO utiliza-se hífen.Nova Regra Regra Antiga Como Será
Não usamos mais hífen emcompostos que, pelo uso,perdeu-se a noção decomposição
manda-chuva, pára-quedas,
pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento
mandachuva, paraquedas,paraquedista, paralama,parabrisa, pára-choque,paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento deligação e constitui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bemcomo naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro,médico-cirurgiã o, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor,couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
11/81
Fernanda Uchôa 11
Observações Gerais O uso do hífenpermanece
Exemplos
Em palavras formadas por
prefixos 'ex', 'vice', 'soto' Ex-marido, vice-presidente, soto-mestreEm palavras formadas porprefixos 'circum' e 'pan' +palavras iniciadas emvogal, M ou N
pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadascom prefixos 'pré', 'pró' e'pós' + palavras que temsignificado próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas
pelas palavras 'além','aquém', 'recém', 'sem'
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto
Não existe mais hífen Exemplos Exceções Em locuções de qualquertipo (substantivas,adjetivas, pronominais,verbais, adverbiais,prepositivas ouconjuncionais)
cão de guarda, fim desemana, café com leite, pãode mel, sala de jantar, cartãode visita, cor de vinho, àvontade, abaixo de, acercade etc.
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia,ao-deus-dará, à queima-roupa
PARÔNIMOS e HOMÔNIMOS
Parônimos são palavras diferentes no sentido, mas com muita semelhança na escritae na pronúncia.
Exemplos :
Infligir infrigir
Retificar ratificar
Vultoso vultuoso
Homônimos são palavras diferentes no sentido, mas que têm a mesma pronúncia.Dividem-se em homônimos perfeitos e homônimos imperfeitos.
Homônimos perfeitos são palavras diferentes no sentido, mas idênticasna escrita e na pronúncia.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
12/81
Fernanda Uchôa 12
Exemplos :
Homem são (adj.) São João São várias as causas
Como vais ? Eu como feijão
Homônimos imperfeitos, que se dividem em :
1. Homônimos homógrafos, quando têm a mesma escrita e a mesma pronúncia,exceto a abertura da vogal tônica.
Exemplos: Almoço (verbo) / Almoço (substantivo)
2. Homônimos homófonos, quando têm a mesma pronúncia mas escrita diferente.
Exemplos :
Apreçar apressar
Sessão seção Cessão
Exemplos de Parônimos e Homônimos:
Parônimos ( emprego do e ou do i )
Arrear Pôr arreios a Arriar Abaixar
Deferimento Concessão Diferimento AdiamentoDeferir Conceder Diferir Adiar
Delatar Denunciar Dilatar Retardar, estender
Descrição Representação Discrição Reserva
Descriminar Inocentar Discriminar Distinguir
Despensa Compartimento Dispensa Desobriga
Destratar Insultar Distratar Desfazer (contrato)
Emergir Vir à tona Imergir Mergulhar
Emigrante O que sai do próprio país Imigrante O que entra em país estranho
Eminência Altura; excelência Iminência Proximidade de ocorrência
Eminente Alto; excelente Iminente Que ameaça cair ou ocorrer
Emitir Lançar fora de si Imitir Fazer entrar
Enfestar Dobrar ao meio na sualargura
Infestar Assolar
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
13/81
Fernanda Uchôa 13
Enformar Meter em fôrma,incorporar
Informar Avisar
Entender Compreender Intender Exercer vigilância
Lenimento Suavizante Linimento Medicamento para fricçõesPeão Que anda a pé Pião Espécie de brinquedo
Recrear Divertir Recriar Criar de novo
Se Pronome átono;conjunção
Si Pronome tônico; nota musical
Vadear Passar a vau Vadiar Passar vida ociosa
Venoso Relativo a veias Vinoso Que produz vinho
Parônimos (emprego do o ou do u )
Açodar Instigar Açudar Construir açudes
Assoar Limpar (o nariz) Assuar Vaiar
Bocal Embocadura Bucal Relativo à boca
Comprido Longo Cumprido Executado
Comprimento Extensão Cumprimento Saudação
Costear Navegar junto à costa Custear Prover as despesas de
Cutícula Película Cutícola Que vive na peleInsolação Exposição ao sol Insulação Isolamento
Insolar Expor ao sol Insular Isolar
Ovular Semelhante a ovo Uvular Relativo à úvula
Pontoar Marcar com ponto Pontuar Empregar a pontuação em
Roborizar Fortalecer Ruborizar Corar; envergonhar-se
Soar Dar ou produzir som;ecoar
Suar Transpirar
Soporativo Que produz sopor(modorra) Supurativo Que produz supuração
Sortir Abastecer Surtir Originar
Torvar Tornar-se carrancudo Turvar Tornar turvo (opaco); toldar
Torvo Iracundo, enfurecido Turvo Opaco; toldado
Vultoso Volumoso Vultuoso Atacado de vultuosidade(congestão na face)
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
14/81
Fernanda Uchôa 14
Homônimos e parônimos (emprego do grupo sc )
Acender Pôr fogo a Ascender Subir
Decente Decoroso; limpo Descente Que desce; vazanteDiscente Relativo a alunos Docente Relativo a professores
Acético Relativo ao vinagre Ascético Relativo aoascetismo
Asséptico Relativo à assepsia
Homônimos e parônimos (emprego do c, ç, s e ss )
Acento Inflexão da voz; sinalgráfico
Assento Lugar onde a gente seassenta
Acessór io Que não é fundamental Assessório Relativo ao assessor
Anticé(p)tico Oposto aos céticos Antissé(p)tico Desinfetante
Apreçar Marcar ou ver o preço de Apressar Tornar rápido
Caçar Perseguir a caça Cassar Anular
Cé(p)tico Que ou quem duvida Sé(p)tico Que causa infecção
Cegar Fazer perder a vista a Segar Ceifar; cortar
Cela Aposento de religiosos Sela Arreio de cavalgadura
Celeiro Depósito de provisões Seleiro Fabricante de selasCenário Decoração de teatro Senário Que consta de seis unidades
Censo Recenseamento Senso Juízo claro
Censual Relativo ao censo Sensual Relativo aos sentidos
Cerração Nevoeiro espesso Serração Ato de serrar
Cerrar Fechar Serrar Cortar
Cervo Veado Servo Servente
Cessação Ato de cessar Sessação Ato de sessar
Cessar Interromper Sessar PeneirarCiclo Período Siclo Moeda judaica
Cilício Cinto para penitências Silício Elemento químico
Cinemático Relativo ao movimentomecânico
Sinemático Relativo aos estames
Círio Vela grande de cera Sírio da Síria
Concertar Harmonizar; combinar Consertar Remendar; reparar
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
15/81
Fernanda Uchôa 15
Corço Cabrito selvagem Corso Natural da Córsega
Decertar Lutar Dissertar Discorrer
Empoçar Formar poça Empossar Dar posse a
Incerto Duvidoso Inserto Inserido, incluídoIncipiente Principiante Insipiente Ignorante
Intenção outenção
Propósito Intensão outensão
Intensidade
Intercessão Rogo, súplica Interse(c)ção Ponto em que duas linhas secortam
Laço Laçada Lasso Cansado
Maça Clava Massa Pasta
Maçudo Indigesto; monótono Massudo VolumosoPaço Palácio Passo Passada
Ruço Pardacento; grisalho Russo Natural da Rússia
Cessão Doação; anuência Secção ouseção
Corte; divisão Sessão Reunião
Cesta Utensílio de vara,com asas
Sexta Ordinal feminino deseis
Sesta Hora dedescanso
Indefesso Incansável Indefeso Sem defesa Infenso Contrário
Homônimos e parônimos (emprego do s ou do z)
Asado Que tem asas Azado Oportuno
Asar Guarnecer com asas Azar Dar azo a; má sorte
Coser Costurar Cozer Cozinhar
Revezar Substituiralternadamente
Revisar Rever; corrigir
Vês Forma do verbo ver Vez Ocasião
Fúsil Que se pode fundir Fuzil Carabina Fusível Resistência de fusibilidadecalibrada
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
16/81
Fernanda Uchôa 16
Homônimos (emprego do s ou do x )
Espiar Espreitar Expiar Sofrer pena ou castigo
Espirar Soprar; respirar; estar vivo Expirar Expelir (o ar); morrerEstrato Camada sedimentar; tipo de
nuvemExtrato O que foi tirado de dentro;
fragmento
Esterno Osso do peito Externo Exterior Hesterno Relativo ao dia deontem
Homônimos e parônimos (emprego do ch ou do x )
Brocha Prego curto de cabeça larga e chata Broxa Pincel
Bucho Estômago de animais Buxo Arbusto ornamental
Cachão Borbotão; fervura Caixão Caixa grande; féretro
Cachola Cabeça; bestunto Caixola Pequena caixa
Cartucho Canudo de papel Cartuxo Pertencente à ordem da
CartuxaChá Arbusto; infusão Xá Título de soberano no Oriente
Chácara Quinta Xácara Narrativa popular em verso
Chalé Casa campestre em estilo suíço Xale Cobertura para os ombros
Cheque Ordem de pagamento Xeque Incidente no jogo de xadrez;contratempo
Cocha Gamela Coxa Parte da perna
Cocho Vasilha feita com um tronco demadeira escavada
Coxo Aquele que manca
Luchar Sujar Luxar Deslocar; desconjuntar
Tacha Brocha; pequeno prego Taxa Imposto; preço
Tachar Censurar; notar defeito em Taxar Estabelecer o preço ou oimposto
Referência Bibliográfica:
ANDRÉ, Hildebrando A. de, Gramática ilustrada. São Paulo : Moderna, 1990.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
17/81
Fernanda Uchôa 17
Linguagem Denotativa X Linguagem Conotativa
Na linguagem coloquial, ou seja, na linguagem do dia-a-dia, usamos as palavrasconforme as situações que nos são apresentadas. Por exemplo, quando alguém diz afrase " Isso é um castelo de areia" , pode atribuir a ela sentido denotativo ouconotativo. Denotativamente, significa "construção feita na areia da praia em forma decastelo"; conotativamente, "ocorrência incerta, sem solidez".
Denotação: É o uso do signo em seu sentido real. (Colhi uma flor do jardim.)
Conotação: É o uso do signo em sentido figurado, simbólico. (Sua filha é mesmouma flor!)
Para Aristóteles, o homem é um animal político (social e cívico), pois somenteele é dotado de linguagem. Animais têm voz, exprimindo dor e prazer. Só homempossui palavra, exprimindo e possuindo, em comum com outros homens, valores queviabilizam vida social e política. Para Platão a linguagem é um pharmakon : remédio,veneno e cosmético.
Linguagem é "instrumento graças ao qual o homem modela seu pensamento,seus sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua vontade e seus atos, oinstrumento graças ao qual ele influencia e é influenciado, a base mais profunda dasociedade humana"
Funções da Linguagem
Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário oestudo dos elementos da comunicação.
Comunicação
Nas situações de comunicação, alguns elementos são sempre identificados. Isto é, sem
eles, pode-se dizer que não há comunicação. É o que diz a teoria da comunicação.Os elementos da comunicação são:
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
18/81
Fernanda Uchôa 18
Emissor ou destinador: alguém que emite a mensagem. Pode ser uma pessoa, umgrupo, uma empresa, uma instituição.
Receptor ou destinatário: a quem se destina a mensagem. Pode ser uma pessoa,um grupo ou mesmo um animal, como um cão, por exemplo.
Código: a maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por umconjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que cada umdos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou
escrita, gestos, código Morse, sons etc. O código deve ser de conhecimento de ambosos envolvidos: emissor e destinatário.
Canal de comunicação: meio físico ou virtual, que assegura a circulação damensagem, por exemplo, ondas sonoras, no caso da voz. O canal deve garantir ocontato entre emissor e receptor.
Mensagem: é o objeto da comunicação, é constituída pelo conteúdo dasinformações transmitidas.
Referente: o contexto, a situação aos quais a mensagem se refere. O contexto pode
se constituir na situação, nas circunstâncias de espaço e tempo em que se encontra odestinador da mensagem. Pode também dizer respeito aos aspectos do mundo textualda mensagem.
Obs.: As atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exerceminfluência sobre a comunicação. Cada um destes componentes é trabalhado por umafunção de linguagem. Vejamos sucintamente:
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
19/81
Fernanda Uchôa 19
1) Função emotiva: é a do emissor, centrada na 1ª pessoa do singular, no “eu”,subjetivamente.
2) Função conativa: é a do receptor, centrada na 2º pessoa, no “tu”; busca atuar sobre a
imagem do receptor, persuadindo-o mediante o uso das palavras e de verbos noimperativo.
3) Função fática: é a do canal, serve apenas para manter o contato e ver se o receptorestá realmente entendendo o emissor.
4) Função metalinguística: é a do código (no nosso caso, a língua portuguesabrasileira); usada quando temos de explicar a própria linguagem, como estou fazendoagora.
5) Função poética: é a da mensagem; privilegia o significante e o significado e depende
dos recursos usados pelo autor do texto (envolvendo muito a conotação).6) Função referencial: é a do referente, centrada na 3ª pessoa, no assunto; a intenção éapenas transmitir a informação, objetivamente (envolvendo a denotação).
Claro que em um texto pode haver mais de uma função pois elas não sãoexcludentes. A linguagem referencial ocorre quando o referente, ou seja, o assunto, éposto em destaque. Se o assunto é posto em destaque, o texto há de ser objetivo eclaro, sem margem a duplas interpretações (como ocorre com a linguagem conotativa).Como o principal é passar a informação, o texto será escrito em 3ª pessoa – comovemos na maioria das teses científicas e textos jornalísticos. Por isso em umadissertação o que predomina é a função referencial, aquela que visa passar o assuntoda forma mais precisa possível.
Figuras de linguagem
Os recursos de linguagem usados para expressar uma ideia, uma sensação oupara retratar a realidade.
Sempre que uma questão abordar uma pergunta sobre o uso da linguagemdenotativa, observe se o texto ou a palavra está no seu sentido literal ou figurado – no
caso do texto, veja o que predomina. Já na redação, você deve sempre privilegiar alinguagem denotativa: a linguagem figurada não é bem-vinda em um texto referencial,como é o caso de Carta Comercial.
As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas asmensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras depensamento e figuras de palavras.
Figuras de som
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
20/81
Fernanda Uchôa 20
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.“Sou um mulato nato no sentido latomulato democrático do litoral.”
c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas designificados distintos.“Eu que passo, penso e peço.”
Figuras de construção
a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ouelementos do período.“ E sob as ondas ritmadase sob as nuvens e os ventose sob as pontes e sob o sarcasmoe sob a gosma e sob o vômito (...)”
d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.“De tudo ficou um pouco.Do meu medo. Do teu asco.”
e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que sesubentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
• De gêneroVossa Excelência está preocupado.
• De númeroOs Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De pessoa“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinhaverde e mole que se derrete na boca.”
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorreporque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.A vida, não sei realmente se ela vale alguma coisa.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
21/81
Fernanda Uchôa 21
g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.“ Amor é um fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer”
Figuras de pensamento
a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõempelo sentido.“Os jardins têm vida e morte.”
b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se,com isso, efeito crítico ou humorístico.“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; emsíntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.Ele enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita sede)
e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativosque são próprios de seres animados.O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax)ou descendente (anticlímax)“Um coração chagado de desejosLatejando, batendo, restrugindo.”
g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisapersonificada).“Senhor Deus dos desgraçados!Dizei-me vós, Senhor Deus!”
Figuras de palavras
a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, combase numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Ametáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo ficasubentendido.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
22/81
Fernanda Uchôa 22
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.”
b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja,uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro
significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base emtraços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relaçãológica entre os termos. Observe:Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar umconceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não maisse percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.O pé da mesa estava quebrado.
d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o
identifique com facilidade:...os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)
e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas pordiferentes órgãos do sentido.A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
Vícios de linguagem
A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua,denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pelagramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagemescrita. O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maiorexpressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo nãoconhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.
a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com anorma culta.pesquiza (em vez de pesquisa)prototipo (em vez de protótipo)
b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe deconcordância)
c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que elaapresente mais de um sentido.O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou dosuspeito?)
d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.Paguei cinco mil reais por cada.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
23/81
Fernanda Uchôa 23
e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é
considerado vicioso.f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.O menino repetente mente alegremente.
Por Marina CabralEspecialista em Língua Portuguesa e Literatura
Texto L iterário X Texto Não Li terário
Texto Literário
João GostosoUma noiteChegou num barBebeuCantouDançouDepois se atirou na lagoa
Morreu afogado(Bandeira, 1974)
Texto Não Literário
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia numbarracão sem número.Uma noite ele chegou ao bar vinte de Novembro.BebeuCantouDançouDepois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Inocente ou culpado?
Ele se livrou da armação
Conta uma lenda, que na Idade Média, um religioso foi injustamente acusado deter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era uma pessoa influente do
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
24/81
Fernanda Uchôa 24
reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um bode expiatório, paraacobertar o verdadeiro assassino.
O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia quetudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta
história.O juiz, que também estava combinado para levar o pobre homem à morte,simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que provasse suainocência. Disse o juiz:
- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos doSenhor: vou escrever em um papel a palavra INOCENTE e em outro a palavraCULPADO. Você pegará um dos papéis e aquele que você escolher será o seuveredicto.
Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis com a palavraCULPADO, fazendo assim, com que não houvesse alternativa para o homem. O juizcolocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem,
pressentindo a armação, fingiu se concentrar por alguns segundos a fim de fazer aescolha certa, aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamentecolocou-o na boca e engoliu. Os presentes reagiram surpresos e indignados com talatitude. E o homem, mais uma vez demonstrando confiança, disse:
- Agora basta olhar o papel que se encontra sobre a mesa e saberemos queengoli aquele em que estava escrito o contrário.
Autor desconhecidoO monge mordido
Cada um na sua
Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por umaponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margemdo rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, obichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então àmargem, tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrouno rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos naestrada . Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre deve estar muito doente! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso?Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda, picou amão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:- Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.
Coesão e coerência
Um sonho de simplicidade
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
25/81
Fernanda Uchôa 25
Então, de repente, no meio dessa desarrumação ferozda vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providências a tomar, para me fazer essa pergunta. Por quefumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma
necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher napenumbra ou os amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?
Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque depudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar aopescoço. Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar avida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esseofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas... Seria preciso fazer algo de sólido ede singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que mefatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O
telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome,de um número... Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada,precisamos apenas viver sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, comoos bois, as mangueiras e o ribeirão.(Rubem Braga, 200 crônicas escolhidas)
A coesão integra um dos requisitos imprescindíveis à construção de todo e qualquertexto. Há, portanto, alguns elementos que funcionam como principais agentes nesseprocesso, com vistas a fazer com que a mensagem se materialize de forma clara eprecisa. Coesão são as ligações concretas que dão coerência aos elementos de umamensagem. Toda produção textual se organiza em torno de um elemento de referência,
que lhe dá coesão.
A coerência é responsável pelo sentido do texto. Envolve não só aspectos lógicos esemânticos, mas também cognitivos, na medida em que depende do partilhar deconhecimentos entre os interlocutores.Um discurso é aceito como coerente quando apresenta uma configuração conceitualcompatível com o conhecimento de mundo do recebedor.
O conhecimento de mundo é importante, não menos importante é que esseconhecimento seja partilhado pelo produtor e receptor do texto. O produtor e receptor
do texto devem ter conhecimento comum.
EXERCÍCIO SOBRE COESÃO E COERÊNCIA
1. o texto que ora se evidencia a seguir carece de elementos de coesão e sua principaltarefa é apontá-los, tendo como base os exemplos sugeridos.
Muito suor, pouca descoberta.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
26/81
Fernanda Uchôa 26
O trabalho do arqueólogo tem emoções, sim. ---------não pense em Indiana Jones,bandidos e tesouros. É verdade------- os arqueólogos passam um bom tempo emlugares excitantes, como pirâmides e ruínas. ---------as emoções acontecem mesmo énos laboratórios, --------- ---------- identificam a importância das coisas que acharam nos
sítios arqueológicos. -------------, é preciso persistência para encarar a profissão, -------------os resultados demoram, e muita gente passa a vida estudando sem fazer grandesdescobertas. No Brasil, é necessário fazer pós-graduação, ---------não há faculdade deArqueologia. --------, é preciso gostar de viver sem rotina, -------------o arqueólogo passameses no laboratório e outros em campo. O prêmio é fazer descobertas que mudam ahistória.
(Super for Kids, nº 1)
2. Atenha-se ao enunciado linguístico ora expresso, identificando os elementos
coesivos presentes neste:O lide da secretáriaUma das grandes dificuldades que o repórter tem, ao apurar uma notícia pelo telefone,é conseguir passar pela telefonista/secretária. Invariavelmente, elas fazem trêsperguntas ao interlocutor, que funcionam como uma espécie de lide: “quem deseja?”“de onde?”, “pode adiantar o assunto?”, com frequência completadas pelo fatal “não seencontra”, que até hoje não descobri de que língua é.
3. Apresenta-se a seguir uma anedota de Ziraldo. Analise-a e, em seguida, responda:A mãe chega na varanda e encontra o maluquinho ensinando palavrões pro papagaio:- Maluquinho, que é que você está fazendo, menino?- Ora, mãe, tou ensinando pro papagaio as palavras que ele não deve dizer.
(O livro do riso do Menino maluquinho. 2.ed. São Paulo:Melhoramentos,2000.p.74)Na anedota há uma incoerência, a qual se caracteriza como intencional.a) Identifique-a.
.
b) Justifique o porquê de ela assim se caracterizar.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
27/81
Fernanda Uchôa 27
4. Com base no exercício anterior, comente acerca da importância da coerência textual.
5. (Unicamp-SP)Observe que nos trechos abaixo, a ordem que foi dada às palavras, nos enunciados,provoca efeitos semânticos (de significado) “estranhos”.Fazendo sucesso com a sua nova clínica, a psicóloga Iracema Leite Ferreira Duarte,localizada na Rua Campo Grande, 159.Embarcou para São Paulo Maria Helena Arruda, onde ficará hospedada no luxuoso
hotel Maksoud Plaza.(Notícias da coluna social do Correio do Mato Grosso)Escolha um dos trechos, diga qual é a interpretação “estranha” que ele pode ter, ereescreva-o de forma a evitar o problema.
Estrutura das Palavras
Elementos Mórficos ou Morfemas
Elementos FunçãoRadical Identifica o significado básico da palavra
Af ixos Morfemas responsáveis pela formação de palavras novas, a parir de umradical. Podem ser Prefixos - colocado antes do radical e Sufixos –colocado depois do radical
Desinências Morfemas caracterizadores das palavras. Indicam gênero e número (nos
nomes); número e pessoa, tempo e modo (nos verbos)Vogal temática Nos verbos, identifica uma das três conjugações; nos nomes, forma gruposcom características comuns.
Tema É a união do radical à vogal temática.Vogal (ouconsoante) deligação
É facilitar a pronúncia para que se consiga juntar sufixos a radicais ou umradical a outro. Não fazem parte dos morfemas
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
28/81
Fernanda Uchôa 28
Exemplos:
Prefixos - feliz – in feliz Sufixos – feliz – felizmentefazer - refazer pedra – pedr eiro
Cognatas – são palavras que possuem o mesmo radical.
Feliz = infeliz, felizmente, felicidade, infelizmenteJornal = jornaleiro, jo rnalista, jornaisPedra = pedr eiro, pedrada, pedraria
Desinências menin-o menin-o-s menin-a-s (nominal) Cantar canta-va-mos canta-sse-s (verbal)
Vogal TemáticaFal-a-r – Cant-a-r - Vend-e-rTema Tema Tema
Vogal ( ou Consoante) de ligação
Gas-ô-metro – pau-l-ada – cafe-t-eiraFormação das Palavras
1- Derivação
Prefixal – colocação de um prefixo ao Radical.
Infeliz desleal
Sufixal – colocação de um sufixo ao Radical.
Felizmente Lealdade
Prefixo-sufixal – colocação de um prefixo e um sufixo ao radical.
Infelizmente deslealdade
Parassíntese (Parassintética) – Colocação ao mesmo tempo de um prefixo e umsufixo.
Entristecer desalmado
Regressiva – a palavra nova é obtida pela redução da palavra primitiva.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
29/81
Fernanda Uchôa 29
Botequim – boteco / Português – portuga / Combater – combate / Pescar –pesca / Jantar - janta
Imprópria – mudança de classe gramatical, vai depender do contexto.
Ainda não fiz o jantar. (substantivo)
Como será o amanhã. (substantivo)
A mulher aranha. (adjetivo)
2- Composição
(Dois ou mais radicais se juntam para formar uma palavra)
Justaposição – Colocação de dois radicais ou mais sem a perda de elementos.
Couve-flor / Passatempo / Girassol / salário-família
Aglutinação - Colocação de dois radicais ou mais com a perda de elementos.
Aguardente PlanaltoPernalta Petróleo
Outros processos
3- Hibridismo – são palavras formadas por radicais de línguas diferentes.
Automóvel (auto: grego / móvel: latim)Sociologia (sócio: latim / logia: grego)Alcoômetro (álcool: árabe / metro: grego)Burocracia (buro: de bureau francês / cracia: grego )Sambódromo (samba: língua africana / dromo: grego)
4- Onomatopéia – são palavras que reproduzem os sons ou ruídos.
Tique-taque; zunzum; cacarejar;
Miar; fonfom; pingue-pongue5- Abreviação – redução da palavra.
Moto (por motocicleta)Foto (por fotografia)Pneu (por pneumático)
Abreviatura – pág. (página)
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
30/81
Fernanda Uchôa 30
m (metro)Fís. (Física)
Siglas – PT (Partido dos Trabalhadores)
Banespa (Banco do Estado de São Paulo)
S U B S T A N T I V O
É a palavra que dá nome aos seres. Ex.: Colégio, tristeza, rio.
Classificação
Comum = homem, rio, cão, país Próprio = Manuel, Amazonas, Bidu, França Coletivo = bando (de aves), pinacoteca (de quadros)
Formação
Primitivo = leite, ferro, terra Derivado = leiteiro, ferradura, terreno Concreto = casa, fada, bruxa, caneta, saci Abstrato = Amor, recordação, coragem, medo Simples = sol, chuva, tempo Composto = girassol, guarda-chuva, passatempo
Gênero dos subs tantivos
Substantivo Biforme Substantivo Uniforme Gramatical
Masculino = menino,homem, bode, ator
Feminino = menina,mulher, atriz, cabra
Comuns-de-doisgêneros
cliente, viajante, artista
Sobrecomum = ídolo,testemunha, bebê
Epiceno = jacaré, cobra,
zebra
Masculino = livro, ônibus,apartamento, caderno
Feminino = casa, cadeira, porta, janela.
Obs: Comum-de-dois gêneros - o que modifica o gênero é o artigo.
Ex.: O cliente, A cliente.
Sobrecomum - a diferença de gênero não é especificada, o mesmo substantivorefere-se ao sexo masculino como feminino. ë de acordo com o contexto.
EX.: Uma criança do sexo masculino.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
31/81
Fernanda Uchôa 31
Epiceno - para a distinção do sexo do animal acrescenta-se a palavra macho oufêmea.
Ex.: O jacaré macho, A cobra fêmea.
GRAU DOS SUBSTANTIVOS
Normal Diminutivo Aumentativo
gato, casa,livro.
Sintético = gatinho,livrinho, casinha
Analít ico = gatopequeno, casaminúscula, livropequeno
Sintético = gatão, casarão, livrão Analítico = gato grande, casaenorme, livro imenso
NÚMERO DOS SUBSTANTIVOS
SINGULAR = menina, ator, pão, couve-flor
PLURAL = meninas, atores, pães, couves-flores
A R T I G O S
Determinam os substantivos.
Classificação:
Definidos = Singular : a, o / Plural : as, os
Indefinidos = Singular - uma, um / Plural - umas, uns
A D J E T I V O S
Caracterizam o substantivo. Ex.: A criança levada. O menino agitado.
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Flexão em gênero
Biforme = possue duas formas, uma para omasculino e outra para o feminino:Masculino – botão amareloFeminino – rosa amarela
Uniforme = possue uma só forma para osdois gêneros:Exercício fácil / Tarefa fácil
Flexão em númeroSingular =Menino estudiosoMenina estudiosa
Plural =Meninos estudiososMeninas estudiosas
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
32/81
Fernanda Uchôa 32
Menino surdo-mudoMenina surda-muda Língua latino-americana Povo latino-americano
Terno marrom-café
Meninos surdos-mudosMeninas surdas-mudasLínguas latino-americanasPovos latino-americanos
Ternos marrom-café Flexão em grauComparativo Superlativoa. de igualdade:
Ana é tão esperta quanto sua irmã.b. de superioridade:
Ana é mais esperta que sua irmã.c. de inferioridade:
Ela é menos esperta que Ana
a. absoluto : analítico:Ana é muito esperta. sintético:Ana é espertíssima. b. relativo: de superioridade:Ela é a mais esperta da classe. de inferioridadeEla é a aluna menos aplicada da classe.
Adjet ivos Comparativo Superlativobommaugrandepequeno
melhorpiormaiormenor
ótimopéssimomáximomínimo
Locuções Adjetivas
São duas ou mais palavras que correspondem a um adjetivo.
A navalha viu o reflexo do sol .A navalha viu o reflexo solar.
Obs.: 1- Verbete: brasileiroAdj.1. De, ou pertencente ou relativo ao Brasil. ~V. colonialS. m.2. O natural ou habitante do Brasil.
O dicionário apresenta a palavra brasileira pertencente a mais de uma classegramatical. Nesse caso, a distinção de classe só se revela pelo contexto.
Exemplo:
O brasileiro é muito crédulo. (Substantivo)O povo brasileiro é muito crédulo. (Adjetivo)
2- O adjetivo pode ser usado como advérbio:
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
33/81
Fernanda Uchôa 33
A mãe suspirava suave. (Guimarães Rosa)
Suavemente
Outros exemplos: Fale sério! Durma tranqüila.
3- a) Bonita roupa b) Grande homemRoupa bonita Homem grande
Existem adjetivos, que dependendo de sua posição na frase, mudam o significado daexpressão. No exemplo a não houve alteração de significado, já na letra b nem sempreum grande homem é um homem grande e vice-versa.
N u m e r a l
É a palavra que exprime quantidade, ordem, e dá também a idéia demúltiplo ou fração.
Há quatro tipos de numerais:
Cardinal - um, dois, três, mil...Ordinal - primeiro, segundo, vigésimo...Fracionário - metade, um terço, um nono...Múltiplo - dobro, triplo, quádruplo...
OBS.: Na designação de capítulos, séculos, papas, monarcas empregam-se osnumerais ordinais de um a dez e os numerais cardinais de onze em diante.
Século XX Século vintePapa João XXIII Papa João Vinte e TrêsFelipe II Felipe SegundoCapítulo IX Capítulo nono
P R O N O M E S
É a palavra que : a. Substitui um substantivob. Acompanha um substantivo
Pronomes Pessoais (Pessoas Gramaticais)
Retos OblíquosEu Me, mim, comigo Tu Te, ti, contigo Ele/Ela Se, si, consigo, o, a, lheNós Nos, conosco
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
34/81
Fernanda Uchôa 34
Vós Vos, convoscoEles/Elas Se, si, consigo, os, as, lhes
Pronomes de Tratamento
Tipo especial de pronome pessoal. São de segunda pessoa -- referem-se àspessoas com quem falamos -- mas exigem verbo na terceira pessoa.
Pronomes Abreviatura ReferênciaVossa Alteza V.A príncipes, duques Vossa Eminência V. Em.ª Cardeais Vossa Excelência V. Ex.ª Altas autoridades em geral Vossa Magnificência V. Mag.ª Reitores de universidade Vossa Majestade V. M. Reis, imperadores
Pronomes Possessivos (idéia de posse)
Meu, minha, meus, minhasTeu, tua, teus, tuasSeu, sua, seus, suasNosso, nossa, nossos, nossasVosso, vossa, vossos, vossasSeu, sua, seus, suas
Pronomes Demonstrativos
São aqueles que indicam a posição do ser no tempo e no espaço, tendo comoreferência as pessoas do discurso.
Este, esta, estes, estas, isto( próximo à pessoa que fala) Esse, essa, esses, essas, isso( próximo à pessoa com quem se fala) Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo( distante dos interlocutores)
Pronomes Indefinidos
São aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago eimpreciso.
Variáveis invariáveisAlgum, alguma, alguns,algumasNenhum, nenhuma, nenhuns,
Algotudonada
referem-sea coisas
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
35/81
Fernanda Uchôa 35
nenhumasTodo, toda, todos, todasOutro, outra, outros, outrasMuito, muita, muitos, muitas
Pouco, pouca, poucos, poucasCerto, certa, certos, certasVário, vária, vários, váriasQuanto, quanta, quantos,quantasTanto, tanta, tantos, tantasQualquer, quaisquerQual, quaisum, uma, uns, umas
quemalguémninguém
outrem
ondealhuresalguresnenhures
cadacada qual
referem-sea pessoas
referem-sea lugares
Pronomes Relativos
São aqueles que se referem-se ao termo antecedente em outra oração.
Variáveis Invariáveiso qual, a qual, os quais, as quais que, quem, onde, como cujo, cuja, cujos, cujas quanto, quanta, quantos, quantas
V E R B O
a palavra que exprime ação, estado, fato, ou fenômeno da natureza.
Flexão em:
a. de número e pessoa
Eu jogo bola. (1ª pessoa do singular) / Nós jogamos bola. (1ª pessoa do plural)
b. de tempo
Jogo bola. ( PRESENTE - Indica um fato atual ou habitual)
Joguei bola. (PRETÉRITO - Indica um fato passado)Jogarei bola. (FUTURO - Indica um fato que ainda vai acontecer)
c. de modo
Jogo bola. (INDICATIVO - Expressa um fato real)
Talvez hoje eu jogue bola. (SUBJUNTIVO - Dá ideia de dúvida)
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
36/81
Fernanda Uchôa 36
Jogue bola. (IMPERATIVO - Indica ordem)
d. Vozes dos verbos
a. At iva: o sujeito pratica a ação (Netinho comprou o bingo.)b. Passiva: o sujeito sofre a ação (O bingo foi comprado por Netinho.)
c. Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação. (Gabi se contou.)
Classi ficação Verbal
Regulares – São os que seguem o modelo de sua conjugação: -ar (cantar), -er(vender), -ir (partir).
Irregulares – Não acompanham nenhum modelo de conjugação, têm variações no
radical ou nas desinências: dar, dizer, pedir, etc.Defectivos – Não são conjugados em todas as formas: demolir, falir, Doer, etc. Etambém verbos que indicam fenômeno da natureza e vozes de animais.
Anômalos – Sofrem profundas modificações na conjugação: ser e ir
Abundantes – São os que têm dois ou mais particípios: Nascer - nascido, natoTingir - tingido, tinto
Auxil iares – Os que se ligam a outros verbos, na formação:
a. dos tempos compostos: Tenho estudado
Havia saídob. das locuções verbais: Eles estão estudando.
Fui elogiado pelo professor.Hei de vencer
A D V É R B I O S
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo e o próprio advérbio, indicandocircunstância de tempo, modo lugar, negação, intensidade, dúvida, etc. É uma palavrainvariável.
Principais advérbios:a. lugar -- aqui, ali, lá, acolá, além...b. tempo -- hoje, cedo, ontem, amanhã, já, tarde...c. modo -- bem, mal, assim... e a maioria dos que terminam em -mente:
tranqüilamente...d. negação -- nãoe. intensidade -- pouco, muito, bastante, mais, menos ...f. dúvida -- talvez, acaso, porventura...
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
37/81
Fernanda Uchôa 37
Locução Adverbial -- é o grupo de palavras com valor de um advérbio:
a. Com certeza, ele chegará (Certamente, ele chegará)b. À noite, fazia frio.I N T E R J E I Ç Õ E S
São palavras invariáveis que traduzem as nossas emoções, os nossossentimentos.
a. Cuidado! olhe o sinal.b. Arre! até que enfim o encontro.
P R E P O S I Ç Ã O
É a palavra que estabelece uma ligação entre duas outras.
Ex.: O bilhete trazia uma declaração de Amor.
Algumas Preposições:
A contra para sob apósante de perante sobre desde portrás até em sem com entreCombinação (não há perda de fonema):
a. Ele foi ao cinema. a (prep.) + o (artigo)
Contração (há perda de fonema)
a. Elas gostam do Recife. de(prep.) + o (artigo)em + o = noem + a = naem + este = nesteem + os + nosem + aquele = naquela
de + o = dode + a = dade + este = destede + os = dosde + aquele = daquele
por + o = pelopor + a = pelapor + os = pelos
a + a = àa + aquele = àquela
C O N J U N Ç Õ E S
É a palavra invariável que liga orações ou palavras que têm a mesma função.
Ex.: Ele caiu, mas não se machucou.
As conjunções podem ser:
Coordenativas Subordinativas
1. Aditiva: e, em, não só, mas também 1. Substant ivas(integrantes): que, se,como...
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
38/81
Fernanda Uchôa 38
2. Adversativa: mas, porém, contudo... 2. Adverbiais : quando, se, conforme,desde que, para que, ainda que...
3.Alternativa: ou, ou...ou, ora...ora,...
4. Conclusiva: logo, pois(depois do verbo),portanto...
5. Explicativa: que, porque, pois(antes doverbo)
Sintaxe e Morfossintaxe
SujeitoSer de quem se fala.
ClassificaçãoSimples Só um núcleo -Lucas comprou uma casa.Composto Mais de um núcleo -Elis e Simone são cantoras.Oculto É identificado pela terminação verbal -Não saímos hoje.
-Pegaste a minha bola?Indeterminado Não se pode ser identificado.
Existem dois casos:1- Verbo na terceira pessoa2- Verbo na terceira pessoa +
o pronome SE
-Levaram os documentos.
-Vive-se muito bem aqui.Oração semsujeito
Pode ocorrer oração sem sujeito em:1- Verbo Haver = existir
2- Verbos Indicando Tempo
3- Verbos Indicando Fenômeno daNatureza
- Havia muitas soluções para ocaso.-Faz muito tempo que não ovejo.- Já são três horas?
- Choveu bastante hoje.
PREDICADO
É tudo aquilo que é comunicado.
Classificação
NominalQuando o seu núcleo tem um nome(predicativo do sujeito) e o verbo é de
ligação. - Gabriela é linda
Quando o seu núcleo tem um verbo:1- Verbo Intransitivo (sem complemento)
- Netinho saiu às pressas.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
39/81
Fernanda Uchôa 39
Verbal
2- Verbo transitivo Direto(pede complemento sem preposição)
3- Verbo transitivo indireto(pede complemento com preposição)
4- Verbo transitivo direto e indireto(pede complemento sem e compreposição)
- Manoel comprou um CD.
- Manoella gosta de sorvete.
- Walter deu um sofá à Marina.
Verbo-Nominal
Quando tem um núcleo que é verboe outro que é nome.(verbo de ação +
predicativo do sujeito)- Zelita tem uma casaespaçosa.
OBS.: 1- Verbo Transitivo direto tem em seu complemento o objeto direto.
Ex.: Gabriela tem uma boneca.objeto direto
2- Verbo transitivo Indireto tem em seu complemento o objeto indireto.
Ex.: Manoella cuida do jardim.objeto indireto
ADJUNTO ADNOMINAL
Pode ocorrer no sujeito ou predicado.
É o termo (artigo, adjetivo, locução adjetiva, pronome e numeral) que acompanha
um núcleo, um substantivo, determinando ou modificando-o.
Ex.: O meu irmão caçula tem dois filhos.O filho de Paulo é danado.
COMPLEMENTO NOMINAL
Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É a expressão preposicionada quecompleta o sentido de um substantivo, adjetivo ou de um advérbio geralmente abstrato.
Ex.: A falta de dinheiro atrapalha a vida do brasileiro.
A criança tem confiança nos mais velhos.
ADJUNTO ADVERBIAL
Termo que acrescenta uma circunstância a um verbo, a um adjetivo, a outroadvérbio ou a toda oração.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
40/81
Fernanda Uchôa 40
Ex.: Ontem eu vi um menino correndo.Adj. Adv. de Tempo
Ela fala muito e rapidamente
Adj. Adv. de modo Adj. Adv. de intensidade
APOSTO
Pode ocorrer no sujeito ou no predicado. É uma expressão de valor nominal queexplica outro termo que a precede, pode vir entre vírgulas, dois pontos e travessão.
Ex.: Walter, meu pai, é muito esforçado.Marina comprou tudo isso: sofá, geladeira e som.
VOCATIVO
Termo classificado à parte, expressa chamamento, não se relaciona a nenhumoutro termo da oração. Pode vir no começo, no meio ou no fim.
Ex.: Garçom, a conta por favor.
Voa, andorinha.
AGENTE DA PASSIVA
É o termo que pratica a ação do verbo transitivo direto na voz passiva.
Ex.: A casa foi pintada por um homem estranho.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
41/81
Fernanda Uchôa 41
Morfologia (classe) Sintaxe (função)
1. Substantivo
2. Verbo
3. Artigo
4. Adjetivo (Loc. Adjetiva)
5. Numeral
adjetivo6. Pronome
substantivo
7. Advérbio (Loc. Adverbial)
8. Preposição
9. Conjunção
10. Interjeição
sujeitoobjeto diretoobjeto indireto
Núcleo do predicativocomplemento nominalagente da passivaaposto
vocativoNúcleo do predicado verbal edo predicado verbo-nominal
adjunto adnominal
adjunto adnominal e predicativo
adjunto adnominal e predicativo
adjunto adnominal e predicativo
tem as mesmas funções do substantivo
adjunto Adverbial
(conectivo)não tem
(conectivo) funçãoSintática
(elemento afetivo, emotivo)
ATENÇ OO substantipode exercfunçõessecundáriaadjuntoadnominal loc. Adjetivade adjunto
adverbial (nloc. Adverb
ATENÇ O: O verbo de ligaçãorelaciona opredicativo ao suje
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
42/81
Fernanda Uchôa 42
Frase, oração e período.
Frase
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.Na frase é facultativo o uso do verbo.Exemplos:
- Atenção!- Que frio!- A China passa por dificuldades.
As frases classificam-se em:Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis)Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?”
(Machado de Assis)Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado deAssis)Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis)Optativa: expressa um desejo. "Tomara que você passe na prova".“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o quechamamos de oração.
OraçãoÉ o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal
Exemplos:- A fábrica, hoje, produziu bem.- Homens e mulheres são iguais perante a lei.“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo naacademia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que seutilizou vários verbos é o que chamamos de período.
PeríodoÉ a frase composta por um ou mais verbos.
O período classifica-se em:Simples: tem apenas uma oração.- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)
Composto: tem duas ou mais orações.- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado deAssis)
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
43/81
Fernanda Uchôa 43
Exercícios
1. (UF-MG) Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce a função de sujeito,exceto em:
a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.
2. (FMU) Em "Eu era enfim, senhores, uma graça de alienado.", os termos daoração grifados são respectivamente, do ponto de vista sintático:
a) adjunto adnominal, vocativo, predicativo do sujeito
b) adjunto adverbial, aposto, predicativo do objetoc) adjunto adverbial, vocativo, predicativo do sujeitod) adjunto adverbial, vocativo, objeto diretoe) adjunto adnominal, aposto, predicativo do sujeito
3. (PUC) "O homem está imerso num mundo ao qual percebe ..." A palavra emnegrito é:
a) objeto direto preposicionadob) objeto indiretoc) adjunto adverbial
d) agente da passivae) adjunto adnominal
4. (CESGRANRIO) Assinale a frase cujo predicado é verbo-nominal:
a) "Que segredos, amiga minha, também são gente ..."b) "... eles não se vexam dos cabelos brancos ..."c) "... boa vontade, curiosidade, chama-lhe o que quiseres ..."d) "Fiquemos com este outro verbo."e) "... o assunto não teria nobreza nem interesse ..."
5. (UC-MG) A classificação dos verbos sublinhados, quanto à predicação, foi feitacorretamente em:
a. "Não nos olhou o rosto. A vergonha foi enorme." - transitivo direto e indiretob. "Procura insistentemente perturbar -me a memória." - transitivo diretoc. "Fiquei, durante as férias, no sítio de meus avós." - de ligaçãod. "Para conseguir o prêmio, Mário reconheceu-nos imediatamente." - transitivo
indiretoe. "Ela nos encontrará, portanto é só fazer o pedido." - transitivo indireto
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
44/81
Fernanda Uchôa 44
6. (UF-UBERLÂNDIA) "Ele observou-a e achou aquele gesto feio, grosseiro,masculinizado." Os termos sublinhados são:
a) predicativos do objeto b) predicativos do sujeito
c) adjuntos adnominais d) objetos diretose) adjuntos adverbiais de modo
7. (MACK) Em "E quando o brotinho lhe telefonou, dias depois, comunicando queestudava o modernismo, e dentro do modernismo sua obra, para que o professor lhesugerira contato pessoal com o autor, ficou assanhadíssimo e paternal a um tempo",os verbos assinalados são, respectivamente:
a. transitivo direto, transitivo indireto, de ligação, transitivo direto e indiretob. transitivo direto e indireto, transitivo direto, transitivo indireto, de ligaçãoc. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, transitivo direto, de ligação
d. transitivo indireto, transitivo direto, transitivo direto e indireto, de ligaçãoe. transitivo indireto, transitivo direto e indireto, de ligação, transitivo direto
8. (PUC) Em: "Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda", as expressõessublinhadas são:
a) complemento nominal - objeto diretob) predicativo do objeto - objeto diretoc) objeto indireto - complemento nominald) objeto indireto - objeto indiretoe) complemento nominal - objeto direto preposicionado
REGÊNCIA
A sintaxe de regência estuda as relações de dependência das palavras nasorações e das orações no período. Ela divide-se em nominal(estuda o regime dossubstantivos, adjetivos e advérbios) e verbal(estuda o regime dos verbos).
REGÊNCIA NOMINAL
É estabelecida por preposições que ligam um termo regido ou subordinado a umtermo regente ou subordinante. Como já foi dito, o termo regente é sempre um nome,
entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio.
Termo Regente Preposição Termo Regido
Disposição(substantivo) para viajar.
Nocivo(adjetivo) à saúde.
Favoravelmente(advérbio) a todos.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
45/81
Fernanda Uchôa 45
Relação de regências de alguns nomes:
aceito a; adequado a; abrigado de; afável com, para com; alheio a; amante de; amigode; amoroso com, para com; análogo a; ansioso de, por; anterior a; aparentado com;
apto para, a; avaro de; avesso a; ávido de; bacharel em; benéfico a; bom para;caritativo com, para como; caro a; certo de; cheio de; cheiro a, de; compreensível a;comum a, de; conforme com, a; constante em; contíguo a; contrário a; devoto de; dócila; doente de; doutor em; fácil de; favorável a; entendido em; erudito em; generoso com;hábil em; hostil a; ida a; idêntico a; idôneo para; leal a; lento em; liberal com; manco de;manso de; mau com, para, para com; mediano de, em; necessário a; nobre de, em, por;oblíquo a; oposto a; pálido de; pertinaz em; possuído de; querido de, por; rijo de; sábioem; tardo a; temeroso de; único em; útil a, para; vazio de.
REGÊNCIA VERBAL
Dá-se quando o termo regente é um verbo e este se liga a seu complemento poruma preposição ou não. Aqui é fundamental o conhecimento da transitividade verbal.
A preposição, quando exigida, nem sempre aparece depois do verbo. Às vezes,ela pode ser empregada antes do verbo, bastando para isso inverter a ordem doselementos da frase (Na rua dos Bobos, residia um grande poeta). Outras vezes, eladeve ser empregada antes do verbo, o que acontece nas orações iniciadas pelospronomes relativos (O ideal a que aspira é nobre).
Regência de alguns verbos:
o
ACONSELHAR (TD e I)
Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo / Aconselho-lhe tomar o ônibuscedo
o AGRADAR
No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto direto - não tempreposição).
Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro / Para agradar o pai, ficou em casa
naquele dia.No sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto indireto - tempreposição "a").
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca agradam ao povo.
o AGRADECER
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
46/81
Fernanda Uchôa 46
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e o objetoindireto, a pessoa.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes / Agradeceu o presente ao seu
namoradoo AGUARDAR (TD ou TI)
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo / Eles aguardavam pelo espetáculo.
o ASPIRAR
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não tem preposição)
Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto - tem preposição "a")
Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol
Observação
não admite a utilização do complemento lhe. No lugar, coloca-se aele, a ela, a eles, a elas. Também observa-se a obrigatoriedade douso de crase, quando for TI seguido de substantivo feminino (queexija o artigo)
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em Brasília..
Observação
não admite a utilização do complemento lhe, quando significaver. No lugar, coloca-se a ele, a ela, a eles, a elas. Tambémobserva-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando for TIseguido de substantivo feminino (que exija o artigo)
o ASSISTIR
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).Ex.: Assistimos a um bom filme / Assiste ao trabalhador o descansosemanal remunerado.
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD )
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. / Minha famíliasempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
47/81
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
48/81
Fernanda Uchôa 48
Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião.
TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu.TD e I, com a prep. A, quando significar repreender.
Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula/ Chamei-o à atenção.
Observação
A expressão "chamar a atenção de alguém" não significarepreender, e sim fazer se notado (O cartaz chamava a atençãode todos que por ali passavam)
Pode ser TD ou TI, com a prep. A, quando significar dar qualidade. Aqualidade (predicativo do objeto) pode vir precedida da prep. DE, ou não.
Ex.: Chamaram-no irresponsável / Chamaram-no de irresponsável /Chamaram-lhe irresponsável / Chamaram-lhe de irresponsável.
o CHEGAR, IR (Intrans.)
Aparentemente eles têm complemento, pois quem vai, vai a algum lugar equem chega, chega de. Porém a indicação de lugar é circunstância
(adjunto adverbial de lugar), e não complementação.
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de destino, e DE, naindicação de procedência.
Observação
Quando houver a necessidade da prep. A, seguida de umsubstantivo feminino (que exija o artigo a), ocorrerá crase (Vouà Bahia)
No emprego mais freqüente, usam a preposição A e não EMEx.: Cheguei tarde à escola. / Foi ao escritório de mau humor.
Se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-se da preposiçãoPARA.
Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
49/81
Fernanda Uchôa 49
Quando indicam meio de transporte no qual se chega ou se vai, entãoexigem EM.
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa. / A delegação irá no vôo 300.
o COGITAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep. DE.
Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral / Hei de cogitar no caso /O diretor cogitou de demitir-se.
o COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Compareceram na sessão de cinema. / Compareceram à sessão de
cinema.o COMUNICAR (TD e I)
Admite duas construções alternando algo e alguém entre OD e OI.
Ex.: Comunico-lhe meu sucesso / Comunico meu sucesso a todos.
o CUSTAR
No sentido de ser difícil será TI, com a prep. A. Nesse caso, terá como
sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto.Ex.: Custou-me acreditar em Hipocárpio. / Custa a algumas pessoaspermanecer em silêncio.
No sentido de causar transtorno, dar trabalho será TD e I, com a prep. A.
Ex.: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família
No sentido de ter preço será intransitivo
Ex.: Estes sapatos custaram R$50,00.o DESFRUTAR E USUFRUIR (TD)
Ex.: Desfrutei os bens de meu pai / Pagam o preço do progresso aquelesque menos o desfrutam
o ENSINAR - TD e I
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
50/81
Fernanda Uchôa 50
Ex.: Ensinei-o a falar português / Ensinei-lhe o idioma inglês
o ESQUECER, LEMBRAR
Quando acompanhados de pronomes, são TI e constroem-se com DE.Ex.: Ela se lembrou do namorado distante. Você se esqueceu da canetano bolso do paletó.
Constroem-se sem preposição (TD), se desacompanhados de pronome.
Ex.: Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela lembrou o namoradodistante.
o FALTAR, RESTAR E BASTAR
Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje / Três homens faltaram ao trabalho hoje /Resta aos vestibulandos estudar bastante.
o IMPLICAR
TD e I com a prep. EM, quando significar envolver alguém.
Ex.: Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
TD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir comoconseqüência, acarretar.
Ex.: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade / Suaspalavras implicam denúncia contra o deputado.
TI com a prep. COM, quando significar antipatizar.
Ex.: Não sei por que o professor implica comigo.
ObservaçãoEmprega-se preferentemente sem a preposição EM (Magistérioimplica sacrifícios).
o INFORMAR (TD e I)
Admite duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Queminforma, informa alguém de algo.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
51/81
Fernanda Uchôa 51
Ex.: Informei-o de que suas férias terminou / Informei-lhe que suas fériasterminou
o MORAR, RESIDIR, SITUAR-SE (Intrans.)
Seguidos da preposição EM e não com a preposição A, como muitasvezes acontece.
Ex.: Moro em Londrina / Resido no Jardim Petrópolis / Minha casa situa-sena rua Cassiano.
o NAMORAR (TD)
Ex.: Ela namorava o filho do delegado / O mendigo namorava a torta queestava sobre a mesa.
o OBEDECER, DESOBEDECER (TI)
Ex.: Devemos obedecer às normas. / Por que não obedeces aos teuspais?
Observação
Verbos TI que admitem formação de voz passiva
o PAGAR, PERDOAR
São TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre será a coisa, e oobjeto indireto, a pessoa.
Ex.: Paguei a conta ao Banco / Perdôo os erros ao amigo.
Observação
As construções de voz passiva com esses verbos são comunsna fala, mas agramaticais
o PEDIR (TD e I)
Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir paraque alguém faça algo.
Ex.: Pediram-lhe perdão / Pediu perdão a Deus.
o PRECISAR
No sentido de tornar preciso (pede objeto direto).
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
52/81
Fernanda Uchôa 52
Ex.: O mecânico precisou o motor do carro.
No sentido de ter necessidade (pede a preposição de).
Ex.: Preciso de bom digitador. o PREFERIR (TD e I)
Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, nem que ou do que.
Ex.: Preferia um bom vinho a uma cerveja.
o PROCEDER
TI, com a prep. A, quando significar dar início ou realizar.
Ex.: Os fiscais procederam à prova com atraso. / Procedemos à feituradas provas.
TI, com a prep. DE, quando significar derivar-se, originar-se ou provir.
Ex.: O mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. / Estamadeira procede do Paraná.
Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter fundamento.
Ex.: Suas palavras não procedem! / Aquele funcionário procedeuhonestamente.
o QUERER
No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar (TD)
Ex.: Quero meu livro de volta / Sempre quis seu bem
No sentido de querer bem, estimar (TI - prep. A).
Ex.: Maria quer demais a seu namorado. / Queria-lhe mais do que àprópria vida.
o RENUNCIAR
Pode ser TD ou TI, com a prep. A.
Ex.: Ele renunciou o encargo / Ele renunciou ao encargo
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
53/81
Fernanda Uchôa 53
o RESPONDER
TI, com a prep. A, quando possuir apenas um complemento.
Ex.: Respondi ao bilhete imediatamente / Respondeu ao professor comdesdém.
Observação
Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.
TD com OD para expressar a resposta (respondeu o quê?)
Ex.: Ele apenas respondeu isso e saiu.
o REVIDAR (TI)
Ex.: Ele revidou ao ataque instintivamente.
o SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI)
Com a prep. COM. Não são pronominais, portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.
o SOBRESSAIR (TI)
Com a prep. EM. Não é pronominal, portanto não existe sobressair-se.
Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias.
o VISAR
No sentido de ter em vista, objetivar (TI - prep. A)
Ex.: Não visamos a qualquer lucro. / A educação visa ao progresso dopovo.
No sentido de apontar arma ou dar visto (TD)
Ex.: Ele visava a cabeça da cobra com cuidado / Ele visava os contratosum a um.
Observação
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
54/81
Fernanda Uchôa 54
se TI não admite a utilização do complemento lhe. No lugar,coloca-se a ele (a/s)
Sinopse:
o São estes os principais verbos que, quando TI, não aceitam LHE/LHEScomo complemento, estando em seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar,assistir (ver), aludir, referir-se, anuir.
o Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar,notificar, prevenir são TD e I, admitindo duas construções: Quem informa,informa algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
o Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular, acompanhadosdo pronome se, não admitem plural. É que, neste caso, o se indica sujeitoindeterminado, obrigando o verbo a ficar na terceira pessoa do singular.(Precisa-se de novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia)
o Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem alteração de sentido:
abdicar (de), acreditar (em), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a),atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar(com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), precisar(de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre) - lista dePasquale e Ulisses.
CRASE
Palavra crase provém do grego (krâsis) e significa mistura. Na língua portuguesa,crase é a fusão de duas vogais idênticas, mas essa denominação visa a especificarprincipalmente a contração ou fusão da preposição a com os artigos definidos femininos
( a, as) ou com os pronomes demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo, aquiloutro,aqueloutro.
Para saber se ocorre ou não a crase, basta seguir três regras básicas:
01) Só ocorre crase diante de palavras femininas, portanto nunca use o acento graveindicativo de crase diante de palavras que não sejam femininas.
Ex. O sol estava a pino. Sem crase, pois pino não é palavra feminina. Ela recorreu a mim. Sem crase, pois mim não é palavra feminina. Estou disposto a ajudar você. Sem crase, pois ajudar não é palavra feminina.
02) Se a preposição a vier de um verbo que indica destino (ir, vir, voltar, chegar, cair,comparecer, dirigir-se...), troque este verbo por outro que indique procedência (vir,voltar, chegar...); se, diante do que indicar procedência, surgir da, diante do que indicardestino, ocorrerá crase; caso contrário, não ocorrerá crase.
Ex. Vou a Porto Alegre. Sem crase, pois Venho de Porto Alegre. Vou à Bahia. Com crase, pois Venho da Bahia.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
55/81
Fernanda Uchôa 55
03) Se não houver verbo indicando movimento, troca-se a palavra feminina por outramasculina; se, diante da masculina, surgir ao, diante da feminina, ocorrerá crase; casocontrário, não ocorrerá crase.
Ex. Assisti à peça. Com crase, pois Assisti ao filme. Paguei à cabeleireira. Com crase, pois Paguei ao cabeleireiro. Respeito as regras. Sem crase, pois Respeito os regulamentos.
Casos especiais:
01) Diante das palavras moda e maneira, das expressões adverbiais à moda de e àmaneira de, mesmo que as palavras moda e maneira fiquem subentendidas, ocorrecrase.
Ex. Fizemos um churrasco à gaúcha. Comemos bife à milanesa, frango à passarinho e espaguete à bolonhesa. Joãozinho usa cabelos à Príncipe Valente.
02) Nos adjuntos adverbiais de modo, de lugar e de tempo femininos, ocorre crase.
Ex. à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às escuras, às tontas, à direita, àesquerda, à vontade, à revelia...
03) Nas locuções prepositivas e conjuntivas femininas ocorre crase.
Ex. à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à espera de, à medida que, àproporção que...
04) Diante da palavra distância, só ocorrerá crase, se houver a formação de locuçãoprepositiva, ou seja, se não houver a preposição de, não ocorrerá crase.
Ex. Reconheci-o a distância. Reconheci-o à distância de duzentos metros.
05) Diante de pronomes possessivos femininos, é facultativo o uso do artigo, então,quando houver a preposição a, será facultativa a ocorrência de crase.
Ex. Referi-me a sua professora. Referi-me à sua professora.
06) Após a preposição até, é facultativo o uso da preposição a, portanto, caso hajasubstantivo feminino à frente, a ocorrência de crase será facultativa.
-
8/16/2019 Apost Leitura e Producao de Texto_2015_2 (1).pdf
56/81
Fernanda Uchôa 56
Ex.
Fui até a secretaria. Fui até à secretaria.
07) A palavra CASA:
A palavr