apostila auxílios visuais ago2003

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MANUTENO DE

CURSO DE MANUTENO DE

AUXLIOS VISUAIS

CLUDIO MANUEL DA SILVA PAS

LEANDRO LABARRRE DE SOUZA

MARCOS ANTNIO DE PAULA

PREFCIO

Com intuito estratgico de promover a melhoria da qualidade dos produtos e servios prestados pelas reas de Manuteno, alicerado ainda na busca incessante de aprimoramento, especializao e fortificao dos Recursos Humanos, elaboramos, com a premissa de que o conhecimento contribui diretamente para impulsionamento e desenvolvimento contnuo das Organizaes, a presente Apostila.

Esta Apostila, alm das finalidades descritas acima, foi criada com a finalidade bsica de propiciar o conhecimento, a adequao, a modificao e reciclagem dos conhecimentos bsicos a respeito da Manuteno dos Sistemas de Auxlios Visuais, e ainda, de buscar indiretamente a minimizao dos custos de manuteno, contribuindo para que haja uma melhor captao e aplicao dos recursos destinados a investimentos na modernizao dos equipamentos e servios.

Tecnicamente, a apostila em questo foi elaborada como material de consulta e acompanhamento para o curso de Manuteno de Sistema de Auxlios Visuais. Porm, devido diversidade de tipos, modelos e fabricantes dos sistemas de Auxlios Visuais instalados nos aeroportos da INFRAERO, o curso bastante genrico, no se atentando aos pormenores dos dados construtivos e operacionais de equipamentos especficos. Contudo, dada nfase, principalmente, s caractersticas e mtodos de manuteno e operao comuns a todos.

O trabalho de elaborao da apostila baseou-se em bibliografias de eletricidade bsica, no curso de Manuteno de Balizamento Luminoso de Pistas ministrado pela ADB, normas da ICAO, da FAA, da ABNT, e na experincia prtica e terica acumulada por profissionais da INFRAERO atuantes na manuteno de Sistemas de Balizamento Luminoso de Pistas e de Navegao Area.

Finalmente, cabe ressaltar que esta apostila no um material acabado e estanque, no sujeito a crticas e melhoramentos. Foi pelas necessidades informadas atravs da avaliao final pelos alunos dos cursos ministrados anteriormente, que ns aumentamos o contedo do curso com a insero dos equipamentos ALS, PAPI e VASIS, e melhoramos a apostila gerando esta primeira reviso. Passamos a contar tambm com a colaborao de mais um instrutor. Para tanto, contamos sempre com a aliana de cooperao entre os treinandos e treinados de forma a estabelecer, por intermdio do feedback necessrio, o aprimoramento e o aperfeioamento deste trabalho, visando assim, a consolidao tcnica, as solues para problemas detectados, e a melhoria da capacitao profissional dos empregados da INFRAERO.

INSTRUTORES

Cludio Manuel da Silva PasLeandro Labarrre de Souza

Marcos Antnio de Paula

SUMRIO

CAPTULO 1 INTRODUO

1.1 OBJETIVO DO CURSO

1.2 ABREVIATURAS E DEFINIES

1.3 REFERNCIAS NORMATIVASCAPTULO 2 CONCEITOS DE ELETRICIDADE BSICACAPTULO 3 INTRODUO AOS AUXLIOS NAVEGAO, APROXIMAO E AO POUSO

3.1 AUXLIOS RDIO NAVEGAO E APROXIMAO

3.2 AUXLIOS VISUAIS APROXIMAO, AO POUSO E ORIENTAO EM SOLO

3.3 PARMETROS A SEREM CONSIDERADOSCAPTULO 4 CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO DOS AUXLIOS VISUAIS

4.1 CONFIGURAO ELTRICA GERAL

4.2 ALS / ALSF

4.3 VASIS

4.4 PAPI

4.5 BALIZAMENTO LUMINOSO DE PISTASCAPTULO 5 MANUTENO

5.1 ORGANIZAO

5.2 PROCEDIMENTOS

CAPTULO 6 MTODOS DE EXECUO DAS PRINCIPAIS ETAPAS DE INSPEO E DE MANUTENO

CAPTULO 7 PARMETROS DE REFERNCIA

CAPTULO 8 PRINCIPAIS PROBLEMAS E MEDIDAS CORRETIVAS

CAPTULO 9 MEDIDAS DE SEGURANA

BIBLIOGRAFIA

CAPTULO 1

INTRODUO

1.1 OBJETIVO DO CURSO

Este curso tem por objetivo a capacitao ou a reciclagem dos profissionais na execuo de operao e de manuteno dos equipamentos componentes do subsistema Auxlios Visuais atravs de mtodos racionais e seguros.

O conhecimento das informaes aqui contidas de grande importncia para a operacionalidade e a confiabilidade do subsistema em questo.

1.2 ABREVIATURAS E DEFINIES

1.2.1 As abreviaturas utilizadas nesta apostila so:

1.2.1.1 ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas1.2.1.2 FAA Federal Aviation Administration

1.2.1.3 ICAO International Civil Aviation Organization

1.2.2 As definies aplicveis a esta apostila so:

1.2.2.1 Balizamento

o processo usado para destacar obstculos de quaisquer natureza, contornar extenses ou reas no terreno.

1.2.2.2 Balizamento Luminoso de Pistas

o processo usado para destacar obstculos, contornar extenses ou reas, atravs de luzes, nas pistas dos aerdromos.

1.2.2.3 Defeito

Ocorrncia em rea ou equipamento que no impede seu uso ou funcionamento, todavia pode a curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade.

1.2.2.4 Falha

Ocorrncia em rea ou equipamento que provoca sua indisponibilidade.

1.2.2.5 Inspeo

Atividade de medio, exame, ensaio e verificao com calibres ou padres a fim de coletar informaes quantitativas (leitura de variveis mensurveis) ou qualitativas (avaliao de variveis no mensurveis, tpicas de observaes/dedues baseadas nos cinco sentidos humanos) de uma ou mais caractersticas de um subsistema/equipamento para determinar se a conformidade para cada uma dessas caractersticas obtida.

1.2.2.6 Manuteno

Conjunto de atividades tcnico-administrativas, executadas com a finalidade de preservar as caractersticas e o desempenho originalmente especificados, assegurando a disponibilidade e confiabilidade no funcionamento dos sistemas implantados nos aeroportos.

1.2.2.7 Manuteno Corretiva

Aes desenvolvidas com o objetivo de fazer retornar s condies especificadas, um subsistema, rea ou equipamento, aps a ocorrncia de defeito ou falha. A manuteno corretiva se subdivide em duas aes ou fases: manuteno de emergncia e manuteno programada.

1.2.2.8 Manuteno Preditiva

uma subdiviso do conceito de manuteno preventiva. a interveno de manuteno executada quando se aproxima uma condio de falha, quando se pode predizer a aproximao da falha.

1.2.2.9 Manuteno Preventiva

Conjunto de atividades tcnico-administrativas executadas com a inteno de reduzir a probabilidade de defeitos e falhas de uma rea ou equipamento ou mesmo a degradao da operacionalidade de um subsistema.

1.3 REFERNCIAS NORMATIVAS

1.3.1 ABNT

1.3.1.1 NBR 7732 (Jul 1994) Cabos Eltricos para Auxlios Luminosos em Aeroportos;1.3.1.2 NBR 7733 (Jul 1996) Aeroportos Execuo de Instalao de Cabos Eltricos Subterrneos para Auxlios Luminosos;1.3.1.3 NBR 12971 (Ago 1993) Emprego de Sistema de Aterramento para Proteo de Auxlios Luminosos em Aeroportos;1.3.1.4 NBR 9718 (Jan 1987) Transformadores de Isolamento para Auxlios Luminosos em Aeroportos;

1.3.1.4 EB 2137 (Ago 1991) Transformadores de Corrente Constante para Auxlios Luminosos em Aeroportos;

1.3.1.5 NBR 12801 (Ago 1993) Autotransformador Regulador para Auxlios Luminosos em Aeroportos;

1.3.1.6 NBR 8673 (Jul 1993) Aeroportos Conector (Plug e Receptculo) para cabo eltrico para Auxlio Luminoso;1.3.1.7 NBR 8917 (Jun 1985) Sinalizao vertical em Aeroporto;1.3.1.8 EB 8917 (Set 1990) Vidro Para Auxlios Visuais Luminosos de Uso Aeronutico;

1.3.1.9 NBR 7234 (Ago 1993) Unidades de Medidas de Uso em Aeronutica;1.3.2 ICAO

1.3.2.1 Annex 14 (ICAO) Volume I Aerodrome Design and Operations Third Edition July 1999

1.3.2.2 Airport Services Manual Doc 9137 AN/898 Part 9 Airport Maintenance Practices First Edition 1984

1.3.2.3 Aerodrome Design Manual Doc 9157 AN/901 Part 4 Visual Aids Third Edition 1993

1.3.2.4 Aerodrome Design Manual Doc 9157 AN/901 Part 5 Electrical Systems First Edition 1983

1.3.2.5 Annex 5 (ICAO) - Units of Measurment to be used in Air and Ground Operations Fourth Edition July 1979.

1.3.3 FAA

1.3.3.1 Advisory Circular N AC 150/5340-26 Maintenance of Airport Visual Aid Facilities

1.3.3.2 Advisory Circular N AC 150/5345-26C FAA Specification for L-823, Plug and Receptacle, Cable Connectors April 2000.

1.3.3.3 Advisory Circular N AC 150/5345-28D PRECISION APPROACH PAH INDICATOR (PAPI) SYSTEMS May 1985.

CAPTULO 2

CONCEITOS DE ELETRICIDADE BSICA

2.1 SISTEMA MTRICO INTERNACIONAL

Unidades Fundamentais do Sistema Mtrico Internacional

GrandezaUnidade FundamentalSmbolo

Comprimentometrom

Massaquilogramakg

Temposegundos

Corrente EltricaampreA

Temperatura TermodinmicakelvinK

Intensidade Luminosacandelacd

Quantidade de Matriamolemol

Unidades Derivadas do Sistema Mtrico Internacional

GrandezaUnidade FundamentalSmbolo

EnergiajouleJ

ForanewtonN

PotnciawattW

Carga EltricacoulombC

Potencial EltricovoltV

Resistncia Eltricaohm(

Condutncia EltricasiemensS

Capacitncia EltricafaradF

Indutncia EltricahenryH

FrequnciahertzHz

Fluxo MagnticoweberWb

Densidade de Fluxo MagnticoteslaT

Prefixos Mtricos Utilizados em Eletricidade

PrefixoSmboloValorPotncia de 10

gigaG1 000 000 000109

megaM1 000 000106

kiloK1 000103

miliM0,00110-3

micro(0,000 00110-6

nanoN0,000 000 00110-9

picoP0,000 000 000 00110-12

2.2 CORRENTE ELTRICA

Entende-se por corrente eltrica, um fluxo de eltrons que se desloca em um condutor. Pode-se comparar os eltrons que percorrem um fio metlico, com a gua, por exemplo, que flui por um cano.

2.3 INTENSIDADE DE CORRENTE ELTRICA

o fluxo de eltrons que se desloca num condutor, contado numa unidade de tempo (em segundo, por exemplo).

Fazendo-se a analogia com o escoamento de gua em um cano, a intensidade de corrente eltrica corresponde contagem litros por segundo.

Assim como o escoamento de gua (vazo) pode ter como unidade de medida litros por segundo, a intensidade de corrente eltrica tambm tem sua unidade de medida. A unidade mais usada para medir a intensidade de corrente eltrica o AMPERE, que abreviadamente simbolizamos por A.2.4 CORRENTE ELTRICA CONTNUA

A corrente eltrica contnua aquela cujo fluxo de eltrons tem um nico sentido de percurso. Assim, neste tipo de corrente eltrica, a intensidade da corrente pode variar de valor com o tempo, mas esta corrente sempre circula em um mesmo sentido, ou seja, do polo positivo para o polo negativo.

2.5 CORRENTE ELTRICA ALTERNADA

Ao contrrio da anterior, este tipo refere-se corrente eltrica cujo fluxo de eltrons muda de sentido com o tempo. Das correntes eltricas alternadas, as que mais comumente se encontram na prtica so as peridicas, ou seja, as que mudam de sentido em perodos de tempos iguais. Esta mudana de sentido de percurso caracterizada pela frequncia com que ocorre.

Assim, por exemplo, se dizemos que uma corrente alternada tem a frequncia de 60 ciclos por segundo, isto em outras palavras, quer dizer que ela faz 60 vai-e-vens por segundo. Da podermos dizer que ela muda de sentido 120 vezes por segundo. Pela razo de sempre estar mudando de sentido que no usamos as expresses plo positivo e plo negativo para corrente alternada, como fazemos quando tratamos de corrente contnua.

A unidade ciclos por segundo chamada de Hertz, cuja abreviatura Hz.

2.6 TENSO ELTRICA

Para que um condutor (fio, cabo eltrico, etc.) seja percorrido por uma corrente eltrica necessrio que haja em suas extremidades uma diferena de potencial, definida como Tenso Eltrica.

Assim como necessrio que haja uma diferena de nvel (definida pela altura), ou diferena de presso, para que a gua se ponha em movimento, igualmente precisa existir uma tenso eltrica (ou diferena de potencial) para fazer com que circule a corrente eltrica. A tenso eltrica pode ser considerada como uma presso eltrica.

Resumindo, podemos dizer:

Tenso Eltrica a causa;

Corrente Eltrica o efeito ou a consequncia.

A unidade de medida da tenso eltrica o VOLT, cuja abreviatura V.

2.7 GRANDEZAS INERENTES AOS CIRCUITOS ELTRICOS LEI DE OHM

Como visto anteriormente, necessrio que haja uma presso eltrica, chamada tenso eltrica, para que a corrente eltrica percorra um condutor. Isto acontece porque todo condutor oferece uma oposio passagem da corrente.

O fsico alemo Ohm verificou que a intensidade de corrente eltrica que percorre um condutor diretamente proporcional tenso eltrica aplicada s suas extremidades. Esta a chamada Lei de Ohm.

Esta lei pode ser matematicamente expressa por:

V = K x I

Onde:

V = Tenso Eltrica, medida em Volts;

I = Intensidade da Corrente Eltrica, medida em Ampres;

K = Constante de Proporcionalidade entre V e I. Ser medida em ohms.

Quando nos referimos corrente eltrica contnua (cc), K representa apenas uma grandeza, denominada Resistncia Eltrica, simbolizada por R.

Quando porm se trata de corrente alternada (ca) K, alm da resistncia eltrica, representa tambm uma outra grandeza denominada Reatncia Eltrica, que simbolizada por X. Neste caso, a combinao das duas (R e X) denominada Impedncia Eltrica, sendo simbolizada por Z.

Com estas consideraes a frmula V = K x I poder ser escrita:

V = R x I, quando tratamos de corrente contnua

V = Z x I, quando tratamos de corrente alternada

Cabe salientar que a grandeza X aparece em virtude das propriedades magnticas da corrente alternada. Ela aparece quando a carga composta de um ou mais dos seguintes equipamentos: motores, transformadores, bobinas, eletroms, etc.

2.8 CAPACITOR

Um capacitor um dispositivo eltrico formado por duas placas condutoras de metal separadas por um material isolante chamado dieltrico.

2.9 CAPACITNCIA

Grandeza escalar que caracteriza a propriedade que tem um sistema de condutores e de dieltricos a estes associados, de armazenar energia quando tal sistema submetido a um campo eltrico.

2.10 INDUTOR

Um indutor um dispositivo eltrico utilizado para induzir indutncia num circuito.

2.11 INDUTNCIA

Grandeza escalar que caracteriza a propriedade que tem um circuito ou um condutor de induzir tenso, por efeito de variao de corrente.

2.12 REATNCIA CAPACITIVA

a oposio ao fluxo de corrente eltrica alternada devido capacitncia no circuito.

2.13 REATNCIA INDUTIVA

a oposio ao fluxo de corrente eltrica alternada devido indutncia no circuito.

2.14 ATERRAMENTO

Ligao eltrica intencional e de baixa impedncia com a terra.

2.15 ISOLAO

Conjunto dos materiais isolantes utilizados para isolar eletricamente.

2.16 ISOLAMENTO

Conjunto das propriedades adquiridas por um corpo condutor, decorrentes de sua isolao.

2.17 RESISTNCIA ELTRICA

A resistncia a oposio ao fluxo da corrente eltrica.

2.18 RESISTNCIA DE ATERRAMENTO

Resistncia eltrica entre o eletrodo de aterramento considerado e a terra.

2.19 RESISTNCIA DE ISOLAMENTO

Valor da resistncia eltrica, em condies especificadas, entre duas partes condutoras separadas por materiais isolantes.

2.20 RESISTIVIDADE

Resistividade a caracterstica fsica especfica de uma material que exprime sua resistncia eltrica por unidade de comprimento.

2.21 AUTOTRANSFORMADOR

O auto-transformador constitui um tipo especial de transformador de potncia. Ele formado por um s enrolamento.

Fazendo-se derivaes ou colocando-se terminais em pontos ao longo do comprimento do enrolamento, podem ser obtidas diferentes tenses.

2.22 TRANSFORMADOR

Equipamento eltrico esttico que, por induo eletromagntica, transforma tenso e corrente alternados entre dois ou mais enrolamentos, sem mudana de frequncia.

2.23 TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Transformador para instrumentos cujo enrolamento primrio ligado em srie em um circuito eltrico, e reproduz, no seu circuito secundrio, uma corrente proporcional do seu circuito primrio, com sua posio fasorial substancialmente mantida.

2.24 TRANSFORMADOR DE CORRENTE CONSTANTE

Transformador que, dentro de limites preestabelecidos, mantm constante a corrente no circuito secundrio, a despeito das variaes da resistncia deste circuito e da tenso no circuito primrio.

2.25 TRANSFORMADOR DE ISOLAMENTO

um transformador de corrente especial, para utilizao em circuitos srie de sistemas de auxlios luminosos em aeroportos.

2.26 RELAO DE TRANSFORMAO

De um Transformador de Corrente: razo da corrente primria nominal, para a corrente secundria nominal;

De um Transformador de Potncia: razo, igual ou superior a 1, das tenses nominais de dois enrolamentos do transformador.

2.27 FLUXO LUMINOSO

entendido como a quantidade total de luz emitida por segundo por uma fonte luminosa, sendo medido em lmens (lm).

2.28 INTENSIDADE LUMINOSA

A intensidade luminosa de uma fonte numa dada direo, o limite da razo do fluxo luminoso no interior de um ngulo slido cujo eixo a direo considerada, para esse ngulo slido quando tende para zero.

2.29 ILUMINNCIA

o limite da razo do fluxo luminoso recebido por uma superfcie, em torno de um ponto considerado, para a rea dessa superfcie. medida em lux (lx), observando-se que 1 lx a iluminncia de uma superfcie de 1 m sobre a qual incide um fluxo luminoso de 1 lm.

2.30 SCR (Silicon Controlled Rectifier)

2.30.1 Definio

o nome genrico de uma famlia de componentes de estado slido de quatro camadas PNPN. O SCR ( Retificador Controlado de Silcio), freqentemente designado pelo termo tiristor, face sua grande utilizao. O smbolo do SCR mostrado na figura 1.

Fig. 1 Smbolo do SCR

O SCR, como o prprio nome deixa transparecer, um retificador que pode ser controlado. Desta forma a caracterstica de um SCR deve ser semelhante de um diodo.

No diodo ideal, para uma tenso negativa entre anodo e catodo, o diodo no conduz, sua corrente nula e o dispositivo comporta-se como uma chave aberta. Quando a tenso entre anodo e catodo torna-se positiva o diodo conduz, mantendo a queda de tenso entre anodo e catodo igual a zero e o dispositivo comporta-se como uma chave fechada. A corrente que circular atravs do diodo ser limitada atravs de alguma resistncia ( carga ) que o conecte fonte de alimentao.

Fig. 2 Curva caracterstica de um diodo ideal

No tiristor ideal, para uma tenso negativa entre anodo e catodo, o dispositivo ir se comportar exatamente como um diodo, impedindo a passagem de corrente. Quando a tenso entre anodo e catodo torna-se positiva, diferentemente do diodo, o SCR no conduz, mantendo ainda uma impedncia elevada entre seus terminais. Somente partir do instante em que aplicado um pulso de corrente no terminal de disparo, chamado gatilho (gate), que o SCR passar a conduzir, exibindo uma resistncia virtualmente nula entre seus terminais. Nesta situao, assim como no diodo, a queda de tenso entre anodo e catodo igual a zero e o dispositivo comporta-se como uma chave fechada. A corrente que circular atravs do SCR ser limitada atravs de alguma resistncia ( carga ) que o conecte fonte de alimentao.

Fig. 3 Curva caracterstica de um SCR ideal

2.30.2 Disparo de um SCR

Existem vrias formas de disparar um SCR, como por exemplo: disparo por sobretenso, disparo por dV / dt, disparo por pulso de gatilho ou disparo por elevao de temperatura. A forma mais usual de disparo o disparo por pulso no gatilho, que ser analisado a seguir.

Para que um tiristor seja disparado atravs de pulso no gatilho, primeiramente necessrio que o mesmo esteja diretamente polarizado, pois como vimos no item anterior, o tiristor s conduzir se for aplicada uma tenso positiva entre anodo e catodo. Alm disso, faz-se necessrio que seja aplicado um pulso de corrente no gatilho do tiristor, para que ele passe a conduzir efetivamente.

Diz-se que preciso aplicar um pulso de corrente pelo fato de que, aps o tiristor estar conduzindo, possvel retirar esta corrente do gatilho sem que o tiristor interrompa a circulao de corrente entre anodo e catodo.

A seqncia de acionamento de um tiristor atravs de disparo por pulso no gatilho mostrada nas figuras 4.a, 4.b e 4.c . Na figura 4.a, o tiristor est diretamente polarizado, porm no estar conduzindo e a lmpada se encontra apagada. Na figura 4.b, que retrata o momento em que foi dado um pulso de corrente no gatilho, a lmpada acendida, pois o tiristor comea a conduzir nesse instante. Na figura 4.c, podemos verificar que mesmo aps a retirada do pulso de corrente o tiristor continua conduzindo, pois a lmpada permanece acesa.

( a )

( b )

( c )

Fig. 4 Circuito e seqncia de acionamento de um SCR

2.30.3 Comutao de um SCR

Comutar um SCR significa lev-lo ao estado de bloqueio. Em outras palavras, a comutao se completa quando cessa a conduo no sentido direto e a reaplicao da tenso direta entre anodo e catodo no faz com que o tiristor volte a conduzir. A comutao ou desligamento de um SCR pode ser feito de diversas maneiras, como por exemplo: comutao natural, comutao por polarizao reversa, comutao por capacitncia paralela ou comutao por ressonncia srie. As formas mais usuais de bloqueio so o bloqueio natural e o bloqueio por polarizao reversa, que sero analisados a seguir.

Aps o tiristor estar conduzindo, o mesmo assim permanecer enquanto a corrente de anodo permanecer acima de um valor mnimo, chamado corrente de manuteno ( IH ), e sua polarizao permanecer direta.

A comutao natural baseia-se na primeira condio e pode ser efetuada atravs da abertura de uma chave em srie com a carga ( Fig. 5.a ) ou pela aplicao de um curto circuito temporrio sobre o SCR ( Fig. 5.b ).

( a )

( b )

Fig. 5 Formas de comutao de um SCR

A comutao por polarizao reversa baseia-se na segunda condio e pode ocorrer naturalmente em um circuito ca toda vez que a fonte estiver em seu semi-ciclo negativo. Em um circuito cc, deve-se aplicar uma tenso reversa entre os terminais do tiristor, de modo a lev-lo ao bloqueio. Normalmente o que se faz colocar um capacitor previamente carregado com uma tenso reversa, em relao aos terminais do dispositivo e faz-lo descarregar pelo mesmo . Este mtodo chamado de comutao forada.

Fig. 6 Comutao por polarizao reversa (capacitncia paralela)

2.30.4 Especificaes e limitaes de um SRC

Qualquer dispositivo eletrnico possui especificaes tcnicas que so impostas pelo fabricante para que os mesmos no se danifiquem ou atuem de forma errada. Com os tiristores no diferente, porm a terminologia utilizada para discrimin-los especfica e os pontos mais importantes so explicados a seguir:

VDRM Mxima Tenso Repetitiva de Bloqueio no Sentido Direto o mximo valor instantneo de tenso direta que ocorre entre os terminais do SCR.

VDSM Pico No-Repetitivo da Tenso de Bloqueio no Sentido Direto o mximo valor instantneo de qualquer transitrio no-repetitivo da tenso de bloqueio no sentido direto que ocorre entre os terminais do tiristor.

VBO Tenso de Disparo o mnimo valor de tenso que necessita ser aplicado entre anodo e catodo para que o tiristor comece a conduzir sem necessitar de pulso no gatilho.

VRRM Pico Repetitivo da Tenso Reversa o valor mximo instantneo de tenso reversa que pode ser aplicado aos terminais do tiristor, sem comprometer o seu funcionamento.

VRSM Pico No-Repetitivo da Tenso Reversa o valor mximo instantneo de tenso reversa no-repetitiva que pode ser aplicado aos terminais do tiristor, sem comprometer o seu funcionamento.

VTM Queda de Tenso no Sentido Direto o valor da queda de tenso existente entre os terminais do tiristor, quando o mesmo est conduzindo.

dV / dt Taxa Crtica de Crescimento da Tenso no Estado de Bloqueio o mnimo valor da taxa de crescimento da tenso aplicada no sentido direto que provocar o chaveamento do estado de bloqueio para o estado de conduo.

ITRMS Corrente de Bloqueio no Sentido Direto o mximo valor eficaz de corrente que o SCR pode conduzir. Outras notaes: IF, IRMS.

IH Corrente de Manuteno o valor mnimo de corrente de anodo necessria para manter o tiristor conduzindo.

di / dt Taxa Crtica de Crescimento da Corrente no Estado de Conduo o mximo valor da taxa de crescimento da corrente no estado de conduo que o SCR pode suportar sem ser danificado.

IGT Corrente de Gatilho com Disparo o mnimo valor de corrente aplicada ao gatilho necessrio para chavear um SCR do estado de bloqueio para o estado de conduo.

IGFM Pico da Corrente Direta de Gatilho o mximo valor de corrente que pode ser aplicada ao gatilho que pode ser usada para levar o SCR a conduo.

tq Tempo de Comutao o intervalo de tempo necessrio para levar o tiristor ao estado de bloqueio aps o chaveamento do circuito de tenso do mesmo.

ton Tempo de Disparo o intervalo de tempo decorrido entre o momento do incio do pulso no gatilho e o instante em que o tiristor realmente comea a conduzir.

CAPTULO 3

INTRODUO AOS AUXLIOS NAVEGAO, APROXIMAO E AO POUSO

Quando em vo o piloto ajudado por um grande nmero de instrumentos os quais fornecem a ele todas as informaes necessrias:

3.1 AUXLIOS RDIO NAVEGAO, APROXIMAO E AO POUSO

So diversos equipamentos destinados a orientar o vo das aeronaves, fornecendo indicaes precisas ao piloto, para navegao, aproximao e pouso, como se segue:

3.1.1 DME (Distance Measuring Equipment) Equipamento Medidor de Distncia

um equipamento destinado a fornecer informaes aeronave que permitem ao piloto saber a que distncia a aeronave se encontra com relao a esse equipamento, bem localizado nas cartas de navegao aeronutica.

3.1.2 ILS (Instrument Landing Sistem) Sistema de Pouso por Instrumentos

composto de vrios equipamentos tais como:

a) Localizer: Localizador de Pista, que tem a finalidade de indicar ao piloto, que a aeronave est direcionada ao eixo central da pista de pouso.

b) Glide Slope: Trajetria de Planeio, que tem a finalidade de indicar ao piloto que a aeronave est na trajetria de planeio adequada.

c) Marker Beacon: Utilizados geralmente 3 balizadores, chamados Outer Marker - Marcador Externo, Middle Marker Marcador Mdio e Inner Marker Marcador Interno, que servem para balizar o percurso da trajetria de planeio, situados a distncias bem determinadas da cabeceira da pista.

3.1.3 NDB (Non Directional Beacon) Rdio Farol No Direcional

um equipamento de auxlio navegao area, que transmite informaes em todas as direes com a finalidade de permitir s aeronaves localizarem-se, atravs de marcaes direcionais, obtidas do equipamento de bordo, em relao estao sintonizada, ou ainda ser utilizado como referncia a procedimentos de aproximao e de pouso por instrumentos.

3.1.4 RADAR (Radio Detection and Range) Deteco Rdio e Localizao

um equipamento destinado a detectar alvos areos ou terrestres, fixos ou mveis, com a finalidade de identificar alvos, determinar posies, direes, distncias, rumos, altitudes, tamanhos, etc. Quando utilizado em terminais de aerdromos, permite a aproximao, pouso e decolagens em meio a condies visuais precrias.

3.1.5 VDF (Very High Frequency Direction Finder Station)

Estao de Radiogoniometria em Freqncia Muito Alta Recalada. Esse equipamento permite localizar a direo de uma chamada ou comunicao em VHF, de uma aeronave, permitindo a orientao da mesma em direo a um Aerdromo.

3.1.6 VOR (Very High Frequency Omnidirectional Radio Range) Rdio Farol Direcional em Freqncia Muito Alta

um equipamento que transmite sinais direcionais na faixa de VHF, destinado a orientar as aeronaves em vo, informando ao piloto atravs de um instrumento no painel, se a aeronave est se aproximando da estao com a indicao to, ou se est se afastando dela, com a indicao from, quando voando no topo da radial selecionada.

3.2 AUXLIOS VISUAIS APROXIMAO, AO POUSO E ORIENTAO EM SOLO

So equipamentos diversos destinados a auxiliar o piloto durante a aproximao, pouso e orientao em solo em condies visuais e so os seguintes:

3.2.1 ALS (Aproach Lighting System) Sistema de Luzes de Aproximao

um conjunto de luzes colocadas simetricamente em relao ao eixo central da pista, visando alinhar a aeronave para o pouso em condies visuais ou em condies de baixa visibilidade nas aproximaes por instrumentos, comeando na cabeceira da pista e estendendo-se no sentido de seu prolongamento.

3.2.2 ALSF (Aproach Lighting System Flasher) Sistema de Luzes de Aproximao Pulsativas

um ALS equipado com flasher, que so luzes de alta intensidade, acendendo e apagando de uma forma progressiva e cadenciada, em direo cabeceira da pista, com a finalidade de auxiliar o posicionamento das aeronaves para o pouso, quando a visibilidade estiver prejudicada.

3.2.3 Balizamento Luminoso de Pistas

um conjunto de luzes de vrias cores e nveis de ajuste de brilho, a saber:

a) Balizamento Luminoso de Incio de Pista Indica o incio da cabeceira da pista de pouso;

b) Balizamento Luminoso de Fim de Pista Indica o trmino da pista de pouso;

c) Balizamento Luminoso de Centro de Pista de Pouso e de Txi Indica a trajetria da pista de pouso/txi das aeronaves;

d) Balizamento Luminoso de Lateral de Pista de Pouso e de Txi Indicam as laterais da pista de pouso/txi;

e) Balizamento Luminoso de Zona de Toque Indicam a posio correta para o toque da aeronave no solo no momento do pouso;

f) Barras de Parada Localizadas nas intersees, indicam ao piloto quando a aeronave pode ingressar na pista de pouso/decolagem;

g) Sinalizao Vertical Orientam o piloto com as instrues e informaes necessrias ao deslocamento da aeronave em solo nas reas de manobra.

3.2.4 Biruta (Indicador Visual de Condies do Vento de Superfcie)

um dispositivo tipo cone inflvel mvel, que gira em torno do eixo mastro conforme direo do vento e que serve como auxlio visual para as aeronaves por ocasio do pouso ou decolagem.

3.2.5 Farol de Aerdromo Aerodrome Beacon

um auxlio visual luminoso rotativo, que pode ser percebido a uma longa distncia, em forma de lampejos, destinado a orientar a localizao do aerdromo em operaes de aproximao de aeronaves em condies visuais noturnas.

3.2.6 Luzes de Obstculos

So luzes vermelhas que visam a indicao da existncia de obstculos no trajeto do pouso/decolagem e taxiamento das aeronaves em um aerdromo e em suas proximidades.

3.2.7 PAPI (Precision Aproach Path Indicator) Indicador de Trajetria de Aproximao de Preciso

um sistema de auxlio visual constitudo por um conjunto de quatro caixas ticas dispostas de um lado da pista, prximas da cabeceira, sendo que cada caixa contm indicaes luminosos em suas faces, voltadas para a linha de visada do piloto, orientando-o com relao a trajetria de planeio ideal, fornecendo indicaes que dependero da altitude da aeronave.

a) Aeronave demasiadamente baixa, ficaro visveis todas as caixas com iluminao Vermelha;

b) Aeronave ligeiramente baixa, ficaro visveis uma com iluminao Branca e trs com Vermelha;

c) Aeronave na trajetria correta, ficaro visveis duas Brancas e duas Vermelhas;

d) Aeronave ligeiramente alta, ficaro visveis trs Brancas e uma Vermelha;

e) Aeronave demasiadamente alta, ficaro visveis todas com iluminao Branca.

OBS.: 1) Em aeroportos que operam apenas aeronaves de pequeno porte usado o sistema com a configurao de apenas duas caixas, recebendo a designao de APAPI.

2) Em casos especiais, quando houver necessidade de orientao para nivelamento de asas de aeronaves, ambos os sistemas (PAPI ou APAPI) podero ser instalados com caixas em ambos os lados da pista.

3.2.8 Pistola de Sinalizao (Lanterna Sinalizadora de Torre de Controle)

um dispositivo de auxlio visual utilizado pelos controladores de trfego areo, nas Torres de Controle, quando no for possvel a comunicao via rdio com aeronaves, autorizando as pretenses das mesmas com luz verde, negando com luz vermelha e determinando o retorno da mesma com luz branca.

3.2.9 VASIS AVASIS Visual Approach Slope Indicator System Sistema Indicador de Rampa de Aproximao Visual

um sistema de auxlio visual composto por caixas ticas dispostas lateralmente ao longo da pista de pouso, que podero ter um nmero de doze ou dezesseis caixas.

Estas caixas possuem iluminao especial, em cinco nveis de brilho diferentes, localizada na face da caixa voltada para a linha de visada do piloto, orientando-o com relao trajetria de planeio ideal, fornecendo indicaes vermelhas quando a aeronave estiver abaixo da rampa e brancas quando acima da trajetria ideal e, quando na trajetria ideal, haver a coincidncia das duas, indicando ao piloto uma tonalidade Rosada.

Quando houver instalaes nos dois lados da pista o sistema chamado de VASIS e quando for somente de um lado passa a chamar-se AVASIS.

OBS.: Este sistema est saindo de uso, sendo substitudo pelo sistema PAPI APAPI.

3.3 PARMETROS A SEREM CONSIDERADOS

3.3.1 Tipos de Pistas 3.3.1.1 Pista de vo visual (VFR) So disponveis somente os auxlios visuais.3.3.1.2 Pista de vo por instrumentos (IFR) Projetada para aeronaves usando instrumentos de aproximao. Se dividem em:

a) Pista para aproximao sem preciso: Alm de usar os auxlios visuais, a pista equipada com um auxlio eletrnico que fornece ao piloto pelo menos uma orientao direcional adequada para aproximao e pouso;

b) Pista para aproximao de preciso: Os auxlios eletrnicos fornecem a direo e a indicao de inclinao que a aeronave tem que seguir para um pouso seguro. Dividem-se em:

Pista para aproximao de preciso de Categoria I;

Pista para aproximao de preciso de Categoria II;

Pista para aproximao de preciso de Categoria III (A,B,C).

Estas definies esto diretamente ligadas ao Alcance Visual na Pista e Altura de Deciso.

CategoriaAltura de DecisoVisibilidade HorizontalRVR Alcance visual na pista

Categoria IH > 60 m800 m>550 m

Categoria II60 > H > 30 mSem restrio>350 m

Categoria III AH < 30 mSem restrio>200 m

Categoria III BH < 15 mSem restrio>50 m

Categoria III CSem restrioSem restrio-

OBS.: A visibilidade horizontal estimada, enquanto o alcance visual na pista medido pelo Visibilmetro, conhecido com RVR.

Sistemas de Iluminao Requeridos para Categorias de I a III

Sistemas de IluminaoCategoriaObservaes

IIIIII

Iluminao de Aproximao-

Fileira de Barras de Iluminao Lateral com Barra Transversal a 150 m xPara Categorias II e III

Iluminao de Seqncia de FlashesIluminao de Seqncia de Flashes opcional. Em Instalaes de Categoria II e III, pode ser desligado na zona entre o limite de pista e a barra de 300 m.

PAPI Precision Approach Path Indicator (Indicador de Trajetria de Aproximao de Preciso)Em Instalaes de Categoria II e III o Indicador Visual de Rampa de Aproximao pode ser desligado.

Iluminao de Cabeceira de Pista-

Iluminao de Lateral de Pista-

Iluminao de Linha de Centro de PistaOpcional nas Instalaes de Categoria I.

Iluminao de Fim de Pista-

Iluminao de Zona de ToquexPara Categorias II e III.

Iluminao de Lateral de Pista de TxiTambm recomendado para curvas em Categorias II e III.

Iluminao de Linha de Centro de Pista de Txi No caso de sistema de pista de txi complexo e grande volume de trfego, recomendado tambm para Categoria I.

Barras de ParadaTambm recomendado para Categoria I

Luzes de Segurana de PistaPara Categoria I somente quando o trfego for denso.

Sinalizao Vertical-

x No requerido Requerido Opcional

3.3.2 Envelope de Trajetria de Pouso

Define o canal de aproximao para o pouso dentro do qual a aeronave deve voar seguramente durante uma aproximao regular para as Pistas com Categorias I, II ou III. Para o tipo de operao Categoria III, o canal de dimenses reduzidas.

3.3.3 Altura da Aeronave em Relao ao Nvel da Pista

3.3.4 Meteorologia

3.3.4.1 Altura de Deciso

especificada pelas autoridades aeroporturias. Esta a altura com a qual o piloto:

continua seu procedimento de aproximao se o contato com os auxlios visuais efetivo; ou cancela seu procedimento de aproximao.3.3.4.2 Cortante de Vento

Variao de vento que pode provocar perda de velocidade na aeronave.3.3.4.3 RVR (Runway Visual Range) - Campo Visual da Pista a distncia com a qual o piloto em uma aeronave posicionada na linha de centro da pista pode ver a indicao da superfcie da pista ou as luzes de delineamento da pista ou a identificao da linha de centro da pista.

O principal objetivo do RVR fornecer ao piloto, atravs de unidades de servios de trfego areo, informaes sobre as condies de visibilidade da pista. RVR requerido para permitir uma avaliao das condies do tempo, se esto acima ou abaixo do valor especificado para operao mnima.

O RVR calculado levando em conta:

A intensidade das luzes de borda e de linha de centro de pista; A clareza tica da atmosfera transmisso atmosfrica; Luminncia do fundo em contraste com a luz que vista.3.3.5 Caractersticas da Aeronave3.3.6 Efeitos Visuais

3.3.6.1 Necessidades dos Pilotos

Para cada operao o piloto precisa de indicaes que so os auxlios visuais tais como indicadores e dispositivos de sinalizao, marcas, luzes, sinais e marcadores, no intuito de:

a) Permanecer na linha de interseo dos dois planos para a aproximao (Linha de Centro e Trajetria de Aproximao);

b) Permanecer na linha de centro da pista;

c) Achar e tomar uma sada;

d) Tomar a pista de txi para a rea de docagem com um equipamento grande, largo e de difcil manobra;

e) Alcanar a velocidade de decolagem e permanecer na linha de centro da pista (V>250/300 km/h).

3.3.7 Iluminao de Solo

3.3.7.1 ConfiguraoA combinao dos auxlios visuais do um desenho geral ao piloto.

3.3.7.2 CorAs luzes formam sinais coloridos cuja funo identificar os diferentes sistemas de iluminao do aerdromo para exprimir instrues ou informaes. Desta maneira, as luzes de borda de pista so brancas, e as luzes da pista de txi so azuis. Os sinais vermelhos , brancos e verdes das lmpadas de sinalizao de trfego so usadas para instrues do trfego de solo e ar. Cada cor tem sua funo.

Exclusivamente so usadas as cores branca, vermelha, verde, amarela e azul. Estas cores so fceis de serem definidas, mesmo com baixo brilho.

3.3.7.3 Intensidade Luminosa (Candela)

Esta a iluminao que pode ser observada pelo olho produzida por uma luz que ir determinar como esta luz ser vista. Quando a atmosfera est limpa, uma luz de intensidade relativamente baixa pode ser vista de longa distncia. No entanto, com neblina, se o nvel de transmisso for 10-20 por quilmetro, uma luz com intensidade de 80 candelas poder ser vista a uma distncia de 0,17 km (170 m), e uma luz tendo uma intensidade de 80000 candelas poder ser vista somente a uma distncia de 0,3 km (300 m).

3.3.7.3 CoberturaO raio de cobertura angular das luzes determina os pontos de onde cada luz ser vista (Cobertura horizontal e vertical).

Exemplos:

1 - Luzes de centro de pista pequeno raio de abertura horizontal e vertical.

2 Luzes de pista de txi ampla abertura horizontal e vertical (360 horizontal e 30 vertical).

3.3.8 Elemento Humano

Isto extremamente importante para assegurar que o sistema visual funcione como um sistema.

Elementos componentes devem estar balanceados com relao a intensidade e espaamento garantindo que o piloto veja e reconhea um sistema padronizado esperado.

Exemplo: Se um lado da pista possui luzes com um bom brilho e o outro lado possui luzes com um baixo brilho, os pilotos tendem a se aproximar do lado que possui as luzes de menor brilho no intuito de corrigir o percurso compensando a intensidade luminosa.

CAPTULO 4

CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE AUXLIOS VISUAISNa alimentao das luzes dos Sistemas de Auxlios Visuais de um Aerdromo podem ser usados tanto circuitos srie como circuitos paralelo. Na maioria dos Aerdromos so utilizados os circuitos srie pelas vantagens oferecidas em relao aos circuitos paralelo. por esta razo que estaremos estudando neste curso somente a configurao do circuito srie.

4.1 CIRCUITO SRIE

Os elementos do Circuito Srie so conectados em anel com a mesma corrente fluindo em cada elemento alimentados por uma fonte de energia. Se um valor fixo de tenso for aplicado a uma carga, a corrente no circuito poder variar com a variao da carga. No entanto, um Transformador de Corrente Constante ou um Regulador de Corrente Constante ir manter a corrente constante independente da carga conectada no circuito. Note que a corrente constante, porm alternada. Assim a mesma corrente ir fluir em um longo circuito como em um pequeno circuito e permanecer a mesma, ainda que alguma lmpada queimar. O Regulador de Corrente Constante j possui o controle de brilho acoplado. No caso do Transformador de Corrente Constante necessria a utilizao de um Auto-transformador Regulador de Corrente para a regulagem de brilho das lmpadas.

No Regulador de Corrente Constante quando fechado um curto em sua sada significa uma condio de circuito sem carga e quando o circuito est aberto significa uma condio de sobrecarga.

Em um circuito srie simples diretamente conectado, a queima de uma lmpada causaria a abertura do circuito: portanto, necessrio ter um dispositivo de by pass, como um Transformador de Isolamento.

4.1.1 Vantagens

Algumas vantagens do circuito srie para iluminao de aerdromos so:

a) Todas as lmpadas trabalham na mesma corrente e consequentemente na mesma intensidade. A intensidade e aparncia uniformes das lmpadas importante;

b) pode ser usado um condutor singelo de mesma bitola e classe de tenso de isolamento no circuito;

c) o controle de intensidade das luzes pode ser obtido atravs de um larga faixa;

d) o circuito pode ter uma falta para terra em algum ponto ao longo do circuito sem afetar a operao das luzes: e

f) faltas para terra so fceis de serem localizadas.

4.1.2 Desvantagens

As maiores desvantagens dos circuitos srie quando usados para iluminao so:

a) Alto custo de instalao o Regulador de Corrente Constante e os transformadores de isolamento contribuem consideravelmente para este custo;

b) uma falha de circuito aberto em algum local do circuito provoca uma inoperncia total e pode ser perigoso para o isolamento do cabo ou para o regulador de corrente constante; e

c) a localizao de falhas, especialmente de circuito aberto, pode ser difcil.

4.1.3 Configurao Bsica de um Circuito Srie

A alimentao de energia pode ser feita atravs de um Regulador de Corrente Constante (RCC) ou de um TCC (Transformador de Corrente Constante)4.1.3.1 Circuito com Regulador de Corrente Constante (RCC)

4.1.3.2 Circuito com Transformador de Corrente Constante (TCC) e Auto-transformador Regulador de Corrente (ATRC)

A alimentao de energia feita atravs de Transformador de Corrente Constante (TCC) onde o movimento relativo entre as bobinas primrias e secundrias modifica a reatncia de disperso magntica ajustando-se automaticamente em um valor que somado impedncia da carga permite que seja fornecida uma corrente constante, seja qual for a carga. A corrente de sada desejada gera uma fora de repulso que coloca a bobina mvel na posio que origina a corrente produzindo o equilbrio mecnico quando a fora de repulso equilibra o peso da bobina mvel. Toda mudana de carga na sada ou da tenso de entrada encontra imediata oposio no movimento da bobina mvel para restabelecer o equilbrio eletromecnico. O controle das intensidades de brilho feito com o uso de um auto-transformador com derivaes. As principais desvantagens do TCC so o baixo fator de potncia com cargas inferiores nominal (com 50% da carga nominal fp = 0,75).

ESQUEMA DE LIGAO DOS CIRCUITOS

A ICAO recomenda que todo sistema de sinalizao luminosa de pista de pouso seja composto de dois circuitos intercalados. Cada um dos circuitos deve estender-se por todo o auxlio e no caso de falha em um dos circuitos o outro deve apresentar uma configurao simtrica e equilibrada. As luzes de cabeceira devem fazer parte de circuitos independentes e as de eixo de pista de pouso devem intercalar-se de modo que no se altere o cdigo de cores. Exemplos:

4.1.4 Componentes Principais de um Circuito Srie

4.1.4.1 Sistema de Alimentao, Proteo e Controle

a) Transformador de Corrente Constante (TCC) ou Regulador de Corrente Constante (RCC)

b) Auto-transformador Regulador de Corrente (No caso de utilizao de TCC)

c) Detetor de Fuga para Terra (Para utilizao com RCC)

d) Detetor de Lmpadas Queimadas (Para utilizao com RCC)

e) Seletor de Cabeceiras

f) Painel de Controle Remoto

4.1.4.2 Luminrias

a) Lmpadas

b) Filtros

c) Lentes

d) Borrachas de Vedao4.1.4.3 Transformadores de Isolamento

4.1.4.4 Cabeamento

4.1.4.5 Aterramento para Proteo contra Descargas Atmosfricas (Malha de Terra)

4.2 ALS (Approach Lighting System) Sistema de Luzes de Aproximao

Um ALS uma configurao de luzes dispostas simetricamente em torno da linha central da pista estendida, comeando na cabeceira da pista e estendendo-se no sentindo de seu prolongamento. Este sistema fornece informao visual de alinhamento de pista, percepo de altura, orientao para nivelamento de asas e referncias horizontais. Destina-se a melhorar a capacidade operacional e a segurana das aeronaves durante a operao de aproximao e pouso, particularmente durante os perodos noturnos e/ou de visibilidade reduzida. Embora sejam considerados auxlios visuais, so tambm utilizados em conjuno com auxlios eletrnicos para aproximao e pouso e, geralmente, apiam mnimos de visibilidade reduzida. Os sistemas de aproximao que so utilizados em pistas de aproximao de preciso (CAT I e CAT II/III) tem, normalmente, 3.000 ps (900 m) de comprimento, enquanto que os utilizados em pistas para operao visuais, numero de cdigo 3 e 4, destinadas para utilizao noturna e de aproximao de no-preciso(SIMPLIFICADO) tem, normalmente, 1.400 ps ( 420 m ) de comprimento.

Objetivando atender melhor segurana, as configuraes dos sistemas devem ser compatveis e adequadas as requisitos operacional. Esses sistemas tambm podero ser constitudos com luzes de lampejo seqenciado ( Flasher), que parecem aos pilotos como se fossem uma bola de luz se deslocando em alta velocidade em direo cabeceira da pista ( dois lampejos por segundo), facilitando sua orientao. O ALS equipado com flasher tem a denominao de ALSF ( A pproach Lighting System with Runway Alignment Indicator Lights). Se a operao for CAT I, chamado ALSF-1; se CAT II ou III, ALSF 2/3.

As figuras 218- 1, 218-2 e 218-3 apresentam as configuraes dos sistemas acima citados.

NOTAS: 1- Pista nmero de cdigo 3 aquela com comprimento entre 1200 e 1800 m.

2- Pista nmero de cdigo 4 aquela com comprimento de 1800 m ou maior.

As lmpadas so montadas em estruturas dos mais variados tipos. Essas estruturas de sustentao variam de acordo com o local. So usados postes de concreto, metlicos ou estruturas mistas que so montadas com intervalos de 30 metros a partir da cabeceira da pista, num total de 30 barras numeradas de1 a 30, sendo a barra mais afastada da pista a de nmero 30.

No topo de cada estrutura so montadas cinco lmpadas ajustadas com 30 de elevao. Todo esse conjunto de lmpadas fica disposto no prolongamento do eixo da pista e espaadas simetricamente, emitindo luz de colorao branca.

O circuito de luzes dividido em trs partes chamados de loops, para distribuio e equilbrio da carga.

A barra nmero 10 diferente das demais, pois possui 21 lmpadas e fica afastada 300 m da cabeceira da pista, produzindo junto ao sistema, a configurao de uma cruz.

Prximo cabeceira as barras so montadas com filtros vermelhos que lhes do orientao e destaque. Esses filtros so necessrios para alertar aos pilotos quanto proximidade do solo.

A barra zero embutida na pista e composta de luzes verdes instaladas no inicio da cabeceira da pista. Possui tantas lmpadas quantas forem necessrias, de acordo com a largura da pista e o espaamento utilizado, normalmente utiliza-se 40 ( quarenta) luminrias embutidas.

A barra zero considerada atualmente, como parte integrante do balizamento de pista, no pertencendo mais ao ALS.

Configurao do RAIL Runway Alignment Indicator Lights System ( FLASH), A seqncia de luminrias do ALSF-2 faz parte da configurao do RAIL, que constitudo de at 21 conjuntos de flasher, da barra 30 at a barra 10 do ALS. A contagem das unidades feita de forma inversa a do ALS, isto , o flash 1 montado na barra 30 e o flash 21 na barra 10.

4.2.1 ALSF / SSALR (Simplified shoret approach Lighting System with Runway Alignment Indicator Lights) sistema ALS reduzidoIdem ao ALSF-2, porm com apenas 8 barras de luminrias de flash.

SISTEMA DE LUZES DE APROXIMAO SIMPLIFICADO

FIGURA 218-1

4.3 VASIS

O VASIS (Sistema Indicador Visual de Trajetria de Planeio) um equipamento que proporciona ao piloto uma orientao segura e efetiva para interceptar diretamente a trajetria de planeio estabelecida, durante a aproximao para pouso. usado principalmente em condies visuais.

Quando houver instalaes nos dois lados da pista o sistema chamado de VASIS e quando for somente de um lado passa a chamar-se AVASIS.

OBS.: Este sistema est saindo de uso, sendo substitudo pelo sistema PAPI APAPI.

O ngulo de planeio obtido visualmente por meio de caixas de alumnio, dispostas em duas ou trs barras (alta/baixa) e perpendicular pista, sendo a primeira a 150 m , a segunda a 390 m e a terceira (quando houver) a 560 m da cabeceira da pista, aproximadamente. Cada caixa contm no seu interior trs lmpadas (SEALED BEEM), DE 200W/6,6A, cada. Em frente de cada lmpada colocado um filtro especial, cuja composio apresenta 2/3 de cor vermelha e 1/3 de cor branca. O foco de luz, projetado pelas lmpadas passa atravs de uma abertura horizontal, de duas polegadas, em toda extenso das caixas.

Cada caixa mantida sobre quatro pernas ajustveis, permitindo que se incline a projeo daquelas luzes no ngulo adequado.

bom lembrar que em condies meteorolgicas normais, o alcance visual de 4 km durante o dia e de 15 km noite.

Quando a aeronave estiver na aproximao final para pouso, dentro do setor apropriado do ngulo normal de planeio, a barra mais prxima cabeceira da pista aparecer com a cor branca e a barra mais afastada com a cor vermelha. Se a aproximao estiver sendo realizada acima do ngulo de planeio, aparecero na cor branca; se estiver abaixo do ngulo de planeio, aparecero na cor vermelha.

As mudanas de cores, do branco para o vermelho e vice-versa, so precedidas de um estgio de transio de cor rosa, que d uma orientao sobre a necessidade de uma ao corretiva em vo, por parte do piloto, tornando mnimas as correes na procura do ngulo normal de aproximao.

A disposio normal do sistema consiste de 12 unidades de luz (caixas) e RCC.

Em condies normais, e sem obstruo na zona de aproximao ou rea de contato com a pista, o ngulo de planeio de 3 (graus). Este ngulo de 3 (padro internacional) poder ser alterado em determinados aerdromos desde que previamente estudado em funo do:

a) Comprimento da pista;

b) Tipo de aeronaves que opera o aerdromo;

c) Obstculos na zona de aproximao que no possam ser removidos;

d) Operao de inspeo em vo ( GEIV).

4.3.1 Operao

4.3.1.1 Regulagem de Brilho

A operao de regulagem da intensidade de brilho feita pelo operador na Torre de Controle, de acordo com as condies meteorolgicas do momento.

4.3.1.2 Informaes Adicionais para Operao

No mudar o brilho durante a operao de pouso da aeronave;

A seleo de brilho feita em benefcio dos pilotos, e deve ser alterada de acordo com sua solicitao;

Para o crepsculo ou em dias escuros, podem ser empregadas as posies intermedirias (brilho3 ou 4). Para o dia e para noite, a critrio do controlador de vo ou por solicitao do piloto;

Caso haja necessidade de desligar o VASIS, somente devemos religa-lo aps decorridos um mnimo de 15 segundos da operao anterior;

No realizar mudanas de brilho rapidamente, por razes de segurana e vida til do equipamento, evitando-se assim, sobrecarga nos RCC`s, bem como o bloqueio do rel 10, no RCC tipo HEVY-DUTY, provocando o desligamento das luzes das caixas ticas. Caso isto ocorra, desliga-se o VASIS, por 30 segundos, at o rel 10 esfriar, e religa-se novamente o equipamento no brilho 1; o bloqueio ser desfeito.

No deixar o equipamento ligado na posio brilho 5, a no ser quando realmente necessrio para aterrissagem;

D preferncia aos brilhos menos intensos e aumente a intensidade somente nos momentos necessrios. O ideal usar o equipamento no brilho 3.

4.3.1.3 Instalao das Caixas e Cabos

A caixa tica dever ser instalada sobre uma base de concreto, onde tambm dever ser montado o abrigo dos transformadores de isolamento. A base de concreto deve possuir quatro pontos de assentamento dos ps, cada ponto ter quatro parafusos chumbados.

A topografia do terreno indicar a altura das pernas, de dural, que sero empregadas para nivelar a borda inferior, da abertura, da caixa ao nvel da coroa da pista. Para tanto so utilizados teodolitos e/ou nvel.

Os cabos utilizados para alimentao do sistema VASIS so de cobre, na bitola de 10 mm2 e com isolamento de polietileno ou neoprene, para 5 kV. So instalados em linhas de dutos ou enterrados diretamente ao solo, desde que previamente preparado seu leito.4.4 PAPI (Precision Aproach Path Indicator) Indicador de Trajetria de Aproximao de Preciso Em 1985, a ICAO decidiu pela suspenso das instalaes VASIS e a partir de janeiro de 1995, as homologaes desse sistema deixaram de existir. Desde ento, o PAPI foi adotado como o auxilio visual padro.

Assim como o VASIS, esse sistema tambm utiliza luzes brancas e vermelhas para definir uma rampa de aproximao pr determinada durante uma aproximao final para uma pista. Sua rea de aproximao final de 10 para cada lado da linha central da pista estendida, medida a partir das caixas, estendendo-se para fora a partir destas. alinhado para prover uma rampa no menos que 0,9 acima de obstculos, 10 para cada lado da linha central da pista at uma distncia de, pelo menos, 4NM. A orientao lateral obtida com referncias visuais ou auxlios eletrnicos.

A altura de cruzamento da cabeceira (TCH) a altura da mais baixa indicao de na rampa sobre a cabeceira da pista e dever ser estabelecida, quando da implantao do auxlio, para atender a aeronave mais crtica prevista para operar regularmente no aerdromo.

A tabela 1 apresenta a altura dos olhos do piloto em relao roda do trem de pouso (aeronave em atitude de pouso) para alguns tipos de aeronaves. Como pode ser visto, o Boeing 747-400 a aeronave mais critica nesse particular.

AERONAVEDISTANCIA

METROSPS

F 282,979,74

DASH 83,0810,1

F 1004,7415,56

737 3005,4918

727 - 2007,023

AERONAVEDISTANCIA

METROSPS

A - 300929,53

767 3009,130

MD - 119,2430,31

DC 1010,735

747 - 40013,1043

Altura do olho do piloto em relao roda do trem de pouso

Tabela 1

O PAPIS utiliza um sistema projetor de luz de duas cores que produz uma rampa de aproximao visual. Cada caixa de luz consiste de, pelo menos, dois projetores ticos que produzem um feixe nico de luz, cuja parte superior branca e a parte inferior vermelha. Passando-se atravs dos feixes, a transio de uma cor para outra quase que instantnea (largura de 0,05).

Existem duas configuraes bsicas de PAPI, que so:

1- Sistema de Quatro Caixas ( PAPI)

O ngulo da rampa de um sistema de 4 caixas o ponto mdio do ajuste angular do par central das caixas de luz. A largura da rampa a diferena entre os ngulos das caixas de luz 2 e 3. Uma instalao isolada em aerdromos que operem aeronaves de pequeno e mdio porte requer um ajuste de 0,33 entre as caixas de luz 1 e 2, 2 e 3 e 3 e 4.

Os sistemas que apiam a operao de aeronaves de grande porte e/ou instalados em aerdromos com sistema de aproximao de preciso ( ILS, MLS e PAR), requerem um ajuste de 0,5 entre as caixas de luz 2 e 3 e de 0,33 entre as caixas 1 e 2 e 3 e 4.

2- Sistema de duas Caixas( APAPI)

Este sistema desginado para aeroportos tipo utilitrios ( operao de aeronaves de pequeno porte).

O ngulo da rampa o ponto mdio entre os ajustes angulares das duas caixas de luzes. A largura da rampa deste , normalmente, 0.5.

NOTA: Quando houver a necessidade de orientao para nivelamento de asas de aeronaves, ambos os sistemas ( PAPI ou APAPI) podero ser instalados com caixas em ambos os lados da pista.

As figuras 1 e 2 apresentam as disposies das caixas do PAPI e APAPI.

.

ATITUDES DA AERONAVE EM RELAO RAMPA DE PLANEIO

VERMELHO

BRANCO

a) Aeronave demasiadamente baixa, ficaro visveis todas as caixas com iluminao Vermelha;

b) Aeronave ligeiramente baixa, ficaro visveis uma com iluminao Branca e trs com Vermelha;

c) Aeronave na trajetria correta, ficaro visveis duas Brancas e duas Vermelhas;

d) Aeronave ligeiramente alta, ficaro visveis trs Brancas e uma Vermelha;

e) Aeronave demasiadamente alta, ficaro visveis todas com iluminao Branca.

O sistema PAPI utilizado todo o tempo em que a pista estiver em uso, tanto de dia como a noite.

O sistema usa um projetor de luz de duas cores (vermelho e branco). Cada unidade contm dois ou trs desses projetores, colocados lado a lado no interior das caixas ticas. Essas, por sua vez, produzem um raio de luz, no qual a parte superior branca e a inferior vermelha. Na translao vertical do raio, a transio de uma cor para a outra quase instantnea e muito ntida.

Durante o dia a seleo do brilho 5 ocorrer somente, quando a aeronave estiver aproximando. A seleo ser reduzida para o brilho 4 que o nvel normal de operao.

Nas regies excessivamente frias (com precipitao de gelo), algumas precaues adicionais devero ser tomadas: O sistema dever operar continuamente no brilho 4, mesmo se a pista no usada, o que impedir a formao de camadas de gelo na unidade.

4.5 BALIZAMENTO LUMINOSO DE PISTAS

O Balizamento Luminoso de Pistas um conjunto de luzes de delimitao das reas da pista com cores, intensidades e aberturas de fachos luminosos adequados, de acordo com a configurao desejada:

4.5.1 Luzes de Borda de Pista de Pouso

Devem ser utilizadas nas pistas de pouso destinadas s operaes noturnas ou nas destinadas s operaes diurnas com mnimos de utilizao inferiores a um VR da ordem de 800 m. So usadas luzes fixas de cor branca ao longo das bordas da pista, a uma distncia que no exceda 3 m, formando duas filas paralelas equidistantes em relao ao eixo da pista. O espaamento longitudinal no deve exceder a 60 m em pistas de pouso visual. As luzes devem ser colocadas em uma mesma perpendicular em relao ao eixo da pista. Nas intersees com outras pistas podem ser omitidas algumas luzes, porm, dever haver uma luz em cada ponto de tangncia e uma frontal s sadas de aeronaves. Nos ltimos 600m de pista, no sentido de pouso, as luzes podem ser de cor amarela.

4.5.2 Luzes de Cabeceira

Devem ser utilizadas em pistas de pouso equipadas com luzes de borda, exceto nos casos de pistas de pouso visual ou que no sejam de preciso, quando a cabeceira estiver deslocada e dispuser de luzes de barra lateral. Estas luzes so fixas, verdes e visveis somente na direo de aproximao.

4.5.3 Luzes de Barra Lateral

Devem ser utilizadas em pistas de pouso visual e de aproximao que no seja de preciso, quando a cabeceira estiver deslocada, dispostas na cabeceira em dois conjuntos, um de cada lado da pista de pouso. Cada barra lateral formada por, no mnimo, 5 luzes, estendendo-se por 10 m da fila de luzes de borda de pista de pouso, perpendicularmente ao eixo da pista. Estas luzes devem ser fixas, unidirecionais, de cor verde, visveis na direo de aproximao.

4.5.4 Luzes de Fim de Pista

So utilizadas em pistas de pouso equipadas com luzes de borda. Devem ser usadas 6 luzes, no mnimo, uniformemente distanciadas, entre as duas filas de luzes de borda de pista de pouso ou, em dois conjuntos, cada qual com as luzes uniformemente dispostas, com uma distncia central que no deve exceder a metade da distncia entre as filas de luzes de borda. Devem ser luzes fixas, de cor vermelha e visveis no sentido da decolagem e localizadas a uma distncia que no exceda 3 m em relao ao extremo da pista de pouso. Nas pistas de aproximao de preciso categoria III, a distncia entre as luzes de fim de pista no deve exceder 6 m, exceto entre as luzes mais internas quando usados 2 conjuntos de luzes.

4.5.5 Luzes de Eixo de Pista de Pouso

Devem ser utilizadas em todas as pistas de aproximao de preciso de categoria II ou III e nas de categoria I quando houver operao de aeronaves com velocidade de pouso elevada ou a distncia entre as filas de luzes de borda de pista for superior a 50 m. As luzes devem ser fixas, de cor branca, situadas desde a cabeceira at 900 m da extremidade da pista, luzes alternadas brancas e vermelhas, de 900 m at 300 m da extremidade da pista e vermelha nos 300 m finais, exceto:

a- quando a distncia entre as luzes de eixo for de 7,5 m pois, neste caso, so usados alternadamente pares de luzes de cores vermelhas e brancas entre 900 m e os 300 m da extremidade da pista;

b- no caso de pistas de comprimento inferior a 1.800 m, as luzes alternadas de cores vermelhas e brancas devem se estender da metade da pista de pouso utilizvel para a aterrissagem at os 300 m do extremo da pista.

4.5.6 Luzes de Zona de Contato

Devem ser utilizadas nas zonas de contato, em pistas de aproximao de preciso de categoria II ou III. As luzes so fixas, unidirecionais e de cor branca. Devem ser instaladas desde a cabeceira em at uma distncia de 900 m exceto nas pistas de comprimento inferior a 1.800 m, neste caso, o sistema no deve ultrapassar a metade da pista de pouso. As luzes devem ser dispostas em forma de pares de barras transversais, simtricas em relao ao eixo da pista de pouso. Cada barra transversal deve ser formada, no mnimo por 3 luzes distanciadas, no mximo, de 1,5 m. A distncia entre as luzes internas de cada par de barra deve ser a mesma da sinalizao horizontal de zona de contato e a distncia longitudinal entre os pares de barras devem ser de 30 m ou 60 m.

4.5.7 Luzes de Zona de Parada

Devem ser utilizadas em todas as zonas de parada de pista de pouso que possuam sinalizao luminosa. As luzes devem ser fixas, unidirecionais, de cor vermelha e visveis no sentido da decolagem. Devem ser instaladas ao longo de todo o contorno da zona de parada e, em nenhum caso devem ficar a mais de 3 m das bordas.

4.5.8 Luzes de Borda de Pista de Rolagem

So utilizadas nas bordas das pistas de rolagem onde as pistas de pouso possurem sinalizao luminosa. As luzes devem ser fixas, de cor azul e visveis em todos os azimutes e at 30, mnimo, acima da horizontal. As luzes devem ser uniformemente espaadas no mximo, de 60 m nos trechos retilneos sendo colocadas na mesma perpendicular e equidistantes em relao ao eixo. Nas curvas as distncias devem ser reduzidas para que proporcionem uma indicao clara da curva. A nstalao das luzes deve ser feita a uma distncia que no exceda 3 m das bordas das pistas.

4.5.9 Luzes Eixo de Pista de Rolagem

Devem ser utilizadas em pistas de rolagem destinadas s operaes em condies de RVR inferiores a 400m. As luzes devem ser fixas, de cor verde, visveis apenas pelos pilotos das aeronaves que estejam nas pistas de rolagem ou suas adjacncias. Nos trechos retilneos espaamento entre as luzes deve ser de 30 m, exceto quando:

a- As condies meteorolgicas predominantes forem tais que permitam espaamento, de at 60 m;

b- Existirem pequenos trechos retilneos o que poder tornar necessrio o uso de espaamentos inferiores a 30 m;

c- Nas pistas de rolagem destinadas operao com condies de RVR da ordem de 400 m, o espaamento no dever exceder 15 m.

Nas pistas de rolagem destinadas operao com condies de RVR inferior a 400 m, as luzes nas curvas devem ter um espaamento mximo de 15 m porm, se o raio da curva for inferior a 400 m o espaamento deve ser de 7,5 m. Tais espaamentos devem ser mantidos numa extenso de 60 m antes e depois da curva. Nas pistas de rolagem de sada rpida, devem comear em um ponto a pelo menos 60 m antes do incio da curva e prolongar-se at 60 m aps o final da curva. O espaamento deve ser de 15 m exceto se no forem usadas luzes de borda de pista, neste caso usa-se 30 m, no mximo. Nas pistas de rolagem de sada normal, devem ser colocadas luzes a partir do ponto em que se inicia a curva da sinalizao horizontal de eixo de pista de rolagem, com um espaamento de 7,5 m, separando-se lateralmente das luzes de eixo de pista de pouso de 0,60 m.

4.5.10 Luzes de Barra de Parada

Devem ser usadas quando for desejado realar a posio do ponto de espera quando a m visibilidade prejudicar a indicao daquela sinalizao horizontal. Estas luzes devem ser sempre instaladas nos pontos de espera das pistas de aproximao de preciso CAT III. As luzes so instaladas transversalmente ao eixo da pista de rolagem. Devem ser unidirecionais, fixas, de cor vermelha e visveis somente na pista de rolagem. So espaadas de 3 m e o circuito eltrico deve ser projetado de tal forma que acenda as luzes para deter as aeronaves e as apague para liber-las.

4.5.11 Luzes de Barra de Cruzamento

So utilizadas nos cruzamentos das pistas de rolagem quando for desejado definir o limite de espera. Consiste de trs luzes fixas, de cor amarela, visveis no sentido da aproximao da aeronave. As luzes devem ser dispostas simetricamente em relao ao eixo da pista de rolagem, com uma separao de 1,5 m.CAPTULO 5

MANUTENO

5.1 ORGANIZAO

A freqncia com a qual devem ser realizadas as inspees de rotina, limpeza ou servios variar de acordo com o tipo de instalao, sua localizao e seu uso. Deve ser estabelecido uma programa de manuteno para cada aeroporto com base na experincia local e seu objetivo deve ser o de alcanar o nvel requerido do servio. A operacionalidade do sistema de Balizamento Luminoso de Pistas depende diretamente da forma com a qual a manuteno realizada. Uma manuteno preventiva eficiente ir determinar a segurana, a operacionalidade e a vida til do sistema. A organizao da manuteno do sistema de Balizamento Luminoso de Pistas se fundamenta nas seguintes bases:

a) Documentao de Referncia

b) Manuteno Organizada

Padronizao da Manuteno

Criao de Histrico de Equipamentos

Manuteno Preventiva Programada

Disponibilidade de Peas de Reposio

So elementos de uma manuteno preventiva eficiente:

a) Qualidade das peas de reposio;

b) Profissionais devidamente treinados;

c) Ferramentas e instrumentos adequados;

d) Documentao tcnica disponvel;

e) Oficinas adequadas para manuteno;

f) Armazenamento adequado das peas de reposio;

g) Padronizao de testes e inspees.

O Balizamento Luminoso de Pistas requer um eficiente programa de manuteno preventiva, especfico para cada aeroporto. A necessidade de cada aeroporto ir depender de seu tamanho, densidade de trfego e condies meteorolgicas a que est submetido, alm das caractersticas das aeronaves que atende.

5.2 PROCEDIMENTOS

5.2.1 Sistema de Alimentao, Proteo e Controle5.2.1.1 Regulador de Corrente Constante

- Verificar a correta operao de todos os equipamentos de comando:a) Testar a operao de todos os comandos via local, acionando todos os circuitos;

b) Testar a operao de todos os comandos via remoto, solicitando o acionamento de todos os circuitos principais e reservas;

- Conferir as correntes para todos os nveis de brilho verificando se os valores esto dentro das faixas apresentadas na tabela do Captulo 7; - Verificar funcionamento de todos os instrumentos do painel;- Medir a tenso de entrada no Regulador e comparar com o valor especificado na placa;

- Verificar o funcionamento do detetor de fuga para terra;- Verificar a atuao e ajuste da proteo de sobrecorrente;- Inspecionar o pra-raios de linha executando limpeza do seu isolador, verificando a existncia de fissuras e conferindo a sua conexo de aterramento;

- Verificar o aperto de todos os conectores e terminais para garantir o correto funcionamento e evitar danos por mau-contato;

- Verificar, atravs do visor, se o leo do transformador est no nvel correto;- Colher amostra do leo, pelo menos uma vez por ano, para anlise;- Verificar a continuidade de todos os circuitos;- Medir a resistncia de isolamento dos circuitos.

5.2.1.2 Transformador de Corrente Constante (TCC)

- Medir a tenso de entrada do transformador;

- Verificar o aperto de todos os conectores e terminais para garantir o correto funcionamento e evitar danos por mau-contato;

- Verificar o nvel de leo do transformador;

- Colher amostra do leo, pelo menos uma vez por ano, para anlise;

- Medir a corrente de sada do TCC em carga.

5.2.1.3 Auto-transformador Regulador de Corrente

- Verificar o aperto de todos os conectores e terminais para garantir o correto funcionamento e evitar danos por mau-contato;

- Verificar a correta operao de todos os equipamentos de comando:

a) Testar a operao de todos os comandos via local;

b) Testar a operao de todos os comandos via remoto.

- Conferir as correntes de sada para todos os nveis de brilho, verificando se os valores esto dentro das faixas apresentadas no Captulo 7;

- Verificar o funcionamento de todos os instrumentos do painel;

- Verificar a atuao da proteo de sobrecorrente;

- Verificar o nvel de leo do tanque do auto-transformador;

- Colher amostra do leo, pelo menos uma vez por ano, para anlise;

- Verificar a continuidade de todos os circuitos;

- Medir a resistncia de isolamento dos circuitos.

5.2.2 Luminrias

5.2.2.1 Inspecionar as luminrias:

- Verificar a existncia de lmpadas queimadas ou deficientes;

- Verificar a limpeza das lentes/filtros;

- Conferir a posio das lentes/filtros na pista segundo a sua cor;

- Conferir a orientao das lentes/filtros atravs das setas indicadoras (a seta deve apontar para a linha longitudinal da pista);

- Verificar a vedao das luminrias;

- Verificar conexes eltricas;

- Verificar estado dos conectores e emendas;

- Verificar o aterramento;

- Verificar o estado da pintura de identificao das luminrias;

- Verificar a existncia de obstculos que dificultem a visualizao da luminria;

5.2.3 Seletor de Cabeceiras

- estar a operao de todos os comandos via local, verificando a comutao dos circuitos de cabeceira de pista;

- Testar a operao de todos os comandos via remoto, solicitando o acionamento da comutao dos circuitos de cabeceira de pista;

- Verificar o aperto de todas as conexes.

5.2.4 Rede de Distribuio Subterrnea

- Verificar aterramento;

- Verificar estado das emendas;- Verificar dreno das caixas de passagem (proceder desobstruo, se for o caso);

- Promover a retirada de gua existente nas caixas e limpeza.5.2.5 Aterramento e Proteo Contra Descargas Atmosfricas Malha de Terra

- Verificar conexes eltricas e proceder reaperto geral;- Testar a continuidade da malha de terra;- Medir resistncia de aterramento nos pontos definidos.

CAPTULO 6

MTODOS DE EXECUO DAS PRINCIPAIS ETAPAS DE INSPEO E DE MANUTENO PREVENTIVA

6.1 RCC (REGULADOR DE CORRENTE CONSTANTE)

6.1.1 - Ajuste da Corrente de Sadaa) Conectar um ampermetro de preciso nos terminais de sada.

NOTA: Devido a forma de onda na sada no ser uma onda senoidal perfeita, o ampermetro deve ser do tipo que mede valor RMS (exemplo: ampermetro eletromagntico tipo alicate, no o do tipo bobina mvel com retificador). Use um ampermetro de classe 0,2 ou 0,5. No use o ampermetro do painel frontal para tais medidas de preciso.

b) Verificar os nveis de corrente para todos os brilhos, ajustando se for o caso.

6.1.2 - Ajuste da Proteo de Sobrecorrente

a) Desenergizar o regulador;

b) Curto-circuitar a sada do regulador para fazer esse ajuste;

c) Energizar o regulador;

d) Selecionar o brilho mximo;

e) Ajustar a corrente de sada para um valor 10% acima do valor nominal no brilho mximo (medir atravs de um ampermetro tipo alicate);

f) Girar o potencimetro de ajuste de proteo de sobrecarga lentamente at o regulador desenergizado;

g) Ligar o regulador e ajustar a corrente de sada para o seu valor nominal;

h) Retire o curto-circuito dos pontos de teste.

6.1.3 - Verificao de Funcionamento do Detetor de Fuga para Terra

a) Desenergizar o regulador;

b) Inserir uma fuga para terra em qualquer ponto do circuito srie;

c) Energizar o regulador, observando o cuidado de no tocar em nenhum ponto do circuito srie;

d) Verificar atuao do detetor de fuga para terra;

e) Desenergizar o regulador;

f) Retirar o ponto de fuga para terra.

6.2 VASIS

6.2.1 Procedimento do Tcnico para Inspeo em Vo

O tcnico durante a inspeo em vo do VASIS, tem como funo apoiar a equipe de inspeo e executar as correes necessrias no equipamento, conforme solicitao do piloto inspetor.

6.2.1.1 Procedimentos Preliminares

O tcnico ao tomar conhecimento de que haver inspeo programada em seu equipamento dever:

Fazer uma inspeo visual das caixas ticas, RCC e controle remoto;

Substituir as lmpadas que estiverem queimadas ou fracas;

Limpeza e fixao dos filtros;

Verificar se no tem obstruo na frente das caixas (vegetao);

Verificar se esto pintados e visveis os pontos do TEODOLITO

6.2.1.2 Inspeo de Vo

O mantenedor dever acompanhar o deslocamento do avio laboratrio estando no local 1 hora antes do horrio previsto para pouso da aeronave.

Apresentar-se ao piloto inspetor solicitando ou fornecendo informaes acerca das condies do seu equipamento.

O tcnico acompanhar o FLY-CHECK junto equipe do teodolito, at o trmino da inspeo e s dever fazer algum ajuste no equipamento quando solicitado pelo piloto inspetor.

6.2.1.3 Mtodo de Ajuste de ngulo

O primeiro passo para executar o ajuste, saber qual o ngulo pr-estabelecido na homologao do equipamento ou qual o ngulo determinado na ultima inspeo para a referida pista. Atualmente o ngulo padro do VASIS 3,0 porm pode ser mudado de acordo com as necessidades de cada aerdromo.

6.2.1.4 Seqncia para o Ajuste

Inicialmente as caixas devem estar niveladas em relao coroa da pista, sendo esse nivelamento feito pela abertura frontal da caixa ou pela linha horizontal do centro dos filtros. Essa informao importante para o ajuste do ngulo das caixas, quando do seu alinhamento com o teodolito. Existe mais tolerncia para o ajuste quando se nivela as caixas em relao a coroa da pista do que pelo centro das lmpadas ou filtros (por trs).

Aps ter determinado o nivelamento necessrio o ajuste do ngulo vertical, atravs das porcas existentes nas pernas das caixas do VASIS, objetivando a visualizao de um mnimo de luz branca na luneta do teodolito, no alterando o alinhamento da caixa tica com a coroa da pista. O ajuste do ngulo vertical se consegue alternando apenas a parte traseira ou a dianteira da caixa, dependendo por onde se procedeu o nivelamento.

As caixas da BARRA ALTA so ajustadas com ngulo NORMAL determinado, e as caixas da barra BAIXA, com ngulo NORMAL determinado menos 0,5 (meio grau). Em princpio esse ajuste dever ser executado com um teodolito para qualquer tipo de caixas ticas.

O mesmo procedimento feito com o teodolito para ajustar as caixas da BARRA BAIXA, que a mais prxima da cabeceira da pista, no se esquecendo que essa barra ajustada com menos 0,5 ( meio grau) que a BARRA ALTA.

Aps o ajuste de uma das caixas, transfere-se o clinmetro, j com ngulo ajustado, s demais caixas da mesma barra e faz-se a regulagem dessas caixas.

O tcnico ao ajustar o VASIS deve marcar, na escala do clinmetro, o ngulo registrado pelo teodolito e anotar a diferena entre as suas escalas, possibilitando o uso do clinmetro para novos ajustes, dispensando o uso do teodolito.

6.3 MEDIO DA RESISTNCIA DE ISOLAMENTO DOS CIRCUITOS

A Resistncia de Isolamento dos circuitos um dos parmetros mais importantes para a garantia da confiabilidade do Sistema de Balizamento de Pistas. O acompanhamento histrico destes valores refletem o estado geral do isolamento dos cabos, transformadores e kits de conexo, e podem ser medidos com o auxlio de um Meghmetro.

Cada circuito, incluindo transformadores, devem ser testados como a seguir:

a) Desconectar os cabos dos terminais de sada do regulador. Manter as extremidades dos cabos afastadas dos pontos de terra. Manter a cobertura dos cabos limpa e seca por uma distncia mnima de 30 cm em relao a extremidade dos cabos.

b) Conectar ambos os condutores, e aplicar a tenso de teste indicada na tabela abaixo por um perodo de 5 minutos entre os condutores e o terra.

Primeiro Teste em Circuitos NovosTestes Seguintes em Circuitos Antigos

Completo sistema de luzes de aproximao (transformadores de 5000 V primrio)9000 V, dc5000 V, dc

Circuitos de luzes da zona de toque e linha central (transformadores de 5000 V primrio)

9000 V, dc5000 V, dc

Circuitos de luzes da borda da pista de pouso alta intensidade (transformadores de 5000 V primrio)

9000 V, dc5000 V, dc

Circuitos de luzes de pista de pouso e txi mdia intensidade (transformadores com 5000 V primrio)

6000 V, dc

3000 V, dc

Circuitos de 600 V

1800 V, dc600 V, dc

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1 Aerodrome Design Manual Doc 9157 AN/901 Part 5 Electrical Systems First Edition 1983

Observaes:

1) Cada circuito deve ser testado imediatamente aps a instalao, de acordo com Primeiro Teste em Circuitos Novos. Os circuitos j instalados por 60 dias ou mais, mesmo que no tenham entrado em operao, devem ser testados de acordo com Testes Seguintes em Circuitos Antigos.

2) Quando da revitalizao/ampliao feita em circuitos antigos, somente as partes novas devem ser testadas de acordo com Primeiro Teste em Circuitos Novos.

ESQUEMA DE MEDIO

Ser lido um valor de Resistncia de Isolamento do circuito que dever estar acima do limite

mnimo calculado para o circuito, conforme orientaes do Captulo 7.6.4 SISTEMA DE ATERRAMENTO (MALHA DE TERRA)

6.4.1 Verificao de Continuidade

A verificao de continuidade entre os equipamentos, estruturas e sistema de aterramento deve ser feita com auxlio de um ohmmetro, usando-se a menor escala do medidor.

Para evitar que os condutores que interligam os dois pontos com o medidor introduzam um valor de resistncia que possa distorcer a medida, aconselhvel o uso de cabo flexvel (cordoalha) com seo de, no mnimo, 6 mm.

Para se executar a medio, devem ser tomados os mesmos cuidados exigidos para a medio normal de uma resistncia, sendo que ela deve ser feita aps o ajuste de zero da escala do medidor.

6.4.2 Medio da Resistncia de Aterramento

A medio da resistncia de aterramento deve ser feita com a utilizao de um terrmetro, sendo que a haste de corrente deve situar-se a uma distncia de, no mnimo, 50 m em uma direo perpendicular pista. Devem ser efetuadas medies a cada 600 m ou frao, alternando-se os lados com um mnimo de trs medies.

A medio pode ser feita utilizando um terrmetro de 3 pontos ou um terrmetro de 4 pontos, conforme disposio abaixo:

C1 Eletrodo de Corrente

P1 Eletrodo de PotencialCAPTULO 7

PARMETROS DE REFERNCIA

7.1 CORRENTE DE SADA DO RCC

A corrente de sada para cada nvel de brilho deve estar entre + 2 % do valor da corrente nominal do equipamento.

TIPONORMALTOLERNCIA

RCC de 20 A

5 Nveis de Brilho20,0 A19,60 A 20,40

15,8 A15,48 A 16,12

12,4 A12,15 A 12,65

10,3 A10,09 A 10,51

8,5 A8,33 A 8,67

RCC de 6,6 A

5 Nveis de Brilho6,6 A6,47 A 6,73

5,2 A5,10 A 5,30

4,1 A

3,44,02 A 4,18

3,4 A3,33 A 3,47

2,8 A2,74 A 2,86

RCC de 6,6 A

3 Nveis de Brilho

6,6 A6,47 A 6,73

5,5 A5,39 A 5,61

4,8 A4,70 A 4,90

7.2 RESISTNCIA DE ISOLAMENTO DOS CIRCUITOSPara que possa ser calculado o valor mnimo admissvel de Resistncia de Isolamento para cada circuito, deve ser calculada primeiramente a corrente de fuga mxima admissvel para os circuitos. Levando-se em conta que o cabeamento de alimentao distribudo subterraneamente, estando sujeito a umidade considervel, alm de exposio contnua a calor e frio, de se esperar que exista uma corrente de fuga presente no circuito, que ser diretamente proporcional ao comprimento do circuito e ao nmero de elementos que ele possui.

Esta corrente pode ser calculada e ento comparada com o valor medido no circuito. Caso a corrente de fuga medida seja maior que o valor mximo admissvel calculado para o circuito, deve ser feita uma inspeo neste e ento reparar o(s) ponto(s) onde o isolamento do circuito estiver(em) comprometido(s).

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1 Aerodrome Design Manual Doc 9157 AN/901 Part 5 Electrical Systems First Edition 1983

7.2.1 Clculo da Corrente de Fuga Mxima Admissvel no CircuitoPara se calcular o valor da corrente de fuga mxima admissvel no circuito, procede-se como a seguir:

a) Considere uma corrente de fuga mxima de 2(A para cada transformador do circuito srie;

b) Considere uma corrente de fuga mxima de 1(A para cada 100 metros de cabo lanado, do RCC at a pista, incluindo a distncia de retorno da alimentao. A esta distncia total, acrescentar 10%, que um fator de correo para compensar o adicional de cabo gasto para a conexo de todos os transformadores do circuito srie.

c) Some os valores obtidos para determinar o valor total permitido em microamperes para cada circuito completo.

Exemplo: Vamos considerar, para simples efeito ilustrativo, o seguinte circuito de balizamento pista de pouso:

a) Comprimento da Pista (Y): 2600 m

b) Largura da Pista (Z): 30 m

c) Distncia do RCC at a Pista (X): 700 m

d) Nmero de Transformadores do Circuito Srie (W): 60

O comprimento em metros de cabo lanado ser dado por:

d = [ 2 ( X + Y + Z ) ]

d = [ 2 ( 700 + 2600 + 30 ) ]

d = 6660 m

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1 Aerodrome Design Manual Doc 9157 AN/901 Part 5 Electrical Systems First Edition 1983

Considerando-se uma correo de 10 % sobre o valor total:

d = 6660 x 1,1

d = 7326 m

O valor da corrente de fuga mxima permitida ser dada por:

i = ( 1 (A x d / 100 ) + ( 2 (A x W )

i = ( 1 (A x 7326 / 100 ) + ( 2 (A x 60 )

i = 73,26 (A + 120 (A

i = 193,26 (A

7.2.2 Clculo da Resistncia de Isolamento Mnima Admissvel no Circuito

Onde:

R = Resistncia de Isolamento Mnima Admissvel

V = Tenso de Isolamento do Circuito

I = Corrente de Fuga Mxima Admissvel

R = 5000 V = 5000 V

193,26 (A 193,26 x 10 -6 A

R = 25,87 M( ( 26 M( (Para todo o circuito)

7.3 RESISTNCIA DE ISOLAMENTO DOS TRANSFORMADORES

Considerando-se que o valor de corrente de fuga mxima admissvel por transformador de isolamento de 2 (A e que a tenso de teste 5000 V, o valor de resistncia de isolamento mnima admissvel ser calculado conforme a seguir:

R = 5000 V = 5000 V

2 (A 2 x 10 -6 A

R = 2500 M( (Para cada transformador separadamente)7.4 ILUMINAO 7.4.1 Intensidade Luminosa

considerado que uma luz no est operacional quando no est adequadamente alinhada ou quando sua intensidade luminosa inferior a 50% do valor especificado. As causas da perda da luminosidade podem ser devidas a presena de contaminaes fora e dentro do dispositivo luminoso ou a queima da lmpada ou ainda a deteriorao do sistema tico devido ao seu envelhecimento.

7.4.2 Operacionalidade das Luzes

7.4.2.1 O sistema de manuteno preventiva empregado para uma pista com aproximao de preciso de categoria II ou III deve Ter como objetivo, durante o perodo de operao em condies de categoria II ou III, que estejam todas as luzes de aproximao e de pista operacionais, e que em todo caso estejam operacionais pelo menos:

a) 95% das luzes estejam operacionais em cada um dos seguintes elementos particulares importantes:

Sistema de Luzes de Aproximao Categoria II e III, os 450 m internos;

Luzes de Linha de Centro de Pista;

Luzes de Cabeceira de Pista; e

Luzes de Lateral de Pista.

b) 90% das luzes estejam operacionais na Zona de Toque;

c) 85% das luzes estejam operacionais no Sistema de Luzes de Aproximao alm de 450 m; e

d) 75% das luzes estejam operacionais no Fim de Pista.

Com a finalidade de assegurar a continuidade da guia, a porcentagem de luzes fora de servio permitida no ser tal que altere o diagrama bsico do sistema de iluminao. Adicionalmente, no se permitir que haja uma luz fora de servio adjacente a outra luz fora de servio, exceto em uma barra transversal onde pode-se permitir que haja duas luzes adjacentes fora de servio.

7.4.2.2 O sistema de manuteno preventiva empregado para Barras de Parada em pontos de interseo com uma pista destinada a operaes em condies de alcance visual na pista inferior a 350 m, deve buscar os seguintes objetivos:

a) Que no estejam fora de servio mais do que duas luzes; e

b) Que no estejam fora de servio duas luzes adjacentes a no ser que o espao entre as luzes seja muito menor que o especificado.

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1 Annex 14 (ICAO) Volume I Aerodrome Design and Operations Third Edition July 1999

7.4.2.3 O sistema de manuteno preventiva empregado para a pista de txi, destinada a condies em que o alcance visual na pista seja inferior a 350 m, deve ter como objetivo que no se encontrem fora de servio duas luzes adjacentes do Balizamento de Linha de Centro.

7.4.2.4 O sistema de manuteno preventiva empregado para uma pista para aproximao de preciso de Categoria I, ter como objetivo que durante qualquer perodo de operao em Categoria I, todas as luzes de aproximao e de pista estejam operacionais, e que em todo caso estejam operacionais pelo menos 85% das luzes em cada um dos seguintes elementos:

a) Sistema de Iluminao de Aproximao de Preciso Categoria I;

b) Luzes de Cabeceira de Pista;

c) Luzes de Lateral de Pista; e

d) Luzes de Fim de Pista.

Com a finalidade de assegurar a continuidade da guia, no se permitir que haja um luz fora de servio adjacente a outra luz fora de servio, salvo se o espao entre as luzes muito menor que o especificado.

7.4.2.5 O sistema de manuteno preventiva empregado em uma pista destinada a decolagem em condies de alcance visual na pista inferior a um valor de 550 m, ter como objetivo que, durante qualquer perodo de operao estejam em boas condies de funcionamento todas as luzes de pista e que, em todo caso:

a) Pelo menos 95% das luzes de Centro de Pista (onde aplicvel), e das luzes de Lateral de Pista estejam em boas condies de funcionamento; e

b) Pelo menos 75% das luzes de Fim de Pista estejam em boas condies de funcionamento.

Com a finalidade de assegurar a continuidade da guia, no se permitir que haja uma luz fora de servio adjacente a outra luz fora de servio.

7.4.2.6 O sistema de manuteno preventiva empregado em uma pista destinada a decolagem em condies de alcance visual na pista de 550 m ou mais, ter como objetivo que, durante qualquer perodo de operao, estejam em boas condies de funcionamento todas as luzes de pista e que, em todo caso, estejam em boas condies de funcionamento pelo menos 85% das luzes de Lateral de Pista e de Fim de Pista. Com a finalidade de assegurar a continuidade da guia, no se permitir que haja uma luz fora de servio adjacente a outra luz fora de servio.

7.4.2.7 Operacionalidade do PAPI

Em uma unidade (caixa) na qual uma das lmpadas est apagada ainda ser considerada como operacional. Se esta condio mnima no puder ser mantida, o sistema ser paralisado.

No caso do PAPI bilateral , se todas as unidades num lado da pista esto funcionando, o s