apostila da antaq - especialista

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  • APOSTILA PREPARATRIACONCURSO DA ANTAQ DE 2014

    Especialista em Regulao e

    Tcnico em Regulao

    MATRIA TCNICA ESPECFICA ADAPTADA DO LTIMO PROGRAMA DO EDITAL N 1, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2008

    APOSTILA COM FOTOS E ILUSTRAES PARA FACILITAR O APRENDIZADO , MAIS DE 280 EXERCCIOS DE FIXAO SOBRE A MATRIA TCNICA ESPECFICA DA REA DE ESPECIALISTA EM REGULAO DE SERVIOS DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS (QUALQUER REA DE FORMAO-NVEL SUPERIOR) E TCNICO EM REGULAO DE SERVIOS DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS (NVEL MDIO)

    volume I2014

  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    ERSTAESPECIALISTA EM REGULAO DE SERVIOS DE

    TRANSPORTES AQUAVIRIOS

    REA: QUALQUER REA DE FORMAO-NVEL SUPERIOR

    TRSTATCNICO EM REGULAO DE SERVIOS DE

    TRANSPORTES AQUAVIRIOS

    REA: NVEL MDIO

    APOSTILA PREPARATRIA: MATERIAL ELABORADO POR TCNICOS DA REA COM O ESCOPO DE PERMITIR A ANTECIPAO DOS ESTUDOS PELO ALUNO COM

    BASE NO CONTEDO PROGRAMTICO DO LTIMO CONCURSO.

    Ttulo da obra: ERSTA - rea: Qualquer rea de Formao Nvel Superior. TRSTA-rea: Nvel Mdio

    Preparatria - Matrias Especficas

    Autores: Alessandro Randron Albuquerque, Jnio Ruttemberg Jnior e Cleber Otaciano Silva

    Todos os direitos autorais desta obra so reservados e protegidos pela Lei n 9.610, de 19/02/1998.

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  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    Adaptado do edital CESPE n1, de 05 de dezembro de 2008, a saber:

    Conhecimentos Especficos: ERSTA (Especialista em Regulao de Servios de Transportes Aquavirios)- rea: Qualquer rea de formao

    Nvel Superior

    Anlise e avaliao de projetos porturios, diagnstico da situao econmico-financeira das empresas porturias e empresas de navegao. Instalaes porturias, cais, ptios, dolfins, bacia de evoluo, canal de acesso, hinterland, foreland, rea do porto organizado, terminais privados. Logstica do sistema aquavirio. Noes de atividades porturias, organizao geral dos portos brasileiros, mo-de-obra porturia. Regime jurdico da explorao dos portos organizados e das instalaes porturias. Tipos de contrato de afretamento, nacionalidade e propriedade das embarcaes. Tipos de mercadorias, carga geral, granis, contineres. Tipos de Navegao, longo curso, cabotagem, apoio porturio, martimo e interior. Tipos de navios e suas caractersticas fsicas. Equipamentos e instalaes porturias. Licenciamento ambiental.

    Normas federais pertinentes ao setor de transportes aquavirios: Nova Lei dos Portos: Lei n 12.815/2013. Lei n 10.233/2001. Lei n 10.893/2004. Lei n 9.365/1996. Lei n 9.432/1997. Lei n 7.652/1988. Lei n 9.611/1998. Lei n 9.966/2000. Decreto-Lei n 666/1969. Decreto n 1.563/1995. Decreto n 2.256/1997. Decreto n 3.411/2000. Decreto n 4.136/2002. Decreto n 8.033/2013.

    Conhecimentos Especficos: TRSTA (Tcnico em Regulao de Transportes Aquavirios) rea: Nvel Mdio

    Teoria, evoluo e perspectivas do setor de transportes aquavirios. Aspectos fsicos, operacionais, econmicos, institucionais e tecnolgicos do setor. Movimentao, transporte e armazenagem de cargas e infraestrutura porturia. Legislao pertinente atividade porturia, operaes e infraestrutura porturia. Tecnologias bsicas e as novas tendncias em infraestrutura e gesto porturia. Terminologia geral da gesto porturia. Noes de Legislao Ambiental. Normatizao IMO cargas perigosas. Uso de contineres, tipos, caractersticas e classificao. Equipamentos porturios: transtineres, portineres, sugadores, shiploaders e outros tipos. Instalaes porturias, cais, ptios, dolfins, bacia de evoluo, canal de acesso, hinterland, foreland, rea do porto organizado, terminais privados. Mo-de-obra porturia, capatazia, estiva, OGMO, conferente, responsabilidade pela carga, fretes, seguro, tipos de contratos de prestao de servio de transporte de carga. Rebocadores, navios-tanques, cargueiro, prtico, pilotagem, navegao de apoio porturio. Tipos de mercadorias, carga geral, granis, contineres. Tipos de navegao: longo curso, cabotagem, fluvial. Tipos de navios e caractersticas fsicas.

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  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    SumrioApresentao................................................................................................................................12

    CAPTULO 1..................................................................................................................................14

    1 -Teoria e Perspectivas do Setor de Transportes Aquavirios...............................................14

    1.1 -Teoria e Aplicao.............................................................................................................14

    1.2 -Aspectos Fsicos, Operacionais, Econmicos, Institucionais e Tecnolgicos do Setor......16

    CAPTULO 2..................................................................................................................................18

    2 -Tipos de Cargas e a Unitizao.............................................................................................18

    2.1 -Cargas...............................................................................................................................18

    2.2 -Tipos de Cargas: Carga Geral, Granis, Cargas de Projetos, Neogranis........................18

    2.2.1 -Carga Geral...............................................................................................................18

    2.2.2 -Carga a Granel..........................................................................................................19

    2.2.3 -Granel Slido.............................................................................................................19

    2.2.4 -Granel Lquido...........................................................................................................20

    2.2.5 -Carga de Projeto.......................................................................................................20

    2.2.6 -Neogranis................................................................................................................20

    2.3 -Normatizao IMO- Cargas Perigosas..............................................................................21

    2.4 -Unitizao de Cargas........................................................................................................22

    2.4.1 -Mtodos de Unitizao de Cargas.............................................................................23

    2.4.1.1 -Big Bag...............................................................................................................23

    2.4.1.2 -Tambores e Bombonas.......................................................................................23

    2.4.1.3 -Marino Sling.......................................................................................................24

    2.4.1.4 -Pallet..................................................................................................................24

    2.4.1.5 -Contineres........................................................................................................25

    2.4.1.5.1 -Tipos de Contineres..................................................................................27

    a) Continer Bsico, Continer para Carga Geral Seca ou Continer Dry Box.......27

    b) Continer Ventilado- Ventilated...........................................................................28

    c) Continer Frigorfico - Reefer..............................................................................28

    d) Continer de Teto Aberto - Open-Top..................................................................29

    e) Continer Meia Altura - Half Height.....................................................................29

    g) Continer de Abertura Lateral - Open Side.........................................................30

    h) Continer Plataforma - Flat Rack........................................................................30

    i) Continer Plataforma - Plataform.........................................................................31

    j) Continer Tanque - Tank......................................................................................31

    k) Continer Hight Cube..........................................................................................32

    4 de 342

  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    l) Continer Graneleiro - Bulk..................................................................................32

    2.4.1.5.2 -Manuseio de Contineres...........................................................................32

    Captulo 3......................................................................................................................................34

    3 -Navios......................................................................................................................................34

    3.1 -Os Navios..........................................................................................................................34

    3.2 -Tipos de Navios e Suas Caractersticas Fsicas................................................................34

    3.2.1 -Classificao Quanto s Finalidades dos Navios......................................................35

    3.2.2 -Classificao dos Navios Quanto ao Tipo de Navegao (Navegao de Longo

    Curso, Cabotagem, Apoio Porturio, Apoio Martimo e Interior)...........................................35

    3.2.3 -Classificao dos Navios Quanto a Atividade Mercantil............................................36

    3.2.4 -Rebocadores.............................................................................................................38

    3.3 -Prticos e a Pilotagem.......................................................................................................39

    3.4 -Tipos de Contratos de Afretamentos, Nacionalidade e Propriedade das Embarcaes....40

    3.5-Tipos de Contratos de Prestao de Servios de Transportes de Cargas e a

    Responsabilidade pela Carga, Fretes e Seguros......................................................................41

    Captulo 4......................................................................................................................................48

    4 -Atividade Porturia.................................................................................................................48

    4.1 -A Atividade Porturia.........................................................................................................48

    4.1.1 -Mo-de-Obra Porturia (Operador Porturio)............................................................48

    Captulo 5......................................................................................................................................50

    5 -Equipamentos Porturios.......................................................................................................50

    5.1 -Os Equipamentos Porturios.............................................................................................50

    5.1.1 -Equipamentos de Ptio (Yard Equipment).................................................................50

    5.1.2 -Empilhadeira de Pequeno Porte (Empilhadeira Forklift Truck)...................................50

    5.1.3 -Empilhadeira de Mdio e Grande Porte (Reach Stacker)..........................................51

    5.1.4 -Empilhadeira Top-loader............................................................................................52

    5.1.5 -Stradller Carrier (Aranha)..........................................................................................52

    5.1.6 -Transtiner/Guindaste de Prtico Montado Sobre Pneus (RTG- Ruber Tyre Gantry

    Crane)...................................................................................................................................53

    5.1.7 -Transtiner/Guindaste de Prtico Montado Sobre Trilhos (RMG - Rail Mounted

    Gantry Crane).......................................................................................................................53

    5.1.8 -Equipamentos de Costado (Shore Equipment)..........................................................54

    5.1.9 -Portiner....................................................................................................................54

    5.1.10 -Guindaste MHC (Mobile Harbour Crane).................................................................54

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  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    5.1.11 -Carregador de Navios (Shiploader)..........................................................................55

    5.1.12 -Descarregador Portalino (Ship Unloader)................................................................55

    Captulo 6......................................................................................................................................57

    6 -Instalaes Porturias e Outras Estruturas Porturias.......................................................57

    6.1 -As Instalaes Porturias..................................................................................................57

    6.2 -Estrutura Fsica.................................................................................................................57

    a) Porto.................................................................................................................................57

    b) Terminais Porturios.........................................................................................................57

    c) Cais/Bero de Atracao..................................................................................................57

    d) Ptios...............................................................................................................................57

    e) Equipamentos Porturios.................................................................................................57

    6.3 -Estrutura Administrativa.....................................................................................................58

    a) Companhias Docas..........................................................................................................58

    b) CAP - Conselho de Autoridade Porturia..........................................................................58

    c) rgo de Gesto de Mo-de-Obra do Trabalho Porturio................................................58

    6.4 -Infraestrutura e Superestrutura Porturia..........................................................................58

    6.4.1 -Infraestruturas Porturias Aquavirias.......................................................................59

    6.4.1.1 -Molhes................................................................................................................59

    6.4.1.2 -Quebra-Mares....................................................................................................59

    6.4.1.3 -Canal de Acesso................................................................................................59

    6.4.1.4 -Bacia de Evoluo..............................................................................................60

    6.4.1.5 -Beros de Acostagem........................................................................................60

    6.4.1.6 -Dragagem..........................................................................................................60

    6.4.2 -Infraestruturas Porturias Terrestres.........................................................................61

    6.4.2.1 -Defensas Porturias...........................................................................................61

    6.4.2.2 -Cabeos de Amarrao......................................................................................61

    6.4.2.3 -Obras de Acostagem..........................................................................................62

    a) Em Relao Costa: na costa (on-shore) ou em mar aberto (off-shore). ..............62

    b) Em Relao Estrutura Fsica: Cais de Peso e Cais Leves. .................................63

    i. Tipos de Cais de Peso:.........................................................................................64

    ii. Tipos de Cais Leves:............................................................................................64

    c) Em Relao Disposio:.......................................................................................64

    Captulo 7......................................................................................................................................66

    7 -Portos.......................................................................................................................................66

    7.1 -Os Portos..........................................................................................................................66

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  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    7.2 -Portos na Atualidade.........................................................................................................66

    7.3 -reas de Influncia Porturia............................................................................................68

    7.3.1 -Hinterland..................................................................................................................68

    7.3.2 -Foreland....................................................................................................................68

    7.4 -Modelos de Gesto Porturia............................................................................................69

    7.4.1 -Service Port...............................................................................................................69

    7.4.2 -Tool Port....................................................................................................................69

    7.4.3 -Landlord Port.............................................................................................................69

    7.4.4 -Private Service Port...................................................................................................69

    7.5 -Classificao dos Portos...................................................................................................70

    7.5.1 -Classificao dos Portos como Martimos, Fluviais e Lacustres ...............................70

    7.5.2 -Classificao Segundo suas Atividades....................................................................70

    7.5.2.1 -Portos Alimentadores (Feeders).........................................................................70

    7.5.2.2 -Portos de Transbordo (Transhipment)................................................................70

    7.5.2.3 -Portos Concentradores (Hub Ports)...................................................................71

    7.5.2.3.1 -Funes dos Portos Concentradores.........................................................71

    7.5.2.3.2 -Principais Hub Ports...................................................................................71

    a) Porto de Rotterdam.............................................................................................72

    b) Porto de Hamburgo.............................................................................................72

    c) Porto de Hong Kong............................................................................................72

    d) Porto de Xangai..................................................................................................73

    e) Porto de Cingapura.............................................................................................73

    f) Porto de Busan....................................................................................................73

    g) Porto de Anturpia..............................................................................................73

    h) Porto de Kaohsiung.............................................................................................73

    i) Porto de Long Beach............................................................................................73

    j) Porto de Los Angeles...........................................................................................74

    7.5.2.4 -Integrao dos Portos Feeders, Transhipment e dos Hub Ports........................74

    CAPTULO 8..................................................................................................................................75

    8 -Portos Brasileiros...................................................................................................................75

    8.1 -Organizao Geral dos Portos Brasileiros.........................................................................75

    8.2 -Regime Jurdico da Explorao dos Portos Organizados e das Instalaes Porturias....75

    8.3 -Portos do Brasil.................................................................................................................76

    8.3.1 -Portos da Regio Sul.................................................................................................77

    8.3.1.1 -Porto de Rio Grande (RS)..................................................................................78

    8.3.1.2 -Porto de Pelotas (RS).........................................................................................78

    7 de 342

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    8.3.1.3 -Porto de Porto Alegre (RS).................................................................................79

    8.3.1.4 -Porto de Estrela (RS).........................................................................................79

    8.3.1.5 -Porto de Imbituba (SC).......................................................................................80

    8.3.1.6 -Porto de Itaja (SC).............................................................................................81

    8.3.1.7 -Porto de So Francisco do Sul (SC)...................................................................81

    8.3.1.8 -Porto de Paranagu (PR)...................................................................................82

    8.3.1.9 -Porto de Antonina (PR).......................................................................................82

    8.3.2 -Portos da Regio Sudeste.........................................................................................83

    8.3.2.1 -Porto de Santos (SP).........................................................................................83

    8.3.2.2 -Porto de So Sebastio (SP).............................................................................84

    8.3.2.3 -Porto de Angra dos Reis (RJ).............................................................................85

    8.3.2.4 -Porto de Itagua (RJ)..........................................................................................85

    8.3.2.5 -Porto do Rio de Janeiro (RJ)..............................................................................86

    8.3.2.6 -Porto de Niteri (RJ)...........................................................................................86

    8.3.2.7 -Porto de Forno (RJ)............................................................................................87

    8.3.2.8 -Porto de Vitria (ES)...........................................................................................87

    8.3.3 -Portos da Regio Nordeste.......................................................................................88

    8.3.3.1 -Porto de Ilhus (BA)...........................................................................................89

    8.3.3.2 -Porto de Salvador (BA).......................................................................................89

    8.3.3.3 -Porto de Aratu (BA)............................................................................................90

    8.3.3.4 -Porto de Macei (AL)..........................................................................................91

    8.3.3.5 -Porto de Suape (PE)..........................................................................................91

    8.3.3.6 -Porto do Recife (PE)..........................................................................................92

    8.3.3.7 -Porto de Cabedelo (PB).....................................................................................92

    8.3.3.8 -Porto de Natal (RN)............................................................................................93

    8.3.3.9 -Porto de Areia Branca (RN)................................................................................93

    8.3.3.10 -Porto de Fortaleza (CE)....................................................................................94

    8.3.3.11 -Porto de Itaqui (MA)..........................................................................................94

    8.3.4 -Portos da Regio Norte.............................................................................................95

    8.3.4.1 -Porto de Belm (PA)...........................................................................................96

    8.3.4.2 -Porto de Vila do Conde (PA)...............................................................................96

    8.3.4.3 -Porto de Santarm (PA).....................................................................................97

    8.3.4.4 -Porto de Santana (AP).......................................................................................97

    8.3.4.5 -Porto de Manaus (AM).......................................................................................98

    8.3.4.6 -Porto de Porto Velho (RO)..................................................................................98

    8 de 342

  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    Captulo 9....................................................................................................................................100

    9 -Anlise e Avaliao de Projetos Porturios e Diagnstico Econmico-Financeiro dos

    Portos e das Empresas Brasileiras de Navegao..................................................................100

    9.1 -Anlise e Avaliao de Projetos Porturios e Diagnstico Econmico Financeiro dos

    Portos......................................................................................................................................100

    9.1.1 -Conceito e Aplicao...............................................................................................100

    9.1.2 -Caractersticas do projeto porturio.........................................................................100

    9.2 -Diagnstico Econmico Financeiro dos Portos e das Empresas Brasileiras de Navegao

    ................................................................................................................................................ 101

    9.2.1 -Conceitos e Aplicaes............................................................................................101

    CAPTULO 10..............................................................................................................................103

    10 -Licenciamento Ambiental de Portos..................................................................................103

    10.1 -Definies......................................................................................................................103

    10.2 -Licenciamento Ambiental...............................................................................................108

    10.2.1 -Exigncia Legal.....................................................................................................108

    10.2.2 -Modalidades de Licenas Ambientais....................................................................108

    10.2.3 -Prazos de Emisses e Validade............................................................................109

    10.2.4 -Participao Pblica..............................................................................................109

    10.2.5 -Publicaes Obrigatrias.......................................................................................110

    10.2.6 -Cadastro Tcnico Federal......................................................................................110

    10.2.7 -Consultas e Pareceres de rgos Gestores Federais, Estaduais e Municipais de

    Polticas Pblicas................................................................................................................111

    10.2.8 -Competncia para o Licenciamento Ambiental......................................................111

    10.2.9 -Documentao Requerida......................................................................................111

    10.2.10 -Ficha de Caracterizao do Empreendimento.....................................................112

    10.2.11 -Termos de Referncia..........................................................................................112

    10.2.12 -Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA). . .112

    10.2.13 -Relatrio Ambiental Simplificado (RAS)...............................................................112

    10.2.14 -Relatrio de Controle Ambiental (RCA)................................................................113

    10.2.15 -Plano de Recuperao de reas Degradadas (PRAD)........................................113

    10.3 -Outras Licenas e Autorizaes.....................................................................................114

    10.3.1 -Recursos Naturais, Patrimnio da Unio e Patrimnio Histrico e Artstico...........114

    10.3.1.1 -Autorizao de Supresso de Vegetao Nativa............................................114

    10.3.1.2 -Autorizao de Uso de reas de Preservao Permanente...........................114

    10.3.1.3 -Uso de reas de Propriedade da Unio.........................................................115

    9 de 342

  • Apostila Preparatria para o Concurso da Antaq de 2014

    10.3.1.4 -Patrimnio Histrico e Artstico Nacional........................................................115

    10.3.2 -Parecer da Marinha do Brasil - Diretoria de Portos e Costas/Capitania dos Portos

    (Vide NORMAM 11, CAP 1, item 0106)...............................................................................115

    10.3.3 -Obras em Geral.....................................................................................................115

    10.3.3.1 -Cais, Molhes, Trapiches e Similares...............................................................116

    10.4 -Siglas.............................................................................................................................116

    CAPTULO 11..............................................................................................................................118

    11 -Terminologia Geral da Gesto Porturia...........................................................................118

    CAPTULO 12..............................................................................................................................129

    12 -Normas Federais Pertinentes ao Setor.............................................................................129

    12.1 -Lei n 10.233, de 05 de junho de 2001:.........................................................................129

    12.2 -Lei n 12.815, de 05 de junho de 2013:.........................................................................186

    12.3 -Lei n 10.893/2004:........................................................................................................211

    12.4 -Lei n 9.432, de 08 de janeiro de 1997:.........................................................................231

    12.5 -Lei n 9.635, de 15 de maio de 1998:............................................................................237

    12.6 -Lei n 9.611, de 19 de fevereiro de 1998:......................................................................239

    12.7 -Lei n 9.966, de 28 de abril de 2000:............................................................................245

    12.8 -Lei n 7.652, de 03 de fevereiro de 1988:......................................................................256

    12.9 -Decreto n 8.033, de 27 de junho de 2013:...................................................................264

    12.10 -Decreto n 4.136, de 20 de fevereiro de2002:.............................................................280

    12.11 -Decreto n 3.411, de 12 de abril de 2000:....................................................................297

    12.12 -Decreto N 2.256, de 17 de junho de 1997:.................................................................302

    12.13 -Decreto n 1.563, de 19 de julho de 1995:..................................................................306

    12.14 -Decreto-Lei n 666, de 02 de julho1969......................................................................316

    CAPTULO 13..............................................................................................................................319

    13 -EXERCCIOS DE FIXAO.................................................................................................319

    13.1 -Exerccios relativos evoluo do transporte aquavirio, caractersticas das

    embarcaes, legislao martima e a movimentao de carga. ...........................................319

    Os exerccios abaixo esto confeccionados conforme metodologia do CESPE, logo: marque

    CERTO ou ERRADO para resolv-los:....................................................................................319

    - Gabarito dos exerccios relativos evoluo do transporte aquavirio, caractersticas das

    embarcaes, legislao martima e a movimentao de carga.........................................325

    13.2 -Exerccios relativos ao regime jurdico de explorao porturia, mo-de-obra e atividade

    do setor....................................................................................................................................325

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    - Gabarito dos exerccios relativos ao regime jurdico de explorao porturia, mo-de-obra

    e atividade do setor.............................................................................................................335

    13.3 -Exerccios de Provas Anteriores, Matria: Conhecimentos Especficos (com Adaptaes

    Face Atualizao na Legislao Pertinente):........................................................................335

    - Gabarito dos Exerccios de Provas Anteriores.................................................................339

    Bibliografia.................................................................................................................................341

    NO ARRISQUE SEU CONCURSO:

    SEJA INTELIGENTE, NO REPASSE SUA APOSTILA AO SEU CONCORRENTE.

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    Apresentao

    importante ressaltarmos que o contedo desta apostila foi adaptado conforme item conhecimentos especficos do ltimo edital (2008) publicado pela banca examinadora CESPE-UNB referente ao concurso da Agncia Nacional de Transportes Aquavirios- Antaq, cargo de Especialista em Regulao de Servios de Transportes Aquavirios (nvel superior para qualquer rea de formao) e Tcnico em Regulao (nvel mdio para qualquer rea de formao). Diz-se adaptado, pelo fato de que as matrias aqui contidas so aquelas efetivamente de cunho tcnico afeto ao contedo do programa do aludido edital. Assim sendo, aquilo que j consagrado nos mais diversos certames e que facilmente encontrado na literatura especfica no constitui o escopo deste trabalho. Exemplos disso so as seguintes matrias, inseridas tambm dentro do item conhecimentos especficos, do edital CESPE n 1, de 05 de dezembro de 2008, a saber: defesa da concorrncia, anlise de mercado, prticas desleais, posio dominante, infraes ordem econmica, cartel, monoplio, truste, prticas restritivas, oligoplio. Fundamentos da economia (micro e macroeconomia). Formas de parceria entre a administrao pblica e a iniciativa privada. Relaes internacionais, bilaterais e multilaterais e organismos internacionais. Noes de administrao pblica. Noes de estatstica.

    As matrias supra mencionadas constam do ltimo edital, conforme j dito, dentro do item conhecimentos especficos (ERSTA: nvel superior para qualquer rea de formao), mas, foram excludas deste trabalho pelas razes j expostas. Entendemos que o aluno deve buscar tais conhecimentos de modo a complementar o contedo programtico. Alm disso, cumpre destacar que o aludido edital era composto por dois outros itens (conhecimentos bsicos e conhecimentos complementares) que tambm no fazem parte desta obra, por razes anlogas s explicitadas acima.

    Outro ponto bastante relevante o fato de o presente trabalho englobar tambm o contedo especfico de TRSTA: Tcnico em Regulao de Servios de Transportes Aquavirios (nvel mdio). Seguindo a teoria do quem pode o mais pode o menos internalizamos a parte referente ao Tcnico em Regulao e completamos a apostila para atender o contedo do ltimo edital. Evidentemente, que o presente trabalho no pretende esgotar o assunto, mas servir como caminho inicial para aqueles que almejam obter xito no concurso da Antaq.

    Destaca-se, por oportuno, que os autores aps terem ouvido muitos interessados em participar deste relevante certame observaram que relativamente escasso livros de boa qualidade tcnica que abordem os temas portos e transportes aquavirios. Pensamos ser lamentvel que um pas com amplo litoral (alguns livros citam 8.500 km de costa, o Almanaque Abril, com dados do IBGE, cita 7.367 km de litoral, assim sendo, esse ltimo ser o nosso balizador) e transacionando cerca de 95% de suas mercadorias por via martima no possua, ainda, uma cultura maritimista a altura da importncia deste setor para a nao. O Brasil participa com cerca de apenas 2% do comrcio global. Dessa forma, temos muito a crescer, com desenvolvimento sustentvel, evidentemente. Por conseguinte, os portos e os transportes aquavirios so muito importantes nesta tarefa.

    Por fim, mas no menos importante, ressalta-se que este material foi elaborado no sentido de facilitar a assimilao do conhecimento pertinente rea tcnica para Especialista em Regulao de Servios de Transportes Aquavirios, bem como ao Tcnico em Regulao de Servios de Transportes Aquavirios. Considerando, conforme j exposto, que a literatura ptria bastante escassa no que diz respeito ao conhecimento efetivamente cobrado no certame da Antaq, esta obra torna-se relevante ferramenta no sentido de preparao antecipada.

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    Outro entendimento dos autores, para fins de melhoramento da aprendizagem por parte do concursando, foi a alterao da cronologia da matria apresentada nesta apostila, no sendo necessariamente na ordem apresentada no edital, porm abrangendo todo o contedo programtico e outros essenciais para a perfeita compreenso dos assuntos cobrados no edital CESPE n 1, de 05 de dezembro de 2008.

    Bons estudos.

    Os autores.

    ADQUIRA TAMBM O VOLUME II:

    APOSTILA EXCLUSIVAMENTE DE 1001 EXERCCIOS DA MATRIA TCNICA ESPECFICA DO CONCURSO DA ANTAQ DE

    2014

    J DISPONVEL O VOLUME III:

    APOSTILA NLP (NOVA LEI DOS PORTOS; LEI N 12.815/2013) COMENTADA PARA O CONCURSO DA ANTAQ 2014

    ADQUIRA, AINDA, A APOSTILA VOLUME IV:

    ANLISE DE PROJETOS PORTURIOS E DIAGNSTICO ECONMICO-FINANCEIRO DOS PORTOS E DAS EMPRESAS

    BRASILEIRAS DE NAVEGAO

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    CAPTULO 1

    1 -Teoria e Perspectivas do Setor de Transportes Aquavirios

    1.1 -Teoria e Aplicao

    sabido por todos que os transportes aquavirios so, desde a mais remota antiguidade, um dos mais importantes modos de se transacionar mercadorias e produtos. No novidade tambm que esse mesmo modo impulsionou sobremaneira as relaes entre os povos. Sem dvida, o atual estgio das trocas mercantis deve muito ao modo aquavirio que evoluiu bastante, se compararmos, os grandes navios hodiernos s caravelas das grandes navegaes, teremos uma boa noo. Uma expedio martima na poca de Colombo custava coroa dos pases europeus (sobretudo Espanha e Portugal) cifras astronmicas e levavam-se anos de planejamentos para posteriormente implementarem as derrotas preteridas (expedio martima) em busca das primeiras commodities (neste caso referem-se s especiarias: gengibre, noz moscada, pimenta do reino, cravo da ndia, entre outros).

    Alguns autores chegam a afirmar que as grandes navegaes tiveram papel primordial na chamada globalizao, evidentemente que ainda no havia sido cunhado este termo. Seja como for, as grandes navegaes contriburam sobremaneira para o progresso da humanidade e sem esquec-lo, l estava o grande instrumento: a nau, a caravela, o navio.

    O tempo passou e o navio no desapareceu, pelo contrrio ficou maior e mais evidente do que nunca. Hoje, verbi gratia, 95% do comrcio global efetuado tendo o navio como instrumento viabilizador. Mas no s isso, o desenvolvimento tecnolgico, a inveno do continer e a abertura comercial dos diversos pases facilitaram essa verdadeira revoluo comercial. O Brasil, por exemplo, s a partir dos anos 90 iniciou seu processo de abertura econmica e hoje transaciona cerca de 2% (ampla maioria comerciada por modo aquavirio) do market share global, um nmero muito aqum de nossa capacidade. Isso prova que temos muito a crescer e os desafios so enormes, todavia muito possveis de serem realizados.

    A boa notcia, ainda, que o setor de transportes aquavirios no para de expandir. Os navios hoje chegam a 400.000 toneladas de porte bruto (ou mais) e esto cada vez maiores. Tambm os contineiros que anteriormente, h duas dcadas, suportavam 2.000 TEU's hoje chegam a 18.000 TEU's. Por outro lado, os portos, que so um elo importantssimo na cadeia de transportes, so cada vez mais modernos e esto hodiernamente sendo posicionados em escala global de tal forma a beneficiar o manuseio de contineres com o seu transhipment e posterior carregamento em navios feeder para distribuir nos mais variveis destinos, a chamada estratgia dos hub port (mais adiante sero definidos contineres, transhipment, hub port e feeder). Neste ponto relevante observar-se que, com o aumento do tamanho dos navios, ficou contraproducente carregar uma embarcao com 15.000 TEU's e construir derrotas (expedies/linhas) que obriguem essa mesma embarcao a tocar muitos portos ao redor do globo. Dessa forma a estratificao em hub ports visa garantir a economia de escala buscada com o, j mencionado, aumento do tamanho e capacidade dos navios.

    O porte bruto - tambm designado: "expoente de carga", "peso morto" ou simplesmente "porte" (em ingls: "gross deadweight" ou simplesmente "deadweight") - resulta da diferena entre o deslocamento mximo e o deslocamento mnimo de um navio. Exprime, portanto o peso do lquido deslocado na passagem da condio de navio leve condio de plena carga. O porte bruto representa a totalidade do peso varivel que um navio capaz de embarcar, que inclui portanto o porte til (pesos da carga e dos passageiros) mais o somatrio dos pesos do combustvel, da gua potvel, da gua das caldeiras, das guas sanitrias, dos alimentos, dos consumveis, da tripulao e dos materiais restantes que sejam necessrios embarcar para a operao do navio.)

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    Para Moreira (2013), no que tange s perspectivas do setor de portos e transportes aquavirios, o Brasil tambm tem procurado acompanhar a contento todas as imposies mercadolgicas bem como a insero no mercado global exigente, atendendo demandas vindas dos mais diferentes continentes. A gesto porturia brasileira tem propiciado agir nas mais diversas questes no que tocam processos de melhoria. No intuito de garantir um grande fluxo comercial, o transporte martimo atuante no Brasil tem contado com melhores instalaes porturias. As companhias intensificaram o uso de contineres, as operaes so mais diversificadas, as frotas vm apresentando maior agilidade e capacidade. Os investimentos realizados em infraestrutura e equipamentos porturios se inscreveram numa dinmica de modernizao sistemtica dos instrumentos tcnicos suscetveis de valorizar as vantagens comparativas da economia brasileira por intermdio da facilitao das operaes de escoamento do interior para o litoral (Moreira; 2013).

    Com todo o exposto supra razovel afirmar-se que as perspectivas para o setor de transportes aquavirios so bastante promissoras. Evidente que, no caso particular do Brasil, necessrio ateno especial por parte dos policy makers (idealizadores das polticas pblicas) dado que existe muita carncia em diversas reas vitais para o desenvolvimento da indstria dos transportes aquavirios. H, por exemplo: falta de mo-de-obra qualificada nos diversos segmentos, da construo dos navios (engenheiros navais, soldadores e outros) at mesmo na conduo das embarcaes (pilotos, capites da marinha mercante e outros tripulantes). O Brasil, verbi gratia, ainda precisa fomentar sua cabotagem (a navegao realizada entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via martima ou esta e as vias navegveis interiores), utilizando melhor a matriz de transportes. O modo aquavirio (martimo, fluvial ou lacustre), o rodovirio e o ferrovirio devem evoluir de tal sorte implementar efetivamente a chamada logstica integrada. Hoje, 58% do transporte domstico efetuado via modo rodovirio, um desbalanceamento que no verificado nos pases desenvolvidos (Alemanha, EUA e Frana, entre outros). Visando o cotejamento das matrizes de transportes dos pases retro mencionados ser demonstrado a seguir um quadro sntese:

    Pases Transp. Aquavirio Transp. Ferrovirio Transp. Rodovirio

    Alemanha 29% 53% 18%

    EUA 25% 50% 25%

    Frana 17% 55% 28%

    Brasil (*) 13% 21% 58%

    (*) Transportes aerovirios + dutovirio: 8%Fonte: Ministrio dos Transportes (2012; com adaptaes).

    As quatro dcadas de ausncia de investimentos e estagnao do setor de transportes aquavirios e porturio, provocada por erros nas proposies das polticas pblicas, contriburam para o cenrio que mostrado acima em que h excessiva utilizao do modo rodovirio em detrimento dos outros sistemas de transportes.

    Recentemente, o pas parece ter acordado, com a instituio da Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica (2007) e com o retorno dos financiamentos dos projetos dos navios, por meio do Fundo da Marinha Mercante, o setor ganha nova dinmica. Outro ponto digno de meno a instituio dos planos setoriais para melhor aproveitamento das potencialidades de cada modo de transporte. Citam-se por exemplo: o PNLT (Plano Nacional de Logstica de Transportes), o PNLP (Plano Nacional de Logstica Porturia), o VTMIS (Vessel Traffic Management Information

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    System), o PSP (Projeto Porto Sem Papel) so bons exemplos de que o Brasil passou a pensar sua poltica de transportes aquavirios e portos para em horizonte futuro de duas a trs dcadas. Tudo isso essencial para viabilizar a segurana jurdica e por conseguinte atrair investimentos.

    Por ltimo, mas no menos importante, razovel atentar-se para o fato de que o assunto tratado neste tpico no se esgota nestas impresses. Alm disso, essa apostila, como um todo, possui elementos da teoria e perspectiva do setor de transportes aquavirios e portos. Tais elementos esto distribudos em seus muitos temas e esses devero ser atentamente estudados para o perfeito domnio do assunto.

    1.2 -Aspectos Fsicos, Operacionais, Econmicos, Institucionais e Tecnolgicos do Setor

    O transporte martimo vem experimentando uma expanso visvel nas principais economias mundiais. Por conseguinte, possvel observar-se tambm que o crescimento do comrcio internacional vem sendo superior s taxas de crescimento da economia. Os pases emergentes e as economias em transio continuam a influenciar o ritmo do processo.

    O relatrio da Unctad (2012) demonstra muito bem que a situao de expanso do transporte martimo tem sido impulsionada pela forte demanda por estes servios. A aludida expanso foi impulsionada pelo crescimento da economia mundial e do comrcio entre os diversos pases. Outro detalhe relevante que mesmo o mundo passando a presente crise econmica os diversos players mantm o otimismo quanto ao futuro do setor, e isso bastante salutar para a tica dos investimentos e das operaes globais.

    Alinhado a esses resultados possvel verificar-se que as influncias da tecnologia da informao, do desenvolvimento tecnolgico dos diversos equipamentos utilizados no setor de transportes aquavirios e portos, bem como a expanso do uso do continer foram bastante decisivos para o incremento do aumento da movimentao de cargas nos principais portos do mundo.

    Para consolidar os resultados que hoje so observados no comrcio internacional importante ter em mente que do ponto de vista dos aspectos fsicos, operacionais, econmicos, institucionais e tecnolgicos foram implementadas verdadeiras revolues no setor em comento. Verbi gratia, a substituio dos rebites dos navios por processos modernos de soldagem, a modificao na frota, que antes era operacionalmente geared (com aparelho de bordo para manuseio das cargas), e atualmente verificado predominantemente navios gearless (sem aparelho de bordo para manuseio das cargas) so exemplos simples dessa reestruturao. Toma-se como exemplo, ainda, o j mencionado caso da expanso das embarcaes, em que os navios hoje chegam a 400.000 toneladas de porte bruto (ou mais) e esto cada vez maiores. Os contineiros que anteriormente, h duas dcadas, suportavam 2.000 TEU's hoje chegam a 18.000 TEU's. Essa dinmica no estanque ou isolada, logo: o aumento fsico dessas embarcaes acaba influenciando econmica e operacionalmente todo o processo de manuseio, transporte e entrega das cargas no seu destino. A tecnologia empregada hodiernamente tambm de suma relevncia, visto que a de hoje muito mais desenvolvida que a dos antigos navios de multiuso. A prpria legislao dos pases tem avanado no sentido de viabilizar o fortalecimento da frota, visto que uma marinha mercante robusta estratgia bsica para o desenvolvimento de uma nao.

    No que tange aos portos a dinmica no diferente o aumento das embarcaes e o desenvolvimento tecnolgico pari passu disseminao do uso dos contineres obrigaram os portos a ampliarem seu layout. Por conseguinte, foram feitos macios investimentos em novos equipamentos de movimentao: portiner, transtiner, stradlle carrier, entre outros (definies mais frente). O porto de Rotterdam, por exemplo, investe to amplamente em seus terminais que atualmente existem veculos automticos que fazem o deslocamentos dos contineres dentro dos ptios especficos para essas unidades de carga.

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    No Brasil com os incentivos do programa Reporto1, por exemplo, recentemente (2012) foram adquiridos pela BTP (Brasil Terminais Porturios), no porto de Santos, um lote com 26 transtineres e 8 portineres para modernizar a prestao do servio, aumentando a eficincia.

    Ainda, pelo aspecto institucional e normativo, foi editada, em 05 de junho de 2013, a Nova Lei dos Portos, Lei n 12.815/2013, revogando a antiga Lei n 8.630/93. O novo diploma normativo dos portos visa, entre outras coisas, ampliar a competio intra e interportos, aumentando a oferta de servios e melhorando a qualidade dos mesmos.

    NO ARRISQUE SEU CONCURSO:

    SEJA INTELIGENTE, NO REPASSE SUA APOSTILA AO SEU CONCORRENTE.

    1 Reporto: o regime tributrio para incentivo modernizao e ampliao da estrutura porturia.

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    CAPTULO 2

    2 -Tipos de Cargas e a Unitizao

    2.1 -Cargas

    O objetivo de se classificar as cargas realizar o seu agrupamento de acordo com a natureza dos seus diversos tipos. Por conseguinte, para a identificao das caractersticas das diversas cargas relevante observar-se os seguintes aspectos: perecibilidade, fragilidade, periculosidade, dimenses e pesos considerados especiais. A seguir ser dissertado sobre as vrias cargas existentes, a saber: carga geral, granel slido, granel lquido, carga de projeto e os neogranis e os contineres

    2.2 -Tipos de Cargas: Carga Geral, Granis, Cargas de Projetos, Neogranis

    Uma embarcao presta-se ao transporte de mercadorias e produtos das mais variadas formas, volumes e pesos, assim sendo, tais mercadorias so intituladas cargas martimas, evidentemente quando estiverem sendo transportadas no modo aquavirio (martimo, lacustre, fluvial, etc). As diversas cargas existentes podem ser classificadas de maneira didtica como: carga geral, granel slido, granel lquido, carga de projeto e mais recentemente os neogranis.

    Um outro detalhe relevante o fato de muitas cargas dos grupos citados acima poderem ser acondicionadas eventualmente em processos de unitizao, tais como paletizao e conteinerizao. Dessa forma possvel que a carga geral seja paletizada ou conteinerizada, conforme o caso (ex: paletizao e/ou conteinerizao de engradados diversos e sacos de cereais). Eventualmente, tambm razovel a conteinerizao de granis lquidos, tais como: derivados de hidrocarbonetos no continer-tanque e de granis slidos (minrios) num continer especial half height (esse um continer sem teto, utilizado para transportar minrios).

    A seguir ser dissertado sobre a carga geral, granel slido, granel lquido, carga de projeto, e os neogranis, bem como os mtodos de unitizaes, entre eles, um dos mais relevantes: o continer.

    2.2.1 -Carga Geral

    A carga geral constituda por mercadorias acondicionadas nas mais variadas embalagens de diversos tamanhos, pesos e/ou volumes, como por exemplo: sacos, caixas de madeira, caixas de papelo ou similares, engradados, tambores, barris, bem como cargas de pesos e/ou volumes desproporcionais e no convencionais. Um outro conceito para carga geral mostrado a seguir: carga embarcada, com marca de identificao e contagem de unidades, podendo ser soltas ou unitizadas. Cumpre destacar que este tipo de carga quando manuseada em itens avulsos, embarcados separadamente, gera pouca economia de escala para o veculo transportador. Isso ocorre pelo fato de haver significativa perda de tempo na manipulao, carregamento e descarregamento provocado pelo manuseio de grandes quantidades de volumes.

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    2.2.2 -Carga a Granel

    Diz-se que carga a granel: a carga lquida (granel lquido) ou seca (granel slido) embarcada e transportada sem acondicionamento, sem marca de identificao e sem contagem de unidades. Podemos citar como exemplos: petrleo, minrios, trigo, farelos e gros, entre outros.

    Ser demonstrado a seguir a diviso entre granel slido e lquido com algumas ilustraes para melhor elucidar os conceitos.

    2.2.3 -Granel Slido

    Constitui-se granel slido, toda carga seca fragmentada, tais como: minrios, gros, transportada em grandes quantidades diretamente nos pores do navio, sem embalagem.

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    Ilustrao 2: granel slido (sal)

    Ilustrao 1: carga geral, manuseio de sacarias.

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    2.2.4 -Granel Lquido

    Carga lquida transportada diretamente nos pores do navio, sem embalagem e em grandes quantidades, sendo movimentada em dutos por meio de bombas, como petrleo e seus derivados, leos vegetais, sucos de laranja, entre outros.

    2.2.5 -Carga de Projeto

    So cargas superdimensionadas e/ou super-pesadas que por esse motivo no so viveis de serem transportadas em contineres convencionais, exigindo equipamento especfico como: caminho, navio ou aeronave especial. Podemos citar como cargas de projeto: transformadores, reatores, caldeiras, ps elicas e outros equipamentos.

    2.2.6 -Neogranis

    So as cargas que no so viabilizadas para a conteinerizao, sendo homogneas e manuseadas nos moldes da carga geral. Podem ser citadas as seguintes: bobinas de papel,

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    Ilustrao 3: granel lquido, barril de petrleo

    Ilustrao 4: carga de projeto (ps elicas)

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    lingotes de alumnio, laminados diversos, placas de ao, fardos de celulose, entre outros. A seguir possvel visualizar-se neogranis (bobinas de papel).

    2.3 -Normatizao IMO- Cargas Perigosas

    Visando a segurana da navegao e das pessoas envolvidas no manuseio das diversas cargas perigosas a IMO (Organizao Martima Internacional) instituiu e classificou essas cargas para estabelecer risco e padro de manipulao.

    No contexto das cargas perigosas, entende-se qualquer substncia que em condies normais tenha alguma instabilidade inerente, que sozinha ou combinada com outras cargas, possa causar incndio, exploso, corroso de outros materiais, ou ainda, que seja suficientemente txica para ameaar a vida ou a sade pblica se no for adequadamente controlada (IMDG Code: Cargas Perigosas).

    Visando maior compreenso para o correto manuseio e preveno de acidentes o conjunto das cargas perigosas foram agrupados em classes, a saber:

    Classe 1 Explosivos em geral.

    Classe 2 Gases comprimidos liquefeitos, ou dissolvidos sob presso.

    Classe 3 Lquidos inflamveis.

    Classe 4 - Slidos inflamveis, substncias sujeitas combusto espontnea que em contato com a gua emitem gases inflamveis.

    Classe 5 Substncias oxidantes e perxidos orgnicos.

    Classe 6 Substncias venenosas (txicas), substncias infectantes.

    Classe 7 Materiais radioativos.

    Classe 8 Substncias corrosivas.

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    Ilustrao 5: operao de descarregamento de neogranis (bobinas de papel)

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    Classe 9 Substncias perigosas diversas.

    Sabe-se, conforme j dito, que cargas perigosas so quaisquer cargas que por serem explosivas, como os gases comprimidos ou liquefeitos, inflamveis, oxidantes, venenosas, infecciosas, radioativas, corrosivas ou poluentes, possam representar riscos aos trabalhadores, s instalaes fsicas e ao meio ambiente em geral.

    pr-requisito essencial para a segurana do transporte e do manuseio de Cargas Perigosas a sua apropriada identificao, acondicionamento, etiquetagem, empacotamento e documentao. Isso se aplica s operaes na rea do porto propriamente dita ou nas reas de jurisdio do mesmo.

    De acordo com o art. 23 da Lei n 10.233/01, constituem a esfera de atuao da Antaq o transporte aquavirio de cargas especiais e perigosas. O art. 27 da mesma lei estabelece que cabe Antaq estabelecer padres e normas tcnicas relativos s operaes de transporte aquavirio de cargas especiais e perigosas.

    Diversos regulamentos nacionais e internacionais tratam do disciplinamento das operaes de armazenagem, manuseio e transporte de cargas perigosas nas instalaes porturias, entre os quais: IMDG Code (International Maritime Dangerous Goods), o documento atualizado da IMO "Revision of the Recommendations on the Safe Transport of Dangerous Cargoes and Related Activities in Port Areas", a NBR 14253/98 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), a Norma Regulamentadora 29 (NR - 29) do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE).

    Como regulamentao interna, a ANTAQ publicou no Dirio Oficial da Unio (DOU), de 15 de setembro de 2011, a resoluo N 2.239, que aprova a norma de procedimentos para o trnsito seguro de cargas perigosas por instalaes porturias situadas dentro ou fora da rea do porto organizado.

    A norma aplica-se aos arrendamentos, terminais de uso privado (TUP), estaes de transbordo de cargas (ETC) e instalaes porturias pblicas de pequeno porte (IP4) que movimentem produtos perigosos. Ela incorpora aspectos de segurana e sade ocupacional, preservao da integridade fsica das instalaes porturias e de proteo do meio ambiente (fonte: site da Antaq; com adaptaes).

    2.4 -Unitizao de Cargas

    O conceito de unitizao de carga est adstrito ao mtodo de agrupamento de vrios volumes pequenos ou grandes em uma nica unidade de carga. Assim sendo, quando diversas mercadorias so acondicionadas em contineres, dizemos que essas cargas esto unitizadas (no caso conteinerizada, que tambm um mtodo de unitizao).

    O objetivo de se utilizar algum mtodo de unitizao facilitar o manuseio, movimentao, armazenagem e transporte, fazendo com que a sua transferncia, do ponto de origem at o seu destino final, possa ser realizada tratando o total de volumes envolvidos em cada unitizao como apenas um volume.

    destacvel que a unitizao apresenta como vantagens, a saber:

    - Reduo do nmero de volumes a manipular;

    - Menor nmero de manuseios de carga;

    - Menor utilizao de mo de obra;

    - Possibilidade de mecanizao das operaes de carga e descarga;

    - Diminuio do tempo de embarque e desembarque;

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    - Reduo dos custos com mo de obra e embalagem;

    - Diminuio das chamadas avarias;

    - Reduo dos custos de seguro das diversas mercadorias envolvidas no processo, entre outros.

    2.4.1 -Mtodos de Unitizao de Cargas

    Para melhor compreenso da matria citaremos alguns dos principais mtodos de unitizao de cargas que, conforme explicitado acima, contribuem para melhoria da eficincia do manuseio e transportes das mercadorias. So recorrentemente encontrados como instrumentos de unitizao os seguintes, a saber: big bag, tambores e bombonas, marino slings, pallets e os contineres, etc. Demonstraremos cada uma dessas importantes unidades.

    2.4.1.1 -Big Bag

    O big bag uma embalagem feita de polipropileno. Possui formato semelhante a uma grande sacola e pode acondicionar cerca de 2.000kg de carga total, ou mais.

    Essa unidade tem boa aplicao para produtos do tipo granel ou embalados em sacos que os mantm melhor acomodados e protegidos contra artefatos pontiagudos que podem fur-los ou rasg-los. Se o big bag for eventualmente confeccionado em material impermevel, pode ser armazenado em ptios abertos, empilhado uniformemente e transportado em qualquer modo de transporte (ex: modo aquavirio, rodovirio, etc). Destaca-se, ainda, que o big bag uma unidade de carga reutilizvel e dobrvel, por isso adequado para retorno vazio.

    2.4.1.2 -Tambores e Bombonas

    So recipientes de formato cilndrico, normalmente feitos em ao, alumnio ou polipropileno com capacidades que variam de 180 a 500 litros. Essas unidades de carga podem ser descartveis ou no, sendo indicados para acondicionamento de granis lquidos e slidos. Ressalta-se, por oportuno, que os tambores e as bombonas fornecem boas condies de segurana ao produto. Alm disso, propiciam manuseio mais fcil em locais desprovidos de equipamentos para carga e descarga.

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    Ilustrao 6: big bag

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    2.4.1.3 -Marino Sling

    O marino sling uma cinta especial de material sinttico que forma uma rede para acondicionar cargas. Possui dimenses padronizadas e comumente utilizado para manuseio de sacarias.

    2.4.1.4 -Pallet

    O pallet uma estrutura prpria para acomodao de carga construdo principalmente de madeira, plstico, alumnio, polipropileno, entre outros. uma unidade que, na sua forma, assemelha-se a um estrado. Ressalta-se que o pallet pode ser descartvel, ou seja, construdo para ser utilizado em apenas uma viagem, denominado one way. Por outro lado pode tambm ser para uso constante, sendo utilizado para diversas viagens.

    Essas relevantes unidades so constitudas, em geral de duas faces separadas por blocos, que possibilitam a entrada dos garfos dos equipamentos para movimentao, todavia possvel serem compostos de uma s face.

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    Ilustrao 7: tambores

    Ilustrao 8: marino sling

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    O pallet de uma face ou face simples, aquele que no tem face no lado de baixo, apenas as vigas para suport-lo e permitir a entrada dos garfos das empilhadeiras.

    Os pallets de duas faces podem ser reversveis ou no reversveis. O primeiro o que possibilita a colocao e empilhamento da carga em qualquer uma das faces, visto essas serem iguais. O segundo aquele com apenas uma face para carga e uma para suporte da estrutura, em que na parte de baixo so colocadas apenas algumas tbuas espaadas para fortalecer o pallet. O espao entre as duas faces ou pisos normalmente de cerca de 10cm, tendo o pallet, em mdia, juntamente com as faces, cerca de 15 cm de altura. Pode ter formato quadrado ou retangular e apresentar entradas para os garfos dos equipamentos de movimentao em dois ou quatro lados. A quantidade de entradas importante para o tempo de movimentao de cargas, pois o equipamento encontrar o pallet na posio ou no. O pallet pode utilizar cantoneiras para proteo das embalagens, bem como ser fechado, semelhante a uma caixa, de modo a proteger melhor as cargas ou para permitir a colocao de cargas irregulares, soltas ou pequenas.

    importante prever uma sobra de espao externo entre as faces e as vigas, normalmente chamadas de asas, abas ou aletas, para uso dos guindastes especiais nos portos, como lingas.

    O pallet deve estar apto para colocao de determinado peso de carga, podendo esta ser paletizada em alturas diversas, bem como em mais de uma andar, dependendo da carga e da necessidade. Naturalmente, sempre coerente com o espao a ser utilizado, com os porta-pallets, drive-in, entre outros (Keedi, 2011; com adaptaes). Os pallets apresentam-se em diversos tamanhos em seus lados, padronizados ou no. Segue abaixo uma tabela com trs medidas padronizadas dessas unidades.

    Comprimento (M) Largura (m) Padro

    1,2 1,00 ISO e PBR PALLET (Brasil)

    1,20 0,80 EURO PALLET

    1,10 1,10 USA/JAPAN PALLET

    Fonte: (Keedi, 2011)

    2.4.1.5 -Contineres

    O continer uma caixa (cofre) construda em ao, alumnio ou fibra com o propsito de servir ao acondicionamento e transporte de mercadorias. Ele dotado de dispositivos de segurana

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    Ilustrao 9: pallet

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    legalmente previstos, sendo suficientemente forte para suportar o uso reiterado. Abaixo apresentamos o modelo bsico de continer (dry box).

    Ainda, referente aos contineres, dados histricos atribuem a Malcom Mclean a inveno dessas estruturas - cofres. A ideia de Mclean advm do seguinte questionamento: no seria mais vivel se o reboque de minha carreta pudesse ser iado e inserido a bordo de um navio sem necessidade de mexer em seu contedo?. Aps muita objeo dos setores de transporte da poca, Mclean conseguiu vender a ideia. Em 1956, no navio Ideal X, foi transportado os primeiros contineres, num total de 58 unidades (Keedi, 2011; com adaptaes)..

    Em 1957, foi articulada uma operao com o primeiro navio especfico porta-contineres. Essa embarcao possua capacidade para 226 dessas unidades de carga e se chamava Gateway City. Estima-se que atualmente so utilizados mais de 250 milhes de contineres ao ano no mundo todo.

    O advento do continer significou para os transportes uma verdadeira revoluo, tendo em vista que resolveu inmeros infortnios apresentados pela carga geral solta. Essa era manuseada uma a uma num processo lento e de altos custos. Alm disso, o acesso fcil as cargas davam margem para furtos e roubos. Assim sendo, com a inveno do continer e a disseminao de seu uso, diminuram as faltas e avarias.

    Outro ponto relevante, por ocasio do emprego dos contineres, o fato de possibilitar a intermodalidade, j que pode ser acoplado ao chassis das carretas e ulteriormente feito o manuseio para carregamento nos pores e nos conveses dos navios, ou vice-versa.

    Moreira (2013) destaca que o surgimento de contineres no cenrio de transporte mundial possibilitou mais agilidade em todo processo de transaes comerciais, reduzindo tempo de entrega e utilizando o transporte multimodal. Os portos tiveram que se modernizar e adequar sua forma de atuao nova realidade da distribuio internacional (Containerization International, 1999, apud Moreira 2013).

    Para que essa versatilidade se tornasse realidade foi necessrio criar um standard (padro) comum. Com esse escopo (de versatilidade) a ISO (International Standardization Organization) e a ASA (American Standard Association) instituram modelos de medidas e especificaes para os contineres. Ressalta-se que, com o passar do tempo o padro ISO convencionado em 20 ps e 40 ps foi se tornando mais utilizado e o hoje o standard global. Cumpre frisar que esse uso comum veio facilitar, tambm, a construo dos navios, trens e carretas para o perfeito transporte dessas unidades de carga. Contriburam, ainda, para a construo dos diversos tipos de

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    Ilustrao 10: contineres bsicos do tipo dry box

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    guindastes e outros equipamentos apropriados para o embarque e desembarque e movimentao de contineres.

    No Brasil, a ABNT, em 1971, confeccionou as primeiras normas brasileiras relativas ao continer. A ABNT internalizou o padro da ISO no que se relaciona a terminologia, classificao, dimenses, especificaes, entre outros. Ainda, destaca-se que o INMETRO o rgo responsvel pelas adaptaes da normatizao da ISO, no Brasil, e emite os Certificados de Qualidade do Continer.

    Salienta-se que so utilizadas unidades de medidas para padronizao das dimenses dos contineres, a saber: ps (feet) e polegadas (inches). Um p corresponde a 30,48cm e uma polegada equivale a 2,54cm. As medidas dos contineres so aferidas em meios externos, sendo que o seu tamanho est diretamente relacionado ao seu comprimento.

    Os dois padres bsicos de comprimento referenciados so de 20 ps e o de 40 ps. O continer de 20 ps pode suportar aproximadamente 21 toneladas, sendo 19 toneladas de carga e 2 toneladas da tara do continer. O continer de 40 ps tem capacidade de aproximadamente 30 toneladas, sendo 27 toneladas de carga e 3 toneladas da tara do continer.

    Depreende-se do exposto supra que os contineres de 40 ps no suportam o dobro de carga (em toneladas) das unidades de 20 ps. Assim sendo, as cargas mais densas (pesadas) so melhor aproveitadas no continer de 20 ps. J os contineres de 40 ps acomodam melhor as cargas mais volumosas.

    Os mdulos de 20 ps so chamados de TEU, o que significa: Twenty Feet Equivalent Unit (Unidade Equivalente a Vinte Ps). Esses so utilizados para a definio da quantidade de contineres movimentados ou em estoques pelos consignatrios, embarcadores ou seus proprietrios. Alm disso, prestam tambm para definio da capacidade de navios porta-continer.

    J os referenciados de 40 ps so denominados FEU, que significa: Forty Feet Equivalent Unit (Unidade Equivalente de Quarenta Ps). Importante mencionar-se que os mdulos de 40 ps no servem como parmetro para medida da capacidade dos navios, quantidades ou movimentaes.

    Ainda, como detalhe tcnico tangente aos contineres, observa-se que a largura a nica medida que no varia. Essa, a largura, mede sempre 8 ps, pelo fato de os navios serem construdos para recepcionar os contineres em encaixes padronizados.

    Relevante tambm, para a intermodalidade, o fato de que os semirreboques rodovirios e os vages ferrovirios so construdos com medidas padronizadas para acondicionar os contineres e transport-los.

    2.4.1.5.1 -Tipos de Contineres

    Com o propsito de elucidar os diversos tipos de contineres e suas finalidades ser a seguir efetuado sua classificao quanto a suas caractersticas e usos especficos.

    a) Continer Bsico, Continer para Carga Geral Seca ou Continer Dry Box

    Este continer o mais utilizado no transporte intermodal, tendo em vista que foi o primeiro tipo criado. Essa unidade de carga totalmente fechada e possui portas com abas duplas nos fundos.

    Presta-se, o aludido continer, para o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes, tais como: alimentos, roupas, mveis e outros utenslios.

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    b) Continer Ventilado- Ventilated

    So unidades de carga tambm hermeticamente fechadas, todavia, possuem pequenas aberturas no alto das paredes laterais e tambm na parte inferior. Tais orifcios permitem a entrada de ar e por isso so chamados contineres ventilados.

    Esses contineres so ideais para acondicionar e transportar cargas que necessitam de boa ventilao no percurso transcorrido.

    c) Continer Frigorfico - Reefer

    absolutamente fechado, possuindo portas nos fundos e com caractersticas especficas para transporte de cargas refrigeradas ou congeladas. Por conseguinte, essa unidade de carga apropriada para o transporte de gneros perecveis que exigem controle de temperatura de at -20c.

    Esses contineres podem ser integrados (integrated container ou self sustained reefer). Dessa forma, esse modelo de continer refrigerado apresenta-se com motor prprio para refrigerao.

    possvel ainda, encontrar-se o continer reefer insulado (conair ou port hole) que neste caso no possui equipamento prprio de refrigerao. Destaca-se no reefer insulado, na parede frontal, a existncia de vlvulas com a finalidade de regular a sada e entrada de ar que so fornecidos de fonte externa. Abaixo possvel a visualizao de continer reefer.

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    Ilustrao 11: contineres bsicos do tipo dry box

    Ilustrao 12: continer ventilado

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    d) Continer de Teto Aberto - Open-Top

    Este continer, como o prprio nome diz, sem teto fechado ou, ainda, com tampa de abertura. Alguns apresentam lona na parte superior para servir de proteo para as cargas. Os contineres open top so empregados para acondicionamento de cargas que apresentam dificuldades para embarque e desembarque pela porta convencional (dos fundos). Assim sendo, essas cargas necessitam de acesso especial, por isso foram criados os contineres de teto aberto.

    e) Continer Meia Altura - Half Height

    um tipo de continer sem teto e com laterais a meia altura. Esta unidade de carga fechada com lona e apresenta cabeceira com sistema basculante. Foi especialmente criado para embarque, desembarque e transporte do granel slido minrio, pois, este, possui densidade elevada.

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    Ilustrao 13: continer reefer

    Ilustrao 14: conteiner open-top

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    g) Continer de Abertura Lateral - Open Side

    um tipo de continer que possui apenas trs paredes, sem uma parede lateral ou possui abertura de uma lateral. Foi construdo especialmente para mercadorias que apresentam dificuldades para embarques pela porta convencional (dos fundos). Tambm podem ser usados para cargas que excedam um pouco a largura do equipamento, sendo assim: prestam para agilizao da estufagem.

    h) Continer Plataforma - Flat Rack

    Os flat racks so contineres especiais que possuem apenas as duas cabeceiras e a base, ou seja, no possuem teto nem paredes laterais. As cabeceiras podem ser fixas (fixed and flat) ou ,ainda, dobrveis (collapside flat).

    Os contineres plataforma (flat rack) foram idealizados para cargas pesadas e grandes, ou seja: cargas irregulares que podem exceder as suas dimenses de largura e altura. Visualize um continer plataforma abaixo.

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    Ilustrao 15: half height

    Ilustrao 16: open side

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    i) Continer Plataforma - Plataform

    Este um modelo de continer que desprovido de cabeceiras, teto e paredes laterais. Logo, possuem apenas o piso. Foi construdo para cargas de grandes dimenses e muito pesadas.

    j) Continer Tanque - Tank

    Os contineres tanques so tipos especiais de unidades de carga que so instalados dentro de uma armao, de tamanho standard. Ressalta-se que esses contineres foram idealizados para o acondicionamento e transporte de granis lquidos em geral, perigosos ou no. A seguir, exemplos de contineres-tanques.

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    Ilustrao 17: continer plataforma-flat rack

    Ilustrao 18: continer plataforma - plataform

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    k) Continer Hight Cube

    Este continer um tipo especial utilizado para cargas de pequena densidade, onde geralmente o volume supera o peso. Importante destacar-se, que dentre as mercadorias acondicionadas nesta espcie de continer, citam-se as seguintes: fumo, rouparia, brinquedos, movis, cigarros, entre outros.

    l) Continer Graneleiro - Bulk

    Apresenta-se, o aludido continer, hermeticamente fechado. No entanto, existem aberturas na parte superior, as chamadas escotilhas, que prestam ao seu carregamento. Para facilitar a desovagem dessa unidade de carga foram criadas escotilhas, tambm, na porta dos fundos na parte inferior. Esses contineres so ideais para o transporte de granis slidos.

    2.4.1.5.2 -Manuseio de Contineres

    O continer um equipamento especial, conforme j dito, para o eficiente acondicionamento e transporte de cargas. Ocorre que por ocasio de sua estufagem imperativo, por medida de segurana e de seu correto acondicionamento, que no reste espaos vazios no continer, tendo em vista que ele precisa estar sempre ocupado por completo.

    Pode acontecer de o quantitativo ou volume das cargas no serem suficientes para preencher totalmente o continer. Neste caso a carga necessita ser amarrada ou escorada, ou ainda ter os espaos vagos preenchidos, por exemplo, com bolsa de ar, estrados, cavaletes ou outro objeto que impea que a carga se movimente no interior do continer causando avaria tanto na carga quanto no prprio continer.

    Outro detalhe importante que as mercadorias de densidade maior, ou seja, as mais pesadas devem ser acondicionadas abaixo das mais leves. Quando as mercadorias de peso maior forem em pequena quantidade, devem sem depositadas no meio do continer, preservando assim o chamado centro de gravidade.

    Na ovagem do continer muito importante haver certa homogeneidade entre as mercadorias. Assim sendo, no deve ser realizada a estufagem de mercadorias completamente diferentes entre si, como por exemplo, em relao ao peso, odor ou umidade, ou ainda com controles diferenciados de temperatura.

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    Ilustrao 19: contineres tanques

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    Estufagem o ato de efetuar o carregamento do continer. Ressalta-se que a expresso ovar o continer possui o mesmo significado, qual seja: carregar; e desovar refere-se retirada das mercadorias do seu interior.

    NO ARRISQUE SEU CONCURSO:

    SEJA INTELIGENTE, NO REPASSE SUA APOSTILA AO SEU CONCORRENTE.

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    Captulo 3

    3 -Navios

    3.1 -Os Navios

    Navio o veculo apropriado para navegao em mares, rios e lagos, sendo que, o navio espcie do gnero embarcao. Sua construo obedece especificaes tcnicas para perfeita navegabilidade. Ainda, no que tange aos navios verificado que os mesmos podem ser de vrios tamanhos tipos e finalidades.

    3.2 -Tipos de Navios e Suas Caractersticas Fsicas

    Inicialmente podemos observar algumas caractersticas fsicas comuns aos navio: possuem estrutura constituda pelo casco e pelos diversos acessrios, estes afetos ao emprego tcnico-operacional do navio. Alm disso, relevante destacar-se que a unidade de velocidade usualmente empregada na navegao o n. Sendo que 1 n equivale a 1,852 km/h. Os navios apresentam velocidade varivel em mdia de 20 a 22 ns. Dessa forma, um navio que alcance 20 ns estar deslocando a mais ou menos 37,04 km/h.

    perceptvel, conforme j dito, que os navios podem ser de vrios tamanhos, tipos, finalidades e configuraes, adequando-se s especificaes necessrias em funo da demanda do mercado.

    Esses relevantes instrumentos, os navios, so propulsionados por motores de grande potncia, capazes de impulsionar e locomover embarcaes de todos os tamanhos, com dezenas e at centenas de milhares de toneladas.

    O Navio composto pelo casco (volume arqueado que compe a maior parte do navio); pela proa (parte dianteira); popa (parte traseira); ponte ou portal (espao de acesso), convs (rea plana do navio); bombordo (lado esquerdo do navio ou embarcao); estibordo ou boreste (lado direto do navio ou embarcao). Alm disso, citamos a hlice (ou o hlice) que serve para impulsionar o navio juntamente com o motor. Cita-se, ainda, a ncora (ou ferro) que serve para manter o navio fixo quando necessrio. Abaixo pode-se ver as partes de um navio (fonte: wikipdia).

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    Ilustrao 20: esquema de um navio civil moderno:1. Proa; 2. Bulbo;

    3. ncora; 4. Casco;

    5. Hlice; 6. Popa;

    7. Chamin; 8. Ponte;

    9. Convs.

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    Proa - a frente do navio. Comparar com vante. Tambm conhecido em senso de direo como sendo o rumo momentneo em que se encontra o navio, geralmente em graus, em relao ao norte.

    Popa - a traseira do navio. Comparar com r.

    Estibordo - o lado do navio que est direita quando o observador olha para a proa.

    Boreste - termo utilizado no Brasil em substituio de estibordo.

    Bombordo - o lado do navio que est esquerda quando olhando para proa. (Um mtodo mnemnico para distinguir um do outro que bombordo o lado bom (lado do corao que fica ligeiramente esquerda). E estibordo se refere ao leste.

    ncora ou Ferro - instrumento metlico pesado utilizado para fixar temporariamente a embarcao em local desejado.

    Ponte de comando - o centro de comando da navegao.

    Passadio - termo usado no Brasil em vez de Ponte de Comando.

    Superstrutura - qualquer estrutura acima do convs da embarcao, contendo, geralmente, a ponte e alojamentos.

    Cabine - um quarto fechado num deque.

    Deques - os "pisos" e diferentes pavimentos do navio. Em alguns navios novos so chamados de "ponte(s)".

    Casco - a estrutura de flutuao que suporta o navio.

    Mastro - um poste concebido para a suspenso das velas.

    Importante ressaltar que a boca do navio (ou embarcao) a maior largura da mesma, sendo medida de um lado a outro de maneira transversal. Outra terminologia tcnica o chamado pontal, este representa a altura fixa entre a parte extrema do fundo (quilha) e seu convs principal.

    Ainda, como aspecto relevante destacvel o intitulado p-de-piloto que representa a diferena entre a profundidade do porto e o calado do navio.

    3.2.1 -Classificao Quanto s Finalidades dos Navios

    Os navios podem ser de passageiros, de lazer, de carga, de pesca, de servios (tais como: reboques, bombeiros, salvamento, e outros) e militares, como os de guerra e os de patrulha.

    Os navios, conforme a possibilidade de uso geral ou no, so pblicos ou privados. A nacionalidade dos navios dada, normalmente, pelo pas do porto em que foram registrados, cujo pavilho (bandeira) hastearo para efeitos de legislao civil, tributria, trabalhista, entre outras, e ainda, por fora de acordos e convenes para aplicao do Direito Internacional.

    3.2.2 -Classificao dos Navios Quanto ao Tipo de Navegao (Navegao de Longo Curso, Cabotagem, Apoio Porturio, Apoio Martimo e Interior)

    Os navios so classificados quanto ao tipo de navegao, como: navios de longo curso, navios de cabotagem, navios de apoio porturio e navios para apoio martimo. Cumpre destacar que nas

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    navegaes de apoio porturio e apoio martimo so muito comuns o emprego de embarcaes de porte e tamanho reduzido para o apoio preterido, ou seja no necessariamente navios. Todavia, para fins didticos razovel frisar a classificao supra mencionada.

    Ressalta-se, por oportuno, que a Lei n 9.432/97 listou alguns conceitos relevantes para entendermos a classificao supra mencionada, a saber:

    Informa a aludida lei que navegao de apoio porturio a realizada exclusivamente nos portos e terminais aquavirios, para atendimento a embarcaes e instalaes porturias. Por se turno, a navegao de apoio martimo a realizada para o apoio logstico a embarcaes e instalaes em guas territoriais nacionais e na Zona Econmica, que atuem nas atividades de pesquisa e lavra de minerais e hidrocarbonetos. Ainda, o diploma mencionado, acolhe a ideia de que navegao de cabotagem aquela realizada entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via martima ou esta e as vias navegveis interiores. Por se turno, a navegao interior a realizada em hidrovias interiores, em percurso nacional ou internacional. Por ltimo, mas no menos importante, cita-se a navegao de longo curso como sendo aquela realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.

    Infere-se do exposto retromencionado que, a ttulo de exemplo, os navios de longo curso so aqueles utilizados no trfego martimo entre portos do Brasil e os estrangeiros. Assim sendo, o mesmo raciocnio seria usado para os navios/embarcaes utilizados nas demais navegaes apontadas acima.

    3.2.3 -Classificao dos Navios Quanto a Atividade Mercantil

    Quanto ao tipo de atividade mercantil os navios so: de carga (cerca de 99% da frota mundial), de passageiros ou misto.

    Os navios de carga, os cargueiros, so comumente classificados, tambm, em relao aos acidentes geogrficos que determinam seus tamanhos, largura, porte e calado. Assim, por exemplo os navios classificados como panamax so aqueles que possuem dimenses compatveis com o Canal do Panam (294 m de comprimento; 32,2 m de boca e calado de 12 m).

    A seguir ser exemplificado o lay out de um navio porta-contineres.

    Informao relevante: quando se diz que um navio da classe postpanamax est se afirmando que ele, o navio, possui dimenses superiores s suportadas pelo Canal do Panam (principalmente boca e calado acima do padro).

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    Ilustrao 21: navio porta-contineres

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    Frisa-se, ento, que as limitaes de acesso ou transposio em canais e portos do mundo influenciam na classificao dos tamanhos dos navios, a ttulo de exemplo possvel citar, a saber:

    - Panamax: so os navios com dimenses compatveis com o Canal do Panam.

    - Suezmax: so os navios com dimenses compatveis com o Canal de Suez.

    - Setouch