apostila de compressores

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 Faculdades UNICEN Tecnólogo em Mecanização Agrícola Fundamentos de Hidráulica e Pneumática  27 Compressores Parafuso Introdução Os compressores parafuso são hoje largamente usados em refrigeração industrial para a compressão de amônia e outros gases. Conceitualmente simples, a geometria dessas máquinas é de difícil visualização, e muitas pessoas utilizam os compressores parafuso, tendo somente uma vaga idéia de como eles realmente operam. Uma compreensão dos princípios básicos de sua operação irá contribuir  para a sua correta utilização, evitando problemas e alcançando um melhor desempenho global da instalação. Construção Um compressor parafuso típico, selado com óleo, é uma máquina de deslocamento positivo que  possui dois rotores acoplados, montados em mancais para fixar suas posições na câmara de trabalho numa tolerância estreita em relação à cavidade cilíndrica. O rotor macho tem um perfil convexo, ao contrário do rotor fêmea, que possui um perfil côncavo. A forma básica dos rotores é semelhante à uma rosca sem-fim, com diferentes números de lóbulos nos rotores macho e fêmea (Figura 18). Freqüentemente, os rotores macho têm 4 e os fêmeas 6. Alguns compressores com tecnologia mais recente, possuem a configuração 5+7. Qualquer um dos dois rotores pode ser impulsionado pelo motor. Quando o rotor fêmea é acoplado ao motor com uma relação entre os lóbulos de 4+6, a capacidade é 50 % maior que o acoplamento feito no rotor macho, sob as mesmas condições. O torque é transferido diretamente de rotor para rotor e o sentido da rotação é fixo. O dispositivo de acionamento é geralmente conectado ao rotor macho, e este aciona o rotor fêmea por meio de uma  película de óleo. Compressores

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Compressosres

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  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 27

    Compressores Parafuso

    Introduo

    Os compressores parafuso so hoje largamente usados em refrigerao industrial para a compresso

    de amnia e outros gases. Conceitualmente simples, a geometria dessas mquinas de difcil

    visualizao, e muitas pessoas utilizam os compressores parafuso, tendo somente uma vaga idia de

    como eles realmente operam. Uma compreenso dos princpios bsicos de sua operao ir contribuir

    para a sua correta utilizao, evitando problemas e alcanando um melhor desempenho global da

    instalao.

    Construo

    Um compressor parafuso tpico, selado com leo, uma mquina de deslocamento positivo que

    possui dois rotores acoplados, montados em mancais para fixar suas posies na cmara de trabalho

    numa tolerncia estreita em relao cavidade cilndrica. O rotor macho tem um perfil convexo, ao

    contrrio do rotor fmea, que possui um perfil cncavo. A forma bsica dos rotores semelhante

    uma rosca sem-fim, com diferentes nmeros de lbulos nos rotores macho e fmea (Figura 18).

    Freqentemente, os rotores macho tm 4 e os fmeas 6. Alguns compressores com tecnologia mais

    recente, possuem a configurao 5+7. Qualquer um dos dois rotores pode ser impulsionado pelo

    motor.

    Quando o rotor fmea acoplado ao motor com uma relao entre os lbulos de 4+6, a capacidade

    50 % maior que o acoplamento feito no rotor macho, sob as mesmas condies. O torque

    transferido diretamente de rotor para rotor e o sentido da rotao fixo. O dispositivo de

    acionamento geralmente conectado ao rotor macho, e este aciona o rotor fmea por meio de uma

    pelcula de leo.

    Compressores

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    Compressores

    Figura 18. Geometria bsica de um compressor parafuso.

    O ciclo de operao possui trs fases distintas :

    suco; compresso; descarga.

    Vedao

    Todos os compressores parafuso utilizados em refrigerao utilizam injeo de leo na cmara de

    compresso para lubrificao, vedao e resfriamento. A vedao entre os diferentes nveis de

    presso compreende uma estreita faixa entre o engrenamento dos rotores e a periferia dos mesmos na

    cmara de compresso. O leo injetado diretamente na cmara de compresso em uma quantidade

    suficiente, de forma a minimizar o vazamento e resfriar o gs. Posteriormente, este leo separado

    do gs em um separador de leo.

    A utilizao da quantidade adequada de leo, permite que este absorva a maioria do calor proveniente

    da compresso, fazendo com que a temperatura de descarga seja baixa, mesmo quando a razo de

    compresso for alta. Por exemplo, operando numa razo de compresso 20:1 em simples estgio com

    amnia sem injeo de leo, a temperatura de descarga pode chegar a 340C. Com o resfriamento de

    leo, esta mesma temperatura no excede 90C. Entretanto, operando a 20:1 ou mesmo numa razo

    mais alta e em simples estgio, no h como superar a eficincia dos sistemas de duplo estgio, que

    no danificam o compressor. As instalaes com sistema de duplo estgio so bastante comuns hoje

    em dia.

    Princpios de Operao

    Um compressor parafuso pode ser descrito como uma mquina de deslocamento positivo com

    dispositivo de reduo de volume. Esta ao anloga de um compressor alternativo.

    til referir-se ao processo equivalente efetuado por um compressor alternativo, para se entender

    melhor como funciona a compresso em um compressor parafuso.

    O gs comprimido simplesmente pela rotao dos rotores acoplados. Este gs percorre o espao

    entre os lbulos enquanto transferido axialmente da suco para a descarga.

    Suco

    Quando os rotores giram, os espaos entre os lbulos se abrem e aumentam de volume. O gs ento

    succionado atravs da entrada e preenche o espao entre os lbulos, como na Figura 19. Quando os

    espaos entre os lbulos alcanam o volume mximo, a entrada fechada.

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    Figura 19. Principio da suco em um compressor parafuso.

    Este processo anlogo descida do pisto num compressor alternativo (Figura 20).

    O refrigerante admitido na suco fica armazenado em duas cavidades helicoidais formadas pelos

    lbulos e a cmara onde os rotores giram. O volume armazenado em ambos os lados e ao longo de

    todo o comprimento dos rotores definido como volume de suco (Vs). Na analogia com o

    compressor alternativo, o pisto alcana o fundo do cilindro e a vlvula de suco fecha, definindo o

    volume de suco Vs. Isto pode ser visto na Figura 21.

    Figura 20. Comparao entre processos de suco.

    Compressores

  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 30

    O deslocamento volumtrico do compressor alternativo definido em termos do volume da suco,

    pela multiplicao da rea da cavidade pelo percurso do cilindro e pelo nmero deles. No caso do

    compressor parafuso, este deslocamento dado pelo volume da suco por fio, vezes o nmero de

    lbulos do motor acionado.

    Figura 21. Volume mximo na suco.

    Compresso

    Os lbulos do rotor macho comearo a encaixar-se nas ranhuras do rotor fmea no fim da suco,

    localizada na traseira do compressor. Os gases provenientes de cada rotor so unidos numa cunha em

    forma de V , com a ponta desse V situada na interseco dos fios, no fim da suco, como

    mostrado na Figura 21.

    Compressores

  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 31

    Figura 21. Incio da compresso.

    Posteriormente, em funo da rotao do compressor, inicia-se a reduo do volume no V,

    ocorrendo a compresso do gs. O ponto de interseco do lbulo do rotor macho e da ranhura do

    rotor fmea anlogo compresso do gs pelo pisto em um compressor alternativo (ver a Figura

    22).

    Descarga

    Em um compressor alternativo, este processo comea quando da abertura da primeira vlvula de

    descarga. Como a presso no cilindro excede a presso acima da vlvula, esta se abre, permitindo que

    o gs comprimido seja empurrado para a descarga. O compressor parafuso no possui vlvulas para

    determinar quando a compresso termina: a localizao da cmara de descarga que determina

    quando isto acontece, como mostrado na Figura 23. O volume do gs nos espaos entre os

    lbulos na porta de descarga definido como volume de descarga (Vd).

    Compressores

  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 32

    Figura 22. Continuao da Compresso.

    Figura 23. Incio da descarga.

    So utilizadas duas aberturas: uma para descarga radial na sada final da vlvula de deslizamento e

    uma para descarga axial na parede de final da descarga. Estas duas acarretam uma liberao do gs

    comprimido internamente, permitindo que seja jogado na regio de descarga do compressor. O

    posicionamento da descarga muito importante pois controla a compresso, uma vez que determina a

    razo entre volumes internos (Vi). Para se atingir a maior eficincia possvel, a razo entre

    volumes deve possuir uma relao com a razo entre presses.

    Compressores

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    Figura 24. Descarga

    Em um compressor alternativo, o processo de descarga finalizado quando o pisto alcana o ponto

    superior da cmara de compresso e a vlvula de descarga se fecha. No compressor parafuso, isto

    ocorre quando o espao antes ocupado pelo gs tomado pelo lbulo do rotor macho (ver Figura 25).

    Figura 25.Fim da descarga.

    Os compressores alternativos sempre tm uma pequena quantidade de gs (espao morto) que

    deixado no topo do cilindro de compresso e se expande no prximo ciclo, desta forma, ocupando um

    espao que poderia ser utilizado para aumentar a massa de refrigerante succionado. No final da

    descarga de um compressor parafuso, nenhum volume nocivo permanece no interior da cmara de

    compresso, ou seja, todo o gs jogado para fora. Esta uma razo que faz com que os Compressores

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    Compressores

    compressores parafuso sejam capazes de operar com razes de compresso mais altas do que os

    compressores alternativos.

    Razo entre Volumes

    Em um compressor alternativo, as vlvulas de descarga abrem quando a presso no cilindro excede a

    presso na descarga. Pelo fato do compressor parafuso no possuir vlvulas, a localizao da cmara

    de descarga determina a mxima presso que ser conseguida nos lbulos, antes do gs ser

    empurrado para fora.

    A razo entre volumes uma caracterstica de projeto fundamental em todos os compressores

    parafuso. O prprio compressor um dispositivo de reduo de volume. A comparao entre o

    volume de gs na suco (Vs) e o volume de gs na cmara de compresso quando a descarga se abre

    define a razo de reduo de volumes do compressor (Vi), que determina a razo de presso do

    compressor atravs das relaes abaixo :

    Vi = Vs/Vd

    onde : Vi = razo entre volumes

    Vs = volume na suco

    Vd = volume na descarga

    Pi = Vi . cp

    onde : Pi = razo entre presses

    cp = calor especfico do gs

    Somente a presso de suco e a razo entre volumes definem o nvel de presso do gs antes da

    abertura da cmara de descarga. Entretanto, em todos os sistemas de refrigerao, a presso de

    descarga do sistema determinada pela temperatura de condensao, e a temperatura de evaporao

    determina a presso de suco.

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    Figuran26.Volume dos espaos entre lbulos.

    Se a razo entre volumes do compressor for muito alta para uma dada condio de operao, a

    descarga do gs tornar-se- muito longa e a presso ficar acima da presso de descarga.

    Este fenmeno denominado sobre-compresso e representado por um diagrama presso-volume,

    conforme apresentado na Figura 26. Neste caso, o gs comprimido acima da presso de descarga e

    quando ocorre a abertura da descarga, a alta presso do gs faz com que ocorra a expanso do

    refrigerante para a tubulao de descarga, fora do compressor. Isto acarreta um trabalho maior do que

    se a compresso tivesse sido interrompida quando a presso interna fosse igual a presso na cmara

    de descarga.

    Figura 26. Sobre-compresso - Diagrama P x V.

    Quando a razo entre volumes muito baixa para as condies de operao do sistema, isto

    chamado sub-compresso e est representada na Figura 27. Neste caso a abertura da porta de

    descarga acontece antes que a presso do gs alcance a presso de descarga. Isto faz com que o gs

    que estava do lado de fora do compressor invada a cmara de compresso, elevando a presso

    imediatamente para o nvel de presso da descarga. O compressor tem que trabalhar com um nvel de

    presso mais alto, no lugar de trabalhar com uma gradual elevao do nvel de presso.

    Compressores

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    Figura 27. Sub-compresso - Diagrama P x V.

    Nos dois casos, o compressor ainda funcionar, e o mesmo volume de gs ser deslocado, porm com

    uma potncia requerida maior do que aquela que seria utilizada se as aberturas de descarga

    estivessem localizadas corretamente, de modo a equiparar a razo entre volumes com a necessidade

    do sistema. Isto gera um custo de energia maior. Projetos de razo entre volumes varivel so usados

    para otimizar a localizao da cmara de descarga e minimizar a potncia requerida.

    Figura 28. Compresso ideal Diagrama P x V.

    Controle de capacidade

    O controle de capacidade em um compressor parafuso utilizado para variar a quantidade de gs que

    entra na cmara. Isto necessrio para providenciar um controle preciso da temperatura de suco,

    quando a carga trmica variar. Alguns mtodos comuns de controle de capacidade so :

    Vlvula de deslizamento controlando a cmara de descarga; Vlvula de deslizamento controlando a cmara de descarga e a razo entre volumes; Vlvula de deslizamento no controlando a cmara de descarga;

    Compressores

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    Compressores

    Velocidade varivel Compressor Rotatune Vlvulas de deslizamento controlando a cmara de descarga so muito comuns porque podem fornecer uma ampla faixa de controle de

    capacidade, freqentemente entre 10 e 100%.

    Este tipo de vlvula opera atravs da abertura de uma passagem de recirculao, na regio de alta

    presso, o que permite que uma poro do gs localizado entre os lbulos seja direcionada novamente

    para a cavidade da suco antes de iniciar-se a compresso (ver Figura 28).

    Este mtodo oferece boa eficincia a cargas parciais por duas razes. Primeiro, o gs recirculado

    precisa somente superar uma ligeira queda de presso antes de passar novamente suco desde que

    a cavidade de recirculao abra antes da compresso ter iniciado, evitando uma perda de trabalho na

    pr-compresso.

    Segundo, como a vlvula de deslizamento mvel, a descarga radial tambm mvel. Como o

    volume da suco diminudo, a abertura da cmara de descarga tambm atrasada, mantendo assim

    aproximadamente a mesma razo entre volumes carga parcial como carga total para tima

    eficincia carga parcial.

    Um compressor projetado para controle de capacidade e variao da razo entre volumes mostrado

    na Figura 28. Neste projeto um deslizamento mvel ajustado do mesmo modo que uma vlvula de

    deslizamento. A posio da cmara de descarga e da cavidade de recirculao podem ser ambas

    ajustadas. Isto permite um grande nmero de posies para ambas as vlvulas, as quais permitem

    ajuste da capacidade e da razo entre volumes desde a carga mxima at aproximadamente 40% da

    mesma, abaixo da qual continua o controle de capacidade at 10% da carga mxima. Este arranjo

    melhora a eficincia carga total e parcial.

    H muitas variedades de vlvulas de deslizamento que no controlam a descarga, sendo a mais

    comum aquela que ligada cavidade do rotor por meio de ranhuras. Este tipo de descarga fornece

    uma boa reduo de capacidade mas no a cargas parciais, pelo fato da razo entre volumes no

    permanecer constante durante a descarga.

    Pode haver tambm algum vazamento atravs das cavidades no rotor, o que pode prejudicar a

    eficincia em qualquer faixa de operao. Estes dispositivos tm um custo mais baixo que as vlvulas

    de deslizamento convencionais e so utilizados em pequenos compressores.

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    Figura 28. Vlvula de deslizamento controlando a capacidade e a localizao da cmara de

    descarga. Carga total com Vi mnimo.

    Vlvulas de encaixe so dispositivos que podem ser tanto axiais como radiais e que levantam para

    abrir uma passagem de recirculao dos espaos entre os lbulos de volta para a suco. Geralmente

    operam em faixas definidas de 75, 50 e 25 % da carga mxima para cada abertura do encaixe. Estes

    dispositivos no fornecem correo da razo entre volumes a cargas parciais como as primeiras

    vlvulas de deslizamento; assim, a eficincia quando no se opera a carga mxima comparvel s

    vlvulas de deslizamento que no regulam a localizao da descarga. Tambm possuem um baixo

    custo e um controle simples.

    Compressores

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    Figura 29. Vlvula de deslizamento controlando a localizao da descarga e a razo entre volumes.

    Carga total com Vi mximo

    Figura 30. Vlvula de deslizamento controlando a localizao da descarga e a razo entre volumes.

    Carga 60 % com Vi mximo

    Compressores

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    Figura 31. Vlvula de deslizamento controlando a localizao da descarga e a razo entre volumes.

    Carga mmima com Vi mximo

    Velocidade varivel

    A variao de velocidade ocasionalmente utilizada como mtodo de controle de capacidade nos

    compressores parafuso e pode ser efetuada com motores com rotao controlada, turbinas a vapor, ou

    acionamentos com freqncia eltrica varivel. A potncia do compressor no decresce linearmente

    com a reduo de velocidade mas cai bastante com a rotao dos rotores e com a razo de

    compresso. Em geral, a eficincia do compressor a cargas parciais ser ligeiramente melhor a baixas

    razes de compresso e significativamente melhor a altas razes de compresso velocidade

    reduzida, quando comparada ao controle feito pela vlvula de deslizamento, mas isto no leva em

    conta as perdas no acionamento da reduo de velocidade.

    Uma tpica variao da freqncia causar uma perda em torno de 3% quando operando carga total,

    alm de uma perda adicional de 2,5% na eficincia do motor. Isto d uma perda de aproximadamente

    5,5% carga total. Com alguns acionamentos, esta perda pode igualar-se quela relativa reduo de

    velocidade, tornando-se uma perda significativa a baixas velocidades. Se um compressor for operar

    carga parcial a uma alta razo de compresso durante muitas horas por ano, o custo do acionamento

    pode ser justificado.

    Caso opere prximo da carga total por longos perodos, ou opere fundamentalmente a baixas razes

    de compresso, improvvel que haja qualquer ganho com acionamento de velocidade varivel, ou

    que o custo seja justificado em comparao com a vlvula de deslizamento.

    Compressores

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    Compressores

    O perfil de carga e as condies de operao esperados numa aplicao devem ser considerados para

    se determinar a utilizao ou no do controle de velocidade para cargas parciais.

    O controle de velocidade varivel com compressores parafuso no deve ser implementado sem antes

    consultar o fabricante do compressor. H limites de velocidade abaixo dos quais pode haver falhas de

    lubrificao nos mancais. Grandes compressores tero menor velocidade mnima em comparao

    com os pequenos compressores. Muitos dos pequenos podem ser capazes de acoplarem um

    acionamento de velocidades acima da freqncia padro, mas os limites do separador, o tamanho do

    resfriador de leo e outras limitaes da unidade devem ser investigadas. possvel tambm encher

    um compressor com leo e ele falhar se a velocidade reduzida abaixo de um limite aceitvel com o

    compressor sem carga.

    Muitas destas limitaes ainda no foram estudadas mas devero ser analisadas num futuro prximo.

    Sistemas de leo: separao e resfriamento

    Como dito anteriormente, a injeo de leo cumpre muitas funes teis no compressor parafuso.

    Entretanto, se este leo no for desejvel em outras partes do sistema de refrigerao, ser preciso a

    utilizao de um separador de leo. A mistura do gs de descarga e leo que deixa o compressor

    dirigida ao separador de leo onde h uma mudana de direo e uma grande reduo na velocidade.

    As partculas de leo maiores so encaminhadas para o reservatrio por gravidade, enquanto que as

    partculas menores e a fumaa so carregados para os filtros de coalescncia (aderncia), onde se

    chocam com as fibras do filtro e coalescem (aderem) com as gotculas maiores, as quais so

    recolhidas no reservatrio e retornam para a regio de baixa presso do compressor. Alm de

    remover o leo da linha de gs, o separador tambm permite que qualquer gotcula de refrigerante

    presente no tanque principal absorva calor e vaporize, ou borbulhe na superfcie do leo, fornecendo

    ao leo a pureza necessria para a reinjeo no compressor.

    J que a maioria do calor da compresso transferido para o leo durante a compresso, esta energia

    deve ser removida por um sistema de refrigerao do leo. Os trs sistemas mais comuns so

    resfriamento gua, por termosifo e injeo de lquido. Mesmo que o resfriamento a ar seja

    possvel, este no to utilizado como os trs sistemas acima que sero descritos a seguir.

    Resfriamento a gua

    Referindo-se a Figura 32, o leo quente deixa o separador passando atravs de um filtro na bomba de

    leo. Este leo bombeado atravs de um trocador de calor tipo casco e tubo ou tipo placa, onde o

    calor rejeitado numa corrente de gua ou glicol.

    O leo resfriado ento filtrado e retorna ao compressor para a injeo. A primeira desvantagem

    deste sistema envolve o custo inicial para a manuteno do sistema de gua ou glicol, e o risco da

  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 42

    ruptura dos tubos ou encaixe se as condies da gua no forem apropriadas. prefervel deixar o

    fluxo de gua numa razo constante, e utilizar uma vlvula de mistura reguladora de temperatura no

    lado que contm o leo para misturar leo quente e frio para se obter a temperatura desejada de

    injeo. Isto minimizar a formao de incrustaes nos tubos, mantendo a velocidade da gua num

    valor mnimo aceitvel. O uso de glicol elimina o risco de incrustaes.

    Figura 32. Compressor parafuso com resfriamento do leo gua.

    Resfriamento por termosifo

    Atualmente, o termosifo um tipo comum de resfriamento de leo em instalaes industriais. Um

    exemplo mostrado na Figura 33. O sistema termosifo semelhante ao sistema gua. A diferena

    que a gua substituda por refrigerante em ebulio no tubo de leo no trocador de calor. O

    sistema termosifo basicamente um evaporador inundado, alimentado por gravidade a partir de um

    tanque de refrigerante lquido num receptor termosifo, colocado acima do nvel do trocador de calor.

    Como o leo quente entra no lado do casco do trocador, o refrigerante evapora no tubo, com as

    bolhas elevando-se numa linha de retorno de volta ao termosifo. O vapor gerado neste processo

    direcionado para o condensador onde libera calor e retorna para o tanque de lquido.

    Assim, o resfriamento por termosifo um evaporador inundado por gravidade, com a temperatura

    de evaporao controlada pela presso do condensador.

    Compressores

    Este sistema muito utilizado porque praticamente no requer manuteno e no afeta a performance

    do compressor. A instalao possui um baixo custo, e a tubulao pode ser ocasionalmente

    modificada, particularmente em salas com dimenses reduzidas (teto baixo), ou casa de mquinas

    antiga onde a tubulao precisa ser modificada.

  • Faculdades UNICEN Tecnlogo em Mecanizao Agrcola Fundamentos de Hidrulica e Pneumtica 43

    Figura 33. Resfriamento por termosifo.

    esfriamento por injeo de lquido

    injeo de lquido resfria o leo pela injeo direta de refrigerante na regio de baixa presso na

    vlvula nos espaos entre os lbulos dos rotores,

    leo-lquido na suco. O vazamento de leo tem pouco efeito,

    do muito utilizada h vrios anos.

    R

    A

    cmara de compresso, interrompendo a compresso, como visto na Figura 34. O leo e a descarga

    de gs so controlados pela temperatura mantida por uma vlvula de expanso termosttica. Esta

    vlvula controla o fluxo de injeo de lquido para manter a temperatura de um termmetro de bulbo

    instalado na linha de descarga do compressor.

    Parte do lquido injetado expande atravs da

    solicitando uma potncia adicional para compresso. Todo lquido remanescente mistura-se com o

    leo e transportado para a linha de descarga junto com o gs. O lquido injetado permanece no

    compressor durante aproximadamente 0,01 s. Como a transferncia de calor precisa de tempo, a

    maioria do resfriamento acontece na linha de descarga e no separador de leo, onde o lquido tem

    tempo de absorver calor e evaporar.

    Pode haver vazamento da mistura

    porm o lquido ir expandir na suco como vapor, com um grande acrscimo no volume especfico,

    reduzindo a quantidade de gs que pode ser succionado. Isto causa uma reduo na capacidade com

    injeo de lquido, com influncia em altas razes de compresso.

    Baixo custo inicial e pouca manuteno fazem da injeo de lqui

    Entretanto, as perdas de potncia e capacidade fazem-na pouco atrativa para a maioria das aplicaes

    com alto calor de compresso. No recomendada para sistemas com condies mesmo temporrias

    Compressores

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    de alta suco e baixa presso, onde diferenas inadequadas atravs da vlvula de expanso causam

    alimentao incerta de lquido.

    Figura 34. Resfriamento de leo por injeo de lquido.

    conomizadores e carga intermediria

    gradualmente aumentada ao longo do comprimento do

    um segundo evaporador. A

    m caso especial de carga intermediria, onde a poro de lquido vinda do

    e porque o lquido que vai para o evaporador principal mais

    :

    dessas perdas, e assim a compresso quase ideal.

    E

    Como a presso num compressor parafuso

    rotor, possvel introduzir aberturas na cavidade do rotor a qualquer presso entre a suco e a

    descarga. Um economizador uma abertura localizada numa razo de volume fixa em relao

    suco e utilizada como uma porta de suco secundria. Uma quantidade adicional de gs pode ser

    dirigida para o espao entre os lbulos enquanto esta entrada est aberta, aumentando a presso

    entre os lbulos, com o fluxo combinado de gs sendo comprimido.

    No caso de carga intermediria, o gs adicional geralmente vem de

    presso do refrigerante no evaporador deve ser mais alta que no economizador para forar o gs para

    dentro do compressor.

    Um economizador u

    condensador evaporada, com o gs de flash indo para o economizador de tal forma a subresfriar o

    lquido remanescente no condensador.

    Isto permite um aumento na capacidad

    frio, e tambm um aumento na eficincia global, em virtude das vantagens termodinmicas do

    subresfriamento e do fato da compresso do vapor no economizador ser geralmente muito eficiente.

    Quando o compressor est girando, h certas fontes de ineficincia que devem ser sempre superadas

    atrito nos mancais e nas paredes, rompimento do filme de leo, vazamento de uma certa quantidade

    de leo nos lbulos, e atrito na vedao do eixo. A adio do economizador no aumenta nenhuma

    Compressores

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    Compressores

    seguir, algumas diretrizes que podero amenizar problemas na operao do compressor. Porm,

    s recomendaes do fabricante, mas as seguintes so freqentes em

    to ao cho para assegurar pleno contato com o mesmo. Devem ser utilizados

    de tubulaes longas.

    fica o

    ua. Um sistema corretamente utilizado no deve possuir mais

    5C) devem utilizar um leo especfico.

    uladores na suco vital para livrar de problemas a

    res parafuso podem aceitar somente alguma

    Manut

    s recomendaes do fabricante quanto manuteno variam de produto para produto. Entretanto,

    rios gerais podem ser feitos para agrupar mais aplicaes.

    uda com o tempo, o que

    Requisitos para instalao

    A

    sempre importante seguir a

    instalaes tpicas :

    Instale o compressor numa fundao apropriada. Nivele a unidade para eliminar fadiga e transporte jun

    fixadores de boa qualidade para anexar a unidade na fundao.

    Use ganchos na linha de suco com 0,6 m de elevao para evitar adicionar tubos na casa de

    mquinas. A linha de descarga tambm deve ser apoiada no caso

    Durante a instalao, mantenha a sujeira fora do sistema tanto quanto possvel. Uma instalao suja causa problemas com vlvulas de encaixe, e potencialmente dani

    compressor. Os compressores parafuso so muito resistentes, mas a incluso de sujeira afetar

    a performance e a longevidade.

    Utilize somente a amnia como refrigerante. Use a assistncia tcnica apropriada para evitar a

    contaminao do sistema com g

    que 80 ppm de gua. Bons sistemas tm 25-35 ppm.

    Utilize o leo correto para a aplicao. Nem todos os leos so equivalentes. Muitas

    instalaes com temperaturas de suco baixas (< -4

    No misture diferentes leos no mesmo compressor, e esteja seguro de armazenar leos de

    mquina e hidrulicos longe do compressor parafuso. Aditivos utilizados em lubrificantes

    comuns no so compatveis com

    aqueles utilizados em sistemas de refrigerao.

    Um modelo apropriado de acum

    instalao do compressor. Enquanto compresso

    quantidade de lquido sem danificar o sistema hidrulico, possvel causar falhas freqentes

    em sistemas com amnia operando a baixas temperaturas com contnuo retorno de amnia

    lquida. Acumuladores apropriados que evitam sobrecarga de lquido podem eliminar

    problemas.

    eno

    A

    alguns coment

    A anlise do leo importante para qualquer programa de manuteno em compressores. muito

    importante analisar a quantidade de gua; alm disso, a viscosidade m

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    Compressores

    deteriorao do mancal quando ela se inicia.

    pesar dos esforos contnuos, os compressores muitas vezes tm problemas. o propsito de uma

    efinir a causa dos mesmos sem precisar da substituio de componentes

    o baixa, as condies de operao devem ser investigadas, pois podem indicar uma

    A temperatura de descarga pode estar muito baixa porque o refrigerante lquido est sendo suco ou economizador. A formao excessiva de espuma no

    o

    Alta te

    Alta temperatura de descarga pode ser causada pelo superaquecimento acima do valor de omizador.

    o filtro.

    indicaria diluio do leo. gua em excesso podem afetar seriamente o compressor se permitido um

    retorno da mesma no sistema. A anlise do metal pode detectar alguns problemas, mas usualmente os

    indica mais tarde, no que se refere a falhas mecnicas.

    A anlise de vibraes o melhor mtodo de monitorar a condio dos mancais. muito til com

    mancais de deslizamento, fornecendo uma indicao da

    Um bom programa de anlise de vibraes, planejamento de inspees peridicas com o qual se traa

    um perfil de desempenho da mquina, ou uma monitorao direta elaborada no projeto pode eliminar

    a necessidade de desmontagens de rotina e pode minimizar de maneira eficiente o risco de uma falha

    irrecupervel no compressor.

    Correo de problemas

    A

    boa lista de problemas d

    caros ou errados.

    Uma das mais teis lista de problemas uma cuidadosa anlise da temperatura de descarga. Se for

    muito alta ou muit

    grande distoro. Um processo lgico de correo deve ser seguido para determinar porque a

    temperatura de descarga est fora dos limites.

    Baixa temperatura de descarga

    carregado para a linha de

    separador ou o aparecimento de gelo na suco tambmpode ser uma causa deste problema.

    Pode indicar a condensao de refrigerante na linha de descarga durante perodos em que o

    compressor estiver desligado, indo de volta para o separador de leo e alimentando

    compressor com excesso de lquido at a instalao entrar em regime permanente.

    Tambm pode indicar fluxo de leo acima do valor de projeto. A injeo de leo est ajustada

    apropriadamente, ou poder-se-ia regular o pisto aumentando o fluxo de leo.

    mperatura de descarga

    projeto na suco ou econ

    Fluxo de leo restrito no compressor provocar altas temperaturas de descarga. Verifique a vlvula de injeo principal, orifcios de leo ou o bloqueio d

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    Compressores

    o entre volumes, uma

    er condio que cause uma mudana na posio do rotor provocar

    perando corretamente ? FCIL DESCONSIDERAR ISTO

    O futu essores parafuso em refrigerao

    s condies na indstria esto se modificando e os compressores parafuso tambm esto mudando

    portunas so listadas abaixo.

    ramentas para

    ocorram, ou seja a eletrnica auxilia na manuteo

    r nmero de

    A razo entre volumes e a vlvula de deslizamento esto calibradas para operarem corretamente? Se o compressor estiver operando numa incorreta raz

    potncia excessiva ser consumida na compresso, o que sempre acarreta um aumento na

    temperatura de descarga.

    O compressor est nos primeiros estgios de falha ou perdendo a posio axial devido a

    golpes do mancal? Qualqu

    um vazamento de lbulo a lbulo e altas temperaturas de descarga. Se isto for suspeito, a

    anlise de vibraes a melhor maneira de avaliar a condio do compressor. Se a anlise de

    vibraes no for possvel, a

    inspeo de trincas pode ser usada se todas as outras possibilidades tiverem sido investigadas.

    O resfriador de leo est o

    COMO POSSIBILIDADE COM UM SOFTWARE PARA COMPRESSORES. Se o valor da

    temperatura de descarga numa elevada temperatura do leo a prevista em projeto,

    provvel que o compressor esteja livre de problemas, mas o resfriador de leo deve ser

    investigado.

    ro dos compr

    A

    para satisfazer as demandas dos clientes. Algumas reas o

    Modernas mquinas-ferramentas e equipamentos de inspeo automatizados tornam possvel

    tolerncias estreitas na fabricao de componentes, tais como o melhoramento em fer

    tornearia e o prprio meio de fabricao com o advento de mquinas controladas por computador

    (CNC). Isto melhora o desempenho do compressor de parafuso, por permitir ajustes mais finos e um

    melhor acabamento superficial dos lbulos.

    A grande utilizao da eletrnica est na economia de energia, simplificao da manuteno e na

    antecipao de problemas antes que eles

    preventiva e preditiva. Isso reduz o consumo de energia, custos operacionais e custos de manuteno

    e desgaste da mquina. Os computadores pessoais mudaram nossas vidas e esto tambm mudando a

    sala de mquinas. A indstria de refrigerao est significativamente atrs da indstria automotiva e

    agroindstria no que diz respeito ao uso da eletrnica, mas isto deve ser logo superado.

    Os requisitos para a regulagem e os projetos acerca dos vazamentos esto em novos nveis. Novos

    projetos de vedao do eixo, eliminao de tubos roscados, pequenas cargas e maio

    construes soldadas so reas que esto avanando rapidamente, a simulao numrica por meio de

    elementos finitos, permite confeccionar partes dos compressores com maior rapidez, maior ajuste e

    minimizando as perdas de carga e o rudo.

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    Compressores

    de nmero de aplicaes. Podemos pensar em reas

    exibilidade. A inovao contnua no

    Sempre que uma superfcie se move em relao outra, haver uma fora contrria a esse

    to. Esta fora denomina-se fora de atrito ou resistncia ao movimento, Carreteiro (1988).

    e

    Produo de fluxos irregulares de metal durante o processo de conformao; Aparecimento de tenses residuais no produto; Influncia sobre a qualidade superficial dos produtos; Elevao da temperatura do material e do equipamento em geral a nveis capazes de

    Aumento do consumo de energia necessria a deformao. Apesar destes aspectos desfavorveis, processos de conformao dependem do atrito, pois esta fora

    uando h contado de duas sup

    mento Quando uma superfcie se desloca diretamente em contato com a outra.

    cos

    Baixos nveis de rudo na sala de mquinas esto se tornando importantes. Compressores silenciosos

    esto sendo especificados para um gran

    hospitalares, aeroportos, portos, consultrios medico dentrio.

    certo que estas mudanas acontecero. O compressor parafuso tem provado que um componente

    fundamental em sistemas pela sua eficincia, segurana e fl

    projeto melhorar seu desempenho no futuro.

    Atrito

    movimen

    Na conformao mecnica dos metais, o atrito est presente em todos os processos. Entre os aspectos

    relevantes da conformao mais diretamente ligados ao atrito, segundo Helman (1993) pode-s

    assinalar:

    Alterao, geralmente desfavorvel, dos estados de tenso necessrios para a deformao;

    comprometer-lhe as propriedades mecnicas;

    Aumento do desgaste da ferramenta;

    necessria para a conformao do material, Helman (1993).

    Considerando o tipo de contato entre as superfcies em movimento, Carreteiro (1998), classifica o

    atrito em slido e fluido.

    Atrito slido Q erfcies entre si Figura 35 Pode ser dividido entre:

    Atrito de desliza

    Atrito rolante Quando o deslocamento se d atravs de rotao de corpos cilndricos e esfri

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    Compressores

    olocados entre as superfcies em movimento.

    Quando existir uma cam cie em movimento. O

    fluido que forma esta camada cha

    icao.

    Lubrificao Lubrificar aplicar uma substncia (lubrificante) entre duas superfcies em movimento relativo,

    formando uma pelcula, que evita o contato direto entre as superfcies, promovendo queda do

    coeficiente de atrito, e conseq lor.

    egundo Kobayashi (1989), a maioria do conhecimento da lubrificao da conformao de metal

    ito pouca informao baseada em anlise.

    rfcies,

    a

    das alturas das rugosidades das mesmas, Carreteiro (1998).

    m tipo de lubrificante entre as duas faces

    da

    Segundo Carreteiro (1998), os lubrificantes se dividem em trs grupos:

    es lquidos utilizados na industria, mais comumente chamados de leos lubrificantes,

    c

    Figura 35. Superfcie sem lubrificao, Castrol do Brasil.

    Atrito fluido ada fluida (liquida ou gasosa) separando a superf

    ma-se lubrificante Figura 35.

    Figura 35. Superfcie com lubrif

    entemente do desgaste e da gerao de ca

    S

    emprica, com mu

    A funo precpua do lubrificante possibilitar que o movimento se faa com um mnimo de

    aquecimento, rudo e desgaste. Isto possvel substituindo-se o atrito direto entre duas supe

    [Figura 34], que, em geral, so metlicas, por uma camada lubrificante que deve ser superior som

    A Figura 34 mostra uma superfcie onde no se aplica nenhu

    do material, enquanto que na Figura 35 se v o uso de um lubrificante entre as duas faces.

    Os modernos lubrificantes so uma composio de leos bsicos que podem ser minerais ou

    sintticos, com ou sem aditivos, Carreteiro (1998).

    Esta substncia interposta [Figura 35] pode ser fluida ou sli

    Lquidos. Pastosos. Slidos.

    Lubrificantes Lquidos:

    Os lubrificant

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    Compressores

    mineral, derivados de petrleo e dependendo da cadeia qumica predominante podem

    s (cadeia aberta) ou parafinicos (cadeia fechada). Com o desenvolvimento de aditivos a

    industria conseguiu desenvolver e melhorar as qualidades desejveis dos leos, Carreteiro (1998).

    resistncia interna oferecida pelas molculas de uma camada do leo, quando esta deslocada em

    relao outra, Carreteiro (1998).

    ra de todos os lquidos alto e a temperatura deve ser

    cuidadosamente referida em qualquer medida de temperatura, Carreteiro (1998).

    re a viscosidade absoluta pelo peso especfico do fluido chamado de viscosidade

    dos para trabalharem protegidos por uma pelcula contnua de

    tir o contato entre as

    undamental e preciso conhecer bem as caractersticas da viscosidade nas

    vrias temperaturas envolvidas, Carreteiro (1998).

    A avaliao da variao da viscosidade com a temperatura obtidas atravs do ndice de viscosidade

    variao que a viscosidade sofre com a temperatura

    so de origem

    ser naftnico

    Caractersticas dos lubrificantes lquidos:

    1- Viscosidade

    A caracterstica mais importante de um leo lubrificante sua viscosidade que determina sua

    O coeficiente de viscosidade temperatu

    O quociente ent

    cinemtica e medida em "stokes (cm/seg.). como os valores em stokes so muito grandes para os

    casos prticos, usa se a indicao da viscosidade em centistokes (stokes/100), Carreteiro (1998).

    Como os mecanismos so projeta

    lubrificante, entre as superfcies em contato, como foi descrito antes, a viscosidade do lubrificante

    tem que ser grande o suficiente para assegurar a formao da pelcula sem permi

    partes, Carreteiro (1998).

    2- Variao da viscosidade com a temperatura:

    Todos leos so sensveis a mudanas de temperatura no que diz respeito viscosidade e esta

    variao no linear e sim exponencial, como no trabalho com mquinas so freqentes as variaes

    de temperatura, torna se f

    que um valor emprico obtido da relao entre a

    e as variaes de dois leos de referencia, um relativamente sensvel (ndice de viscosidade 0) e outro

    relativamente insensvel (ndice de viscosidade 100) , Carreteiro (1998)

    3- Grau API

    Freqentemente mencionada em especificaes ou anlises de leos lubrificantes, uma grandeza

    denominada grau API. Trata-se, no de uma grandeza, mas de uma unidade de densidade, se que

    existe unidade para medir densidade, pois a densidade por ser uma relao, expressa por nmero

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    Compressores

    uidez

    leo a menor temperatura na qual o vapor desprendido pelo mesmo, em

    presena do ar, inflama-se momentaneamente ao se lhe aplicar uma chama, formando-se um lampejo.

    Lubrif antes Pastosos:

    o graxas resultam da emulso de leos em uma substancia

    So mu as as aplicaes onde a graxa utilizada preferencialmente aos leos . Uma de suas grandes

    vantagens est em proteger o mancal contra a entrada de p , areia etc. , devido camada protetora

    eixo sai da caixa do mancal de rolamento, por exemplo, dispensando as

    purezas arranhando e danificando os eixos e

    Os lubrificantes slidos devem apresentar uma dureza menor que os corpos a separar e possuir um

    baixo coeficiente de cisalhamento e estabilidade a altas temperaturas, Carreteiro (1998).

    os onde os leos tendem a fixar poeira e tornarem se gomosos. Evitam

    abstrato, Carreteiro (1998).

    5- Ponto de fl

    O ponto de fluidez, tambm chamado de ponto de gota ou ponto de congelao, vem a ser a

    temperatura mnima na qual o leo ainda flui.

    6- Ponto de fulgor

    O ponto de fulgor de um

    ic

    Os lubrificantes pastosos conhecidos com

    espessante, geralmente um sabo e a natureza da base metlica que origina o sabo determinam a

    aparncia, cor e textura da graxa, Carreteiro (1998).

    it

    que se forma no ponto onde o

    vedaes delicadas necessrias lubrificao com leos, Carreteiro (1998).

    Uma outra vantagem a proteo promovida em comparao com os leos, onde os leos

    contaminados podem servir de veculo para as im

    mancais. Um inconveniente no entanto a baixa resistncia das graxas a altas temperaturas, quando

    as graxas dependendo da natureza da emulso tendem a dissociar o leo do sabo, perdendo suas

    caractersticas e deixando de exercer sua funo lubrificante, Carreteiro (1998).

    Lubrificantes Slido:

    O lubrificante slido qualquer material usado como p ou como um filme na superfcie de forma a

    prover proteo e evitar danos durante o movimento relativo e para reduzir o atrito e o desgaste,

    Booser (1983).

    Sendo secos , so indicad

    tambm que possa haver o derramamento lubrificante, pela sua caracterstica de ser usado a seco.

    Entre outros destacam se a grafite, o bissulfeto de molibdnio, os plsticos como o nylon e o teflon, a

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    Compressores

    sulfato de prata e o brax, Carreteiro (1998).

    sicos, reforam algumas de sua

    edem novas qualidades ou eliminam propriedades indesejveis. Os aditivos so

    eles que modificam certas caractersticas fsicas, tais como

    ponto de fluidez, espuma e ndice de viscosidade; segundo aqueles cujo efeito final e de natureza

    qumica, tais como inibidores de oxidao, detergentes, agentes extrema presso (EP) e outros,

    btidos por sntese qumica, sendo que os principais leos sintticos podem ser

    lassificados como:

    steres de cidos dibsicos, sendo superiores aos leos de petrleo na sua relao viscosidade enos volteis, quanto ao poder lubrificante, estabilidade trmica e resistncia a

    sua volatilidade baixa e sua relao viscosidade temperatura ligeiramente

    a estabilidade trmica e hidroltica

    mica, o talco, o

    Helman (1993) descreve que as funes de um lubrificante so mltiplas e complexas. Descreve

    tambm que as caractersticas de um lubrificante ideal so:

    Manter inalteradas as condies de lubrificao, a altas temperaturas e presses. Diminuir o atrito superficial at valores exigidos pelo processo. Dissipar o calor. No apresentar caractersticas txicas.

    Aditivos em lubrificantes

    Os aditivos so compostos qumicos que adicionados aos leos b

    qualidades ou lhes c

    classificados em dois grupos, primeiro aqu

    Carreteiro (1998).

    leos sintticos

    Carreteiro (1998), descreve que as necessidades industriais e especialmente militares de lubrificantes

    aptos a suportar as condies mais adversas possveis conduziram ao desenvolvimento dos produtos

    sintticos, isto , o

    c

    temperatura e m

    oxidao so comparveis a um bom lubrificante de petrleo, no so corrosivos para os metais,

    porm age como solvente sobre borracha, verniz e plsticos.

    steres de organofosfatos, tem um poder lubrificante muito alto e no so inflamveis como os leos de petrleo,

    melhor que aos leos de petrleo, tendo boa resistncia a oxidao, mas sua estabilidade at a

    150 C.

    steres de silicatos, possuem qualidades de baixa volatilidade e relao viscosidade temperatura

    que os colocam entre os melhores sintticos, entretanto su

    deixam a desejar.

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    Compressores

    s de fenil siloxano ou polmeros de metil fenil siloxano, o aumento do teor de fenil

    temperatura.

    Silicones, o nome silicone usado para designar fluidos que so polmeros de metil siloxano,

    polmero

    aumenta a estabilidade ao calor mas diminui o ndice de viscosidade, embora permanecendo acima

    dos leos de petrleo.aplicados em campos que requerem a mnima variao possvel da

    viscosidade com a

    Compostos steres de poliglicol, tem excelente relao temperatura viscosidade e superam os leos minerais em baixa volatilidade, estabilidade trmica, resistncia a inflamao e poder

    lubrificante, mas perdem na resistncia a oxidao. Mas podem ser melhorados com aditivos

    antioxidantes.

    Atrito slidoAtrito fluido

    Lubrificantes Lquidos:Caractersticas dos lubrificantes lquidos:1- Viscosidade2- Variao da viscosidade com a temperatura:

    Lubrificantes Pastosos:Lubrificantes Slido:Aditivos em lubrificantesleos sintticos