apostila de custos

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Contabilidade de Custos Marcelo Bernardino Araújo 1

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Page 1: Apostila de Custos

Contabilidade de Custos

Marcelo Bernardino Araújo

1

Page 2: Apostila de Custos

CONTABILIDADE DE CUSTOS

Prof. Marcelo Bernardino Araújo

Sumário

BOLOS DOCES - A LOJA COMERCIAL.............................................................................4

BOLOS DOCES - A INDÚSTRIA........................................................................................5

SEPARAÇÃO DOS GASTOS - CLASSE A........................................................................8

ESQUEMA BÁSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS - INTRODUÇÃO.....................9

APROPRIAÇÃO BÁSICA - BOA SORTE.........................................................................14

DEMONSTRAÇÃO RESULTADOS..................................................................................16

CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS.........................................................................19

DEPARTAMENTALIZAÇÃO - INÍCIO - MINIATURAS METÁLICAS...............................23

DEPARTAMENTALIZAÇÃO - TEORIA............................................................................27

APROPRIAÇÃO BÁSICA - LAVABEM............................................................................44

DEPARTAMENTALIZAÇÃO - LAVABEM........................................................................47

DEPARTAMENTALIZAÇÃO - BOA FORMA....................................................................52

DEPARTAMENTALIZAÇÃO – JÚPITER..........................................................................55

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE MATERIAIS - MALHARIA ESCOLAR.......................57

CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS - FIXA E VARIA..............................................................61

TAXAS PRÉ-DETERMINADAS.........................................................................................62

EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO......................................................................................76

CUSTOS FIXOS, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO..........................................83

O PROBLEMA DA ALOCAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS..................................................83

PROBLEMAS DA ALOCAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS....................................................85

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO – FATOR LIMITATIVO..................................................91

CUSTEIO VARIÁVEL X CUSTEIO POR ABSORÇÃO.....................................................92

EXERCÍCIO DE CONT. DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO.. .94

CUSTEIO VARIÁVEL X CUSTEIO POR ABSORÇÃO - EXERCÍCIO..............................95

O CASO DOS AMENDOINS ............................................................................................97

2

Page 3: Apostila de Custos

PONTO DE EQUILÍBRIO.................................................................................................102

CUSTO PADRÃO.............................................................................................................107

3

Page 4: Apostila de Custos

Bolos Doces - A loja comercial

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Loja Bolos Doces Ltda. compra e vende, entre outros produtos, bolos de

chocolate e rocamboles de leite condensado.

Em um determinado mês, em que não havia estoque inicial, a movimentação de

compras e vendas foi a seguinte:

Bolo de chocolateCompras Vendas

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade05 100 bolos R$ 22,00/unid.05 a 15 90 bolos a R$ 35,00/unid.

16 120 bolos R$ 23,95/unid.16 a 30 110 bolos a R$ 35,00/unid.

RocamboleCompras Vendas

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade05 60 rocamb. R$ 18,00/unid.05 a 15 55 rocamb. A R$ 29,00/unid.

16 60 rocamb. R$ 19,95/unid.16 a 30 55 rocamb. A R$ 29,00/unid.

Considerando-se que a empresa utiliza o método de avaliação PMPM – Preço

Médio Ponderado Móvel, pede-se:

1. Qual foi o resultado das vendas de cada doce?

2. Quais foram os estoques finais (em valores monetários) de cada tipo de

doce?

4

Page 5: Apostila de Custos

Bolos Doces - A indústria

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Empresa Bolos Doces Ltda. produziu durante determinado mês, em que não

havia nenhum tipo de estoque inicial, 1.000 bolos de chocolate e 500 rocamboles

de leite condensado. Para elaborar esses produtos ela teve os seguintes gastos:

Ingredientes medida Bolo Rocambole

Ovos dz 580 320Leite condensado lata 1.000 1.000Côco ralado kg - 100Chocolate em pó kg 100 -Chocolate amargo kg 170 -Demais (manteiga, açúcar, farinha, fermento, leite, embalagem)

R$ 2.090,40 711,60

Para cálculo dos valores das principais matérias-primas consumidas para a

produção dos produtos a empresa utilizou o método de avaliação PMPM – Preço

Médio Ponderado Móvel, de acordo com os seguintes quadros:

OvosCompras Consumo

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade02 600 dz R$ 2,50/dz02 a 15 290 dz p/ bolo

160 dz p/ rocambole16 600 dz R$ 2,80/dz16 a 30 290 dz p/ bolo

160 dz p/ rocambole

Leite condensadoCompras Consumo

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade02 1.200 latas R$ 1,80/lata02 a 15 500 latas p/ bolo

500 latas p/ rocambole16 1.000 latas R$ 2,04/lata16 a 30 500 latas p/ bolo

500 latas p/ rocambole

5

Page 6: Apostila de Custos

Côco raladoCompras Consumo

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade02 70 kg R$ 15/kg02 a 15 50 kg16 40 kg R$ 18/kg16 a 30 50 kg

Chocolate em póCompras Consumo

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade02 100 kg R$ 20/kg02 a 30 100 kg

Chocolate em barraCompras Consumo

Dia Quantidade Preço Unitário Quantidade02 170 kg R$ 22/kg02 a 30 170 kg

Para se fazer cada tipo de produto a empresa teve os seguintes gastos com mão-

de-obra direta (aquelas pessoas que trabalham diretamente com cada produto):

Produto Mão-de-obra diretaBolo R$ 2.340,00Rocambole R$ 1.020,00

Além dos gastos mencionados, a empresa teve outros, considerados indiretos e

que foram apropriados aos produtos através de rateios. Os valores encontrados

foram os seguintes:

Produto IndiretosBolo R$ 1.410,00Rocambole R$ 930,00

A empresa vendeu 900 bolos a R$ 22,00 cada um e 480 rocamboles a R$ 18,00

cada.

6

Page 7: Apostila de Custos

Pede-se:

1. Quanto que a empresa gastou para fazer cada produto?

2. Qual foi o resultado das vendas de cada produto?

3. Qual foi o resultado das vendas da empresa?

4. Quais foram os estoques finais (em valores monetários) dos dois produtos?

7

Page 8: Apostila de Custos

Separação dos Gastos - Classe A

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

1. Os gastos da Indústria Classe A Ltda. foram os seguintes:

Gastos R$

Matéria-prima consumida 300

Financeiros 30

Comissões de vendas 80

Honorários da diretoria 35

Material de consumo do escritório 10

Depreciação da fábrica 15

Salários da fábrica 140

Energia elétrica da fábrica 35

Materiais diversos da fábrica 65

Salários da administração 90

Manutenção da fábrica 20

Correio, telefone, fax 10

Entrega 15

a) Quais são os custos? O que será feito com eles?

b) Quais são as despesas? O que será feito com elas?

2. Como são tratadas as perdas normais em um processo de produção?

8

Page 9: Apostila de Custos

Esquema básico da Contabilidade de Custos - Introdução

Adaptação do capítulo 5, do livro texto de Contabilidade de Custos, autor Eliseu

Martins, da Editora Atlas

1º PASSO: A separação entre custos e despesas

Gastos (em R$)

Comissões de vendedores 80.000

Salários da fábrica 120.000

Matéria-prima consumida 350.000

Salários da administração 90.000

Depreciação na fábrica 60.000

Seguros da fábrica 10.000

Gastos financeiros 50.000

Honorários da diretoria 40.000

Materiais diversos – fábrica 15.000

Energia elétrica – fábrica 85.000

Manutenção – fábrica 70.000

Gastos de entrega 45.000

Correios, telefone 5.000

Material de consumo – escritório 5.000

2º PASSO: A apropriação dos custos diretos

A empresa consegue apropriar diretamente (através de medições objetivas) aos

seus produtos os seguintes custos:

Matéria-prima: através de um sistema de requisições a empresa determina com

exatidão a quantidade de matéria-prima utilizada na fabricação de

cada produto. Essa quantidade é transformada em valor monetário

(custo).

Produto Custo da

9

Page 10: Apostila de Custos

Matéria-prima

A 75.000

B 135.000

C 140.000

Total 350.000

Mão-de-obra: do total de mão-de-obra, R$ 120.000, a empresa consegue

apropriar diretamente R$ 90.000, através de apontamento de

quanto tempo os operários trabalham para fazer cada produto.

Esse tempo é transformado em valor monetário (custo).

Produto Custo da

M.O.D.

A 22.000

B 47.000

C 21.000

Total 90.000

Energia elétrica: do total de energia elétrica, R$ 85.000, a empresa consegue

apropriar diretamente R$ 45.000, por ter instalado medidores

em algumas máquinas, possibilitando a identificação do

consumo de energia com a fabricação de cada produto. Esse

consumo é transformado em valor monetário (custo).

Produto Custo da

Energia elétrica

A 18.000

B 20.000

C 7.000

Total 45.000

Resumindo, tem-se:

10

Page 11: Apostila de Custos

Produto Matéria-prima M.O.D. Energia Elet. Total dos

Custos Diretos

A 75.000 22.000 18.000 115.000

B 135.000 47.000 20.000 202.000

C 140.000 21.000 7.000 168.000

Total 350.000 90.000 45.000 485.000

3º PASSO: A apropriação dos custos indiretos

Os custos que não puderam ser apropriados diretamente aos produtos serão

alocados através de rateio (estimativas). Os custos que ainda não foram

apropriados são os seguintes:

Gastos (em R$)

Salários da fábrica (M.O.I.) 30.000

Depreciação na fábrica 60.000

Seguros da fábrica 10.000

Materiais diversos – fábrica 15.000

Energia elétrica – fábrica –

Indireta

40.000

Manutenção – fábrica 70.000

Total dos custos indiretos 225.000

A empresa terá que apropriar esses custos indiretos através de estimativas ou

rateios. Para cada um deles pode determinar um critério de rateio específico.

No caso em questão a empresa resolveu somar todos os custos indiretos e utilizar

um único critério de rateio: com base no que cada produto recebeu de custos

diretos.

11

Page 12: Apostila de Custos

Dessa forma, com base nos custos diretos, tem-se:

Produto Total dos

Custos Diretos

Proporção

%

A 115.000 23,71

B 202.000 41,65

C 168.000 34,64

Total 485.000 100,00

A proporção encontrada nessa base de rateio escolhida será utilizada para

distribuir os custos indiretos aos produtos, conforme segue:

Produto Proporção%

Rateio dos Custos IndiretosR$

A 23,71 53.351

B 41,65 93.711

C 34,64 77.938

Total 100,00 225.000

O custo total de cada produto é encontrado somando-se os custos diretos com os

indiretos, como segue:

Produto Custos Diretos

R$

Custos Indiretos

R$

Custo Total

R$ A 115.000 53.351 168.351

B 202.000 93.711 295.711

C 168.000 77.938 245.938

Total 485.000 225.000 710.000

Se a empresa tivesse escolhido outro critério de rateio, como por exemplo a

proporção de que cada produto recebeu de mão-de-obra direta, os valores

rateados seriam diferentes, como pode-se observar no quadro seguinte:

12

Page 13: Apostila de Custos

Produto M.O.D. Proporção%

A 22.000 24,44

B 47.000 52,22

C 21.000 23,33

Total 90.000 100,00

O rateio dos custos indiretos ficaria, portanto, da seguinte forma:

Produto Proporção%

Rateio dos Custos IndiretosR$

A 24,44 55.000

B 52,22 117.500

C 23,33 52.500

Total 100,00 225.000

Os custos totais seriam iguais a:

Produto Custos Diretos

R$

Custos Indiretos

R$

Custo Total

R$ A 115.000 55.000 170.000

B 202.000 117.500 319.500

C 168.000 52.500 220.500

Total 485.000 225.000 710.000

Comparando-se o custo total de cada produto nos dois critérios utilizados

observa-se valores diferentes, o que pode provocar análises distorcidas, podendo

também diminuir o grau de credibilidade com relação às informações de Custos.

13

Page 14: Apostila de Custos

Apropriação básica - Boa Sorte

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A empresa Boa Sorte Ltda. apresentou os seguintes dados, referentes ao

último mês:

Produto M.O.Direta Mat. Prima Horas M.O.D. Horas-Máquina

R$ R$ hmod hm

A 13.000 45.000 900 300

B 19.500 30.000 500 500

C 32.500 25.000 600 200

Sabe-se que a empresa ainda teve os seguintes gastos:

Gastos R$

Mão-de-obra indireta 15.000

Depreciação equip. fábrica 20.000

Depreciação equip. escritório 10.000

Expediente 7.000

Energia elétrica indireta 10.000

Salário dos vendedores 11.000

Aluguel da fábrica 5.000

Outros custos indiretos 20.000

Os custos indiretos são apropriados com base no custo da mão-de-obra

direta aplicada em cada produto.

As quantidades produzidas e vendidas, bem como os preços de venda,

foram os seguintes:

Produto Quant. Produzida Quant. vendida Preço de Venda

em unidades em unidades R$/unidade

A 900 700 120

B 750 650 130

C 1.000 850 130

14

Page 15: Apostila de Custos

Sabendo-se que não havia outros estoques:

a) calcule o resultado bruto e o estoque final de produtos acabados de cada

produto;

b) faça o demonstrativo de resultados da empresa;

c) apure o estoque final de produtos acabados da empresa;

15

Page 16: Apostila de Custos

Demonstração Resultados

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A empresa Fabrica e Estoca Ltda. teve a seguinte movimentação de gastos em

um determinado período:

Compra de matéria-prima: R$ 15.000

Mão-de-obra.....................: R$ 5.000

Energia elétrica fábrica.....: R$ 1.000

Outros custos....................: R$ 900

Seus estoques foram os seguintes:

Em R$Estoque de Inicial Final

Matéria-prima 2.000 5.000Produtos em elaboração 4.000 3.000

Produtos acabados 4.500 2.500

Pede-se para calcular:

Conforme Eliseu Martins (Cont. de Custos, editora Atlas):

1) Custo de produção do período: É a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica;

2) Custo da produção acabada: É a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completadas no presente período;

3) Custo dos produtos vendidos: É a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas épocas diferentes

16

Page 17: Apostila de Custos

1. A fábrica Fabrica de Tudo Ltda. incorreu em um determinado mês nos seguintes gastos:

R$

Compra de matéria-prima 400.000Devolução de 10% das compras acimaMão-de-obra direta 300.000Custos Indiretos 250.000

Outros dados:Estoque inicial de matéria-prima 120.000Estoque inicial de produtos em elaboração 180.000Estoque inicial de produtos acabados 30.000

Estoque final de matéria-prima 40.000Estoque final de produtos em elaboração 100.000Estoque final de produtos acabados 50.000

Pede-se calcular:

a) o custo de produção do mês (CPP);

b) o custo da produção acabada no mês (CPA);

c) o custo da produção vendida no mês (CPV)

17

Page 18: Apostila de Custos

2. A fábrica Fabrica de Tudo Ltda. incorreu em um determinado mês nos seguintes gastos:

R$

Compra de matéria-prima 400.000Devolução de 15% das compras acimaMão-de-obra direta 340.000Custos Indiretos 300.000

Outros dados:Estoque inicial de matéria-prima 100.000Estoque inicial de produtos em elaboração 150.000Estoque inicial de produtos acabados 50.000

Despesas Administrativas 105.000Despesas Financeiras 10.750Despesas Comerciais 74.250

Estoque final de matéria-prima 80.000Estoque final de produtos em elaboração 50.000Estoque final de produtos acabados ?

Receita de vendas: a empresa vendeu 90% do total de produtos acabados por:

1.485.000

Pede-se calcular:

a) o custo de produção do mês (CPP);

b) o custo da produção acabada no mês (CPA);

c) o custo da produção vendida no mês (CPV);

d) o estoque final de produtos acabados;

e) o resultado bruto;

f) o resultado líquido (LAIR);

18

Page 19: Apostila de Custos

Custos Fixos e Custos Variáveis

EXERCÍCIOS DE CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

1. Uma empresa tem custo total de R$ 25.000 quando produz 1.000 unidades em

um período e de R$ 45.000 quando produz 2.000 em outro período. Responda:

a) qual é o custo fixo de cada período?

b) qual é o custo variável de cada período?

c) qual é o custo fixo unitário de cada período?

d) qual é o custo variável unitário de cada período?

e) qual é o custo total unitário de cada período?

19

Page 20: Apostila de Custos

2. O custo variável unitário varia de acordo com a quantidade produzida?

Explique.

3. O custo fixo unitário varia de acordo com a quantidade produzida?

Explique.

4. Por que o custo total por unidade produzida (custo total unitário) é menor

na produção em grande escala?

5. Assinale a alternativa correta: o custo variável unitário é:

a) crescente com o acréscimo da quantidade produzida;

b) constante para qualquer quantidade produzida;

c) decrescente com o acréscimo da quantidade produzida;

d) decrescente com o decréscimo da quantidade produzida;

e) crescente com o decréscimo da quantidade produzida;

20

Page 21: Apostila de Custos

6. Quando determinada empresa produz 1.000 unidades por mês, seus

custos fixos são de R$ 24.000 e os variáveis de R$ 40.000. Qual é o valor do

custo total para uma produção de 1.250 unidades?

7. O que representam os custos fixos para a empresa?

8. Assinale a alternativa correta: os custos que não variam em função do

volume de atividade da empresa, dentro de um certo período de tempo e numa

certa capacidade instalada, são:

a) fixo total e variável total;

b) fixo unitário e variável total;

c) fixo unitário e variável unitário;

d) fixo total e total;

e) fixo total e variável unitário;

21

Page 22: Apostila de Custos

9. Assinale a alternativa correta: um custo é fixo quando:

a) o seu valor varia de acordo com o volume de produção;

b) o seu valor está ligado ao consumo de matéria-prima;

c) trata-se de despesa financeira;

d) seu valor é determinado independentemente de aumentos ou diminuições de

volume de produção;

e) varia inversamente proporcional ao volume de produção;

22

Page 23: Apostila de Custos

Departamentalização - Início - Miniaturas Metálicas

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

ADAPTAÇÃO DA TEORIA – INÍCIO DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO – CAPÍTULO 6 - LIVRO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS – ELISEU MARTINS – EDITORA ATLAS

A empresa Miniaturas Metálicas Ltda. produz carrinhos para colecionadores. Seus

custos e despesas para determinado período foram os seguintes (em R$):

Matéria-prima consumida 70.000

Mão-de-obra direta 55.000

Salários da administração 7.000

Depreciação de equipamentos da fábrica 20.000

Manutenção na fábrica 7.000

Depreciação de equipamentos do escritório 4.000

Energia elétrica do escritório 1.000

Energia elétrica da fábrica 8.000

Manutenção no escritório 1.000

Supervisão da fábrica 10.000

Comissão de vendas 10% do preço de venda

Financeiros 2.500

Outros custos indiretos 9.000

A matéria-prima foi apropriada através de requisições efetuadas para se produzir

os três diferentes produtos, A, B e C. Os valores alocados foram (em R$):

Produto Matéria-prima

A 26.000

B 19.000

C 25.000

Total 70.000

23

Page 24: Apostila de Custos

Os apontamentos de Mão-de-obra direta permitiram a seguinte apropriação

(em R$):

Produto M.O.D.

A 24.000

B 11.000

C 20.000

Total 55.000

Devido à preponderância de Custos Indiretos ligados a equipamentos

(depreciação, manutenção, energia) a empresa decidiu fazer a distribuição de

todos os Custos Indiretos aos produtos com base no tempo de horas-máquina

que cada um levou para ser fabricado. As informações para rateio são as

seguintes:

Produto Horas-Máquina

A 400

B 200

C 400

Total 1.000

As quantidades produzidas e vendidas de cada produto, além do preço de

venda unitário são apresentados a seguir:

Produto Quantidade

Produzida

Quantidade

Vendida

Preço de

Venda (R$)

A 4.000 3.500 40,00

B 2.000 1.600 35,00

C 5.000 4.300 30,00

24

Page 25: Apostila de Custos

Sabendo-se, ainda, que não havia estoques iniciais e que não havia estoque

final de produtos em elaboração, pede-se para calcular:

1. Quadro de apropriação dos custos totais aos produtos;

2. Cálculo do custo total unitário de cada produto;

3. Lucro bruto unitário de cada produto;

4. Resultado bruto de cada produto;

5. Resultados bruto e líquido da empresa

25

Page 26: Apostila de Custos

ADAPTAÇÃO DA TEORIA – INÍCIO DA DEPARTAMENTALIZAÇÃO – CAPÍTULO

6 - LIVRO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS – ELISEU MARTINS – EDITORA

ATLAS

Acompanhando o processo de fabricação dos produtos, obteve-se o consumo de

horas-máquina que cada um deles teve nos departamentos de produção,

conforme segue:

Produto Corte Montagem Acabamento Total

HM HM HM HM

A 100 50 250 400

B 200 - - 200

C - 250 150 400

TOTAL 300 300 400 1.000

Completando-se a análise, verificou-se, também, que os custos indiretos

distribuíram-se da seguinte forma pelos departamentos de produção:

Departamento Corte Montagem Acabamento Total

R$ R$ R$ R$

Depreciação 10.000 3.000 7.000 20.000

Manutenção 3.000 2.000 2.000 7.000

Energia 3.000 3.000 2.000 8.000

Supervisão 5.000 2.000 3.000 10.000

Outros C. Ind. 1.500 5.000 2.500 9.000

TOTAL 22.500 15.000 16.500 54.000

Levando-se em conta os dados acima, pede-se para refazer os cálculos, com a

apropriação dos custos indiretos considerando-se as horas-máquina trabalhadas

para cada produto em cada departamento.

26

Page 27: Apostila de Custos

Departamentalização - teoriaA APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS INDIRETOS ATRAVÉS DA

DEPARTAMENTALIZAÇÃO

RESUMO

1. Identificar os Custos Indiretos com os Departamentos onde foram

incorridos. No caso do custo não estar identificado com nenhum

departamento, como por exemplo o Aluguel, deve ser atribuído a um

departamento comum a toda a fábrica;

2. Estabelecer a ordem (hierarquizar) de rateio dos Departamentos de

Serviços. A ordem é estabelecida em função da prestação de serviços: o

departamento de serviço que presta mais serviços (mais auxilia) aos

demais departamentos de serviços do que deles recebe ajuda deve ter seu

custo rateado (distribuído) em primeiro lugar. E assim por diante, até que

todos os custos dos departamentos de serviços sejam zerados, isto é,

totalmente distribuídos (alocados) para os Departamentos de Produção.

Como os produtos não são elaborados nos Departamentos de Serviços, é

necessário que os custos alocados aos mesmos sejam apropriados aos

Departamentos de Produção para, então, serem apropriados aos produtos.

É a forma que se tem para relacionar produtos e departamentos;

3. Fazer o rateio, de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa;

4. Apropriar os Custos Indiretos, que agora estão totalmente nos

Departamentos de Produção, aos Produtos;

27

Page 28: Apostila de Custos

DETALHAMENTO COM EXEMPLO

1. Identificar os custos indiretos com os departamentos onde foram incorridos.

Nessa fase não é feito nenhum cálculo ou rateio. Os custos são

simplesmente alocados aos departamentos onde foram gastos – é uma

apropriação direta aos departamentos, sem necessidade de rateio. Se por

acaso o custo não estiver identificado com nenhum departamento, como

por exemplo o aluguel, que é um gasto comum à fábrica, o valor deve ser

atribuído a um departamento, normalmente o de administração ou de

controle da fábrica.

Exemplo: uma determinada empresa teve os seguintes custos indiretos:

Custo R$

Aluguel 12.000

M.O.I. 43.000

Depreciação máquinas 3.510

Energia elétrica 2.250

Conforme mencionado, deve-se alocar os custos aos departamentos onde foram

incorridos:

Custos Acab. Mont. Adm.G.F. Almox. Manut. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 8.000 7.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 810 500 - 3.510

E.Elét. 750 500 1.000 - - 2.250

Total 12.750 10.700 21.810 7.500 8.000 60.760

Como o contrato de aluguel é global, isto é, para a empresa como um todo, o seu

custo é alocado a um departamento comum à fábrica – Administração Geral da

Fábrica.

28

Page 29: Apostila de Custos

A mão-de-obra indireta é apropriada diretamente aos departamentos, pois através

de controles, consegue-se determinar com exatidão onde ela está alocada, ou

seja, onde os funcionários classificados como custos indiretos trabalham.

A depreciação de máquinas também é facilmente alocada aos departamentos.

Basta conhecer-se o valor da depreciação de cada máquina e o departamento em

que cada uma delas está instalada.

Os departamentos que possuem relógios medidores de consumo de energia,

permitem que se aloque a eles, de forma direta, a energia elétrica gasta.

É importante relembrar que nessa fase são feitas apropriações diretas aos

departamentos, sem qualquer rateio.

2. Nesse exemplo, a fábrica tem dois departamentos de produção

(Acabamento e Montagem), onde os produtos são elaborados ou

transformados/modificados, e três departamentos de serviço (Administração

Geral da Fábrica, Almoxarifado e Manutenção), que auxiliam outros

departamentos, principalmente os de produção

Como os produtos não são elaborados nos departamentos de serviços, é

necessário que os custos alocados aos mesmos sejam apropriados aos

departamentos de produção para, então, serem apropriados aos produtos.

É a forma que se tem para relacionar produtos e departamentos, já que os

produtos são elaborados pelos departamentos de produção. O vínculo que

existe é entre os departamentos de produção e os produtos;

Antes de se começar o rateio é necessário estabelecer a ordem

(hierarquizar) de rateio dos departamentos de serviços. A ordem é

estabelecida em função da prestação de serviços: o departamento de

serviço que presta mais serviços (mais auxilia) aos demais departamentos

de serviços do que deles recebe ajuda, deve ter seu custo rateado

(distribuído) em primeiro lugar. E assim por diante, até que todos os custos

dos departamentos de serviços sejam zerados, isto é, totalmente

distribuídos (alocados) aos departamentos de produção.

29

Page 30: Apostila de Custos

Hierarquizar: ordem de rateio dos departamentos de serviços (da direita para a

esquerda: quem mais auxilia é colocado à direita)

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

3. Fazer o rateio, de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa;

3.1 – Distribuir (ratear) os custos do departamento Administração Geral da

Fábrica:

3.1.1 - Rateio do aluguel: de acordo com a área ocupada:

Departamento Área ocupada

(m²)

Acabamento 600

Montagem 800

Almoxarifado 400

Manutenção 200

Adm.Geral Fábrica 250

Total 2.250

Nesse quadro tem-se a área ocupada de todos os departamentos da

fábrica. No entanto, como o objetivo é que todos os custos da Adm.

Geral da Fábrica sejam distribuídos aos demais departamentos, a

área da Adm. Geral da Fábrica deve ser desconsiderada para efeito

do rateio, como segue:

Departamento Área ocupada

(m²)

30

Page 31: Apostila de Custos

Acabamento 600

Montagem 800

Almoxarifado 400

Manutenção 200

Adm.Geral Fábrica -

Total 2.000

O rateio pode ser feito, calculando-se a proporção, para em

seguida distribuir-se o custo de aluguel aos departamentos:

Departamento Área

ocupada

Proporção Rateio do

Aluguel

(m²) % R$

Acabamento 600 30 3.600

Montagem 800 40 4.800

Almoxarifado 400 20 2.400

Manutenção 200 10 1.200

Adm.Geral Fábrica - - -

Total 2.000 100 12.000

Ou pode ser feito, calculando-se o valor do aluguel por m²

(já que a base de rateio escolhida foi a área ocupada):

$ 12.000Custo do aluguel / m² = --------------- = $ 6,00 / m²

2.000 m²

Basta, agora, multiplicar a área de cada departamento pelo

valor do m², para encontrar-se o custo que será atribuído

(alocado) a cada um deles.

31

Page 32: Apostila de Custos

Departamento Área ocupada

Aluguel / m²

Rateio do Aluguel

(m²) R$ / m² R$Acabamento 600 6,00 3.600

Montagem 800 6,00 4.800

Almoxarifado 400 6,00 2.400

Manutenção 200 6,00 1.200

Adm.Geral Fábrica - 6,00 -

Total 2.000 12.000

Evidentemente que as duas formas apresentadas levam ao

mesmo resultado de distribuição de custos.

O passo seguinte é fazer a transferência dos custos, isto é,

creditar o aluguel do departamento Administração Geral da

Fábrica e debitar (fazer a apropriação) nos demais

departamentos, de acordo com o cálculo de rateio efetuado,

tendo-se:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

Observa-se que R$ 12.000 saíram (foram creditados) do

departamento Adm. Geral da Fábrica e foram alocados

(debitados) nos outros departamentos. O total da linha,

obviamente, resulta em 0 (zero), pois os custos

simplesmente foram transferidos de um departamento para

os demais.

32

Page 33: Apostila de Custos

3.1.2 - Rateio da M.O.I.: com base na quantidade de funcionários de cada departamento

Departamento Nº

funcionários

Acabamento 18

Montagem 11

Almoxarifado 6

Manutenção 5

Adm.Geral Fábrica 4

Total 44

Como já feito com a área ocupada, os dados do próprio

departamento objeto de rateio, no caso Adm. Geral da

Fábrica, não devem ser considerados, para que ele não

fique com nenhum custo. Assim, o novo quadro será:

Departamento Nº

funcionários

Acabamento 18

Montagem 11

Almoxarifado 6

Manutenção 5

Adm.Geral Fábrica -

Total 40

Calcula-se, agora, o custo da m.o.i. por funcionário:

33

Page 34: Apostila de Custos

$ 8.000Custo da m.o.i. / func. = --------------- = $ 200,00 / func.

40 func.

Multiplica-se, então, esse valor pela quantidade de

funcionários de cada departamento:

Departamento Nº

funcionários

M.O.I. /

func.

Rateio da

M.O.I.

R$ / func. R$

Acabamento 18 200,00 3.600

Montagem 11 200,00 2.200

Almoxarifado 6 200,00 1.200

Manutenção 5 200,00 1.000

Adm.Geral Fábrica - 200,00 -

Total 40 8.000

Fazendo a transferência no quadro de rateio, tem-se:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

3.1.3 - Rateio da Depreciação de Máquinas: de acordo com o custo de depreciação de máquinas que cada departamento já recebeu diretamente:

34

Page 35: Apostila de Custos

Departamento Depreciação já

recebida

Acabamento 1.000

Montagem 1.200

Almoxarifado 500

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica 810

Total 3.510

Os dados da Adm. Geral da Fábrica devem ser

desconsiderados para efeito do rateio, tendo-se, então:

Departamento Depreciação já

recebida

Acabamento 1.000

Montagem 1.200

Almoxarifado 500

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica -

Total 2.700

O cálculo do custo da depreciação pelo valor da depreciação

já alocada é:

$ 810Custo deprec./deprec. alocada. = ------------ = $ 0,30/deprec.

2.700

Esse valor é multiplicado pelo valor de depreciação que

estava apropriado a cada departamento, obtendo-se:

35

Page 36: Apostila de Custos

Departamento Deprec.

Apropriada

Deprec./deprec.

apropriada

Rateio da

Deprec.

R$ / deprec. R$

Acabamento 1.000 0,30 300

Montagem 1.200 0,30 360

Almoxarifado 500 0,30 150

Manutenção - 0,30 -

Adm.Geral

Fábrica

- 0,30 -

Total 2.700 810

Após a distribuição dos custos de depreciação de máquinas, tem-se:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

36

Page 37: Apostila de Custos

3.1.4 - Rateio da Energia Elétrica: de acordo com o custo de energia elétrica já alocado a cada departamento:

Departamento E.Elétrica já

apropriada

Acabamento 750

Montagem 500

Almoxarifado -

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica 1.000

Total 2.250

Desconsiderando-se os valores da Adm. Geral da Fábrica:

Departamento E.Elétrica já

apropriada

Acabamento 750

Montagem 500

Almoxarifado -

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica -

Total 1.250

O custo da energia elétrica pelo valor já apropriado é:

$ 1.000Custo e.e./e.e. aprop. = ------------ = $ 0,80/ e.e.

1.250

O rateio, portanto, é feito multiplicando-se esse valor pela

energia elétrica já alocada:

37

Page 38: Apostila de Custos

Departamento E.E.

Apropriada

E.E. /

E.E.Aprop.

Rateio da

E.E.

R$ / e.e. R$

Acabamento 750 0,80 600

Montagem 500 0,80 400

Almoxarifado - 0,80 -

Manutenção - 0,80 -

Adm.Geral Fábrica - 0,80 -

Total 1.250 1.000

O quadro de rateio fica da seguinte forma:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

Como todos os custos, que estavam no departamento Adm. Geral da

Fábrica foram distribuídos, deve-se fazer uma soma, atualizando dessa

forma o quadro de rateio:

38

Page 39: Apostila de Custos

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

S O M A 20.850 18.460 11.250 10.200 - 60.760

Os custos da Adm.Geral da Fábrica foram “zerados”, isto é, totalmente distribuídos. O total dos custos indiretos da empresa, evidentemente, são os mesmos do início.

O próximo passo é fazer o rateio dos custos do próximo departamento de serviço – o departamento de Manutenção.

3.2 – Ratear os custos do departamento de Manutenção:

3.2.1 – Todos os custos da Manutenção, R$ 10.200, são rateados de uma única vez, utilizando-se como critério de rateio a quantidade de máquinas instaladas nos departamentos:

Departamento Nº de

Máquinas

Acabamento 4

Montagem 6

Almoxarifado 2

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica 2

Total 14

39

Page 40: Apostila de Custos

Tanto o departamento objeto de rateio (Manutenção), quanto

o que já teve seus custos distribuídos (Adm. Geral da

Fábrica) não podem ser considerados para efeito de cálculo.

Assim, o quadro ajustado, fica:

Departamento Nº de

Máquinas

Acabamento 4

Montagem 6

Almoxarifado 2

Manutenção -

Adm.Geral Fábrica -

Total 12

Calculando-se o custo do departamento de Manutenção por

máquinas, tem-se:

$ 10.200Custo da Manut. / máq. = --------------- = $ 850 / máq.

12 máq.

Multiplicando-se valor calculado pelo número de máquinas,

obtém-se:

Departamento Nº de

Máquinas

Manut. /

máq.

Rateio do

Manut.

R$ / máq. R$

Acabamento 4 850 3.400

Montagem 6 850 5.100

Almoxarifado 2 850 1.700

Manutenção - 850 -

Adm.Geral Fábrica - 850 -

Total 12 10.200

40

Page 41: Apostila de Custos

O quadro de rateio fica da seguinte forma:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

S O M A 20.850 18.460 11.250 10.200 - 60.760

Manut. 3.400 5.100 1.700 (10.200) - -

Como todos os custos do departamento de Manutenção foram distribuídos,

recomenda-se fazer uma nova soma:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

S O M A 20.850 18.460 11.250 10.200 - 60.760

Manut. 3.400 5.100 1.700 (10.200) - -

S O M A 24.250 23.560 12.950 - - 60.760

41

Page 42: Apostila de Custos

3.3 – Ratear os custos do Almoxarifado:

3.3.1 – A empresa decidiu distribuir todos os custos do Almoxarifado, R$ 12.950, em partes iguais para os dois departamentos de produção (Acabamento e Montagem). Cada um deles receberá, portanto, R$ 6.475. Atualizando o quadro de rateio, tem-se:

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

S O M A 20.850 18.460 11.250 10.200 - 60.760

Manut. 3.400 5.100 1.700 (10.200) - -

S O M A 24.250 23.560 12.950 - - 60.760

Almox. 6.475 6.475 (12.950) - - -

Como agora todos os custos dos departamentos de serviços já foram rateados,

isto é, todos os custos foram distribuídos para os departamentos de produção,

pode-se elaborar o quadro de rateio final:

42

Page 43: Apostila de Custos

Custos Acab. Mont. Almox. Manut. Adm.G.F. Total

Aluguel 12.000 12.000

M.O.I. 11.000 9.000 7.000 8.000 8.000 43.000

Dep.Máq. 1.000 1.200 500 - 810 3.510

E.Elét. 750 500 - - 1.000 2.250

Total 12.750 10.700 7.500 8.000 21.810 60.760

Adm.G.F.

Aluguel 3.600 4.800 2.400 1.200 (12.000) -

M.O.I. 3.600 2.200 1.200 1.000 ( 8.000) -

Dep.Máq. 300 360 150 - ( 810) -

E.Elétrica 600 400 - - ( 1.000) -

S O M A 20.850 18.460 11.250 10.200 - 60.760

Manut. 3.400 5.100 1.700 (10.200) - -

S O M A 24.250 23.560 12.950 - - 60.760

Almox. 6.475 6.475 (12.950) - - -

TOTAL 30.725 30.035 - - - 60.760

Tem-se, finalmente, todos os custos indiretos nos departamentos de produção. Para concluir todo o trabalho de apropriação de custos é só estabelecer uma relação entre os departamentos de produção e produtos. Essa relação pode ser as horas de máquinas ou horas de mão-de-obra, por exemplo, que cada departamento de produção trabalha para cada produto.

43

Page 44: Apostila de Custos

Apropriação básica - Lavabem

EXERCÍCIO – CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Fábrica Lavabem Ltda. produz máquinas de lavar e de secar roupas. Os seus

custos e despesas de março de 2003 foram os seguintes:

Gastos R$ Gastos R$Aluguel da fábrica 20.000 Aluguel do escritório 5.000

Mão-de-obra direta 71.000 Mão-de-obra indireta 36.000

Matérias-primas consumidas 70.000 Salários da administração 18.000

Deprec. equip. produção 12.000 Materiais indiretos 7.000

Deprec. equip. escritório 3.000 Gastos financeiros 2.100

Gastos com entrega 4.000 Material de escritório 2.500

Demais custos indiretos 8.000 Demais despesas 3.000

A empresa apropriou os custos diretos, como se segue:

Produto Matéria-Prima M.O.D.

R$ R$

Lavadora 31.500 46.218

Secadora 38.500 24.782

Os custos indiretos foram apropriados de acordo com as horas-máquina

trabalhadas para cada produto, conforme segue:

Produto Horas-máquina

Lavadora 5.020

Secadora 4.980

T o t a l 10.000

44

Page 45: Apostila de Custos

As quantidades vendidas e produzidas e o preço de venda unitário são:

Produto Quantidade produzida

Quantidade vendida

Preço de venda

Unidade Unidade R$/unidadeLavadora 1.000 900 400

Secadora 800 640 420

Pede-se:

1. Quais são os passos para a apropriação básica de custos?

2. Cálculo do custo total unitário de cada produto;

3. Demonstrativo do resultado bruto de cada produto;

4. Demonstrativo do resultado da empresa (bruto e líquido);

5. O estoque final de produtos acabados de cada produto

45

Page 46: Apostila de Custos

Apropriação dos custos indiretos aos produtos

Custos Ind. C. Ind.R$

Lavadora

Secadora

Produto C.Diretos C.Indiretos C.Totais Qtidade C.t.unitárioR$ R$ Produzida R$/unidade

Lavadora

Secadora

T o t a l

Demonstrativo de Resultado

Lavadora Secadora Total da Empresa

R$ R$ R$Receita

46

Page 47: Apostila de Custos

Departamentalização - Lavabem

EXERCÍCIO – CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Fábrica Lavabem Ltda. produz máquinas de lavar e de secar roupas. Os seus

custos e despesas no último mês foram os seguintes:

Gastos R$ Gastos R$Aluguel da fábrica 20.000 Aluguel do escritório 5.000

Mão-de-obra direta 71.000 Mão-de-obra indireta 36.000

Matérias-primas consumidas 70.000 Salários da administração 18.000

Deprec. equip. produção 12.000 Materiais indiretos 7.000

Deprec. equip. escritório 3.000 Gastos financeiros 2.100

Gastos com entrega 4.000 Material de escritório 2.500

Demais custos indiretos 8.000 Demais despesas 3.000

A empresa apropriou os custos diretos, como se segue:

Produto Matéria-Prima M.O.D.

R$ R$

Lavadora 31.500 46.218

Secadora 38.500 24.782

Os custos indiretos foram identificados com os departamentos onde foram

incorridos, conforme segue:

47

Page 48: Apostila de Custos

Custos Ind. Adm.Geral Montagem Manutenção Acabamento T o t a lR$ R$ R$ R$ R$

Aluguel 20.000 20.000

M.O.I. 10.000 10.800 7.200 8.000 36.000

Depr. Equip. 2.400 4.400 1.600 3.600 12.000

Mat.indiretos 1.000 2.000 1.000 3.000 7.000

Demais C.I. 2.000 1.600 1.600 2.800 8.000

T o t a l 35.400 18.800 11.400 17.400 83.000

A apropriação dos custos indiretos é feita com base na departamentalização. A

distribuição (rateio) dos custos dos departamentos de serviços é feita na seguinte

ordem:

1. O primeiro departamento a ter seus custos distribuídos é o Adm. Geral da

Fábrica. Os custos desse departamento são rateados como se segue:

Aluguel: Rateado de acordo com a área ocupada de cada depto.;

Deprec.: Alocada com base no valor das máquinas de cada depto.;

M.O.I.: Apropriada com base no número de empregados;

Mat. Ind.: Rateio de acordo com o que cada depto. já recebeu de materiais

indiretos;

Demais

C. Ind.:

Os outros custos indiretos são rateados com base nas

requisições feitas pelos departamentos.

2. Os custos do departamento de Manutenção são distribuídos na mesma

proporção do valor das máquinas de cada departamento.

A apropriação dos custos indiretos dos departamentos de produção aos produtos

é feita com base nas horas-máquina utilizadas para fabricação.

As bases de rateio mencionadas estão contidas nos seguintes quadros:

48

Page 49: Apostila de Custos

Depto. Número de empregados

Área ocupada

Valor das máquinas

Materiais indiretos

Quantidade requisições

m² R$ R$Adm. Geral 3 100 10.000 1.000 150

Montagem 9 400 20.000 2.000 400

Manutenção 4 100 10.000 1.000 250

Acabamento 7 300 30.000 2.000 350

Produto Montagem AcabamentoHM HM

Lavadora 2.820 2.200

Secadora 3.180 1.800

T o t a l 6.000 4.000

As quantidades vendidas e produzidas e o preço de venda unitário são:

Produto Quantidade produzida

Quantidade vendida

Preço de venda

Unidade Unidade R$/unidadeLavadora 1.000 900 400

Secadora 800 640 420

Faça:

6. Mapa de rateio dos custos indiretos, utilizando a departamentalização;

7. Quadro dos custos totais de cada produto;

8. Cálculo do custo total unitário;

9. Demonstrativo do resultado bruto de cada produto;

10.Demonstrativo do resultado da empresa (bruto e líquido)

49

Page 50: Apostila de Custos

MAPA DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOSCustos Ind. Montagem Acabamento T o t a l

R$ R$ R$ R$ R$Aluguel 20.000

M.O.I. 10.800 8.000 36.000

Depr. equip. 4.400 3.600 12.000

Mat.indiretos 2.000 3.000 7.000

Demais C.I. 1.600 2.800 8.000

T o t a l 18.800 17.400 83.000

Apropriação dos custos indiretos aos produtos

Custos Ind. Montagem Acabamento C. IND.R$ R$ R$

Lavadora

Secadora

Produto C.Ind. C.Diretos C.TotaisR$ R$

Lavadora

Secadora

T o t a l

50

Page 51: Apostila de Custos

Demonstrativo de Resultado

Lavadora Secadora Total da Empresa

R$ R$ R$Receita

51

Page 52: Apostila de Custos

Departamentalização - Boa Forma

EXERCÍCIO - CONTABILIDADE DE CUSTOS - MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Fábrica de Aparelhos Boa Forma produz esteiras elétricas e bicicletas

ergométricas. Os Custos Indiretos de fabricação identificados com os departamentos já

foram apropriados conforme quadro a seguir:

Custos Ind. Adm. Geral Montagem Manutençã

o

Acabament

o

Total

Aluguel 10.000,00 - - - 10.000,00

M.O.I. 4.000,00 8.000,00 5.000,00 7.000,00 24.000,00

Deprec. 1.000,00 2.000,00 500,00 1.500,00 5.000,00

Materiais Ind. 200,00 800,00 200,00 1.000,00 2.200,00

Outros C.I. 100,00 400,00 200,00 500,00 1.200,00

TOTAL 15.300,00 11.200,00 5.900,00 10.000,00 42.400,00

A distribuição dos custos dos departamentos de serviços é feita na seguinte

ordem:

O primeiro departamento a ter seus custos distribuídos é o Adm. Geral da

Fábrica. O rateio segue os seguintes critérios:

Aluguel Rateado aos demais departamentos de acordo com a área ocupada

por cada um.

Deprec. Alocada com base no valor de depreciação há identificado por

departamento.

M.O.I. Apropriada aos outros departamentos com base no número de

empregados.

Demais Os custos com materiais indiretos e outros custos indiretos são

distribuídos de acordo com o que cada departamento já recebeu de

materiais indiretos.

52

Page 53: Apostila de Custos

Os custos do Depto. de Manutenção são distribuídos na mesma proporção do

número de máquinas existentes em cada departamento.

A apropriação dos Custos Indiretos aos Produtos é feita com base nas horas de

mão-de-obra direta utilizada para fabricação.

No quadro seguinte tem-se outras informações necessárias para o rateio dos

custos indiretos:

Departamento Empregados Área ocupada Máquinas

Nº m2 nº

Adm. Geral 3 100 1

Montagem 9 250 2

Manutenção 4 50 1

Acabamento 7 200 3

Produto Montagem Acabamento

HMOD HMOD

Esteira 400 200

Bicicleta 200 300

TOTAL 600 500

Os Custos Diretos, as Quantidades Produzidas e Vendidas e o Preço de Venda

Unitário de cada produto são:

Produto Mat. Prima M.O.D. Quantidade Quantidad

e

Preço Venda

$ $ Produzida Vendida $/unidade

Esteira 20.000,00 9.236,80 130 91 600,00

Biciclet

a

15.000,00 11.363,20 400 320 172,50

53

Page 54: Apostila de Custos

Calcule o resultado bruto de cada produto e o da empresa, utilizando a

departamentalização. (Utilize a folha anexa para resolução do problema).

54

Page 55: Apostila de Custos

Departamentalização – Júpiter

EXERCÍCIO – CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

1. A Cia. Júpiter apresentou os seguintes valores em seus resumos relativos aos

Custos Indiretos de Fabricação do período:

Depto. Nº empreg. Horas m.o.d. Custos m.o.d. C.I.F. (R$)

A 25 1.200 2.000

B 100 12.000 7.000

C 95 10.000 4.000

D 85 12.000 2.000

E 55 9.000 3.000

X 30 4.800 3.000 3.000

Y 90 7.200 5.200 5.000

Z 45 3.600 4.800 4.000

Depto. Critério de distribuição dos custos indiretos dos deptos. de serviços

A Serve a todos os deptos. de acordo com o número de empregados;

B Serve a todos os outros, segundo o número de horas de m.o.d.;

C Serve somente os deptos. Y e Z, na base do custo de m.o.d.;

D Serve somente o depto. X;

E Os custos de E são distribuídos aos deptos. X, Y e Z com base na

proporção 2, 2 e 1, respectivamente.

55

Page 56: Apostila de Custos

A empresa atribui os custos indiretos dos departamentos de produção aos

produtos baseada no número de horas-máquina que cada um utilizou para ser

fabricado. Os apontamentos demonstraram o seguinte:

Produto Depto. X Depto. Y Depto. Z

H.M. H.M. H.M.

1 150 - 250

2 - 300 150

3 250 100 100

Sabendo-se que os Custos Diretos do produto 1 foram de R$ 20.000, do

produto 2 de R$ 30.000 e do 3 R$ 25.000, pede-se:

a) o mapa de rateio dos C.I.F. nos critérios definidos;

b) cálculo do custo total de cada produto;

56

Page 57: Apostila de Custos

Critérios de Avaliação de Materiais - Malharia Escolar

EXERCÍCIOS DE CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

1. A Malharia Escolar Ltda. fabrica uniformes infantis. No seu primeiro mês de

atividade teve a seguinte movimentação de tecidos:

Dia COMPRAS CONSUMO

Quantidade Preço Unitário Quantidade

kg R$/kg Kg

04 300 10,00

10 300 12,00

15 300

Além da matéria-prima, foram incorridos outros custos no valor de R$ 3.000. Toda a

produção iniciada foi terminada. A empresa vendeu 90% do que terminou por R$

10.000. Qual é o resultado bruto e os estoques finais de matéria-prima e de produtos

acabados pelos três critérios de avaliação de materiais (PEPS, UEPS e PMPM)?

57

Page 58: Apostila de Custos

2. Comparando-se o consumo de matéria-prima nos três critérios de avaliação de

materiais , PEPS (primeiro que entra primeiro que sai), UEPS (último que entra primeiro

que sai) e PMPM (preço médio ponderado móvel) em uma economia inflacionária, onde

os preços são crescentes, pode-se afirmar que o valor é:

a) menor no PEPS do que no UEPS.

b) menor no PMPM do que no PEPS.

c) menor no UEPS do que no PMPM.

d) maior no PMPM do que nos outros dois critérios.

e) maior no PEPS do que nos outros dois critérios.

3. Comparando-se o estoque final de matéria-prima nos três critérios de avaliação de

materiais , PEPS (primeiro que entra primeiro que sai), UEPS (último que entra primeiro

que sai) e PMPM (preço médio ponderado móvel) em uma economia inflacionária, onde

os preços são crescentes, pode-se afirmar que o valor é:

a) menor no PEPS do que no UEPS.

b) menor no PMPM do que no PEPS.

c) menor no UEPS do que no PMPM.

d) maior no PMPM do que nos outros dois critérios.

e) maior no PEPS do que nos outros dois critérios.

58

Page 59: Apostila de Custos

4. A Malharia Escolar Ltda. fabrica uniformes infantis. No seu primeiro mês de

atividade teve a seguinte movimentação de tecidos:

DIA COMPRAS UTILIZAÇÃO

Quantidade preço unitário quantidade

Kg R$/kg Kg

04 300 8,00

10

15 300 12,00

25 300

Além da matéria-prima, foram incorridos outros custos no valor de R$

2.000. A empresa conseguiu produzir 200 uniformes, não ficando nenhum em

elaboração. Sabe-se, ainda, que foram vendidas 180 unidades ao preço unitário

de R$ 45. Qual é o resultado bruto e os estoques finais de matéria-prima e de

produtos acabados pelos três critérios de avaliação de materiais (PEPS, UEPS e

PMPM)?

59

Page 60: Apostila de Custos

5. A Malharia Escolar Ltda. fabrica uniformes infantis. No seu primeiro mês de atividade

teve a seguinte movimentação de tecidos:

DIA COMPRAS UTILIZAÇÃO

Quantidade preço unitário quantidade

Kg R$/kg Kg

04 300 15,00

10 100

15 300 18,00

25 300

A quantidade utilizada no dia 10 foi para produzir uniformes femininos e a do dia 25 para

confeccionar 150 uniformes masculinos, os quais consumiram, ainda, R$ 2.460 de outros

custos. Desses uniformes (masculinos) a empresa vendeu 120 unidades a R$ 70 cada uma.

Qual é o resultado bruto e os estoques finais de matéria-prima e de produtos acabados do

produto Uniforme Masculino pelos três critérios de avaliação de materiais (PEPS, UEPS e

PMPM)?

60

Page 61: Apostila de Custos

Custos Fixos e Variáveis - Fixa e Varia

EXERCÍCIO DE CONT. CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

Quando a empresa Fixa e Varia Ltda. produz 12.000 unidades por mês,

seus custos totais são de R$ R$ 480.000. Quando produz 10.000 unidades seus

custos totais são de R$ 410.000.

1.Qual é o custo total para uma produção de 15.000 unidades?

2.Qual é o custo fixo unitário quando a empresa produz 12.000 unidades?

3.Qual é o custo fixo unitário quando a empresa produz 10.000 unidades?

4.Qual é o custo fixo unitário quando a empresa produz 15.000 unidades?

5.Qual é o comportamento do custo fixo unitário?

6.Qual é o custo fixo quando a empresa produz 12.000 unidades?

7.Qual é o custo fixo quando a empresa produz 10.000 unidades?

8.Qual é o custo fixo quando a empresa produz 15.000 unidades?

9.Qual é o comportamento do custo fixo?

10.O que representam os custos fixos para a empresa?

11.Qual é o custo variável quando a empresa produz 12.000 unidades?

12.Qual é o custo variável quando a empresa produz 10.000 unidades?

13.Qual é o custo variável quando a empresa produz 15.000 unidades?

14.Qual é o comportamento do custo variável?

15.Qual é o custo variável unitário quando a empresa produz 12.000 unidades?

16.Qual é o custo variável unitário quando a empresa produz 10.000 unidades?

17.Qual é o custo variável unitário quando a empresa produz 15.000 unidades?

18.Qual é o comportamento do custo variável unitário?

19.Qual é o custo total unitário quando a empresa produz 12.000 unidades?

20.Qual é o custo total unitário quando a empresa produz 10.000 unidades?

21.Qual é o custo total unitário quando a empresa produz 15.000 unidades?

22.Qual é o comportamento do custo total unitário?

61

Page 62: Apostila de Custos

Taxas pré-determinadas

TAXAS PREDETERMINADAS (TAXA DE APLICAÇÃO DE C.I.F.)

Para cálculo do custo total de seus produtos, a empresa Sem Bola de Cristal Ltda.

soma os custos diretos, obtidos através de medições ou apontamentos, com os

custos indiretos, rateados de acordo com as horas trabalhadas.

Para o que se pretende com esse capítulo, nos deteremos apenas nos custos

indiretos, já que os custos diretos são apropriados aos produtos objetivamente,

sem os problemas de subjetividade e aleatoriedade próprios dos custos indiretos.

Os custos indiretos são apropriados aos produtos baseados no tempo de que

cada produto consome para ser fabricado.

Para ilustrar, vamos demonstrar mês a mês os custos indiretos e o volume de

produção incorridos.

Em janeiro os custos indiretos foram de R$ 90.000 e a empresa trabalhou 10.000

horas.

Os custos indiretos por hora foram, portanto, de: R$ 90.000

Custos indiretos por hora = -------------------------- = R$ 9,00/hora

10.000

O produto A, que para ser fabricado consome 1 hora, recebeu R$ 9,00 de custos

indiretos. O produto B que consome 1,5 hora recebeu R$ 13,50 (=1,5 x 9,00) de

custos indiretos. Esses exemplos demonstram como a empresa apropria os

custos indiretos aos produtos. Considerando-se todos os produtos produzidos no

mês, que consumiram 10.000 horas, como visto inicialmente, a empresa

apropriou aos diferentes produtos R$ 90.000 de custos indiretos.

Em fevereiro a empresa teve R$ 72.000 de custos indiretos e trabalhou apenas

4.000 horas. Por isso, seus custos indiretos por hora ficaram assim:

62

Page 63: Apostila de Custos

R$ 72.000

Custos indiretos por hora = -------------------------- = R$ 18,00/hora

4.000

O mesmo produto A, que tinha recebido em janeiro R$ 9,00 de custos indiretos

agora vai receber R$ 18,00. O produto foi penalizado pela diminuição da

produção. Como a maior parte dos custos indiretos é fixa, com uma produção

menor o custo unitário aumentou significativamente.

De qualquer forma, só para ilustrar, vamos continuar o nosso exemplo.

Em março os custos indiretos foram de R$ 96.000 e o volume produzido de

12.000 horas. Os custos indiretos por hora ficaram assim:

R$ 96.000

Custos indiretos por hora = -------------------------- = R$ 8,00/hora

8.000

Nesse mês o produto A recebeu R$ 8,00 de custos indiretos, menor que nos dois

meses anteriores.

Em abril, quando a empresa teve R$ 84.000 de custos indiretos e 8.000 horas de

trabalho, o custo total por hora foi igual a R$ 10,50.

No mês de maio o custo indireto por hora foi igual a R$ 9,67, resultado dos custos

indiretos de R$ 87.000 e do volume de 9.000 horas.

Junho apresentou um custo indireto por hora de R$ 6,33, em conseqüência do

custo indireto incorrido de R$ 114.000 e do alto volume trabalhado, de 18.000

horas.

Em julho a empresa teve os mesmo números de abril.

63

Page 64: Apostila de Custos

No mês de agosto o volume trabalhado foi de 6.000 horas e os custos incorridos

de R$ 78.000, resultando em um custo indireto por hora de R$ 13,00.

Em setembro a empresa teve a repetição dos números de janeiro.

Em outubro os custos indiretos foram de R$ 93.000 e o volume de 11.000 horas.

Assim, os custos indiretos por hora foram de R$ 8,45.

Em novembro repetiram-se os números de agosto.

Finalizando, em dezembro aconteceram novamente os valores de abril.

O quadro seguinte resume o que aconteceu durante os meses do ano X1:

Meses de X1 Custos Indiretos Volume Custos Indiretos

por hora

R$ Horas R$/hora

Jan 90.000,00 10.000 9,00

Fev 72.000,00 4.000 18,00

Mar 96.000,00 12.000 8,00

Abr 84.000,00 8.000 10,50

Mai 87.000,00 9.000 9,67

Jun 114.000,00 18.000 6,33

Jul 84.000,00 8.000 10,50

Ago 78.000,00 6.000 13,00

Set 90.000,00 10.000 9,00

Out 93.000,00 11.000 8,45

Nov 78.000,00 6.000 13,00

Dez 84.000,00 8.000 10,50

T O T A L 1.050.000,00 110.000

64

Page 65: Apostila de Custos

Algumas perguntas podem ser feitas após os cálculos demonstrados: Como um

mesmo produto pode receber custos indiretos diferentes só por causa do mês em

que foi fabricado? A carga de custos indiretos não deve ser a mesma durante o

ano todo já que o produto é sempre o mesmo? O que fazer para isso não

acontecer?

Se pudéssemos esperar o ano terminar, teríamos um custo indireto por hora que

consideraria tudo o que aconteceu durante o ano, ou seja:

R$ 1.050.000

Custos indiretos por hora = -------------------------- = R$ 9,5454/hora

110.000

O custo indireto por hora que deveria ser apropriado aos produtos seria, então, de

R$ 9,5454. Se isso fosse possível, já que precisamos conhecer o custo dos

produtos à medida que eles são fabricados, todos os produtos elaborados durante

o ano receberiam a mesma carga (R$ 9,5454/hora) de custos indiretos, não

importando o mês de fabricação.

Como não podemos esperar o ano terminar para calcular os custos indiretos dos

produtos, é necessário fazer uma previsão dos custos e do volume para obter-se

um custo indireto médio unitário (no caso por hora). É a forma que se tem para

uniformizar ou normalizar a aplicação dos custos indiretos. Em outras palavras, é

fazer com que o mesmo produto receba sempre a mesma carga de custos

indiretos. É como se soubéssemos o valor médio do custo indireto unitário do ano,

para não ocorrer a oscilação discrepante vista no quadro anterior.

É evidente que após o encerramento do ano, as variações encontradas entre os

valores previstos e os reais devem ser ajustadas.

65

Page 66: Apostila de Custos

A previsão de custos e de volume, vai, então, nos permitir calcular um custo

indireto previsto por hora, chamado, de taxa predeterminada ou de taxa de

aplicação de custos indiretos.

Objetivo da taxa predeterminada:

Normalizar ou uniformizar a aplicação (apropriação) dos custos indiretos de

fabricação aos produtos durante todo o exercício contábil. À medida que a

empresa vai fabricando ela pode apropriar os custos indiretos aos produtos com

base na taxa predeterminada (ou taxa de aplicação de custos indiretos). Essa

taxa leva em consideração:

Determinação do critério de rateio dos custos indiretos;

Previsão dos custos indiretos (tanto dos variáveis quanto dos fixos);

Previsão do volume de produção (quantidade a ser produzida);

66

Page 67: Apostila de Custos

Para exemplificar, vamos voltar ao tempo, antes do início do ano X1. Para

normalizar ou uniformizar a aplicação dos custos indiretos aos produtos, a

empresa faz as previsões de seus custos e volume:

Volume: 100.000 h.m.o.d./ano

C.I.F. Fixos: R$ 600.000/ano

C.I.F. Variáveis: R$ 4/h.m.o.d.

Com base nessa previsão feita antes de iniciar o período contábil, a empresa

calcula a taxa predeterminada (ou taxa de aplicação de custos indiretos de

fabricação), que nada mais é do que a previsão dos custos indiretos por hora.

Taxa predeterminada = C.I.F. Variáveis por unidade + C.I.F. Fixos por unidade

Substituindo-se os valores, tem-se:

Com essa taxa, de R$ 10/h.m.o.d., a empresa pode, então, encontrar o custo

indireto de cada produto à medida que for fabricando. Voltando ao produto A, já

mencionado, que consome 1 hora para ser fabricado, ele receberá R$ 10 de

custos indiretos. É importante observar que esse mesmo produto durante o ano

todo receberá sempre a mesma quantia de custos indiretos, independentemente

do mês em que for fabricado. É a forma que se encontrou para normalizar ou

uniformizar a apropriação dos custos indiretos aos produtos.

Quando chegamos no fim do ano X1, somando todas as horas trabalhadas,

tivemos um total de 110.000 horas. A empresa foi aplicando, como mencionado,

durante o ano todo R$ 10 para cada hora de mão-de-obra direta que cada produto

consumiu para ser produzido. Tem-se, portanto, a seguinte apropriação de custos

indiretos:

C.I.F. Aplicados = 110.000 h.m.o.d. x R$ 10/h.m.o.d. = R$ 1.100.000

67

Page 68: Apostila de Custos

Observe que o nome C.I.F. Aplicados foi utilizado para designar Custos Indiretos

Apropriados através de uma previsão. É a mistura de horas trabalhadas (reais) e

de taxa predeterminada (previsão).

No fim do exercício contábil a empresa deve fazer o devido ajuste contábil,

comparando-se os C.I.F. Aplicados com os C.I.F. Reais, que a empresa foi

contabilizando, mas não apropriando aos produtos.

Os C.I.F. Reais (mão-de-obra indireta, depreciação de máquinas, aluguel,

seguros, materiais indiretos, manutenção, ou seja, todos os gastos indiretos da

fábrica) foram sendo contabilizados, mas não apropriados aos produtos, pois não

queríamos que acontecesse o que iria acontecer, como demonstrado no quadro

anterior, se fizéssemos a apropriação pelos custos reais que iam ocorrendo

durante o ano e não pelos aplicados.

Houve uma variação entre os Aplicados e os Reais de R$ 50.000, neste caso

favorável à empresa, já que os custos indiretos reais foram inferiores aos

aplicados.

Se durante o ano a empresa tivesse apropriado aos produtos R$ 2.400.000 de

custos diretos, custos que ela consegue apropriar objetivamente quando os

produtos são fabricados – sem necessidade de rateios ou estimativas ou

previsões -, e tivesse vendido 80% do que estava acabado por R$ 3.250.000

(receita de vendas), os lançamentos resumidos teriam sido os seguintes:

68

Page 69: Apostila de Custos

Estoque de Produtos Custos Diretos

1 2.400.000 2.400.000

2 1.100.000 2.400.000 1

3.500.000

2.800.000 3

700.000

C.I.F. Aplicados C.I.F. Reais

1.100.000 2 1.050.000

C.P.V.

3 2.800.000

As contas precisam ser agora ajustadas. Abre-se uma nova conta chamada

Variação de C.I.F. destinada a ajustar as contas C.I.F. Aplicados e C.I.F. Reais.

Assim, tem-se:

69

Page 70: Apostila de Custos

AJUSTES

Estoque de Produtos Custos Diretos

1 2.400.000 2.400.000

2 1.100.000 2.400.000 1

3.500.000

2.800.000 3

700.000

10.000 6

690.000

C.I.F. Aplicados C.I.F. Reais

1.100.000 2 1.050.000

4 1.100.000 1.050.000 5

C.P.V. Variação de C.I.F.

3 2.800.000 5 1.050.000 1.100.000 4

40.000 6 50.000

2.760.000 6 40.000

6 10.000

70

Page 71: Apostila de Custos

ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE OS C.I.F. APLICADOS E OS C.I.F. REAIS

A empresa pode analisar os porquês das diferenças, na tentativa de corrigir a

previsão para o próximo período. Numericamente as variações podem ser

explicadas por causa do erro da previsão do volume e por causa do erro da

previsão dos custos.

Para se calcular essas variações, de volume e de custos, é necessário calcular

novamente a taxa predeterminada, mas considerando-se no seu cálculo o volume

real. É como se a empresa tivesse acertado na previsão do volume. Assim, a taxa

predeterminada que deveria ser calculada se o volume previsto fosse exatamente

o real seria:

71

Page 72: Apostila de Custos

ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE OS C.I.F. APLICADOS E OS C.I.F. REAIS

C.I.F. Aplicados = 110.000 x 10,00 = 1.100.000

V.V. = + 60.500 F

C.I.F. Aplicados com

volume real

= 110.000 x 9,45 = 1.039.500

V.C. = - 10.500 D

C.I.F. Reais 1.050.000

V.T. = + 50.000 F

72

Page 73: Apostila de Custos

Apêndice:

Observação sobre o volume:

A previsão do volume de produção é fixada normalmente em função de horas (de máquinas ou de m.o.d.). Essa medida facilita a

transformação de unidades de produtos diferentes, que não podem ser somadas, em unidades compatíveis. Por exemplo, imagine

dois produtos bem diferentes que requeiram tempos de fabricação também diferentes:

Produto Volume Tempo de fabricação

De cada unidade

Volume

Em unidades em HM em HM

Cadeira 20.000 0,4 hora-máquina 8.000

Mesa 500 4,0 horas-máquina 2.000

T o t a l sem sentido, já que

são unidades físicas

bem diferentes

10.000

conseguiu-se transformar unidades físicas bem

diferentes em unidades compatíveis

Quando se utiliza um volume em termos de horas, como visto, é possível somar-se produtos diferentes, já que há uma padronização

do volume. Ao invés de se fixar o volume em unidades físicas se fixa em unidades de tempo.

73

Page 74: Apostila de Custos

EXERCÍCIOS

1. A empresa Pneu Bom Ltda., que para aplicar os custos indiretos aos produtos durante

o processo de fabricação trabalha com taxas predeterminadas, elaborou o seguinte

orçamento para o ano passado:

Volume de produção.....................: 18.000 horas

Custos indiretos fixos.....................: R$ 720.000 por ano

Custos indiretos variáveis..............: R$ 10 por hora

No entanto, a empresa trabalhou durante o período 16.000 horas, incorrendo num total

de custos indiretos de R$ 900.000 e de custos diretos de R$ 2.200.000.

Não havia estoques de produtos em elaboração no final do período e a empresa

vendeu 80% do que produziu por R$ 2.750.000. A empresa faz a contabilização

através dos Custos Indiretos Aplicados.

Calcule o resultado bruto do período, fazendo toda a contabilização necessária e

responda:

a) Qual era o saldo da conta Variação de Custos Indiretos antes do ajuste?

b) Qual era o Estoque Final de Produtos Acabados antes do ajuste?

c) Qual era o Estoque Final de Produtos Acabados após o ajuste?

d) Qual era o C.P.V. antes do ajuste?

e) Qual era o C.P.V. após o ajuste?

f) Qual foi a variação de volume?

g) Qual foi a variação de custos?

h) Qual foi a variação total?

2. A empresa Pneu Bom Ltda., que para aplicar os custos indiretos aos produtos durante

o processo de fabricação trabalha com taxas predeterminadas, elaborou o seguinte

orçamento para o ano passado:

74

Page 75: Apostila de Custos

Volume de produção.....................: 16.000 horas

Custos indiretos fixos.....................: R$ 720.000 por ano

Custos indiretos variáveis..............: R$ 10 por hora

No entanto, a empresa trabalhou durante o período 18.000 horas, incorrendo num total

de custos indiretos de R$ 900.000 e de custos diretos de R$ 2.200.000.

Não havia estoques de produtos em elaboração no final do período e a empresa

vendeu 80% do que produziu por R$ 2.750.000. A empresa faz a contabilização

através dos Custos Indiretos Aplicados.

Calcule o resultado bruto do período, fazendo toda a contabilização necessária e

responda:

a) Qual era o saldo da conta Variação de Custos Indiretos antes do ajuste?

b) Qual era o Estoque Final de Produtos Acabados antes do ajuste?

c) Qual era o Estoque Final de Produtos Acabados após o ajuste?

d) Qual era o C.P.V. antes do ajuste?

e) Qual era o C.P.V. após o ajuste?

f) Qual foi a variação de volume?

g) Qual foi a variação de custos?

h) Qual foi a variação total?

75

Page 76: Apostila de Custos

Equivalente de Produção

CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

PRODUÇÃO CONTÍNUA – EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO

Equivalente de produção: é um artifício que se utiliza para calcular o custo total unitário

quando existem unidades em elaboração em um período.

Exemplo:

1º períodoPeríodo Custo do

período

Unidades

iniciadas

Unidades

acabadas

Processamento

das unidades

em elaboração

Quantidade

vendida

Preço de

venda

unitário

R$ % R$

1º 259.500 10.000 7.000 55 5.000 50

No caso em questão, a empresa começou a produzir 10.000 unidades, mas no fim do

período somente 7.000 estavam acabadas, isto é, 3.000 unidades ainda estavam sendo

elaboradas. Cada uma dessas 3.000 unidades havia estava processada em 55%. Essas

unidades, portanto, não podiam receber 100% dos custos já que não estavam completas.

Para se calcular o custo total unitário fez-se o seguinte:

Unid. Iniciadas e acabadas no período = 7.000 u

Unid. Em elab. no fim do período: 3.000 = x 55% = equivalem a = * 1.650 u acabadas

Equivalente de produção = 8.650 u

* as unidades em elaboração foram transformadas, somente para efeito do cálculo do

custo total unitário, em unidades acabadas. Em outras palavras, processar em 55%

cada uma dessas 3000 unidades equivale ao mesmo trabalho e custo que a empresa

teria para processar integralmente 1.650 unidades.

76

Page 77: Apostila de Custos

Com o equivalente de produção calculado, calculou-se o custo total unitário, conforme

segue:

259.500 CTu = ------------------ = R$ 30 / unidade 8.650

O resultado bruto e o estoque final de produtos acabados foram os seguintes:

Receita 5.000 u x $ 50/u 250.000

( - ) C.P.V 5.000 u x $ 30/u (150.000)

= Resultado bruto 100.000

E.F.P.A. = 2.000 u x $ 30/u = 60.000

E.F.P.E. = 3.000 U X $ 30/u x 55% = 49.500

2º período (PEPS)Período Custo do

período

Unidades

iniciadas

Unidades

Iniciadas

e

acabadas

no

período

Processamento

das unidades

em elaboração

Quantidade

vendida

Preço de

venda

unitário

R$ % R$

2º 268.650 10.000 8.000 30 6.000 52

Para apurar-se o resultado e os estoques foi necessário calcular o custo total unitário. O

custo do período, de R$ 268.650, foi incorrido para o término (processar cada uma das

parcelas restantes em 45%) das 3.000 unidades que haviam sido iniciadas no 1º período,

para fabricação total de 8.000 unidades e para processamento parcial (30%) de 2.000

unidades (diferença das 10.000 que começaram das 8.000 que foram acabadas). Dessa

forma o cálculo do equivalente de produção ficou assim:

Unid. Inic. no 1º e acab. 2º per.: 3.000 = x 45% = equivalem a = 1.350 u acabadas

Unid. Iniciadas e acabadas no 2º período = 8.000 u

77

Page 78: Apostila de Custos

Unid. Em elab. no fim do período: 2.000 = x 30% = equivalem a = 600 u acabadas

Equivalente de produção = 9.950 u

Após o cálculo do equivalente de produção pode-se calcular o custo total unitário do 2º

período, conforme segue:

268.650 CTu = ------------------ = R$ 27 / unidade 9.950

O resultado bruto e o estoque final de produtos acabados foram os seguintes:

R$Receita = 6.000 u x $ 52/u = 312.000

( - ) C.P.V = 2.000 u x $ 30/u = 60.000

3.000 u x $ 30/u x 55%= 49.5003.000 u x $ 27/u x 45%= 36.450 = 85.950

1.000 u x $ 27 = 27.000 =

(172.950)

= Res. Bruto 139.050

E.F.P.A. = 7.000 u x $ 27/u = 189.000

E.F.P.E. = 2.000 u X $ 27/u x 30% = 16.200

3º período (PEPS)Período Custo do

período

Unidades

iniciadas

Unidades

Iniciadas

e

acabadas

no

período

Processamento

das unidades

em elaboração

Quantidade

vendida

Preço de

venda

unitário

78

Page 79: Apostila de Custos

R$ % R$

3º 250.000 9.000 8.000 60 8.000 49

Novamente foi necessário calcular-se o custo total unitário. O custo do período, de R$

250.000, foi incorrido para o término das 2.000 unidades que começaram a ser

processadas no 2º período (cada unidade ainda precisava ser processada em 70%), para

fabricação total de 8.000 unidades (que começaram e terminaram dentro do 3º período) e

para processamento parcial (60%) de 1.000 unidades (diferença das 9.000 que

começaram das 8.000 que foram acabadas). Dessa forma o cálculo do equivalente de

produção ficou assim:

Unid. Inic. no 2º e acab. 3º per.: 2.000 = x 70% = equivalem a = 1.400 u acabadas

Unid. Iniciadas e acabadas no 3º período = 8.000 u

Unid. Em elab. no fim do período: 1.000 = x 60% = equivalem a = 600 u acabadas

Equivalente de produção = 10.000 u

O cálculo do custo total unitário do 3º período, foi feito conforme segue:

250.000 CTu = ------------------ = R$ 25 / unidade 10.000

O resultado bruto e o estoque final de produtos acabados foram os seguintes:

R$Receita = 8.000 u x $ 9/u 392.000( - ) C.P.V = 7.000 u x $ 27/u 189.000

1.000 u x $ 27/u x 30%= 8.1001.000 u x $ 25/u x 70%= 17.500 25.600 (214.600)

= Res. Bruto = 177.400

E.F.P.A. = 1.000 u x $ 27/u x 30% = 8.100= 1.000 u x $ 25/u x 70% = 17.500 25.600

79

Page 80: Apostila de Custos

= 8.000 u x $ 25/u = 200.000 225.600

E.F.P.E. = 1.000 u X $ 25/u x 60% = 15.000

80

Page 81: Apostila de Custos

EXERCÍCIOS

1. Apure o resultado bruto e os estoques finais de produtos acabados e de

produtos em elaboração, de cada período, sabendo-se que a empresa utiliza o

PEPS.

Período Custo do

período

Unidades

iniciadas

Unidades

Iniciadas

e

acabadas

no

período

Processamento

das unidades

em elaboração

Quantidade

vendida

Preço de

venda

unitário

R$ % R$

1º 184.000 10.000 6.000 80 5.000 50

2º 219.600 12.000 10.000 70 13.000 45

81

Page 82: Apostila de Custos

2. Em janeiro deste ano a empresa Ventila Bem Ltda. começou a produção de

10.000 unidades, não terminando 2.000. Cada unidade em processamento estava

elaborada em 40%. Os custos de produção desse período foram de R$ 132.000.

Foram vendidas 7.000 unidades a R$ 25 cada uma.

Em fevereiro a empresa iniciou a elaboração de mais 8.000 ventiladores, não

conseguindo terminar 1.000, que estavam 80% acabados (cada um). Nesse

segundo período a empresa teve custos de R$ 153.000 e vendeu 7.000 unidades

pelo mesmo preço do mês anterior.

Em março, quando os custos foram de R$ 122.500, a empresa iniciou a produção

de outras 9.000 unidades, não acabando 500, cada uma elaborada em 10%.

Nesse período a empresa vendeu novamente 7.000 unidades ao mesmo preço

praticado nos meses anteriores.

Sabendo-se que a empresa utiliza o PEPS, calcule, para cada um dos três

períodos, o resultado bruto, o estoque final de produtos acabados e o estoque

final de produtos em elaboração.

82

Page 83: Apostila de Custos

CUSTOS FIXOS, LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO

Determinada empresa fabrica dois produtos e apresenta os seguintes dados em relação

aos custos e preço de venda:

Valores em R$Produto PV u CV u CF

A 200 110 100.000 para

serem rateadosB 230 130

Outros dados, relativos a tempo de produção e quantidade produzida são:

Produto Quant. Prod.

(unid.)

HMOD HM

A 1.000 1.000 600

B 1.000 1.500 400

Utilizando as informações acima, responda:

1) Qual é o custo fixo unitário de cada produto?

2) Qual é o lucro unitário de cada produto?

3) Qual produto deveria ter sua venda incentivada?

O PROBLEMA DA ALOCAÇÃO DOS CUSTOS FIXOS(adaptação do livro Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – Cap. 15)Custos variáveis por unidade:

83

Page 84: Apostila de Custos

Produto Matéria-Prima M.O.D. Custos variáveis unitáriosA 505 195 700B 700 300 1.000C 474 276 750

Custos fixos: R$ 3.100.000

1º critério de rateio: com base nas horas de mão-de-obra direta:

Produto Quantidade produzida

Horas de m.o.d. por unidade

Horas totais de m.o.d.

A 2.000 20 40.000B 2.600 25 65.000C 2.500 20 50.000

T o t a l 155.000

Produto Horas totais de m.o.d.

Proporção%

Rateio dos C. Fixos

A 40.000 25,8064516 800.000B 65.000 41,9354839 1.300.000C 50.000 32,2580645 1.000.000

T o t a l 155.000 3.100.000

Produto Custos Fixos Quantidade produzida

C.Fixo unitário

A 800.000 2.000 400B 1.300.000 2.600 500C 1.000.000 2.500 400

Cálculo do lucro unitário:

Produto Preço Venda C. Variável unitário

C. Fixo unitário Lucro unitário

A 1.550 700 400 450B 2.000 1.000 500 500C 1.700 750 400 550

2º critério de rateio: com base no custo de mão-de-obra direta:

Produto Quantidade produzida

Custo de m.o.d. por unidade

Custo total de m.o.d.

A 2.000 195 390.000B 2.600 300 780.000C 2.500 276 690.000

84

Page 85: Apostila de Custos

T o t a l 1.860.000

Produto Custo total de m.o.d.

Proporção%

Rateio dos C. Fixos

A 390.000 20,9677419 650.000B 780.000 41,9354839 1.300.000C 690.000 37,0967742 1.150.000

T o t a l 1.860.000 3.100.000

Produto Custos Fixos Quantidade produzida

C.Fixo unitário

A 650.000 2.000 325B 1.300.000 2.600 500C 1.150.000 2.500 460

Cálculo do lucro unitário:

Produto Preço Venda C. Variável unitário

C. Fixo unitário Lucro unitário

A 1.550 700 325 525B 2.000 1.000 500 500C 1.700 750 460 490

Não considerando os custos fixos, que são apropriados arbitrariamente, pode-se calcular

a margem de contribuição de cada produto:

Produto Preço Venda C. Variável Unitário

Margem de Contribuição

A 1.550 700 850B 2.000 1.000 1.000C 1.700 750 950

Problemas da alocação dos custos fixos

(Adaptação do livro Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – Cap.17)

1º Os custos fixos existem independentemente da produção – representam a capacidade

de produção;

2º São rateados arbitrariamente, pois não estão ligados aos produtos;

85

Page 86: Apostila de Custos

3º O custo fixo unitário depende do volume de fabricação. Um produto pode influenciar no

custo fixo unitário do outro;

EXERCÍCIOS DE CONT. DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

1º) Adaptação do exercício 14.1 – do livro de exercícios de Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – 4ª edição.

A empresa Arquivaço S.A. fabrica arquivos de aço de diversos modelos, os quais têm os

preços e custos abaixo, quando são produzidas 100 unidades de cada um por mês:

Produto Preço de Venda Custos Variáveis Custos FixosR$/unidade R$/unidade R$/unidade

Modelo 1 1.500 1.050 200Modelo 2 1.550 1.200 250Modelo 3 1.800 1.400 250Modelo 4 2.000 1.500 250

De acordo com esses dados, apresente uma ordem de prioridade para a empresa, em

termos de lucratividade, e justifique o porquê de sua escolha.

2º) Adaptação do exercício 14.2 – do livro de exercícios de Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – 4ª edição.

A Companhia Tudolimpo S.A. trabalha no mercado de enceradeiras e aspiradores de pó,

onde a empresa líder é a Brilho Estelar, sendo que esta, inclusive, fixa os preços, que

sempre são seguidos pelas demais. A Tudolimpo fez uma ampliação de sua capacidade

produtiva, e pretende utilizá-la mediante uma intensiva campanha publicitária, mas sem

alterar seus preços de venda. O Departamento de Planejamento pediu ao Departamento

de Custos um relatório completo sobre os dois produtos; esse relatório acabou por

evidenciar os seguintes dados:

Custos fixos por mês: R$ 3.960.000

86

Page 87: Apostila de Custos

Produto Custos variáveis

Quantidade produzida

Tempo total de

fabricação

Preço de venda

R$/unidade unidades horas R$/unidade

Enceradeira 772,50 2.000 15.500 1.900

Aspirador 1.180,80 2.000 24.500 2.600

Sabendo-se que a empresa apropria os Custos Fixos à base do tempo de fabricação dê

sua opinião sobre qual o produto que deve ter sua venda incentivada e justifique-a.

3º) Adaptação do exercício 14.3 – do livro de exercícios de Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – 4ª edição.

A Arte em Estilo Ltda. fabrica móveis de luxo por encomenda. Em 12 de setembro,

recebeu dois pedidos de produção. Um era de 200 carrinhos de chá e outro de 110

estantes. Para a produção do primeiro seriam necessárias 3 semanas e para a do

segundo 4 semanas.

O chefe da produção informa que só pode trabalhar em uma das duas encomendas, já

que a partir de 10 de outubro terá de se dedicar às outras já contratadas de fim de ano.

Foi elaborado o seguinte relatório a respeito do preço de venda, custos e despesas

estimadas para esses dois pedidos:

Pedido Preço de Venda

Custos Variáveis

Despesas Variáveis

R$/unid. R$/unid. R$/unid.

200 c. chá 4.800 1.980 140110 estantes 14.000 8.000 700

Os custos fixos de produção somam R$ 96.000 por semana e as despesas fixas R$

42.000, também por semana.

Qual dos dois pedidos você aceitaria? Por quê?

4º) Adaptação do exercício 14.4 – do livro de exercícios de Cont. de Custos – Eliseu Martins – Edit. Atlas – 4ª edição.

87

Page 88: Apostila de Custos

A capacidade de produção da Cia. Amazonense de Veículos é de 36.000 caros por ano,

mas, devido à crise de petróleo, está conseguindo colocar no mercado brasileiro somente

24.000.

Seus custos e despesas são os seguintes:

Custos fixos: R$ 450.000.000/ano

Custos Variáveis: R$ 65.000/unidade

Despesas Fixas: R$ 90.000.000/ano

Despesas Comerciais: R$ 1.000/unidade

Impostos: R$ 3.000/unidade

Da Venezuela a companhia recebe duas propostas de compra:

1ª) Aquisição de 12.000 carros a R$ 75.000.

2ª) Aquisição de 16.000 carros a R$ 80.000 (no Brasil cada carro é vendido a R$

100.000).

Responda:

1º) Deve a Cia. Amazonense aceitar alguma das propostas, sendo que, se fechar o

contrato ficará isenta dos impostos, mas terá suas despesas comerciais

aumentadas em 50%, além de arcar com transporte no valor de R$ 2.500/unidade?

2º) Qual seria o preço mínimo pelo qual passaria a valer a pena aceitar cada uma das

propostas? Justifique.

EXERCÍCIOS DE CONT. DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

88

Page 89: Apostila de Custos

1. A Indústria de Malas Seguras Ltda. fabrica dois tipos de maletas, nas quais são

utilizadas fechaduras importadas, tendo os seguintes valores unitários, quando são

produzidas 200 unidades de cada modelo:

MALETA PREÇO DE VENDA GASTOS VARIÁVEIS GASTOS FIXOSem R$/unidade em R$/unidade em R$/unidade

Super Segura 60,00 28,00 22,00Segura 50,00 24,00 11,50

De acordo com os dados acima, qual é o produto que deve ter sua venda incentivada?

Por quê?

2. Em determinado mês a empresa em questão recebeu encomendas para produzir 135

maletas Super Segura e 200 Segura, mas por falta de tempo só pôde aceitar um

pedido. Qual você teria aceito? Por quê?

3. Utilizando-se os dados da questão 1 e sabendo-se ainda que:

MALETA Nº DE FECHADURAS/MALA DEMANDA DO MERCADOem unidades

Super Segura 2 150Segura 1 200

Devido a problemas com importação, em um determinado mês a empresa conseguiu

comprar somente 400 fechaduras. Qual deverá ser a fabricação de cada maleta

(quantidade a ser produzida) de forma a maximizar o lucro nesse período?

4. A Indústria de Meias Mulheres Elegantes Ltda. foi estruturada para trabalhar no

máximo 40.000 horas por mês e está analisando com que linha de produtos deverá

operar. De acordo com estudos já efetuados só poderá trabalhar com uma linha.

Os gastos de produção e vendas e o tempo de fabricação das linhas são os seguintes:

89

Page 90: Apostila de Custos

LINHA P. VENDA CUSTOS VARIÁVEIS

DESPESAS VARIÁVEIS

TEMPO DE FABRIC. DE CADA UNID.

R$/unid R$/unid. R$/unid. em minutosElegante 5,00 3,00 0,50 10Fina 8,00 4,50 1,00 12

Os Custos e Despesas Fixos somam R$ 55.000 por mês.

Sabendo-se que o mercado pode consumir o que for produzido de uma ou de outra

linha, responda:

a) qual linha de produtos deverá ser produzida? Por quê?

b) se a empresa quiser produzir a outra linha, qual deverá ser o preço de venda

unitário?

90

Page 91: Apostila de Custos

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO – FATOR LIMITATIVO

A Só Limpeza Ltda. fabrica detergente. Os dados de produção e vendas são os

seguintes, quando são produzidas 1.000 unidades do primeiro, 800 do segundo e 500 do

terceiro, respectivamente, que são a demanda de mercado:

Produto PVu Gvu GFuLimpa bem 1,00 0,50 0,15Limpa tudo 1,20 0,60 0,20Limpa plus 1,50 0,70 0,40

1) Apurar o resultado da empresa, utilizando o demonstrativo do custeio variável.

2) Se a empresa puder promover a venda de um deles, qual você escolhe? Por quê?

3) Considerando os dados do quadro abaixo e sabendo-se que a empresa só tem

disponível para a produção 2.500 kg de matéria-prima, qual deve ser a quantidade

produzida de cada produto para maximizar o resultado?

Produto Matéria-prima necessária

Limpa bem 1,00 kg/unid.Limpa tudo 1,25 kg/unidLimpa plus 2,00 kg/unid.

91

Page 92: Apostila de Custos

CUSTEIO VARIÁVEL x CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Extraído do livro texto Cont. de Custos – Eliseu Martins – Editora Atlas

Período Produção Vendas Estoque Final

Ano u u u

1º 60.000 40.000 20.000

2º 50.000 60.000 10.000

3º 70.000 50.000 30.000

4º 40.000 70.000 -

Custos Variáveis: R$ 30/u

Custos Fixos......: R$ 2.100.000/ano

Preço de Venda..: R$ 75/u

Critério de avaliação: PEPS

Resumo pelo Custeio por Absorção

Em R$ mil

92

Page 93: Apostila de Custos

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano T o t a l

Receita 3.000 4.500 3.750 5.250 16.500

( - ) C.P.V. (2.600) (4.180) (3.120) (5.100) (15.000)

= Lucro 400 320 630 150 1.500

Est. Final 1.300 720 1.800 - -

Resumo pelo Custeio Variável

Em R$ mil

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano T o t a l

Receita 3.000 4.500 3.750 5.250 16.500

( - ) C.V.P.V. (1.200) (1.800) (1.500) (2.100) (6.600)

= M.C. 1.800 2.700 2.250 3.150 9.900

( - ) C.Fixos (2.100) (2.100) (2.100) (2.100) (8.400)

= Lucro ( 300) 600 150 1.050 1.500

Est. Final 600 300 900 - -

93

Page 94: Apostila de Custos

EXERCÍCIO DE CONT. DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A Fábrica Absorção e Variável Ltda. apresentou os seguintes dados relativos ao seu primeiro mês de atividade:

dados

Custos variáveis (R$/unid.) 40

Despesas variáveis (R$/unid.) 4

Custos fixos (R$/mês) 20.000

Despesas fixas (R$/mês) 5.000

Quantidade produzida (unid.) 2.000

Preço de venda (R$/unid.) 80

1. Considerando que a empresa não vendeu nada, elabore os demonstrativos de

resultados, calculando também os estoques finais, pelos custeios por absorção e

variável. Explique as diferenças entre os dois sistemas.

2. Considerando que a empresa vendeu tudo o que foi produzido, elabore os

demonstrativos de resultados, calculando também os estoques finais, pelos custeios

por absorção e variável. Explique as diferenças entre os dois sistemas.

94

Page 95: Apostila de Custos

CUSTEIO VARIÁVEL X CUSTEIO POR ABSORÇÃO - EXERCÍCIO

1. Determinada empresa apresentou os seguintes dados relativos aos meses de abril,

maio e junho:

Abril Maio Junho

Custos Fixos (R$/mês) 100.000 105.000 90.000

Custo Variável (R$/unid.) 33 30 35

Despesas Fixas (R$/mês) 14.000 15.000 13.000

Despesas Variáveis 10% do PVu 10% do PVu 10% do PVu

Preço Venda (R$/unid.) 70 75 65

Quant. produzida (unid.) 10.000 7.000 10.000

Quant. Vendida (unid.) 9.000 7.000 11.000

Com base nessas informações e sabendo-se que a empresa utiliza o critério PEPS, faça

os demonstrativos de resultados e o cálculo dos estoques de cada mês e o do trimestre,

pelos Custeios por Absorção e Variável.

2. A empresa Faz Tudo Ltda. apresentou os seguintes dados relativos aos meses de janeiro e fevereiro:

Janeiro Fevereiro

95

Page 96: Apostila de Custos

Custos Fixos (R$/mês) 100.000 105.000

Custo Variável (R$/unid.) 20 22

Despesas Fixas (R$/mês) 14.000 15.000

Despesas Variáveis (R$/unid.) 6 7

Preço Venda (R$/unid.) 60 70

Quant. produzida (unid.) 20.000 17.500

Quant. Vendida (unid.) 15.000 20.000

Com base nessas informações e sabendo-se que a empresa utiliza o critério PEPS, faça

os demonstrativos de resultados e o cálculo dos estoques de cada mês e o do bimestre,

pelos Custeios por Absorção e Variável.

96

Page 97: Apostila de Custos

O caso dos amendoins i

(Uma fábula para adultos)

Joaquim, o dono do restaurante da esquina, resolveu vender, além de seus produtos

normais, pequenos pacotes de amendoins, para aumentar seus lucros.

Seu contador, o Sr. Apropriador de Custos, que vem mensalmente encerrar os livros do

restaurante, avisa ao nosso Joaquim que ele tem uma “bomba em suas mãos”.

Contador:

- Joaquim, você me disse que quer vender estes amendoins porque grande número de

pessoas deseja comprá-los: será que você já pensou no custo?

Joaquim:

- É lógico que não vai me custar nada. É lucro líquido. É verdade que eu tive que pagar $

3.750,00 pela prateleira, mas os amendoins custam $ 9,00 o pacote e os venderei por $

15,00. Espero vender 50 pacotes por semana, para começar. Em 12 semanas e meia,

cobrirei o custo da prateleira. Depois disso, terei um lucro líquido de $ 6,00 por pacote.

Quanto mais vender, maior o lucro.

Contador:

- Este seu ponto de vista é antiquado e completamente irreal. Hoje em dia, os métodos

mais aperfeiçoados de contabilidade permitem que façamos um estudo mais

aprofundado, que demonstra a complexidade do problema.

Joaquim:

- O que?

Contador:

- Quero dizer que devemos integrar toda a operação “venda de amendoins” dentro da sua

empresa e apropriar aos pacotes de amendoins a sua parcela correta do total das

despesas gastas. Devemos apropriar aos pacotes uma parcela proporcional das

despesas do restaurante com aluguel, luz, depreciação, salários dos garçons, do

cozinheiro, etc.

Joaquim:

97

Page 98: Apostila de Custos

- Do cozinheiro? O que é que ele tem a ver com os amendoins? Ele nem sabe que eu os

vendo.

Contador:

- Olhe, Joaquim, o cozinheiro trabalha na cozinha, a cozinha prepara a comida, a comida

traz os fregueses que serão os compradores dos amendoins. Por isso é que você deve

apropriar ao custo da venda dos amendoins tanto uma parte do salário do cozinheiro

quanto uma parte do seu próprio salário. Veja este quadro demonstrativo; ele contém uma

análise de custos cuidadosamente calculada e indica que o lucro operacional deve ser

igual a $ 191.700,00 por ano, para cobrir as despesas gerais.

Joaquim:

- Os amendoins? $ 190.000,00 por ano de despesas gerais? Essa não...

Contador:

- Na verdade, o total dessas despesas é um pouco superior a isso. Todas as semanas

você tem despesas com limpeza e lavagem das janelas e do chão, com a reposição dos

sabonetes no lavatório e com as cervejinhas para o guarda. O total então sobe a $

196.950,00 por ano.

Joaquim:

(pensativo) – O vendedor de amendoins me disse que eu conseguiria bons lucros – era só

colocar perto da caixa registradora e pronto - $ 6,00 de lucro por pacote vendido.

Contador:

(torcendo o nariz) – Ele não é um contador. Você sabe quanto lhe custa a porção de

espaço sobre o balcão, ao lado da caixa registradora?

Joaquim:

- Não custa nada – não cabe nem um freguês extra – é um espaço morto, inútil.

Contador:

- O ponto de vista moderno dos custos não nos permite pensar em espaços inúteis. O seu

balcão ocupa 6 metros quadrados e as vendas anuais totalizam $ 2.250.000,00 por ano.

Logo, o espaço ocupado pela prateleira de amendoim lhe custará $ 37.500,00 por ano.

Desde que você retire aquela área de uso geral, deve debitar seu custo ao ocupante real

do espaço.

98

Page 99: Apostila de Custos

Joaquim:

- Você quer dizer que eu devo acrescentar $ 37.500,00 por ano a mais como despesa

com a venda de amendoins?

Contador:

- Justamente. Isso elevará os custos gerais da operação a um total geral de $ 234.450,00

por ano. Ora, se você puder vender 50 pacotes de amendoim por semana, esses custos

representarão $ 90,00 por pacote.

Joaquim:

- O que?

Contador:

- Evidentemente, devemos acrescentar a isso o preço de compra de $ 9,00, o que nos

dará o total de $ 99,00. Ora, se você pretende vender cada pacote por $ 15,00, obterá

como resultado uma perda líquida de $ 84,00.

Joaquim:

- Existe aqui alguma coisa esquisita.

Contador:

- Veja os números. Eles provam que a venda de amendoins é deficitária.

Joaquim:

(com um sorriso inteligente) – E se eu vender muitos pacotes – mil pacotes por semana,

em vez de somente 50?

Contador:

(com um ar tolerante) – Joaquim, você não entendeu o problema. Se o volume das

vendas aumentar, o mesmo acontecerá com seus custos operacionais – maior número de

pacotes, maior tempo gasto, maior depreciação, mais tudo. O princípio básico da

Contabilidade de Custos é invariável: “Quanto maiores as operações, maiores os custos

gerais a serem apropriados”. Não, o aumento de vendas não o ajuda em nada.

Joaquim:

- Ok, já que você sabe tanto, o que devo fazer?

99

Page 100: Apostila de Custos

Contador:

(condescendente) – Bem, você poderia reduzir seus custos operacionais.

Joaquim:

- Como?

Contador:

- Mude-se para um imóvel de aluguel mais baixo. Diminua os salários, mande lavar as

janelas de 15 em 15 dias; não coloque mais sabonetes nos lavatórios, diminua o custo por

metro quadrado de seu balcão. Por exemplo, se você reduzir suas despesas em 50%, a

porção de despesas gerais apropriadas à venda dos pacotes de amendoins passará de $

234.500,00 para $ 117.250,00 por ano, reduzindo o custo a $ 54,00 por pacote.

Joaquim:

(não muito satisfeito) – Será isso interessante?

Contador:

- É lógico que sim. Contudo, ainda assim você perderia $ 39,00 por pacote, se seu preço

de venda for de somente $ 15,00 por pacote. Portanto, você deverá aumentar seu preço

de venda. Se desejar um lucro de $ 6,00 por pacote, seu preço de venda deverá ser igual

a $ 60,00.

Joaquim:

(desolado) – Você quer dizer que, depois de reduzir minhas despesas em 50%, ainda

tenho que cobrar $ 60,00? E quem vai comprá-lo a esse preço?

Contador:

- Isso é uma consideração secundária. O que interessa é que $ 60,00 é um preço de

venda baseado em uma avaliação real e justa de seus custos operacionais já reduzidos.

Joaquim:

(satisfeito) – Olhe. Eu tenho uma idéia melhor. Por que não jogar fora os amendoins?

Contador:

- Será que você pode suportar tal perda?

Joaquim:

100

Page 101: Apostila de Custos

- Certamente. Só possuo 50 pacotes – ou seja, $ 450,00, e mais uma prateleira no valor

de $ 3.750,00; jogo tudo isso fora e pronto, acabou-se essa porcaria de negócio de

amendoins.

Contador:

(balançando a cabeça) – Joaquim, isso não é tão simples assim. Você está no negócio de

amendoins. Se você jogar fora esses amendoins você estará adicionando $ 234.450,00

de despesas operacionais. Joaquim, seja realista, essa perda você não pode suportar.

Joaquim:

(desesperado) – É incrível. Na semana passada eu estava ganhando dinheiro. Hoje eu

estou atrapalhado – só porque pensei que amendoins sobre o balcão... só porque pensei

em 50 pacotes de amendoins por semana.

Contador:

(com um olhar sério) – O objetivo dos estudos modernos de custo, Joaquim, é eliminar

essas falsas ilusões.

Conforme exemplificado na estória, muitas são as distorções causadas pelos rateios de

custos indiretos. Uma solução aos problemas decorrentes do rateio consiste em sua não

realização. Apenas os gastos variáveis são alocados aos produtos. Os demais gastos

fixos são deduzidos diretamente da margem de contribuição. Assim, a tomada de decisão

torna-se mais fácil.

101

Page 102: Apostila de Custos

PONTO DE EQUILÍBRIO

EXERCÍCIO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO

ARAÚJO

6. A Empresa Paulista de Trompetes S.A., através de um levantamento na sua

Contabilidade de Custos, chegou à seguinte conclusão com respeito aos seus custos e

despesas:

Custos e despesas fixos:

Depreciação de equipamentos R$ 10.000/anoMão-de-obra indireta R$ 40.000/anoImpostos e seguros da planta fabril R$ 3.800/anoDespesas R$ 15.000/ano

Custos e despesas variáveis:

Materiais diretos R$ 20/unidadeMão-de-obra direta R$ 10/unidadeEmbalagem R$ 7/unidadeComissões de vendedores R$ 2/unidadeOutras despesas R$ 1/unidade

Sabendo-se que o preço de venda é de R$ 200/unidade:

a) Quantas unidades devem ser produzidas e vendidas por ano para atingir o ponto de equilíbrio?

b) Qual é o valor da receita nesse ponto?

c) Se a empresa vender uma unidade acima do ponto de equilíbrio, qual será o seu lucro?

d) Se a empresa vender duas unidades acima do ponto de equilíbrio, qual será o seu lucro?

e) Se a empresa quiser ter um lucro de 30% sobre as receitas totais quantas unidades deverá produzir e vender durante o ano?

f) Qual será esse lucro?

g) Se a empresa quiser ter um lucro de R$ 19.200, quantas unidades deverá produzir e vender durante o ano?

Adaptação do exercício 22.1 – Livro de Exercícios – Eliseu Martins – 5ª Edição

102

Page 103: Apostila de Custos

EXERCÍCIOS DE CONT. DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

7. A empresa Pensa Muito Consultoria Ltda. está fazendo um projeto para saber da viabilidade de um novo negócio, que tem os seguintes números:

Produto Preço de Venda Gasto VariávelR$/unidade R$/unidade

Único 110,00 70,00

Gastos fixos comuns: R$ 120.000/mês

a) Qual é o ponto de equilíbrio contábil dessa empresa? O que é ponto de equilíbrio contábil? Faça o demonstrativo.

b) Qual é a quantidade a ser produzida e vendida para que a empresa tenha um lucro líquido de R$ 40.000? (ponto de equilíbrio econômico). O que é ponto de equilíbrio econômico? Faça o demonstrativo.

c) Considerando os dados do enunciado, calcule a variação percentual no ponto de equilíbrio contábil, se ocorrer um aumento de 10% no:

c.1) Pvu;c.2) Gvu;c.3) GF

8. A empresa Pensa Muito Consultoria Ltda. está fazendo um projeto para saber da viabilidade de um novo negócio, que tem os seguintes números:

Produto Preço de Venda Gasto Variável Proporção VendasR$/unidade R$/unidade %

A 120,00 72,00 20B 96,00 56,00 30C 108,00 91,20 50

Gastos fixos comuns: R$ 140.000/mês

a) Qual é a quantidade a ser produzida e vendida de cada produto para que a empresa tenha um lucro líquido de R$ 40.000? (ponto de equilíbrio econômico)

b) Qual é o ponto de equilíbrio contábil dessa empresa, por produto?

Faça os demonstrativos de resultados nos dois casos.

9. A Pensa Muito Consultoria Ltda. analisou uma empresa com capacidade máxima de produção de 19.000 unidades, gasto fixo total de R$ 190.000, gasto variável unitário de R$ 15 e preço de venda unitário de R$ 25. Como o ponto de equilíbrio era de 100%, a empresa se mostrava inviável. Para reverter essa situação seria necessário que o ponto de equilíbrio fosse reduzido para 80%.

i

103

Page 104: Apostila de Custos

Para se conseguir a redução pretendida e mantendo-se os valores dos demais parâmetros:

a) O gasto fixo total deve ser alterado em que percentagem?

b) O preço de venda unitário deve ser alterado em que percentagem?

10.Quais são os riscos para fins decisoriais, decorrentes da alocação dos Custos Fixos aos produtos?

11.Qual é a diferença fundamental entre os métodos de custeio variável e por absorção?

104

Page 105: Apostila de Custos

CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO ARAÚJO

A empresa Produção Múltipla Ltda. apresenta os seguintes dados:

Produto PVu GVu MCu Proporção de

R$/u R$/u R$/uVendas

%

A 110 60 25B 130 70 15C 90 50 60

Os gastos fixos somam R$ 546.000 por mês. O lucro esperado é de R$ 136.500.

1. Quantas unidades de cada produto a empresa deverá produzir e vender para atingir o ponto de equilíbrio contábil? Faça o demonstrativo de resultado.

2. Quantas unidades de cada produto a empresa deve produzir e vender para atingir o ponto de equilíbrio econômico? Faça o demonstrativo de resultado.

A empresa Portas e Janelas Ltda. apresenta os seguintes dados:

Produto PVu CVu DVu Proporção de

R$/u R$/u R$/uVendas

%

A 600 340 60 30B 500 300 50 20C 400 170 30 40D 750 375 75 10

Os custos fixos somam R$ 30.000 por mês e as despesas fixas R$ 14.000.

3. Quantas unidades de cada produto a empresa deverá produzir e vender para

atingir o ponto de equilíbrio? Faça o demonstrativo de resultado.

4. Quantas unidades de cada produto a empresa deve produzir e vender para ter um

lucro de R$ 22.000? Faça o demonstrativo de resultado.

105

Page 106: Apostila de Custos

5. Se a empresa conseguir alterar a proporção de vendas para 25, 10, 40 e 25%,

respectivamente para os produtos A, B, C e D, quantas unidades deverá produzir e

vender para ter o lucro de R$ 22.000? Faça o demonstrativo de resultado.

106

Page 107: Apostila de Custos

CUSTO PADRÃO

MATÉRIA-PRIMA

Matéria-prima ACusto padrão 16 kg R$ 40,00/kg = R$ 640Custo real 19 kg R$ 42,00/kg = R$ 798

Matéria-prima BCusto padrão 5 m R$ 100,00/m = R$ 500Custo real 4 m R$ 135,50/m = R$ 542

Matéria-prima CCusto padrão 80 fl R$ 7,00/fl = R$ 560Custo real 75 fl R$ 6,80/fl = R$ 510

MÃO-DE-OBRA DIRETA

Departamento WCusto padrão 40 hs R$ 12,00/h = R$ 480Custo real 46 hs R$ 12,50/h = R$ 575

Departamento YCusto padrão 20 hs R$ 23,50/h = R$ 470Custo real 19 hs R$ 25,00/h = R$ 475

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO – C.I.F.

Padrão:

Custos indiretos variáveis: R$ 450/uCustos indiretos fixos.......: R$ 300.000/mêsVolume de produção..........: 1.000 unidades/mês

Real:

Custos indiretos totais: R$ 760.000Volume produzido......: 800 unidades

Fonte: exemplo extraído do livro texto de Cont. Custos – Eliseu Martins – edit. Atlas

107

Page 108: Apostila de Custos

CUSTO PADRÃO – MATERIAIS DIRETOS

12.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de matéria-prima fixado foi de 3,00 m² x R$ 25/m². Entretanto, os custos reais foram de

2,80 m² x R$ 23/m².

Calcule as variações de quantidade, de preço e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

13.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de matéria-prima fixado foi de 3,00 m² x R$ 25/m². Entretanto, os custos reais foram de

3,20 m² x R$ 27/m².

Calcule as variações de quantidade, de preço e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

14.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de matéria-prima fixado foi de 3,00 m² x R$ 25/m². Entretanto, os custos reais foram de

2,80 m² x R$ 27/m².

Calcule as variações de quantidade, de preço e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

15.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de matéria-prima fixado foi de 3,00 m² x R$ 25/m². Entretanto, os custos reais foram de

3,20 m² x R$ 23/m².

Calcule as variações de quantidade, de preço e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

108

Page 109: Apostila de Custos

16.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de matéria-prima fixado foi de 3,00 m² x R$ 25/m². Entretanto, os custos reais foram de

3,75 m² x R$ 20/m².

Calcule as variações de quantidade, de preço e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

17.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 200 minutos x R$ 22/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

18.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 200 minutos x R$ 20/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

19.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 200 minutos x R$ 18/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

20.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 160 minutos x R$ 20/minuto.

109

Page 110: Apostila de Custos

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

21.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 160 minutos x R$ 22/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

22.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 160 minutos x R$ 18/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

23.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 180 minutos x R$ 22/minuto.

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

24.A empresa Dorme Nenê Ind. e Com. de Berços Ltda. fabrica berços. O custo-padrão

de mão-de-obra direta fixado foi de 180 minutos x R$ 20/minuto. Entretanto, os custos

reais foram de 180 minutos x R$ 18/minuto.

110

Page 111: Apostila de Custos

Calcule as variações de eficiência, de taxa e mista, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

25.Cite pelo menos três razões para que haja variação desfavorável de matéria-prima

entre o custo padrão e o custo real.

26.Cite pelo menos três razões para que haja variação desfavorável de mão-de-obra

direta entre o custo padrão e o custo real.

27.Qual é o objetivo do Custo Padrão Corrente?

111

Page 112: Apostila de Custos

CONTABILIDADE DE CUSTOS – PROF. MARCELO BERNARDINO

ARAÚJO

1. Dentre os padrões fixados para um mês, a empresa Leva Nenê Ltda. fixou seus

C.I.F. - Custos Indiretos de Fabricação em:

Custos indiretos variáveis: R$ 8/u

Custos indiretos fixos.......: R$ 6.000/mês

Volume de produção........: 1.000 unidades/mês

Entretanto os valores reais foram os seguintes:

Custos indiretos totais: R$ 16.000

Volume produzido......: 800 unidades

Calcule as variações de volume, de custos e total, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

2. Dentre os padrões fixados para um mês, a empresa Leva Nenê Ltda. fixou seus

C.I.F. - Custos Indiretos de Fabricação em:

Custos indiretos variáveis: R$ 8/u

Custos indiretos fixos.......: R$ 6.000/mês

Volume de produção........: 1.000 unidades/mês

Entretanto os valores reais foram os seguintes:

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Page 113: Apostila de Custos

Custos indiretos totais: R$ 16.000

Volume produzido......: 1.000 unidades

Calcule as variações de volume, de custos e total, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

3. Dentre os padrões fixados para um mês, a empresa Leva Nenê Ltda. fixou seus

C.I.F. - Custos Indiretos de Fabricação em:

Custos indiretos variáveis: R$ 8/u

Custos indiretos fixos.......: R$ 6.000/mês

Volume de produção........: 1.000 unidades/mês

Entretanto os valores reais foram os seguintes:

Custos indiretos totais: R$ 11.200

Volume produzido......: 800 unidades

Calcule as variações de volume, de custos e total, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

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Page 114: Apostila de Custos

4. Dentre os padrões fixados para um mês, a empresa Leva Nenê Ltda. fixou seus

C.I.F. - Custos Indiretos de Fabricação em:

Custos indiretos variáveis: R$ 8/u

Custos indiretos fixos.......: R$ 6.000/mês

Volume de produção........: 1.000 unidades/mês

Entretanto os valores reais foram os seguintes:

Custos indiretos totais: R$ 11.200

Volume produzido......: 1.200 unidades

Calcule as variações de volume, de custos e total, indicando se são favoráveis ou

desfavoráveis.

28.Quais são os riscos para fins decisoriais decorrentes da apropriação dos custos fixos

aos produtos?

29.Quais são os três grandes problemas que concorrem para que os custos fixos

apropriados aos produtos não sejam utilizados na tomada de decisão?

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Page 115: Apostila de Custos

30.Qual é a diferença fundamental entre os métodos de custeio variável e custeio por

absorção?

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Page 116: Apostila de Custos

31.Cite pelo menos três razões para que haja variação desfavorável de matéria-prima

entre o custo padrão e o custo real.

32.Cite pelo menos três razões para que haja variação desfavorável de mão-de-obra

direta entre o custo padrão e o custo real.

33.Uma determinada empresa recebeu três encomendas, em quantidades diferentes,

para produzir cada um de seus três tipos de produtos. Um dos pedidos não poderá ser

aceito devido ao acúmulo de serviço. Qual é a encomenda que deve ser recusada?

Explique.

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Page 117: Apostila de Custos

34.Podemos considerar os salários dos almoxarifes como diretos já que eles manuseiam

as matérias-primas?

35.Se um operário direto do departamento de pintura de produtos passar uma semana

trabalhando na reforma do prédio, deixam os seus salários e encargos de serem

considerados como custo direto? Explique.

36.A separação dos custos em diretos e indiretos é feita com relação a quê?

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Page 118: Apostila de Custos

37.O que representam os custos fixos para a empresa?

38.Qual é o objetivo do Custo Padrão Corrente?

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Page 119: Apostila de Custos

39.Assinale a alternativa correta. Equivalente de produção é um artifício utilizado para:

a) Fazer uma melhor apropriação dos custos diretos;

b) Uniformizar a apropriação dos custos indiretos de fabricação;

c) Calcular o custo médio unitário quando se tem unidade em elaboração;

d) Calcular os custos indiretos aplicados;

e) Calcular a taxa de aplicação de custos indiretos;

40.Assinale a alternativa correta. Sob o custeio variável, os estoques são custeados

somente aos seus gastos:

a) De período;

b) Fixos de produção;

c) Variáveis de produção;

d) Totais de produção;

e) Variáveis de produção e vendas;

41.Assinale a alternativa correta. No ponto de equilíbrio contábil:

a) As receitas são iguais aos custos e despesas variáveis:

b) A margem de contribuição total é igual aos custos e despesas variáveis;

c) Os custos e despesas variáveis igualam-se aos custos e despesas fixos;

d) A margem de contribuição total é igual aos custos e despesas fixos;

e) As receitas são iguais aos custos e despesas fixos;

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