apostila de histologia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE HISTOLOGIA
ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS
2ª edição
NOVA ORTOGRAFIA
Alunos: Bruno Oliveira Araujo Rosas
Dayane Caroline Sperandio Sales Elimar Mayara de Almeida Menegotto
Lorena Machado Bueno Sabliny Carreiro Ribeiro
Orientação: Profª Drª Arielle Cristina Arena Mestranda Joyce Alencar Santos
DOURADOS
2011
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SUMÁRIO COMO PROCEDER NO LABORATORIO DE HISTOLOGIA .................................................................
INTRODUÇÃO À MICROSCOPIA............................................................................................................
TECIDO EPITELIAL .................................................................................................................................
Tecido Epitelial de Revestimento [Lâmina 05] – Artéria - Epitélio pavimentoso simples................................................................................ [Lâmina 63] – Rim – Epitélio cúbico simples.............................................................................................
[Lâmina 54] – Vesícula biliar - Epitélio cilíndrico simples ..........................................................................[Lâmina 02] – Traqueia - Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado...................................................
[Lâmina 04] – Esôfago - Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado ........................................
[Lâmina 07] – Pele espessa – Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ......................................
[Lâmina 38] – Glândula sublingual – Epitélio cúbico estratificado ........................................................... [Lâmina 65] – Bexiga urinária – Epitélio de transição ...............................................................................
Tecido Epitelial Glandular
[Lâmina 38] – Glândula Sublingual – Mucosa com semiluas serosas.......................................................[Lâmina 37] – Glândula Parótida – Serosa ...............................................................................................
[Lâmina 49] – Intestino grosso – Glândula tubular simples ......................................................................
[Lâmina 06] – Pele fina – Glândula alveolar; Glândula tubular enovelada ...............................................
TECIDO CONJUNTIVO ............................................................................................................................
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
[Lâmina 04] – Tecido conjuntivo frouxo .... .............................................................................................. [Lâmina 10] – Tendão - Tecido conjuntivo denso modelado ...................................................................
[Lâmina 06] – Pele (couro cabeludo) - Tecido conjuntivo denso não modelado ..................................... [Lâmina 77] – Cordão umbilical - Tecido mucoso .....................................................................................
TECIDO ADIPOSO ...................................................................................................................................
[Lâmina 08] – Tecido adiposo unilocular e multilocular.............................................................................
TECIDO CARTILAGINOSO ..................................................................................................................... [Lâmina 11] – Traqueia - Cartilagem hialina ............................................................................................
TECIDO ÓSSEO .......................................................................................................................................
[Lâmina 15] – Osso descalcificado (corte longitudinal) .............................................................................
[Lâmina 14] – Osso descalcificado (corte transversal) ............................................................................. [Lâmina 13] – Osso desgastado (corte transversal) .................................................................................
TECIDO NERVOSO ..................................................................................................................................
[Lâmina 31] – Nervo (corte longitudinal) ................................................................................................... [Lâmina 30] – Nervo (corte transversal) ....................................................................................................
[Lâmina 33] – Gânglio nervoso parassimpático ........................................................................................
[Lâmina 26] – Medula Espinhal (corte transversal) ...................................................................................[Lâmina 61] – Cérebro .............................................................................................................................. [Lâmina 62] – Cerebelo .............................................................................................................................
TECIDO MUSCULAR ...............................................................................................................................
[Lâmina 22] – Tecido muscular liso (corte longitudinal e transversal) ......................................................
[Lâmina 18] – Tecido muscular estriado esquelético (corte longitudinal) .................................................
[Lâmina 17] – Tecido muscular estriado esquelético (corte transversal) ..................................................[Lâmina 25] – Tecido muscular estriado cardíaco (corte longitudinal) ......................................................
[Lâmina 24] – Tecido muscular estriado cardíaco (corte transversal) ......................................................
SISTEMA CIRCULATÓRIO ......................................................................................................................
[Lâmina 58] – Artéria elástica ....................................................................................................................
[Lâmina 60] – Artéria muscular e veia .......................................................................................................
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CÉLULAS DO SANGUE .......................................................................................................................... [Lâmina especial] - Esfregaço sanguíneo .................................................................................................
HEMOCITOPOESE ..................................................................................................................................
[Lâmina 34] – Medula óssea ..................................................................................................................... SISTEMA IMUNITÁRIO E ÓRGÃOS LINFÁTICOS .................................................................................
[Lâmina 35] – Linfonodo ............................................................................................................................[Lâmina 56] – Baço ...................................................................................................................................
SISTEMA DIGESTÓRIO E GLÂNDULAS ANEXAS ................................................................................[Lâmina 41] – Ponta de língua ..................................................................................................................
[Lâmina 40] – Língua (sulco terminal)....... ............................................................................................... [Lâmina 43] – Esôfago .............................................................................................................................
[Lâmina 44] – Transição esôfago-estômago .............................................................................................[Lâmina 45] – Estômago (antro gástrico) ..................................................................................................
[Lâmina 47] – Intestino Delgado ...............................................................................................................
[Lâmina 49] – Intestino Grosso ................................................................................................................. [Lâmina 37] – Glândula Parótida ...............................................................................................................[Lâmina 39] – Glândula Submandibular ....................................................................................................
[Lâmina 38] – Glândula Sublingual ........................................................................................................... [Lâmina 57] – Pâncreas ............................................................................................................................
[Lâmina 52] – Fígado ................................................................................................................................
[Lâmina 54] – Vesícula Biliar .....................................................................................................................
APARELHO RESPIRATÓRIO ..................................................................................................................
[Lâmina 42] – Traqueia .............................................................................................................................
[Lâmina 53] – Pulmão ...............................................................................................................................
PELE E ANEXOS .....................................................................................................................................
[Lâmina 05] – Pele espessa ......................................................................................................................[Lâmina 06] – Pele fina .............................................................................................................................
APARELHO URINÁRIO ...........................................................................................................................
[Lâmina 64] – Rim .....................................................................................................................................[Lâmina 63] – Rim (Córtex) .......................................................................................................................
[Lâmina 66] – Ureter ................................................................................................................................. [Lâmina 65] – Bexiga urinária ...................................................................................................................
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS ..................................................................................................................
[Lâmina 36] – Tireoide e Paratireoide .......................................................................................................
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO .............................................................................................[Lâmina 74] – Testículo. ...........................................................................................................................
[Lâmina 75] – Epidídimo ...........................................................................................................................
APARELHO REPRODUTOR FEMININO .................................................................................................
[Lâmina 69] – Ovário .................................................................................................................................[Lâmina 68] – Tuba uterina .......................................................................................................................
[Lâmina 71] – Útero ..................................................................................................................................[Lâmina 72] – Glândulas mamárias ..........................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................
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COMO PROCEDER NO LABORATÓRIO DE HISTOLOGIA
Abaixo encontram-se algumas normas a serem seguidas nas aulas práticas laboratoriais de
Histologia:
1. Sempre usar jaleco
2. Ligue o microscópio da forma adequada
3. Cuidado ao manipular as lâminas e o microscópio*
4. Mantenha o laminário sempre fechado e sobre a bancada
5. Ao terminar a aula guarde o laminário no armário e desligue o microscópio corretamente
6. Retire o jaleco ao sair do laboratório
OBS.: (*) Manuseio correto do microscópio
1. Ligar o microscópio e colocar a objetiva de aumento mínimo em posição de observação.
2. Colocar a lâmina que será observada sobre a platina do microscópio.
3. Verificar se a intensidade da luz está apropriada.
4. Focar a imagem, aproximando a objetiva da lâmina com a ajuda do sistema macrométrico e micrométrico,
ajustando até a visualização da imagem com a nitidez desejada.
5. Girar o revólver, colocar a objetiva de aumento superior em posição de observação e focar a imagem
novamente. Repetir a operação até colocar a objetiva com o aumento de observação desejado.
6. Realizar uma varredura na amostra mediante o deslocamento da lâmina com o comando de Charriot.
7. Terminada a observação, afastar a objetiva da amostra com o auxílio do sistema micrométrico e
macrométrico.
8. Girar o revólver até ajustar a objetiva de menor aumento em posição de observação e então retirar a
lâmina.
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INTRODUÇÃO À MICROSCOPIA
1 – Lâmpada
2 – Diafragma
3 – Condensador
4 – Platina
5 – Objetivas
6 – Revólver
7 – Canhão
8 – Oculares
9 – Braço
10 – Parafuso micrométrico
11 – Parafuso macrométrico
12 – Base
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TECIDO EPITELIAL Ø O TECIDO EPITELIAL É DIVIDIDO EM DOIS GRUPOS, DE ACORDO COM ESTRUTURA E
FUNÇÃO:
1. Tecido epitelial de revestimento
2. Tecido epitelial glandular
1. TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO:
• Células justapostas e coesas dispostas em camadas
• Apoiado na lâmina ou membrana basal
• Geralmente apresenta tecido conjuntivo subjacente
• Principais funções: proteção, absorção, recepção sensitiva e secreção
1.1 Classificação quanto ao número de camadas:
SIMPLES: apresenta apenas uma camada de células. ESTRATIFICADO: apresenta mais de uma camada de células.
1.2 Classificação quanto à morfologia das células:
SIMPLES: • Pavimentoso: células planas e achatadas e núcleos que acompanham o formato das
células. Ex: endotélio
• Cúbico: células com formato cúbico e núcleos circulares. Ex: túbulos renais
• Prismático ou colunar: células alongadas com núcleos também alongados. Ex: vesícula
biliar
• Pseudoestratificado: as células apresentam núcleos em alturas diferentes dando a
falsa impressão de várias camadas. Todas as células estão apoiadas na lâmina
basal. Suas células podem apresentar cílios ou estereocílios. Ex: epitélio respiratório
ESTRATIFICADO: De acordo com a forma das células de sua camada mais superficial, pode ser: • Pavimentoso queratinizado: acima da camada de células achatadas há uma camada
de queratina. Ex: pele
• Pavimentoso não queratinizado: células da superfície achatadas; reveste superfícies
úmidas como: boca, vagina e esôfago.
• Cúbico: células cúbicas com núcleos arredondados. Ex: glândulas sudoríparas
• Transição: células globosas, nem pavimentosas nem prismáticas que admitem
morfologia variada. Ex: bexiga
• Prismático ou colunar: células alongadas com núcleos também alongados. Ex:
conjuntiva ocular
2. TECIDO EPITELIAL GLANDULAR:
• Constituído por células especializadas na atividade de secreção
• Principal função: produzir secreções (proteínas, lipídios, carboidratos)
• Apresenta grânulos de secreção que armazenam moléculas a serem secretadas
• Epitélio glandular forma as glândulas:
- Unicelulares: células glandulares isoladas. Ex: célula caliciforme - Multicelulares: agrupamento de células. Ex: maioria das glândulas
2.1 Classificação das glândulas quanto à forma de secreção:
• Exócrina: o produto de secreção é lançado em ductos excretores que se abrem
em um órgão ou superfície livre.
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• Endócrina: o produto de secreção é lançado na corrente sanguínea
(hormônios)
• Mista: possui uma porção endócrina e outra porção exócrina. Ex: pâncreas
2.2 Classificação quanto ao modo de liberação da secreção:
• Merócrina: elimina apenas o produto de secreção
• Apócrina: produto de secreção é eliminado junto com parte do citoplasma apical
• Holócrina: célula se destaca junto com o produto de secreção
2.3 Classificação quanto à porção condutora da glândula exócrina:
• Simples: apresenta um único ducto secretor que não se divide
• Composta: apresenta ductos ramificados de vários tamanhos ou calibres
2.4 Classificação quanto à forma da porção secretora da glândula exócrina:
• Tubulosa: simples, ramificada simples, enovelada simples ou composta
• Acinosa: ramificada simples ou composta
• Alveolar
• Túbulo-acinosa composta
• Túbulo-alveolar
2.5 Classificação quanto ao tipo se secreção da glândula exócrina:
• Serosa
• Mucosa
• Seromucosa
2.6 Classificação quanto ao arranjo das células epiteliais endócrinas:
• Cordonal: as células se dispõem em cordões. Ex: paratireoide
• Vesicular: as células se dispõem formando vesículas. Ex: tireoide
[Lâmina 05] – Artéria - Epitélio pavimentoso simples - HE
O epitélio pavimentoso simples é formado por uma única camada de células pavimentosas. Esse epitélio apresenta células com núcleos achatados e bem corados pela Hematoxilina. O endotélio (epitélio que reveste o interior dos vasos sanguíneos e linfáticos) e o mesotélio (epitélio que reveste cavidades do corpo, como a cavidade pleural e peritoneal, e também recobre vísceras) são exemplos desse epitélio.
Figuras A e B: Corte histológico de artéria. Notar o endotélio, formado por epitélio pavimentoso simples.
Ep. Pavimentoso simples Ep. Pavimentoso simples
A B
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[Lâmina 63] – Rim – Epitélio cúbico simples - HE
O epitélio cúbico simples é formado por uma única camada de células cúbicas. Esse epitélio apresenta células com núcleos arredondados. O epitélio cúbico simples é encontrado no epitélio que forma os túbulos renais; outro exemplo é o epitélio que reveste externamente os ovários.
Figuras A e B: Corte histológico do córtex renal. Notar os túbulos renais, os quais possuem epitélio cúbico simples. [Lâmina 54] – Vesícula biliar - Epitélio cilíndrico simples - HE
O epitélio cilíndrico simples é formado por uma única camada de células cilíndricas (também podem ser chamadas prismáticas). Nesse epitélio, as células apresentam núcleos alongados, acompanhando o formato da célula e em posição predominantemente basal. O epitélio cilíndrico simples é encontrado no revestimento da vesícula biliar e no revestimento do intestino delgado.
Figuras A e B: Corte histológico de vesícula biliar. Notar seu epitélio de revestimento (epitélio cilíndrico simples). [Lâmina 02] – Traqueia - Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado - HE
Este epitélio é composto por apenas uma camada de células, porém a posição dos núcleos faz com que ele pareça estratificado. Todas as suas células estão aderidas à lâmina basal, mas nem todas encontram a superfície, por isso a “pseudoestratificação”. Essas células ainda apresentam cílios em sua superfície além de serem envoltas por células caliciformes (células produtoras de muco). O epitélio que reveste a traqueia é um exemplo desse epitélio.
OBS.: O cílios encontrados na traquéia são análogos aos estereocílios encontrados no epidídimo.
Ep. cúbico simples Ep. cúbico simples
Ep. cilíndrico simples
Ep. cilíndrico simples
A B
A B
Núcleos
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Figuras A e B: Corte histológico de traqueia. Notar seu epitélio de revestimento (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado). [Lâmina 04] – Esôfago - Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado - HE
Este epitélio é formado por mais de uma camada de células, em que as células mais próximas da lâmina basal apresentam um formato variando de cúbico a prismático à medida que se aproximam da superfície essas células apresentam um formato irregular até atingirem a forma pavimentosa, achatada. Esse epitélio reveste cavidades úmidas como o esôfago, vagina e boca.
Figuras A e B: Corte histológico de esôfago. Notar seu epitélio de revestimento (epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado). [Lâmina 07] – Pele espessa – Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado - HE
Este epitélio apresenta várias camadas de células sendo as últimas compostas por células repletas de queratina em seu citoplasma. Encontrado em áreas como a planta dos pés e palma das mãos, esse tecido apresenta quatro camadas denominadas (da base para a superfície): basal, espinhosa, granulosa e córnea. Destas, a camada córnea merece destaque por ser ela formada de células mortas com os seus citoplasmas completamente preenchidos por queratina.
Ep. Pseudoestratificado cilíndrico ciliado
Ep. Pseudoestratificado cilíndrico ciliado
Céls caliciformes
Céls caliciformes
Ep. pavimentoso estratificado
B A
B A
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Figuras A e B: Corte histológico de pele espessa. Notar seu epitélio de revestimento (epitélio pavimentoso estratificado queratinizado). [Lâmina 38] – Glândula sublingual – Epitélio cúbico estratificado - HE
Este epitélio é formado por mais de uma camada de células cúbicas. O epitélio estratificado cúbico está presente nos ductos excretores da glândula sublingual.
Figuras A e B: Corte histológico de glândula sublingual. Notar o epitélio de revestimento dos ductos interlobulares (epitélio cúbico estratificado). [Lâmina 65] – Bexiga urinária – Epitélio de transição - HE
Este epitélio é formado por células globosas e com espessura variável, isso por fazerem parte de um órgão distensível. Tal epitélio é encontrado revestindo internamente a bexiga. Quando cheia, a bexiga encontra-se distendida e o epitélio mostra-se também distendido e suas as células ficam mais achatadas; porém, quando a bexiga encontra-se contraída ou vazia, as células epiteliais tomam a forma globosa ou arredondada.
Ep. Cúbico estratificado
Ep. Cúbico estratificado
Camada córnea
Estrato lúcido
Camada granulosa Camada espinhosa Camada basal
Camada córnea
Camada granulosa
Camada espinhosa
Camada basal
B A
B A
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Figuras A e B: Corte histológico de bexiga urinária. Notar seu epitélio de revestimento (epitélio de transição), no qual as células apresentam-se com aspecto globoso (bexiga vazia). [Lâmina 38] – Glândula Sublingual – Mucosa com semiluas serosas - HE
A glândula sublingual é do tipo túbulo-acinosa composta, formada por células predominantemente mucosas, mas com presença de semiluas serosas. Os túbulos mucosos são fracamente corados devido à presença do muco na região apical da célula; os núcleos são basais e achatados.
Figuras A e B: Corte histológico da glândula sublingual. Em A, um aspecto geral da glândula, em que se pode notar a presença de inúmeros túbulos mucosos, palidamente corados. Em B, túbulos mucosos em maior detalhe. Notar a presença de um ducto glandular. [Lâmina 37] – Glândula Parótida – Serosa - HE
A glândula parótida é uma glândula acinosa composta, sendo a sua porção secretora constituída
exclusivamente por células serosas. As células serosas são bem coradas, poliédricas ou piramidais e com núcleos centrais e arredondados. Essas células apresentam grânulos de secreção na região apical.
Ep. de transição
Céls globosas
Túbulos mucosos Túbulos mucosos
Ducto glandular
A B
A B
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Figuras A e B: Corte histológico da glândula parótida. Em A, um aspecto geral da glândula onde se pode notar a presença de inúmeros ácinos serosos. Em B, ácinos serosos em maior detalhe. [Lâmina 49] – Intestino grosso – Glândula tubular simples - HE
As glândulas tubulares simples são longas e caracterizadas por abundância de células caliciformes. As células caliciformes são glândulas unicelulares que produzem muco, por isso, usando HE o seu citoplasma apresenta-se pouco corado. Os núcleos são periféricos, assim como nos ácinos mucosos. Esse tipo de glândula é encontrado no intestino grosso.
Figuras A e B: Corte histológico de intestino grosso. Notar a presença de células caliciformes. [Lâmina 06] – Pele fina – Glândula sebácea (alveolar); Glândula sudorípara (tubular e enovelada) - HE
As glândulas sebáceas são glândulas alveolares que se situam na derme da pele fina, mas não estão presentes na pele espessa. Essas glândulas são holócrinas e geralmente possuem vários alvéolos desembocando em um ducto curto junto aos folículos pilosos.
As glândulas sudoríparas são glândulas tubulares enoveladas encontradas em toda a pele. Seus ductos não se ramificam, abrindo-se na superfície da pele. Devido a sua natureza enovelada, em cortes histológicos, elas não são vistas de forma contínua, mas sim como aglomerados de pequenos túbulos na derme. Geralmente essas glândulas são merócrinas.
Ácinos serosos
Ductos glandulares
Ácinos serosos
Céls caliciformes
Glândula tubular simples
Glândula tubular simples
Céls caliciformes
Núcleo
Citoplasma
A B
A B
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Figuras A e B: Corte histológico de pele fina. Em A, uma glândula alveolar (glândula sebácea). Em B, notar a presença de uma glândula alveolar e uma glândula tubular enovelada (glândula sudorípara).
Glândula alveolar
Glândula alveolar
Glândula tubular
enovelada
Ducto A B
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TECIDO CONJUNTIVO
Características Gerais: • Grande quantidade de matriz extracelular
• Altamente inervado e vascularizado
Constituição:
• Matriz extracelular:
- Substância fundamental: material hidratado, amorfo, composto por glicosaminoglicanos (GAG), proteoglicanos e glicoproteinas de adesão. - Fibras: colágenas, elásticas e reticulares
• Células:
- Fixas ou residentes: fibroblastos, adipócitos e mastócitos - Transitórias, livres ou migrantes: macrófagos, plasmócitos e leucócitos Funções:
• Sustentação estrutural
• Preenchimento e adesão dos tecidos
• Mecânica: ossos, tendões e cartilagens
• Defesa e proteção
• Reserva
• Meio de trocas
• Barreira física
TIPOS DE TECIDO CONJUNTIVO
1. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD)
1.1 Frouxo
1.2 Denso modelado
1.3 Denso não modelado
2. TECIDO CONJUNTIVO DE PROPRIEDADES ESPECIAIS (TCPE)
2.1 Adiposo
2.2 Elástico
2.3 Mucoso
2.4 Reticular ou hemocitopoético (linfoide e mieloide)
3. TECIDO CONJUNTIVO DE SUPORTE (TCS)
3.1 Ósseo
3.2 Cartilaginoso
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO FROUXO • Suporta estruturas sujeitas à pressão e a atritos pequenos;
• Preenche espaço entre grupos de células musculares;
• Apoia células epiteliais;
• Apresenta todos os elementos estruturais característicos do TCPD, não havendo predominância de
qualquer deles;
• Apresenta consistência delicada;
• Bem vascularizado.
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO DENSO
• Adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos;
• Apresenta menor número de células e maior predominância de fibras colágenas;
• Fibras colágenas sem orientação definida: Denso não modelado. Ex: derme profunda;
• Fibras colágenas paralelas e alinhadas com os fibroblastos: Denso Modelado. Ex: tendões.
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TECIDO CONJUNTIVO ELÁSTICO
• Composto por feixes espessos e paralelos de fibras elásticas;
• Cor amarelada típica;
• Grande elasticidade;
• Presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e no ligamento suspensor do pênis.
TECIDO CONJUNTIVO MUCOSO • Consistência gelatinosa devido à predominância de ácido hialurônico;
• Pouquíssimas fibras;
• Fibroblastos são as principais células;
• Principal componente do cordão umbilical.
1. TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO [Lâmina 04] – Tecido conjuntivo frouxo É um tecido conjuntivo bastante comum e que dá suporte às estruturas que ficam, normalmente,
sujeitas à pressão e a atritos pequenos. Contém todos os tipos de elementos estruturais típicos do Tecido
Conjuntivo Propriamente Dito. Há predominância de macrófagos e fibroblastos. Existem também fibras
colágenas e elásticas que se encontram delgadas e desorganizadas, o que confere baixa resistência a
trações a esse tipo de tecido.
É encontrado preenchendo espaço entre células musculares, em volta de células sanguíneas, dando
suporte as células epiteliais, etc. No caso do esôfago, ele se situa abaixo do epitélio, sendo a lâmina
própria.
Figuras A e B: Corte histológico de esôfago. Em A e B, pode-se evidenciar a lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, abaixo do epitélio.
[Lâmina 10] – Tendão – Tecido conjuntivo denso modelado – HE
É um tecido em que as fibras colágenas foram formadas paralelamente e apresentam uma espessura maior do que as encontradas em outros tecidos, além disso, elas encontram-se alinhadas com os fibroblastos. Essa conformação permite uma altíssima resistência à tração em um determinado sentido, pois fibras e feixes estão na mesma direção. As células do tendão, os fibrócitos, contêm núcleos alongados e dispostos de forma paralela às fibras de colágeno e apresentam um citoplasma delgado que é de difícil visualização à microscopia de luz.
Lâmina própria T.C. frouxo
Lâmina própria T.C. frouxo
A B
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Figuras A e B: Corte histológico de tendão. Em A e B, pode-se evidenciar que as fibras e feixes deste tecido estão orientados em uma mesma direção, com células alongadas (fibrócitos) entre eles.
[Lâmina 06] – Pele (couro cabeludo) - Tecido conjuntivo denso não modelado – HE
Em contraposição ao Tecido Conjuntivo Denso Modelado, nesse tipo de tecido, as fibras colágenas estão dispostas em fibras espessas e sem uma orientação direcional definida. Tal fato permite resistir a certas trações em qualquer direção. O tecido apresenta uma pequena proporção celular em relação à matriz. Pode ser encontrado na derme profunda da pele.
Figuras A e B: Corte histológico de pele. Em A e B, pode-se evidenciar que as fibras e feixes deste tecido estão orientados sem uma direção definida com células alongadas (fibrócitos) entre eles. 2. TECIDO CONJUNTIVO DE PROPRIEDADES ESPECIAIS [Lâmina 77] – Cordão umbilical - Tecido mucoso - HE
Este tipo de tecido apresenta consistência gelatinosa. As suas principais células são os fibroblastos, que secretam a matriz. É facilmente encontrado no cordão umbilical onde se observa uma estrutura circular e dentro dela existem três estruturas de mesmo formato e de coloração mais evidente: uma veia (mais acidófila) e duas artérias. As fibras colágenas no cordão umbilical são muito delgadas e sua visualização é bastante difícil. A substância fundamental amorfa é predominante nesse tecido e a mesma, pela técnica de hematoxilina e eosina, não se cora de forma eficiente.
Fibras colágenas
Fibras colágenas
A B
A B
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Figuras A e B: Corte histológico de cordão umbilical. Em A e B, pode-se evidenciar o tecido mucoso, entre os vasos umbilicais.
Vasos umbilicais
Vaso umbilical
Tecido mucoso
Tecido mucoso
A B
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TECIDO ADIPOSO
Características:
• Constituído predominantemente por adipócitos
• Preenche espaço entre outros tecidos
• Exerce atividade secretora
• Maior depósito de energia sob a forma de triglicerídeos
• Principais funções: isolamento térmico, amortecimento, modelagem da superfície corpórea,
manutenção da posição dos órgãos.
Tipos: • Unilocular ou amarelo: apenas uma gotícula de gordura ocupando quase todo o citoplasma.
• Multilocular ou pardo: formado por células que apresentam numerosas gotículas lipídicas e muitas
mitocôndrias.
[Lâmina 08] – Tecido adiposo
As principais células que constituem esse tecido são as células adiposas, também chamadas de adipócitos que são células esféricas, grandes e com o núcleo disposto na periferia celular. O citoplasma dessas células não é corado, pois é de constituição lipídica e a mesma é dissolvida no processo histológico. Esse tecido é dividido em septos por tecido conjuntivo. É importante ressaltar que em seres humanos quase todo o tecido adiposo é unilocular e forma o panículo adiposo (camada disposta sob a pele) e tem função termorreguladora.
Figuras A e B: Corte histológico de tecido adiposo. Em A e B, pode-se evidenciar os adipócitos, os quais possuem uma grande gotícula de lipídio e núcleo periférico.
Adipócitos
Adipócitos
A B
19
TECIDO CARTILAGINOSO
Características Gerais • Consistência ligeiramente flexível
• Apresenta células características denominadas condrócitos
• Presença de abundante material extracelular: colágeno, elastina, proteínas, proteoglicanos,
glicoproteínas adesivas.
• Presença de lacunas, cavidades da matriz que alojam condrócitos
• Desprovido de vasos linfáticos e nervos
Funções • Suporte de tecidos moles
• Reveste superfícies articulares, facilitando o deslizamento dos ossos nas articulações
• Absorção de choques, deslizamento
• Formação e crescimento dos ossos longos
Tipos: 1. Cartilagem hialina:
• É a mais comum, predomina colágeno tipo II
• Apresenta pericôndrio, exceto a cartilagem articular
Ex.: disco epifisário, parede das fossas nasais, traqueia e brônquios
2. Cartilagem elástica:
• Apresenta pouco colágeno tipo II e abundante fibra elástica
• Apresenta pericôndrio
Ex.: pavilhão auditivo, epiglote, cartilagem cuneiforme da laringe
3. Cartilagem Fibrosa:
• Predominância de colágeno tipo I
• Não apresenta pericôndrio
• Sempre associada ao tecido conjuntivo denso
Ex.: discos intervertebrais e cartilagem fibrosa
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[Lâmina 11] – Traqueia - Cartilagem hialina - HE
É a cartilagem mais abundante no organismo humano. Apresenta predomínio de colágeno tipo II. É envolvida por uma camada de Tecido Conjuntivo Denso, chamado pericôndrio, que é responsável por nutrir, oxigenar e eliminar os refugos metabólicos da cartilagem, pois é nele que se localizam vasos sanguíneos e linfáticos. As células presentes no pericôndrio – fibroblastos – podem se multiplicar por mitose e dar origem aos condroblastos (mais periféricos na cartilagem), que se multiplicam e dão origem aos condrócitos.
Figuras A e B: Corte histológico de traqueia. Em A e B, pode-se evidenciar o tecido cartilaginoso hialino, envolvido por pericôndrio.
Pericôndrio
Pericôndrio Condroblastos
Condrócitos Condrócitos
Condroblastos
A B
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TECIDO ÓSSEO
Características:
• Tipo especializado de tecido conjuntivo rígido, porém com considerável flexibilidade • É um tecido vivo, vascularizado e inervado • Constante remodelação • Formado por células e matriz extracelular calcificada (matriz óssea) • Periósteo e Endósteo: nutrição e fornecimento de novos osteoblastos • Percebe-se a presença da matriz óssea em lâminas preparadas pela técnica de desgaste e de
células quando se utiliza a técnica de descalcificação do tecido ósseo. Constituição: • Células: Originam-se de células osteoprogenitoras - Osteoblastos:
• células responsáveis pela produção da matriz orgânica do tecido ósseo • participam da mineralização da matriz, localizam-se nas superfícies ósseas • quando são aprisionados pela matriz recém sintetizada passam a ser chamados de osteócitos.
- Osteócitos: • células ósseas achatadas aprisionados em cavidades ou lacunas no interior da matriz
- Osteoclastos: • células gigantes, móveis, multinucleadas e extensamente ramificadas • responsáveis pela reabsorção de tecido ósseo (remodelação)
• Matriz óssea: 50% de parte orgânica e 50% de material mineral -Parte orgânica: 95% colágeno tipo I; glicosaminoglicanos e proteoglicanos; glicoproteínas adesivas -Parte inorgânica: contém os íons fosfato e cálcio formando os cristais de hidroxiapatita Funções: • Principal constituinte do esqueleto • Suporte para as partes moles e proporciona apoio aos músculos esqueléticos (sistema de alavancas) • Proteção dos órgãos vitais (como os contidos nas caixas craniana, torácica e no canal raquidiano) • Aloja e protege a medula óssea • Depósitos de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou liberando-os de modo a manter a homeostase desses íons nos líquidos corporais Sistema Harvesiano: 1. Canais de Havers • Percorrem o osso longitudinalmente • Ao redor destes canais existem, em cortes transversais, várias lamelas concêntricas de substância intercelular e de células ósseas • Cada conjunto deste, formado pelo canal central de Havers e por lamelas concêntricas, é chamado de Sistema Haversiano 2. Canais de Volkmann • Possuem trajetória perpendicular em relação ao eixo maior do osso • Não apresentam lamelas concêntricas • Comunicam os canais de Havers entre si
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[Lâmina 15] – Osso descalcificado (corte longitudinal) - HE
No corte longitudinal de um osso observa-se, mais perifericamente, o periósteo, e mais internamente a essa estrutura encontramos as células e a matriz óssea, entremeadas pelos canais de Havers (esses canais são paralelos ao eixo maior do osso, apresentando-se como canais alongados) e pelos canais de Volkmann (esses canais são perpendiculares ao eixo maior do osso e, consequentemente, aos canais de Havers, apresentando-se como pontos arredondados no corte histológico).
Figuras A e B: Osso descalcificado (corte longitudinal). Em A e B, pode-se evidenciar a presença do periósteo (mais externamente) e das células e matriz óssea, entremeadas pelos canais de Havers e Volkmann.
[Lâmina 14] – Osso descalcificado (corte transversal) - HE
Nesse corte temos a inversão daquilo que ocorre no corte longitudinal, ou seja, os canais de Havers passam a ser vistos como pequenos pontos arredondados, enquanto os canais de Volkmann passam a ser os canais alongados que ligam os canais de Havers. Vale observar que circundando os canais de Havers estão as lamelas ósseas concêntricas e os osteócitos, o que funciona como forma de diferenciar o corte transversal do longitudinal..
Figuras A e B: Osso descalcificado (corte transversal). Em A e B, pode-se evidenciar a presença do periósteo (mais externamente) e das células e matriz óssea, entremeadas pelos canais de Havers.
Canais de Havers
Canais de Havers
Canais de Volkmann
Canais de Volkmann
Periósteo
Osteócitos
Canais de Havers
Lamelas ósseas
Osteócitos
Canais de Havers
Osteócitos
Periósteo
A B
A B
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[Lâmina 13] – Osso desgastado (corte transversal) - HE
Diferencia-se do corte transversal do osso descalcificado apenas quanto à técnica histológica utilizada, portanto as estruturas observadas continuam as mesmas da lâmina 14.
Figuras A e B: Osso desgastado (corte transversal). Em A e B, pode-se evidenciar a presença de lamelas ósseas, canais de Havers e de Volkmann
Canais de Havers
Canal de Volkmann
Lamelas ósseas
Canais de Havers
A B
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TECIDO NERVOSO
• Anatomicamente é dividido em:
- sistema nervoso central (SNC): encéfalo e medula espinhal; - sistema nervoso periférico (SNP): gânglios nervosos.
• O Tecido nervoso apresenta dois componentes principais:
- Neurônios: células com longos prolongamentos - Células da glia ou neuróglia: sustentam os neurônios
• O tecido nervoso apresenta duas porções distintas:
- Substância branca: composta por fibras mielínicas, células da glia (oligodendócitos, astrócitos e micróglia e algumas fibras nervosas amielínicas. -Substância cinzenta: constituída por corpos celulares dos neurônios, células da glia (oligodendrócitos, astrócitos, micróglia) e algumas fibras nervosas amielínicas.
• No cérebro e no cerebelo a substância branca localiza-se no centro e a substância cinzenta na
periferia.
• Na medula, a substância cinzenta forma o chamado H medular mais internamente. No centro deste
encontra-se o canal ependimário. A substância branca na medula localiza-se mais externamente.
• No cerebelo, a substância cinzenta é subdividida em três regiões ou camadas: camada molecular
(mais externa); camada de células de Purkinje e camada granulosa.
• O sistema nervoso central está envolvido pelas meninges: dura-máter, mais externa, constituída
por tecido conjuntivo denso; a aracnoide, intermediária, constituída por tecido conjuntivo sem vasos sanguíneos; e a pia-máter, vascularizada e aderente ao tecido nervoso, localizada mais internamente.
• No SNP as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos.
• Uma camada fibrosa de tecido conjuntivo reveste o nervo (epineuro). Feixes de fibras nervosas são
separados por células achatadas, justapostas (perineuro). Cada fibra nervosa é envolvida pelo endoneuro (tecido conjuntivo frouxo com fibras reticulares)
Constituição Celular:
• Constituído por neurônios e pelas células da neuróglia • Há grande variação no tamanho do neurônio, mas todos apresentam um corpo celular ou pericário,
um axônio, e podem ter um ou mais dendritos de comprimentos diferentes • O corpo celular do neurônio ou pericário apresenta núcleo grande, vesiculoso, com nucléolo
evidente e o citoplasma da célula normalmente é basófilo, pela presença dos corpúsculos de Nissl (retículo rugoso + polirribossomos)
• Células da neuróglia: oligodendrócitos, astrócitos, micróglia, células de Schwann e células ependimárias
• Células satélites são encontradas envolvendo o corpo celular dos neurônios • Os axônios (fibras nervosas) podem ser mielínicos e amielínicos
Funções:
• Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais • Organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do
organismo, entre as quais: as funções motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas.
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[Lâmina 31] – Nervo (corte longitudinal) - HE
O nervo corresponde às fibras nervosas agrupadas em feixes. No corte longitudinal podemos ver o endoneuro que envolve cada fibra. Observa-se ainda o perineuro que reveste os feixes formados pelas fibras nervosas. Podem ser vistos também os núcleos das células de Schwann (mais corados), as quais formarão a bainha de mielina no Sistema Nervoso Periférico.
Figuras A e B: Corte histológico de nervo (corte longitudinal). [Lâmina 30] – Nervo (corte transversal) - HE
Em um corte transversal de um nervo observa-se que revestindo as fibras nervosas e também fazendo o preenchimento do espaço entre as mesmas temos o endoneuro (envoltório conjuntivo constituído principalmente por fibras reticulares sintetizadas pelas células de Schwann). Os feixes nervosos (formados pelas fibras nervosas) são revestidos pelo perineuro (bainha de várias camadas de células achatadas e justapostas). Por fim, revestindo o nervo e preenchendo o espaço entre os feixes nervosos tem-se o epineuro (camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso).
Figuras A e B: Corte histológico de nervo (corte transversal). [Lâmina 33] – Gânglio nervoso parassimpático - HE
É envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Esse gânglio é formado por neurônios pseudounipolares. Observando essa estrutura ao microscópio vê-se que os corpos celulares encontram-se em uma extremidade do gânglio, enquanto os axônios vão em direção oposta. Os neurônios que formam esse gânglio são grandes, possuem citoplasma volumoso e seu núcleo apresenta nucléolo evidente. As células-satélite ou células da glia (responsáveis por fornecer um microambiente adequado aos neurônios, além de outras diversas funções) circundam os corpos celulares.
Núcleos das
céls de Schwann Endoneuro
Perineuro
Feixe nervoso
Endoneuro Perineuro
Núcleos das
céls de Schwann
Perineuro
Endoneuro
Epineuro Endoneuro Perineuro
Fibra nervosa
A B
A B
26
Figuras A e B: Corte histológico de gânglio nervoso parassimpático. [Lâmina 26] - Medula Espinhal - HE
Nesta lâmina observa-se facilmente a distinção entre as principais substâncias presentes na medula: a substância branca e a substância cinzenta. A diferença de coloração entre as duas dá-se pela distribuição da mielina. A substância branca se localiza mais externamente e é revestida pelas meninges: dura-máter (externa), aracnóide (intermediária) e pia-máter (interna). A substância cinzenta é localizada mais internamente e forma o chamado H medular, cujos traços verticais formam os cornos anteriores (que contêm neurônios motores) e os cornos posteriores (recebem as fibras dos neurônios localizados nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais). No centro do H medular existe um orifício chamado canal central que é revestido por células ependimárias (esse canal representa a luz do tubo neural embrionário). A substância branca apresenta uma reentrância por onde a pia-máter se invagina chamada de sulco anterior. Outro detalhe a ser observado é que a pia-máter é contínua com os cornos do H medular.
Figuras A e B: Corte histológico de medula espinhal. [Lâmina 61] – Cérebro – HE
No cérebro temos a substância cinzenta formando o córtex e a substância branca formando a medula. O córtex cerebral apresenta seis camadas que são diferenciadas quanto à forma e ao tamanho dos neurônios. De externo para interno tem-se: camada molecular, granular externa, piramidal externa, granular interna, piramidal interna e fusiforme. Essas camadas não são bem delimitadas, mas diferenciam-se as camadas piramidais das granulares, pois as primeiras apresentam núcleos mais desenvolvidos. As principais células são piramidais, fusiformes ou estreladas. O cérebro é revestido pelas meninges pia-máter (interna), aracnóide (intermediária) e dura-máter (externa).
Axônios Axônios
Céls
satélite
Corpo celular
Núcleo
Nucléolo
Cápsula
Corpos celulares
A B
A B
Substância
branca
Células
ependimária
s
Fibras
nervosas
Canal
central
Corpo de
neurônio
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Figuras A e B: Corte histológico de cérebro. [Lâmina 62] – Cerebelo – HE
O cerebelo é um órgão lobulado. Cada lóbulo possui dobras formadas por uma parte mais externa de substância cinzenta (córtex cerebelar) e uma parte mais interna que forma um eixo central de substância branca (medula cerebelar). O córtex cerebelar é dividido em três camadas: - Camada granulosa: (mais interna) possui as menores células do corpo e apresenta estrutura atípica. - Camada de células de Purkinje: (intermediária) formada por uma fileira de células de Purkinje; essas células são grandes e possuem vários dendritos. - Camada molecular: (mais externa) rica em fibras amielínicas; possui poucos neurônios em sua extensão.
Figuras A e B: Corte histológico de cerebelo.
Substância
branca
Camada molecular
Camada granulosa
Células de
Purkinje Camada granulosa
Células de
Purkinje
Substância branca
A B
A B
Pia-máter
Camada molecular
Camada granular
externa
Camada piramidal
externa
Substância
cinzenta
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TECIDO MUSCULAR
Características: • Constituído por células alongadas, também chamadas fibras musculares, que apresentam grande
quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis.
• O tecido apresenta nomenclatura característica, assim, a membrana é o sarcolema, o citoplasma é
o sarcoplasma e o retículo endoplasmático liso é o retículo sarcoplasmático.
• O tecido muscular é dividido em três tipos:
1. Tecido Muscular Estriado Esquelético: contração rápida, forte, descontínua e voluntária
2. Tecido Muscular Estriado Cardíaco: contração forte, rápida, contínua e involuntária
3. Tecido Muscular Liso: contração fraca, lenta e involuntária
Funções:
• Contração
• Produção de movimentos (do corpo e de substâncias dentro do corpo)
• Estabilização da posição do corpo
• Produção de calor
1. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO
• Formado por feixes de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas e contendo muitos
filamentos - as miofibrilas.
• Os numerosos núcleos localizam-se na periferia da fibra
• Apresenta estriações transversais que delimitam unidades iguais denominadas sarcômeros
• O sarcômero é a unidade morfofuncional básica da fibra esquelética
• Nesse tecido, cada fibra muscular é envolvida pelo endomísio, cada feixe de fibras pelo perimísio e
o conjunto dos feixes pelo epimísio.
2. TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO
• Constituído por células alongadas e ramificadas
• Apresenta um ou dois núcleos centrais
• Apresenta estrias transversais, caracterizando os sarcômeros
• Caracterizado pela presença de discos intercalares (complexos juncionais)
3. TECIDO MUSCULAR LISO
• Formado por células alongadas, mais espessas no centro e afiladas nas extremidades
• Apresenta núcleo único e central
• Não apresenta estrias transversais
• Não apresenta sarcômeros
• O sarcolema apresenta estruturas denominadas cavéolas (Ca ++)
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[Lâmina 22] – Músculo liso (corte longitudinal e corte transversal) - HE
Neste corte histológico é possível ver as fibras musculares dispostas longitudinalmente e transversalmente. O músculo liso é caracterizado por células com núcleos centrais, com aspecto fusiforme e com uma coloração intensa. Esse tecido não apresenta estriações.
Figuras A e B: Músculo liso (cortes transversal e longitudinal). [Lâmina 18] – Músculo estriado esquelético (corte longitudinal) - HE
Com o corte feito longitudinalmente é possível ver a extensão das fibras musculares. As células apresentam núcleos periféricos. É possível notar a existência de estriações nas fibras musculares.
Figuras A e B: Músculo estriado esquelético (corte longitudinal).
Corte longitudinal Corte transversal
Estriações
Núcleos
Fibras musculares
A B
A B
30
[Lâmina 17] – Músculo estriado esquelético (corte transversal) - HE
No corte transversal é possível analisar a existência do endomísio (mais interno), revestindo cada fibra muscular, e o perimísio (mais externo), revestindo o conjunto de fibras musculares. Com esse corte também vemos os núcleos das células em uma posição mais periférica.
Figuras A e B: Músculo estriado esquelético (corte transversal). [Lâmina 25] – Tecido estriado cardíaco (corte longitudinal) - HE
Este tecido é composto por células musculares alongadas e ramificadas, podendo ser uni ou bipolares, além de terem estriações transversais. Neste corte histológico nota-se a presença dos discos intercalares, também em posição transversal, porém mais corados que as estriações. Os discos intercalares são complexos juncionais existentes entre duas células musculares adjacentes.
Figuras A e B: Músculo estriado cardíaco (corte longitudinal).
Perimísio
Endomísio Perimísio
Endomísio
Discos intercalares Discos intercalares
Estriações
Núcleos
A B
A B
31
[Lâmina 24] – Tecido estriado cardíaco (corte transversal) - HE
Neste corte histológico vemos apenas os aglomerados de fibras musculares e os núcleos das células musculares em posição central. Com o tecido nesta disposição não é possível ver as estriações e os discos intercalares.
Figuras A e B: Músculo estriado cardíaco (corte transversal).
A B
32
SISTEMA CIRCULATÓRIO
→ Compreende o sistema vascular sanguíneo e vascular linfático
1. SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO
• É composto pelas seguintes estruturas:
-Coração: vaso modificado com função de bombear o sangue -Artérias: vasos eferentes que levam sangue para os tecidos. Ex. aa. muscular e elástica. -Capilares: vasos muito delgados responsáveis pelas trocas gasosas. Ex. contínuo, fenestrado
(com ou sem diafragma) e sinusoide. -Veias: vasos aferentes que carregam sangue para o coração. Ex. vv. grande, médio e
pequeno calibre. 2. SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO Características:
• Possui um sistema de canais de paredes finas revestidas por endotélio
• Capilares linfáticos originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais (fundo cego)
• A linfa circula somente na direção no coração
• Função: coletar o fluido intersticial e o devolver ao sangue
TÚNICA DOS VASOS
• Túnica íntima:
- É a túnica em contado com a luz do vaso - Apresenta uma única camada de células epiteliais denominada endotélio (Epitélio simples pavimentoso + Lâmina Basal) - Apresenta também um subendotélio constituído por Tecido conjuntivo frouxo e, ocasionalmente, células musculares lisas - Nas artérias, a túnica íntima é separada da túnica média pela Lâmina Elástica Interna (fibras elásticas) - A lâmina elástica interna das artérias apresenta aspecto ondulado em cortes histológicos.
• Túnica Média:
- É constituída principalmente por camadas concêntricas de células musculares lisas - É a túnica mais desenvolvida das artérias - Nas artérias, apresenta a Lâmina Elástica Externa que separa as túnicas média e adventícia.
• Túnica Adventícia:
- Consiste principalmente em colágeno do tipo I e fibras elásticas - Camada de tecido conjuntivo externa que se continua gradativamente com o tecido conjuntivo de órgãos vizinhos - Em vasos de grande calibre há a presença de estruturas denominadas vasa vasorum, pequenos vasos que desempenham a função de nutrir as túnicas médias e adventícias, aonde os nutrientes não chegariam por difusão a partir da luz do vaso. - É a camada mais desenvolvida das veias.
TÚNICAS DO CORAÇÃO • Endocárdio:
- É homólogo da íntima dos vasos - É constituído por endotélio que repousa sobre uma camada de subendotélio (tec. conjuntivo frouxo, fibras elásticas e colágenas) - Apresenta camada subendocardial contendo veias, nervos e ramos do sistema de condução do impulso do coração.
• Miocárdio:
- É a mais espessa das túnicas do coração - Consiste em células musculares cardíacas - Apresenta tecido conjuntivo frouxo entre os feixes de fibras musculares
• Epicárdio:
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- Corresponde ao folheto visceral do pericárdio, membrana serosa que envolve o coração externamente
[Lâmina 58] - Artéria Elástica - HE Ao se observar uma artéria em seu corte transversal identifica-se três túnicas:
- Túnica Íntima: mais interna e em contato com a luz do vaso. Apresenta um epitélio pavimentoso simples, subendotélio e lâmina elástica interna.
- Túnica Média: corresponde à camada mais desenvolvida nas artérias elásticas. É formada por camadas concêntricas de músculo liso e ainda apresenta predomínio de fibras elásticas, além da presença da lâmina elástica externa.
- Túnica adventícia: é a camada mais externa, constituída principalmente de tecido conjuntivo frouxo. Tem uma característica muito importante que é a presença de vasos chamados de vasa vasorum.
Figuras A e B: Corte histológico de artéria elástica (corte transversal).
[Lâmina 60] - Artéria muscular e veia – HE
Também é possível identificar as três túnicas na artéria muscular, embora nesse tipo de artéria exista o predomínio de fibras musculares lisas na túnica média; além disso, as lâminas elásticas são bem desenvolvidas e evidentes nessa artéria. A artéria muscular apresenta um menor calibre que a artéria elástica. Na veia também se observam as três túnicas, e para diferenciá-la da artéria é importante notar que a túnica adventícia é proporcionalmente mais desenvolvida que na artéria e é rica em colágeno, a túnica média é bem reduzida e contém músculo e tecido conjuntivo em pequena quantidade. Outro fator que é importante notar é que a veia não apresenta lâminas elásticas, além de possuir uma luz ampla e contorno bastante irregular.
Vasa
Túnica íntima
Túnica média
Fibras elástricas
Vasa vasorum
Fibras colágenas
Túnica adventícia
A B
34
Figura A: Corte histológico de artéria muscular (corte transversal). Figuras B, C e D: Corte histológico de veia (corte transversal).
Túnica íntima
Túnica adventícia
Túnica adventícia
Túnica média
Túnica média
Lâmina elástica
interna
Lâmina elástica
externa
Túnica íntima
Túnica íntima
Túnica adventícia
Túnica média
Túnica íntima
Túnica média
Túnica adventícia
A B
C D
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CÉLULAS DO SANGUE
→ O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma
→ Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos, as plaquetas (fragmentos do citoplasma dos
megacariócitos) e os diversos tipos de leucócitos
• ERITRÓCITOS OU HEMÁCIAS
- São anucleados e contêm grande quantidade de hemoglobina - Apresentam forma bicôncava - Estão em maior número
• LEUCÓCITOS
- Forma esférica - São produzidos na medula óssea e também em órgãos linfoides - Realizam diapedese - São divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos
→ Granulócitos: têm núcleo de forma irregular e mostram no citoplasma grânulos específicos
além dos grânulos azurófilos (lisossomos).
§ Neutrófilos:
- Têm núcleos formados por dois a cinco lóbulos ligados entre si por finas pontes de cromatina - A célula muito jovem não apresenta núcleo segmentado em lóbulos, sendo assim chamada bastonete - São mais numerosos
§ Eosinófilos:
- Apresentam núcleo bilobulado - Apresentam praticamente o mesmo tamanho dos neutrófilos - Seus grânulos são mais visíveis
§ Basófilos:
- Têm núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, geralmente com aspecto de S - Seus grânulos são os maiores dentre os leucócitos granulócitos, os quais, muitas vezes, obscurecem o núcleo - Difíceis de serem encontrados nos esfregaços (<2%)
→ Agranulócitos: apresentam forma mais regular e o citoplasma não possui granulações
específicas, mas contêm grânulos azurófilos.
§ Linfócitos:
- Menores células dentre os glóbulos saguíneos - Apresenta núcleo grande, único, esférico, às vezes com uma chanfradura - Núcleo ocupa quase todo o volume da célula - Apresentam citoplasma escasso, que aparece nos esfregaços como um anel delgado em volta do núcleo
§ Monócitos:
- Apresentam núcleo ovoide, em forma de rim ou ferradura, geralmente excêntrico - Núcleo menos corado que o dos linfócitos - Nucléolos visíveis
• PLAQUETAS:
- Corpúsculos anucleados, com a forma de disco - Derivados de células gigantes e poliploides da medula óssea: Megacariócitos - Nos esfregaços tendem a aparecerem em grupos (aglutinação)
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[Lâmina de Esfregaço sanguíneo]
No esfregaço sanguíneo as células mais numerosas são as hemácias. Elas são células anucleadas, bicôncavas e seu citoplasma contém grandes quantidades de hemoglobina; as hemácias são acidófilas, por isso elas se coram de rosa. Entre as hemácias encontram-se leucócitos e plaquetas aglutinadas (em grupo), elas apresentam a forma de um disco. Nesta lâmina os leucócitos merecem destaque especial. Os leucócitos mais numerosos são os neutrófilos; eles apresentam um núcleo dividido em dois ou em até cinco lóbulos, e o seu citoplasma contém granulações finas. Os eosinófilos, outro tipo de leucócito, apresentam núcleo bilobulado e grânulos bem visíveis no seu citoplasma. Os linfócitos apresentam núcleo esférico e bem corado que ocupa quase todo o seu citoplasma, deixando-o escasso. O monócito também apresenta núcleo grande, mas ovóide ou em ferradura, o seu citoplasma é volumoso. Por fim temos os basófilos, são as células mais raras em um esfregaço sanguíneo, elas apresentam um citoplasma bem corado, com grânulos grandes, metacromáticos, que escondem o núcleo.
Figuras A-F: Esfregaço sanguíneo
Hemácias
Plaquetas
Neutrófilo jovem
Neutrófilos
Eosinófilo
Monócito
Linfócito
Basófilo
A C B
D E F
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HEMOCITOPOESE
• Processo contínuo e regulado de produção de células do sangue, que envolve renovação,
proliferação, diferenciação e maturação celular.
• Processo inicia-se ainda no embrião
• Órgãos como fígado e baço funcionam como órgãos hematocitopoéticos temporários até que a
medula óssea vermelha assuma a função definitivamente.
• A medula óssea dá origem a todas as células do sangue, as quais, antes de entrarem na corrente
sanguínea, passam por uma série de estágios de diferenciação e maturação
• Células-tronco pluripotentes -> células progenitoras -> células precursoras -> células maduras ou
diferenciadas
• Duas linhagens:
- Linfoide: produz apenas linfócitos - Mieloide: produz hemácias, granulócitos, monócitos e megacariócitos
[Lâmina 34] - Medula óssea – HE
A medula óssea é um órgão difuso, apesar disso ele é bastante ativo e volumoso. É encontrada no canal medular dos ossos longos e em cavidades de ossos esponjosos. Diferenciam-se a medula óssea vermelha (apresenta coloração avermelhada devido aos numerosos eritrócitos em diferentes graus de maturação) e medula óssea amarela (rica em células adiposas). Assim, as principais células que se pode observar são os adipócitos e células hematocitopoéticas, embora existam outros tipos celulares como macrófagos, células reticulares, etc. As células hematocitopoéticas apresentam-se como: - eritrocíticas: também chamada de série vermelha, são precursoras de eritrócitos e são mais basófilas. - granulocíticas: também chamada de série branca, são precursoras dos granulócitos e são mais acidófilas. - megacariócitos: são células maiores e precursoras das plaquetas. Essas células formam macrorregiões, onde há a predominância de um tipo, em diversas fases de maturação.
Figuras A e B: Medula óssea.
Série vermelha
Adipócitos
Adipócitos
Série vermelha
Megacariócito
Série branca
Série vermelha
Série branca
A B
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SISTEMA IMUNITÁRIO E ÓRGÃOS LINFÁTICOS
• O Sistema imunitário é constituído pelos órgãos linfáticos e por células isoladas
• A principal função desse sistema é defender o organismo contra micro-organismos e moléculas
estranhas.
• Órgãos linfáticos: timo, baço, linfonodos e nódulos linfáticos
• Células isoladas: linfócitos, granulócitos, células do sistema mononuclear fagocitário e células
apresentadoras de antígenos
• Órgãos linfáticos centrais: timo e medula óssea vermelha
• Órgãos linfáticos periféricos: baço, linfonodos, nódulos linfáticos isolados, tonsilas, apêndice, placas
de Peyer do íleo.
• Tecido linfoide: tecido conjuntivo modificado
→ Frouxo: com poucos linfócitos, de aspecto esponjoso com células e fibras reticulares
→ Denso: com muitos linfócitos, pode ser de três tipos:
- Difuso: sem forma definida - Nodular: formando nódulos - Cordonal: formando cordões
• As principais células do tecido linfoide são os linfócitos, e estes podem ser:
→ B: resposta imune humoral (plasmócitos -> anticorpos)
→ T: resposta imune celular (T-helper, T-supressor, T-citotóxico)
→ NK: resposta imune inata
• Linfonodos: também chamados gânglios linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por tecido
linfoide. São “filtros” da linfa.
- Cápsula: tecido conjuntivo denso - Região cortical: tecido linfoide frouxo - Região medular: cordões medulares (linfócitos B) [Lâmina 35] – Linfonodo – HE
O linfonodo é um órgão envolto por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, por isso é denominado encapsulado. O parênquima região central do linfonodo é dividido por compartimentos incompletamente divididos por projeções enviadas pela cápsula. Pelo formato do órgão é possível identificar uma região convexa, por onde chegam vasos aferentes, e uma região côncava denominada hilo, local de entrada e saída de artérias nutridoras e veias. No corte histológico podemos identificar: o seio subcapsular, formado abaixo da cápsula, e os seios peritrabeculares, formado próximo as trabéculas, ambos formados por tecido linfóide frouxo. No linfonodo podemos diferenciar três regiões:
- Córtex: mais externa; apresenta nódulos linfáticos (tecido linfóide nodular), e entre os nódulos, tecido linfóide difuso; o córtex superficial é de tecido linfóide frouxo que forma os seios subcapsulares e pertitrabeculares; predomínio de linfócitos B;
- Paracórtex: intermediária, entre córtex e medula; sem nódulos; predomínio de linfócitos T; - Medula: mais interna; com vasos , cordões (tecido linfoide cordonal) e seios medulares (tecido
linfoide frouxo); predomínio de linfócitos B.
39
Figuras A e B: Corte histológico de linfonodo. [Lâmina 56] – Baço - HE
O baço é o maior órgão linfático do nosso corpo, ele é rico em células fagocitárias, apresenta funções de defesa e hemocaterese. O baço é um órgão encapsulado (cápsula de tecido conjuntivo denso), e sua cápsula emite trabéculas que dividem a polpa esplênica. Vale ressaltar que entre as células do TC denso da cápsula existem células musculares lisas cuja contração ajuda na expulsão do sangue acumulado. O baço apresenta um hilo. A polpa do baço é dividida em:
- Branca: composta por nódulos linfáticos, artéria central e bainha periarterial. - Vermelha: composta por cordões esplênicos (de Billroth) e sinusoides. Os cordões esplênicos
contêm: células e fibras reticulares, macrófagos, linfócitos, plasmócitos, granulócitos, plaquetas e eritrócitos.
Figuras A e B: Corte histológico de baço.
Cápsula
Seio
subcapsular
Seio
peritrabecular
Tecido linfóide
Vasos do hilo
Seios
medulares
Ep. Pavimentoso
simples
Cápsula
Trabéculas
Artéria central
Polpa vermelha
Polpa
branca
Cordões
medulares
A B
A B
Trabécula
40
SISTEMA DIGESTÓRIO E GLÂNDULAS ANEXAS
• O sistema digestório consiste em trato digestório – cavidade oral, esôfago, estômago, intestinos
delgado e grosso – e em suas glândulas associadas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.
• Sua função é obter, a partir dos alimentos ingeridos, as moléculas necessárias para a manutenção,
o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo.
→ Estrutura Geral do Trato Digestório:
1. Mucosa:
É composta por:
- um revestimento epitelial - uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos e células musculares lisas, algumas vezes apresentando também glândulas e tecido linfoide - uma camada muscular da mucosa que geralmente consiste em duas subcamadas, uma circular interna e outra longitudinal externa
2. Submucosa: composta por tecido conjuntivo com muitos vasos sanguíneos e linfáticos e um plexo
nervoso submucoso – plexo de Meissner
3. Muscular: contém células musculares lisas orientadas em espiral, divididas em duas subcamadas:
- mais interna: circular - mais externa: longitudinal Entre essas camadas observa-se o plexo nervoso mioentérico (plexo de Auerbach) e tecido conjuntivo contendo vasos sanguíneos e linfáticos
4. Serosa: formada por uma camada delgada de tecido conjuntivo frouxo, revestida por um epitélio
pavimentoso simples denominado mesotélio. Em alguns órgãos, a serosa é substituída por uma
Adventícia que consiste em tecido conjuntivo e tecido adiposo contendo vasos e nervos, sem o
mesotélio.
[Lâmina 41] - Ponta de língua - HE
A língua corresponde a uma massa de músculo estriado esquelético revestido por uma membrana mucosa. Apresenta um revestimento epitelial pavimentoso estratificado. A superfície ventral da língua é lisa enquanto a dorsal é irregular devido a uma elevação da mucosa e à formação de pequenas eminências chamadas de papilas. Há uma predominância das papilas filiformes que apresentam formato cônico e alongado e não possuem botões gustativos. Adjacente ao epitélio encontra-se a lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) e logo após está o tecido muscular estriado esquelético que apresenta suas fibras entrecruzadas em três planos e separadas por tecido conjuntivo.
Dorso da língua -
papilas
Ventre lingual – Ep.
pavimentoso estratificado
Papilas filiformes
Lâmina própria
Músculo
esquelético
A B
41
Figuras A e B: Corte da ponta da língua. [Lâmina 40] - V lingual (sulco terminal) - HE
Corresponde a parte posterior da língua. Apresenta um revestimento de tecido epitelial pavimentoso estratificado não queratinizado. Possui elevação da mucosa tornando a região irregular. No local há predomínio de papilas circunvaladas ou também chamadas de papilas valadas. Diversas glândulas serosas (glândulas de Von Ebner) secretam seu conteúdo dentro de uma depressão que circunda a papila, isso permite um contínuo fluxo de líquido sobre os inúmeros botões gustativos (células epiteliais modificadas) presentes na superfície lateral das papilas. A importância desse fluxo é remover partículas alimentares em torno dos botões gustativos a fim de que os mesmos processem novos estímulos. Abaixo do epitélio existe a lâmina própria (T.C.Frouxo) e sob ela está o tecido muscular esquelético com suas fibras dispostas em diversas direções. Entre as fibras existem diversos ácinos (mucosos ou serosos). Os ductos glandulares estão em todas as regiões. Figuras A e B: Região do V lingual. [Lâmina 43] – Esôfago - HE O esôfago é um órgão em formato tubular e de estrutura muscular. Apresenta as seguintes camadas:
• Mucosa:
- Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado - Lâmina própria (LP): tecido conjuntivo frouxo - Muscular da mucosa (MM): Músculo liso - Presença de glândulas cárdicas esofágicas
• Submucosa:
- Tecido conjuntivo denso não modelado - Presença de glândulas esofágicas (facilita o transporte alimentar e protege a mucosa) - Presença de nervos e gânglios (Plexo de Meissner)
• Muscular:
- Camada circular (interna) - Plexo de Auerbach (entre as camadas) - Camada longitudinal (externa)
• Adventícia: T. C. frouxo, na parte torácica
• Serosa: T. C. frouxo + mesotélio, na parte abdominal.
Ep. Pavimentoso
estratificado
Papilas circunvaladas
Botões
gustativos
Lâmina
própria
Ductos
Ácinos mucosos
Músculo esquelético
A B
42
Figuras A e B: Corte histológico do esôfago. Em A, as camadas que compõem a parede do esôfago. Em B, detalhes da camada muscular e da adventícia. [Lâmina 44] - Transição esôfago-estômago - HE
Em ambos distinguimos quatro camadas: • Mucosa:
- Epitélio pavimentoso estratificado, na parte esofágica - Epitélio prismático simples formando criptas, na parte gástrica - Lâmina própria (T. C. frouxo, aumento de glândulas na parte esofágica, com células parietais e principais na parte gástrica) - Muscular da mucosa: Músculo liso
• Submucosa:
- Tecido conjuntivo denso não modelado - Presença de ácinos mucosos na parte esofagiana
• Muscular:
- Camada circular (interna) - Plexo de Auerbach (entre as camadas) - Camada longitudinal (externa)
• Serosa:
- T. C. frouxo + mesotélio
Figuras A e B: Corte histológico da região de transição esôfago-estômago.
Ácinos mucosos
MM
LP
Ep. pavimentoso
estratificado
T.C denso não modelado
Camada muscular
Submucosa
Muscular circular
Muscular longitudinal
Adventícia
LP
MM
Ácinos
mucosos
Ep. Pavimentoso
estratificado
Ep. cilíndrico
simples
Músculo liso
circular
Músculo liso longitudinal
A B
A B
Muscular circular
Muscular longitudinal
Adventícia
43
[Lâmina 45] - Estômago (antro gástrico) - HE
O estômago é um órgão com funções exócrinas e endócrinas, digerindo o alimento e secretando hormônios. Assim como os outros órgãos do trato digestivo o estômago apresenta quatro camadas:
• Mucosa:
- Epitélio cilíndrico simples que sofre invaginações formando fovéolas gástricas onde desemboca a secreção das glândulas tubulares ramificadas. - Lâmina própria: T. C. Frouxo contendo células musculares lisas e células linfoides, além de células secretoras de mucina e glândulas. - Muscular da Mucosa: Músculo liso
• Submucosa:
- Tecido conjuntivo denso não modelado • Muscular:
- Camada circular (interna) - Plexo de Auerbach (entre as camadas) - Camada longitudinal (externa)
• Serosa:
- T. C. Frouxo+mesotélio
Figuras A e B: Corte histológico do estômago. [Lâmina 47] - Intestino Delgado - HE
Assim como a maioria dos órgãos do sistema digestório, o intestino delgado também é subdividido em quatro camadas:
• Mucosa:
- Epitélio cilíndrico simples com a presença de células caliciformes - Lâmina Própria: T. C. Frouxo, com presença de glândulas em criptas, também chamadas de Lieberkühn - Muscular da Mucosa: músculo liso
• Submucosa:
- Tecido Conjuntivo Denso não Modelado • Muscular:
- Camada circular (interna) - Plexo de Auerbach (entre as camadas) - Camada longitudinal (externa)
• Serosa:
- T. C. Frouxo + mesotélio
MM
LP
Submucosa
Ep.
Prismático
simples
Fovéolas
gástricas
LP
Submucosa
M. liso circular
A
Camada muscular
Serosa
B
44
Figuras A e B: Corte histológico do intestino delgado.
[Lâmina 49] - Intestino Grosso – HE É um órgão que consiste em uma membrana mucosa sem pregas, exceto em sua porção distal (reto). Também se observa nesse órgão quatro camadas:
• Mucosa:
- Epitélio cilíndrico simples, com abundância de células caliciformes (característica marcante nas glândulas intestinais- Tubulosas simples) - Lâmina Própria: T. C. Frouxo, rica em células linfoides e em nódulos que frequentemente se estendem à submucosa - Muscular da Mucosa: Músculo liso
• Submucosa:
- Tecido conjuntivo denso não modelado • Muscular:
- Camada circular (interna) - Plexo de Auerbach (entre as camadas) - Camada longitudinal (externa) OBS.: Fibras da camada longitudinal externa unem-se para formar três bandas longitudinais espessas as quais denominam Tênias do Colo.
• Serosa:
- T. C. Frouxo + mesotélio OBS.: Nas porções livres do colo, a serosa caracteriza-se por pequenas protuberâncias formadas por tecido adiposo: Apêndices epiploicos.
Vilosidades
Céls
caliciformes
MM LP
Submucosa
M. liso circular
Céls caliciformes
A
Submucosa
M. liso circular
Plexo de Auerbach
B
M. liso longitudinal
MM LP
Submucosa
M. liso circular M. liso longitudinal
M. liso circular B Serosa A
Submucosa
MM
M. liso longitudinal
LP
M. liso circular
45
Figuras A e B: Corte histológico do intestino grosso. [Lâmina 37] - Glândula Parótida - HE
A parótida é uma glândula composta acinosa serosa, revestida por cápsula de T. C. rico em fibras colágenas que emitem septos formando lóbulos (septos interlobulares). Constituída por ácinos serosos e ductos. Os principais ductos são de quatro tipos: Intercalares: apresentam luz pequena, são formados por epitélio pavimentoso simples. Estriados: mais desenvolvidos, são formados por epitélio cúbico simples, com núcleos apicais e estrias basais. Intralobulares: apresentam luz ampla, formados por epitélio cilíndrico simples. Interlobulares: localizados nos septos, formados por epitélio pseudoestratificado.
Figuras A, B, C, D e E: Corte histológico da glândula parótida. Em A, aspecto geral da glândula. Em B, C, D e E, detalhes dos ductos.
[Lâmina 39] - Glândula Submandibular - HE
A submandibular é uma glândula tubuloacinosa composta, com células serosas e mucosas e predomínio seroso. As células serosas podem agrupar-se em ácinos ou associar-se a mucosas, colocando-se excentricamente formando as semiluas serosas. Essa glândula é revestida por uma cápsula de T. C. rico em fibras colágenas que emitem septos formando lóbulos (septos interlobulares). Essa glândula ainda contém ductos intercalares, estriados, intralobulares e interlobulares.
Figuras A e B: Corte histológico da glândula submandibular.
Lóbulos
Septos
interlobulares
Ductos
interlobulares
Ducto interlobular
Ducto
intercalar
Ducto intralobular Ducto estriado
Septos
interlobulares
Ductos interlobulares
Ductos interlobulares
Vasos
Septos
interlobulares
Vasos
Ácinos
A
B C
D E
A B
46
[Lâmina 38] - Glândula Sublingual - HE
A glândula sublingual é uma glândula tubuloacinosa composta, com ácinos mistos, mas com predomínio mucoso. As células serosas agrupam-se em posição de semilua no fim dos ácinos mucosos. Essa glândula é revestida por uma cápsula de T. C. rico em fibras colágenas que emitem septos formando lóbulos, os septos interlobulares. Essa glândula também apresenta ductos intercalares, estriados, intralobulares e interlobulares.
Figuras A e B: Corte histológico da glândula sublingual.
[Lâmina 57] – Pâncreas - HE
O pâncreas é uma glândula mista, com cápsula de T. C. que juntamente com células adiposas dividem o parênquima em lóbulos com vasos, nervos e ductos (exceto estriados). Constituído de ácinos compostos serosos (células piramidais com grânulos de secreção apicais, que formam ácinos arredondados ou ovais), ilhotas de Langherans (tecido endócrino de células poliédricas em arranjo cordonal) e células centroacinares (cuboides baixas, claras que se localizam na luz do ácino, iniciando o ducto intercalar).
Figuras A e B: Corte histológico do pâncreas.
Ácinos
Septos
Ducto
Ácinos
Ductos
Septo
Adipócitos
Ductos
Vasos
Ilhotas de
Langerhans
Ilhotas de
Langerhans
Céls. Centro acinares
A B
A B
47
[Lâmina 52] – Fígado - HE
O fígado é uma glândula mista, dividida em lóbulos por septos. Os lóbulos hepáticos têm formato hexagonal; no centro, encontra-se a veia centrolobular ou central e nos vértices a tríade portal, ramos da artéria hepática, da veia porta e do ducto biliar. O hexágono é preenchido principalmente por hepatócitos, células poligonais de núcleos arredondados que formam placas agrupadas em arranjo radial, e capilares sinusoides entre as placas de hepatócitos que desembocam na veia central.
Figuras A e B: Corte histológico do fígado.
[Lâmina 54] - Vesícula Biliar - HE
A vesícula biliar é composta por: Mucosa: composta por epitélio prismático simples e lâmina própria (T. C.); apresenta pregas. Contém uma camada de músculo liso. T. C. perimuscular (envolvendo os feixes musculares). Camada adventícia, na parte presa ao fígado, ou serosa (T. C. frouxo mais mesotélio – epitélio pavimentoso simples), no restante do órgão.
Figuras A e B: Corte histológico da vesícula biliar.
Veia central
Lóbulos
hepáticos
Espaços porta
R. da veia porta
R. do ducto biliar
R. da artéria hepática
Ep. Cilíndrico simples
LP
T.C. denso não
modelado
Músculo liso
Músculo liso
T.C. frouxo
T.C. denso não
modelado
A B
A B
48
APARELHO RESPIRATÓRIO
• O aparelho respiratório é constituído pelos pulmões e por um sistema de tubos que comunica o
parênquima pulmonar com o meio externo
• O aparelho respiratório é dividido em duas porções:
- Condutora: compreende fossas nasais, nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos - Respiratória: constituída pelos bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos
• O revestimento epitelial do aparelho respiratório é conhecido como Epitélio Respiratório
• Por epitélio respiratório entende-se: Epitélio Pseudoestratificado Cilíndrico Ciliado com células
Caliciformes
• O epitélio respiratório consiste em cinco tipos celulares (identificáveis ao Microscópio Eletrônico):
- Células colunares ciliadas: presença de cílios na porção apical e núcleo basal - Células caliciformes: produzem muco, apresentam núcleo basal - Células em escova: microvilos na superfície apical e receptores sensoriais para distinção de odores na base - Células basais: pequenas e arredondadas, apoiadas na lâmina basal; células-tronco - Células granulares: grânulos no citoplasma; função endócrina
• O aparelho respiratório apresenta:
→ Mucosa: epitélio respiratório + lâmina própria/submucosa
• Lâmina própria: glândulas seromucosas, nódulos linfáticos ocasionais, vascularização abundante
• A mucosa ancorada em cartilagem hialina e tecido ósseo
Funções: - Ventilação - Transporte de gases - Adequação do ar inalado (umidificação, aquecimento, filtração) - Produção de som ou vocalização quando o ar é expirado - Auxilia na compressão abdominal durante a micção, defecação ou parto
[Lâmina 42] – Traqueia - HE
A traqueia corresponde a um tubo que é revestido internamente por epitélio respiratório (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado). Apresenta lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com riqueza de fibras elásticas. Além disso, possui uma submucosa de tecido conjuntivo denso fibroelástico com a presença de glândulas mucosas e seromucosas, além de elementos linfoides que formam tanto uma barreira de muco quanto uma barreira linfocitária que funcionam como mecanismos de proteção. Anéis cartilaginosos de hialina e camada de musculatura lisa promovem a sustentação do órgão. Externamente existe tecido conjuntivo frouxo correspondendo à camada adventícia.
Figuras A e B: Corte histológico da traqueia.
Ep.
Pseudoestratificado
cilíndrico ciliado
Cartilagem hialina
T.C. denso não modelado
LP
Ducto glandular
Músculo liso
Adventícia
Ep.
Pseudoestratificado
cilíndrico ciliado
LP
Cartilagem hialina
A B
Ácinos mucosos
49
[Lâmina 53] – Pulmão - HE Para descrevermos o pulmão, é necessário entender a estrutura de todos os seus componentes:
• Brônquios:
A mucosa em seus ramos maiores é idêntica à traqueia, ou seja, apresenta epitélio respiratório. Já nos ramos menores o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. A lâmina própria (tecido conjuntivo frouxo) é rica em fibras elásticas. Segue-se à mucosa duas camadas de músculo liso, formadas por feixes musculares em disposição espiral que circundam o brônquio. No corte histológico essa camada aparece descontínua. Posteriormente observam-se peças de cartilagem hialina (envolvidas por T.C rico em fibras elásticas) e também glândulas seromucosas. Na adventícia observa-se o acúmulo de linfócitos.
• Bronquíolos:
A mucosa é composta na sua porção inicial por epitélio cilíndrico simples ciliado passando a epitélio cúbico simples ciliado, ou não na porção final. Além disso, observa-se a lâmina própria que é delgada e rica em fibras elásticas. Adjacente à mucosa tem-se uma camada muscular lisa bem desenvolvida. OBS.: Comparando a espessura da parede dos brônquios com a dos bronquíolos, observa-se que a musculatura bronquiolar é relativamente mais desenvolvida.
• Ductos Alveolares:
São revestidos por epitélio simples cúbico/cilíndrico. Formados pela ramificação dos bronquíolos. Em suas paredes estão os sacos alveolares. O ducto alveolar termina em um alvéolo único ou em sacos alveolares. Os alvéolos constituem a última porção da árvore brônquica e são responsáveis pela estrutura esponjosa do parênquima pulmonar. O septo interalveolar (duas camadas epiteliais separadas por diversos capilares sanguíneos) separa alvéolos adjacentes.
Figuras A, B, C e D: Corte histológico de pulmão. Em B e C, notar a estrutura de um bronquíolo. Em D,
detalhes da parede de um brônquio.
Alvéolos
Sacos alveolares
Septo intelobular
Músculo liso Sacos
alveolares
Alvéolos
Septo interalveolar
Tecido linfóide
Luz do bronquíolo
Luz do bronquíolo
LP Músculo liso
Ep. Cúbico
simples
ciliado
Músculo liso
LP
Ep. Cilíndrico
estratificado
cilíndrico ciliado
Cartilagem hialina
A B
C D
50
PELE E ANEXOS
• A pele é constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica - a epiderme; e por uma porção
conjuntiva de origem mesodérmica - a derme.
• Dependendo da espessura da epiderme, distingue-se a pele fina e a espessa (palma das mãos e
planta dos pés)
• Abaixo da derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que não faz parte da pele,
apenas lhe serve de união com os órgãos subjacentes
• Apresenta anexos cutâneos como:
- Folículo piloso - Glândulas sebáceas - Glândulas sudoríparas - Unhas
1. EPIDERME
• Constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado
• Apresenta quatro camadas principais: basal, espinhosa, granulosa e córnea
• As células mais abundantes nesse epitélio são os queratinócitos
• A epiderme apresenta ainda três tipos de células:
→ Melanócitos:
- encontram-se na junção derme-epiderme - apresentam citoplasma globoso - produzem a melanina
→ Células de Langerhans:
- localizam-se em toda a epiderme entre os queratinócitos, porém são mais frequentes na camada espinhosa. - são muito ramificadas - papel importante nas reações imunitárias cutâneas
→ Células de Merkel:
- localizam-se na parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana basal - existem em maior quantidade na pele espessa, especialmente na ponta dos dedos - são mecanorreceptores (sensibilidade tátil)
2. DERME
• Tecido conjuntivo onde a epiderme se apoia
• Une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme
• Superfície irregular apresentando papilas dérmicas
• Constituída por duas camadas:
→ Camada papilar:
- delgada - constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas - seus pequenos vasos sanguíneos são responsáveis por nutrir a epiderme
→ Camada reticular:
- mais espessa - constituída por tecido conjuntivo denso
3. HIPODERME
• Formada por tecido conjuntivo frouxo que une fracamente a derme aos órgãos subjacentes
• É a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia
Pode ter uma camada variável de tecido adiposo que constitui o panículo adiposo.
51
[Lâmina 05] - Pele espessa - HE A lâmina de pele espessa apresenta: Epiderme: Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, apresenta quatro camadas (de profundo para superficial):
• Basal: células prismáticas em replicação, aderidas à membrana basal • Espinhosa: mais espessa; células cuboides de citoplasma acidófilo • Granulosa: células pavimentosas de núcleo achatado basófilo • Córnea: células anucleadas com citoplasma queratinizado. Presença de estrato lúcido (diferença de
coloração na camada) ⇒ Células da epiderme: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e Merkel
Derme:
• Papilar (superficial): T.C. Frouxo nas papilas dérmicas, entre os cones epiteliais (reentrâncias da epiderme)
• Reticular (profunda): T.C. Denso não modelado rico em fibras elásticas ⇒ Separadas por feixe vascular subpapilar
Hipoderme: Camada mais profunda. T.C. Frouxo com células adiposas Anexos: -Glândulas sudoríparas: Tubulosas enoveladas simples, com duas porções: secretora, com células secretoras de citoplasma claro e células mioepiteliais; e ducto excretor, composto por dupla camada de células epiteliais cúbicas.
Figuras A e B. Corte histológico de pele espessa. Em A, aspecto geral da pele (notar a espessa camada
córnea). Em B, detalhe da hipoderme. [Lâmina 06] - Pele fina - HE Composta por: Epiderme: Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado, dividido em quatro Camadas (de profundo para superficial):
• Basal: células prismáticas em replicação, aderidas à membrana basal • Espinhosa: mais espessa; células cuboides de citoplasma acidófilo • Granulosa: células pavimentosas de núcleo achatado basófilo • Córnea: células anucleadas com citoplasma queratinizado. ⇒ Demais células da epiderme: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e de Merkel
Derme:
• Papilar (superficial): T.C. Frouxo nas papilas dérmicas, entre os cones epiteliais (reentrâncias da epiderme)
• Reticular (profunda): T.C. Denso não modelado rico em fibras elásticas
Camada córnea
Estrato lúcido Camada granulosa
Camada espinhosa Camada basal
LP
T.C. denso não
modelado
Céls mioepiteliais
Céls
secretoras
Céls
cúbicas
Ducto
excretor Porção secretora
Vasos
A B
52
⇒ Separadas por feixe vascular subpapilar Hipoderme: Camada mais profunda, T.C. Frouxo com células adiposas Anexos: - Glândulas sudoríparas: Tubulosas enoveladas simples, com duas porções: secretora, com células secretoras de citoplasma claro e células mioepiteliais; e ducto excretor, composto por dupla camada de células epiteliais cúbicas. - Glândulas sebáceas: alveolares de ducto curto que desemboca nos folículos pilosos. - Folículos pilosos: acompanhados do ducto da glândula sebácea e da inserção do músculo eretor do pêlo. A raiz do pêlo (bulbo piloso) é formada por papila dérmica envolvida por células epiteliais, incluindo melanócitos, e possui duas bainhas epiteliais.
Figuras A, B, C e D. Corte histológico de pele fina. Em A, aspecto geral da pele. Em B, detalhe das
glândulas. Em C e D: detalhes de um folículo piloso.
Camada córnea
Camada granulosa
Camada espinhosa
Camada basal
LP
Glândula alveolar
(sebácea)
Glândula tubular
enovelada
(sudorípara)
Músculo eretor
do pêlo
Ducto glandular
T.C denso não
modelado
T.C denso não
modelado
Glândula alveolar
(sebácea)
Folículo piloso
Ep. Pavimentoso
estratificado
queratinizado
Bainha externa
Bainha interna
Bulbo piloso
Melanócitos
A B
C D
53
APARELHO URINÁRIO
→ Constituição:
• Rins
• Ureteres
• Uretra
• Bexiga
→ Funções:
• Manutenção da homeostase
• Eliminação de resíduos do metabolismo e água
• Regulação da pressão sanguínea (Renina)
• Estimula a produção de eritrócitos (Eritropoetina)
• Ativação da vitamina D-3
• Função endócrina
• Produção e armazenamento de urina
→ RIM:
• Semelhante a um grão de feijão, com uma borda convexa e outra côncava, na qual se situa
o hilo renal
• Constituído pela cápsula (tec. conjuntivo denso), zona cortical e zona medular
• HILO RENAL: ureter, vasos e nervos
→ NÉFRON:
• Unidade funcional do rim
• Localiza-se tanto na região medular quanto na cortical
• Constituição:
- Corpúsculo Renal (Glomérulo + Cápsula Renal ou de Bowman) - Túbulo contorcido proximal: epitélio cúbico simples (céls. altas) - Alça néfrica ou de Henle: parte descendente (fina): epitélio pavimentoso simples; parte ascendente (espessa): epitélio simples cúbico - Túbulo contorcido distal: epitélio cúbico simples (céls. baixas) - Ducto Coletor: epitélio cúbico simples (zona cortical); epitélio cúbico simples -> epitélio cilíndrico simples (zona medular)
[Lâmina 64] – Rim - HE
O rim é um órgão encapsulado (Tecido conjuntivo denso) dividido em córtex e medula. Apresenta uma borda convexa e outra borda côncava, na qual se situa o hilo onde entram e saem os vasos sanguíneos (veia e artéria renal), entram nervos e saem os ureteres. Contém cálices que se unem para formar a pelve renal (parte superior e dilatada do ureter). Cada rim é constituído de um a quatro milhões de néfrons (unidade funcional do rim) que é dividido em:
• Corpúsculo renal ou de Malpighi: é formado por um emaranhado de capilares (glomérulo de
Malpighi) envolvido por uma estrutura denominada Cápsula de Bowman, que apresenta dois
folhetos: um interno/visceral que está junto aos capilares e um externo/parietal (de epitélio
pavimentoso simples) que forma o limite do corpúsculo renal. Entre esses dois folhetos existe o
espaço capsular ou de Bowman (recebe o líquido filtrado). Cada corpúsculo renal apresenta um
pólo vascular (onde penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente) e um pólo urinário (onde
nasce o túbulo contorcido proximal)
• Túbulos renais:
1) Contorcido proximal: maior parte cortical. Suas células apresentam citoplasma muito
acidófilo (alta presença de mitocôndrias alongadas), com bordas em escova (graças aos
microvilos no citoplasma apical) e poucos núcleos.
54
2) Alça Néfrica: estrutura tubular em forma de “U” que apresenta uma parte delgada
(descendente) de epitélio pavimentoso simples, e outra parte espessa (ascendente) de
epitélio cúbico simples. Predomina na região medular.
3) Contorcido distal: seu revestimento é de epitélio cúbico simples. Suas células são menores,
não tem orla estriada e são menos acidófilas que as dos túbulos contorcidos proximais.
Importante notar que o túbulo encosta do corpúsculo de Malpighi formando a mácula densa.
Predomina na região cortical.
4) Ductos coletores: presentes tanto na parte medular (maioria) quanto na parte cortical. Seu
epitélio é cúbico simples e vai se tornando cilíndrico à medida que ocorre a fusão dos tubos.
Figuras A e B: Corte histológico do rim. [Lâmina 63] - Rim (Córtex) - HE
No córtex renal observa-se a presença de inúmeros corpúsculos de Malpighi (que já foram descritos na lâmina de rim). Também se encontram os túbulos contorcidos proximal e distal que se diferenciam quanto ao epitélio cúbico presente no túbulo distal além das células do mesmo serem menos acidófilas. O túbulo contorcido distal ao encostar-se no corpúsculo renal forma uma estrutura chamada de mácula densa. Há ductos coletores distais que apresentam epitélio cúbico, mas à medida que os tubos se fundem torna-se cilíndrico.
Figuras A e B: Corte histológico do rim (região cortical).
Túbulo contorcido
proximal
Túbulo contorcido
distal
Mácula
densa
Pólo urinário
Pólo vascular
Espaço de Bowman
Cápsula de Bowman
Glomérulo
Córtex
Medula
Artéria renal
Tecido
adiposo
Nervo
Pelve renal
A B
A B
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[Lâmina 66] – Ureter - HE O ureter apresenta:
• Mucosa:
- Epitélio de transição - Lâmina própria fibroelástica
• Muscular:
- apresenta duas camadas de músculo liso: longitudinal interna e circular externa - quando próximo da bexiga apresenta três camadas musculares: longitudinal interna, circular média e longitudinal externa
• Adventícia
Figuras A e B: Corte histológico do ureter. [Lâmina 65] - Bexiga urinária - HE
A bexiga é um órgão que armazena a urina por um determinado tempo e a conduz para as vias urinárias. Apresenta as seguintes camadas:
• Mucosa:
- Epitélio de transição - Lâmina própria: T. C. que varia do frouxo ao denso OBS.: As células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre urina e fluidos teciduais.
• Muscular:
- Longitudinal interna - Circular média - Longitudinal externa
• Serosa ou Adventícia:
- Serosa: T. C. Frouxo + mesotélio (parte superior) → intraperitonial - Adventícia: T. C. Frouxo → retroperitonial
Ep. transicional
LP
Camada muscular
circular externa Camada muscular
longitudinal interna
Ep. transicional
LP
Camada muscular
circular externa
Camada muscular
longitudinal interna
A B
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Figuras A e B: Corte histológico de bexiga urinária.
Ep. transicional
LP
Camada muscular
longitudinal interna
Camada muscular
circular média
Camada muscular
longitudinal externa
Adventícia
Vasos
A B
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GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
→ Constituição:
• Glândulas endócrinas são formadas a partir da união de células especializadas
denominadas células endócrinas
• As células endócrinas liberam moléculas que funcionam como sinais químicos – os
hormônios.
1. HIPÓFISE
• Constituída por duas porções de origens embriológicas distintas:
- Adeno-hipófise: constituída por células endócrinas dispostas em arranjos cordonais - Neuro-hipófise: não apresenta células secretoras; possui um tipo específico de célula glial muito ramificada chamada pituícito
2. ADRENAIS
• Duas glândulas achatadas com forma de meia lua, cada uma situada no polo superior de
cada rim
• Apresenta duas regiões: córtex e medula
• Aspecto histológico geral típico: células dispostas em cordões cercados por capilares
sanguíneos
• A glândula é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo denso
3. ILHOTAS DE LANGERHANS
• Micro-órgãos endócrinos localizados no pâncreas
• As ilhotas são constituídas por células poligonais, dispostas em cordões, em volta dos quais
existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas
• Envolvendo a ilhota e separando-a do tecido pancreático restante há uma fina camada de
tecido conjuntivo
4. TIREOIDE
• É composta por milhares de folículos tireoidianos esféricos
• Os folículos são formados por epitélio simples e sua cavidade contém uma substância
gelatinosa chamada coloide
5. PARATIREOIDES
• São quatro pequenas glândulas que se localizam mais comumente nos polos superiores e
inferiores da face posterior da tireoide
• Cada paratireoide é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo
• São constituídas por células epiteliais poliédricas dispostas em arranjos cordonais,
entremeados por vasos capilares
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[Lâmina 36] - Tireoide e Paratireoide - HE
Tireoide: é uma glândula evolvida por uma cápsula de T. C. Denso e adipócitos, daí a denominação glândula encapsulada. É constituída por folículos e revestida por epitélio cúbico simples contendo uma substância gelatinosa no interior, chamada coloide. Paratireoide: é também uma glândula encapsulada (cápsula formada por T. C. Denso), constituída por células epiteliais poliédricas dispostas em arranjo cordonal, entremeadas por capilares sinusoides. Obs.: em alguns laminários, a lâmina 36 pode ou não apresentar a glândula paratireoide junto à glândula tireoide.
Figuras A e B: Corte histológico das glândulas tireoide e paratireoide.
Folículos
Colóide
Ep. Cúbico simples
Arranjo
cordonal
Folicular Paratireóide
Cápsula Adipócitos
Tireóide
A B
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APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
→ Constituição;
• Testículos
• Ductos genitais
• Glândulas acessórias: próstata, vesícula seminal e glândula bulbouretral
• Pênis
1. TESTÍCULOS
• São envolvidos por uma espessa cápsula de tecido conjuntivo denso – túnica albugínea
• Os túbulos seminíferos se alojam como novelos dentro de um tecido conjuntivo frouxo rico
em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (Célula de Leydig – células
endócrinas)
• Os túbulos seminíferos são constituídos por um epitélio germinativo, composto por células
germinativas e células de sustentação - Células de Sertoli (aspecto piramidal e contêm
compartimento basal e adlumial)
• A função dos testículos é produzir hormônios e espermatozoides
2. DUCTOS GENITAIS
• Túbulos retos: localizam-se nas extremidades terminais dos túbulos seminíferos;
revestidos por um epitélio de células cuboides apoiado em uma envoltura de tecido
conjuntivo denso
• Rede testicular: contínua dos túbulos retos; apresenta canais revestidos por um epitélio de
células cuboides
• Ductos deferentes: formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas que se
alternam com grupos de células cujos cílios batem em direção ao epidídimo, dando a este
epitélio um característico aspecto de saliências e reentrâncias; células musculares lisas
orientadas circularmente podem ser vistas em volta da lâmina basal do epitélio
• Epidídimo: túbulo único altamente enrolado; é formado por epitélio pseudoestratificado
colunar composto de células principais (mais numerosas com estereocílios na região
apical), basais, apicais, halo, claras e estreitas.
• Ducto deferente: caracterizado por um lúmen estreito e uma espessa camada de músculo
liso; apresenta epitélio colunar pseudoestratificado com estereocílios
3. PÊNIS
• Formado pela uretra e mais três corpos cilíndricos de tecido erétil: dois corpos cavernosos
dorsalmente e um corpo esponjoso ventralmente
• Os corpos cavernosos são revestidos por tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea
4. GLANDULAS SEXUAIS ANEXAS
• Próstata: constituída por glândulas túbulo-alveolares formadas por um epitélio cuboide ou
pseudoestratificado colunar
• Vesículas seminais: sua mucosa é pregueada e forrada por um epitélio cuboide ou
pseudoestratificado colunar rico em grânulos de secreção
• Glândulas bulbouretrais: revestidas por um epitélio cúbico simples secretor de muco
60
[Lâmina 74] – Testículo - HE
Cada testículo é revestido por uma espessa camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. Também é composto por túbulos seminíferos que estão alojados de um tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos além de nervos e células intersticiais ou células de Leydig (núcleo ovalado e nucléolo evidente) responsáveis por produzir testosterona. Os túbulos seminíferos são formados por uma parede de epitélio seminífero e por uma luz. Os túbulos seminíferos são responsáveis pela produção das células reprodutoras masculinas: Células germinativas da base para a luz:
1) Espermatogônias: relativamente pequenas, coradas e mais basais.
2) Espermatócitos primários: células maiores e de cromatina condensada (entram na divisão meiótica).
3) Espermatócitos secundários: derivados da primeira divisão meiótica, não possuem envoltório
celular. São difíceis de serem observadas, pois permanecem pouco tempo em interfase e logo
entram na 2ª divisão meiótica.
4) Espermátides: células em fase de diferenciação, logo, não possuem morfologia definida.
5) Espermatozóides: gameta masculino. É dotado de cabeça e cauda.
OBS.: Observam-se ainda as Células de Sertoli que apresentam formato piramidal e envolvem parcialmente as células espermatogênicas. Na microscopia de luz elas se mostram menos coradas, porém com o nucléolo evidente. São de difícil vizualição graças aos recessos laterais que “abraçam” as células da linhagem espermatogênica. Figuras A e B: Corte transversal de testículo. [Lâmina 75] – Epidídimo - HE
É um tubo único, longo e bastante enovelado que junto com o tecido conjuntivo denso (túnica albugínea) e vasos sanguíneos vizinhos formam a cabeça e a cauda do epidídimo. Apresenta epitélio cilíndrico pseudo-estratificado, composto por células basais arredondadas e células colunares (essas últimas cobertas por microvilos longos e ramificados chamados de estereocílios). A sustentação do epitélio é feita por tecido conjuntivo e células mioides. Observa-se a presença de células principais, apicais, basais, halo, clara e estreitas. .
Túbulos seminíferos
Túnica albugínea
Espermatogônia
Espermatócito I
Cél de Sertoli
Cél de Leydig
Cél mioide
Espermátide
A B
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Figuras A e B: Corte transversal de epidídimo.
Espermatozoides
Ep. Cilíndrico
pseudoestratificado
Ep. Cilíndrico
pseudoestratificado
Espermatozoides
A B
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APARELHO REPRODUTOR FEMININO
→ Constituição:
• Ovários
• Tubas uterinas
• Útero
• Vagina
• Genitália externa: vulva
1. OVÁRIO
• Tem forma de amêndoa medindo cerca de três centímetros
• Apresenta córtex (epitélio cúbico simples) e medula (tec. conjuntivo frouxo)
2. TUBA UTERINA
• Dividida em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo, intramural
• Mucosa: epitélio cilíndrico simples
• Lâmina própria: tec. conjuntivo frouxo
3. ÚTERO
• Endométrio (mucosa): epitélio cilíndrico simples
• Miométrio (camada muscular): fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo
• Perimétrio (serosa): mesotélio (epitélio pavimentoso simples) + tecido conjuntivo
• Cérvix uterino ou colo do útero:
- mucosa: epitélio cilíndrico simples - lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo
4. VAGINA
• Mucosa: epitélio pavimentoso estratificado
• Camada muscular: feixes longitudinais e circulares de músculo liso
• Adventícia: tecido conjuntivo denso
5. GLÂNDULAS MAMÁRIAS
• Conjunto de glândulas exócrinas túbulo-alveolares compostas
• Apresenta lóbulos separados por tecido conjuntivo denso e muito tecido adiposo
63
[Lâmina 69] – Ovário - HE
O ovário é um órgão dividido histologicamente em córtex e medula. Córtex: é revestido por epitélio germinativo, nome dado ao epitélio cúbico simples nesse órgão.
Apresenta uma túnica albugínea formada por T.C. Denso. O córtex também contém os folículos ovarianos, em cujo interior se encontram as células germinativas; esses folículos são classificados em: Folículo Primordial: apresenta uma camada única de células achatadas revestindo o ovócito I. Folículo Primário: apresenta uma camada de células arredondadas revestindo o ovócito I. Folículo em crescimento: é o ovócito I envolto por duas ou mais camadas de células foliculares. Folículo de Graaf: maduro, envolve o ovócito II, apresenta espaços cheios de líquido folicular (antro), zona pelúcida, corona radiata, cumulus oophorus e tecas interna e externa.
Medula: é composta por T. C. Frouxo, vasos e nervos. Na medula estão presentes os corpos lúteos formados pelas tecas, antro e células foliculares que restaram da ovulação.
Figuras A, B, C e D: Corte transversal de ovário. [Lâmina 68] - Tuba uterina - HE
A tuba uterina está dividida em segmentos, são eles: intramural, istmo, ampola e infundíbulo. A tuba é composta por: Mucosa: formada por epitélio cilíndrico simples, com células ciliadas e células secretoras mais lâmina própria de T. C. frouxo, ela apresenta pregas na mucosa que se reduzem à medida que se aproximam do útero. Muscular: apresenta fibras musculares lisas dispostas em uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa. Serosa: é composta por tecido conjuntivo frouxo mais mesotélio.
Túnica albugínea
Túnica albugínea
Ovócito I
Folículo primário
Folículo em crescimento
Ovócito I
Folículo de Graaf
Antro
Cumulus oophorus
Zona pelúcida
Ovócito II Teca interna
Corpos lúteos
A B
C D
64
Figuras A e B: Corte transversal de tuba uterina. [Lâmina 71] – Útero - HE
O útero é dividido em fundo, corpo e cérvix ou colo. É composto por três túnicas: • Endométrio: representa a mucosa uterina. É formada por epitélio cilíndrico simples (contém
células ciliadas e secretoras) e lâmina própria (T. C. frouxo) com glândulas tubulosas simples. § Camada basal (lâmina própria e base de vasos e glândulas) § Camada funcional (epitélio e lâmina própria superior – descamam na menstruação)
• Miométrio: tecido muscular liso apresenta uma túnica mais espessa. • Perimétrio: representa a serosa uterina, é composta por tecido conjuntivo mais mesotélio.
Figuras A e B: Corte transversal de útero. [Lâmina 72] - Glândula mamária - HE A glândula mamária é um conjunto de glândulas exócrinas do tipo tubuloalveolar composto. Ela é dividida em lobos de tecido conjuntivo denso e adiposo. As glândulas são constituídas por: Ductos excretores (galactóforos), revestidos por epitélio colunas (cuboide) estratificado. Porções secretoras tubuloalveolares, de epitélio cúbico simples, que terminam em porções dilatadas, os alvéolos. Na região em que estão os ductos ou alvéolos das glândulas o tecido conjuntivo apresenta-se frouxo.
Mucosa Muscular
Serosa Ep. Cúbico simples
Serosa
LP
Circular
interna
Longitudinal
externa
Endométrio
Miométrio
Perimétrio
Perimétrio
LP
Ep. Cilíndrico
simples
Miométrio
A B
A B
65
Figuras A e B: Corte histológico de glândula mamária.
T.C frouxo
T.C denso
Adipócitos
T.C frouxo Ductos ou alvéolos
Céls mioepiteliais
Ductos ou alvéolos
A B
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro : Guanabara-
Koogan, 2008. (histologia básica)
2. http://cbqmvm.blogspot.com/2011/03/aula-pratica-de-biologia-microscopia.html