apostila de portugues - linguagem
TRANSCRIPT
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
1/80
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
2/80
2
SUMRIO
UNIDADE 1 Estudo do texto ...................................................................................... 03Captulo IO texto .......................................................................... ............................... 03
Captulo IILinguagem verbal e no verbal .................................................................. 04Captulo IIIFunes da linguagem .............................................................................. 04Captulo IVEfeitos de sentido ...................................................................................... 06Captulo VGneros textuais ....................................................................................... 12Leitura ........................................................................................................................... 15Fixao .......................................................................................................................... 17Pintou no ENEM ........................................................................................................... 20Gabarito ........................................................................................................................ 25
UNIDADE 2 Estudo da lngua .................................................................................... 26Captulo VIVariao lingustica .................................................................................... 26Captulo VIIFala e escrita ..............................................................................................29Captulo VIIIEstrutura das palavras .............................................................................. 30Captulo IXClasse de palavras ...................................................................................... 31Leitura .............................................................................................................................. 48Fixao ............................................................................................................................ 49Pintou no ENEM .............................................................................................................. 54Gabarito ........................................................................................................................... 63
UNIDADE 3 Anlise textual ......................................................................................... 64Captulo XElementos textuais e contextuais ................................................................ 64Captulo XIIntertextualidade .......................................................................................... 67Leitura .............................................................................................................................. 70Fixao ............................................................................................................................. 73Pintou no ENEM ............................................................................................................. 78Gabarito ........................................................................................................................... 79
Referncias ...................................................................................................................... 80
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
3/80
3
UNIDADE 1 Estudo do texto
O TEXTO
Na era da informao tudo texto. Um slogan poltico oupublicitrio, um anncio visual sem nenhuma palavra, umacano, um filme, um grfico, um discurso oral que nunca foiescrito, enfim, os mais variados arranjos organizados parainformar, comunicar, veicular sentidos so texto. O texto no ,pois, exclusivamente da palavra.
. Irene A. Machado
Quando se fala em texto, identifica-se o uso da linguagem (verbal ou no verbal) que tem significado,
unidade e objetivo comunicativo.
importante considerar que todo texto tem um contexto, ou seja, a situao concreta qual o texto faz
referncia.O contexto envolve sempre o conhecimento sobre o que est sendo dito e tambm as crenas e
concluses relativas ao texto em questo. H diferentes tipos de contexto (social, cultural, esttico, poltico)
e sua identificao fundamental para a compreenso do texto.
Tambm importante interpretar os pressupostos (circunstncia ou fato considerado como antecedente
necessrio de outro) e os implcitos (algo que est envolvido naquele contexto, mas no revelado,
deixado subentendido, apenas sugerido) que o texto traz.
Em relao linguagem, pode-se defini-la como um sistema de signos capaz de representar, atravs de
som, letra, cor, imagem, gesto etc., significados bsicos que resultam de uma interpretao da realidade e
da construo de categorias mentais que representem os resultados dessa interpretao.
Os signos lingusticos so os elementos de significao nos quais se baseiam as lnguas. Possuem uma
dupla face: a face do significado (o conceito do objeto) e a face do significante (os sinais grficos ou
sonoros que representam o objeto).
Exemplo: A palavra cadeira no a cadeira (voc no senta na palavra cadeira!), mas quando dita ou
lida, imediatamente se tem a ideia de cadeira. O simples fato de dizer a palavra que nomeia o objeto
suficiente para que sua imagem venha mente, devido ao seu valor simblico partilhado pelos usurios dalngua, que se torna conveno em uma sociedade.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
4/80
4
LINGUAGEM VERBAL E NO VERBAL
Verbal: aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
No Verbal:aquela que utiliza outros mtodos de comunicao, que no so as palavras.
Dentre elas esto a linguagem de sinais, as placas e sinais de trnsito, a linguagem
corporal, uma figura, a expresso facial, um gesto, etc.
Linguagem mista: o uso simultneo da linguagem verbal e da linguagem no verbal, usando palavras
escritas e figuras ao mesmo tempo.
FUNES DA LINGUAGEM
De acordo com a viso clssica, para que haja comunicao necessrio que os interlocutores
(remetente e destinatrio de uma dada mensagem) utilizem um sistema de sinais o cdigo - devidamente
organizado e comum a ambos. A mensagem a ser transmitida refere-se a um contexto e para que chegue
ao destinatrio necessita de um canal, um meio fsico concreto de contato. Veja o esquema a seguir:
Esquema clssico da comunicao
Segundo a Teoria da Comunicao proposta por Roman Jakobson em 1969, toda mensagem tem uma
finalidade predominante que pode ser a transmisso de informao, o estabelecimento puro e simples deuma relao comunicativa, a expresso de emoes, e assim por diante. O conjunto dessas finalidades tem
sido entendido sob o rtulo geral de funes da linguagem. As seis funes so:
contato
funo ftica
cdigo
funo metalingustica
destinatrio
funo conativa
funo potica
mensagem
funo referencial
contexto
remetente
funo emotiva
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
5/80
5
1. Funo referencial (ou denotativa)
aquela centralizada no referente, pois o emissor oferece informaes da realidade. Objetiva, direta,
denotativa, prevalecendo a terceira pessoa do singular. Essa linguagem usada na cincia, na arte realista,
no jornal, no campo do referente e das notcias de jornal e livros cientficos.
Ex: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, duas laranjas, dois limes, uma ma verde, uma ma
vermelha e uma pra.
2. Funo emotiva (ou expressiva)
aquela centralizada no emissor, revelando sua opinio, sua emoo. Nela prevalece a primeira pessoa do
singular, interjeies e exclamaes. a linguagem das biografias, memrias, poesias lricas e cartas de
amor.
Ex: Muito obrigada, no esperava surpresa to boa assim! No,... no estou triste, mas tambm no quero
comentar o assunto.
3. Funo apelativa (ou conativa)
aquela que se centraliza no receptor; o emissor procura influenciar o
comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, comum o
uso de tu e voc, ou o nome da pessoa, alm de vocativos e imperativos.
usada nos discursos, sermes e propagandas que se dirigem diretamente ao
consumidor.
4. Funo Ftica
aquelacentralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou no o contato com o receptor, ou testar aeficincia do canal.
Ex: - Ol, como vai, tudo bem?
- Al, quem est falando?
5. Funo potica
aquela centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva,
sugestiva, conotativa, ela metafrica. Valorizam-se as palavras, suas combinaes. a linguagem
figurada apresentada em obras literrias, letras de msica e em algumas propagandas.
Ex: Tecendo a manh (Joo Cabral de Melo Neto) Um galo sozinho no tece uma manh:/ele precisarsempre se outros galos[...]
6. Funo metalingustica
aquela centralizada no cdigo, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia,
da sua funo e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionrios so repositrios
de metalinguagem.
Ex: - No entendi o que metalinguagem, voc poderia explicar novamente, por favor?
- Metalinguagem usar os recursos da lngua para explicar alguma teoria, um conceito, um filme, um relato,
etc.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
6/80
6
Quadro-resumo das funes de linguagem
EFEITOS DE SENTIDO
Conotao e denotao
Conotao o uso da palavra com um significado diferente do original, criado pelo
contexto.
Ex: Voc tem um corao de pedra.
Denotao o uso da palavra com o seu sentido original.
Ex: Pedra um corpo duro e slido, da natureza das rochas.
Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem so empregadas para valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva.
um recurso lingustico para expressar experincias comuns de formas diferentes, conferindo originalidade,
emotividade ou poeticidade ao discurso.
As figuras revelam muito da sensibilidade de quem as produz, traduzindo particularidades estilsticas doautor. A palavra empregada em sentido figurado, no denotativo, passa a pertencer a outro campo de
significao, mais amplo e criativo.
As figuras de linguagem classificam-se em:
a) figuras de som;
b) figuras de palavras
; c) figuras de pensamento;
d) figuras de construo.
FUNO OBJETIVO DA MENSAGEMREFERENCIAL OUDENOTATIVA
Transmitir informao
EMOTIVA OUEXPRESSIVA
Expressar as emoes, atitudes, estados de esprito do emissor com relao aoque fala
CONATIVA OUAPELATIVA Persuadir o destinatrio, influenciando em seu comportamento
FTICA Estabelecer ou manter comunicao
METALINGUSTICA Falar sobre a prpria linguagem
PO TICA Provocar algum efeito de sentido no receptor
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
7/80
7
Figuras de som
a) aliterao: consiste na repetio ordenada de
mesmos sons consonantais.
Ex: Esperando, parada, pregada na pedra do
porto.
b) assonncia: consiste na repetio ordenada de
sons voclicos idnticos.
Ex: Sou um mulato nato no sentido lato
mulato democrtico do litoral.
c) paronomsia: consiste na aproximao de
palavras de sons parecidos, mas de significados
distintos.
Ex: Eu que passo, penso e peo.
d) onomatopeia: Ocorre quando uma palavra ou
conjunto de palavras imita um rudo ou som.
Ex: "O silncio fresco despenca das rvores. /
Veio de longe, das plancies altas, / Dos cerrados
onde o guaxe passe rpido... / Vvvvvvvv...
passou."
Figuras de pensamento
a) anttese: consiste na aproximao de termos
contrrios, de palavras que se opem pelo
sentido.
Ex: Os jardins tm vida e morte.
b) ironia: a figura que apresenta um termo em
sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso,
efeito crtico ou humorstico.
Ex: A excelente Dona Incia era mestra na arte
de judiar de crianas.
c) eufemismo: consiste em substituir uma
expresso por outra menos brusca; em sntese,
procura-se suavizar alguma afirmao
desagradvel.
Ex: Ele enriqueceu por meios ilcitos. (em vez deele roubou)
d) hiprbole: trata-se de exagerar uma ideia com
finalidade enftica.
Ex: Estou morrendo de sede. (em vez de estou
com muita sede)
e) prosopopeia ou personificao: consiste em
atribuir a seres inanimados predicativos que so
prprios de seres animados.
Ex: O jardim olhava as crianas sem dizer nada.
f) gradao ou clmax: a apresentao de ideias
em progresso ascendente (clmax) ou
descendente (anticlmax)
Ex: Um corao chagado de desejos/Latejando,
batendo, restrugindo.
g) apstrofe: consiste na interpelao enftica a
algum (ou alguma coisa personificada).
Ex: Senhor Deus dos desgraados!/Dizei-me
vs, Senhor Deus!
h) paradoxo: Ocorre no apenas na aproximao
de palavras de sentido oposto, mas tambm nade ideias que se contradizem referindo-se ao
mesmo termo. uma verdade enunciada com
aparncia de mentira. Oxmoro (ou oximoron)
outra designao para
paradoxo.
Ex: "Amor fogo que arde
sem se ver; / ferida que
di e no se sente; / um
contentamento descontente; / dor que desatina
sem doer;"
Figuras de palavras
a) Comparao: Ocorre comparao quando se
estabelece aproximao entre dois elementos
que se identificam, ligados por conectivos
comparativos explcitos - feito, assim como, tal,
como, tal qual, tal como, qual, que nem- e algunsverbos -parecer, assemelhar-se e outros.
http://www.brasilescola.com/gramatica/figuras-som-ou-harmonia.htmhttp://www.brasilescola.com/gramatica/figuras-som-ou-harmonia.htm -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
8/80
8
Ex: "Amou daquela vez como se fosse mquina. /
Beijou sua mulher como se fosse lgico."
b) metfora: consiste em empregar um termo com
significado diferente do habitual, com base numa
relao de similaridade entre o sentido prprio e o
sentido figurado. A metfora implica, pois, uma
comparao em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
Ex: Meu pensamento um rio subterrneo.
c) metonmia: como a metfora, consiste numa
transposio de significado, ou seja, uma palavra
que usualmente significa uma coisa passa a ser
usada com outro significado. Todavia, a
transposio de significados no mais feita com
base em traos de semelhana, como na
metfora. A metonmia explora sempre alguma
relao lgica entre os termos.
Ex: No tinha teto em que se abrigasse. (teto em
lugar de casa)
d) catacrese: ocorre quando, por falta de umtermo especfico para designar um conceito,
torna-se outro por emprstimo. Entretanto, devido
ao uso contnuo, no mais se percebe que ele
est sendo empregado em sentido figurado.
Ex: O p da mesa estava quebrado.
e) antonomsia ou perfrase: consiste em
substituir um nome por uma expresso que o
identifique com facilidade.
Ex: os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os
Beatles)
f) sinestesia: trata-se de mesclar, numa
expresso, sensaes percebidas por diferentes
rgos do sentido.
Ex: A luz crua da madrugada invadia meu quarto.
g)alegoria: uma acumulao de metforas
referindo-se ao mesmo objeto; uma figura
potica que consiste em expressar uma situao
global por meio de outra que a evoque e
intensifique o seu significado. Na alegoria, todas
as palavras esto transladadas para um plano
que no lhes comum e oferecem dois sentidos
completos e perfeitos - um referencial e outro
metafrico.
Ex: "A vida uma pera, uma grande pera. O
tenor e o bartono lutam pelo soprano, em
presena do baixo e dos comprimrios, quando
no so o soprano e o contralto que lutam pelo
tenor, em presena do mesmo baixo e dos
mesmos comprimrios. H coros numerosos,
muitos bailados, e a orquestra excelente..."
Figuras de construo
As figuras de construo (ou de sintaxe) dizem
respeito a desvios em relao concordncia
entre os termos da orao, sua ordem, possveis
repeties ou omisses. Elas podem ser
construdas por: omisso, repetio, inverso,
ruptura ou concordncia ideolgica. Portanto,
so figuras de construo ou sintaxe:a) elipse: consiste na omisso de um termo
facilmente identificvel pelo contexto.
Ex: Na sala, apenas quatro ou cinco
convidados. (omisso de havia)
b) zeugma: consiste na elipse de um termo que j
apareceu antes.
Ex: Ele prefere cinema; eu, teatro. (omisso de
prefiro)
c) assndeto: Ocorre quando oraes ou palavras
deveriam vir ligadas por conjunes
coordenativas, aparecem justapostas ou
separadas por vrgulas.
Ex: "No nos movemos, as mos que se
estenderam pouco a pouco, todas quatro,
pegando-se, apertando-se, fundindo-se."(Machado de Assis).
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
9/80
9
d) polissndeto: consiste na repetio de
conectivos ligando termos da orao ou
elementos do perodo.
Ex: Esob as ondas ritmadas/ e sob as nuvens e
os ventos/e sob as pontes e sob o sarcasmo /e
sob a gosma e sob o vmito (...)
e) silepse: consiste na concordncia no com o
que vem expresso, mas com o que se
subentende, com o que est implcito.
Ex: Vossa Excelncia est preocupado.
O que me parece inexplicvel que os
brasileiros persistamos em comer essa coisinha
verde e mole que se derrete na boca.
f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto
na frase. Normalmente, isso ocorre porque se
inicia uma determinada construo sinttica e
depois se opta por outra.
Ex: A vida, no sei realmente se ela vale alguma
coisa.
g) pleonasmo: consiste numa redundncia cujafinalidade reforar a mensagem.
Pleonasmo literrio:
o uso de palavras redundantes para reforar
uma ideia, tanto do ponto de vista semntico
quanto do ponto de vista sinttico. Usado como
um recurso estilstico, enriquece a expresso,
dando nfase mensagem.
Ex: "Morrers morte vil na mo de um forte."
Pleonasmo vicioso: o desdobramento de ideias que j estavam
implcitas em palavras anteriormente expressas.
Pleonasmos viciosos devem ser evitados, pois
no tm valor de reforo de uma ideia, sendo
apenas fruto do descobrimento do sentido real
das palavras.
Ex: subir para cima / entrar para dentro / repetir
de novo / ouvir com os ouvidos / hemorragia de
sangue / monoplio exclusivo.
h) anfora: consiste na repetio de uma mesma
palavra no incio de versos ou frases.
Ex: Amor um fogo que arde sem se ver;
ferida que di e no se sente;
um contentamento descontente;
dor que desatina sem doer
i) inverso: consiste na mudana da ordem
natural dos termos na frase.
Ex: De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.
Obs: H quatro figuras de linguagem para a
inverso:
- anstrofe: Ocorre quando h uma simples
inverso de palavras vizinhas(determinante/determinado).
Ex: "To leve estou (estou to leve) que nem
sombra tenho."
- hiprbato: Ocorre quando h uma inverso
completa de membros da frase.
Ex: "Passeiam tarde, as belas na Avenida. " (As
belas passeiam na Avenida tarde.)
- Snquise: Ocorre quando h uma inverso
violenta de distantes partes da frase. um
hiprbato exagerado.
Ex: "A grita se alevanta ao Cu, da gente." (A
grita da gente se alevanta ao Cu )
- Hiplage: Ocorre quando h inverso da
posio do adjetivo: uma qualidade que pertence
a um objeto atribuda a outro, na mesma frase.
Ex: "... as lojas loquazes dos barbeiros." (as lojas
dos barbeiros loquazes)
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
10/80
10
Significao das palavras
I) Campos semnticos: as palavras podemassociar-se de vrias maneiras. Quando serelacionam pelo sentido, temos um camposemntico. No se trata de sinnimos ou
antnimos, mas de aproximao de sentido numdado contexto.Ex.:- perna, brao, cabea, olhos, cabelos, nariz(partes do corpo humano)- azul, verde, amarelo, cinza, marrom, lils (cores)- martelo, serrote, alicate, torno, enxada(ferramentas)- batata, abbora, aipim, berinjela, beterraba(legumes)
Observaesa) Tambm constituem campos semnticospalavras como flor, jardim, perfume, terra,espinho, embora no pertenam a um grupodelimitado; mas a associao entre elas evidente.b) As palavras podem pertencer a campossemnticos diferentes. Veja o caso de abbora:ela tambm serve para indicar cor, o que acolocaria no segundo grupo de palavras.
II) Polissemia: a capacidade que as palavrastm de assumir significados variados de acordocom o contexto. No se trata de homonmia, queestudaremos adiante.Ex.: Ele anda muito. Mrio anda doente. Aqueleexecutivo s anda de avio. Meu relgio noanda mais.O verbo andar tem origem no latim ambulare.Possui inmeros significados em portugus, dosquais destacamos apenas quatro. Trata-se, pois,de uma mesma palavra, de uso diverso na lngua.Nas frases do exemplo, significa,
respectivamente, caminhar, estar, viajar efuncionar.
III) Sinonmia: outro item de suma importnciapara a interpretao de textos. H sinonmiaquando duas ou mais palavras tm o mesmosignificado em determinado contexto. Diz-se,ento, que so sinnimos.Ex.: O comprimento da sala de oito metros. Aextenso da sala de oito metros.
A substituio de comprimento por extensono altera o sentido da frase, pois os termos sosinnimos.
Em verdade, as palavras so sinnimas emcertas situaes, mas podem no ser em outras. a riqueza da lngua portuguesa falando maisalto. Pode-se dizer, em princpio, que face e rostoso dois sinnimos: ela tem um belo rosto, elatem uma bela face. Mas no se consegue fazer atroca de face por rosto numa frase do tipo: emface do exposto, aceitarei.
IV) Antonmia: requer os mesmos cuidados dasinonmia. Na realidade, tudo uma questo de
bom vocabulrio. Antonmia o emprego depalavras de sentido contrrio, oposto.Ex.: um menino corajoso.
um menino medroso.
V) Homonmia:diz-se que h homonmia quandoduas ou mais palavras possuem identidade depronncia (homnimos homfonos) ou de grafia(homnimos homgrafos). Em alguns casos, aspalavras possuem iguais a pronncia e a grafia(homnimos perfeitos). A classificao em si no importante, mas sim o significado das palavras.Ex.: ceda - seda -> homnimos homfonos
peso (A) -> peso () -> homnimoshomgrafospena - pena -> homnimos perfeitos (ouhomfonos e homgrafos)
VI) Paronmia: emprego de parnimos, palavrasmuito parecidas e que confundem as pessoas.Ex.: O trfego era intenso naquela estrada.
O trfico de escravos uma ndoa emnossa histria.
As palavras trfego e trfico so parecidas, masno se trata de homnimos, pois a pronncia e agrafia so diferentes. Trfego movimento deveculo; trfico, comrcio.
Veja os principais homnimos e parnimos:
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
11/80
11
Homnimos hom fonos
acender - pr fogo a ascender - elevar-se estrato - camada; tipo denuvem
extrato - que se extraiu
acento - inflexo da voz assento - objeto onde sesenta
passopassada pao - palcio imperial
asado - com asas azadooportuno incertoduvidoso insertoinserido
caarperseguir cassaranular incipiente - que est noincio
insipiente - que no sabe
cegar - tirar a viso segar - ceifar, cortar lassocansado lao - tipo de ncela - cmodo pequeno selaarreio remissoperdo remioresgatecensorecenseamento sensojuzo seda - tipo de tecido ceda - flexo do verbo
ceder
cerraonevoeiro serrao - ato de serrar taxaimposto tacha - tipo de pregocheque - ordem depagamento
xeque - lance do jogo dexadrez
viagemjornada viajem - flexo do verboviajar
cidra - certa fruta sidra - um tipo de bebida esttico - firme, parado exttico - em xtase
consertoreparo concertoharmonia espiarolhar expiarsofrer
Parnimos
amoral - sem o senso damoral
imoral - contrrio moral flagrante - evidente fragrante - aromtico
apstrofechamamento apstrofo - tipo de sinal grfico fluir - correr; manar fruirdesfrutararrear - pr arreios arriarabaixar inerme - desarmado inerteparadoastral - dos astros austral - que fica no sul inflao - desvalorizao infrao - transgressocavaleiro - que anda acavalo
cavalheirogentil infligir - aplicar pena infringir - transgredir
comprimento - extenso cumprimentosaudao intemerato - puro intimorato - corajoso
conjetura - hiptese conjunturasituao lactante - que amamenta lactente - que mamadelatar - denunciar dilataralargar lista - relao listra - linha, riscodescrio - ato dedescrever
discrio - qualidade de discreto locador - proprietrio locatrio - inquilino
descriminar - inocentar discriminarseparar lustre - candelabro lustro - cinco anos; brilhodespercebido - sem sernotado
desapercebidodesprevenido mandado - ordem judicial mandato - procurao
destratar - insultar distratardesfazer pleito - disputa preito - homenagemdocente - professor discenteestudante preeminente - nobre,
distintoproeminente - saliente
emergir - vir tona, sair imergirmergulhar prescrever - receitar;
expirar (prazo)
proscrever - afastar,
desterraremigrar - sair de um pas imigrar - entrar em um pas ratificar - confirmar retificar - corrigir
eminente - importante iminente - que est para ocorrer sortir - abastecer surtir - resultaresbaforido - ofegante espavoridoapavorado sustar - suspender suster - sustentarestada - permanncia dealgum
estadia - permanncia deveculo
trfego - movimento deveculo
trficocomrcio
facundoeloquente fecundo - frtil; criador usurio - aquele que usa usurrio - avarento; agiota
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
12/80
12
GNEROS TEXTUAIS
Os gneros textuais so os textos materializados em situaes comunicativas
recorrentes, encontrados em nossa vida diria e apresentam padres scio-histricos
caractersticos, ou seja, so textos orais ou escritos produzidos por falantes de uma
lngua em um determinado momento histrico.
Os gneros textuais so definidos por composies funcionais, objetivos comunicativos e estilos
concretamente realizados na integrao de foras histricas, sociais, instituies e tcnicas.
Os gneros textuais se enquadram (relativamente) em um tipo textual. Porm, ao contrrio dos tipos
textuais, os gneros possuem nmero ilimitado, enquanto os tipos possuem cinco ou seis categorias.
ASPECTOS TIPOLGICOS
DOMNIOS SOCIAIS DECOMUNICAO
CAPACIDADES DE LINGUAGEMDOMINANTES
EXEMPLOS DE GNEROSORAIS E ESCRITOS
Cultura literria ficcional
NARRAR
Mimesis da ao atravs dacriao da intriga
Conto maravilhoso
FbulaLendaNarrativa de aventuraNarrativa de fico cientficaNarrativa de enigmaNovela fantsticaConto parodiado
Documentaoe memorizao de aeshumanas
RELATAR
Representao pelo discurso deexperincias vividas, situadas notempo
Relatos de experincia vividaRelatos de viagemTestemunhoCurriculum vitaeNotciaReportagem
Crnica esportivaEnsaio biogrfico
Discusso de problemas sociaiscontroversos
ARGUMENTAR
Sustentao, refutao enegociao de tomadas deposio
Textos de opinioDilogo argumentativoCarta do leitorCarta de reclamaoDeliberao informalDebate regradoDiscurso de defesaDiscurso de acusao
Transmisso e construo desaberes
EXPOR
Apresentao textual dediferentes formas dos saberes
SeminrioConfernciaArtigo enciclopdico
Entrevista de especialistaTomada de notasResumos de textos expositivose explicativosRelatrio cientficoRelato de experinciascientficas
Instrues e prescries
DESCREVER A ES
Regulao mtua deComportamentos
Instrues de montagemReceitaRegulamentoRegras de jogoInstrues de usoInstrues
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
13/80
13
importante considerar que um tipo textual pode aparecer em
qualquer gnero textual, da mesma forma que um nico gnero pode
conter mais de um tipo textual. Um tipo textual est contido num gnero
e nunca ao contrrio. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens
narrativas, descritivas, injuntivas, e assim por diante, sem perder sua
funcionalidade.
DIVERSIDADE DE GNEROS TEXTUAIS
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
14/80
14
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
GNERO TEXTUAL:
OBJETIVO COMUNICATIVO:
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
15/80
15
LEITURA
Indicao:Livro: Ler e Compreender: os sentidos do texto
Autoras:Ingedore Villaa Koch eVanda Maria Elias
Editora: ContextoAno: 2006
Como interpretar bem um texto?
Gustavo BernadoA interpretao dos textos no uma atividade inventada pelos professores para desespero dos alunos.
Antes da gente, as cartomantes, os quiromantes, os astrlogos e outros jogadores de bzios, entre tantosoutros decifradores de mensagens ocultas, dedicam-se a interpretar imagens, indcios, coincidncias,cartas, linhas das mos, estrelas, conchas, cinzas e sonhos.
A interpretao se torna uma atividade nobre, porm, quando se torna uma tarefa religiosa: instituir osignificado da palavra de Deus atravs da interpretao dos livros sagrados, por exemplo a Bblia. Noprincpio, s poderia haver uma interpretao correta do texto bblico, restava encontr-la.
Esta origem do ato de interpretar deixou alguns problemas para o presente. H leitores que ainda achamque s se possa encontrar uma e apenas uma interpretao correta para cada texto. H outros leitores quedefendem com ardor o seu direito interpretao livre, entendendo que cada pessoa tem a suainterpretao, pessoal e intransfervel.
Ambos os grupos de leitores incorrem em equvoco.Por um lado, no h uma interpretao nica sequer para a prpria Bblia. Por isso surgiram as religies
protestantes, que por definio protestavam contra a interpretao dominante dos catlicos. Por esta razo,elas traduziram os textos sagrados para as lnguas vulgares de modo a permitir a leitura e,consequentemente, a interpretao dos fiis.
Por outro lado, construir uma interpretao pessoal de um texto no uma tarefa automtica. Dependede respeito ao texto que se l e aos contextos, quer do texto, quer do momento em que se l. Na maioriadas vezes, o que se chama de minha interpretao no passa de um aglomerado desorganizado declichs e citaes alheias lidas ou ouvidas sem digesto, sem trabalho pessoal de construo.
Que a obra seja aberta, como mostrou Umberto Eco, no implica que ela seja escancarada. Ou seja: novale tudo. O prprio Eco alertou: dizer que um texto potencialmente no tem fim no significa que todo ato
de interpretao possa ter um final feliz. As palavras do texto configuram um conjunto embaraoso deevidncias materiais que o leitor no pode deixar passar.
Se no h, para cada texto, uma nica interpretao correta, e se a interpretao de cada leitor tambmno necessariamente correta, o problema de como interpretar bem persiste.
Os filsofos antigos j se depararam com o fato perturbador de que cada livro possui alguma verdade, e
que esta verdade contraditria em relao verdade de outros livros. Ora, se os livros falam a verdademesmo quando se contradizem entre si, cada um deles deve ser compreendido como parte da mensagem: a leitura de todos os livros que contm a mensagem. A verdade da interpretao se encontra no processoglobal de leitura, jamais neste texto ou naquele leitor.
A popularizao da interpretao dos textos bblicos foi obviamente um avano mas trouxe decontrabando um atraso, a saber: a multiplicao das seitas. Como boa parte das interpretaes se esforapor excluir as demais, muitos religiosos de origem protestante negam a origem e a denominao de suaprpria religio, aproximando-se do catolicismo (palavra que deriva de universal, sugerindo a ideia de umanica religio possvel) que combatiam no comeo de tudo.
Ora, se a interpretao dos textos literrios vai por esse caminho, entra em conflito frontal com a prprialiteratura, que pressupe a suspenso momentnea de quaisquer verdades para melhor perspectivizar as
possibilidades de saber.Preocupada com este conflito, a escritora Susan Sontag dedicou-se a escrever contra a prpria
interpretao, questionando a tendncia dos interpretadores a separar a forma do contedo para atribuir
http://www.editoracontexto.com.br/autores/ingedore-villaca-koch.htmlhttp://www.editoracontexto.com.br/autores/vanda-maria-elias.htmlhttp://www.editoracontexto.com.br/autores/vanda-maria-elias.htmlhttp://www.editoracontexto.com.br/autores/ingedore-villaca-koch.html -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
16/80
16
carter acessrio primeira e essencial ao segundo. Essa tendncia leva formulao da pior de todas asperguntas: o que o autor quis dizer?. Encontramos essa pergunta pouco inteligente em muitas aulas emuitos manuais didticos. A resposta do aluno mal educado pode ser, infelizmente, a mais correta: sei l,
p!.O autor no se encontra presente, em alguns casos faleceu h sculos, logo deveria ter respeitado o seu
direito mnimo de no ter mensagens postas na sua boca revelia. O mximo que o leitor pode entender do
texto o que ele mesmo se tornou capaz de entender. para esta condio que Oscar Wilde alertava,quando disse: It is the spectator, and not life, that art really mirrors o espectador, e no a vida, que aarte realmente reflete.
Quando o leitor interpreta um texto, fala to-somente do que pode falar: a verdade da sua leitura. A noser para desqualificar todos os outros leitores e todas as outras leituras do mundo, no se pode falar daverdade intrnseca ou absoluta de um texto literrio. O intrprete corre sempre o risco da arrogncia,
quando escava debaixo do texto para desenterrar o tal do Sentido maisculo que ali se encontrariasoterrado.
Para Susan Sontag, h uma minoria de casos em que a interpretao configura-se como um ato
liberador que rev e transpe valores. No entanto, a maioria das interpretaes atuais seria reacionria,
impertinente, covarde, asfixiante. Neste caso, a interpretao deveria ser condenada, porque a Arte
verdadeira tem a capacidade de nos deixar nervosos. Quando reduzimos a obra de arte ao seu contedo edepois interpretamos isto, domamos a obra de arte.
Nas palavras de Sontag, preciso manter-se nervoso, perturbado, inquieto, depois do contato com aarte. Nas minhas palavras, preciso preservar o enigma levantado pelo poeta, sem jamais resolv-lo.
O personagem de um romance de Isaas Pessoti declarava: nenhum amor sobrevive palavra, mas
nenhum poder prescinde dela. Nenhum amor sobrevive palavra que se quer completa, ao conte-me
tudo no me esconda nada, insistncia em escavar as verdades mais ntimas, em perguntar diariamente
mas o que que voc est pensando agora?. Essa insistncia no amor, ou pelo menos no s amor,se vem melada de um certo tipo de desespero que se traveste de suficincia para melhor esconder anecessidade de controle, isto , a necessidade de exercer poder sobre o outro.
Ora: o que vale para o amor vale para toda leitura dos livros ou do mundo.
Um exemplo sofisticado se encontra na interpretao usual dos narradores dos romances de Machadode Assis. Muitos crticos os consideram unreliable (em ingls, para parecer mais chique) isto , no
confiveis. De fato, Machado escreve muitos dos seus romances contra o prprio narrador por tabela,contra o prprio leitor, uma vez que o leitor forado a tomar como sua a perspectiva da narrativa. Todavia,quando considera no confivel o narrador do escritor, o crtico finge que ele mesmo no seria tambm umdos alvos prioritrios da ironia machadiana. Desta maneira, o crtico sugere que s ele mesmo, o Crtico,seria confivel.
Na verdade, os narradores machadianos em primeira pessoa so to confiveis ou no confiveisquanto qualquer narrador em primeira pessoa ou, mais amplamente, quanto qualquer pessoa. BentoSantiago, ao mesmo tempo que nos fora a pressupor a traio de Capitu, mostra tantos indcios de que elao traiu quanto de que no o fez. Brs Cubas mostra a si mesmo como um canalha, mas atravs das suas
prprias palavras tambm podemos ler a decadncia do sistema patriarcal do qual Brs Cubas vtima eno causa.
Todas estas restries no nos permitem, entretanto, condenar a interpretao morte, se este o seutempo. Condenada, a interpretao rir de ns outros e ainda por cima nos obrigar a interpretar o seu riso.Como solucionar, ento, o conflito entre a interpretao, que pressupe tudo-dizer e tudo-esgotar, e aliteratura, que pressupe a suspenso momentnea das verdades, justo para no esgot-las?
Como si acontecer, a formulao do problema contm a sua soluo. Deve-se manter a questo e oconflito ativos e abertos. Um projeto inteligente de interpretao recua diante da soluo final e protege advida, preservando tanto o enigma do texto quanto a leitura do outro.
Texto disponvel em . Acesso em 06 de maro de 2014, s 20h.
http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/colunahttp://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/colunahttp://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
17/80
17
FIXAO
1. O pai conversa com a filha ao telefone e dizque vai chegar atrasado para o jantar.Nesta situao, podemos dizer que o canal :
a) o paib) a filhac) fios de telefoned) o cdigoe) a fala
2. Assinale a alternativa incorreta:a) S existe comunicao quando a pessoa querecebe a mensagem entende o seu significado.b) Para entender o significado de umamensagem, no precisoconhecer o cdigo.c) As mensagens podem ser elaboradas comvrios cdigos, formados de palavras, desenhos,
nmerosetc.d) Para entender bem um cdigo, necessrioconhecer suas regras.e)Conhecendo os elementos e regras de umcdigo, podemos combin-los de vrias maneiras,criandonovas mensagens.
3. Uma pessoa convidada a dar uma palestraem Espanhol. A pessoa no aceita o convite, poisno sabia falar com fluncia a lngua Espanhola.Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta
palestra seria umfracasso porque:a) no dominava os signosb) no dominava o cdigoc) noconhecia o referented) no conhecia o receptore) no conhecia a mensagem
4. Um guarda de trnsito percebe que o motoristade um carro est em alta velocidade. Faz umgesto pedindo para ele parar. Neste trecho ogesto que o guarda faz para o motorista parar,podemos dizer que :
a) o cdigo que ele utilizab) o canal que ele utilizac) quem recebe a mensagemd) quem envia a mensageme) o assunto da mensagem
5. A me de Felipe sacode-o levemente e ochama: Felipe est na hora de acordar.O que est destacado :a) o emissorb) o cdigoc) o canald) a mensagem
e) o referente
6. Reconhea nos textos a seguir, as funes dalinguagem:
a) "O risco maior que as instituies republicanashoje correm no o de se romperem, ou seremrompidas, mas o de no funcionarem e de
desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hbito covarde de acomodaoe da complacncia. Diante do povo, diante domundo e diante de ns mesmos, o que precisoagora fazer funcionar corajosamente asinstituies para lhes devolver a credibilidadedesgastada. O que preciso (e j no h comovoltar atrs sem avacalhar e emporcalhar aindamais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) apurar tudo o que houver a ser apurado, doa aquem doer." (O Estado de So Paulo)
b) O verbo infinitivo
Ser criado, gerar-se, transformarO amor em carne e a carne em amor; nascerRespirar, e chorar, e adormecerE se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertarUm dia luz e ver, ao mundo e ouvirE comear a amar e ento ouvirE ento sorrir para poder chorar.
Ecrescer,e saber, e ser, e haverE perder, e sofrer, e ter horrorDe ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer tudo ao vir um novo amorEviver esse amor at morrerE ir conjugar o verbo no infinito...
(Vincius de Morais)
c) "Para fins de linguagem a humanidade seserve, desde os tempos pr-histricos, de sons aque se d o nome genrico de voz, determinadospela corrente de ar expelida dos pulmes nofenmeno vital da respirao, quando, de uma ououtra maneira, modificada no seu trajeto at a
parte exterior da boca." (Matoso Cmara Jr.)
d) " - Que coisa, n?- . Puxa vida!- Ora, droga!- Bolas!- Que troo!- Coisa de louco!- !"
e) "Fique afinado com seu tempo. Mude para Col.Ultra Lights."
f) "Sentia um medo horrvel e ao mesmo tempodesejava que um grito me anunciasse qualqueracontecimento extraordinrio. Aquele silncio,
http://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.htmlhttp://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.htmlhttp://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.htmlhttp://www.coladaweb.com/http://www.coladaweb.com/http://www.coladaweb.com/http://www.coladaweb.com/http://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.htmlhttp://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.htmlhttp://gramaticaelinguagem.blogspot.com/2010/06/exercicios-sobre-os-elementos-da.html -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
18/80
18
aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seriatudo iluso? Findei a tarefa, ergui-me, desci osdegraus e fui espalhar no quintal os fios dagravata. Seria tudo iluso?... Estava doente, iapiorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, opensamento embaralhar-se longe daquelasporcarias. Senti uma sede horrvel... Quis ver-me
no espelho. Tive preguia, fiquei pregado janela, olhando as pernas dos transeuntes."(Graciliano Ramos)
g) " - Que quer dizer pitosga?- Pitosga significa mope.- E o que mope?- Mope o que v pouco."
7. No texto abaixo, identifique as funes dalinguagem:"Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao
corao de Marcela, no j cavalgando o corceldo cego desejo, mas o asno da pacincia, a umtempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, hdois meios de granjear a vontade das mulheres: oviolento, como o touro da Europa, e o insinuativo,como o cisne de Leda e a chuva de ouro deDnae, trs inventos do padre Zeus, que, porestarem fora de moda, a ficam trocados nocavalo e no asno." (Machado de Assis)
8. Descubra, nos textos a seguir, as funes delinguagem:
a) "O homem letrado e a criana eletrnica nomais tm linguagem comum." (Rose-MarieMuraro)
b) "O discurso comporta duas partes, poisnecessariamente importa indicar o assunto deque se trata, e em seguida a demonstrao. (...) Aprimeira destas operaes a exposio; asegunda, a prova." (Aristteles)
c) "Amigo Americano um filme que conta ahistria de um casal que vive feliz com o seu filho
at o diaem que o marido suspeita estar sofrendo decncer."
d) "Se um dia voc for emboraRia se teu corao pedirChore se teu corao mandar." (Danilo
Caymmi & Ana Terra)
e) "Ol, como vai?Eu vou indo e voc, tudo bem?Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no
futuro e voc?
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sonotranquilo..." (Paulinho da Viola)
9.Quais as funes da linguagem predominantesno poema abaixo?
Potica
Que poesia?uma ilhacercada
de palavraspor todos os ladosQue um poeta?
um homemque trabalha um poemacom o suor do seu rosto
Um homemque tem fome
como qualquer outrohomem.
(Cassiano Ricardo)
10. Qual a funo da linguagem comum s duashistorinhas?Texto I
TextoII
11. Veja a charge a seguir o e diga o que voc
sabe sobre o assunto tratado na mesma. Parafacilitar seu trabalho, escreva pequenos perodos(frases) respondendo as perguntas: Sobre o queela fala? um problema atual? Como ele afetasua vida? H soluo para o problema?
http://lh3.ggpht.com/-N0W3rRtKgsg/TgI7_RPHpzI/AAAAAAAAL3A/J6Q4FaQl35g/s1600-h/clip_image002%5b5%5d.gif -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
19/80
19
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
12. Faa o mesmo agora com a charge abaixo.Aps ver a imagem, responda em forma de textoas perguntas: Sobre o que ela fala? umproblema atual? Voc lembra de algum exemplorelacionado ao assunto? H soluo para oproblema?
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
13. Analise e responda:I. O foco narrativo do narrador-personagem deprimeira pessoa, podendo corresponder,inclusive, ao protagonista.II. O narrador em terceira pessoa se caracterizapor ter uma viso subjetiva, total e impessoal dosfatos.
III. Ambos os focos narrativos podem sercaracterizar pela oniscincia do narrador.
(A) Apenas I est incorreta.(B) Apenas III est incorreta.(C) I e II esto incorretas.(D) II e III esto incorretas.(E) Nenhuma est incorreta.
14. Leia e classifique os narradores:
1. Os campos, segundo o costume, acabava dedescer do almoo e, a pena atrs da orelha, pleno por dentro do colarinho, dispunha-se aprosseguir o trabalho interrompido poucos antes.Entrou no escritrio e foi sentar-se secretria(Alusio Azevedo)
2. Coloquei-me acima de minha classe, creio queme elevei bastante. Como lhes disse, fui guia decego, vendedor de doces e trabalhador dealuguel. Estou convencido de quem nenhumdesses ofcios me daria os recursos intelectuais
necessrios para engenhar esta narrativa.(Graciliano Ramos)3. Um segundo depois, muito suave ainda, opensamento ficou levemente mais intenso, quasetentador: no d, elas so suas. Laura espantou-se um pouco: por que as coisas nunca eramdela? (Clarice Lispector)
( ) narrador participante( ) narrador observador( ) narrador onisciente
A sequncia correta :
(A) 1, 2, 3(B) 1, 3, 2(C) 2, 3, 1(D) 2, 1, 3(E) 3, 2, 1
15. Os gneros conto e crnica notm emcomum:(A) o suporte(B) a extenso(C) a presena da narrativa(D) a definio de tempo-espao(E) a inteno artstica literria
16. Com relao ao gnero do texto, corretoafirmar que a crnica:
(A) parte do assunto cotidiano e acaba por criarreflexes mais amplas;(B) tem como funo informar o leitor sobre osproblemas cotidianos;(C) apresenta uma linguagem distante dacoloquial, afastando o pblico leitor;(D) tem um modelo fixo, com um dilogo inicialseguido de argumentao objetiva;(E) consiste na apresentao de situaes pouco
realistas, em linguagem metafrica.
http://lh4.ggpht.com/-YnkS20Gpdvg/TgI8Bbx4IcI/AAAAAAAAL3I/9huh8hYN5M4/s1600-h/clip_image004%5b47%5d.jpg -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
20/80
20
PINTOU NO ENEM
QUESTO 01
________________________________________
QUESTO 02
QUESTO 03
________________________________________
QUESTO 04
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
21/80
21
QUESTO 05
________________________________________QUESTO 06
QUESTO 07
________________________________________QUESTO 08
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
22/80
22
QUESTO 09
_________________________________________
QUESTO 10
QUESTO 11
____________________________________________
QUESTO 12
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
23/80
23
QUESTO 13
________________________________________QUESTO 14
QUESTO 15
QUESTO 16
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
24/80
24
QUESTO 17 QUESTO 18
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
25/80
25
GABARITO - Unidade 1
FIXAO PINTOU NO ENEM
1 C 11 Aquecimento global 1 E 11 D
2 B 12 Violncia na escola 2 E 12 E
3 B 13 B 3 A 13 C
4 A 14 D 4 B 14 D
5 D 15 E 5 A 15 A
6 Ver pginas 04 a 06 16 A 6 B 16 D
7 Ver pginas 04 a 06 17 - 7 E 17 D
8 Ver pginas 04 a 06 18 - 8 A 18 E
9 Ver pginas 04 a 06 19 - 9 E 19 -
10 Ver pginas 04 a 06 20 - 10 D 20 -
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
26/80
26
UNIDADE 2 - Estudo da Lngua
Variao lingustica
A lngua abriga vrios registros que dependem basicamente da situao de fala e de com quem se fala.H variaes dentro da mesma lngua decorrentes de fatores como: a regio geogrfica (nordestino,mineiro, carioca, paulista etc.), o sexo, a idade, a classe social e o grau de instruo dos falantes e o graude formalidade do contexto (formal e informal).
Dentre as diversas variaes pode-se dizer que a oposio mais importante se d entre a chamadalinguagem culta (ou padro) e a linguagem popular, coloquial.
A noo de certo e errado est ligada ao prestgio que a variedade culta adquiriu na sociedade. Noentanto, todas as demais variedades so legtimas e devem ser respeitadas, combatendo o preconceitolingustico.
A variedade culta difundida principalmente pela escola e pelos meios de comunicao e estrelacionada a um grupo de pessoas de maior prestgio social.
Au la de Po rtu gus (Carlos Drummond de Andrade, 1999)A linguagemna ponta da lngua,to fcil de falare de entender.
A linguagemna superfcie estrelada de letras,sabe l o que ela quer dizer?
Professor Carlos Gis, ele quem sabee vai desmatandoo amazonas de minha ignorncia.Figuras de gramtica, esquipticas,atropelam-me, aturdem-me, seqestram-me.
J esqueci a lngua em que comia,em que pedia para ir l fora,em que levava e dava pontap,a lngua, breve lngua entrecortada
do namoro com a prima.
O portugus so dois: o outro, mistrio.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
27/80
27
Tipos de variao:
Var iao his tr ic a: acontece ao longo de um determinado perodo de tempo e pode ser identificada aoserem comparados dois estados de uma lngua. O processo de mudana gradual: uma varianteinicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivduossocioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece ainda entre as geraes mais velhas,
perodo em que as duas variantes convivem; porm com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, efinalmente consagra-se pelo uso, na modalidade escrita. As mudanas podem ser de grafia ou designificado.
Var iao geogrfic a: refere-se a diferentes formas de pronncia, s diferenas de vocabulrio e deestrutura sinttica entre regies. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-secomunidadeslingusticas menores, em torno de centros polarizadores da cultura, da poltica e da economia, que acabampor definir os padres lingsticos utilizados na regio sob sua influncia. As diferenas lingusticas entre asregies so graduais, nem sempre coincidindo com as fronteiras geogrficas.
Var iao soc ial : agrupa alguns fatores de diversidade: o nvel socioeconmico, o grau de educao, a
idade e ognero do indivduo. A variao social no compromete a compreenso entre indivduos, comopoderia acontecer na variao regional. O uso de certas variantes pode indicar qual o nvel socioeconmicode uma pessoa, e h a possibilidade de que algum, oriundo de um grupo menos favorecido, venha aatingir o padro de maior prestgio.
Var iao es ti lsti ca:refere-se s diferentes circunstncias de comunicao em que se coloca um mesmoindivduo: o ambiente em que se encontra (familiar ou profissional, por exemplo) o tipo de assunto tratado equem so os receptores. Sem levar em conta as graduaes intermedirias, possvel identificar doislimites extremos de estilo: o informal, quando h um mnimo de reflexo do indivduo sobre as normaslingusticas, utilizado nas conversaes imediatas do cotidiano; e o formal, em que o grau de reflexo mximo, utilizado em conversaes que no so do dia-a-dia e cujo contedo mais elaborado e complexo.
No se deve confundir o estilo formal e informal comlngua escrita efalada,pois os dois estilos ocorrem emambas as formas de comunicao.
Nveis das variaes:
Fontica: alterao na pronncia das palavras.
Ex: planta/pranta; vossa merc/ voc/oc/c.
Morfolgica: alterao na forma das palavras.
Ex: Vero/ veros, limo/limes (oposio aos es).
Sinttica: alterao na correlao entre as palavras.
Ex: Os meninos fizeram o dever. / Os menino fez o dever.
Lexical: alterao na escolha das palavras.
Ex: mandioca /aipim; Choveu direto essa semana/ Choveu todos os dias
nesta semana
Existem diversas formas de se dizer a mesma coisa em ummesmo contexto e com o mesmo valor de verdade.
LABOV, 1972
http://pt.wikipedia.org/wiki/Grafiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Significadohttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comunidade_ling%C3%BC%C3%ADstica&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comunidade_ling%C3%BC%C3%ADstica&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_(sociedade)http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADngua_escrita&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_faladahttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_faladahttp://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=L%C3%ADngua_escrita&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAnero_(sociedade)http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comunidade_ling%C3%BC%C3%ADstica&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Comunidade_ling%C3%BC%C3%ADstica&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/wiki/Significadohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Grafia -
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
28/80
28
Atividade para reflexo lingustica:
Seu dot me conhece ?
Patativa do Assar
Seu dot, s me pareceQue o sinh no me conhece,
Nunca sbe que sou eu,
Nunca viu minha paioa,
Minha mui, minha roa
E os fio que Deus me deu.
Se no sabe, escute agora,
Que vou cont minha histria,
Tenha bondade de uvi:
Eu sou da crasse matuta,
Da crasse que no desfruta
Das riqueza do Brasi.
1) Identifique os exemplos de variao lingustica no poema edefina o nvel da variao.
2) Caso o poema fosse redigido na variedade culta da lngua
portuguesa, o que se perderia no que tange ao objetivo dopoema?
AGRAMTICA
Toda lngua possui uma estrutura, ou seja, todos os seus elementos esto intimamente ligados. Umalngua , no s um conjunto de palavras, mas tambm um conjunto de regras, aprendidas desde cedo, que
permite aos falantes construir e decodificar enunciados. O conjunto dessas regras chamado de gramtica.Todo falante tem o conhecimento natural da gramtica de sua lngua. No entanto, paralelamente a essa
gramtica natural, tem-se a gramtica normativa.
A gramtica normativa um conjunto de regras sistematizadas que estabelecem um determinado uso dalngua, chamado de uso culto, norma culta, ou norma padro. Essas regras impem um padro delinguagem a ser seguido pelos falantes, j que possui um prestgio social.
GRAMATICALIDADE E AGRAMATICALIDADE
Como visto anteriormente, no h certo ou errado dentro das variedades lingusticas. Falar nis vai aoinvs de ns vamos apenas uma variao, embora ns vamos tenha mais prestgio social. Sendoassim, dentro da linguagem, tem-se a noo de gramaticalidade e agramaticalidade para aquilo que atendeou no s regras naturais da lngua.
GRAMATICALAGRAMATICALGRAMTICA NORMATIVA GRAMTICA NATURAL
Assisti ao jogo. Assisti o jogo. Jogo o assisti.Disseram-me a verdade. Me disseram a verdade. Disseram verdade me a.
Todas as variedades constituem sistemas lingusticos perfeitamente adequados para a expresso dasnecessidades comunicativas e cognitivas dos falantes, das as prticas sociais e os hbitos culturais desuas comunidades. O preconceito lingustico e uma forma de discriminao que deve ser combatida.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
29/80
29
Fala e escrita
A lngua falada e a lngua escrita, embora sejam expresses de um mesmo idioma, apresentamcaractersticas que nos permite a identificao de suas particularidades. Apesar da diviso (de cunhodidtico), as duas modalidades formam um contnuo lingustico, que bastante visvel em determinados
gneros textuais, como o chatou bate-papo pela internet ou por mensagens telefnicas.As diferenas entre a fala e a escrita so:
FALA ESCRITA
contextualizada descontextualizada
dependente autnoma
implcita explcita
redundante condensada
no planejada planejada
imprecisa precisa
no normatizada normatizada
fragmentria completa
Falo de um modo, mas escrevo de outro?!
De fato, falamos de um modo, mas escrevemos de outro, pois lngua escrita e lngua falada so duas
modalidades diferentes de comunicao, tendo cada uma delas suas caractersticas prprias.Quando falamos, alm das palavras, utilizamos outros elementos como os gestos, os olhares, aexpresso do rosto e, principalmente, algo chamado entoao da frase. Pela entoao distinguimos umafrase afirmativa de uma interrogativa, uma frase dita com seriedade de outra dita com ironia, por exemplo.
Quando escrevemos, entretanto, no h mais gestos, nem olhares, nem entoao. Sobram apenas aspalavras. por isso que, ao redigirmos relatrios, documentos, resenhas ou quaisquer outros tipos de textoescrito, devemos ter cuidado especial com a pontuao, a ortografia, a concordncia e a colocao daspalavras. Do contrrio, corremos o risco de no sermos devidamente interpretados; nosso texto ficarconfuso, comprometendo, assim, a comunicao.
vlido ressaltar, tambm, que a lngua escrita no nem mais nem menos importante que a lnguafalada. No existe "superioridade" de uma ou outra. So apenas modalidades diferentes que se realizam emsituaes diferentes.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
30/80
30
Morfo logia
Estrutura das palavrasA estrutura interna das palavras
RADICAL: a forma mnima (morfema) que indica o sentido bsico de uma palavra.
VOGAL TEMTICA: um morfema voclico que se acrescenta ao radical, preparando-o para receber asdesinncias.
O tema o acrscimo da vogal temtica ao radical.
DESINNCIAS: so morfemas que correspondem s flexes das palavras variveis. Podem ser nominais(gnero e nmero) ou verbais (tempo e modo).
AFIXOS: so morfemas que acrescentados ao radical, alteram sua significao bsica. Subdividem-se emprefixo, colocado antes do radical (infeliz), e sufixo, colocado depois do radical (felizmente).
VOGALeCONSOANTE DE LIGAO:so elementos mrficos que no possuem significao gramatical prpria,mas so necessrios para facilitar ou at possibilitar a pronncia de determinadas construes (silv--cola,pe-z-inho, pobre-t-o, rat-i-cida, rod-o-via).
ALOMORFES: so as variaes que os morfemas sofrem (amaria - amareis; feliz - felicidade).
PROCESSOS DE FORMAO DE PALAVRAS
PALAVRAS PRIMITIVAS- no derivam de outras (casa, flor)PALAVRAS DERIVADAS- derivam de outras (casebre, florzinha)PALAVRAS SIMPLES- s possuem um radical (couve, flor)PALAVRAS COMPOSTAS- possuem mais de um radical (couve-flor)
As palavras so formadas por:
COMPOSIO- processo em que ocorre a juno de dois ou mais radicais. So dois tipos de composio:
a) justaposio: quando no ocorre a alterao fontica.
Ex: girassol, sexta-feira.
b) aglutinao: quando ocorre a alterao fontica, com perda de elementos.Ex: pernalta, de perna + alta.
DERIVAO- processo em que a palavra primitiva (1 radical) sofre o acrscimo de afixos. So cinco tipos dederivao:
a) prefixal: acrscimo de prefixo palavra primitiva.Ex: in-til.
b) sufixal: acrscimo de sufixo palavra primitiva.
Ex: clara-mente.
c) parassinttica ou parassntese: acrscimo simultneo de prefixo e sufixo, palavra primitiva.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
31/80
31
Ex: em - lata - ado.
d) regressiva: reduo da palavra primitiva. Nesse processo, formam-se substantivos abstratos porderivao regressiva de formas verbais.Ex: ajuda / de ajudar.
e) imprpria: alterao da classe gramatical da palavra primitiva .Ex: "o jantar" - de verbo para substantivo.
A lngua portuguesa tambm possui outros processos para formao de palavras:
HIBRIDISMO:palavras compostas ou derivadas, constitudas por elementos originrios de lnguas diferentes.
Ex: automvel e monculo (grego e latim)
ONOMATOPIA:reproduo imitativa de sons.
Ex: pingue-pingue, zunzum, miau.
ABREVIAO VOCABULAR: reduo da palavra at o limite de sua compreenso.Ex: metr, moto, pneu, extra, dr., obs.
SIGLAS:a formao de siglas utiliza as letras iniciais de uma seqncia de palavras.
Ex:Academia Brasileira de Letras- ABL;Partido do Trabalhador- PT.
NEOLOGISMO:nome dado ao processo de criao de novas palavras.
CLASSES DE PALAVRAS
As palavras so classificadas de acordo com as funes exercidas nas oraes. Podemos classific-lasem: substantivo, adjetivo, pronome, verbo, artigo, numeral, advrbio, preposio, interjeio e conjuno.
1) SUBSTANTIVO uma palavra que designa um ser real ou imaginrio.
COMUM,COLETIVO E PRPRIO
a) Substantivo comum: faz referncia a todos os seres de uma espcie, designando-os em termos desuas propriedades essenciais.Ex: casa, mesa, gua.
b) Substantivo coletivo: designa um conjunto de coisas ou seres de uma espcie ou corporaessociais e religiosas agrupadas para determinado fim. Apresenta-se de forma singular.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
32/80
32
Ex: Bando (de aves)
c) Substantivo prprio: faz referncia a seres particulares, nicos, dentre aqueles de uma mesmaespcie.Ex: Carlos, Patrcia, Esprito Santo, Botafogo.
CONCRETO E ABSTRATOa) Substantivo concreto: designa os seres que tm uma existncia independente, real ou imaginria.
Ex: pedra, carro, flor, Deus, alma, fada, Pedro.
b) Substantivo abstrato: nomeia conceitos como aes, estados, qualidades, sentimentos, sensaes,que no tm uma existncia independente. Sua manifestao est sempre associada a um ser doqual depende a sua existncia.Ex: amor, felicidade, beleza, dio, doena.
FLEXES DOS SUBSTANTIVOS
GNERO: masculino ou feminino.
NMERO: singular ou plural.
GRAU: normal, diminutivo ou aumentativo.
2) ADJETIVO
a palavra varivel que atribui uma especificao ao substantivo, caracterizando-o. Pode indicar umaqualidade, um estado, a aparncia ou um modo de ser dos referentes dos substantivos. Concorda emgnero e nmero com o substantivo que determina.
ADJETIVOS PTRIOS: so os adjetivos derivados de substantivos que se referem a pases, estados,provncias, regies, cidades, aldeias, vilas, povoados etc.
Ex: Nordestino, brasileiro, acreano, mineiro, sergipano, carioca.
LOCUO ADJETIVA: conjunto de palavras (geralmente preposies+ substantivos oupreposies+advrbios) com valor e funo de adjetivo.
Ex: estar com fome = estar faminto, andar de cima = andar superior, indivduo sem carter.
FLEXES DOS ADJETIVOS
GNERO: uniforme (inteligente) ou biforme (honesto, honesta).
NMERO: singular ou plural.
GRAU: comparativo e superlativo.
O grau comparativo refere-se a uma mesma qualidade entre dois ou mais seres, duas ou mais qualidadesde um mesmo ser. Pode ser de igualdade: to alto quanto (como / quo); de superioridade: mais alto (do)que (analtico) / maior (do) que (sinttico) e de inferioridade: menos alto (do) que.
O grau superlativo exprime qualidade em grau muito elevado ou intenso. Pode ser classificado comoabsoluto, quando a qualidade no se refere de outros elementos. Pode ser analtico (acrscimo deadvrbio de intensidade) ou sinttico (-ssimo, -rrimo, -limo). (muito alto X altssimo).
3)ARTIGO
a palavra varivel em gnero e nmero que se antepe aos substantivos, determinando-os. Adeterminao operada pelo artigo pode ser definida ou indefinida.
ARTIGO DEFINIDO- o, a, os, as: um ser claramente determinado entre outros da mesma espcie.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
33/80
33
ARTIGO INDEFINIDO- um, uma, uns, umas: um ser qualquer entre outros de mesma espcie.
Podem aparecer combinados com preposies: numa, do, , entre outros.
4) NUMERAL
uma classe especial de palavras que indica quantidade, nmero de ordem, mltiplo ou frao.
Classifica-se como:CARDINAL: 1, 2, 3, ...ORDINAL : primeiro, segundo, terceiro,...MULTIPLICATIVO: dobro, duplo, triplo, ...FRACIONRIO: meio, metade, tero,...COLETIVOS:dezena,dzia, par...
Quanto ao valor, os numerais podem apresentar valor adjetivo ou substantivo. Se estiveremacompanhando e modificando um substantivo, tero valor adjetivo. J se estiverem substituindo umsubstantivo e designando seres, tero valor substantivo.
Ex: Ele foi o primeiro jogador a chegar. (valor adjetivo)
Ele ser o primeiro desta vez. (valor substantivo).
5)INTERJEIO
uma palavra invarivel que expressa estados emocionais do falante, variando de acordo com ocontexto emocional.
LOCUES INTERJETIVAS:puxa vida!, no diga!, que horror!, graas a Deus!, ora bolas!, cruz credo!
6) PRONOME
palavra varivel que identifica os participantes da interlocuo e os seres, eventos ou situaes aosquais o discurso faz referncia, substituindo ou acompanhando um substantivo.
PESSOAS DO DISCURSO:
1 pessoa - aquele que fala, emissor.
2 pessoa - aquele com quem se fala, receptor.
3 pessoa - aquele de que ou de quem se fala, referente.
PRONOME SUBSTANTIVO: substitui um substantivo.
Ex: Ele prestou socorro.
PRONOME ADJETIVO:acompanha um substantivo.
Ex: Aquele rapaz belo.
PRONOME PESSOAL:faz referncia explcita e direta s pessoas do discurso.
EXPRESSO INTERJEIO EXPRESSO INTERJEIO
ALEGRIA ah!, oh!, oba! APLAUSO bravo!, bis!, mais um!
ADVERTNCIA cuidado!, ateno CHAMAMENTO al!, ol!, psit!
AFUGENTAMENTO fora!, rua!, passa!, x! DESEJO oxal!, tomara! / dor - ai!, ui!
ALVIO ufa!, arre! ESPANTO puxa!, oh!, chi!, u!ANIMAO coragem!, avante!, eia! IMPACINCIA hum!, hem!
SILNCIO silncio!, psiu!, quieto!
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
34/80
34
PRONOMES PESSOAISPESSOAS DO
DISCURSORETOS PRONOMES OBLQUOS
TONOS TNICOS
Singular
1
23
eu
tuele,ela
me
teo, a, lhese
mim,comigo
ti, contigoele, elasi, consigo
Plural123
nsvseles,elas
nosvosos, as,lhesse
ns,conoscovs,convoscoeles, elassi, consigo
Os pronomes pessoais retos desempenham a funo de sujeito ou predicativo do sujeito.
Os pronomes pessoais oblquos desempenham funes de objeto direto, objeto indireto, complementonominal, adjunto adverbial ou agente da passiva.
Os pronomes oblquos tnicos devem vir regidos de preposio.
Os pronomes oblquos tonos atuam, sintaticamente, como complementos de verbos e a posio queocupam na sentena variam. Eles podem aparecer em posio de nclise (aps o verbo do qual complemento); em posio de prclise (antes do verbo) ou em posio de mesclise (entre a formaderivada do infinitivo e as desinncias modo-temporais e nmero-pessoais no futuro do presente e futuro do
pretrito).Ex:
nclise: Faa-me o favor de no chegar atrasado aula.
Prclise: Ontem o vi no cinema.
Mesclise: Emprestar-lhe-ei os discos para a festa.
Ateno!
Na oralidade, comum
utilizar o pronomeoblquo tono no incio da
sentena.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
35/80
35
PRONOME DE TRATAMENTO:palavra ou locuo que funciona como verdadeiro pronome pessoal e utilizadapara designar o interlocutor.
Ex: Vossa Excelncia, Vossa Alteza, Vossa Senhoria.
PRONOME POSSESSIVO: faz referncia s pessoas do discurso, indicando uma relao de posse.
Os pronomes possessivos, normalmente, ocorrem antes do nome a que se refere; podendo, tambm, virdepois do substantivo que determina. Neste ltimo caso, pode at alterar o sentido da frase.
Meufilho no anda de moto. X Filho meu no anda de moto.
PRONOME DEMONSTRATIVO:faz referncia s pessoas do discurso, estabelecendo, entre elas e os seres porele designado, uma relao de proximidade ou distanciamento, no tempo e no espao.
Tambm so pronomes demonstrativos: mesmo(a)(s), prprio(a)(s), semelhante(s) e tal (tais) quandodeterminam substantivos.
Ex: Ele j sabia que tais boatos iriam circular aps a separao.
Os demonstrativos podem ocorrer combinados com as preposies de e em: deste, neste, disto, nisto,
desse, nesse, disso, nisso, daquele, naquele, daquilo, naquilo.
PRONOME INDEFINIDO:faz referncia 3 pessoa do discurso de uma maneira indefinida, vaga, imprecisa egenrica.
Alguns pronomes indefinidos podem variar quanto ao gnero e nmero, outros variam apenas quanto aonmero e outros so invariveis.
VARIVIES
INVARIVEISGNERO E NMERO (A/S) NMERO (S)
todo, algum, vrios, nenhum,certo, outro, muito, pouco,
quanto, tanto, um.
Qualquer (quaisquer),qual(quais), bastante
(bastantes)
quem, algum, ningum, outrem, que,algo, tudo, nada, cada, mais, menos,
demais
UM POSSUIDOR VRIOS POSSUIDORES
PESSOA GNERO NMERO
SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL
1 pessoa Masc.
Fem.
meu
minha
Meus
minhas
Nosso
nossa
Nossos
nossas
2 pessoa Masc.Fem.
teutua
teustuas
vossovossa
vossosvossas
3 pessoa Masc.
Fem.
seu
sua
seus
suas
seu
sua
seus
suas
VARIVEISINVARIVEISMASCULINO FEMININO
SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURALEste Estes Esta Estas Isto
Esse Esses Essa Essas Isso
aquele aqueles aquela aquelas aquilo
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
36/80
36
PRONOME RELATIVO:faz referncia a algum elemento anteriormente mencionado no texto, considerado seuantecedente, com o qual estabelece uma relao anafrica e introduz uma orao subordinada adjetiva.
Os pronomes relativos podem ser variveis ou invariveis.
VARIVIES (A/S) INVARIVEIS
o qual, cujo, quanto que, quem, onde, quando, como
O pronome cujo (a/s) empregado para dar a idia de posse entre o antecedente e o termo que elesespecificam. Seu sentido equivale ao de de quem, do qual, de que.
Ex: Nunca coma em um restaurante cujo cozinheiro almoa fora.(o cozinheiro do restaurante)
O pronome onde relativo quando indica lugar e pode ser substitudo por em que.
Ex: Quero comprar uma casa com um quintal onde (em que) eu possa construir uma piscina.
PRONOME INTERROGATIVO: usado nas perguntas diretas ou indiretas e faz referncia 3 pessoa dodiscurso.
So pronomes interrogativos: que, quem, qual, quanto.
Ex: Pergunta direta: Que so pronomes interrogativos?
Pergunta indireta: O professor perguntou ao aluno que so pronomes interrogativos.
7)PREPOSIO a palavra invarivel que conecta termos de sintagmas, estabelecendo entre eles uma relao de
dependncia. Divide-se em essenciais (exclusivamente preposies) ou acidentais (palavras de outrasclasses, mas que funcionam como preposies).
ESSENCIAIS ACIDENTAIS
a, ante, aps, at, com, contra, de, desde, em,
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trs
afora, como, conforme, consoante, durante, exceto,
fora, salvo, segundo, seno, mediante, visto etc.
Quanto ao emprego, as preposies podem ser usadas em:
COMBINAO: ocorre quando a preposio a junta-se ao artigo masculino singular (ao) ou plural (aos).Nesse caso, no h perda fontica.
CONTRAO:ocorre quando, ao combinar-se com outra palavra, a preposio sofre alguma modificaoem sua constituio fonolgica. H, portanto, perda fontica (na/aquela> naquela).
LOCUES PREPOSITIVAS: so duas ou mais palavras que funcionam solidariamente com o sentido depreposies. Em geral, so formadas de advrbio (ou locuo adverbial) + preposio: abaixo de, acercade, a fim de, alm de, defronte a, ao lado de, apesar de, atravs de, de acordo com, em vez de, junto de,
perto de, at a, a par de, devido a.Observa-se que a ltima palavra da locuo prepositiva sempre uma preposio, enquanto a ltima
palavra de uma locuo adverbial nunca preposio.
8)CONJUNO
a palavra que liga duas oraes ou termos de mesma funo na orao. Quando a conjuno exerceseu papel de ligar as oraes, estabelece entre elas uma relao de coordenao (independncia) ousubordinao (dependncia).
As conjunes classificam-se em:
CONJUNES COORDENATIVAS: aquelas que ligam duas oraes independentes (coordenadas), ou doistermos que exercem a mesma funo sinttica dentro da orao.
Apresentam cinco tipos:
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
37/80
37
TIPOS IDEIA CONJUNES
ADITIVAS adio e, nem, mas tambm, como tambm, bem como, mas ainda
ADVERSATIVAS contraste, oposio mas, porm, contudo, no entanto, entretanto, todavia, antes (=pelo contrrio), no obstante, apesar disso
ALTERNATIVAS alternncia ou excluso ou, ou...ou, ora...ora, seja... seja, quando... quando, j... j
CONCLUSIVAS concluso pois, logo, portanto, por isso, por conseguinte.
EXPLICATIVAS explicao porque, que
CONJUNES SUBORDINATIVAS:aquelas que ligam duas oraes dependentes, subordinando uma outra.
Apresentam dez tipos:
TIPOS IDEIA CONJUNES
INTEGRANTES introdutrias deoraes subordinadassubstantivas
que, se, como
CAUSAIS causa porque, como, uma vez que, j que, que, porquanto, vistoque, pois que
CONCESSIVAS concesso embora, ainda que, mesmo que, apesar de que,conquanto, posto que, se bem que
CONDICIONAIS condio ou hiptese se, desde que, contanto que, caso, conquanto que, a noser que, a menos que, sem que, salvo se, dado que
CONFORMATIVAS conformidade conforme, segundo, como, consoante
COMPARATIVAS comparao como, mais...do que, menos...do que
CONSECUTIVAS consequncia de forma que, de sorte que, que, de maneira que, de talmodo que, sem que
FINAIS finalidade a fim de que, que, porque, para que
PROPORCIONAIS proporo medida que, proporo que, ao passo que
TEMPORAIS tempo quando, depois que, desde que, logo que, assim que,antes que, at que, enquanto que, primeiro que, depoisque, sempre que
9)ADVRBIO
a palavra invarivel que se associa ao verbo, indicando as circunstncias da ao verbal; aos adjetivos,
intensificando as qualidades por eles expressas; e a outros advrbios, intensificando o seu sentido.Os advrbios podem expressar circunstncias de:
LUGAR: longe, junto, acima, ali, l, atrs, alhures.
TEMPO: breve, cedo, j, agora, outrora, imediatamente, ainda.
MODO: bem, mal, melhor, pior, devagar,a maioria dos advrbios com sufixomente.
DVIDA: qui, talvez, provavelmente, porventura, possivelmente.
INTENSIDADE: muito, pouco, bastante, mais, meio, quo, demais, to.
AFIRMAO: sim, certamente, deveras, com efeito, realmente, efetivamente.
NEGAO: no, qual nada, tampouco, absolutamente.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
38/80
38
LOCUES ADVERBIAIS: so expresses constitudas de duas ou mais palavras que exercem funoadverbial. Resultam geralmente da combinao preposio + (artigo) + substantivo ou de preposio +(artigo) + advrbio.
10)VERBO
a palavra que pode variar em nmero, pessoa, modo, tempo e voz, indicando aes, processos,estados, mudanas de estado e manifestaes de fenmenos da natureza.
FLEXO VERBAL
NMERO: singular ou plural.
PESSOA:1, 2 ou 3.
MODO: indicativo (certeza de um fato ou estado), subjuntivo (possibilidade ou desejo de realizao de um
fato ou incerteza do estado) e imperativo (expressa ordem, advertncia ou pedido).
TEMPO:pretrito (perfeito, imperfeito, mais- que prefeito), presente e futuro (futuro de presente e futuro dopretrito).
VOZ: ativa, passiva e reflexiva.
FORMAS NOMINAIS DO VERBO
INFINITIVO:tem valor equivalente ao de um substantivo.
EX:Preservar a natureza ( a preservao da natureza).
GERNDIO:tem valor adverbial ou adjetivo.
Ex: O menino machucou jogando bola( no momento em que jogava bola).
PARTICPIO: tem valor equivalente ao de um adjetivo
Ex: Todo livro deve ser lido criticamente.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
39/80
39
VOZES VERBAIS
ATIVA:sujeito agente da ao verbal.
Ex: O menino atravessou a rua.
PASSIVA:sujeito paciente da ao verbal.
ANALTICA: verbo auxiliar + particpio do verbo principal.
Ex: O doce foi comido.SINTTICA:na 3 pessoa do singular ou plural + SE (partcula apassivadora).
Ex: Comeu-se o doce.
REFLEXIVA:sujeito ao mesmo tempo agente e paciente da ao verbal.
Ex: Depois das denncias, o governador demitiu-se de suas funes.
Na transformao da voz ativa na passiva, a variao temporal indicada pelo auxiliar (ser, na maioriadas vezes).
Ex: Ele fez o trabalho - O trabalho foi feito por ele.
CLASSIFICAO DOS VERBOSOs verbos so classificados de acordo com a maneira como se comportam com relao ao paradigma da
conjugao qual pertencem. Em funo da vogal temtica, podem-se criar trs paradigmas verbais.
REGULARES:seguem o paradigma verbal de sua conjugao;
Ex: amar, comer, partir.
IRREGULARES:no seguem o paradigma verbal da conjugao a que pertencem. As irregularidades podemaparecer no radical ou nas desinncias.
Ex: ouvir - ouo/ouve, estar - estou/esto.
Entre os verbos irregulares, destacam-se os anmalos que apresentam profundas irregularidades. Soclassificados como anmalos em todas as gramticas os verbos ser e ir.
DEFECTIVOS:no so conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo.
Ex: falir - no presente do indicativo s apresenta a 1 e a 2 pessoa do plural.
ABUNDANTES- apresentam mais de uma forma para uma mesma flexo.
Ex: aceito/aceitado, acendido/aceso.
tenho/hei aceitado X /est aceito
VERBOS AUXILIARES: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significao. Presentes nos temposcompostos e locues verbais.
Ex: Tenho estudado, haviam dito, precisamos vencer.
TEMPOS VERBAISTomando-se como referncia o momento em que se fala, a ao expressa pelo verbo pode ocorrer emdiversos tempos.
TEMPOS DO INDICATIVOPresente -Expressa um fato atual.
Ex: Eu estudo neste colgio.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
40/80
40
Pretrito Imperfeito- Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual mas que no foicompletamente terminado.Ex: Ele estudava as lies quando foi interrompido.
Pretrito Perfeito (simples) -Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foitotalmente terminado.
Ex:Ele estudou as lies ontem noite.
Pretrito Perfeito (composto) -Expressa um fato que teve incio no passado e que pode se prolongar ato momento atual.Ex: Tenho estudado muito para os exames.
Pretrito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato j terminado.Ex: Ele j tinha estudado as lies quando os amigos chegaram. (forma composta)
Ele j estudara as lies quando os amigos chegaram. (forma simples)
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relao aomomento atual.Ex: Ele estudar as lies amanh.Futuro do Presente (composto) -Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atualmas j terminado antes de outro fato futuro.Ex:Antes de bater o sinal, os alunos j tero terminado o teste.
Futuro do Pretrito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fatopassado.Ex: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas frias.
Futuro do Pretrito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a umdeterminado fato passado.
Ex: Se eu tivesse chegado a tempo, no teria perdido o avio.
TEMPOS DO SUBJUNTIVO
Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual.Ex: conveniente que estudes para o exame.
Pretrito Imperfeito - Expressa um fato passado mais posterior a outro j ocorrido.Ex: Eu esperava que ele vencesse o jogo.*O pretrito imperfeito tambm usado nas construes em que se expressa a ideia de condio oudesejo.Ex: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Pretrito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado.Ex: Embora tenha estudado bastante, no passou no teste.
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
41/80
41
Pretrito Mais-Que-Perfeito (composto) -Expressa um fato ocorrido antes de outro fato j terminado.Ex: Embora o teste j tivesse comeado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames.
Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relao aoatual.
Ex: Quando ele vier loja, levar as encomendas.*O futuro do presente tambm usado em frases que indicam possibilidade ou desejo.Ex: Se ele vier loja, levar as encomendas.
Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas j terminadoantes de outro fato futuro.Ex: Quando eletiver sadodo hospital, ns o visitaremos.
FORMAO DOS TEMPOS SIMPLES
Primitivos: Presente do indicativo, Pretrito perfeito do indicativo, Infinitivo impessoal
Derivados do Presente do Indicativo: Presente do subjuntivo, Imperativo afirmativo, Imperativo negativo.
Derivados do Pretrito Perfeito do Indicativo:Pretrito mais-que-perfeito do indicativo, Pretrito imperfeitodo subjuntivo, Futuro do subjuntivo.
Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do presente do indicativo, Futuro do pretrito do indicativo,Imperfeito do indicativo, Gerndio, Particpio.
TEMPOS PRIMITIVOS
PRESENTE DO INDICATIVO
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao Desinncia pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
PRETRITO PERFEITO DO INDICATIVO
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao Desinncia pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOScantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
42/80
42
INFINITIVO IMPESSOAL
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao
CANTAR VENDER PARTIR
TEMPOS
DERIVADOS DO
PRESENTE DO
INDICATIVO
PRESENTE DO SUBJUNTIVO
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugaoDes.
temporalDes. temporal
Desinnciapessoal
1 conj. 2/3 conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA PartA E A
cantES vendAS partaAS E A S
cantE vendA PartaA E A
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
IMPERATIVOIMPERATIVOAFIRMATIVO OU POSITIVO
Presente do
Indicativo
Imperativo
Afirmativo
Presente do
SubjuntivoEu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante voc Que ele cante
Ns cantamos Cantemos ns Que ns cantemos
Vs cantais CantAI vs Que vs canteis
Eles cantam Cantem vocs Que eles cantem
IMPERATIVO NEGATIVO
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
Que eu cante ---
Que tu cantes No cantes tu
Que ele cante No cante voc
Que ns cantemos No cantemos ns
Que vs canteis No canteis vs
Que eles cantem No cantem eles
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
43/80
43
TEMPOS DERIVADOS DO PRETRITO PERFEITO DO INDICATIVO
PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO
1conjugao
2conjugao
3conjugao
Des.temporal
Desinnciapessoal
1/2 e 3conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cataRA vendeRA partiRA RA
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA
cantRAMOS vendRAMOS partRAMOS RA MOS
cantREIS vendREIS partREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
PRETRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
1 conjugao 2 conjugao3
conjugaoDes.
temporalDesinncia
pessoal
1 /2 e3 conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE
cantSSEMOS vendSSEMOS partSSEMOS SSE MOS
cantSSEIS vendSSEIS partSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
FUTURO DO SUBJUNTIVO
1conjugao
2conjugao
3conjugao
Des.temporal
Desinnciapessoal
1 /2 e 3conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM VendeREM PartiREM R EM
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
44/80
44
TEMPOS DERIVADOS DO INFINITIVO IMPESSOALFUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO
FUTURO DO PRETRITO DO INDICATIVO
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantaramos venderAMOS partirAMOS
cantarEIS venderEIS partirEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM
INFINITIVO PESSOAL
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirES
cantarEM venderEM partirEM
TEMPOS COMPOSTOSSo formados por locues verbais que tm como auxiliares os verbos ter e haver e o verbo principal noparticpio.
Pretrito Perfeito Composto do Indicativo a formao de locuo verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no
particpio, indicando fato que tem ocorrido com frequncia ultimamente.Ex: Eu tenho estudado demais ultimamente.
1 conjugao 2 conjugao 3 conjugao
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir eicantar s venders partirs
cantar vender partir
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar o vender o partir o
-
7/23/2019 Apostila de Portugues - Linguagem
45/80
45
Pretrito Perfeito Composto do Subjuntivo: a formao de locuo verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal noparticpio, indicando desejo de que algo j tenha ocorrido.Ex: Espero que voc tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovao.
Pretrito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:
a formao de locuo verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretrito Imperfeito do Indicativo e oprincipal no particpio, tendo o mesmo valor que o Pretrito Mais-que-perfeito do Indicativo simples.Ex: Eu j tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali.
Pretrito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: a formao de locuo verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretrito Imperfeito do Subjuntivo e oprincipal no particpio, tendo o mesmo valor que o Pretrito Imperfeito do Subjuntivo simples.Ex: Eu teria estudado no Maxi, se no me tivesse mudado de cidade.
Futuro do Presente Composto do Indicativo: a formao de locuo verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativoe o principal no particpio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo.Ex:Amanh, quando o dia amanhecer, eu j terei partido.
Futuro do Pretrito Comp