apostila estgio of sgt mun set10

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13ª COMPANHIA DEPÓSITO DE ARMAMENTO E MUNIÇÃO ESTÁGIO DE OFICIAIS E SARGENTOS DE MUNIÇÃO - 1º Nível -

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Apostila Estgio of Sgt Mun Set2010

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  • 13 COMPANHIA DEPSITO DE

    ARMAMENTO E MUNIO

    ESTGIO DE OFICIAIS E SARGENTOS DE MUNIO

    - 1 Nvel -

  • SUMRIOPgina

    1 Dotao1.1 Conceito de DO 041.2 Conceito de DMA 041.3 Conceito de DEsp. 04

    2 Normas Regulamentares Relativas Administrao de Munio2.1 Boletim de Existncia de Munio 052.2 Estojos Vazios 052.3 Munio de Salva 062.4 Fornecimento de Munio 062.5 Recolhimento de Munio para os Depsitos Regionais 062.6 Recebimento e Entrega de Suprimento Classe V 062.7 Escolta de Comboios 072.8 Inspeo Anual de Munio (IAMEx) 07

    3 Munies e Artifcios3.1 Munies 073.2 Artifcios 213.3 Tabelas de Nomenclatura, abreviaturas e cdigos de cores empregados em

    munio22

    4 Medidas de Segurana e Conservao4.1 Depsitos e Paiis 254.2 Princpios Gerais 264.3 Cuidados com o pessoal 274.4 Manuseio de Explosivos e Munies 274.5 Medidas de segurana relativas s espoletas 294.6 Preveno contra incndio 304.7 Escriturao do paiol 31

    5 Provas e Exames5.1 Finalidade 325.2 Categoria de Munies 325.3 Procedimentos de tomada de amostras 335.4 Periodicidade de Exames 33

    6 Explosivos6.1 Definio 436.2 Velocidade de transformao 436.3 Classificao 446.4 Propriedades principais dos Explosivos 446.5 Explosivos Militares 456.6 Baixo explosivo 466.7 Alto explosivo 486.8 Medidas de Segurana constantes no C5-25 relativas s espoletas 51

    7 Destruio7.1 Destruio de Explosivos, munies e elementos componentes 527.2 Mtodos de destruio 537.3 Destruio de munies falhadas 607.4 Documentao para Destruio 62

    Fontes de consulta 63

  • Guarnies apoiadas pela

    13 Cia DAM

    (Sup Cl V - Munio)

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 5

    1. Dotao de Munio

    1.1 Conceito de Dotao Orgnica (DO)

    a quantidade de cada item de suprimento classe V expressa em tiros por arma, ou em outra medida adotada para distribuio, que determinada organizao militar deve manter em seu poder para atender as necessidades de emprego operacional (C 100-10).

    Para fins especficos desta diretriz, que trata do suprimento e empaiolamento de munio em tempo de paz, a DO ficar centralizada nos paiis e depsitos regionais, buscando as melhores condies para a sua administrao.

    Entretanto, a implementao desta medida em sua plenitude fica condicionada a avaliao por parte dos Comandos de rea de sua exeqibilidade, j que em hiptese alguma poder ocorrer o comprometimento da misso e da operacionalidade de qualquer Organizao Militar.

    O Comando Militar de rea dever informar ao EME e DMB quando no estiver mantendo centralizada as DO de suas OM subordinadas e o motivo para esse procedimento.

    Os Estabelecimentos de Ensino, Depsitos de Suprimento, Depsitos de Subsistncia, Parques Regionais, Arsenais de Guerra, Tiros de Guerra, Contingentes e outras OM no operacionais, no disporo de DO.

    1.2 Conceito de Dotao de Munio Anual (DMA)

    a quantidade de munio necessria para a Organizao Militar desenvolver as atividades de instruo, adestramento e ensino( para os Estabelecimentos de Ensino), conforme previsto em Diretrizes de Instruo, Programas-Padro ,Diretrizes de Ensino e Currculos Escolares, no perodo de 01 (um) ano.

    - Inclui tambm, a munio necessria para a realizao do "Teste de Aptido de Tiro" (TAT);

    - Para a defesa do aquartelamento utilizar-se- a munio da DMA existente na OM destinada ao consumo do Ano A e, caso necessrio, complementada com a munio da DMA do Ano A+1, j distribuda pelas Regies Militares.

    - O clculo da DMA teve como parmetro o nmero de armas previstas nos Quadros de Dotao de Material (QDM) e a natureza das OM.

    1.3 Conceito de Dotao Especial de Munio (DEsp)

    a quantidade de munio para a OM atender s necessidades decorrentes de "SITUAES ESPECIAIS".

    So consideradas "SITUAES ESPECIAIS":

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 6

    - cerimnias diversas;

    - concurso de tiro;

    - demonstraes;

    - exerccios em campanha de nvel brigada ou superior.

    A "Dotao Especial de Munio" (DEsp) uma dotao regional. Por conter eventos variveis anualmente, as Regies Militares devero quantific-la a cada ano, enviando, atravs dos canais de comando, proposta consolidada das GU apoiadas, com justificativa de consumo, at o final do 3 Trimestre, para o Estado-Maior de Exrcito, de modo que este possa publicar a Portaria de Dotao.

    2. Normas Regulamentares Relativas Administrao de Munio

    2.1Boletim de Existncia de Munio: um boletim preenchido bimestralmente no qual consta todas as

    alteraes ocorridas no estoque de munio da OM.Normas para o preenchimento do Boletim de Existncia de

    Munio: (Manual anexo)

    2.2 Estojos vazios (Port 006 DMB, de 24 ago 94 e Bol R Res 10 de 31 Mai 94 e Adt nr 016 ao Bol R Res nr 12 de 30 Jun 08)

    Todas as OM devero recolher ao rgo provedor de apoio, atravs de uma Guia de Recolhimento, todos os estojos vazios dos diversos calibres utilizados na instruo, informando na guia o calibre e a quantidade a ser recolhida.

    As munies 9mm, .38, 7,62mm e .50, devero ser recolhidas por peso e as munies de Armt Pesado devero ser recolhidas por unidade. Em qualquer dos casos, os estojos devero ser recolhidos nos cunhetes originais e no mais curto prazo a fim de agilizar os trabalhos de recarga treino e de produo de tiros salva.

    Fica proibida a alienao, na rea da 3 RM, de estojos vazios dos diversos calibres de munio fornecida pela cadeia de suprimento.

    Obs: Percentuais de perda: Os percentuais de perdas de estojos vazios devero ser os menores

    possveis, admitindo-se os seguintes:

    - Exerccios de tiro em estandes: 5%

    - Exerccios de tiro no terreno: 10%

    - Exerccios de tiro no terreno com munio de festim: 50%

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 7

    2.3 Munio de Salva

    O CMS determina que todas as munies de salva fornecidas pela cadeia de suprimento devero estar hipotecadas e o fornecimento dever ocorrer mediante autorizao do CMS (Adt nr 031 ao Bol R Res nr 24, de 31 Dez 08).

    Munio de salva recomendao: A Diretoria de Suprimento recomenda que no deve ser realizada a montagem de tiros de salva em Corpos de Tropa, visando a segurana.

    2.4 Fornecimento de munio:

    O suprimento de munio poder ocorrer de duas formas:

    - Ordem de fornecimento automtico (O F A), via processamento automtico de dados (planejamento da Regio Militar), ou

    - Ordem de fornecimento especial, mediante pedido a RM.

    2.5 Recolhimento de munio para os Depsitos Regionais (3 BSup e 13 Cia DAM)

    Poder ser recolhida :- a munio classificada na Categoria D (Desempenho no

    satisfatrio), juntamente com a cpia do Bol R Res que publica o resultado do Exame Balstico.

    - atravs de Ordem de Recolhimento (expedida pela RM) para desmancho/destruio ou incluso na cadeia de suprimento; e

    - para Exames Qumico e Balstico de acordo com os anexos E, F e G da Portaria 061-EME-Res de 05 Jun 98.

    2.6 Recebimento e entrega de Sup Cl V: (Bol R Res n11, de 31 Jul 97 e Of n 012-SAM/3.2 Circ de 02 Mai 02 da 3 RM)

    Aps o recebimento da Ordem de Fornecimento, expedida pela Regio Militar, a OM dever entrar em contato com o rgo Provedor para o agendamento da apanha da munio.

    Para efetuar o fornecimento e recolhimento da munio OBRIGATRIA a presena de um oficial (cadastrado no rgo Provedor) e que o mesmo traga consigo um Oficio de Apresentao.

    ( proibido o transporte da munio classificada na Categoria E). Esta dever ser destruda na OM e confeccionado um Termo de Desmancho e Destruio (anexo) que ser remetido ao Cmdo da RM, conforme Manual Tcnico T9-1903.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 8

    2.7 Escolta de comboios: (Bol Res CMS nr 005, de 30 jun 97 e Bol R Res nr 11 de 31 Jul 97)

    COMBOIO DE SUPRIMENTO ESCOLTA

    At 2 Vtr de Suprimento01 Vtr com 01 GC de segurana,

    deslocando-se no intervalo das duas.

    De 3 a 6 Vtr de Suprimento02 Vtr, cada uma com 01 GC, uma

    frente e outra retaguarda do comboio

    Acima de 6 Vtr de SuprimentoSer regulado pela RM responsvel

    pelo transporte

    2.8 Inspeo Anual de Munio do Exrcito IAMEx (BE nr 010 de 31 Out 98 e Port 001-DMB-Res de 12 Out 98)

    - realizado no ms de dezembro;

    - Deve ser realizado em todas as OM;

    - Contagem fsica da munio;

    - Conferncia do estado de conservao e validade de exames;

    - Lanar todo o estoque no BEM 6 bimestre.

    3. Munies e Artifcios

    3.1 Munies

    Conceituao: Munies so corpos carregados com explosivos ou agentes qumicos destinados a produzir danos. Como munies tambm se entendem os tiros de exerccio e salva.

    Munio Qumica: todo e qualquer engenho de guerra que contenha agentes qumicos capazes de produzir txico, fumgeno e incendirio.

    3.1.1 Classificao:

    a. Quanto s Caractersticas:

    a.1 Munies de Armamento Leve - utilizada em revlveres, pistolas, carabinas, mosquetes, metralhadoras e fuzis metralhadoras.

    a.2 Munio de Armamento Pesado - Compreende rojes, granadas de morteiro e todos os tipos de granadas utilizadas em canhes e obuseiros.

    a.3 Munio de Arremesso - Granadas de mo e de bocal.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 9

    a.4 Minas Terrestres - Anticarro e antipessoal.a.5 Munio para armamento de alma lisa.

    b. Quanto a Organizao de seus Elementos:

    b.1 Encartuchada - Quando utiliza estojo para reunir o projtil aos elementos de projeo (carga de projeo, estopilha ou espoleta). A munio encartuchada pode ser:

    b.1.1 ENGASTADA - a que utiliza estojo preso, rigidamente, ao projetil.

    b.1.2 DESENGASTADA - a que utiliza o estojo separado do projetil, permitindo variar as cargas de projeo.

    b.2 Desencartuchada - a munio que no utiliza o estojo. Os elementos (projetil, carga de projeo e estopilha) so carregados separadamente na arma.

    c. Das Munies Qumicas:

    c.1 MUNIO TXICA - toda a munio qumica que, por sua ao txica, empregada como antipessoal.

    c.2 MUNIO FUMGENA - toda a munio qumica destinada a produzir fumaa ou neblina.

    c.3 MUNIO INCENDIRIA - toda a munio qumica que contm agentes destinado a provocar incndios.

    d. Quanto ao Emprego:

    d.1 Guerra:- Explosivas;- Perfurantes Explosivas;- Perfurantes,- De Balins;- Qumicas.

    d.2 Emprego Especial:- Exerccio;- Manejo;- Salva, Festim;- Iluminativas.

    3.1.2 Munies de Armamento Leve

    Cartucho o conjunto do projtil e os componentes necessrios para lan-lo, no disparo.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 10

    O cartucho contm um tubo oco, geralmente de metal, com um propelente no seu interior; em sua parte aberta fica preso o projtil e na sua base encontra-se o elemento de iniciao. Este tubo, chamado estojo, alm de unir mecanicamente as outras partes do cartucho, tem formato externo apropriado para que a arma possa realizar suas diversas operaes, como carregamento e disparo.

    O projtil uma massa, em geral de liga de chumbo, que arremessada a frente quando da detonao, a nica parte do cartucho que passa pelo cano da arma e atinge o alvo.

    Para arremessar o projtil necessria uma grande quantidade de energia, que obtida pelo propelente, durante sua queima. O propelente utilizado nos cartuchos a plvora, que, ao queimar, produz um grande volume de gases, gerando um aumento de presso no interior do estojo, suficiente para expelir o projtil.

    Como a plvora relativamente estvel, isto , sua queima s ocorre quando sujeita a certa quantidade de calor; o cartucho dispe de um elemento iniciador, que sensvel ao atrito e gera energia suficiente para dar incio queima do propelente. O elemento iniciador geralmente est contido dentro da espoleta. Componentes do cartucho

    Um cartucho completo composto de:

    1- Projtil2- Propelente3- Estojo4- Espoleta

    Para alguns usos especiais, o cartucho poder no conter um desses componentes, o caso da munio de manejo, que no contm plvora e espoleta. Outros exemplos so: cartuchos de festim (no possuem projtil) e cartuchos de treinamento (no tm plvora).

    a. ProjtilProjtil a parte do cartucho que ser lanada atravs do cano.

    O projtil pode ser dividido em trs partes:

    Ponta: parte superior do projtil, fica quase sempre exposta, fora do estojo;Corpo: cilndrico, geralmente contm canaletas destinadas a receber graxa ou para aumentar a fixao do projtil ao estojo.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 11

    Base: parte inferior do projtil, fica presa no estojo e est sujeita ao dos gases resultantes da queima da plvora.

    a.1 Projteis de ChumboComo o nome indica, so projteis construdos exclusivamente com

    ligas desse metal.Podem ser encontrados diversos tipos de projteis, destinados aos

    mais diversos usos, os quais podemos classificar de acordo com o tipo de ponta e tipo de base.

    Tipos de pontas:

    Ogival: uso geral, muito comum;

    Canto-vivo: uso exclusivo para tiro ao alvo; tem carga reduzida e perfura o papel de forma mais ntida;

    Semi canto-vivo: uso geral;

    Ogival ponta plana: uso geral; muito usado no tiro prtico (IPSC) por provocar menor nmero de "engasgos" com a pistola;

    Cone truncado: mesmo uso acima

    Semi-ogival: tambm muito usado em tiro prtico;

    Ponta oca: capaz de aumentar de dimetro ao atingir um alvo humano (expansivo), produzindo assim maior destruio de tecidos.

    a.2 Projteis encamisados

    So projteis construdos por um ncleo recoberto por uma capa externa chamada camisa ou jaqueta.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 12

    A camisa normalmente fabricada com ligas metlicas como: cobre e nquel; cobre, nquel e zinco; cobre e zinco; cobre, zinco e estanho ou ao.

    O ncleo constitudo geralmente de chumbo praticamente puro, conferindo o peso necessrio e um bom desempenho balstico.

    Os projteis encamisados podem ter sua capa externa aberta na base e fechada na ponta (projteis slidos) ou fechada na base e aberta na ponta (projteis expansivos).

    Os projteis slidos tm destinao militar, para defesa pessoal ou para competies esportivas. Destaca-se sua maior capacidade de penetrao e alcance.

    Os projteis expansivos destinam-se defesa pessoal, pois ao atingir um alvo humano capaz de amassar-se e aumentar seu dimetro, obtendo maior capacidade lesiva. Esse tipo de projtil teve seu uso proibido para fins militares pela Conveno de Genebra.

    Os projteis expansivos podem ser classificados em totalmente encamisados (a camisa recobre todo o corpo do projtil) e semi-encamisados (a camisa recobre parcialmente o corpo, deixando sua parte posterior exposta.

    a.3 Projteis de uso militar

    - Comum

    - Perfurante contm um ncleo de ao endurecido (ao cromo tungstnio ou ao mangans molibdnio), com um enchimento de chumbo na ogiva.

    - Perfurante incendiria contm um ncleo de ao endurecido e em vez de enchimento de metal na ogiva tem uma mistura incendiria.

    - Perfurante traante incendiria semelhante a anterior, possui na parte final do culote uma composio traante.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 13

    - Incendiria possui ncleo com mistura incendiria.

    - Traante ncleo de liga chumbo e antimnio uma

    composio traante retaguarda.

    b) Estojo

    O estojo o componente de unio mecnica do cartucho, apesar de no ser essencial ao disparo, j que algumas armas de fogo mais antigas dispensavam seu uso, trata-se de um componente indispensvel s armas modernas. O estojo possibilita que todos os componentes necessrios ao disparo fiquem unidos em uma pea, facilitando o manejo da arma e acelera o intervalo em cada disparo.

    Atualmente a maioria dos estojos so construdos em metais no-ferrosos, principalmente o lato (liga de cobre e zinco), mas tambm so encontrados estojos construdos com diversos tipos de materiais como plsticos (munio de treinamento e de espingardas), papelo (espingardas) e outros.

    A forma do estojo muito importante, pois as armas modernas so construdas de forma a aproveitar as suas caractersticas fsicas.

    Exemplo de estojo:

    1 - Culote - Possui as inscries de identificao, (Fbrica, lote, tipo de munio, calibre nominal ...);2 - Alojamento da espoleta;3 - Bigorna - (Somente nos estojos tipo Berdan), com o percussor, faz o esmagamento do alto explosivo iniciador existente na cpsula;4 - Evento(s) - Permite que a chama da cpsula atinja a carga de projeo5 - Gola - Aloja a garra do extrator.6 - Virola - Permite a extrao.7- Corpo - Seu formato (cilndrico ou tronco cnico) est totalmente ligado ao sistema de funcionamento da arma.8 - Gargalo - Faz a reduo cmara / cano.9 - Boca - Recebe e fixa o projetil.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 14

    Classificao:

    - Quanto forma do corpo:

    Cilndrico: o estojo mantm seu dimetro por toda sua extenso;

    Cnico: o estojo tem dimetro menor na boca, pouco comum; e

    Garrafa: o estojo tem um estrangulamento (gargalo).

    Os estojos tipo garrafa foram criados com a finalidade de conter grande quantidade de plvora, sem ser excessivamente longo ou ter um dimetro grande. Esta forma comumente encontrada em cartuchos de fuzis, que geram grande quantidade de energia e, muitas vezes, tm projteis de pequeno calibre.

    - Quanto aos tipos de base:

    Com aro: com ressalto na base (aro ou gola);Com semi-aro: com ressalto de pequenas propores e uma ranhura(virola);Sem aro: tem apenas a virola; eRebatido: A base tem dimetro menor que o corpo do estojo.

    A base do estojo importante para o processo de carregamento e extrao, sua forma determina o ponto de apoio do cartucho na cmara ou tambor (headspace), alm de possibilitar a ao do extrator sobre o estojo.

    - Quanto ao tipo de iniciao:

    Cabe ressaltar que, na prtica, no existe estojo totalmente cilndrico, sempre haver uma pequena conicidade para facilitar o processo de extrao.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 15

    Fogo Circular: A mistura detonante colocada no interior do estojo, dentro do aro, e detona quando este amassado pelo percursora

    Fogo Central: A mistura detonante est disposta em uma espoleta, fixada no centro da base do estojo.

    c) Espoleta

    A espoleta um recipiente que contm a mistura detonante e uma bigorna, utilizado em cartuchos de fogo central.

    A mistura detonante, um composto que queima com facilidade, bastando o atrito gerado pelo amassamento da espoleta contra a bigorna, provocada pelo percursor.

    A queima dessa mistura gera calor, que passa para o propelente, atravs de pequenos furos no estojo, chamados eventos.

    Os tipos mais comuns de espoletas so:

    Boxer: muito usada atualmente, tem a bigorna presa espoleta e se utiliza de apenas um evento central, facilitando o desespoletamento do estojo, na recarga.

    Berdan: utilizada principalmente em armas de uso militar, a bigorna um pequeno ressalto no centro da base do estojo estando a sua volta dois ou mais eventos; e

    Bateria: utilizada em cartuchos de caa, tem a bateria incorporada na espoleta de forma a ser impossvel cair, facilitando o processo de recarga do estojo.

    d) PropelentePropelente ou carga de projeo a fonte de energia qumica capaz de

    arremessar o projtil a frente, imprimindo-lhe grande velocidade.A energia produzida pelos gases resultantes da queima do

    propelente, que possuem volume muito maior que o slido original. O rpido aumento de volume de matria no interior do estojo gera grande presso para impulsionar o projtil.

    A queima do propelente no interior do estojo, apesar de mais lenta que a velocidade dos explosivos, gera presso suficiente para causar danos na arma, isso no ocorre porque o projtil se destaca e avana pelo cano, consumindo grande parte da energia produzida.

    Atualmente, o propelente usado nos cartuchos de armas de defesa a plvora qumica ou plvora sem fumaa. Desenvolvida no final do sculo passado, substituiu com grande eficincia a plvora negra, que hoje usada apenas em velhas armas de caa e rplicas para tiro esportivo. A plvora

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 16

    qumica produz pouca fumaa e muito menos resduos que a plvora negra, alm de ser capaz de gerar muito mais presso, com pequenas quantidades.

    Dois tipos de plvoras qumicas so utilizadas atualmente em cartuchos de armamento leve:

    Plvora de base simples: fabricada a base de nitrocelulose, gera menos calor durante a queima, aumentando a durabilidade da arma; e

    Plvora de base dupla: fabricada com nitrocelulose e nitroglicerina, tem maior contedo energtico.

    O uso de ambos tipos de plvora muito difundido e a munio de um mesmo calibre pode ser fabricada com um ou outro tipo.

    3.1.2 Munies de Armamento Leve (armt de alma lisa) Ex. Cal 12

    COMPONENTES:

    1 - Estojo. 2 - Espoleta. 3 - Carga de projeo. 4 - Bucha

    5 - Projetil ou projetis

    3.1.3 Munies de Arremesso

    a. Granadas de Mo um engenho de forma cilindro ogiva ou oval, munido de

    espoleta e carregado com uma carga explosiva ou qumica. Lanadas mo, destina-se a reforar o fogo das armas leves no combate aproximado, produzir cortinas de fumaa ou produzir efeitos especiais . So classificados em:

    - explosivos (defensivas ou ofensivas)

    - qumicas

    - de exerccio

    - lastradas

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 17

    Constituio:

    Corpo

    Carga

    Espoleta

    TIPOS:a. Granada de mo explosiva

    - Carregadas com alto explosivos, TNT ou composio B- defensivas agem pelo estilhaamento do invlucro- ofensivas agem pelo efeito da onda explosiva resultante

    da detonao de sua carga

    b. Granada de mo qumica

    c. Granada de mo iluminativas- Possui carga luminosa que acionada, ilumina a rea

    desejada.

    d. De exerccio- Contm pequena carga de plvora negra, de sinalizao,

    sendo usadas na instruo

    e. Lastrada- Inertes, destinam-se instruo.

    b. Granadas de Bocal

    DefinioSo projteis explosivos ou qumicos, dotados de uma carga

    interna e de um dispositivo de acionamento e so lanados por fuzil.

    Classificao: Antipessoal; Anticarro; Iluminativas; Exerccios (lastradas ou com carga de plvora negra).

  • (1) na munio desencartuchada, no se encontra estojo.(2) na munio perfurante (APDS, APFSDS) no se encontra espoleta.(3) na munio de salva no se encontra granada e espoleta.

    Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 18

    Constituio:

    (A) Corpo (B) Carga (C) Espoleta (D) Empenagem.

    3.1.4 Munies de Armamento Pesadoa . Classificao da munio de armamento pesado.

    a.1 Quanto colocao dos elementos;- encartuchada:

    - engastada- desengastada,

    - desencartuchada

    a.2 Quanto ao emprego:

    - Guerra - Explosivas- perfurantes explosivas- perfurantes- balins- qumicas

    - Emprego especial- Exerccios- Manejo- Salva- Iluminativas

    b. ComposioChama-se tiro, a munio completa para o tiro. Um tiro compe-

    se de:- Estojo- Estopilha- Carga de projeo- Granada- Espoleta

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 19

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 20

    c. Projteis

    c.1 Finalidade- O projtil macio uma massa capaz de causar algum dano,

    pelo impacto violento ou penetrao

    - Os projteis qumicos e explosivos so veculos que conduzem uma carga qumica ou explosiva.

    c.2 Constituio

    - Cinta de turgncia uma cinta polida, que tem calibre quase igual ao de arma ( menor).

    Vento a diferena entra o calibre da arma e o da cinta de turgncia.

    Batimento a trepidao de granada no interior do tubo, devido ao excesso de vento.

    - Cinta de foramento engraza-se nas raias da arma, proporcionando o movimento de rotao granada e fazer a obturao dos gases frente.

    d. Estopilhas - iniciam a cadeia explosiva da carga de projeo (inflamar diretamente a carga de projeo ou escorva). Podem ser: eltricos, frico, combinados- eltricos e frico e percusso.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 21

    e. Estojo (munio encartuchadas)

    e.1 Finalidade: Conter a carga de projeo e fazer a obturao das cmara.

    e.2 Construo: So feitos de ao ou lato e fabricados pelo processo de estiramento. So protegidos interna e externamente por verniz.

    e.3 Vantagens na utilizao do estojo- rapidez de tiro- obturao pelo estojo]

    e.4 Desvantagens da utilizao dos estojos- requer aparelho extrator- alto custo de fabricao- acmulo junto a pea durante o tiro

    e.5 Formato- cilndrico- tronco cnico

    e.6 Constituio

    - gola A- gargalo B- externamente ombro C- corpo D- virola E- culote F- internamente cmara G- alojamento estopilha H

    e.7 Estudo das partes do estojo- Gargalo: Encontra-se sulcos para fixao do projtil. Pode no

    existir gargalo caso os estojos sejam cilndricos.- Corpo: Na munio dos canhes sem recuo perfurado para

    escapamento de gases.- Culote inscries e gravaes.

    fabricante ano lote calibre modelo emprego- alojamento da estopilha: com rosca ou no.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 22

    - Virola tipos:

    f. Munio dos Obuseiros de Campanha- Obus 105 mm (munio nacional)

    Encartuchada, desengastada, de carga de projeo varivel.

    - Obus 155 mm (munio nacional)Desencartuchada, de carga de projeo varivel.

    g. Munio dos Canhes sem Recuo- Encartuchada, engastada de carga de projeo nica

    Possui um pr-raiamento na cinta de foramento o que permite a utilizao de uma presso de cmara mais baixa o que possibilita a utilizao de cmara e tubos de paredes menos espessas. Os estojos de ao so perfurados. A fim de proteger a carga de projeo e evitar sua perda atravs dos seus orifcios, o estojo possui um invlucro interno de papel ou de plstico flexvel.

    As perfuraes no estojo permitem que o gs escape para a cmara onde sua fora usada para eliminar o recuo.

    h. Munio para Canhes antiareos- Munio 35 mm Oerlinkon.

    Grande quantidade de explosivos de grande potncia, trajetria tensa, grande velocidade de impacto, grande poder de penetrao, autodestruio do projtil. Se no atingir o alvo dentro de determinao durao de trajeto a auto destruio ocorre.

    - Munio 40 mm AE AeGranada explosiva com espoleta de percusso, carga luminosa e

    dispositivo de autodestruio. Espoletas de proximidade utilizando radares.

    i. Munio para MorteirosMunio de morteiros:

    Carga de projeo constituda de suplementos de plvoras que permitem variar o alcance de tiro; EOP: espoleta (de ogiva); Reforador (detonador); Cartucho de projeo; Suplemento. Possui empenagem.

    Tipos de granadas : Granadas de alto explosivo, qumicas, fumgenas, iluminativas, exerccio, manejo e inertes.

    j. Munio de carros de CombateEncartuchadas, engastada, com carga de projeo fixa. Rotao e

    empenagem. Tipo: HEAT; HE-T SMOKE; HESH-T (cabea esmagvel).

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 23

    3.2 ArtifciosConceituao: So engenhos destinados a produzir efeitos visuais ou

    auditivos, ou ainda provocar a inflamao ou detonao de explosivos.

    Classificao:Iniciadores destinados inflamao ou detonao

    Pirotcnicos so os que produzem efeitos luminosos, fumgenos e incendirios.

    3.2.1 Artifcios Iniciadores

    a. Estopim comum/hidrulico: - Iniciao de carga explosivas, ncleo de plvoras negra, velocidade

    de queima: 1 m em 90 Seg.

    b. Cordel detonanteDetonao de petardos e cargas explosivas, ncleo (branco) contendo o explosivo reforador (nitropenta).

    c. Espoleta comum

    Detonao instantnea de carga explosivas em geral.

    d. Espoleta eltrica: shunt

    Carga detonadora

    (Nitropenta)

    Carga iniciadora (sensvel chama)

    Tubo de alumnio

    Orifcio para introduo do estopim

    Carga detonadora

    Tubo de alumnio

    Carga iniciadora FilamentoComposio prova dgua

    Extremidade estriada

    Condutores eltricos

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 24

    3.2.2 Artifcios Pirotcnicos - So corpos que produzem efeitos luminosos, fumgenas e incendirios.

    3.3 Tabelas de nomenclatura, abreviaturas e cdigos de cores empregados em munio.

    Relao das Abreviaturas mais usadas nas Munies.

    API Perfurante Incendiria G Canhes AC Anticarro G CP Grande CapacidadeAP Antipessoal GA Tabum A Modificao GB Sarim

    APC Perfurante Coifada GB SomamEOP Espoleta de Ogiva de Percusso GR Granada Tsq Tempo e Supersensvel AMP Ampola H Obuses AP Perfurante H Mostarda

    ARM SIM Artifcio Simulado HD Mostarda DestiladaAZL Azul HE ALTO Explosivo ( Usa )

    APC-T Perfurante Coifada com Traante HEAT ALTO Explosivo AnticarroAT Anticarro HEI Auto Explosivo AnticarroAA Arma Automtica HEP Auto Explosivo Plstico

    AMRL Amarelo HIDRL HidrulicoAE Auto Explosivo HVAP Supervelocidade Anticarro

    ART Artifcio IGN IgnioBE Ejeo no Culote ILM IluminativaBD Detonao no Culote INC IncendiriaAG Agente INE InerteBO Bocal INST Instantnea

    BRNC Branco INST InstruoBP Plvora Negra LAC LacrimogneaBJ Bujo LAM Lmina

    Cartridge Cartucho LMT LanamentoCA Carabina LST LastradaC N Cloroacetofenona M Morteiro

    CG 0 Carga Zero M ModeloORD Cordel M MetroCAR Cartucho MM MilmetroCLR Claro MN MinaCG Fosgnio MNJ Manejo

    COMP B Composio B MT Mecnica de TempoCG Carga MTSQ Mecnica de Tempo Supersensvel

    CG PRJ Carga de Projeo OFS OfensivaDEMO Demolio PF Perfurante

    CM Comum PD Detonao na Ogiva EC Espoleta de Culote PET Petardo

    DEPRS Descompresso PI Iniciao Na Ogiva CP N Capacidade Normal PIBD Iniciao na Ogiva de DetonaoCPS Cpsula PRJ ProjeoDET Detonador PRS PressoDEF Defensiva PV AG Plvora Dgua

    EODE Espoleta de Ogiva de Duplo Efeito S/R Canho Sem Recuo ETJ Estojo SIM GR Simulacro de GranadaEOT Espoleta de Ogiva de Tempo SLV SalvaEPIM Estopim SPMLT Suplemento

    EOINE Espoleta de Ogiva Inerte SUP SuperENOTH Encartuchada SUP CG Super Carga

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 25

    FS Fosgnio TB FUM Tubo FumgenoELTR Eltrica TIR TiroEXC Exerccio TJL Tijolo

    FRAG Fragmentao TNT TrotilEOFS Espoleta de Ogiva Falsa TOX TxicoETPLH Estopilha TP Exerccio

    ESP Especial TR TraanteFT Festim TR Trao

    EPLT Espoleta VD VerdeFUM Fumgeno VLT VioletaFUSE Espoleta VRML VermelhoFR Frico WP Fsforo Branco

    Pintura e Inscries da Munio Norte Americana

    MUNIO FABRICAO ANTIGA FABRICAO RECENTE

    ALTO EXPLOSIVA VERDE - OLIVA C \ RISCO AMARELO VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO

    ALTO EXPLOSIVO ANTICARRO VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO PRETO C/ RISCO AMARELO

    ALTO EXPLOSIVA PLSTICA(Acima de 40mm) VERDE - OLIVA C/ RISCO AMARELO

    VERDE - OLIVA C/ FAIXA PRETA E RISCO AMARELO

    FUMGENA (exceto fsforo branco ou fsforo branco plastificado)

    CINZA C/ FAIXA E RISCO AMARELO VERDE - CLARO COM RISCO PRETO

    FUMGENA (Fsforo Branco ou Fsforo Branco plstico) CINZA C/ FAIXA E RISCO AMARELO

    VERDE - CLARO C/ RISCO PRETO

    ILUMINATIVA CINZA C/ FAIXA E RISCO BRANCO BRANCO C/ RISCO PRETO

    GRANADA ILUMINATIVA COM CARGAS SEPARADAS CINZA C/ FAIXA E RISCO BRANCO

    VERDE - OLIVA C/ FAIXA E RISCO BRANCO

    EXERCCIO C/ OU S/ CARGA EXPLOSIVA AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO AZUL COM RISCO BRANCO

    EXRCCIO C/ ALTO EXPLOSIVO AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO

    AZUL C/ FAIXA AMARELA E RISCO BRANCO

    EXERCCIO C/ BAIXO EXPLOSIVO AZUL OU PRETO C/ RISCO BRANCO

    AZUL C/ FAIXAS MARROM E RISCO BRANCO

    QUMICA

    AGENTE TXICO NO PERSISTENTE CINZA C/ FAIXA E RISCO VERDE

    CINZA C/ FAIXA E RISCO VERDE (uma faixa amarela p/

    carga de arrebentamento)

    AGENTE IRRITANTE PERSISTENTE

    CINZA C/ DUAS FAIXAS E RISCO VERMELHO

    CINZA C/ DUAS FAIXAS E RISCO VERMELHO(uma faixa

    amarela p/ carga de arrebentamento

    AGENTE IRRITANTE NO PERSISTENTE CINZA C/ FAIXA E RISCO VERMELHO

    CINZA C/ FAIXA E RISCO VERMELHO (uma faixa p/ carga de arrebentamento)

    AGENTE S DAS SRIESG e V

    CINZA C/ UMA FAIXA VERDE P/ G E DUAS P/ V E RISCO VERDE

    CINZA C/ TRS FAIXAS E RISCO VERDE (UMA FAIXA AMARELA PARA CARGA DE

    ARREBENTAMENTO)PERFURANTE E PERFURANTE C/ FALSO CORPO C/ OU SEM CARGA

    PRETO COM RISCO BRANCO PRETO COM RISCO BRANCO

    PERFURANTE C/ ALTOEXPLOSIVO PRETO C/ RISCO AMARELO PRETO C/ RISCO AMERELO

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 26

    GRANADA ANTIPESSOAL PRETO C/ RISCO BRANCOVERDE-OLIVA C/ FAIXA

    AMARELA, RISCO BRANCO E DIAMANTES BRANCOS

    PORTA BALINS C/ BALOTES PRETO C/ RISCO BRANCO VERDE - OLIVA C/ RISCO BRANCO

    PORTA FLECHETAS PRETO C/ RISCO BRANCO VERDE - OLIVA C/ RISCO E DIAMAN -TES TES BRANCOS

    MANEJO PRETO OU AZUL C/ RISCO BRANCO BRONZE C/ RISCO BRANCO

    Cdigo de cores da Munio Brasileira

    ELEMENTOS CORPINTURA DA GRANADA INSCRIES E MARCAGRANADA EXPLOSIVA VERDE OLIVA AMARELAS

    GRANADAS EXPLOSIVAS VERDE OLIVA AMARELAS

    GRANADAS PERFURANTES E EXPLOSIVAS VERDE - OLIVA AMARELAS

    GRANADAS PERFURANTES COIFADAS(Granadas perfurantes sem explosivos) PRETA BRANCAS

    GRANADA PERFURANTE PRETA BRANCAS

    GRANADAS QUMICAS COM AGENTES TXICOS CINZA VERDES

    GRANADAS ILUMINATIVAS CINZA BRANCAS

    GRANADAS QUMICAS COM AGENTES IRRITANTES CINZA

    VERMELHAS(vermelha carmim)

    GRANADAS FUMGENASExceto as de fsforo branco (WP e PWP) VERDE - CLARA PRETAS

    GRANADAS FUMGENAS DE FSFORO BRANCO VERMELHA - CLARA PRETAS

    GRANADAS INCENDIRIAS VERMELHA - CLARA PRETAS

    GRANADAS DE EXERCCIO AZUL PRETAS

    GRANADAS DE MANEJOAMARELA (na ogiva)

    PRETA (no corpo e culote)

    BRANCAS

    GRANADAS DE MO DEFENSIVAS VERDE - OLIVA AMARELAS

    GRANADAS DE MO OFENSIVAS ALUMNIO PRETAS

    GRANADAS DE MO LACRIMOGNEAS CINZA VERMELHAS(Vermelha carmim)

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 27

    4. Medidas de Segurana e Conservao

    4.1. Depsitos e Paiis:

    Definies:

    a. Depsito de munio: o conjunto de instalaes dotadas de meios destinados a receber munies, mant-las estocadas em condies satisfatrias de conservao e segurana.

    b. rea de paiis e armazns: o local destinado a localizao dos paiis e armazns.

    c. rea de desmancho e destruio: Local afastado do aquartelamento destinado a execuo da atividade de desmancho e destruio de munio.

    d. rea de aquartelamento: rea onde se encontram as dependncias da unidade ou Subunidade.

    e. rea residencial: rea onde se encontram as residncias destinadas aos militares da unidade ou Subunidade.

    f. Depsito de Unidade: aquele destinado a estocar as dotaes orgnicas e de instruo de uma unidade, estabelecimento ou repartio militar.

    g. Depsito de Guarnio: aquele destinado a atender s necessidades das organizaes militares de uma guarnio.

    h. Depsito Regional: destinado a atender s necessidades das OM sediadas no territrio da regio.

    i. Depsito Central: destinado a suprir as necessidades em todo o territrio nacional. Sua administrao da responsabilidade da Diretoria de Suprimento.

    j. Paiol de munio: construo especial destinada estocagem prolongada de munies em timas condies de conservao e segurana. Os paiis de munio podem ser:

    - Cobertos de terra: Tm estrutura, paredes e teto de concreto armado ou de outro material que oferea as mesmas condies de resistncia e so cobertos por uma camada de terra com espessura mnima de 60 cm que, no s serve como proteo

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 28

    contra fragmentos oriundos de exploses externas, mas tambm capaz de conservar a temperatura interior mais uniforme. Podero Ter ou no trincheiras frente sua entrada;

    - No cobertos de terra: A uniformidade da temperatura interna conseguida atravs de paredes e cobertura projetadas especialmente para esse fim, as paredes so duplas de alvenaria e os espaos entre elas e entre o telhado e o forro so ventilados.

    - Tanques de plvora: So construes que se assemelham a tanques de gua e que se destinam guarda, por tempo indeterminado, da plvora envelhecida ou em condies precrias de conservao, destinada a posterior recuperao da matria prima.

    - Armazm de munio: Construo comum que se destina guarda de munio quando a previso de estocagem no excede a um ano. Dadas as caractersticas no especializadas de sua construo, no oferece proteo muito eficiente contra as variaes de temperatura e umidade e por isso, deve-se Ter ateno redobrada na inspeo dos materiais nele estocados.

    4.2. Princpios geraisA maioria dos acidentes com munio causada por

    circunstncias perfeitamente evitveis como: a) Inobservncia dos princpios bsicos de segurana relativos aos

    locais onde so manuseados e estocados esses materiais.b) Desrespeito as instrues relativas ao manuseio e estocagem,

    motivado pelo excesso de confiana ou pelo desconhecimento das normas preconizadas neste manual;

    c) Inobservncia dos perodos de inspeo e exames de estabilidade;

    d) Emprego de pessoal no habilitado;e) Inobservncia as medidas de preveno contra incndio;f) A obedincia aos trs princpios bsicos de segurana (o

    respeito as regras de manuseio e trato do material explosivo no s reduziro as probabilidades de ocorrncia de acidentes, como tambm limitaro seus efeitos;

    g) de suma importncia, portanto, que o pessoal que trabalha com munies seja convenientemente instrudo;

    h) Uma atitude calma e consciente fator importante que completa as regras de segurana. Indivduos extremamente nervosos no so indicados para lidar com explosivos sensveis;

    i) Choques bruscos, descuidos, utilizao de equipamento deficiente ou inadequado podem provocar os mais diversos tipos de acidentes no manuseio de munies;

    j) Os explosivos, alm do perigo natural que oferecem, ainda podem apresentar o de intoxicao quando inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele;

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 29

    l) A inalao de p ou de vapores dos nitrocompostos, como o TNT, o cido pcrico e o totril podem provocar resultados fatais;

    m) Os efeitos causados pelo contato de explosivos com a pele variam desde, uma simples descolorao da epiderme at uma dermatite e de uma simples dor de cabea at o envenenamento;

    n) Por isso, e tambm por serem inflamveis as misturas de poeiras de explosivos com o ar, os explosivos devem ser manuseados em locais bem ventilados;

    o) Ao manusear explosivos, as mos devem estar bem secas, porque a umidade facilita a absoro atravs da pele. Ao trmino do trabalho, as mos devem lavadas com um solvente apropriado, como seja, uma soluo aquosa de sulfito de sdio a cerca de 2% e, depois, com gua e sabo;

    p) Quanto mais sensvel for o explosivo, tanto menor dever ser a quantidade manipulada de cada vez e maiores as precaues a tomar, a fim de reduzir ao mnimo os danos em caso de exploso acidental. Deve-se ter em mente que sensibilidade uma caracterstica que acarreta a iniciao por qualquer fonte de energia aplicada, seja por atrito, compresso, choque, calor, meios mecnicos diversos, meios qumicos ou eltricos;

    q) As munies e os artifcios podem explodir espontaneamente, devido decomposio das plvoras ou dos explosivos com que so carregados.

    4.3. Cuidados com o pessoala) As munies devem ser manuseadas sob a superviso direta de

    pessoa competente.b) Todo aquele que trabalha com munio deve ter sempre em

    mente que a sua prpria segurana, bem a de outros, depende dos cuidados dispensados no trato a estes materiais.

    c) O pessoal empregado no manuseio da munio no deve mexer em seus componentes nem fazer experincias com os mesmos sem que seja devidamente autorizado.

    d) Toda lama ou areia deve ser removida dos calados antes de se entrar em locais onde se houver explosivos ou munies.

    e) Sapatos apropriados devem ser usados nos locais onde houver explosivos expostos pois que inflamam por descarga de eletricidade esttica, devido ao atrito ou choque.

    f) O estado fsico e mental do pessoal que manuseia materiais explosivos deve constituir preocupao constante por parte dos responsveis pelos depsitos de munies. Demonstraes peridicas devem ser realizadas com finalidade de mostrar os efeitos de uma exploso, e alertar sobre os riscos a que esto sujeitos pelo excesso de confiana adquiridas com a rotina de trabalho ou pela inobservncia das regras de segurana.

    4.4. Manuseio dos explosivos e munies

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 30

    a) O manuseio das munies deve ser sempre conduzido de forma a limitar ao menor nmero possvel o pessoal exposto, bem como reduzir a quantidade material perigoso a ser manuseado de cada vez.

    b) proibido fumar, acender fsforos ou isqueiros nas reas em que operem com munies.

    c) No interior ou nas proximidades dos paiis no permitida a utilizao de empilhadeiras. As munies devem ser transportadas a brao, podendo ser empregados meios auxiliares de madeira ou de outro material que no possa produzir fasca. Tambm vedado o emprego de ganchos de metal para suspender cunhetes de munio.

    d) As munies devem ser manuseadas cuidadosamente. Os cunhetes no podem ser empurrados, arrastados, rolados ou lanados uns sobre os outros.

    e) Ferramentas ou equipamentos cujas partes de metal sejam capazes de produzir fascas no podem ser utilizadas no manuseio dos explosivos.

    f) As ferramentas empregadas na abertura, conserto ou fechamento dos cunhetes devem ser de madeira, bronze chumbo ou ligas de berilo que, sob condies normais, no produzem fascas. mesmo assim, tais operaes s podem ser executadas fora dos paiis ou armazns, obedecida a distncia de segurana prescrita neste manual.

    g) Espoletas, iniciadores, reformadores e detonadores, mesmo quando convenientemente embalados, devem ser manuseados com especial cuidado por serem extremamente sensveis ao choque e ao atrito.

    h) As granadas desengastadas podero ser roladas desde que suas cintas estejam protegidas, exceto quando estas granadas tiverem espoletas de culote ou de ogiva, porque elas podero armar-se.

    i) Tarugos de madeira ou de plstico ou de outros meios de vedao devem ser usados para proteger os explosivos contidos nos elementos de munies, durante o seu transporte.

    j) Quando as munies carregadas com alto-explosivos possurem as paredes delgadas, especial cuidado exigido no seu manuseio a fim de evitar mossas em suas paredes.

    l) Sendo necessrio retirar temporariamente os cunhetes dos paiis de munies, estes devero ser protegidos por materiais refratrios e dispostos de forma a permitir livre circulao de ar entre as pilhas.

    m) Munies no devem ficar expostas ao tempo ou umidade, nem ficar sob a ao direta dos raios solares por perodo maior do que o absolutamente necessrio ao transporte.

    n) Nenhuma munio pode ser desmanchada, modificada, recondicionada ou recuperada dentro da rea dos paiis, salvo em locais especialmente construdos e destinados para tal fim.

    o) Se algum explosivo vier a ser derramado ou extravasar por fendas de seu invlucro, o trabalho que estiver sendo realizado deve ser interrompido at que o explosivo tenha sido removido e o local lavado e dessensibilizado.

    p) Viaturas ou empilhadeiras movidas a gasolina no devem ser utilizadas no transporte de explosivos expostos.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 31

    q) No interior de armazns, o uso de empilhadeiras fica condicionado as seguintes normas de segurana.

    (1) A empilhadeira deve ser eltrica com proteo blindada nas baterias ou, preferencialmente a gs, por ser mais econmico e adaptvel ao motor a exploso, desde que o recipiente de gs (bujo) seja tambm protegido.

    (2) Deve ser usada, apenas, uma empilhadeira em cada armazm, necessria e suficiente realizao do empilhamento.

    (3) Antes de a empilhadeira iniciar a operao nos armazns, devero ser realizados inspees nos cabos das baterias das empilhadeiras eltricas (cabos apertados nos bornes) ou na tubulao e no bujo de gs (verificao de vazamento).

    (4) Deve ser verificado o perfeito funcionamento da empilhadeira, antes da sua entrada no armazm (aquecer o motor, testar o sistema de elevao, verificar a posio e o funcionamento dos garfos).

    (5) proibido realizar depanagem no interior do armazm.(6) A munio dever estar cuidadosamente disposta em

    paletes, para evitar eventuais quedas.(7) A empilhadeira no deve permanecer, em hiptese

    alguma, em local de depsito de munio, devendo ser retirada logo aps a sua utilizao no armazm.

    (8) Como medida de segurana adicional, dever-se- revestir os braos e pra-choques das empilhadeiras com borracha, ou material semelhante evitando-se desta forma, a formao de fascas resultantes de atritos com o cho do armazm.

    (9) As empilhadeiras s podem ser operadas por profissionais habilitados que podero ser formados pela prpria OM, j que o seu manuseio no apresenta grande dificuldades.

    (10) Deve ser previsto, obrigatoriamente, um auxiliar para orientar o operador nas manobras com empilhadeiras.

    (11) Devem ser seguidas rigorosamente as regras bsicas de segurana na operao com empilhadeiras, de acordo com o tipo das mesmas, constantes dos manuais fornecidos pelo fabricante.

    4.5. Medidas de segurana relativas s espoletas:

    a) No deixar as espoletas ou explosivos expostos aos raios diretos do sol ou a qualquer outra fonte de calor. O calor faz com que o explosivo da espoleta fique mais sensvel, tornado assim mais perigoso de ser manuseado.

    b) No transportar espoletas nos bolsos;c) No retirar as espoletas da caixa, utilizando arame, prego ou

    instrumento semelhante.d) No bater, nem experimentar de outra forma uma espoleta.e) No estriar as espoletas com dentes ou faca. Usar o alicate de

    estriar.As espoletas so extremamente sensveis e explodem quando no

    so manejadas com o devido cuidado.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 32

    Devem ser protegidas contra o choque e calor elevado e no devem sofrer presses fortes. Nunca devem ser armazenadas juntamente com outros explosivos. S devem ser transportadas numa mesma viatura com outros explosivos. S devem ser transportadas numa viatura com explosivos, em casos de emergncia.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 33

    4.6 Preveno contra incndio

    Embora no seja o fogo o elemento mais perigoso, conforme propagam, , entretanto, a causa iniciadora mais comum. Os incndios so motivados principalmente por:

    a.Deteriorao da munio, plvora, explosivo ou artifcio;

    b.Centelhas;

    c.Eletricidade esttica;

    d.Raios;

    e.Cabos eltricos;

    f. Motores.

    A falta de instruo do pessoal, a negligncia, a inobservncia das instrues e precaues para o manuseio de munies so causas freqentes de acidentes que podem provocar incndios ou exploses. O desrespeito mais comum s regras de segurana a utilizao de fsforos e cigarros na rea de paiis e o descaso no trato com munies e explosivos, particularmente granadas e espoletas. O conhecimento das causas mais comuns provocadoras de incndio permitir aos responsveis pelos paiis tomar as devidas precaues, atendendo sempre s medidas de segurana. O perigo de incndio e a intensidade com que este se desenvolve varia com a natureza do material considerado. Certos explosivos detonam ou explodem imediatamente ao contato de uma centelha ou de uma chama, enquanto outros queimam, ora lenta, ora rapidamente. Entre esses, alguns passam a ter comportamento explosivo quando a quantidade envolvida for grande.

    Devero ser observadas as seguintes medidas gerais:a. Manter uma faixa de terreno limpo com a largura mnima de 20 m;b. Treinar intensamente um efetivo na instruo de combate a

    incndio;c. Instalar hidrantes afastados de 15 a 20 metros de cada paiol;d. Prover viaturas equipadas com material contra incndio, bombas

    para jato de gua ou de areia e, se possvel, com depsito de gua ou de areia. Essas viaturas devero estar capacitadas ao transporte rpido do pessoal habilitado;

    e. Prover caixas de areia, baldes, ps, enxadas, foices, machados, ancinhos e outras ferramentas, guardadas em locais conhecidos por todos que trabalhem na preveno contra incndio;

    f. Proibir a entrada de pessoas, mesmo autoridades, conduzindo armas, fsforos, isqueiros, materiais inflamveis ou capazes de produzir centelha;

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 34

    g. Proibir, a pessoas que no estejam caladas com sapatos de sola de borracha ou cordas, a entrada nos paiis de munio ou edificaes onde haja a presena de mistos fulminantes, plvora mecnica e outros materiais de fcil iniciao. Nos que contenham outros materiais, ser exigida a limpeza dos ps no capacho;

    h. Em todos os casos de incndio, aquele que pressentir qualquer fumaa oriunda dos paiis de munio ou construes fechadas, dever dar alarme imediato, no sendo necessrio seu ingresso no interior daquelas edificaes para constatar a causa da fumaa. Se o fogo for pressentido nas adjacncias do paiol de munio ou edificao, aquele que o observar dever, imediatamente, tomar todas as providncias, usando os meios disponveis para extinguir o fogo; somente dar o alarme quando verificar ser impossvel controlar ou extinguir o fogo. Se o incndio for pressentido em edificao onde haja pessoal trabalhando, dever serdado o alarme, previamente convencionado, para a evacuao do prdio; ento, uma equipe j treinada entre os operrios tomar as primeiras providncias para debelar o fogo, somente dando o alarme geral quando houver impossibilidade de domin-lo;

    i. Sempre ser dado o alarme quando estiver incendiando elementos das classes representadas pelo smbolo (1). Em todos os casos, a ao ter que ser rpida, e o pessoal eficientemente treinado para o uso dos meios adequados ao combate a incndio de conformidade com o material envolvido.

    j. Manter consigo uma cpia atualizada do plano de combate a incndio da unidade que contenha os principais procedimentos pela equipe de combate no caso de fogo no paiol e nas proximidades.

    k. Fazer resfriamento do paiol sempre que a temperatura interna seja maior que 30 e conforme o tipo de explosivo.

    4.7 Escriturao do paiol

    Os paiis de munio devero possuir em seu interior os seguintes documentos em seu interior, tanto para controle quanto para o seu preenchimento dirio: (T9-1903 anexo B Captulo 06 pg n 89).

    - Livro Estoque de Munio;

    - Livro de ocorrncia;

    - Livro das condies meteorolgicas.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 35

    5. Provas e Exames

    5.1 FinalidadeAs provas e exames tm por finalidade determinar o estado de

    conservao das munies, explosivos e artifcios, permitindo, em qualquer poca, retir-lo de uso antes que suas condies anormais ofeream graves perigos no armazenamento ou no emprego. Especialmente as plvoras qumicas, esto sujeito a um processo de decomposio logo aps a fabricao, processo esse e acelerado por influncia do calor e da umidade.

    Essa decomposio mais acentuada nas plvoras de BASE DUPLA do que nas de BASE SIMPLES, e naquelas, seu crescimento diretamente proporcional percentagem de nitroglicerina nelas encerradas. Os produtos da decomposio, em presena da umidade do ar, formam cidos de outros compostos que aceleram a deteriorao da plvora. Essa decomposio pode provocar combusto espontnea, sendo, portanto perigosa e prejudicial existncia de explosivos nessas condies. H necessidade de PROVAS e exames peridicos, para verificar-se o estado atual das plvoras e caracterizar a estabilidade dos mesmos. As provas sero feitas nos prprios depsitos e os exames, em laboratrios regionais especializados, ou outros devidamente autorizados pelo rgo competente.

    5.2 Categoria da MuniesAs munies, explosivos e artifcios so classificados nas

    seguintes categorias:

    Categoria A: Com data de fabricao inferior ou igual a 10 anos;

    Categoria B: Com data de fabricao entre 11 e 15 anos;

    Categoria C: Com data de fabricao superior ou igual a 15 anos (Exame Qumico BOM ou REGULAR e Prova de Valor Balstico SATISFATRIO) ou, com qualquer data de fabricao e Exame de Estabilidade Qumica REGULAR e Prova de Valor Balstico SATISFATRIO;

    Observaes: - aps 15 anos de fabricao, toda vez que a munio realizar Exame de Estabilidade Qumica, se satisfatrio o resultado, realizar tambm a Prova de Valor Balstico;

    - a munio classificada nesta categoria com: Exame de Estabilidade Qumica BOA pode ser utilizada para instruo mesmo antes de receber o resultado da Prova de Valor Balstico.

    Categoria D: Com qualquer data de fabricao, Exame de Estabilidade Qumica BOA ou REGULAR e Prova de Valor Balstico INSATISFATRIO, tornando-se assim, imprestvel para fins militares;

    Categoria E: Com qualquer data de fabricao e Exame de Estabilidade Qumica M. Neste caso, torna-se desnecessria a Prova de Valor Balstico (esta munio deve ser destruda).

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 36

    5.3 Procedimentos de tomada de Amostras

    Para se remeter uma amostra de Exame Qumico ou Prova Balstica, necessrio observar alguns detalhes especiais:

    a) Validade do Exame: faz-se necessrio observar a data de execuo ou revalidao do Exame para no deixar a munio, explosivo ou artifcio em uso suspenso, ou seja, remete-la antes de vencer quela.

    b) Datas de recebimento diferentes: quando se possui fraes de mesmo lote, com datas de recebimento diferentes, deve-se remeter uma amostra de cada frao para realizao de Provas ou Exames;

    c) Antecipao de remessa de amostra: para viabilizar a realizao do Exame em tempo hbil, faz-se necessrio o envio da amostra com antecipao de pelo menos 3 (trs) meses;

    d) Ficha de encaminhamento: necessrio o envio da Ficha de encaminhamento junto amostra para ser observado peculiaridades sobre quele material a ser examinado;

    e) Recolhimento de amostra sem quantidade mnima de estoque: ao recolher uma amostra, precisa ser observada a quantidade mnima que se deve ter para realizao das Provas ou Exames, pois sem essa, torna-se invivel a execuo dos mesmos.

    5.4 Periodicidade de Exames

    Para realizao das Provas e Exames, deve-se observar a periodicidade especfica de cada material:

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 37

    ANEXO E (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98)

    Periodicidades dos exames qumicos e balsticosde explosivos, munies e artifcios

    Material 1 fase Demais exames Obs

    Cargas de projeo de munies cinco anos aps fabricadas de dois em dois anos I

    Cargas de projeo de Rj e Mrt um ano aps fabricadascinco anos aps 1 exame;aps, anualmente II

    Dinamites Trimestralmente desaconselhvel a estocagem por mais de 2 anos -

    Altos explosivos cinco anos apsfabricados de dois em dois anos III

    Detonadores, reforadores, cpsulas, acionadores, e espoletas

    dez anos aps fabricados de cinco em cinco anos IV

    Artifcios Piro, Lac eFumgenos

    cinco anos apsfabricados de dois em dois anos IV

    Epim Hidrl, algodoplvora e nitrocelulo-se

    aps dois anos defabricados semestralmente -

    Simulacro de granadas dois anos apsfabricao anualmente V

    Projetis de Artilharia e canhes, petardos, Gr Mrt e Gr M com trotil

    aps 5 anos de fabri-cado, por inspeo direta para ver se h exsudao; caso positivo, info UU RM

    de dois em dois anos. Se houver exsudao informar UU RM

    -

    OBSERVAES:I - Incluem-se nestes itens as cargas de projeo das seguintes

    munies: Car 7,62, Car 9mm, Car .50, Tiro 105, Tiro 155, Tiro 75, Car 5,56, Car .22, Car .30, car .38, Car 12 VELOX PB, Tiro 40, Tiro 57, Tiro 60, Tiro 75 SALVA, Tiro 90,Tiro 106.

    II - Incluem-se neste itens:Car 60 CG "O", SPLMT 60, Car 81 CG "O", SPLMT 81, CAR IGN 4.2,

    CG PRJC 4.2, Car 120 CG "O", CG PRJC 20, RJ 2.36, RJ 3.5.

    III- Incluem-se neste item: cordel detonante, minas auto-explosivas, e outros elementos base de altos explosivos (granadas 105, 106, 90, 155, 81, 60).

    IV - Os elementos deste item no tero exames qumicos, mas apenas exames de emprego prtico (balstico) no Campo de Prova de Marambaia.

    V - Os simulacros sero submetidos a exames prticos no Dep Reg de acordo com o Of n 149 S/1 - Circ DAM, de 11 Ago 84.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 38

    ANEXO G (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98)

    TABELA DE TAMANHO DE AMOSTRAS E MATERIAL AUXILIAR PARA EXAME BALSTICO

    T I P O

    QTDE P/

    AMOSTRA

    (1)QME

    MATERIAL AUXILIARE OBSERVAES

    1. Mun p/ arma porttil 20 7002. Car .50 e .30 30 200 sendo 11 de cada tipo3. Mun p/ Can at 178mm 5 104. Mun p/ obus e morteiros 12 24 sendo 6/cg min e 6 p/ cg max5. Estopilha 12 24 12 tiros completos, s/ etphl6. Detonador 12 24 12 tiros completos, s/ det7. Granada 12 24 12 tiros completos, s/ gr8. EOP 12 24 12 tiros completos, s/ EOP9. EODE 12 24 12 tiros completos, s/ EODE10. Gr M s/ EOT 12 24 12 EOT11. Gr M c/ EOT 12 2412. EOT 12 24 12 Gr M13. Gr BC s/ Car Lmt 12 24 12 Car Lmt14. Gr BC c/ Car Lmt 12 2415 Car Lmt 11 200 11 Gr s/ Car Lmt16. Mina 6 12

    17. Petardo 12 50 12 Eplt Cm e 4m Epim, ou 12Eplt Eltr (s/ Epim)18. Artifcios 12 100 de cada tipo ou cor

    19. Cordel detonante 12m 500 Em Epim, 3 Pet AE 100g e 3Eplt Cm n 8

    20. Estopim 10m 500 8 Eplt Cm n 8 e 100g Plv N"A"21. Acionadores 12 24 12 Eplt Cm n 8

    22. Acionador de retardo 12 24 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det23. Acendedor de Pavio 12 24 Em Epim

    24. Espoleta Eltrica 12 24 4 Pet AE 100g ou 50g e 1mCrd Det

    25. Espoleta Comum 12 248m Epim, 4 Pet AE 100g ou 50g 1m Crd Det e 12 Acnd Fr

    (1) QME - Quantidade mnima de estoque na OM para ser vivel a remessa da amostra para a Prova Balstica.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 39

    ANEXO F (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98)

    TABELA DE QUANTIDADE DE MUNIO E SUA PERIODICIDADE PARA EXAME DE ESTABILIDADE QUMICA

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE1

    EXAME2

    EXAME

    QUANT P/EXAME QME (1)

    CAR .22 LONGO 5 anos de 2 em2 anos 300 2500

    CAR .22 CURTO 5 anos de 2 em2 anos 525 4700

    CAR 7,62 COMUM 5 anos de 2 em2 anos 035 300

    CAR 7,62 PERF 5 anos de 2 em2 anos 035 200

    CAR 7,62 TR 5 anos de 2 em2 anos 035 200

    CAR 7,62 FT 5 anos de 2 em2 anos 060 400

    CAR 7,62 LCMT 5 anos de 2 em2 anos 035 300

    CAR .32 COMPETIO 5 anos de 2 em2 anos 250 900

    CAR 9mm COMUM 5 anos de 2 em2 anos 200 700

    CAR .38 LONGO 5 anos de 2 em2 anos 150 600

    CAR .38 COMPETIO 5 anos de 2 em2 anos 200 1200

    CAR CAL 16 P/ CAA 5 anos de 2 em2 anos 025 300

    CAR CAL 20 P/ CAA 5 anos de 2 em2 anos 025 300

    CAR CAL 12 (CGD) 5 anos de 2 em2 anos 055 300

    CAR .50 COMUM 5 anos de 2 em2 anos 010 200

    CAR .50 TR 5 anos de 2 em2 anos 010 200

    CAR .50 PERF 5 anos de 2 em2 anos 010 200

    CAR .50 FT 5 anos de 2 em2 anos 010 200

    CAR .50 FUZIL APONTADOR 5 anos

    de 2 em2 anos 010 200

    TIR 40 ET AP/AC 5 anos de 2 em2 anos 001 10

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 40

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE1

    EXAME2

    EXAME

    QUANT P/EXAME QME (1)

    TIR 40 AE 5 anos de 2 em2 anos

    001 10

    TIR 40 EXC 5 anos de 2 em2 anos

    001 10

    TIR 40 C/ 60 AE TR 5 anos de 2 em2 anos

    001 10

    TIR 40 C/ 60 LST TR 5 anos de 2 em2 anos

    001 10

    TIR 40 C/ 70 PF AE 5 anos de 2 em2 anos

    001 10

    TIR 40 C/ 70 EXC TR 5 anos de 2 em2 anos 001 10

    TIR 57 SR AE 5 anos de 2 em2 anos 001 10

    TIR 57 SR AE AC 5 anos de 2 em2 anos 001 10

    TIR 57 SR FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 10

    TIR 57 SR EXC 5 anos de 2 em2 anos 001 10

    TIR 60 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 60 ILM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 24 SUB CAL MRT 60 5 anos

    de 2 em2 anos 020 200

    TIR 60 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 60 EXC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 60 CG "O" 1 ano5 anos aps

    1 exame, aps anualmente 020 100

    SPLMT 60 1 ano5 anos aps

    1 exame, aps anualmente 020 300

    TIR 75 AE M2 C/ ETJ M3 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 75 LST M2 C/ ETJ M3 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 75 SLV C/ ETJ M3 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 75 AE M2 C/ ETJ M6 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 75 LST M2 C/ ETJ M6 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 75 SLV C/ ETJ M6 5 anos de 2 em2 anos 001 05

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 41

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE1

    EXAME2

    EXAME

    QUANT P/EXAME QME (1)

    TIR 81 AE (CP N) 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 81 AE (G CP) 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 81 ILM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 24 SUB CAL MRT 81 5 anos

    de 2 em2 anos 020 200

    TIR 81 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 81 EXC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 81 CG "O" 1 ano5 anos aps

    1 exame, aps anualmente 010 100

    SPLMT 81 1 ano5 anos aps

    1 exame, aps anualmente 010 100

    TIR 90 OCC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 AE AC TR 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 OE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 OSCC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 SLV 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 AE TR 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 EXC AE AC TR 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 90 FUM TR 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 105 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    GR 105 AE (C/ CG PRJC) 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 105 FUM WP 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 105 ILM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 105 SLV (C/ ETJ M3) 5 anos de 2 em2 anos 001 05

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 42

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE1 EXAME 2 EXAME

    QUANT P/EXAME QME (1)

    TIR 105 SLV (C/ ETJ M1)(OTO MELARA) 5 anos

    de 2 em2 anos 001 05

    TIR 106 SR AE AC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 24 SUB CAL MRT 4.2 5 anos de 2 em2 anos 020 200

    TIR 4.2 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 4.2 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 4.2 ILM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CAR 24 SUB CAL MRT 120 5 anos de 2 em2 anos 020 200

    TIR 120 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 155 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    GR 155 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 155 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    TIR 155 ILM 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    CG PRJC 155 1 ano5 anos aps

    1 exame, aps anualmente 005 10

    GR BC AE AP 5 anosInsp Dirde 2 em2 anos 003 10

    GR BC AE AC 5 anosInsp Dirde 2 em2 anos 003 20

    GR BC INC 5 anosInsp Dirde 2 em2 anos 003 10

    GR M DEF M4 (C/ EOT M 14)

    5 anosInsp Dir

    de 2 em2 anos 003 10

    GR M DEF/OFS M3 (S/ EPLT)

    5 anosInsp Dir

    de 2 em2 anos 003 10

    GR M OFS 5 anosInsp Dirde 2 em2 anos 003 10

    SIMULACRO DE GRANADA

    2 anos/ Insp Dir Anualmente 005 10

    RJ 2.36 AE AC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    RJ 2.36 EXC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    RJ 2.36 FUM 5 anos de 2 em2 anos 001 03

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 43

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE1

    EXAME 2 EXAME

    QUANT P/

    EXAMEQME (1)

    RJ 3.5 AE AC 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    RJ 3.5 EXC 5 anos de 2 em2 anos 001 05

    RJ 3.5 FUM 5 anos de 2 em2 anos001 02

    RJ 3.5 AE 5 anos de 2 em2 anos 001 02

    MIN AE AP 5 anos de 2 em2 anos 00520

    MIN AE AC 5 anos de 2 em2 anos 005 10

    ART 303 ESTLA (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 304 ESTLA (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 305 (COLC) (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 305 FACHO (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 313 BLM (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 314 (COLC) (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 314 ESTLA (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 314 FUM (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    ART 314 SIN PQD (2) 5 anos de 2 em2 anos 001 03

    LAMA EXPLOSIVA Trimestral Trimestral 200 Gr 1000gr

    EXPLOSIVO PLSTICO 5 anos de 2 em2 anos 200 Gr 1000gr

    COMPOSTO C-3 5 anos de 2 em2 anos 200 Gr 1000gr

    COMPOSTO C-4 5 anos de 2 em2 anos 200 Gr 1000gr

    POLVORA DE MINA 5 anos de 2 em2 anos 200 Gr 1000gr

    ESTOPIM COMUM 5 anos de 2 em2 anos 100 m 500 m

    ESTOPIM HIDRL 2 anos Semestral 100 m 500 mEPLT CM NR 8 (2) 10 anos de 5 em 5 a 005 10ACIONADOR DE RETARDO 10 anos de 5 em 5 a 005 10PET 50 g 5

    anos /

    Insp Dirde 2 em2 anos 004 40

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 44

    NOMENCLATURAPADRO DA TABELA

    PERIODICIDADE

    1 EXAME 2 EXAME

    QUANT P/

    EXAMEQME (1)

    PET 100 g 5 anos/ Insp Dirde 2 em2 anos 002 40

    PET 250 g 5 anos / Insp Dirde 2 em2 anos 001 25

    PET 500 g 5 anos/ Insp Dirde 2 em2 anos 001 25

    PET 1000 g 5 anos / Insp Dirde 2 em2 anos 001 15

    PET 5000 g 5 anos / Insp Dirde 2 em2 anos 001 10

    PET 10000 g 5 anos / Insp Dirde 2 em2 anos 001 05

    PET 20000 g 5 anos / Insp Dirde 2 em2 anos 001 05

    DET M1A1 (2) 10 anos de 5 em5 anos 005 10

    DET M2A1 (2) 10 anos de 5 em5 anos 005 10

    Cordel Detonante 5 anos de 2 em 2 a 100 500

    OBSERVAES: (1) A amostra ser remetida ao Laboratrio Qumico Regional, se a quantidade de

    munio existente na OM for maior ou igual a quantidade mnima de estoque (QME).

    (2) Realizam apenas exames de emprego prtico (balstico) no C Pr M

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 45

    ANEXO G (Port 061-EME-Res de 05 Jun 98)

    TABELA DE TAMANHO DE AMOSTRAS E MATERIALAUXILIAR PARA EXAME BALSTICO

    T I P O QTDE P/AMOSTRA (1)QMEMATERIAL AUXILIAR E

    OBSERVAES1. Mun p/ arma porttil 20 7002. Car .50 e .30 30 200 sendo 11 de cada tipo3. Mun p/ Can at 178mm 5 104. Mun p/ obus e morteiros 12 24 sendo 6/cg min e 6 p/ cg max5. Estopilha 12 24 12 tiros completos, s/ etphl6. Detonador 12 24 12 tiros completos, s/ det7. Granada 12 24 12 tiros completos, s/ gr8. EOP 12 24 12 tiros completos, s/ EOP9. EODE 12 24 12 tiros completos, s/ EODE10. Gr M s/ EOT 12 24 12 EOT11. Gr M c/ EOT 12 2412. EOT 12 24 12 Gr M13. Gr BC s/ Car Lmt 12 24 12 Car Lmt14. Gr BC c/ Car Lmt 12 2415 Car Lmt 11 200 11 Gr s/ Car Lmt16. Mina 6 12

    17. Petardo 12 50 12 Eplt Cm e 4m Epim, ou 12 Eplt Eltr (s/ Epim)18. Artifcios 12 100 de cada tipo ou cor

    19. Cordel detonante 12m 500 Epim, 3 Pet AE 100g e 3Eplt Cm n 820. Estopim 10m 500 8 Eplt Cm n 8 e 100g Plv "A"21. Acionadores 12 24 12 Eplt Cm n 8

    22. Acionador de retardo 12 24 4 Pet AE 100g ou 50g e 1m Crd Det23. Acendedor de Pavio 12 24 Em Epim

    24. Espoleta Eltrica 12 24 4 Pet AE 100g ou 50g e 1mCrd Det

    25. Espoleta Comum 12 24 8m Epim, 4 Pet AE 100g ou 50g 1m Crd Det e 12 Acnd Fr

    (1) QME - Quantidade mnima de estoque na OM para ser vivel a remessa da amostra para a Prova Balstica.

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 46

    6. EXPLOSIVOS

    6.1 Definio: So substncias que, sob ao de um excitante, se transformam em grande volume de gases, sob grande presso, em um curto espao de tempo e com grande produo de calor.

    Anlise da Definioa) Necessidade de Excitao : Por menor ou mais variada que seja

    a excitao, ela sempre necessria.

    b) Grande Volume de Gases : Exemplo - 1 litro de plvora negra se transforma em 300 litros de gases; 1 litro de nitroglicerina se transforma em 700 litros de gases.

    c) Grande Presso : por esta presso que a carga de projeo de um cartucho desengasta o projtil e o lana a alguns quilmetros de distncia. Um explosivo se transformando dentro de um recinto fechado e de paredes resistentes, deve arrebent-lo.

    d) Curto Espao de Tempo : As velocidades de transformao variam segundo as espcies de explosivos, mas, aos nossos sentidos a transformao parece instantnea.

    e) Calor Desprendido : Em toda a transformao de explosivos, h grande desprendimento de calor. Exemplo: 1kg plvora eleva a 2.600C a temperatura dos gases

    6.2 Velocidade de TransformaoA transformao de um explosivo nunca instantnea, como parece

    aos nossos sentidos, varia de explosivo para explosivo, e depende:- Da qualidade do explosivo;

    - Das condies e forma de emprego;

    - Da pureza e do estado de conservao.

    Obs: concebendo-se vrios explosivos em forma de um fio sem nenhuma compresso, excitados ao ar livre, observaremos que a velocidade de transformao dos mesmos varivel; uns transformam-se mais rapidamente e outros so mais lentos em sua transformao.

    Os fenmenos observados so os seguintes:

    Fenmeno VelocidadeQueima (ou inflamao) 01m em 90segDeflagrao 1000 a 2000 m/sExploso 2000 a 3000 m/sDetonao acima de 4000 m/s

  • Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 47

    Um mesmo explosivo pode queimar, deflagrar ou explodir, influenciado pelas seguintes causas: quantidade, condies, forma de pureza e estado de conservao.

    6.3 Classificao6.3.1 Quanto a Velocidade de Formaoa. BAIXO EXPLOSIVO (plvoras) - Empregados em cargas de

    projeo, artifcios pirotcnicos; estes queimam ou deflagram.

    b. ALTO EXPLOSIVO (explosivos brisantes ou de ruptura) - Empregados em ruptura arrebentamento, fragmentao ou destruio e como iniciadores de exploses (estes explodem ou detonam).

    6.3.2 Quanto ao Estado Fsico Os explosivos podem classificar-se quanto ao seu estado fsico:

    a. SLIDOS: TNT, Plvoras, etc.

    b. LQUIDOS: Nitroglicerina.

    c. GASOSOS: Gs de cozinha.

    d. PASTOSOS: Lama explosiva, Composto C3, C4, Blade, etc.

    6.4 Propriedades Principais dos Explosivos:a. BRISNCIA : a capacidade que tm o explosivo de

    despedaar o seu recipiente

    b. PODER EXPLOSIVO : a capacidade que tem o explosivo de deslocar o meio circundante.

    c. PONTO DE FUSO : a temperatura mnima que o explosivo se torna lquido, sendo assim possvel o carregamento de granadas ou projteis.

    d. SENSIBILIDADE : a maior ou menor aptido que tem o explosivo para entrar em combusto, devido a uma circunstncia qualquer imprevista.

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    e. ESTABILIDADE : a maior ou menor capacidade que tem um explosivo de no se deteriorar em um determinado tempo.

    f. HIGROSPIOCIDADE : a maior ou menor tendncia que tem o explosivo de absorver a umidade do ar.

    6.5 Explosivos Militares

    Generalidades: Os explosivos militares em uso compreendem dois grupos:

    - Alto Explosivos;- Baixo Explosivos;

    O quadro abaixo mostra as principais diferenas entre eles:

    CARACTERSTICAS BAIXO EXPLOSIVO ALTO EXPLOSIVOModo de Iniciao Chama ou centelha Percusso ou choqueRegime de Reao Combusto lenta Combusto rpida

    Resultado de Reao

    Deslocamento ou projeo

    Ruptura ou brisncia

    A comparao feita acima, contudo no absoluta. A Azida de Chumbo e o Fulminato de Mercrio, por exemplo, sendo alto explosivos so iniciadores em alguns casos por meio de centelha, por outro lado j vimos que as plvoras podem queimar, deflagrar ou explodir. Portanto para que um explosivo possa ser considerado de utilidade para o emprego militar, necessrio que se satisfaa uma srie de requisitos.

    Requisitos Gerais de um Explosivoa) Potencial Elevado.b) Insensibilidade ao choque, calor, atrito e excitamentos

    acidentais.c) Detonao completa sob a influncia da escorva. d) No deixar resduos slidos capazes de ocasionar

    acidentes.Explosivo de Projeo:

    a) Velocidade de transformao lenta. b) Velocidade de transformao facilmente regulvel.c) Nenhum desprendimento de produtos corrosivos.d) Temperatura de exploso pouco elevada.e) Satisfazer ao mximo os requisitos gerais.

    Explosivos de Carregamento de Projteisa) Vivacidade e Brisncia varivel.b) Produzir gases deletricos ou txicos.c) Produzir com abundncia fumaa.d) Satisfazer requisitos gerais

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    Explosivos Militaresa) Empregar matria - prima nacional.b) No exigir matria de difcil aquisio do pas.c) Baixo custo e facilidade de produo em larga escala.d) No ser Higroscpicoe) No apresentar reaes com metais.f) Insensibilidade ao choque, atrito, calor, assim possibilitando

    grande segurana.g) Grande poder de Brisncia; altamente potente.h) No produzir efeitos abrasivos.i) Convenincia para finalidade a que se destinar.

    6.6 Baixo Explosivos

    a. Plvora negra

    a.1 Fabricao: A fabricao de plvora negra (plvora mecnica) no tecnicamente difcil, visto ser uma simples mistura que compem, no entanto sua grande sensibilidade inflamao tornam-se necessrias precaues especiais.

    a.2 Composio Salitre: KN03..............74%Carvo vegetal.........15,6%Enxofre.....................10,4%

    a.3 EmpregoA plvora negra como baixo explosivo que , est

    compreendida entre os explosivos cuja velocidade de transformao se classifica como DEFLAGRAO. Em regimes mais lentos de transformao a sua combusto no passa de uma simples queima.

    A deflagrao caracteriza as plvoras e podem ser muito mais rpidas que uma simples queima , indo at a mais de 1000 m/s. A prpria deflagrao, em condies especiais de excitao ou presso, poder se transformar em exploso a 2000 a 3000 m/seg, porm nunca em detonao. Os explosivos que deflagram so usados na propulso dos projteis, porque possuem enorme fora explosiva, a transformao no se processando to rapidamente como dos altos explosivos, podem atuar no projtil ao longo do cano da arma, aumentando a impulsividade inicial, sem forar os tubos das armas.

    Hoje em dia usada na confeco de petardos, escorvas, rastilhos, etc.

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    Atualmente as plvoras negras s so usadas em casos rarssimos, desta forma foram substitudos pelas plvoras coloidais. a.4 Inconvenientes como propelente:

    chama e muito grande; calor intenso e presso violenta, desenvolvida durante a

    combusto; provoca eroso excessiva nos tubos das armas; os resduos slidos que deixam nas cmaras, aps a

    combusto apresentam perigos para carregamentos posteriores;

    a velocidade de queima dificulta o controle. A uniformidade de queima indispensvel para os efeitos balsticos;

    instabilidade quando em depsito, sendo muito higroscpio, a umidade atua como adulterante e baixa a velocidade de queima;

    entra em combusto com facilidade.

    a.5 Velocidade de TransformaoA velocidade de decomposio varia segundo as

    circunstncias sob as quais se produz, da temos que a plvora negra suceptvel de deflagrao ou de exploso. Quaisquer que sejam, porm as condies de combusto jamais detonaro.

    b. Plvora Coloidalb.1 Tipos

    As plvoras sem fumaa, ou coloidais, tambm conhecidas como plvoras qumicas so de 03 espcies.- plvoras de base simples (BS)- Nitrocelulose- plvoras de base dupla (BD) Nitrocelulose + Nitroglicerina- plvora de base tripla (BT) Nitrocelulose + Nitroglicerina +

    Nitroguanidina

    b.2 FinalidadesSurgiram para substituir a plvora negra em determinados empregos.

    Atualmente so utilizados militarmente como propelentes.

    b.3 Composio- corpo combustvel (celulose) 60 a 80%;- corpo comburente (cido ntrico + nitroglicerina) 20 a 40%;- dissolvente (ter, lcool, acetona);- estabilizante (diafenil amina, anilina, cnfora).

    b.4 FormatoGros de vrios formatos, pequenos lminas, fios gros

    esfricos, cilndricos, perfurados. O tipo cilindro perfurado

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    muito usado nas plvoras de emprego militar geral. As plvoras para armas de pequenos calibres possuem uma s perfurao enquanto para os grandes calibres possuem at 7 perfuraes.

    b.5 Propriedades- sua combusto completa e no deixa resduos slidos - produz uma quantidade mnima de fumaa e suja pouco a

    alma do material seus efeitos so regulares e fceis de serem previstos (previso e velocidade inicial)

    - a fora viva comunicada ao projtil quando em condies iguais de peso 2 ou 3 vezes maior que a plvora negra, sem que as presses sejam exageradas.

    - manipulao relativamente fcil e pouco perigosa. Ao ar livre, queimam lentamente sem perigo de detonao.

    - sua deflagrao s se produz sob presso bastante forte (a obtida nas bocas de fogo provocado pela carga de plvora negra da escorva ou estopilha)

    6.7 Alto Explosivo:

    6.7.1 Iniciadores Nos Iniciadores no ocorre uma transformao extremamente rpida.

    So sensveis ao choque, calor e atrito. Nas condies normais queimam, mas se postos ao fogo detonam. Sua fora e brisncia so fracas, mas suficientes para detonar alto explosivos. Devido a sua alta sensibilidade so utilizados na iniciao da cadeia explosiva.

    a) Azida de ChumboQuando mida corroe cobre e zinco, formando um composto

    extremamente sensvel e perigoso, a Azida de Cobre, no caso de estar em contato com o lato. Por esta razo, usa-se o alumnio para envolver a Azida de Chumbo.

    Quando seca, no reage e nem corroe ao, ferro, nquel, alumnio, chumbo, zinco, cobre, estanho e cdmio. No afeta as camadas de tinta preta prova de cidos, leo cozido e verniz.

    Possui estabilidade excelente, no txico, mas desaconselha-se inalar a sua poeira, pois acarreta forte dor de cabea e dilatao dos vasos sangneos.

    Tem uma fcil obteno no mercado nacional e um baixo custo de produo.

    Devido a comparao com o Fulminato de Mercrio faz-se chegar a concluso que devido as suas qualidades, a Azida tende a substituir o Fulminato de Mercrio.

    As vantagens que a Azida apresenta so:- Velocidade de decomposio muito maior;- Detona mesmo mida;- menos sensvel ao choque e ao atrito;- Resiste ao calor por longo tempo;- No detona sobre luz intensa;- Sob presso, mantm suas qualidades explosivas;

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    - Fcil obteno, matria prima obtida com maior facilidade;- Detonao segura;- Por Ter maior densidade que o Fulminato de Mercrio, exige

    menores cargas para obter melhores resultados;- Menor Higrospiocidade.

    Obs: Como nica desvantagem, a Azida explode entre 300C e 330C, enquanto o Fulminato explode entre 170C e 190C.

    b) Fulminato de MercrioDetona sob uma temperatura de 180C, sua sensibilidade ao choque

    aumenta com a elevao da temperatura. mais sensvel ao impacto do que a Azida de Chumbo e Estifinato de Chumbo.

    de mesma sensibilidade ao impacto, como o DDNP e o Tetraceno; estes 3 (trs) compostos so os mais sensveis iniciadores usados em munies militares. A sensibilidade do Fulminato de Mercrio uma das suas mais vantajosas caractersticas.

    A relativa instabilidade do Fulminato de Mercrio tem sido sua caracterstica principal mais desvantajosa, e razo principal dos esforos para a sua substituio ao deteriorar, produz um novo explosivo slido; experincias tm demonstrado que o Fulminato de Mercrio quando guardado durante 03 (trs) anos sob temperatura de 35C, no funciona; o mesmo acontece quando guardado sob uma temperatura de 50C durante 10 (dez) meses.

    Pelo teste de efeito til de Trauzil, v-se que o Fulminato de Mercrio mais poderoso que a Azida de Chumbo e comparado ao Trotil sua fora de expanso menor.

    Possui uma velocidade de detonao de cerca de 4000m/Seg. O Mercrio seus compostos so de conhecida toxidez. Mas o seu manejo no perigoso, mas do ponto de vista da toxidez seria perigoso um mnimo contato com a pele. Seu p no deve ser inalado.

    c) Estifanato de Chumbo ou Trinitrorresorcinato de ChumboCristais amarelo-alaranjados explodem a 210C, sensvel ao

    choque e a descarga eltrica (eletricidade esttica).Empregado em mistos detonantes, espoletas comerciais e detonadores. Destrutvel pelo hidrxido de Sdio a 20%.

    d) TetracenoSensvel ao impacto, tem uma das mais baixas temperaturas de

    exploso. Tem alto poder explosivo, igual ao Fulminato de Mercrio, quando

    comparado a um bloco de chumbo.(TRAUZIL)

    6.7.2 ReforadoresTem sensibilidade intermediria, queimam por ao do calor, frico ou

    impacto. Detonam quando queimados em grande quantidade e servem para aumentar a chama dos iniciadores.

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    a) Ciclonita (RDX)Conhecido com os dois nomes, cristalino, tendo um ponto de fuso de

    202C; possui a mesma brisncia do Pent. mais sensvel ao Fulminato de Mercrio que o Tretil, possui grande estabilidade.

    O RDX nunca empregado isoladamente, todavia, muito empregado na composio de outros explosivos derivados, misturados tambm com leos ou ceras formam explosivos de destruio ou demolio.

    tambm conhecido com as seguintes denominaes: CTMTN; C-6; HEXOGNIO (Alemanha) e T4 (Itlia).

    b) Nitropenta (PETN)O Penta-Erythrith tetra-nitato, comumente chamado de PETN.

    derivado da nitrao do Penta Erythrith, o Pent considerado tambm como detonador. conhecido tambm com Pentil; possui uma sensibilidade intermediria, maior do que a do Tetril e menor que o Fulminato

    Possui extrema violncia de exploso, usado na confeco de cordis detonantes; sob a forma de cordel detonante, ele praticamente insensvel, ao choque atrito ou chama, necessitando apenas de uma espoleta para detonar.

    A extrema violncia da exploso desse cordel suficiente para fazer explodir qualquer outro que com ele esteja em contato. Serve em virtude de suas propriedades, para detonar simultaneamente vrias cargas afastadas entre si. O emprego do Pent e a combinao com o Trotil formam o Pentolite (50%-50%)

    c) TetrilO alto explosivo comumente chamado de Tetril o Tri-nitro-

    metilmetramina ou Tetra-nitro-metil-anilina (Americana). um derivado do Benzeno pertence a mesma classe dos compostos do Tritil.

    O Tetril um p cristalino de cor amarela, praticamente insolvel na gua, mas solvel no lcool, acetona, benzeno e outros solventes. facilmente recristalizado e pode ser obtido com grande pureza quando puro funde entre 129 C e 130C. extremamente venenoso quando ingerido e praticamente isento de higrospicidade.

    O Tetril resulta da ao do cido ntrico sobre o Metil Anilina; mais sensvel ao choque e atrito que o Trotil, possui sensibilidade idntica ao cido pcrico ligeiramente mais sensvel a detonao que o Fulminato de mercrio e que o Trotil detona a um impacto de um tiro de fuzil.

    estvel nas temperaturas normais de armazenagem, mas quando aquecido acima de seu ponto de fuso, ele entra em decomposio, explode quando a temperatura atinge a 260C durante 5 Seg.

    O Tetril tm uma velocidade de detonao maior que a velocidade mxima do Tritil, experincias tm comprovado que o Tetril o mais forte dos explosivos militares.

    Empregado nos detonadores ou Reforadores, a alta fora explosiva e brisncia do Tetril o indicam, para o emprego nas cargas de arrebemtamento. Mas sua sensibilidade ao choque impede seu aproveitamento para tal fim.

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    tambm muito utilizado para a confeco de espoletas e de detonadores para fins militares e civis. Nestes casos, ele comprimido no fundo das espoletas e coberto com uma pequena camada de Fulminato de mercrio ou de Azida de chumbo.

    6.7.3 Arrebentamento (Ruptura)Constitui que chamamos de um Trem explosivo, a carga principal ou

    de arrebentamento, ou o esforo principal (a ao propriamente dita)

    Trem de Arrebentamento

    Escorva Iniciador Reforador Carga Principal (Ruptura)

    6.8 Medidas de Segurana Constantes no C5-25, relativas as Espoletas.

    a)No deixar as espoletas e os explosivos expostos aos raios diretos do sol ou a qualquer outra fonte de calor. O calor faz com que o explosivo da espoleta fique mais sensvel, tornando-se assim mais perigoso de ser manuseado.b) No transportar espoletas nos bolsos.c) No retirar as espoletas da caixa, utilizando arame, prego ou

    instrumentos semelhantes.d) No bater, nem experimentar de outra forma uma espoleta.e) No estriar as espoletas com os dentes ou faca, usar para este fim o

    alicate de estriar.

    As espoletas so extremamente sensveis e explodem quando no manuseadas com o devido cuidado. Devem ser protegidas contra o choque e o calor elevado e no devem sofrer fortes presses. Nunca devem ser armazenadas juntamente com outros explosivos. S devem ser transportadas numa viatura com outros explosivos em casos de emergncia.

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    7. Destruio:

    A munio (ou elemento de munio) que no possa ser desmanchada, recuperada ou que no apresenta segurana para ser manuseada, devera ser destruda por queima, detonao ou lanamento no mar.

    A destruio de munies ser executada por pessoal HABILITADO dos Depsitos de Unidades devendo-se em cada caso observar as prescries constantes no manual C5-25.

    7.1 Destruio de Explosivos, Munies e Elementos Componentes.- Generalidades:

    a) Devero ser destrudas: - as munies perigosas (Cat E) falhadas ou deterioradas; - as munies que no possam ser recuperadas;- as munies para as quais no haja vantagem ou

    possibilidade de aproveitamento de qualquer um de seus elementos componentes

    b) Nas munies de Cat E sero destrudas apenas pelo elemento que estiver nesta categoria, enquanto os elementos restantes es as matrias-prima aproveitveis sero recolhidos aos rgos competentes de conformidade com instrues especiais.

    c) No dever ser levada em considerao a parte econmica quando for necessria uma destruio, pois em casos de acidentes maiores sero os prejuzos materiais, pessoais e morais.

    d) A destruio dever ser feita por pessoal habilitado ao manuseio do material a ser destrudo, conforme o manual C5-25. O nmero de pessoas engajadas em tais servios dever ser o mnimo necessrio, porm no ser permitido em tais operaes o emprego de uma s pessoa, de pessoas inexperientes ou sem instruo.

    e) No permitido o uso de pisos de concreto nos locais de destruio, sejam elas feitas por queima, ou detonao. Esses locais devem ser limpos de vegetao e afastados de estradas, caminhos e habitaes.

    f) Durante as operaes de destruio sero empregados guardas, sinais de segurana e avisos a fim de que pessoas mo autorizadas ou desinformadas fiquem afastadas da rea de perigo.

  • E absolutamente proibido o aterramento ou lanamento de munies em fosso, poo, pntano, crrego ou terreno abandonado.

    Estgio de Oficiais e Sargentos de Munio Pg. 56

    7.2 - Mtodos de destruioAs destruies podem ser executadas por um dos seguintes mtodos: - Detonao

    - Queima ou combusto

    - Imerso no mar.

    7.2.1 - Destruio por Detonaoa) So usados para esse fim pe