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Prof. Luciano Teixeira

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Geografia

Professor: Luciano Teixeira

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Edital

Noções básicas de cartografia: Orientação: Pontos cardeais; Localização: Coordenadasgeográficas (latitude e longitude); Representação: Leitura de escala, legendas e convenções.Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. As atividadeseconômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: Modernização e conflitos; Espaçourbano: Atividades econômicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as Regiões Metropolitanas.Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Político-Administrativa;Organização federativa.

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Geografia

Orientação

Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempreacompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos(equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por consequência, osreferenciais para localização e para orientação.

Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos,

da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, amaneira de orientar-se e localizar-se variam.

Rosa dos Ventos

A rosa-dos-ventos é uma figura nos quais estão presentes:

 • Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E); • Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE); • Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste

(ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO); • Os intermediários.

Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito dessespontos de orientação é fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos,por exemplo, ou em locais onde não há estradas, como regiões desérticas e áreas florestais.

É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, porexemplo, a localização de cidades, estados, regiões, países, continentes, oceanos, tomando-sepor referência um determinado local ou elemento.

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Coordenadas

Coordenadas geográficas são linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhassão os paralelos e meridianos, através deles é possível estabelecer localizações precisas emqualquer ponto do planeta.

Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geográficas:

 • Equador; • Trópicos; • Círculos Polares; • Meridiano de Greenwich; • Zonas Geográficas; • Zonas Climáticas; • Fusos Geográficos; • Fuso Horário.

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Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de formaigual, mas de uma maneira metafórica, é o mesmo que cortar uma laranja em duas partesiguais com uma faca.Paralelos: São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial.Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polosnorte e sul.Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco domeridiano e a linha do equador.Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e nomeridiano de Greenwich.

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A

F

E

B

C

G   H   D

I

J

75º 60º   45º 30º 15º   0º 15º 30º   45º   60º   75º 90º   105º

45º

30º

15º

15º

30º

45º

60º

75º

Meridiano de Greenwich

Greenwich tornou-se um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a umacordo internacional que aconteceu em Washington para padronizar as horas em todo omundo. Greenwich foi escolhido por “cortar” o observatório Astronômico Real, localizado emGreenwich, um distrito de Londres.

Fusos Horários

A necessidade dos fusos é devido ao movimento de rotação da Terra, durante o qual ela gira no

seu próprio eixo. Esse movimento dá origem a dias e noites, perfazendo em 24 horas.Ao realizar o movimento da Terra (rotação), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outrolado fica sombreado (noite), o movimento e a luz do sol que incidem criam as variações comomanhã, tarde, noite, madrugada; por isso sempre há 24 horas distintas.

A partir dessas informações, verifica-se que a Terra, que é esférica, possui 360, e o movimento

de rotação necessita de 24 horas para ser realizado. Se dividirmos 360 por 24 horas, obteremos

15, então, cada 15, que é a distância entre dois meridianos, corresponde a 1 hora, isso é

denominado fuso horário. O ponto Zero é o meridiano de Greenwich, ao leste, a cada 15,

aumenta 1 hora; e a oeste de Greenwich, a cada 15, diminui 1 hora.

OESTE LESTE

0º 15º 30º 75º60º45º+1h +2h +3h

15ºGMT   +5h+4h-2h-3h

75º 60º 45º 30º-4h -1h-5h

FUSOS HORÁRIOS

     G    r    e    e    n    w     i    c      h

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Regras de Fusos Horários

 • Saber a diferença entre as longitudes de dois locais determinados. Quando as localidades seencontram em hemisférios diferentes, suas longitudes devem ser somadas, caso contrário,devem ser subtraídas.

LESTE para OESTE/ OESTE para LESTE = Soma as longitudes (+)

LESTE e LESTE/ OESTE e OESTE = Subtrai as longitudes (-)

 • Depois de encontrada a diferença da longitude, divide-se o resultado por 15, que é o valorem graus que corresponde a um fuso horário. O resultado encontrado é a diferença dehorários entre as duas localidades correspondentes.

 • Por fim, é necessário verificar a localização da cidade que se pretende saber o horário. Seestiver a oeste em relação a outra cidade, diminui-se a diferença de horários, do contrário,

se estiver a leste, então a diferença de horários terá de ser somada ao horário da cidade.

Fuso Horário Brasileiro

 • 1º fuso (30W) – Fernando de Noronha;

 • 2º fuso (45W) – Estados banhados pelo mar, MG, GO, TO;

 • 3º fuso (60W) – demais Estados RR, AM, AC, RO, MT, MS.

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Escalas

Escala é a relação matemática entre o comprimento ou a distância medida sobre um mapa e a

sua medida real na superfície terrestre. Essa razão é adimensional, já que relaciona quantidadesfísicas idênticas de mesma unidade. A escala pode ser representada numericamente egraficamente.

A escala numérica, ou fracionária, é expressa por uma fração ordinária (denominador/

numerador) ou por uma razão matemática. O numerador corresponde a uma unidade no mapa,

enquanto o denominador expressa a medida real da unidade no terreno.

A escala, por exemplo, 1:10.000 indica que uma unidade no mapa corresponde a 10 mil unidades

no terreno, ou seja, considerando como unidade o centímetro, 1 cm no mapa equivale a 10.000

cm no terreno. Quanto maior o denominador, menor a escala, menor o detalhamento e maior

a extensão da área mapeada, considerando a mesma dimensão do plano de representação.

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Grandes Domínios Climácos

Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos danatureza – relevo, clima, vegetação – que se inter-relacionam e interagem, formando umaunidade paisagística.

BIOMAS 

• Área biótica é uma área geográfica ocupada por um bioma, ou seja, regiões com um mesmotipo de clima e vegetação.

 • Entretanto, um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes.

 • Apesar de poderem apresentar diferentes animais e plantas, sabe-se que há muitassemelhanças entre as paisagens dos mais diferentes continentes, isso ocorre devido àinfluência do macroclima (tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos).

• A distribuição dos biomas terrestres e seus tipos de vegetação estão estreitamente ligadosao clima, uma vez que são as diferentes condições de temperatura, chuva e incidência deluz solar nas várias regiões do planeta que facilitam ou impedem a existência de qualquertipo de vida. Desse modo, a cada tipo climático corresponde um bioma, marcado por umadeterminada cobertura vegetal.

BIOMAS BRASILEIROS

Caanga

Com extensão territorial de 800 mil quilômetros quadrados, presente nos estadosdo Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia,Piauí e no norte de Minas Gerais, esse é o único bioma exclusivamente brasileiro.A caatinga tem uma vegetação típica de regiões semiáridas, formada por plantas xerófilas,adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. A fauna é representada por répteis,roedores, insetos, aracnídeos, arara-azul, sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, entre tantos outros.

Cerrado

Segundo maior bioma brasileiro, o cerrado está presente em diferentes Regiões brasileiras,entretanto é na Região Centro-Oeste que ele predomina. Apresenta clima quente e períodosalternados (6 meses) de chuva e seca. Sua vegetação é composta por árvores esparsas, arbustose gramíneas. Uma das principais características do cerrado são as árvores com caules tortuosos

e folhas coriáceas, além do solo com poucos nutrientes e com grande concentração de alumínio.A diversidade de espécies da fauna é grande: tamanduá-bandeira, tatu-bola, veado-campeiro,capivara, lobo-guará, onça-pintada, etc.

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Floresta Amazônica

Essa é a maior floresta tropical do mundo, compreendendo cerca de 42% do território nacional.A floresta Amazônica está presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato

Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de outros países sul-americanos. Esse é obioma que possui a maior biodiversidade do planeta. Entre as espécies animais estão: jabuti,paca, anta, jacaré, sucuri, macacos, entre outros.

Mata Atlânca

A Mata Atlântica estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul. Esse bioma é um dos mais ricos domundo em espécies da flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representadapela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. A

fauna possui várias espécies distintas: tatu-canastra, onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco-muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguiça, jacu, macuco, etc.

Pantanal

O Pantanal está localizado no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul,estando presente também no Paraguai e na Bolívia. Esse bioma é considerado uma das maioresplanícies inundáveis do planeta. Apresenta grande biodiversidade: mais de 3.500 espécies deplantas, cerca 650 espécies de aves, 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas. Entreos representantes da fauna estão: jacaré, veado, serpentes, capivara, papagaio, tucano, tuiuiú,

onça, macaco, entre outros.

Pampa

O Pampa, que também é chamado de Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmentepor vegetação campestre. No Brasil o Pampa só esta presente do estado do Rio Grande doSul, ocupando 63% do território gaúcho. O Bioma caracteriza-se pela grande riqueza deespécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientesintegrados com a floresta de araucária. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchose as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestresque formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e decampos de cobertura gramíneo-lenhosa.

Mata de Araucária (Mata Atlânca)

A Mata de Araucária é um bioma típico de regiões com clima subtropical. No Brasil, ela estápresente nos estado de São Paulo e, principalmente, nos estados da Região Sul (Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul). Sua vegetação é composta por árvores aciculifoliadas, com folhas

em formato de agulha, e a espécie predominante é o pinheiro-do-paraná.

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Mata dos Cocais (Vegetaçao de Transição)

Ocupa uma zona de transição entre a Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste brasileiro,abrangendo porções dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Possui solos secos e florestas

dominadas por palmeiras. Sua vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica,babaçu e carnaúba.

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Vegetação do Brasil

Observações:

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Setor Primário – Espaço Agrário

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de

obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos,ferramentas, ou apenas para contemplação estética.

Sistemas Agrícolas

Agricultura Intensiva

A agricultura comercial visa à produção de renda financeira através da produção de plantas e

animais que são demandados no mercado. Utiliza o sistema intensivo, com a utilização de máquinas

e fertilizantes, tem uma tecnologia de ponta, acarretando em altos índices de produtividade.

Agricultura Extensiva 

Caracterizada geralmente pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na produção.Normalmente é utilizada para mercado interno ou para subsistência. Esse tipo de agriculturapode ser encontrado tanto nas pequenas quanto nas grandes propriedades com o predomínioda mão de obra humana e baixa mecanização. A falta de capital também é um marco neste tipode agricultura. É característica de minifúndios, que são formas de agricultura familiar.

Tipos de Agricultura

Agricultura de Subsistência (Imagem abaixo)

Agricultura de subsistência é aquela em que, basicamente, a plantação é feita geralmente empequenas propriedades (minifúndios), e a finalidade principal é a sobrevivência do agricultore de sua família, não para a venda dos produtos excedentes, em contraposição à agriculturacomercial. Os instrumentos agrícolas mais usados são: enxada, foice e arado. Raramente sãoutilizados tratores ou outro tipo de máquina.

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Agricultura de Jardinagem (Imagem abaixo)

Esse sistema é praticado em pequenas e médias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua

família ou em parcelas de grandes propriedades. Nelas é obtida alta produtividade, através da seleção

de sementes, da utilização de fertilizantes, da aplicação de avanços biotecnológicos e de técnicas depreservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. A

agricultura de jardinagem consiste basicamente na rizicultura, mas, também consiste na produção de

cereais, como; arroz, trigo, entre outros, e hortaliças. Em países como as Filipinas, Tailândia, Indonésia,

etc., devido a elevada densidade demográfica, as famílias contam com áreas muitas vezes inferiores a

1 hectare e as condições de vida são bastante precárias. Em países que realizaram reforma agrária –

Japão e Taiwan – e ao redor dos grandes centros urbanos de áreas tropicais, após a comercialização da

produção e a realização de investimentos para a nova safra, há um excedente de capital que permite

melhorar, a cada ano, as condições de trabalho e a qualidade de vida da família.

Empresa Agrícola (Imagem abaixo)

Suas características são a alta capitalização, insumos modernos, produtividade elevada, mecanização

intensa, mão de obra qualificada, produção em larga escala, cultivos de rico (valorizados no

exterior), além de ser praticada em grandes propriedades monocultoras. A produtividade elevada

é comum nas grandes empresas chamadas de complexos agroindustriais. Tais complexos associam

o capital agrícola à indústria e ao capital financeiro. Devido à sua grandiosidade, possibilita-

se uma competição em escala global com outras empresas produtoras. Além disso, o complexo

agroindustrial é responsável por grande parte da produção mundial de grãos.

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Agricultura de Plantation (Imagem abaixo)

É um tipo de sistema agrícola (uma plantação) baseado em uma monocultura de exportaçãomediante a utilização de latifúndios e mão de obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização

da América ‒  sendo mais tarde levada para a África e Ásia ‒, principalmente no cultivo degêneros tropicais, e é atualmente comum a países subdesenvolvidos, mantendo as mesmascaracterísticas, exceto, obviamente, por não mais empregar mão de obra escrava. A primeiracaracterística da economia de plantação é a monocultura. Nesse sistema, são produzidasgrandes quantidades de um só produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da região.

Agricultura de Oasis (Imagem abaixo)

A agricultura de oásis ‒ praticada no norte da África, nas regiões de oásis, caracteriza-se pelaintensidade de ocupação do solo no sistema Policultura, na extrema divisão da propriedade eno desenvolvimento de canais para irrigação.

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Agricultura na Europa

A origem da política agrícola comum (PAC) remonta aos inícios da integração europeia, quandoos Estados-Membros se propuseram reestruturar e aumentar a sua produção alimentar,danificada pela Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a PAC continua a desempenhar umpapel central na União Europeia, não só porque mais de 90% dos territórios da União estãoocupados por terras agrícolas ou florestas, mas, sobretudo, porque a PAC se tornou uminstrumento fundamental para fazer face aos novos desafios em termos de qualidade daalimentação, respeito do ambiente e trocas comerciais. A reforma de 2003 constituiu ummomento fundamental da evolução da PAC, adaptando-a às novas exigências dos agricultores,dos consumidores e do planeta. Essa abordagem continua a servir de base para a futuraevolução da PAC, numa União alargada e integrada num contexto global.

A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola, com grandeaproveitamento dos seus solos, geralmente férteis. O uso do solo está sujeito à técnicasadequadas e modernas, com elevada produtividade.

A cultura de cereais é predominante, destacando-se o “trigo”, produto mais importante.Sua principal área produtora é a região de solos negros da Ucrânia (tchernoziom). Os outrospaíses que se destacam na produção de trigo são Itália, França, Alemanha e Rússia. Outroscereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, importantes produtos agrícolas das áreastemperadas.

O centeio substitui o trigo em áreas de clima mais frio e é importante na fabricação do pão.A aveia é produzida principalmente para a alimentação do gado, recebendo, por isso, onome de forrageira. A cevada é uma matéria-prima básica à fabricação da cerveja, produto

de destaque em vários países europeus. Os maiores produtores desses cereais são Alemanha,França, Espanha, Polônia e Reino Unido. A batata é outro produto importante da agricultura daEuropa. Os principais produtores de batata são Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido eRússia. Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo da oliveira, destinadaà produção de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se comomaiores produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de melhor qualidadeinternacional. Outro destaque especial é o cultivo da videira, destinada à produção de vinhos.

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Mapa da agricultura e pecurária europeia

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Irrigação (imagem abaixo)

Agricultura no Brasil

A agricultura no Brasil é, historicamente, umas das principais bases da economia do país,desde os primórdios da colonização até o século XXI, evoluindo das extensas monoculturaspara a diversificação da produção. Inicialmente produtora de cana-de-açúcar, passando pelocafé, a agricultura brasileira apresenta-se como uma das maiores exportadoras do mundo emdiversas espécies de cereais, frutas, grãos, entre outros. Desde o Estado Novo, com GetúlioVargas, cunhou-se a expressão: “Brasil, celeiro do mundo” – acentuando a vocação agrícola do

país. Apesar disso, a agricultura brasileira apresenta problemas e desafios, que vão da reformaagrária às queimadas, do êxodo rural ao financiamento da produção, da rede escoadoraà viabilização econômica da agricultura familiar, envolvendo questões políticas, sociais,ambientais, tecnológicas e econômicas.

O país deve se tornar o maior destaque na agricultura. Enquanto os Estados Unidos já exploramtoda a sua área agricultável, o Brasil ainda dispõe de cerca de cento e seis milhões de hectaresde área fértil a expandir um território maior do que a área de França e Espanha somadas.

Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda aágua doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveisférteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados.

Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos osnegócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotivada economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país.

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O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários.

É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, liderao ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados

de couro. As projeções indicam que o país também será, em pouco tempo, o principal polomundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleosvegetais.

Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, além de suínos e pescados, são destaquesno agronegócio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhões de trabalhadores somente nocampo.

• Soja:  É o produto mais evidente do agronegócio brasileiro. Sua produção, de carátermonocultor, ocupa 22 milhões de hectares, que corresponde a 35,4% da área total delavouras do país. O Brasil é o segundo maior exportador de soja do mundo (dados de 2004)

e cerca de 65% da produção está concentrada em estabelecimentos médios e grandes, commais de 200 ha. A maior parte da produção, perto de 75%, é exportada para alimentar osrebanhos, principalmente de países ricos, e a cadeia produtiva é dominada por um pequenogrupo de empresas transnacionais que dominam o sistema na produção, processamento evenda no mundo.

 • Carne: Embora o consumo interno seja significativo, o Brasil é o segundo maior exportadorde carne do mundo. A carne bovina e de frango são as principais, com quase o mesmovalor exportado. Cerca de 60% do rebanho bovino está nas médias e grandes propriedades,sendo que a criação de gado bovino no Brasil está ligada ao latifúndio. A pecuária bovinaé extremamente extensiva e correntemente utilizada como forma de manter o latifúndio

pela justificativa de produtividade. O rebanho de aves (frango, franga, galinhas e galos)encontra-se principalmente nos pequenos estabelecimentos, onde a criação é feita comuso de mão de obra familiar. Contudo, o sistema predominante de produção no Brasil éo de “integração” de estabelecimentos familiares a poucas grandes empresas do setor, oque caracteriza uma produção camponesa subordinada ao agronegócio, pois os produtoresfamiliares não têm o controle do sistema.

 • Cana-de-açúcar:  O intenso debate sobre os agrocombustíveis coloca o etanol brasileiroem evidência nas negociações mundiais. A grande questão é que não se trata apenas deum combustível, mas de agricultura. O dilema dos agrocombustíveis envolve duas grandesquestões sobre as quais a humanidade tem debatido: a suficiência alimentar e a suficiência

energética. Os agrocombustíveis constituem mais uma forma de comoditização do campoque incita uma concepção de campo como lugar de produção econômica, sufocando suadiversidade. A cana-de-açúcar ocupa cerca de 10% da superfície cultivada no Brasil. O paísé o primeiro exportador de açúcar, com o dobro das exportações do segundo colocado – a

França. O açúcar e o álcool correspondem a 5,7% das exportações brasileiras. A cana-de-açúcar é a cultura com maior concentração nos estabelecimentos médios e grandes, sendoos pequenos estabelecimentos responsáveis por apenas 19,8% de sua produção total.

 • Madeira, celulose e papel:  No extrativismo vegetal, a produção de madeira para aexportação se beneficia do processo incontrolado de ocupação da Amazônia com o avançoda fronteira agropecuária. Além disso, a extração ilegal e exportação são sabidamente

correntes no setor madeireiro. Na silvicultura, quando as árvores são plantadas, osetor é dominado por grandes empresas transnacionais que formam desertos verdes,principalmente para a produção de celulose e papel. Também o setor é marcado por

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projetos como o Jarí, que em plena Amazônia substituiu imensas áreas de florestas naturaispor monoculturas de árvores exóticas. A produção ocorre de forma totalmente autônomapelas empresas, desde o plantio até a transformação, sem qualquer resquício de produçãocamponesa. As exportações desses produtos correspondem a 5,2% do valor total dasexportações brasileiras.

 • Café:  O Brasil é o maior produtor e exportados de café do mundo. Cerca de 60% daprodução brasileira é exportada, e o produto corresponde a 2,4% do valor total dasexportações brasileiras. Apesar de 70% da produção ser de responsabilidade de pequenosestabelecimentos, por ser uma commodity , o camponês participa de forma subordinadano sistema do agronegócio do café, visto que as exportações são controladas por grandesempresas do setor.

 • Fumo: O Brasil é o quinto maior exportador de fumo do mundo. Para a produção,semelhante com o que ocorre com a produção de frangos e galinhas, as empresas

transnacionais cooptam o campesinato, que produz nos pequenos estabelecimentos 99,5%do fumo em folha.

 • Laranja: É outro produto cujo complexo de produção e industrialização é dominado porum pequeno conjunto de empresas e a produção é destinada majoritariamente para aexportação. No Brasil, são apenas quatro processadoras de suco (WELCH e FERNANDES,2008), e o país é o primeiro exportador de suco de laranja do mundo. O produto correspondea 1,1% das exportações totais do país. Cerca de metade da laranja produzida no Brasil estános estabelecimentos pequenos, que produzem de forma subordinada.

 • Milho: Apenas nove por cento da produção de milho brasileira foi exportada em 2006 e

ainda foram importados no mesmo ano 956.000 toneladas do cereal. O milho faz parteda base alimentar brasileira e por isso é produzido em grande parte dos estabelecimentosagropecuários, sendo os pequenos os responsáveis por quase metade da produção.Consideramos o milho como parte do agronegócio por que grande parte da produção éfeita nos médios e grandes estabelecimentos, sob as regras do agronegócio e também porque é a base da alimentação para a criação de frangos, galinhas e porcos, responsáveis por3% do valor total das exportações brasileiras. Dessa forma, sua exportação é indireta. Suaprodução em grande escala é controlada pelas companhias transnacionais do agronegócioe pelas empresas produtoras de carne de aves e de suínos.

 • Algodão:  É a cultura economicamente menos significativa no agronegócio brasileiro e

corresponde a apenas 0,2% das exportações totais e 0,7% das exportações agropecuárias.Um terço da produção brasileira é exportado, sendo que 50% da produção está nosestabelecimentos pequenos. A produção está concentrada no Centro-Oeste brasileiro,lócus privilegiado do agronegócio. O país exporta o produto, e as indústrias nacionais têmque importá-lo. A necessidade de importação de algodão incentiva a substituição da fibranatural por fibras sintéticas, inadequadas ao clima do país.

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Agricultura Familiar

 • Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA, 2005), esse tipo de agriculturaproduz hoje 40% da riqueza gerada no campo no Brasil, correspondente a aproximadamente

R$ 57 bilhões. São cerca de quatro milhões de agricultores (84% dos estabelecimentosrurais brasileiros) que vivem em pequenas propriedades e produzem a maior parte dacomida que chega à mesa dos brasileiros.

 • 87% da mandioca. • 70% do feijão. • 58% da produção de suínos, 54% do leite bovino, 49% do milho e 40% das aves e ovos.

Histórico da Soja no Brasil 

• Muitos fatores contribuíram para que a soja se estabelecesse como uma importantecultura, primeiro no sul do Brasil (anos 60 e 70) e, posteriormente, nos Cerrados do BrasilCentral (anos 80 e 90).

• Região Sul, onde prevaleceu a dobradinha, trigo no inverno e soja no verão. • Região Sul: Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul dos

EUA, favorecendo o êxito na transferência e adoção de variedades e outras tecnologias de

produção.

• Construção de Brasília na região, determinando uma série de melhorias na infraestruturaregional, principalmente nas vias de acesso, comunicações e urbanização.

 • Incentivos fiscais disponibilizados para a abertura de novas áreas de produção agrícola,assim como para a aquisição de máquinas e construção de silos e armazéns.

 • Estabelecimento de agroindústrias na região, estimuladas pelos mesmos incentivos fiscaisdisponibilizados para a ampliação da fronteira agrícola.

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 • Baixo valor da terra na região, comparado ao da Região Sul nas décadas de 1960/70/80.Mapa da produçao e escoamento da Soja no Brasil

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Lavouras permanentes

Entre 1996 e 2006, a área de lavouras permanentes aumentou 11,3 milhões de hectares, umacréscimo de 149%, e totalizava em 2006 18,8 milhões de hectares. As principais culturasem área plantada são café, banana e laranja. As culturas permanentes são territorialmenteconcentradas, a não ser pela banana, cultivada por todo o país. Quase todas as culturasselecionadas são produzidas majoritariamente por pequenos estabelecimentos, exceto aborracha e a maçã, distribuídas quase igualmente entre os três tipos de estabelecimentos, e odendê, produzido principalmente em grandes estabelecimentos.

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Mapa das principais lavouras

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Extravismo vegetal

 • A investida sobre a floresta amazônica faz com que o extrativismo vegetal seja importantena agropecuária brasileira. O extrativismo predatório de madeira é conflitante com oextrativismo dos povos da floresta, que vivem da exploração dos produtos da floresta,para o que precisam dela viva. A exploração de madeira nativa da Amazônia está associadaà abertura de novas áreas para a especulação fundiária e futura territorialização doagronegócio; é a primeira etapa do latifúndio. É necessário discernir entre o extrativismona floresta e o extrativismo da floresta. Como demonstramos, não há necessidade de sederrubar nem mais uma árvore para o desenvolvimento da agropecuária no país. Destaforma, toda derrubada de árvore, seja legal ou não, é socialmente injustificável. Asautorizações de desmatamento que o governo continua distribuindo mostra a sua conivênciacom o modelo agrário do país. A atividade extrativa madeireira é desnecessária e tem comoúnico fim enriquecer os donos de madeireiras. O discurso de que a população depende dos

empregos gerados pela atividade extrativa madeireira não pode ser aceito. Cabe ao Estadoexercer seu papel e fazer com que a riqueza gerada no país ampare essas populações emfavor do bem comum. Com exceção da madeira, todos os produtos do extrativismo vegetalselecionados são extraídos principalmente nos pequenos estabelecimentos. O que indicaque essa população pratica o extrativismo na floresta. Produtos como o babaçu, açaí,castanha-do-pará, umbu e pinhão, que demandam bastante mão de obra para a extração epré-beneficiamento, são extremamente predominantes nos pequenos estabelecimentos. Aextração de madeira predomina no arco do desflorestamento e a lenha, fonte energética, ésignificativa em todo o país, com exceção de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e éparticularmente expressiva no Norte e Nordeste. Látex e castanha-do-pará são específicosdo Acre, Amazonas e Pará. O carvão predomina nas áreas de destruição do cerrado no

oeste da Bahia, norte de Minas Gerais e leste do Mato Grosso do Sul e também na regiãode intenso desflorestamento da Amazônia no Pará e no Maranhão.

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Mapa do arco do desflorestamento

Observações:

 

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Mapa da mecanização no campo

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Mapa do extrativismo vegetal

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Pecuária

Mapa da pecuária

A luta no campo

A luta pela terra e sua conquista

De acordo com as discussões realizadas na seção sobre “questão agrária e campesinato”,

a luta pela terra e a conseqüente criação de assentamentos é uma forma de recriação docampesinato. As ocupações constituem um momento da luta pela terra. Como resposta àsações dos movimentos socioterritoriais, os governos criam assentamentos rurais que, emprincípio, constituem a conquista da terra. Os assentamentos significam uma nova etapa daluta: o processo pela conquista da terra. Ainda é necessário conquistar condições de vida eprodução na terra; resistir na terra e lutar por um outro tipo de desenvolvimento que permita oestabelecimento estável da agricultura camponesa.

No Brasil, a ocupação é a principal estratégia de luta pela terra realizada pelos movimentossocioterritoriais camponeses. Os dados do DATALUTA 2006 mostram que no país, entre2000 e 2006, foram registradas ocupações de terra realizadas por 86 diferentes movimentos

socioterritoriais. As áreas ocupadas são principalmente latifúndios, terras devolutas e imóveisrurais onde leis ambientais e trabalhistas tenham sido desrespeitadas. De modo geral, as

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propriedades ocupadas são aquelas que apresentam indicativos de descumprimento da funçãosocial da terra, definida no artigo 186(27) da Constituição Federal. Como o Estado não apresentainiciativa para cumprir a determinação constitucional, os movimentos socioterritoriais agempara que isso aconteça. Ultimamente, além de lutar contra o latifúndio, os movimentossocioterritoriais camponeses iniciaram a luta contra a territorialização do agronegócio emsuas formas mais intensas e por isso as ocupações têm ocorrido em áreas de produção de sojatransgênica, cana-de-açúcar e plantações de eucalipto, por exemplo.

Observações:

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Observações:

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As avidades econômicas e a organização do espaço

A atividade econômica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição

de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidadeshumanas.

A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história dacivilização e da organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra,eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura,entre outros fatores. A economia se refere também à medida de como um país ou região estáprogredindo em termos de produção.

Mapa da ocupação econômica

 

Nas economias modernas há três setores principais de avidadeeconômica

Introdução 

A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) deacordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setoreseconômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.

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Setor Primário

O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza.Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura,

mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece amatéria-prima para a indústria de transformação.

Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da naturezacomo, por exemplo, do clima.

A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países comeconomias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregadocomo ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados.

Setor Secundário

É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário)em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados,eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos dosetor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau dedesenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário.A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.

Revolução Industrial

 • 1ª Revolução Industrial (1750) – Origem: Inglaterra (carvão, Ferro e indústria têxtil).

 • 2ª Revolução Industrial (1840) – Origem: Europa (aço, petróleo, eletricidade). • 3ª Revolução industrial ou Técnico-científica (1970): informática, robótica,

telecomunicações e biotecnologia. • Globalização: Conceito de Aldeia Global, Expansão do capitalismo – padronização do

consumo.

Modelos de desenvolvimento industrial

 • Taylorismo (Taylor): Organização científica, seleção e treinamento. • Fordismo (Henry Ford): Especialização do trabalhador, linha de montagem, produção

em série.

 • Toyotismo (Taiich Ohno): Japão reposição das peças, qualidade dos serviços,  Just intime.

Setor Terciário

É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em quepessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Comoatividades econômicas deste setor econômico, podemos citar: comércio, educação, saúde,telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviçosde alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.

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Sistema de Transporte

O sistema de transportes faz parte do setor terciário da economia, deslocamento de pessoas e

mercadorias. Podemos dividí-lo em:

1. Navegação oceânica/fluvial/lacustre;2. Transporte aéreo;3. Sistema ferroviário;4. Transporte rodoviário;5. Sistema dutoviário.

Os sistemas de transportes modernos são intermodais. Cada país deve levar em conta suascondições naturais, políticas e econômicas na hora de optar pelo seu sistema de transportes.

Navegação

 • Menores custos. • Cabotagem: entre dois portos marítimos ou entre um porto marítimo e um porto fluvial. • Cabotagem internacional: entre porto marítimos de diferentes países. • Navegação interior: entre dois portos fluviais.

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Porto de Cingapura (abaixo)

Portos Brasileiros

Segundo a legislação brasileira, portos  são sempre de administração pública. Aos portosprivados se atribui a designação terminal portuário ou, simplesmente, terminal.

Escoamento da produção

 • Rio Grande: Soja , Arroz , Calçados, Carnes, óleos vegetais. • Paranaguá: Café, soja, milho, algodão, madeira. • Santos: Café, minérios, carnes, manufaturas. • Rio de Janeiro: Manufaturados, Café. • Vitória-Tubarão: Minério, Café, Madeira.

 • Recife: Açúcar. • Itaqui: Minérios. • Belém: Castanha, madeira, borracha, minérios, etc.

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Ferroviário

 • Grande capacidade de carga. • Maiores opções quanto às fontes de energia. • Os mais modernos atingem maiores velocidades. • Leva vantagem sobre as rodovias em distâncias superiores a 500 km.

Urbanização

Pouco mais de 50% da população do planeta é considerada urbana hoje, segundo a ONU. NoBrasil, segundo o Censo 2000 do IBGE, a taxa é de 81,2%.

A ideia do urbano como universal vai além dessa questão quantitativa. Mesmo aqueles quevivem nas áreas rurais são alcançados pelo fenômeno urbano em seu cotidiano. A tradicionalseparação entre campo e cidade, vistos como dois mundos distintos, há muito deixou de fazersentido, inclusive no Brasil. Ainda que continue existindo uma divisão territorial do trabalhoentre campo e cidade, esta assumiu claramente o comando desse processo.

Urbanização  é um processo de afastamento das características rurais de uma localidadeou região, para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado aodesenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota aredistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. “Conjunto dostrabalhos necessários para dotar uma área de infraestrutura.”

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Urbanização nos países Desenvolvidos

 • Provocadas nas cidades pela indústria; • Consequência da Revolução Industrial; • Revolução agrícola; • Gradativa e organizada; • Estrutura e absorção dos imigrantes; • Geração de empregos.

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Urbanização nos países Pobres

 • Péssimas condições nas áreas rurais; • Baixos salariados e distribuição de renda;

 • Falta de apoio a pequenos agricultores; • Transferências das pessoas do campo para as cidades; • Macrocefalia urbana; • Submoradias;

• Trabalho informal.

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Processos e formas

 • Segregação urbana (induzida e espontânea); • Interações (sócio) espaciais;

 • Periferização; • Suburbanização; • Centralização/Descentralização; • Hierarquização das cidades; • Metropolização.

Formas

 • Bairro; • Favela;

 • Área Central; • Sub-Centros Comerciais Shopping Centers; • Subúrbios; • Sistema de Transporte; • Espaço peri-urbano; • Cidade; • Aglomerado urbano; • Aglomeração urbana (com e sem conurbação); • Rede Urbana; • Metrópole; • Região Metropolitana; • Megalópole; • Megacidades; • Cidades Globais; • Sistema de Transporte; • Sistemas de Comunicação.

Conceitos de cidades

 • Megalópole é uma extensa região de pluri-polarizada por metrópoles conurbadas, ou emprocesso de conurbação. Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações

urbanas da atualidade.

 • Rede urbana é a malha metropolitana de um país, que se constitui basicamente de cidadeglobal, metrópole nacional, metrópole estadual, metrópole regional, médias e pequenascidades. A grande conurbação da metrópole fez com que as cidades formassem uma granderede urbana entre si. A urbanização de uma sociedade origina uma rede urbana, isto é, umsistema integrado de cidades que vai das pequenas ou locais às metrópoles ou cidadesgigantescas. A regra geral é que para milhares de pequenas cidades existam centenas decidades médias e poucas metrópoles.

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 • Cidade global é termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funçõescomplexas, que exerce influência sobre a área contígua, dentro da qual comanda toda umarede de cidades menores.

 • Megacidade é o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia umaaglomeração urbana com mais de dez milhões de habitantes e que esteja dotada de umrápido processo de urbanização. As megacidades atuais englobam mais de um décimo dapopulação urbana mundial e, tal como todas as grandes metrópoles que antes surgiram,polarizam sobremaneira o comércio, a cultura, o conhecimento e a indústria.

 • Conurbação é a unificação da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequênciade seu crescimento geográfico. Geralmente esse processo dá origem à formação deregiões metropolitanas. Contudo, o surgimento de uma região metropolitana não énecessariamente vinculado ao processo de conurbação. O processo de conurbação écaracterizado por um crescimento que expande a cidade, prolongando-a para fora de seu

perímetro absorvendo aglomerados rurais e outras cidades. Estas, até então com vidapolítica e administrativa autônoma, acabam comportando-se como parte integrante dametrópole.

Função da cidade

 • Considera-se como “função da cidade” à atividade principal que leva a considerar esta ouaquela cidade “especializada” nessa mesma atividade. É claro que em todas as cidadesexistem inúmeras atividades (todas as cidades têm um pouco de todas as funções),contudo, há sempre uma delas que mais se destaca, e pela qual a cidade é conhecida eganha fama.

• Esse é um outro critério de classificação das cidades que leva em conta fatores de ordempolítica, econômica, histórica ou cultural. É essencial atentar para o adjetivo “principal”,pois as cidades não apresentam uma função única, porém uma que predomina sobre asdemais. Por sua função principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintescategorias:

Político-administrativas: Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Brasília (Brasil);Industriais: Detroit (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil);Portuárias: Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil);Religiosas: Jerusalém (Israel); Varanasi (Índia), Aparecida (Brasil);Históricas: Atenas (Grécia), Florença (Itália), Ouro Preto (Brasil)Tecnológicas: Boston (EUA), Bangalore (Índia), Campinas (Brasil)Turísticas: Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil).

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Urbanização no Brasil

 • Integração dos territórios; • Consolidação do mercado Nacional; • “Política desenvolvimentista” do governo Juscelino Kubitschek; • 1950, 36,16% da população vive nas áreas Urbanas; • Em 1970, 56,80%; • Em 1990, chega a 77,13%; • 2000, 81% da população vive nas áreas urbanas; • 2010, 84,5% da população brasileira, vive nas áreas urbanas; • Êxodo Rural.

Taxa de Urbanização Brasileira

Taxa de Urbanização Brasileira ( 85 %)1º – Sudeste – 92,2%;

2º – Centro –Oeste -87,9%;

3º – Sul – 83,2%;

4º – Norte – 77,9%;

5º – Nordeste – 72,8%.

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Maiores Regiões metropolitanas brasileiras

1. São Paulo – 19,6;

2. Rio de janeiro – 11,7;

3. Belo Horizonte – 4,8;

4. Porto Alegre – 3,9;

5. Pernambuco – 3,7.

Localização da população

O IBGE utiliza oito classes de localização da área do domicílio nos censos. Para contabilizar apopulação rural e urbana o instituto agrupa essas classes. Segundo o IBGE a população urbanaé formada pelos habitantes das seguintes localizações de área:

Áreas urbanizadas de cidades ou vilas:  “São aquelas legalmente definidas como urbanas,caracterizadas por construções, arruamentos e intensa ocupação humana; as áreas afetadaspor transformações decorrentes do desenvolvimento urbano, e aquelas reservadas à expansãourbana.” (IBGE, 2000. v. 7).

Áreas não-urbanizadas de cidades ou vilas: “São aquelas legalmente definidas como urbanas,caracterizadas por ocupação predominantemente de caráter rural.” (IBGE, 2000. v. 7).

Áreas urbanas isoladas: “Áreas definidas por lei municipal, e separadas da sede municipal oudistrital por área rural ou por um outro limite legal.” (IBGE, 2000. v. 7).

A população rural é classificada segundo cinco localizações da área:

1. Aglomerado de extensão urbana: São os assentamentos situados em áreas fora doperímetro urbano legal, mas desenvolvidos a partir da expansão de uma cidadeou vila, ou por elas englobados em sua expansão. Por constituírem uma simplesextensão da área efetivamente urbanizada, atribui-se, por definição, caráter urbanoaos aglomerados rurais deste tipo. Tais assentamentos podem ser constituídos porloteamentos já habitados, conjuntos habitacionais, aglomerados de moradias ditassubnormais ou núcleos desenvolvidos em torno de estabelecimentos industriais,comerciais ou de serviços. (IBGE, 2000, v. 7).

2. Povoado: É o aglomerado rural isolado que corresponde a aglomerados sem caráterprivado ou empresarial, ou seja, não vinculados a um único proprietário do solo(empresa agrícola, indústrias, usinas, etc.), cujos moradores exercem atividadeseconômicas, quer primárias (extrativismo vegetal, animal e mineral; e atividadesagropecuárias), terciárias (equipamentos e serviços) ou, mesmo, secundárias(industriais em geral), no próprio aglomerado ou fora dele. O aglomerado ruralisolado do tipo povoado é caracterizado pela existência de serviços para atender aosmoradores do próprio aglomerado ou de áreas rurais próximas. É, assim, consideradocomo critério definidor deste tipo de aglomerado, a existência de um número mínimode serviços ou equipamentos. (IBGE, 2000, v. 7).

3. Núcleo:  É o aglomerado rural isolado vinculado a um único proprietário do solo(empresa agrícola, indústria, usina, etc.) dispondo ou não dos serviços ou equipamentos

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definidores dos povoados. É considerado, pois, como característica definidora destetipo de aglomerado rural isolado, seu caráter privado ou empresarial. (IBGE, 2000, v. 7).

4. Outros aglomerados: São os aglomerados que não dispõem, no todo ou em parte, dos

serviços ou equipamentos definidores dos povoados e que não estão vinculados a umúnico proprietário (empresa agrícola, indústria, usina, etc.). (IBGE, 2000, v. 7).

5. Área rural exceto aglomerado: São as áreas não classificadas como urbanas ouaglomerados rurais.

Divisão Políco-Administrava

Organização do Estado BrasileiroA organização da República Federativa do Brasil  está presente na Constituição Federal de1988. Todo Estado precisa de uma correta organização para que sejam cumpridos os seusobjetivos dentro da administração pública. A divisão político-administrativa foi uma das formasencontradas para facilitar a organização do Estado Brasileiro.

Divisão Políco-administrava Brasileira

A divisão político-administrativa brasileira é apresentada na Constituição Federal, no art.

18. Ela surgiu no período colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditárias eposteriormente foram surgindo outras configurações que proporcionaram maior controleadministrativo do país.

O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja capital é Brasília) e osMunicípios, sendo ele uma República Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomiafinanceira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituição Federale seus princípios constitucionais, além de ter sua Constituição própria; e também, cadamunicípio (através de sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação.

Essa organização é formada pelos três poderes: Poder Executivo, Poder Judiciário, Poder

Legislativo, adotando a teoria da tripartição dos poderes. A administração pública federal éfeita em três níveis, cada qual com sua função geral e específica:

Nível Federal:  A União realiza a administração pública, ela é um representante do governofederal, composta por um conjunto de pessoas jurídicas de direito público.

Nível Estadual: Os Estados e o Distrito Federal realizam a administração pública.

Nível Municipal: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário realizam a administração públicanos municípios.

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Saiba Mais

República: Forma de governo em que o chefe de estado é eleito como representante, passandopor eleições periódicas.

Federação: É quando há apenas a soberania de um Estado Federal, apesar da união dosdiferentes Estados federados.

Veja o quadro sobre a estrutura dos poderes no Brasil:

Fonte: Noções de Administração Pública – Ciro Bächtold

Além dessas divisões dentro dos órgãos existem outras subdivisões (como conselho,coordenação, diretoria, etc.) chamado de Organização ou Estrutura do Poder.

Divisão dos Poderes no Brasil

A separação dos poderes no Brasil passou a existir com a Constituição outorgada de 1824 queprevaleceu até o fim da Monarquia, mas além dos três poderes, na época, havia também oquarto poder, chamado de Moderador, que era exercido pelo Imperador, mas foi excluído daConstituição da República, em 1891.

No art. 2º da Constituição Federal de 1988 vemos os Poderes da União que são: Legislativo,Judiciário e Executivo.

Além disso, existe o Ministério Público (MP), um órgão do Executivo. Apesar dessa relação, eletem total independência dos outros poderes em algumas situações. Seu objetivo principal égarantir que a lei seja cumprida e agir na defesa da ordem jurídica.

 • A estrutura territorial brasileira é dividida da seguinte forma: Unidades da Federação (UF),

Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.

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 • As Unidades da Federação do Brasil são entidades autônomas, com governo e constituiçãopróprias, que em seu conjunto constituem a República Federativa do Brasil. Atualmente, oBrasil se divide em 27 UFs, sendo 26 estados e um distrito federal.

• Entende-se por Mesorregião,  uma área individualizada em uma Unidade da Federação,que apresenta formas de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintesdimensões: o processo social, como determinante, o quadro natural, como condicionantee, a rede de comunicação e de lugares, como elemento da articulação espacial. Estas trêsdimensões possibilitam que o espaço delimitado como mesorregião tenha uma identidaderegional. Esta identidade é uma realidade construída ao longo do tempo pela sociedadeque ali se formou.

 • Criadas pelo IBGE, são utilizadas apenas para fins estatísticos. Não se constituem ementidades político-administrativas autônomas.

 • As Microrregiões  foram definidas como parte das mesorregiões que apresentamespecificidades quanto à organização do espaço. Essas especificidades não significamuniformidade de atributos, nem conferem às microrregiões auto-suficiência e tampouco ocaráter de serem únicas, devido à sua articulação a espaços maiores, quer à mesorregião,à Unidade da Federação, quer à totalidade nacional. Essas especificidades se referem àestrutura de produção: agro-pecuária, industrial, extrativismo mineral ou pesca. Essasestruturas de produção diferenciadas podem resultar da presença de elementos do quadronatural ou de relações sociais e econômicas particulares.

 • A organização do espaço microrregional foi identificada, também, pela vida de relaçõesao nível local, isto é, pela interação entre as áreas de produção e locais de beneficiamento

e pela possibilidade de atender às populações, através do comércio de varejo ou atacadoou dos setores sociais básicos. Assim, a estrutura da produção para a identificação dasmicrorregiões é considerada em sentido totalizante, constituindo-se pela produçãopropriamente dita, distribuição, troca e consumo, incluindo atividades urbanas e rurais.Dessa forma, ela expressa a organização do espaço a nível micro ou local.

Fonte: IBGE – DGEO/DITER. 1990

• O município  é a divisão administrativa autônoma da UF. São as unidades de menorhierarquia dentro da organização político administrativa do Brasil, criadas através de leisordinárias das Assembléias Legislativas de cada Unidade da Federação e sancionadas peloGovernador. Constituí-se do distrito-sede, que compreende a zona urbana, e dos distritos

ou zona rural ao seu entorno, caso existam.

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REFERÊNCIAS:

IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>.

UNESP. Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/index.htm>.

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Questões

1. (Prova: CESGRANRIO – 2006 – IBGE – Recenseador)

Historicamente, o Censo de 1970, realizado pelo IBGE, apresentou uma especial importânciapara o conhecimento sobre o Brasil, por ter revelado que:

a) a população total ultrapassara os 100 milhões de habitantes.b) a população urbana ultrapassara a população rural.c) o número de jovens era menor do que o de adultos e idosos.d) o êxodo rural havia sido reduzido em todo o País.e) as migrações internas tinham como principal destino o Nordeste.

2. (Prova: CESGRANRIO – 2006 – IBGE – Recenseador)

Segundo dados do IBGE (http://www.ibge.gov.br), os dois picos mais altos do Brasil estão naSerra Imeri, no Amazonas. O Pico da Neblina tem 3.014,1 m de altura, e o 31 de março, 2.992,4m. A diferença, em metros, entre as alturas dos dois picos é:

a) 21,7.b) 42,7.c) 82,3.d) 122,3.

e) 182,3.

3. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – Prefeitura de Salvador – BA – Professor – Geografia / Geografia):

Com base nos dados acima, sobre a dificuldade para o uso racional da água pelas sociedadescontemporâneas, afirma-se que, quanto

a) mais desenvolvido um país, maior o racionamento de água.b) maior o gasto de água, menor o IDH.c) maior o consumo de água, menor o Produto Interno Bruto.d) maior o nível médio de renda, maior o gasto de água.e) menor o nível educacional, maior o consumo de água.

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4. A questão da água doce vem sendo debatida em todo o mundo com grande vigor. Diferentesações são propostas com o objetivo de melhorar a utilização desse recurso. Entre os setoreseconômicos a seguir, o que mais consome água doce no Brasil e em grande parte do mundo é:

a) agricultura.b) siderurgia.c) metal-mecânico.d) residencial.e) turismo.

5. Na Alemanha do século XIX, influenciado pela “Naturphilosophie” (Filosofia da Natureza),Alexander von Humboldt interpreta a Geografia como:

a) uma leitura racionalista e metódica da superfície terrestre, com destaque para a noção delugar.

b) uma abordagem simultaneamente científica e estética dos fenômenos como um todo,sublinhando a importância do conceito de paisagem.

c) uma busca das leis gerais que moldam o Cosmos e a Terra, deixando de lado a imaginaçãoe a sensibilidade.

d) uma perspectiva filosófica sobre o globo, enfatizando a poética e a narrativa emdetrimento da explicação científica.

e) uma análise das relações entre o homem e o meio, tendo como referência odeterminismo.

6. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – BNDES – Técnico Administrativo / Geografia)

Com 20 milhões de habitantes, Moçambique, na costa oriental da África subsaariana, éum dos mais preocupantes focos do vírus HIV em todo o mundo. Um em cada sete adultosmoçambicanos está contaminado – o equivalente a 15% dessa população. A precariedade do

acesso aos cuidados básicos de saúde e a falta de informações sobre prevenção e tratamentocompõem o cenário ideal para a disseminação do HIV. Metade dos quase 100.000 mortos peladoença, todos os anos, tem entre 30 e 44 anos – na plenitude produtiva.

Em termos demográficos, a doença em foco afeta negativamente Moçambique, de forma maisdireta, no seguinte aspecto:

a) expectativa de vida.b) índice de fecundidade.

c) imigração estrangeira.d) migrações internas.e) saldo migratório.

7. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – IBGE – Recenseador / Geografia )

Com relação à expectativa de vida dos brasileiros, os recenseamentos do IBGE comprovam que,nos últimos anos, verificou-se

a) retrocesso significativo.b) estagnação relativa.

c) desaceleração abrupta.d) aumento progressivo.

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8.  ( Prova: CESGRANRIO – 2010 – IBGE – Recenseador / Geografia )

De acordo com o mapa acima, entre os indivíduos mais pobres dos estados do Pará e do Paranápredominam, respectivamente,

a) brancos e pardos.b) indígenas e brancos.c) amarelos e pardos.d) pardos e brancos.

9. A região Nordeste do Brasil apresenta algumas áreas que podem ser consideradas comoverdadeiras “ilhas de modernidade” agrícola, empregando técnicas modernas e sofisticadosequipamentos e produzindo gêneros agrícolas para exportação. Um desses núcleos é:

a) Do Golfão Maranhense, com uma grande produção de grãos, principalmente de soja,

voltadas para o mercado externo.b) Da depressão cearense, com uma moderna fruticultura irrigada que utiliza as águas do rioJaguaribe.

c) Do sul da Bahia, onde a produção de cana-de-açúcar em moldes modernos praticamentenão utiliza mão de obra braçal.

d) Do médio Vale do rio São Francisco, que produz frutas com um sistema de irrigaçãoutilizando águas da barragem de Sobradinho, destinadas em sua maior parte à exportação.

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10. Entre os diversos obstáculos ao crescimento econômico do país, estão os elevados custos dostransportes e de energia, que reduz a competitividade e compromete os investimentos internose externos. Analise as proposições e assinale apenas a CORRETA.

a) As hidrelétricas respondem com 77,3% da oferta de energia elétrica do país. As baciashidrográficas mais exploradas, quanto à produção energética, são as bacias do Paraná ebacia Amazônica.

b) A maior parte do petróleo brasileiro é extraído da plataforma continental, sendo o Rio deJaneiro responsável por 90% dessa produção. O pré-sal tem beneficiado apenas os estadosdo Sudeste, garantindo, para essa área, exclusividade dos royalties pagos pelo governofederal.

c) Em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, ocorreu o racionamento deenergia, já previsto, diante dos parcos investimentos do setor. Esse fato não interferiu naeconomia que crescia vertiginosamente.

d) As usinas termonucleares de Angra I e II, situadas no Rio de Janeiro, responde apenaspor cerca de 2,6% da produção de energia elétrica do Brasil. Em 2007, tendo como

 justificativas as necessidades de aumento da produção de energia elétrica, o governofederal, através do PAC, prevê a retomada de Angra III e de mais seis usinas nucleares, nosentido de compensar o déficit energético.

e) A criação da Petrobras aconteceu durante o governo de JK, com a implantação do Planode Metas. Nesse período, o país vivia a euforia do “O Petróleo é Nosso”, o que levou ogoverno à priorização da opção rodoviarista, apesar de não ser o mais adequado devido àdimensão continental do país.

11. “Nos países ricos concentra-se a poluição da riqueza: usinas nucleares, chuva ácida, montanhas

de lixo aterrado, gerados pelo grande poder de consumo da população, doenças provocadaspelo excesso de bebidas, álcool ou drogas. Nos países subdesenvolvidos, no que diz respeito àsgrandes maiorias, concentra-se a poluição da miséria: subnutrição, ausência de água potávelou esgoto, lixões a céu aberto, ausência de atenção médica e medicamentos.”

Da leitura do texto é possível afirmar que a poluição

a) atinge de igual forma a todas as áreas do Globo, sejam elas desenvolvidas ousubdesenvolvidas.

b) tem menor área de abrangência nos países desenvolvidos e provoca todos os riscos àhumanidade.

c) resulta sempre de relações conflituosas entre o homem e o meio ambiente, em várias

partes do mundo.d) representa, na atualidade, um mal necessário ao progresso dos países, mas que pode ser

resolvido através do consumo diário da população das grandes potências.e) tem origens e características diferentes, sendo, em muitos casos, resultante de relações

desiguais entre os homens.

12. Sobre a estrutura etária da população, é correto afirmar que:

(01) Nos países industrializados europeus, tanto a taxa de natalidade quanto a de mortalidadesão muito baixas, e a diferença entre elas é muito pequena, até mesmo nula.

(02) Os países desenvolvidos mais recentemente, como Austrália e Japão, apresentam altastaxas de natalidade e alto crescimento vegetativo.

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(04) Suécia, Reino Unido e França são países onde se registra elevada expectativa de vida.

(08) A maioria dos países subdesenvolvidos não-industrializados apresenta elevadas taxas denatalidade e de mortalidade, com elevado crescimento vegetativo.

(16) Nos países subdesenvolvidos que iniciaram um processo de industrialização após aSegunda Guerra Mundial, verificaram-se, entre 1950 e 1970, baixas taxas de natalidade e demortalidade.

13. Analise as seguintes afirmações sobre a urbanização brasileira:

I ‒ O espaço urbano é fragmentado, pois a segregação social revela-se através dos condomíniosresidenciais, por um lado, e dos cortiços, favelas e loteamentos clandestinos, por outro.

II ‒ Apesar da integração econômica das regiões do país, as principais cidades brasileiras estãolocalizadas no centro-sul e na faixa litorânea, onde são mais intensas as conexões e as trocas

entre elas.III ‒ A dominação do espaço urbano pelo poder público impõe investimentos direcionados aosserviços sociais e de infra-estrutura, como saneamento básico, saúde, educação, transportecoletivo, oportunizando à população urbana o acesso à modernização.

IV ‒ Em virtude das transformações produtivas e das novas tecnologias urbanas, a urbanizaçãobrasileira vem promovendo um aumento na qualificação, remuneração e estabilidade doemprego e, conseqüentemente, há melhoria nas condições de vida urbana.

Estão corretas

a) apenas I e II.b) apenas I e III.c) apenas II e III.d) apenas III e IV.e) apenas I, II e IV.

14. Leia o parágrafo a seguir.

“O modelo de urbanização brasileiro produziu nas últimas décadas cidades caracterizadas pelafragmentação do espaço e pela exclusão social e territorial. O desordenamento do crescimentoperiférico associado à profunda desigualdade entre áreas pobres, desprovidas de toda aurbanidade, e áreas ricas, nas quais os equipamentos urbanos e infra-estruturas se concentram,aprofunda essas características, reforçando a injustiça social de nossas cidades e inviabilizandoa cidade para todos.” (Fonte: Secretaria Nacional de Programas Urbanos – Ministério das

Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/>.)

Com base no texto, assinale a alternativa incorreta.

a) A maior parte dos investimentos públicos se destina às áreas centrais e das periferias.b) A população mais rica usufrui melhor dos equipamentos e da infraestrutura urbana.c) As cidades brasileiras abrigam algum tipo de assentamento precário da sua população.d) As diferenças de acesso aos recursos urbanos reforçam as desigualdades sociais.

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15. Um professor utilizou, em sala de aula, a foto e o texto abaixo.

Um dia, alguns pesquisadores em plena atividade de campo pediram pouso em uma fazendolacomunitária, perdida em um remoto lugar do interior baiano. E a resposta veio rápida e sincera,

por parte da dona da casa: “Eu vou-lhes dar abrigo, porque também tenho filho no mundo.”(AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil . São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.)

Nessa aula, o professor desejava trabalhar a relação natureza-sociedade no domínio

a) amazônico, em que os grupos humanos se desterritorializam.b) de mares de morro, em que ocorrem êxodos desnecessários.c) de cerrado, em que a condição dos agricultores é muito desfavorável.d) de pradaria, em que a modernização no campo serve de atração para chegada de

migrantes.e) de caatinga, em que muitos indivíduos migram devido à “aridez” do solo e da situação

econômica.

16. Seria uma visão reducionista considerar que a rede urbana é um simples conjunto de cidadesligadas entre si por fluxos de pessoas, bens e informações, como se isso em nada tivesse relaçãocom outros mecanismos existentes em nossas sociedades. Na perspectiva de que a rede urbananão é “inocente” e, por meio dela, a gestão do território se exerce, há uma relação mais estreitacom os seguintes mecanismos de nossa sociedade:

a) hierarquia e fluxo de mercadorias.b) instituições fortes e fluxo de pessoas.c) modernização e infraestrutura completa.

d) exploração econômica e exercício de poder.e) mobilidade de transporte e progresso tecnológico.

17. A metropolização corresponde ao processo de formação de metrópoles, que é acompanhadodo crescimento acelerado de certas cidades, como reflexo da modernização e da concentraçãoeconômica em alguns pontos do território. Há, contudo, uma tendência atual de reversão nocrescimento das grandes metrópoles porque indústrias e empresas do setor de serviços passama escolher localizações geográficas alternativas às saturadas metrópoles, provocando reduçãonos índices de crescimento das grandes cidades e aumento dos índices de crescimento dascidades médias.

Qual o nome desse fenômeno?a) Megalópole.b) Desmetropolização.c) Metrópole expandida.d) Macrocefalia urbana.e) Região metropolitana.

18. O trem entrou causando um estranhamento que nada seria capaz de despertar no homem dehoje. Ele era feito de metal numa civilização construída de pedra e madeira; se movia por conta

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própria; era mais rápido do que quase tudo que se conhecia; avançava em linha reta, numritmo regular [...] e era capaz de transportar mais gente por terra que um navio por mar.

Jornal Folha de S.Paulo, 2 fev. 1998.

Enquanto na Europa e nos EUA, o trem foi o maior símbolo da Revolução Industrial, no Brasil, asferrovias testemunharam o(a)

a) período pré-industrial, o que significou um paradoxo histórico.b) impulso ao setor de indústria pesada, o que significou a mesma simbologia da Europa.c) impulso da economia agrícola, o que significou sua permanência como opção principal de

transporte até os dias atuais.d) modelo de substituição de importações, o que significou uma contradição com as

possibilidades de modernização.e) integração nacional, o que significou o atendimento imediato da demanda de

interconexão dos espaços.

19. “A figura abaixo nos mostra a radiação direta e a refletida nas zonas rural e urbana. Além disso, aconcentração de poluentes, motivada pela atividade industrial e circulação de veículos, concorrepara adensar a massa de micropartículas em suspensão, as quais, por sua vez, funcionam comonúcleos higroscópicos, isto é, incentivadores do processo de condensação. Por outro lado, ochamado campo barométrico local assume características específicas nas áreas urbanas. Emvirtude do maior aquecimento, os valores da pressão atmosférica do setor central tornam-semais baixos do que na periferia, criando condições de maior instabilidade [...].”

CONTI, J. Bueno. O clima e o meio ambiente. São Paulo: Atual, 1999. (Adaptado)

Nesse contexto, sobre os mecanismos do clima, conclui-se que

a) o aumento dos índices de pressão atmosférica, nas áreas de concentração urbana,provoca chuvas frontais.

b) o fenômeno da ilha de calor, nas áreas urbanas, é causado pelo aumento da evaporação.c) os fatores sociais não podem ser negligenciados na compreensão da dinâmica climática.d) os mecanismos do clima urbano criam condições de redução dos índices pluviométricos.e) a estabilidade atmosférica verificada nas grandes cidades do mundo é causada pela baixa

alteração das médias anuais de precipitação nas últimas décadas.

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20. Referindo-se às manifestações geográficas decorrentes dos novos progressos, Milton Santosrevela “A diferença, ante as formas anteriores do meio geográfico, vem da lógica globalque acaba por se impor a todos os territórios e a cada território como um todo. (...) O meiogeográfico tende a ser universal. Mesmo onde se manifesta pontualmente, [o meio geográfico]ele assegura o funcionamento dos processos encadeados a que se está chamando deglobalização.” (SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.)

Na perspectiva teórica acima, o autor considera que estamos diante de um meio geográficoque representa a produção de algo novo, ao privilegiar a interação entre

a) natureza e trabalho.b) técnica e natureza.c) sociedade e história.d) ciência, natureza e redes sociais.e) técnica, ciência e informação.

21. Pela Internet

[...]

Eu quero entrar na rede

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tietes de Connecticut

[...]

Eu quero entrar na rede pra contactar

Os lares do Nepal, os bares do Gabão

Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular

Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar

(Gilberto Gil)

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IBGE – Geografia – Prof. Luciano Teixeira

A situação apresentada acima (imagem e trecho da canção) representam uma resposta àcrise do modelo produtivo fordista. No lugar do fordismo, com a Revolução técnico-científica,disseminou-se o modelo de produção flexível, também chamado de pós-fordista, que trouxeconsequências profundas na produção e na vida das sociedades.

  Dentre os pares de elementos apresentados abaixo, aquele que está corretamente associadoao modelo pós-fordista é

a) neoliberalismo e keynesianismo.b) divisão rígida do trabalho e produção em pequenos lotes.c) produção padronizada e baixa qualificação da força de trabalho.d) concentração industrial e procedimentos de produção na escala global.e) investimentos em pesquisa científica e estratégias flexíveis de produção.