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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    Manual do Socorro Bsico

    de Emergncia

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    Felipe Jos Aidar Martins

    9 Edio Revisada2009

    Felipe Jos Aidar MartinsR. Oswaldo Cruz, 520 Nova Sua Belo HorizonteMinas Gerais Brasil Cep 30480-480

    [email protected] Reviso Juliguel Marcondes MaranhoAv Comendador A. Garcia 3144, Bl B Apt 104 Minas GeraisUberlndia Minas Gerais - Cep 38402-288

    [email protected]

    Reviso de AnatomiaProfessora e EnfermeiraMaria Aparecida Grossi Quinto Aquino

    Reviso GeralGerson Ferreira de OliveiraCentro de Treinamento de [email protected] [email protected]

    Capa e DiagramaoCarla Clark (31) [email protected]

    IlustraesReginaldo Aparecido Mesquita

    Reservado todos os direitos.Proibida duplicao ou reproduo desta obra, ou de suas partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrnico, mecnico, gravao, fotocpia ou outros)sem o consentimento expresso por escrito do autor ou editora.

    O sofrimento e a dor no tem cor ou raa, di em todos, homens, animais, e at os vegetaisressentem.

    Autor Desconhecido

    O grande problema do senhor tirar tudo de um nada qualquer: e depois ser criticado por qualquer um, que nem com todos do mundo, faria um simples quase.

    Hlio Ribeiro

    POR ESTE MOTIVO CRIAMOS O

    RESGATEMINAS GERAIS

    CORPO DE BOMBEIROS

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Felipe Jos Aidar Martins

    Histria da Cruz Vermelha No dia 24 de junho de 1859 chegava ao fim uma sangrenta batalha, em

    Solferino, no Norte da Itlia. Vencidos, jaziam soldados austracos, misturadoscom companheiros gravemente feridos e outros soldados em sangue. A dor e oabandono espalhavam-se pelas ruas e praas.

    Um jovem suo, Henry Dunant, passara a noite na cidade. A viso dohorrvel amanhecer levou-o a organizar socorros.

    Reuniu um grupo de pessoas que, com poucos recursos disponveis,organizaram o socorro das vtimas.

    Tudo faziam para aliviar o sofrimento dos feridos. O jovem lanava asemente da Cruz Vermelha!

    Dunant, num emocionante depoimento, escreveu o livro UmaRecordao de Solferino. O mundo impressionou-se com a crueldade doabandono das vtimas de guerra. Admirou a coragem do apelo do jovem:preparar socorristas voluntrios, abnegados, para atuarem mesmo nos campos

    de guerra, aliviando o sofrimento humano, de quem quer que fosse - comabsoluta neutralidade.

    Quatro cidados de Genebra uniram-se ao jovem, constituindo o ComitInternacional de Socorro aos Feridos, mais tarde denominado ComitInternacional da Cruz Vermelha (CICV). Respondendo ao apelo desse grupo,representantes de 16 pases encontraram-se em Genebra, em outubro de1863, onde foi redigida a carta de fundao da Cruz Vermelha. Mas era precisoque os Estados reconhecessem a fundao; que no considerassem osvoluntrios socorristas como adversrios, que lhes dessem espao e mesmoproteo... O governo suo apoiou o projeto humanitrio do ComitInternacional, convocando uma reunio em agosto de 1864. Aprovaram umdocumento, definindo o campo de atuao da Cruz Vermelha: a I Convenode Genebra. A Cruz Vermelha sobre a bandeira branca foi definida comosmbolo do movimento. Pouco a pouco, fundaram-se Sociedades Nacionais de

    Cruz Vermelha, em diversos pases. No Brasil, a primeira fundao aconteceu

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia em 08 de dezembro de 1908, na ento capital federal, a cidade do Rio deJaneiro.

    A instituio da Cruz Vermelha em Minas Gerais surgiu poucos anos

    depois, em 1914, incorporando-se ao conjunto de outras fundaes estaduaisque foram se organizando no pas.

    A Cruz Vermelha em Minas Gerais marca sua presena humanitria coma sua Escola de Enfermagem, seus programas de ao junto ao menor e,especialmente, suas atividades na formao de socorristas.

    O funcionamento do seu Centro de Treinamento de Socorrismo, com o

    programa contnuo dos Cursos de Socorro e Resgate, atende a membros dasinstituies de segurana do Estado, nas reas militar e civil; a profissionaisque atuam na preveno de acidentes ou em situaes de risco e a seusvoluntrios. o mais forte testemunho da fidelidade ao ideal que deu origem Cruz Vermelha e da fora humanitria com que vivido em nosso Estado.

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    Felipe Jos Aidar Martins

    Histria do Resgate A assistncia e o transporte de pessoas constituem uma preocupao da

    raa humana j h muitos sculos. Um dos exemplos que podemos citar aesse respeito por sinal bastante conhecido por ns que a Parbola do BomSamaritano, do Novo Testamento, onde o Fariseu ferido atendido etransportado at um abrigo por um viajante caridoso, natural da regio daSamria.

    De maneira mais concreta, j na Idade Mdia, nos chega a primeiradescrio de uma carruagem para transporte de feridos e enfermos, construdapelos Anglo-Saxes, por volta de 900 D.C. J os Normandos utilizaram liteirasconduzidas por homens ou animais, destinada ao transporte de doentes, istoocorrido nos idos do ano de 1100 D.C. Em 1300 D.C. os ingleses j usavampesadas carruagens para socorrer pacientes.

    A idia de socorrer acidentados ao mesmo tempo em que provia vtimacuidados iniciais com a finalidade de manter-lhe a vida at chegar a um

    hospital com maiores recursos, foi de um jovem francs, estudante deMedicina, que viveu na poca da Revoluo Francesa, e adquiriu experinciastratando de pessoas feridas por ocasio das agitaes populares queeclodiram naquela poca, por volta do ano de 1795. O nome deste jovem eraDominique Jean Larrey. Nos prximos 100 anos que se seguiram pouco houvede avano, sendo relatado algo na Guerra Civil Americana, e na 1 GuerraMundial atravs de voluntrios.

    Um avano maior e definitivo em termos de doutrina veio acontecer somente na Guerra da Coria, atravs do transporte de feridos de guerra como uso de helicpteros e posteriormente na Guerra do Vietn, onde seconseguiu uma rapidez maior no atendimento, sendo conseguido o recorde de16 min da frente de batalha at a sala de cirurgia do hospital. Porm verificou-se que isto no era por si s suficiente para reduzir o nmero de mortes e

    sequelas. Com isto foi utilizado pessoal no Mdico treinado em AtendimentoPr-Hospitalar a Emergncias e com isso se conseguiu uma diminuio em

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 50% no nmero de morte e de 70% no nmero de sequelas. Com o trmino daguerra o pessoal empregado durante aquele conflito foi empenhado naGUERRA DAS RUAS onde o nmero de mortes por ano superava e aindahoje supera em muito o nmero de mortos em toda a guerra do Vietn. Comisto o pessoal treinado no Mdico, foi aproveitado e em 1973 foi criadolegalmente o Emergency Medical Service (EMS). Sistema similar, utilizandotambm pessoal no mdico treinado hoje utilizado em 10 dos maisdesenvolvidos pases da atualidade com timos resultados.

    No Brasil

    No Brasil o sistema de atendimento Pr-Hospitalar, iniciou-se em 1981 noDistrito Federal, logo depois foi iniciado no Rio de Janeiro (1986) e Paran(1989). No ano de 1990 entrou em funcionamento o Sistema Resgate de SoPaulo e mais recentemente em 1994, o Sistema de Resgate do Municpio deBelo Horizonte - MG.

    Em Minas Gerais o treinamento do pessoal vem sendo feito desde 1992,onde as tcnicas e procedimentos de Atendimento j vinham sendo feito pelo

    Corpo de Bombeiros da PMMG, desde esta poca, onde os treinamentos foraminiciados pelo ento Ten. Felipe Aidar e mais tarde foi ajudado pelo Sgt. Cleber e depois pelo Sgt. Cortezo e Cap. Teixeira. Tal treinamento culminou com aimplantao do Sistema de Atendimento Pr-Hospitalar as Emergncias deBelo Horizonte, Sistema Resgate em 23 de Dezembro de 1994.

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    ndice Glossrio 09Noes de Anatomia e Fisiologia 1001. Sistema Esqueltico 1102. Sistema Muscular 1403. Sistema Nervoso 1404. Sistema Respiratrio 1505. Sistema Digestrio 1606. Sistema Circulatrio 1707. Sistema Urinrio 1908. Sistema Genital 2009. Sistema Endcrino 2110. Sistema Sensorial 2111. Sistema Tegumentar 21Noes de Enfermagem 22Avaliao da Vtima 23Obstruo Respiratria 44

    Parada Respiratria 47Parada Cardiorrespiratria 48Afogamento 54Queimadura 63Choque Eltrico 65Emergncia Clnica 67Animais Peonhentos 70

    Ferimentos e Hemorragias 78Fraturas 82Estado de Choque 86Parto de Emergncia 88Bibliografia 90

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    Glossrio Anafiltico Reao violenta do organismo por certas substnciasApndice Xifide Alongado e cartilaginoso em forma de espada

    Apnia Suspenso da respiraoAVDN Alerta Verbais Dolorosas No respondeAvulso Membro decepado, arrancadoBradicardia Reduo do batimento cardacoBradispnia Respirao lentaCadiognico Falha no bombeamento do sangueCefalia Dor de cabeaCianose Colorao azulada, rocheadaCrepitao EstalosDEA Desfibrilador Externo AutomticoDerme Abaixo da peleDispnia Dificuldade na respiraoEmpalado Objeto cravado

    Epiderme Superfcie da peleEritema Pele inflamadaErucismo Ao txica do venenoEupnia Facilidade para Respirar Flictena BolhaHemodinmica Estudo do movimento do sangueHemstase Efeito de estancar uma hemorragiaHiperemia Abundncia de sangue em certa parte do corpoHipertemia Aumento de temperaturaHipotermia Diminuio de temperaturaHipovolmico Perda de lquidoInsolao Aquecimento do corpo pelo SolIntermao Aquecimento do corpo por doena

    Liquor Lquido procedente do crebro, amarelado ou com sangueManobra de Heimlich HEIMLICH, nome do alemo criador da manobraMidrase Dilatao da PupilaMiose Contrao da PupilaOclusivo FechadoOrtopnia Dificuldade de respirar deitado, melhor sentado ou em pPelve BaciaPerfuso Passagem lquida capilar (passagem de sangue nas veias)Pneumotrax Introduo espontnea ou acidental, de ar na membrana do pulmoPrurido CoceiraRCP Reanimao Cardiopulmonar Sptico Provocado por infecoSndrome Sinais, sintoma

    Sudorese Suor Taquicardia Aumento do batimento cardacoTaquipnia Respirao curta e aceleradaTraqueostomia Abertura na traquiaTrauma Extenso, gravidadeVAS Vias Areas SuperioresVaso constrio Diminuio do vaso sangneoVRC Vias areas, Respirao e Circulao

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    Noes de Anatomia e Fisiologia

    Diviso do Corpo HumanoCORP

    CABEA

    PESCOO

    TORAXTRONCOABDOME

    RAIZ OMBRO

    BRAOANTEBRAO

    SUPERIOR PARTELIVRE MO

    RAIZ QUADRIL

    COXAPERNA

    CORPOHUMANO

    MEMBROS

    INFERIOR PARTELIVRE P

    ESCOO TRONCO

    Anatomia Sistmica

    1 Sistema Esqueltico - Junturas 7 Sistema Urinrio

    2 Sistema Muscular 8 Sistema Genital Masculino e Feminino 3 Sistema Nervoso 9 Sistema Endcrino 4 Sistema Respiratrio 10 Sistema Sensorial 5 Sistema Digestrio 11 Sistema Tegumentar 6 Sistema Circulatrio

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Sistema Esqueltico 01

    constitudo por ossos nmero de 206.

    Funo

    Sustentao e conformao do corpo;

    Proteo de rgos internos como: corao,pulmo, sistema nervoso central.

    Local de armazenamento de Ca (Clcio) e P(Fsforo);

    Local de produo de clulas sanguneas (namedula ssea);

    Sistema de alavanca que, movimentada pelosmsculos, permitem o deslocamento do corpo notodo ou em partes.

    Classificao

    Osso Longo Comprimento predomina sobre alargura e espessuraEx: Fmur, mero, tbio.

    Osso Curto H uma equivalncia entre asdimenses.Ex: Ossos do carpo e tarso.

    Osso Pneumtico Contm ar em suascavidades.Ex: Frontal

    Osso Laminar O comprimento e a largurapredominam sobre a espessura.

    Osso Irregular No tem nenhuma semelhanacom figuras geomtricas.Ex: Ossos da coluna vertebral.

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    Esqueleto

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    JunturasJunturas ou articulaes so estruturas que servem para unir dois ou maisossos. Elas tambm permitem a realizao de movimentos.

    Movimentos: Flexo, Extenso e Rotao.Sistema Muscular 02

    Os msculos so elementos ativos do movimento do corpo.A musculatura no apenas torna possvel o movimento como determina aposio e a postura do esqueleto.

    a) Ventre a parte carnosa, vermelhab) Tendo Tecido conjuntivo resistente de cor branca,

    fixa o msculo nos ossos, em forma de fita.ComponentesMusculares

    c) Aponeurose Igual ao tendo s que em forma de leque.

    Tipos deMsculo

    EsquelticoLisoCardaco

    Sistema Nervoso 03

    constitudo por inmeras clulas nervosas.

    A clula nervosa chamada de neurnio.Funo

    Coordenar e controlar as funes de todos os sistemas do organismo. Integrar o organismo com o meio ambiente interpretando e respondendo

    adequadamente a eles.

    Obs.: Muitas funes do sistema nervoso dependem da vontade do indivduocomo: caminhar, falar, rir, etc., e muitas outras ocorrem sem que a pessoatenha conscincia delas, como: sensao de frio, sensao da saliva, aumento

    ou diminuio da pupila.Diviso

    CREBROCEREBELO

    MESENCFALOPONTE

    ENCFALOTRONCO

    ENCEFLICO BULBO

    SISTEMANERVOSOCENTRAL

    MEDULANERVOSGANGLIOS

    SISTEMANERVOSO

    PERIFRICO TERMINAES NERVOSAS

    SIMPTICO

    SISTEMANERVOSO

    SISTEMANERVOSOAUTNOMO

    PARASSIMPTICO

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    Crebro responsvel pela interpretao da sensibilidade,pensamento, idia, memria, locomoo, outros.Cerebelo responsvel pelo equilbrio e tnus muscular.EncfaloTronco Enceflico responsvel pela respirao, temperaturacorporal, defecao, vmito.

    Medula Encontra-se no canal vertebral. Dela originam os nervos espinhais.

    Sistema Respiratrio 04 um sistema bsico dos seres vivos, pois o O 2 (oxignio) importante paraenergia celular. Obtemos o O2 do ar que respiramos.

    Funo

    Responsvel pela respirao, isto :

    Fornecimento de O2 para ser distribudo pelo sangue a todas as clulas docorpo.

    Eliminao de CO2 (gs carbnico) do organismo.

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    Felipe Jos Aidar Martins

    Diviso

    a) Nariz e) Traquiab) Fossas Nasais f) Brnquiosc) Faringe g) Alvolos Pulmonares

    ViasAreas

    Superiores(VAS) d) Laringe

    ViasAreas

    Inferiores h) Pulmes

    ImportanteManter as vias areas desobstrudas.A hematose, que a troca gasosa, ocorre o nvel de alvolos pulmonares que a passagem do O 2 dos alvolos para o sangue e o CO 2 do sangue paradentro dos alvolos pulmonares.

    Sistema Digestrio 05 Destina-se retirada dos nutrientes (carboidratos, acares, lipides, gorduras,protenas, vitaminas, sais minerais e gua) dos alimentos para assegurar a vidacelular.

    Funo

    Mastigao. Deglutio. Digesto dos alimentos. Absoro dos nutrientes. Eliminao de substncias que no foram aproveitadas pelo organismo.

    Constitudo por Boca Faringe Esfago Estmago Intestino Delgado Intestino Grosso

    rgos Complementares

    Glndulas Salivares Fgado Pncreas

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Sistema Circulatrio 06 O sistema circulatrio um sistema fechado, sem comunicao com o exterior. constitudo por um rgo central que o corao, por tubos que so os

    vasos sangneos por onde passa o sangue.Funo

    A funo bsica de conduzir material nutritivo (nutrientes) e o oxignio(O2) a todas as clulas do nosso organismo.

    Recolher do organismo substncias txicas e em excesso que serofiltradas nos RINS.

    Constituio

    CORAO Funciona como uma bomba contrtil propulsora, para mandar sangue a todas as partes do corpo.

    Sstole Movimento de contrao do msculo cardaco. O sangue impulsionado para os vasos sanguneos.

    Distole Movimento de relaxamento do msculo cardaco. O corao seenche de sangue.

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    a) Artrias so vasos sanguneos que recebem sanguesob presso do corao para qualquer partedo corpo;

    elas pulsam; suas paredes so espessas; quando so cortadas, o sangue esguicha; a maioria mais profunda no corpo.

    b) Veias so vasos sanguneos que levam o sanguede qualquer parte do corpo para o corao;

    elas no pulsam; suas paredes so finas e flcidas; quando so cortadas o sangue escorre; a maioria mais superficial no corpo.

    VASOSSANGUNEOS

    c) Capilares so vasos sanguneos de calibre reduzido.

    SANGUE

    responsvel em levar para todas as clulas do nossoorganismo substncias nutritivas, hormnios, de que asclulas necessitam para viver e exercer suas funes;

    o sangue recebe o oxignio nos pulmes para leva-lo sclulas, e recebe das clulas o gs carbnico e leva para ospulmes para que seja eliminado;

    recebe tambm das clulas de todo o corpo, resduos ouescrias (produtos finais do metabolismo, no aproveitveispelas clulas) e deixa nos rins que os elimina atravs da urina;

    o sangue responsvel pelo equilbrio trmico (temperaturado corpo), aproximadamente 37C;

    responsvel pela defesa do organismo.

    O veculo o sangue, que composto por:

    PARTE LQUIDA Plasma Nutrio

    Hemcias (clulas vermelhas) Transporte de gasesLeuccitos (clulas brancas) DefesaPARTE SLIDAPlaquetas Coagulao

    atravs do sangue que levamos a energia da vida para todas as clulas detodos os tecidos do corpo.

    Ento:

    Qualquer alterao no sistema circulatrio acarretar uma dificuldade denutrio, oxigenao, defesa e coagulao dos tecidos, podendo levar aosofrimento celular e morte celular.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 1. Grande Circulao:

    o sangue sai do VentrculoEsquerdo, vai atravs da Artria Aortaindo para todas as partes do corpo,entregando o Oxignio s clulas erecebendo CO2, voltando ao trioDireito do corao.

    2. Pequena Circulao:o sangue sai do Ventrculo Direito,

    indo para os Pulmes atravs dasArtrias Pulmonares, para a eliminaode CO2 e incluso de O2 (Hematose),voltando ao trio Esquerdo do Coraoatravs das Veias Pulmonares.

    Sistema Urinrio 07 Este sistema responsvel pela formao da urina e eliminao da mesmapara fora do organismo.

    Funo

    Principal funo dos rins filtrar o sangue, retirando dele substncias txicas eem excesso para serem eliminadas do organismo.

    Constituio

    RinsUreteresBexigaUretra

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    Sistema Genital Masculino e Feminino 08 MASCULINO

    FunoProduo de espermatozide para fecundao.

    Constitudo por

    PnisTestculoConduto deferenteVescula SeminalPrstataUretra

    FEMININOFuno

    Amadurecimento do vulo e recepo do espermatozide para a fecundao.

    Constitudo por

    VaginateroTubas UterinasOvrios

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Sistema Endcrino 09 Funo

    Produo de Hormnios.Constitudo por glndulas1. Hipfise2. Tireide3. Paratireide4. Pncreas5. Supra-Renais6. Testculos7. Ovrios

    Sistema Sensorial 10 Os rgos do sentido colocam o organismo humano em contato com o mundoexterior.Constitudo por

    1. Olho para a viso2. Orelha para a audio3. Lngua para a gustao4. Nariz para o olfato5. Pele para o trato

    Sistema Tegumentar 11 um conjunto de estruturas superficiais chamada de pele que reveste todo ocorpo e que se dispe em camadas.Funo Proteo do corpo s agresses do meio ambiente. Participa do equilbrio hdrico e trmico. Armazenamento de energia. Percepo sensorial de superfcie: tato, dor, calor, frio, presso.Constitudo por

    a) PeleApresenta trs camadas

    principais

    EpidermeDermeTecido Subcutneo

    b) Anexos da Pele

    GlndulasSudorparasGlndulas SebceasUnhasPelosGlndulas Mamrias

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    Noes de Enfermagem

    Sinais Vitaisa) Temperatura b) Respirao c) Pulso d)Presso Arteriala) Temperatura

    Temperatura Bucal 36,2 a 37,0 CTemperatura Retal 36,4 a 37,2 CTemperatura Axilar 36,0 a 37,0 C

    Sub Normal 35,0 a 36,0 CTemperatura abaixo do normalHiportemia 34,0 a 35,0 C

    Temperatura elevada Estado Febril 37,5 a 37,9 CFebre 38,0 a 38,9 CPirexia 39,0 CHipertemiasHiperpirexia 39,1 a 41,0 C

    b) Respirao

    Adultos Masculino / Feminino 10 a 20 RPMCriana 20 a 30 RPM Lactente 30 a 40 RPM c) Pulso

    Adultos Masculino / Feminino 60 a 100 BPMCriana 100 a 120 BPM Lactente 120 a 140 BPM

    d) Presso Arterial

    a presso que o sangue exerce na parede das artriasPresso Sistlica

    a presso mxima 110 a 140 mmHg

    Presso Diastlica a presso mnima 60 a 90 mmHg

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Avaliao da Vtima

    AVALIAO DA CENA

    LOCAL SEGURO LOCAL INSEGURO

    CONTROLE O LOCAL E REMOVA OPACIENTE PARA LOCAL SEGURO

    AVALIAO INICIAL

    PACIENTE DE TRAUMA PACIENTE DE EMERGENCIAS CLINICAS

    HISTRICO E EXAME FSICO HISTRICO E EXAME FSICO

    AVALIE O MECANISMO DA LESAO CONSCIENTE INCONSCIENTE

    LESAO SIGNIFICATIVA SEM LESAO SIGNIFICATIVA SAMPUM EXAME FSICO

    EXAME FSICO AVALIAO ESPECFICADA LESAO

    EXAME BASEADONA QUEIXA DO

    PACIENTEMONITORE OSSINAIS VITAIS

    MONITORE OSSINAIS VITAIS

    MONITORE OSSINAIS VITAIS

    MONITORE OSSINAIS VITAIS

    SAMPUM

    SAMPUM SAMPUM TRANSPORTE TRANSPORTE

    TRANSPORTE TRANSPORTE

    EXAME FSICODETALHADO

    CONTINUE O EXAMEFSICO DETALHADO

    CONTINUE OEXAME FSICODETALHADO

    EXAME FSICODETALHADO

    AVALIAO CONTINUADA

    COMUNICAO E DOCUMENTAO

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    AVALIAO DO PACIENTEO atendimento compreende de: C Checar

    C Chamar C Cuidar

    C Checar Consiste em verificar se o local seguro e a situao em que avtima se encontra e o nmero de vtimas.

    C Chamar O Socorrista no deve perder tempo, pois cada minuto perdidopode ser a diferena entre a vida e a morte para vtima. Onmero a ser chamado o nmero 193 que o nmero doResgate do Corpo de Bombeiros.

    C Cuidar Enquanto o Socorrista aguarda a chegada do Resgate doCorpo de Bombeiros, ele deve se colocar ao lado da vtima ecomear os cuidados at a chegada dos Bombeiros.

    AVALIAO DA CENA

    Aps o Socorrista ter CHECADO o ocorrido, e CHAMADO O RESGATE DOCORPO DE BOMBEIROS, 193, o Socorrista dever comear a CUIDAR davtima, para isto deve haver a AVALIAO DA CENA.

    Se o local for seguro ento o trabalho do Socorrista fica mais facilitado. Caso olocal no seja seguro o Socorrista deve procurar controlar este, e at mesmoremover o paciente do local se no houver como tornar este local seguro.

    Caso seja possvel o local deve ser controlado, ou seja, tornando-o seguroatravs de isolamento ou mesmo controlando outros fatores de risco, ento oscuidados para com a vtima podero ser iniciados.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    AVALIAO INICIAL

    A avaliao inicial consiste em verificar que tipo de problema houve, ou seja, se

    foi um problema provocado por um acidente (Trauma) ou um problema desade (Clnico).

    PACIENTE DE TRAUMA

    Neste caso deve ser verificado o que deu origem ao ocorrido e iniciar o exameda vitima(histrico do ocorrido e exame fsico visual da vtima) .

    Aps isto ento o Socorrista dever avaliar o mecanismo da leso , verificandoo que realmente ocorreu, principalmente atravs:

    de relacionar a vtima ao acidente

    de relato de testemunhas

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    Felipe Jos Aidar Martins

    VTIMA DE TRAUMA COM LESO GRAVE (Significativa)

    Neste caso dever ser feito o EXAME FSICO da vtima que consiste em:

    1. Verificar se a vtima est consciente: perguntando para a vtima se est tudo bem.

    2. V Abrir Vias Areas: possivelmente com o controle da coluna.

    3. R Respirao: ver, ouvir e sentir os movimentos respiratrios.

    4. C Circulao: verificao de pulso em grandes artrias com o controle de grandeshemorragias.

    5. Exame Fsico: Exame rpido da cabea aos ps, a fim de verificar os problemas mais gravesque a vtima possa ter.

    1. Verificar se a vtima est ou no consciente: e se estiver consciente, verificar que local sente mais dor.

    2. V Abrir Vias Areas: possivelmente com o controle da coluna

    Em caso de suspeita de leso na coluna (vtima inconsciente, vtima de trauma,e quando no se conhece o mecanismo da leso), dever ser utilizado ummtodo de abertura das Vias Areas que no agrave a possvel leso nacoluna.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Adulto

    JAW-THRUST 1(Trplice Manobra)

    JAW-THRUST 01(Trplice Manobra) Elevao da Mandbula I

    JAW-THRUST 02Elevao da Mandbula II

    CHIN LIFTLevantamento do Queixo

    JAW LIFTLevantamento da Mandbula

    Criana

    Beb

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    Felipe Jos Aidar Martins

    3. R Respirao:

    Ver, ouvir e sentir os movimentos respiratrios.

    Caso a vtima no respire, efetue 02 insuflaes(boca a boca em adulto ou criana,ou boca a boca e nariz se for beb)

    Adulto: acima de 08 anos de idadeCriana: de 01 a 08 anos de idadeBeb: menos de 01 ano de idade

    Para melhorar a insuflao pode ser utilizada a Manobra de Presso na

    Cartilagem Cricide (Manobra deSellick)

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 4. C Circulao: Verificao de pulso em grandes artrias com o controle de grandeshemorragias.

    Adulto ou CrianaPulso Carotdeo

    BebPulso Braquial

    5. Exame Fsico: Exame rpido da cabea aos ps, a fim de verificar os problemas mais gravesque a vtima possa ter.

    Consiste no exame da vtima, feito da cabea aos ps, procurando por problemas graves que podem colocar a vtima em risco de vida.

    A imobilizao da cabea dever ser feita o tempo todo manualmente.

    Aps o exame da regio do pescoo, dever ser colocado o colar cervical.

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    Felipe Jos Aidar Martins

    a) Examine o trax da vtima, observe a respirao (movimentos e expansodo trax).

    b) Examine o trax procurando ferimentos, segmentos soltos, deformidades ouqualquer anormalidade.

    c) Apalpe o abdome, procurandopor reas mais enrijecidas, comhematomas, ferimentos e deformidade.

    d) Examine a bacia, verificando seexiste dor, crepitao ou rangido.

    e) Examine os membros superioresprocurando por ferimentos,deformidades e por fraturas.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia f) Verifique pulso distal e perfuso capilar.

    g) Examine os membros superioresprocurando por ferimentosdeformidades e por fraturas.

    h) Verifique pulso distal e perfuso capilar.

    i) Se a vtima estiver conscienteverifique sensibilidade e respostamotora, alm do pulso distal eperfuso capilar

    MONITORE SINAIS VITAIS

    1. Respirao 2. Pulso

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    Felipe Jos Aidar Martins

    3. Presso Arterial 4. Pele

    SAMPUM

    O SAMPUM consiste na verificao de:

    SAM

    PUM

    Sinais e sintomasAlergias que a vtima tenhaMedicamentos que faz uso ou toma (com ou sem prescrio mdica)

    Problemas mdicos apresentados anteriormenteltima alimentao feita de forma oralMecanismo da leso

    TRANSPORTE

    O transporte deve ser iniciado assim que possvel. importante que no seperca mais do que 10 minutos desde a chegada no local at iniciar otransporte. O transporte deve ser realizado no mnimo utilizando PranchaLonga e Colar Cervical.

    EXAME FSICO DETALHADO

    Consiste no Exame Fsico, porm feito de forma mais detalhado com autilizao de lanternas, Esfigmomanmetro, Estetoscpio, sendo que ooxignio deve ser sempre utilizado em caso de traumas.

    1. Exame das pupilas. 2. Verifique a presena de objetosestranhos e/ou secrees na boca.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 3. Verifique a sada de Liquor e/ousangue pelo nariz e/ou ouvidos.

    4. Presso Arterial

    AVALIAO CONTINUADA

    Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado no chega, a vtimadeve ser reavaliada a cada 05 minutos.

    Dever ainda ser feita a comunicao e o preenchimento de documentao sefor o caso.

    SEM LESO SIGNIFICATIVA (Trauma Menor)

    Avaliao especfica da leso.

    MONITORE SINAIS VITAIS

    1. Respirao 2. Pulso

    3. Presso Arterial 4. Pele

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    Felipe Jos Aidar Martins

    SAMPUM

    O SAMPUM consiste na verificao de:

    S

    AMPUM

    Sinais e sintomas

    Alergias que a vtima tenhaMedicamentos que faz uso ou toma (com ou sem prescrio mdica)Problemas mdicos apresentados anteriormenteltima alimentao feita de forma oralMecanismo da leso

    TRANSPORTE

    O transporte deve ser iniciado assim que possvel. importante que no seperca mais do que 10 minutos desde a chegada no local at iniciar otransporte. O transporte deve ser realizado no mnimo utilizando PranchaLonga e Colar Cervical.

    PACIENTE DE EMERGNCIAS CLNICAS

    Neste caso deve ser verificado o quedeu origem ao ocorrido e iniciar oexame da vtima (histrico do ocorridoe exame fsico visual da vtima).

    VTIMA CONSCIENTE (Caso Clnico)

    SAMPUM

    O SAMPUM consiste na verificao de:

    SAMP

    UM

    Sinais e sintomasAlergias que a vtima tenhaMedicamentos que faz uso ou toma (com ou sem prescrio mdica)Problemas mdicos apresentados anteriormente

    ltima alimentao feita de forma oralMecanismo da leso

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia EXAME BASEADO NA QUEIXA DO PACIENTE

    Faa o exame de acordo com o problema que o paciente est relatando, comopor exemplo, dor no peito (precordial), dificuldade de respirar (dispnia), etc.

    MONITORE SINAIS VITAIS

    1. Respirao 2. Pulso

    3. Presso Arterial 4. Pele

    TRANSPORTE

    O transporte deve ser iniciado assim que possvel. importante que no seperca mais do que 10 minutos desde a chegada no local at iniciar otransporte. O transporte deve ser realizado no mnimo utilizando PranchaLonga e Colar Cervical.

    EXAME FSICO DETALHADO

    Consiste no Exame Fsico, porm feito de forma mais detalhado com autilizao de lanternas, Esfigmomanmetro, Estetoscpio, sendo que ooxignio deve ser sempre utilizado em caso de traumas.

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    Felipe Jos Aidar Martins

    1. Exame das pupilas. 2. Verifique a presena de objetosestranhos e/ou secrees na boca.

    3. Verifique a sada de Liquor e/ousangue pelo nariz e/ou ouvidos.

    4. Presso Arterial

    AVALIAO CONTINUADA

    Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado no chega, a vtimadeve ser reavaliada a cada 05 minutos.

    Dever ainda ser feita a comunicao e o preenchimento de documentao sefor o caso.

    VTIMA INCONSCIENTE (Caso Clnico) Neste caso dever ser feito o EXAME FSICO da vtima que consiste em:

    1. Verificar se a vtima est consciente: perguntando para a vtima se est tudo bem.

    2. V Abrir Vias Areas: possivelmente com o controle da coluna.

    3. R Respirao: ver, ouvir e sentir os movimentos respiratrios.

    4. C Circulao: verificao de pulso em grandes artrias com o controle de grandeshemorragias.

    5. Exame Fsico: Exame rpido da cabea aos ps, a fim de verificar os problemas mais gravesque a vtima possa ter.

  • 8/6/2019 Apostila TEM

    37/100

    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    1. Verificar se a vtima est ou no consciente: e se estiver consciente, verificar que local sente mais dor.

    2. V Abrir Vias Areas: possivelmente com o controle da coluna

    Em caso de suspeita de leso na coluna (vtima inconsciente, vtima de trauma,e quando no se conhece o mecanismo da leso), dever ser utilizado ummtodo de abertura das Vias Areas que no agrave a possvel leso nacoluna.

    AdultoJAW-THRUST 1(Trplice Manobra)

    JAW-THRUST 01(Trplice Manobra) Elevao da Mandbula I

    JAW-THRUST 02Elevao da Mandbula II

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    Felipe Jos Aidar Martins

    CHIN LIFTLevantamento do Queixo

    JAW LIFTLevantamento da Mandbula

    Criana

    Beb

    3. R Respirao:

    Ver, ouvir e sentir os movimentos respiratrios.

    Caso a vtima no respire, efetue 02 insuflaes(boca a boca em adulto ou criana,ou boca a boca e nariz se for beb)

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    Adulto: acima de 08 anos de idadeCriana: de 01 a 08 anos de idadeBeb: menos de 01 ano de idade

    Para melhorar a insuflao pode ser utilizada a Manobra de Presso naCartilagem Cricide (Manobra deSellick)

    4. C Circulao: Verificao de pulso em grandes artrias com o controle de grandeshemorragias.

    Adulto ou CrianaPulso Carotdeo

    BebPulso Braquial

    39

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    5. Exame Fsico: Exame rpido da cabea aos ps, a fim de verificar os problemas mais gravesque a vtima possa ter.

    Consiste no exame da vtima, feito da cabea aos ps, procurando por

    problemas graves que podem colocar a vtima em risco de vida.A imobilizao da cabea dever ser feita o tempo todo manualmente.

    Aps o exame da regio do pescoo, dever ser colocado o colar cervical.

    a) Examine o trax da vtima, observe a respirao (movimentos e expansodo trax).

    b) Examine o trax procurando ferimentos, segmentos soltos, deformidades ouqualquer anormalidade.

  • 8/6/2019 Apostila TEM

    41/100

    Manual do Socorro Bsico de Emergncia c) Apalpe o abdome, procurandopor reas mais enrijecidas, comhematomas, ferimentos e deformidade.

    d) Examine a bacia, verificando seexiste dor, crepitao ou rangido.

    e) Examine os membros superioresprocurando por ferimentos,deformidades e por fraturas.

    f) Verifique pulso distal e perfuso capilar.

    g) Examine os membros superioresprocurando por ferimentosdeformidades e por fraturas.

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    h) Verifique pulso distal e perfuso capilar.

    i) Se a vtima estiver conscienteverifique sensibilidade e respostamotora, alm do pulso distal eperfuso capilar

    MONITORE SINAIS VITAIS

    1. Respirao 2. Pulso

    3. Presso Arterial 4. Pele

    SAMPUM

    O SAMPUM consiste na verificao de:

    SAMPU

    M

    Sinais e sintomasAlergias que a vtima tenhaMedicamentos que faz uso ou toma (com ou sem prescrio mdica)Problemas mdicos apresentados anteriormenteltima alimentao feita de forma oral

    Mecanismo da leso

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia TRANSPORTE

    O transporte deve ser iniciado assim que possvel. importante que no seperca mais do que 10 minutos desde a chegada no local at iniciar otransporte. O transporte deve ser realizado no mnimo utilizando PranchaLonga e Colar Cervical.

    EXAME FSICO DETALHADO

    Consiste no Exame Fsico, porm feito de forma mais detalhado com autilizao de lanternas, Esfigmomanmetro, Estetoscpio, sendo que ooxignio deve ser sempre utilizado em caso de traumas.

    1. Exame das pupilas. 2. Verifique a presena de objetosestranhos e/ou secrees na boca.

    3. Verifique a sada de Liquor e/ousangue pelo nariz e/ou ouvidos.

    4. Presso Arterial

    AVALIAO CONTINUADA

    Durante o transporte, ou enquanto o socorro adequado no chega, a vtimadeve ser reavaliada a cada 05 minutos.

    Dever ainda ser feita a comunicao e o preenchimento de documentao sefor o caso.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Beb Engasgado1- Verifique inconscincia.

    2- Abra as Vias Areas e verifique aRespirao

    3- Se no respira, efetue duasinsuflaes boca a boca e nariz.

    4- Se o ar no passa (o trax no seeleva), repita a abertura das ViasAreas e as insuflaes. Se persistir aobstruo, segure o beb em suasmos.

    5- Vire o beb de bruos e efetue 05pancadas entre as escpulas do beb

    6- Vire o beb de barriga para cima, visualize a linha dos mamilos e coloquedois dedos no Esterno, abaixo desta linha e efetue 05 compresses.

    7- Aps as manobras, tente visualizar e retirar o objeto estranho.

    Se no respira e persiste a obstruo,repita os passos anteriores, at a

    desobstruo, ou at a chegada desocorro adequado.

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    Vtima Inconsciente Engasgada1- Verifique a inconscincia 2- Se a vtima estiver inconsciente,

    abras as Vias Areas e verifique aRespirao.

    3- Caso a vtima no respire, efetueduas insuflaes boca a boca

    4- Se no conseguir (o trax no se elevar), repita a liberao das Vias Arease as ventilaes.

    5- Se o ar no passar, realize as manobras de RCP.

    Adulto Criana Lactente*Vtima Adulta atendida por 01 ou 02socorristas, o sincronismo ser de 02insuflaes e 30 massagens cardacasexternas por 05 ciclos.*Vtima Criana e Lactentes atendidapor:

    01 socorrista, o sincronismo serde 02 insuflaes e 30 massagenscardacas externas por 05 ciclos.

    02 socorristas, o sincronismo serde 02 insuflaes e 15 massagenscardacas externas por 05 ciclos

    Obs:Toda vez que o socorrista abrir as Vias Areas para aplicar ventilaes deresgate, ele deve inspecionar a boca e remover quaisquer objetos, caso haja.Obs:Se no respirar e persistir a obstruo, repita os passos anteriores, at adesobstruo, ou at a chegada de socorro adequado.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    Parada Respiratria

    Adulto, Criana e Beb1- Verifique inconscincia

    Adulto ou Criana Beb

    2- Vias Areas (abertura) 3- Respirao (verificar) Ver, Ouvir e Sentir

    4- Se a vtima no respira, libere as VAS, pressione suas narinas com os dedose efetue duas insuflaes:

    Adulto ou CrianaBoca a boca, ou boca a mscara.

    BebBoca a boca e nariz, ou boca a mscara.

    5- Circulao (verificar), com o controle de grandes hemorragias:

    Adulto ou CrianaPulso Carotdeo

    BebPulso Braquial

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    6- Se a vtima tem pulso, ento a vtima apresenta um quadro deParada Respiratria

    AdultoFaa um ventilao a cada

    5 a 6 segundos

    Criana ou BebFaa um ventilao a cada

    3 a 5 segundos

    Parada Cardiorrespiratria

    Adulto, Criana e Beb1- Verifique inconscincia

    Adulto ou Criana Beb

    2- Vias Areas (abertura) 3- Respirao (verificar) Ver, Ouvir e Sentir

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 4- Se a vtima no respira, libere as VAS, pressione suas narinas com osdedos e efetue duas insuflaes:

    Adulto ou CrianaBoca a boca, ou boca a

    mscara.

    BebBoca a boca e nariz, ou boca a mscara.

    5- Circulao (verificar),com o controle de grandeshemorragias:

    Adulto ou CrianaPulso Carotdeo

    BebPulso Braquial

    6- Se a vtima no tem pulso, ento ela apresenta um quadro de ParadaCardiorrespiratria.

    Ache o local da massagem cardaca externa

    O local da massagem cardaca externa baseada pelos mamilos.

    Adultos e Crianas:No centro do peito entre os mamilos

    Bebs: Imediatamenteabaixo da linha dos mamilos

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

    50/100

    Felipe Jos Aidar Martins

    As mos devem ser sobrepostas, dedos entrelaados e somente uma dasmos em contato com o osso Esterno.

    As compresses fazem com que o sangue circule, substituindo assim otrabalho que seria feito pelo corao.

    7- Sincronismo das ventilaes e massagens cardacas externas:

    Vtima adulta atendida por 01 ou 02 socorristas o sincronismo ser de02 insuflaes e 30 massagens externas (02 x 30)

    Verificando o pulso a cada 05 ciclos

    Vtima Criana ou Beb atendida por 01 socorrista o sincronismo ser de02 insuflaes e 30 massagens externas (02 x 30)Verificando o pulso a cada 05 ciclos

    Vtima Criana ou Beb atendida por 02 socorrista o sincronismo ser de02 insuflaes e 15 massagens externas (02 x 30)

    Verificando o pulso a cada 05 ciclos

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia 8- Quadro resumido

    Adulto Criana Beb

    Obstruo Respiratria

    ADULTO CRIANA BEB

    COMPRESSAO CompressoAbdominalCompressoAbdominal

    Golpe nas costas ecompressestorcicas

    CICLOS 05 Compresses 05 Compresses05 golpes05 massagenscardacas

    Parada Respiratria

    ADULTO CRIANA BEB

    COMPRESSAO 01 Insuflao a cada5 a 6 segundos01 Insuflao a cada

    3 a 5 segundos01 Insuflao a cada

    3 a 5 segundos

    CICLOS 1 minuto 1 minuto 1 minuto

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    Parada Cardiorrespiratria

    ADULTO CRIANA BEB

    POSIO DA MO 2 mos sobre oEsterno1 mo sobre oEsterno

    2 dedos abaixo dalinha dosmamilos.

    COMPRESSAO 3,5 a 5,0 Cm1/3 a daprofundidade dotrax.

    1/3 a daprofundidade dotrax.

    INSUFLAO 1 a cada5 a 6 segundos1 a cada3 a 5 segundos

    1 a cada3 a 5 segundos

    CICLO30 Compresses02 Insuflaes(1 ou 2 socorristas)

    30 Compresses02 Insuflaes(1 socorrista)

    15 Compresses02 Insuflaes(2 socorristas)

    30 Compresses02 Insuflaes(1 socorrista)

    15 Compresses02 Insuflaes(2 socorristas)

    TEMPOCerca de02 minutosos 05 ciclos

    Cerca de02 minutosos 05 ciclos

    Cerca de02 minutosos 05 ciclos

    Uso do DesfibriladorEm casos de parada cardiorrespiratria, a Corrente da Sobrevivncia deverser observada.

    Todos os socorristas devem aplicar 01 choque, seguido de RCP imediata,comeando com compresses torcicas, quando tratar-se de colapso sbito.

    Todos os socorristas devem aplicar aproximadamente 05 ciclos (cerca de 02minutos) de RCP antes da tentativa de desfibrilao, quando o intervalo entre opedido de auxlio e a chegada da equipe de resgate for maior que 4 a 5minutos.

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Todos os socorristas devem verificar o ritmo cardaco da vtima aps cerca de05 ciclos (aproximadamente 02 minutos) de RCP.

    Os DEAs so recomendados para utilizao em crianas de 01 ano ou mais.Sendo que para crianas de 01 a 08 anos de idade deve-se usar um DEA comum sistema atenuador de dose peditrica, com ps peditricas.O socorrista dever seguir as instrues que o equipamento fornecer logo apsligado, conectando os Eletrodos conforme o desenho abaixo.

    No caso da vtima ter Marca Passo, os eletrodos devero ser colocadosconforme o desenho abaixo.

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    Afogamento Definio um quadro de asfixia por imerso em um meio lquido.

    Classificao do Afogamento quanto ao

    MECANISMO NATUREZA DO MEIO LQUIDO

    a) Primrio

    Efeito evidente do afogamento ocorreo quadro de asfixia e, a seguir, paradacardaca. Encontrando em 90% doscasos.

    Corresponde ao afogado AZUL daEscola Francesa. A vtima apresenta-se ciantica, congestionando-se comespuma na boca e no nariz.

    b) Secundrio

    Sobrevm a parada cardaca e, aseguir, a asfixia. o afogadoBRANCO da Escola Francesa.

    A vtima apresenta o aspecto lvido eplido, no tendo espuma na boca enem no nariz, e a respiraocompletamente ausente.

    Neste grupo temos o chamado

    afogado seco que, devido aoespasmo mantido da glote, no aspiragua para os alvolos pulmonares.

    Um caso especial de afogamentosecundrio a Hidrocusso ouSndrome Trmico Diferencial; ocorrepor mecanismo reflexo e ocasiona aparada cardaca.

    a) gua Doce

    A gua dos alvolos pulmonarespassa para a corrente sangunea.Ocorre a hemodiluio, aumento dovolume sanguneo, passando para aclula , causando hemlise.

    b) gua Salgada

    O plasma sanguneo passa para osalvolos pulmonares, provocando oedema pulmonar. Diminui o volume desangue, ocorrendo ahemocncentrao.

    Pode ocorrer choque hipovolmico, osefeitos aparecem de 5 minutos a 4dias.

    O plasma sanguneo 0,9%gua Salgada 3,5%gua Doce 0,0%

  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Seqncia dos Eventos no AfogamentoMINUTOS

    0 Imerso Total1 Pnico Iminente2 Luta contra asfixia3 Espasmo da glote4 Deglutio lquida5 Vmito6 Perda da Conscincia7 Aspirao Lquida8 Distrbios Hidrossalinos9 Parada Cardiorrespiratria

    ++ Morte cerebral

    Fases do AfogamentoDe acordo com o Manual of Open Water Lifesaving (1994) da The UnitedStates Livesafing Association (USLA), o processo de afogamento envolve trsfases distintas, que podem ser interrompidas atravs da interveno em suaocorrncia. So elas:

    a) Angstia

    Esta palavra talvez no seja a que melhor defina esta fase, mas a que melhor se adapta palavra original desta teoria: Distress, que o stress ao dobro, estress significa submeter algum a grande esforo ou dificuldades, ou aindacausar receio ou estar perturbado.

    H algumas vezes um longo perodo de aumento da angstia antes do perigoreal da emergncia de afogamento e estas situaes podem envolver nadadores fracos ou cansados em guas mais profundas que suas alturas,banhistas arrastados por uma corrente ou nadadores que apresentam cibrasou traumas. Durante a ocorrncia angstia, nadadores so capazes de semanterem na gua com tcnicas de natao ou equipamentos flutuantes, mastem dificuldades de alcanar o grau de segurana necessrio. Eles podem ser capazes de gritar, acenar por socorro, ou mover-se em direo ajuda deoutros.

    Alguns nadadores nem sequer sabem que esto em perigo e podem nadar contra uma corrente sem, num primeiro momento, perceber que no estoobtendo sucesso.

    A ocorrncia da angustia pode durar alguns segundos ou pode prolongar-sepor alguns minutos ou at mesmo horas. A medida que a fora do nadador

    esgota-se, a ocorrncia da angstia progredir para o pnico se a vtima nofor resgatada ou ficar em segurana.

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  • 8/6/2019 Apostila TEM

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    Felipe Jos Aidar Martins

    b) Pnico

    O estgio do pnico do processo de afogamento pode se desenvolver do

    estgio da angstia, medida que a vtima perca suas foras, ou podecomear imediatamente imerso da vtima na gua. No estgio do pnico,avtima incapaz de manter sua flutuabilidade devido fadiga, completa falta dehabilidade natatria, ou algum problema fsico. Por exemplo um nadador fracoque cai de um equipamento flutuante pode imediatamente entrar no estgio dopnico. H pouca evidncia de qualquer braada efetiva.

    Em um afogamento a cabea e o rosto esto voltados para gua, com o queixogeralmente estendido. A vtima concentra toda sua energia para respirar, deforma que no h grito por socorro. O pnico interrompeu, tomou conta dobanhista.

    O estgio do pnico raramente dura muito devido s aes da vtima seremextremamente ineficientes. Alguns estudos sugerem que dura normalmenteentre 10 e 60 segundos, para desse estgio poder progredir imediatamentepara a submerso,a menos que ela seja resgatada.

    c) Submerso

    Ao contrrio da crena popular, a maioria dos afogamentos no resulta em umapessoa boiando emborcada (flutuando em decbito ventral). Apesar doaumento da flutuabilidade proporcionado pela gua salgada, pessoas sem um

    equipamento flutuante que perdem sua habilidade para se manter flutuandosubmergem e vo at o fundo. Em gua doce que proporciona muito menosflutuabilidade que a gua salgada, a submerso pode ocorrer extremamenterpido.

    A submerso pode no ser fatal se a vtima for resgatada a tempo, mas issopode ser uma tarefa muito difcil

    Obs: De acordo com a USLA, acredita-se que em at dois minutos h maior possibilidade de haver resgate com sucesso e ressucitao de vtimassubmersas.

    Graus do Afogamento e TratamentoPara que haja uma melhora no atendimento s vtimas de afogamento, bemcomo uma padronizao na maneira de se prestar os primeiros socorros a taisvtimas, existe a necessidade de se graduar o afogamento, pois cada vtima,dependendo de seu estado, necessita de cuidados mdicos diferenciados.

    Todos os casos de afogamento podem apresentar hipotermia, nuseas,vmitos, distenses abdominais, tremores, cefalia, mal estar, cansao, doresmusculares, dor no trax, diarria e outros sintomas inespecficos. Partindo-sedesse principio, separamos o afogamento em 06 (seis) graus diferentes, onde

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia levamos em considerao o batimento cardaco, a respirao e a pressocardaca.Para saber a gravidade do afogamento, o socorrista deve avaliar e relacionar os sinais e sintomas que a vtima apresenta conforme segue:

    Nvel de Conscincia: por estmulo ttil ou sonoro.Eficincia Respiratria: ver, ouvir, sentir e pela auscultao pulmonar.

    Eficincia Respiratria: pela verificao do pulso carotdeo.

    Auscultao Pulmonar: devemos esclarecer entretanto que, embora a auscultapulmonar seja uma to de conhecimento mdico, ela pode ser facilmenteensinada, para um reconhecimento correto do grau de afogamento. Tendo emvista a necessidade de se efetuar uma Ausculta Pulmonar nas vtimas, para seestabelecer o grau do afogamento, pois para definio dos graus leva-se emconsiderao como o afogado est respirando, veremos algumasanormalidades que podem ser detectadas numa ausculta.

    Sibilos: so chiados no peito, semelhantes aos chiados de indivduos com crise deasma e ocorrem principalmente durante a expirao.

    Roncos: so barulhos semelhantes ao som produzido quando sopramos atravs de umcanudo dentro de um copo com gua e ocorrem tanto na inspirao quanto na expirao.

    Estertores: so sons semelhantes aos roncos, porem mais agudos (finos), lembrandoo som produzidos quando esfregamos um tecido em outro, prximo ao ouvido.

    Obs: Durante a anlise da vtima para se estabelecer o grau do afogamento, a auscultapulmonar dever ser realizada nos 04 (quatro) campos do pulmo, aproximando oouvido do trax da vtima e buscando qualquer rudo anormal.

    Afogamento Grau 1

    As vtimas que apresentam esse grau de afogamento aspiraram uma quantidade mnimade gua, suficiente para produzir tosse. Geralmente tem um aspecto geral bom, e aausculta pulmonar normal ou com sibilos ou roncos, sem o aparecimento de estertores

    sendo que seu nvel de conscincia bom coma vtima apresentando lucidez, pormpodem estar agitadas ou sonolentas. Tais vtimas sentem frio e tm suas freqnciascardacas e respiratrias aumentadas devido ao esforo fsico, estresse do afogamento etambm pela descarga adrenergtica. No apresentam secrees nasais e bocais e podemainda estar cianticas devido ao frio e no devido hipxia.

    Tratamento

    - Verificao dos sinais vitais;- Fazer a vtima repousar;- Tranqilizar;- Aquecer;- Conduzir ao hospital caso necessrio.

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    Afogamento Grau 2

    apresentado pelas vtimas que aspiram quantidade de gua suficiente para alterar atroca gasosa (O2 CO2). So vtimas lcidas, agitadas ou desorientadas, e se forconstatada cianose, nos lbio e dedos, temos o comprometimento do sistemarespiratrio. Verifica-se tambm o aumento das freqncias cardaca e respiratria,sendo notada tambm a presena de estertores durante a auscultao pulmonar deintensidade leve a moderada, em alguns campos do pulmo.

    Tratamento

    - Verificao dos sinais vitais;- Aquecimento corporal;

    - Apoio psicolgico;- Tratar estado de choque;- Conduzir ao hospital especializado.

    Afogamento Grau 3

    Neste grau de afogamento a vtima aspira uma quantidade importante de gua,apresentando sinais de insuficincia aguda, com dispnia intensa (dificuldaderespiratria), cianose de mucosas e extremidades, estertorao intensa, indicando umedema pulmonar agudo, e tambm a presena de secreo nasal e bocal. Deve-se tomarcuidados com as vtimas no que tange vmitos, pois pode ser um fator de agravamentocaso no sejam tomadas medida para evitar a aspirao. Para evitar que haja aspiraode vmito, deve-se virar a cabea da vtima para o lado.No grau 3 a vtima apresenta nvel de conscincia de agitao psicomotora ou torpor(acorda se estimulado intensamente) e apresenta tambm taquicardia (freqnciacardaca acima de 100 batimentos por minuto), contudo sem hipotenso arterial (pressoarterial sistlica menor que 90 mmHg).

    Tratamento

    - Verificao dos sinais vitais;- Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm, devido dispnia;- Aquecimento corporal;- Tratar estado de choque;- Atendimento mdico especializado.

    Afogamento Grau 4

    Afogamento de grau 4 assemelha-se muito com o de grau 3, no que tange quantidadede gua aspirada, porm o nvel de conscincia pode variar de agitao ao coma sendoque a vtima quando em coma no desperta mesmo com estmulo doloroso intenso.A vtima apresenta taquicardia e tambm um quadro de hipotenso ou choque. Cabe

    lembrar que as diferenas entre o grau 3 e o grau 4 s sero importantes para

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia atendimento hospitalar, sendo que para o socorrista o procedimento no difere muito deum caso para outro.

    Tratamento

    - Verificao dos sinais vitais;- Ministrar O2 de 10 a 15 Lpm;- Aquecer a vtima;- Tratar estado de choque;- Atendimento mdico especializado.

    Afogamento Grau 5

    Nos casos de afogamento em grau 5, a vtima apresenta-se em apnia (paradarespiratria), contudo apresenta pulso arterial, indicando atividade cardaca. Apresenta

    um quadro de coma leve a profundo (inconsciente), com cianose intensa e grandequantidade de secreo oral e nasal.

    Tratamento

    - Verificao dos sinais vitais;- Efetuar ventilao na vtima (boca a boca, AMBU);- Aquecer a vtima;- Tratar estado de choque;- Atendimento mdico especializado.

    Afogamento Grau 6

    Trata-se da Parada Cardiorrespiratria, representada pela apnia e pela ausncia debatimentos respiratrios.

    Tratamento

    - Efetuar reanimao cardiopulmonar;- Em se obtendo sucesso na RCP deve-se aquecer a vtima;- Tratar o estado de choque;- Atendimento mdico especializado.

    Etapas do Salvamento Aqutico1- Pesquisa no local (ganchos, galhosde rvore, etc)

    2- Salvamento propriamente ditoTcnicas de jud aqutico e reboque

    3- Tcnicas de Primeiros Socorros

    a) Respirao Boca a Boca na gua.

    b) RCP se necessrio (apoiar o tronco

    na parte posterior)

    4- Encaminhamento a recursohospitalar.

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    Procedimento com vtimas de afogamento

    2.1 Retirada de vtima em piscina oubarranco de rios, lagoas, poos etc.

    Figura 1: manobra de retirada de vtima

    2.2 Transporte adequado para a retiradada vitima da gua para a margem:

    Figura 2: transporte de vtima

    2.3Reboque pelo queixo Rebocar a vtima pelo queixo

    posiciona-la na horizontal e face fora dagua.

    Figura 3: reboque pelo queixo

    2.4Reboque peito cruzado Rebocar a vtima abraando o peito a

    maneira mais favorvel para afogadostomados de pnico.

    Figura 4: reboque peito cruzado

    2.5 Manobra de Aproximao Na aproximao da vtima que ainda est na vertical e se debatendo na

    superfcie o bombeiro deve nadar at a vtima com a cabea fora da guamantendo-a no campo de sua viso e ao chegar deve mergulhar, a fim deevitar que a vtima venha agarra-lo, aps o mergulho, o bombeiro deve colocar as mos por cima dos joelhos na vtima, uma pela frente e outra por trs dascoxas, vir-la deixando-a de costas para si, e, desta feita, reboca-la.

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    Figura 4: nado de aproximao comflutuador Figura 5: manobra de aproximao

    2.6 Reboque com uso de flutuador

    O procedimento de aproximao da vtima o mesmo utilizado sem oequipamento, a diferena est na dispensa do mergulho quando o bombeiroest bem prximo da vtima, pois entrega de imediato o flutuador deixando-aem posio confortvel e mais segura. O procedimento completo pode ser verificado na seqncia de imagem a seguir.

    Figura 6: Nado deaproximao com

    flutuador.

    Figura 7: Colocao doflutuador na vtima e fe-

    chamento com mosqueto.

    Figura 8: reboque davtima com flutuador.

    2.7 Jud Aqutico

    Muitas vezes ao efetuar uma aproximao de uma vtima agitada, o guarda-vidas poder se expor a ser agarrado por ela, colocando sua integridade emriso. Embora isto deve ser evitado mantendo distncia da vtima durante aabordagem no salvamento, necessrio que o Guarda-Vidas saiba como selivrar de um agarramento.

    2.7.1 Agarramento pela frente, nos cabelos

    Figura 9: Agarramento pela frente

    Bater com fora a mo sobre a mo da vtima, forando a mesma a afrouxar a pegada.

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    Figura 10: Afrouxamento da pegada

    Simultaneamente, segurar a mo da vtima e girar para fora, torcendo o brao dela, deforma que ela fique de costas, quando o Guarda-Vidas se afasta e faz nova aproximao.2.7.2 Agarramento pela frente, abraando por sobre os braos

    Afundar enquanto fora os braos, abrindo-os.Empurrar com uma das pernas a vtima, afastando-se e efetuando nova abrdagem.

    2.7.3 Agarramento pela frente, abraando por sob os braos

    Figura 11: Agarramento abraando sob o braosUsar uma das mos em forma de cutelo, forando o nariz da vtima para cima.Simultaneamente, empurrar com um dos ps a vtima, afastando-a para fazer novaabordagem.

    2.7.4 Agarramento pelas costas, por sobre os braos:

    Forar os braos para fora, abrindo-os, enquanto afunda o corpo.Quando a vtima afrouxar a pegada, se desvencilhe dela e faa nova aproximao.

    2.7.5 Agarramento pelas costas, por baixo dos braos:

    Figura 12: agarramento pelas costas

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    BebCabea e Pescoo 18%Tronco 36%Cada Brao 9%Cada Perna 13,5%Regio do Perneo 1%

    CrianaCabea e Pescoo 18%Tronco 36%Cada Brao 9%Cada Perna 13,5%Regio do Perneo 1%

    AdultoCabea e Pescoo 9%Tronco 36%Cada Brao 9%Cada Perna 18%Regio do Perneo 1%

    Obs: O risco de vida est mais relacionado com a extenso do que com aprofundidade (choque, infeco).

    So consideradas graves as seguintes queimaduras

    Eltricas;Em perneo;Com mais de 10% da rea corprea;Com leso das vias areas.

    CondutaPrevenir o estado de choque;Evitar infeces na rea queimada;Controlar a dor.

    Procedimentos

    Queimaduras Trmicas Queimaduras QumicasApagar o fogo da vtima com gua,

    rolando-a no cho ou cobrindo-a com umcobertor (em direo aos ps).

    Verifique vias areas, respirao,circulao, e nvel de conscincia(especial ateno para VAS emqueimados de face).

    Retirar partes de roupas no queimadas;e as queimadas aderidas ao local,recortar em volta.

    Retirar pulseiras, anis, relgios, etc.

    Verificar VAS, respirao,

    circulao e nvel de conscincia eevitar choque.

    Retirar as roupas da vtima.

    Lavar com gua ou soro, sempresso ou frico.

    Identificar o agente qumico:cido lavar por 05 minutos.lcali lavar por 15 minutos.Na dvida, lavar por 15 minutos.

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    Estabelecer extenso e profundidadedas queimaduras.

    Quando de 1 grau, banhar o local comgua fria.No passar nada no local, no furar bolhas, e cuidado com a infeco.

    Cobrir regies queimadas com plsticosestril ou papel alumnio.

    Quando em olhos, cobrir com gazeembebida em soro.

    Se lcali seco no lavar, retirar manualmente (exemplo sodacaustica).

    Choque Eltrico Definio

    Acidente causado pelo contato com corrente de alta ou baixa tenso eltrica.

    Fisiopatologia

    A energia eltrica convertida em calor, em contato com a pele ou mucosa,causando uma leso trmica. Isto explicado pela lei de Joule.

    Calor = Resistncia X (Intensidade da Corrente)2 A leso auto limitada, ou seja, interrompida a corrente, no causa mais leso.A temperatura atingida no tecido o fator crtico que chamamos de magnitudeda leso.

    Sempre encontramos um ponto de entrada, trajeto e ponto de sada.Gravidade da Leso.

    A gravidade da leso depende:

    a)

    Resistncia da pele e estruturas internas do corpo, por exemplo: apalma da mo tem uma resistncia de 40.000 ohms; se estiver molhada a resistncia cai para 300 ohms, a mo de umtrabalhador braal tem mais uma resistncia de 1.000.000 ohms,aboca tem uma resistncia de 100 ohms.

    b) Tipo de polaridade d corrente (alternada ou contnua): a alternada

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    mais perigosa do que a contnua, por dar contraesmusculares tetnicas, que impede a vtima de afastar-se da fonte.

    c)Freqncia, intensidade e durao da corrente: quanto maior for aintensidade e durao do estmulo, maior ser a leso. Os calos

    so formados por camadas de queratina.Vias de Corrente

    Podemos ter 03 vias de corrente:

    Mo MoMo PP P

    Quadro Clnico

    QueimadurasA leso cutnea a mnima quando comparada sleses profundas. Temos um ponto de entrada(contato) e um ponto de sada (terra).

    Alteraes Cardacas

    A corrente eltrica provoca alteraes na

    despolarizao cardaca, podendo levar a arritmias,fibrilao e parada cardaca.Alteraes Pulmonares Ocorrem leses pulmonares trmicas, cominsuficincia respiratria grave.Complicaes Neurolgicas Agitao, perda de conscincia amnsia, cefalia,dficits motores, sensoriais e convulses.

    Leses MuscularesQueimaduras e catarata tardia.InfecesInsuficincia Renal Aguda.

    Alteraes Vasculares Hemorragias, tromboses e vasculites que podemcomprometer o segmento distal.

    Conduta

    * Desligue a energia e afaste a vtima da fonte, antes de iniciar o atendimento.* Verifique sinais vitais e inicie as manobras de reanimao, se necessrio.* Ministre oxignio.* Trate as queimaduras, no ponto de entrada e sada da corrente eltrica.* Transporte para o hospital.B

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    Emergncia Clnica 1 AnginaEstreitamento da artria do corao

    Sinais e Sintomas

    Dor (esforo ou emoo);Geralmente curta durao;Melhora o uso de vasodilatadores.

    Conduta

    Manter a vtima em repouso;Monitorar sinais vitais;Transportar ao hospital com O2; Transportar na posio semi sentado.

    2 Infarto Agudo do MiocrdioDecorrente da obstruo de uma artria do msculo cardaco

    Sinais e Sintomas

    Dor sbita de durao prolongada naregio do peito;No aliviada;Dor pode irradiar para reasadjacentes do corao;Mal estar (nuseas, vmitos, palidez,sudorese e choque).

    Conduta

    Manter a vtima em repouso;Monitorar sinais vitais;Afrouxar as vestes;RCP se necessrio;Usar O2; Transportar na posio semi sentado.

    3 Desmaio

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    Perda curta de conscincia

    Sinais e Sintomas

    Perda da Conscincia.

    Conduta

    Afastar a vtima do local agressor;Monitorar os sinais vitais;Cabea mais baixa do que o resto docorpo;Transporte para o hospital.

    4 DiabetesDoena de carter hereditrio, caracterizada pela deficincia de insulina,hormnio produzido pelo pncreas.

    Sinais e Sintomas

    Poliria (urina abundante);Polidipsia (sede);Polifagia (fome);Emagrecimento.

    Conduta

    Colocar a vtima em repouso;Tentar identificar se diabtica;Procurar recurso hospitalar;Administrar O2.

    Sinais do Como Diabtico

    Pele seca e mucosas ressecadas;Olhos encoados (ressecados);Nuseas e vmitos;Respirao rpida;Dores abdominais e torcicas;Dores musculares;Hipotenso e taquicardia;Sonolncia e taquicardia;Hlito cetnico.

    Asma ou Bronquite a constrio da musculatura dos brnquios, dificultando a passagem do ar.

    Sinais e Sintomas

    Dificuldade respiratria;Rudos respiratrios audveis;Uso de toda musculatura do trax;

    Ansiedade e agitao;Cianose dos lbios.

    Conduta

    Afastar a vtima do local agressor;Repouso na posio sentado;Ministrar O2;

    Observar sinais vitais;Transportar para o hospital.

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    Edema Agudo de PulmoEnchimento do pulmo por lquido, devido ao mau funcionamento do corao.

    Sinais e Sintomas

    Respirao difcil;Secreo pulmonar abundante;Sada de liquido rosa claro pela boca(espumante);Cianose, palidez e choque;Taquicardia e agitao;Edema de membros e vasos dopescoo.

    Conduta

    Repouso com trax elevado;Fazer garrote em 03 membros,rodiziando entre eles, a cada 10minutos.Manter sinais vitais;Encaminhar a recurso hospitalar.

    AVC Acidente Vascular Cerebral (Derrame)Leso cerebral pode ser definido por interrupo do fluxo sanguneo adeterminada rea do sistema nervoso central.

    Sinais e Sintomas

    Tontura;Dor de cabea;Hemiplegia (paralisia unilateral);s vezes, sangramentos.

    Conduta

    Monitorar sinais vitais;Ministrar O2;Posio de coma para transporte;Procurar recurso mdico.

    ComaAlterao do nvel de conscincia.

    Sinais e Sintomas

    Qualquer reao que comprovemudana no nvel de conscincia.

    Conduta

    Monitorar sinais vitais;RCP se necessrio;Transporte na posio de coma;Afrouxar as vestes;Histrico mdico (causa do coma);Transporte para hospital com O2.

    Convulso

    Define-se como abalos musculares de parte ou de todo o corpo, decorrente dofuncionamento anormal do sistema nervoso central.

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    Conduta

    Proteger a vtima;Proteger a lngua com um pedao de pano;Cabea colocada lateralmente;Se em 05 minutos no passar, transportar para o hospital.

    Animais Peonhentos

    So acidentes causados por ofdios, escorpies, aranhas, vespas, abelhas ealgumas formas marinhas de vida animal que se constituiu em um tipo de

    ENVENENAMENTO, cujo veiculo de introduo, no corpo humano, faz-seatravs de presas, ferres, etc.

    A toxidade do veneno varia em funo do tamanho e estado de nutrio doanimal agressor, a quantidade de veneno inoculada, o peso e estado de sadeda vtima.

    Como socorrista, no ser necessrio que voc seja capaz de classificar insetos, aranhas, artrpodes e ofdios em gnero e espcie. Tal atividade reservada aos estudiosos desta rea, mas o que veremos a seguir o mnimoindispensvel que voc deve saber sobre esses animais, para que sejapossvel utilizar a tcnica adequada para cada situao.

    Envenenamento OfdicoO Brasil o pas que possui a mais rica variedade de ofdios do mundo, e asno venenosas existem em grande maioria. Como o que nos interessa so asque causam acidentes graves, portanto as venenosas, vamos estuda-lassucintamente.

    De modo prtico, podemos classificar as serpentes venenosas, no Brasil, em

    quatro grandes gneros, que so:

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Micrurus Conhecida vulgarmente como Corais. So encontradas na Regio

    Centro, Sul e Nordeste.

    Crotalus So as famosas Cascavis, facilmente reconhecida pelo guizoexistente na ponta da cauda. Ocorrem nas Regies Sul e Centro.

    Lachesis Serpentes pouco conhecidas, so chamadas de Surucucu ouSurucutinga, no ocorrem na Regio Sul, sendo encontradas naRegio Amaznica e Zona da Mata Nordestina.

    Bothrops So as mais comuns e as mais numerosas, vulgarmenteconhecidas como Jararacas, e deste gnero fazem parte a UrutuCruzeiro, Jararacuu, etc. Estas serpentes so responsveis por cerca de 90% dos acidentes ofdicos do Brasil e so encontradasem todo territrio nacional.

    Reconhecimento de SerpentesA maneira mais segura de se confirmar se um ofdio do gnero venenoso, ouno, a presena de Fosseta Loreal (pequeno orifcio situado entre as narinase os olhos das serpentes venenosas) e a dentio. As venenosas possuemduas grandes presas ocas (semelhantes agulha de injeo), para inocular oveneno. So chamadas Solenglifas.

    Todos os demais sinais, tais como: forma da cabea, escamas, cauda, etc. noso definitivos podendo ocorrer ou no no animal.

    A presena das presas e da fosseta loreal confirma a periculosidade dasserpentes do gnero botrpico (jararaca), crotlico (cascavel) e laqutico(surucucu), porem tal classificao no vlida para as serpentes do gneromicrurus (corais). Estas so reconhecidas pelos anis coloridos, preto,vermelho e brancos ou amarelos, que circundam seu corpo.

    A diferenciao entre coral verdadeira e falsa se faz pela dentio.As

    verdadeiras so Proterglifas (assim chamadas porque possuem duaspequenas presas inoculadoras de veneno, localizadas no meio da mandbula),enquanto as corais falsas so Opistglifas (possuem duas pequenas presas,no fundo da mandbula, porem sem canal inoculador de veneno).

    O trabalho de diferenciao de corais muito difcil para leigos, e deve ser exclusivamente por tcnicos especializados, jamais tente diferenciar corais.Trate todas como sendo verdadeiras e, portanto, venenosas.

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    Dentio As cobras venenosas so chamadas Solenglifas, que significapresas grandes, ocas, na frente da boca, que funcionam comoagulha de injeo.

    Se voc se deparar com um acidente provocado por animal peonhento,lembre-se de que, dificilmente, ele ser fatal, imediatamente, ou em poucosminutos aps a picada. Os casos fatais ocorrem um ou dois dias, aps oacidente, e geralmente se d por falta total de tratamento sorolgico. Portantomantenha a calma e haja da seguinte forma:

    Procure identificar e capturar o animal agressor, se possvel; Se no conseguir identificar, trate como se o animal fosse venenoso.Ao do VenenoDe modo geral, o veneno atua em todos os rgos do corpo humano, mas suaao mais freqente e ocasiona maiores complicaes na rea neurolgica(depresso ou parada respiratria), hematolgicas (inoculao e hemorragias),nefrolgicas (insuficincia renal) e cardiovasculares (hipotenso e choque).Porm, dependendo da espcie de serpente, o veneno acentua umadeterminada forma de atuao. Assim, vamos estudar, em detalhe, cadatipo.

    Envenenamento Botrpico JARARACAS

    Jararacas Jararacuu, Urutu, Jararacas do rabo branco, Cruzeiro, Cotiara,Surucucurana do gnero BOTHROPS cujo veneno provoca hemorragia. A

    ao do seu veneno, no organismo, apresenta as seguintes manifestaeslocais:

    Dor imediata; Inchao (edema); Calor e rubor no local picado; Hemorragia no local da picada ou distante dele.

    As complicaes que podem surgir:

    Bolhas; Grangrena; Abcesso;

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Insuficincia renal aguda.

    Envenenamento Laqutico SURUCUCUS

    Os acidentes com a Surucucus, tambm chamadas Pico de Jaca, Surucutinga do gnero LACHESIS so muito raros no Brasil. O seu veneno noorganismo do acidentado provoca reaes semelhantes ao veneno dasJararacas:

    Inchao no local da picada; Diarria; Hemorragia.

    Envenenamento Crotlico CASCAVISQuando esse aparece, limita-se a um pequeno e discreto inchao, ao redor doferimento, que pode passar desapercebido. Mas o veneno das cascavis demuita potncia, sendo os acidentes provocados por essas cobras muito graves,levando morte, caso no sejam tomadas providncias.

    So estes alguns sinais e sintomas de envenenamento:

    Dificuldade em abrir os olhos; Viso dupla; Cara de bbado; Viso turva; Dor muscular; Sensao de formigamento no membro afetado; Dificuldade de falar.

    Aps 06 a 12 horas:

    Escurecimento da urina.

    Envenenamento Elapdico CORAIS

    A ao do veneno das corais no organismo muito rpida, de grande potnciae mortal, se no for cuidado a tempo. Por isso, os sintomas e sinais aparecemem questo de minutos.

    So estes os principais sinais e sintomas:

    Dificuldades em abrir os olhos; Dificuldade em engolir; Cara de bbado;

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    Formigamento e adormecimento; Falta de ar; Insuficincia respiratria aguda.

    Procedimento

    VRC, avaliao e tratamento. Procure identificar o animal agressor (no perca tempo em fazer isso), se o

    capturar, leve-o morto para o hospital. Avalie sinais vitais. Limpe o local com gua ou soluo de PVPI (degermante). Oxignio (se acidente, com Elapdico, Crotlico ou Escorpio) 06 litros/min

    cateter nasal ou 12 litros/min com mscara. Mantenha o paciente deitado. Em caso de acidente com Botrpico (Jararaca), e se a vtima estiver com

    edema no membro, eleve o membro, para aliviar o edema. importante que voc faa um crculo em volta do local da picada com uma

    caneta, a fim de marcar o local da inoculao do veneno. Trate o choque, caso necessrio. Em caso de acidente com abelha ou Erucismo, faa raspagem local com

    bisturi. Transporte.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Aranha

    Reconhecimento

    Acidentes leves e benignos causados por Armadeiras e Vivas Negras causamapenas dor discreta no local da picada, enquanto os provocados pela Tarntulae a Aranha Marrom, provocam equimose local ou pequena necrose.

    Nos casos graves originados pelas aranhas Armadeira e Viva Negra, a dor bem mais interna, e a vtima apresenta sudorese, nuseas, vmitos,hipertermia e hipertenso, evoluindo para coma e choque.

    Casos graves originados por picadas de Aranha Marrom produzem dor forte nolocal da picada, nuseas, vmitos, hipertermia e grandes equimoses nomembro afetado, geralmente acompanhados por flictemas hemorrgicas.

    Tratamento

    O mesmo que o tratamento para ofdicos.

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    Escorpio

    Reconhecimento

    Procure identificar e capturar o animal agressor, porem no perca temponesse trabalho.

    Dor local muito intensa; Nuseas e vmitos; Dores abdominais; Convulses; Entorpecimento e formigamento no membro afetado; Espasmo do msculo do maxilar causando dificuldade de abrir a boca; Contraes e espasmos musculares generalizados; Choque; Edema.

    TratamentoO mesmo que o utilizado para ofdicos.

    Raiva

    Desenvolvimento da Doena no Homem

    A raiva, tambm chamada hidrofobia (medo de gua), uma doena quasesempre fatal, que leva morte, se no for tratada imediatamente. provocadapor um vrus que ataca o sistema nervoso. Seu perodo de incubao de 40 a50 dias, s vezes pode aparecer mais precocemente (a partir do 10 dia).

    Poucas vezes aparece depois de trs meses.Sinais e Sintomas

    Inicialmente ocorre pruridos, no local da mordida, cefalia e irritabilidade, almde intolerncia aos rudos fortes. s vezes, ocorrem sensaes de medo. Podehaver rouquido e dificuldade para engolir. Aps um ou dois dias, aparece operodo da excitao.

    Procedimentos Lavar o ferimento com gua e sabo;

    Caso seja possvel, o animal agressor deve ser capturado e deixado emobservao pelo perodo de 10 dias, para se saber se ele est ou nocontaminado pelo vrus da raiva;

    Em caso de morte do animal, deve-se enviar a carcaa do mesmo, a umarepartio do servio de sade local;

    Procurar o rgo de sade da cidade e comunicar a ocorrncia; O tratamento anti-rbico (vacina) ser necessrio, se o animal:

    Morrer por qualquer motivo, em menos de 10 dias, aps a mordida.Desaparecer em menos de 10 dias, aps a mordedura.For desconhecido.Desenvolver a raiva ou outra doena.

    Ser desnecessrio o tratamento anti-rbico, se o animal, aps 10 dias deobservao, estiver sadio.

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    Ferimentos e Hemorragias

    HemorragiaDefinio

    a perda aguda de sangue circulante.

    Procedimentos em Hemorragias Externas

    Nunca toque na ferida;

    No toque e nem aplique medicamento ou qualquer produto no ferimento; No retirar objeto empalado; Proteger com gases ou pano limpo, fixando com bandagem, sem apertar o

    ferimento; Fazer compresso local suficiente para cessar o sangramento; Se o ferimento for em membros, deve-se elevar o membro ferido; Caso no haja controle do sangramento, pressione os pontos arteriais; Torniquete dever ser usado, em ultimo caso, sendo feito com o uso do

    manguito do esfigmomanmetro; Procurar socorro adequado.

    Procedimentos em Hemorragias Internas

    Mantenha as vias areas liberadas; Mantenha a vtima deitada; Use tala inflvel em caso de fraturas; Transporte na posio de choque; Administre oxignio; No de nada para o paciente beber;

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    Procure socorro adequado.FerimentoDefinio

    Ferida o resultado da agresso sofrida pelas partes moles, produzindo lesotecidual.

    Ferimentos EspeciaisFerimento na CABEA Procedimento semelhante a ferimentos em partes moles; No tente limpar o ferimento, h perigo de aumentar a hemorragia; No faa compresso com os dedos; Controle o sangramento com curativo limpo e pouca presso; Procure socorro adequado.

    Ferimento nos OLHOS No tente remover objetos da crnea; No faa curativo compressivo; No remova objetos empalados, estabilize-os; O curativo deve ser frouxo e nas duas vistas; Em queimaduras qumicas, lave sempre, partindo do nariz para as

    extremidades, com gua estril (5 a 15).

    Ferimento na ORELHA Curativo ou bandagem, em caso de ferimento na orelha; Nunca feche o canal auditivo em caso de hemorragia; Sada de liquido claro e/ou sangue significa Traumatismo Crnio Enceflico; Pronto socorro adequado.

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia

    Ferimento na FACE

    Corrigir problemas respiratrios; No esquea da possibilidade de leso na coluna; Use presso suficiente para parar o sangramento; Retire corpos estranhos do ferimento da boca; Retire objetos empalados na bochecha, se penetrar na cavidade oral; Faa curativo; Procure socorro adequado.

    Ferimento no NARIZ Controle hemorragia; Em avulso, coloque o retalho no local; Curativo.

    EPISTAXE(sangramento nasal) Coloque o paciente sentado; Cabea ligeiramente inclinada para frente; Procure socorro adequado.

    Ferimento na BOCA

    Remova objetos estranhos; Procure socorro adequado.

    Ferimento no PESCOO Mantenha o paciente calmo; Pea para a vtima respirar devagar e observe a respirao; Administre O2; No se esquea da possibilidade de trauma de coluna; Curativo oclusivo com uma compressa, devendo esta ser coberta com

    plstico estril ou papel alumnio; Perigo de embolia traumtica pelo ar; No aplique presso sobre as vias areas;

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    No aplique presso dos dois lados ao mesmo tempo; Procure socorro adequado.

    Ferimento no TRAX

    Mantenha a vtima deitada sobre o lado direito; Coloque curativo oclusivo preso em trs lados; Administre O2; Aspire sangue e secrees caso necessrio; Procure socorro adequado; Transporte sobre o lado ferido.

    Ferimento no ABDOME

    Mantenha a vtima deitada; Mantenha suporte bsico de vida; Fique alerta para vmito; No toque e nem recoloque no lugar as vsceras; Cubra as vsceras com curativo oclusivo embebido em soro fisiolgico,

    cobrindo este com plstico estril ou papel alumnio; Procure socorro adequado.

    Ferimento na REGIO GENITAL

    Faa curativo compressivo e procure socorro adequado

    OBS

    Em caso de mutilao, o pedao amputadodever ser colocado dentro de saco plstico,

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia sem nada dentro, devendo este saco ser colocado dentro do gelo.

    Fraturas Definio

    uma ruptura total da estrutura ssea (soluo de continuidade no osso).

    Completa quando h quebra do osso Incompleta quando ocorre uma fissura Aberta provoca ferida na pele Fechada No h perfurao na pele

    Reconhecimento

    Deformao (angulao e encurtamento) Inchao, hematomas Ferida (pode existir ou no) Palidez ou cianose da extremidade Diferena de temperatura no membro afetado Crepitao (rangido) Incapacidade funcional

    Fraturas de Extremidades

    Reconhecimento Pesquise a dor; Incapacidade funcional; Alterao de cor da pele; Observe deformidade ou sangramento.

    Conduta

    Verifique VRC;

    Ministre O2 se necessrio; Nas fraturas alinhadas, imobilize com tala rgida ou inflvel;

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    Nos deslocamentos, em fraturas expostas e fraturas em articulaesimobilize na posio encontrada com tala rgida;

    A tentativa de alinhar dever ser feita, suavemente, e uma nica vez, sehouver resistncia, imobilize na posio encontrada com tala rgida;

    Use bandagens para imobilizar fraturas ou luxaes na clavcula, escpulae cabea do mero;

    Aps a imobilizao, continue checando pulso e perfuso capilar; Fratura de fmur, no tente realinhar, imobilize na posio encontrada com

    duas talas rgidas, at o nvel da cintura plvica, e transporte em pranchalonga.

    Fratura de Crnio

    Reconhecimento

    Ferimento extenso ou profundo na cabea; Verifique presena de hematomas nas plpebras (sinal de Guaxinim) e

    sada de sangue e/ou liquor pelo nariz e ouvido;

    Verifique estado neurolgico, atravs de respostas e reaes da vtima(alteraes mentais AVDN); Alteraes da resposta pupilar (pupilas desiguais); Controle alteraes do padro respiratrio; Sinal caracterstico atrs da orelha (sinal de Battle); Monitore pulso e presso arterial.

    Conduta

    Evite manobras que possam agravar possvel leso na coluna; Imobilize coluna cervical;

    Ministre O2; Esteja preparado para aspirar ou retirar secrees;

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Controle as condies e sinais vitais do paciente; No obstrua a sada do sangue ou liquor dos ouvidos e nariz; Monitore pulso e PA; Procure socorro adequado.

    Fratura de Pelve

    Procedimento

    Associe a leso com o acidente; Dor intensa na regio movimentao; Perda de mobilidade dos membros inferiores (no obrigatrio); Hematoma localizado (no obrigatrio).

    Conduta

    Com vtima deitada de decbito dorsal,coloque um cobertor ou outro materialdisponvel, dobrado entre suas pernas (seestiver disponvel);

    Prenda suas pernas com faixas oubandagens; Transporte em prancha longa; Procure socorro adequado.

    Fratura Exposta

    Conduta

    Controle de hemorragias;

    No tente recolocar o osso exposto no interior daferida; No limpe ou passe qualquer produto na ponta

    do osso exposto; Proteja o ferimento com gaze, ou atadura limpa; Imobilize com tala rgida, abrangendo uma

    articulao acima e outra abaixo; Em todos os casos, previna o agravamento da

    contaminao; Procure socorro adequado.

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    Trax Instvel

    Reconhecimento

    Dor local; Respirao dificultosa, dor ao respirar; Tosse com sangue (no obrigatria); Sangue borbulhando da ferida do trax, em caso de perfurao por

    fragmento sseo; Parte afetada no acompanha o movimento do restante do trax.Conduta

    Estabilize a rea solta com o brao daprpria vtima, prendendo-o com umaatadura de crepom ou bandagemtriangular, ou ento, prenda a parte soltaao restante do trax, atravs de umacompressa volumosa, presa por esparadrapo;

    A estabilizao no pode causar dor vtima;

    Ministre Oxignio.

    Trauma de Coluna

    Reconhecimento Associao do tipo de acidente com a possibilidade de leso (vitima de

    queda de altura, mergulho no raso, acidente de desabamento, considereportadora de trauma de coluna);

    Dor intensa na regio posterior do tronco; Presena de hematoma ou edema na regio posterior do tronco; Presena de deformao palpvel ou visvel na coluna; Perda de sensibilidade e ou mobilidade dos membros; Priapismo (ereo peniana) sem estmulo sexual;

    Perda do controle da urina e fezes; Se o paciente estiver inconsciente, se estiver consciente e for vtima detrauma, ou se no se conhece o mecanismo da leso, adote as medidaspara a vtima portadora de leso na coluna.

    Conduta

    Mantenha as condies respiratrias (usar O 2); Mantenha a cabea alinhada com trao e aplique colar cervical; Se a vtima estiver sentada, coloque a prancha curta ou KED, antes de

    remov-la; Se a vtima estiver deitada, coloque prancha longa, antes de remov-la; Controle sinais vitais;

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    Manual do Socorro Bsico de Emergncia Procure socorro adequado.

    OBSA manobra Jaw Trust, Jaw Lift ou Chin Liftdeve ser usada para manter abertura de viasareas nos pacientes com suspeita detrauma medular; (Trplice Manobra) ver anteriormente.

    Estado de ChoqueDefinio

    Falncia hemodinmica (do sistema circulatrio).Sensibilidade dos rgos Isquemia4 6 minutos 45 90 minutos 120 180 minutos

    CoraoCrebroPulmo

    FgadoBaoRinsTrato Gastrointestinal

    PeleMsculoOsso

    Aps os tempos referidos, com pouco ou sem sangue, comea haver risco de

    sofrimento e morte celular dos rgos discriminados acima.Classificao

    a) Hipovolmico

    Hemorragias (interna e externa);Queimaduras graves;Diarria, vmitos (desidratao).

    b) Cardiognico Infarto agudo do miocrdio;Arritmia cardaca;Insuficincia cardaca congestiva.

    c) Sptico

    Infeces graves.

    d) Anafiltico

    Reao de hipersensibilidade a

    medicamentos, alimentos, etc.e) Neurognico

    Leso da medula espinhal;Dores intensas.

    As causas so diferentes

    1- Perda de volume2- Defeito na bomba do sistema

    3- Toxina do agente infeccioso4- Histamina

    Porm o efeito um distrbio dacirculao perifrica que pode evoluir para a falncia circulatria total.

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    5- Adrenalina

    Como reconhecer o estado de choque

    Pele plida, mida e fria;

    Pulso fraco e rpido (maior que 100 bpm); Presso Sistlica menor que 90 mmHg;(lembrar que a presso sistlica no estado de choque, vai diminuindo,progressivamente, ento numa medida isolada da presso arterial podemosencontrar valores superiores a 80 mmHg, que vai diminuindo com o avanodo estado de choque).

    Perfuso capilar perifrica lenta ou nula; Respirao curta e rpida; Tontura e desmaio; Sede, tremor e agitao; Rosto e peito vermelho, coando, queimando, edemaciado, dificuldade

    respiratria, edemas de face e lbio (anafiltico).

    Como podemos avaliar o estado de choque

    COMPENSADO NO COMPENSADOPULSO Taquicardia Taquicardia, progredindo para bradicardiaPELE Plida, mida, fria Plida, cor de cera, fria sudorese intensa

    PRESSO Normal ou Vasos colabados muito contradosNVEL DE

    CONSCINCIA Inalterada Alterado, desorientao coma

    Importante

    Com 03 momentos, podemos fazer o diagnostico do estado de choque:

    ObserveSintaOua

    Palidez e sudorese friaPulso e perfuso perifricaPresso arterial

    Conduta

    Posicione a vtima deitada, com as pernas elevadas; Afrouxe suas roupas; Mantenha a vtima aquecida; Ministre oxignio; Choque anafiltico transporte a vtima imediatamente ao hospital.

    Considere a pessoa como uma caixa cheia de sangue, quandoapresentamos uma perda deste ele no vai ocupar todo ocorpo. Isto pode ser melhorado deitando-se a vtima, com aspernas elevadas, desde que no haja leso na ca