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    Apostila de Polias e correias -AP01

    Disciplina: Mecnica Aplicada

    Prof.: Romualdo F. de Sousa

    Curso: Automao Industrial

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    Apostila de polias e correias

    s vezes, pequenos problemas de uma empresa podem ser resolvidos comsolues imediatas, principalmente quando os recursos esto prximos de ns, semexigir grandes investimentos. Por exemplo: com a simples troca de alguns componentes

    de uma mquina, onde se pretende melhorar o rendimento do sistema de transmisso,conseguiremos resolver o problema de atrito, desgaste e perda de energia. Essescomponentes - as polias e as correias.

    Polias

    Polias so elementos mecnicos circulares, com ou sem canais perifricos,acoplados a eixos motores e movidos por mquinas e equipamentos. As polias, parafuncionar, necessitam da presena de vnculos chamados correias. Quando emfuncionamento, as polias e correias podem transferir e/ou transformar movimentos deum ponto para outro da mquina. Sempre haver transferncia de fora. Alm disso, so

    peas cilndricas, movimentadas pela rotao do eixo do motor e pelas correias..

    Uma polia constituda de uma coroa ou face, na qual se enrola a correia. A face ligada a um cubo de roda mediante disco ou braos.

    Tipos de polias

    Os tipos de polia so determinados pela forma da superfcie na qual a correia seassenta. Elas podem ser planas ou trapezoidais. As polias planas podem apresentar doisformatos na sua superfcie de contato. Essa superfcie pode ser plana ou abaulada.

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    A polia plana conserva melhor as correias, e a polia com superfcieabaulada.guia melhor as correias. As polias apresentam braos a partir de 200 mm dedimetro. Abaixo desse valor, a coroa ligada ao cubo por meio de discos.

    A polia trapezoidal recebe esse nome porque a superfcie na qual a correias e

    assenta apresenta a forma de trapzio. As polias trapezoidais devem ser providas decanaletes (ou canais) e so dimensionadas de acordo com o perfil padro da correia a serutilizada.

    Essas dimenses so obtidas a partir de consultas em tabelas. Vamos ver um exemplo

    que pode explicar como consultar tabela.

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    Imaginemos que se vai executar um projeto de fabricao de polia, cujodimetro de 250 mm, perfil padro da correia C e ngulo do canal de 36. Comodeterminar as demais dimenses da polia?

    Com os dados conhecidos, consultamos a tabela e vamos encontrar essas dimenses:.Perfil padro da correia: C. Dimetro externo da polia: 250 mm, ngulo do canal: 36.T: 15,25 mm.S: 25,5 mm.W: 22,5 mm.Y: 4 mm.Z: 3 mm.

    H: 22 mm.K: 9,5 mm.U = R: 1,5 mm.X: 8,25 mm.

    Alm das polias para correias planas e trapezoidais, existem as polias para cabosde ao, para correntes, polias (ou rodas) de atrito, polias para correias redondas e paracorreias dentadas. Esta ltima utilizada, para casos em que no se pode ter nenhumdeslizamento, como no comando de vlvulas do automvel.

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    No quadro a seguir, observe, com ateno, alguns exemplos de polias e, ao lado,a forma como so representadas em desenho tcnico..

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    Material das polias

    Os materiais que se empregam para a construo das polias so ferro fundido (omais utilizado), aos, ligas leves e materiais sintticos. A superfcie.da polia no deveapresentar porosidade, pois, do contrrio, a correia ir se desgastar rapidamente.

    Cuidados exigidos com polias em .V

    As polias, para funcionarem adequadamente, exigem os seguintes cuidados:No apresentar desgastes nos canais;No apresentar as bordas trincadas, amassadas, oxidadas ou com porosidade;Apresentar os canais livres de graxa, leo ou tinta e corretamente dimensionados

    para receber as correias.

    Observe as ilustraes seguintes. esquerda, temos uma correia corretamenteassentada no canal da polia. Note que a correia no ultrapassa a linha do dimetro

    externo da polia nem toca no fundo do canal. direita, por causa do desgaste sofridopelo canal, a correia assenta-se no fundo. Nesse ltimo caso, a polia dever sersubstituda para que a correia no venha a sofrer desgastes prematuros.

    A verificao do dimensionamento dos canais das polias deve ser feita com o auxlio deum gabarito contendo o ngulo dos canais.

    Alinhamento de polias

    Alm dos cuidados citados anteriormente, as polias em V exigemalinhamento. Polias desalinhadas danificam rapidamente as correias e foram os eixosaumentando o desgaste dos mancais e os prprios eixos.

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    recomendvel, para fazer um bom alinhamento, usar uma rgua paralela fazendo-atocar toda a superfcie lateral das polias, conforme mostra a figura acima.

    Correias

    As correias so elementos de mquinas cuja funo manter o vnculo entreduas polias e transmitir fora. As mais utilizadas so as planas e as trapezoidais. Ascorreias trapezoidais tambm so conhecidas pelo nome de correias em V, inteiria,fabricada com seo transversal em forma de trapzio. feita de borracha revestida delona e formada no seu interior por cordonis. vulcanizados para suportar as foras detrao.

    O emprego da correia trapezoidal ou em .V. prefervel ao da correia planaporque:..praticamente no apresenta deslizamento;..permite o uso de polias bemprximas;. elimina os rudos e os choques, tpicos das correias emendadas (planas).

    Os materiais empregados na fabricao de correias so os seguintes: borracha;couro; materiais fibrosos e sintticos base de algodo, viscose, perlon, nilon emateriais combinados base de couro e sintticos.

    A grande maioria das correias utilizadas em mquinas industriais so aquelasconstitudas de borracha revestida de lona. Essas correias apresentam cordonisvulcanizados em seu interior para suportarem as foras de trao, como mostrado nafigura abaixo.

    Existem cinco perfis principais padronizados de correias em V para mquinas

    industriais e trs perfis, chamados fracionrios, usados em eletrodomsticos. Cada umdeles tem seus detalhes, que podem ser vistos nos catlogos dos fabricantes.

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    No caso das correias em V, para mquinas industriais, seus perfis, com as suas

    respectivas dimenses, encontram-se ilustrados a seguir.

    As correias em V com perfis maiores so utilizadas para as transmisses

    pesadas, e as com perfis menores para as transmisses leves. O uso de correias comperfis menores, em transmisses pesadas, contra producente, pois exige a presena demuitas correias para que a capacidade de transmisso exigida seja alcanada.

    Colocao de correias

    Para colocar uma correia vinculando uma polia fixa a uma mvel, deve-se recuara polia mvel aproximando-a da fixa. Esse procedimento facilitar a colocao dacorreia sem perigos de danific-la.

    No se recomenda colocar correias forando-as contra a lateral da polia ou usarqualquer tipo de ferramenta para for-la a entrar nos canais da polia. Esses

    procedimentos podem causar o rompimento das lonas e cordonis das correias. Apsmontar as correias nos respectivos canais das polias e, antes de tencion-las, deve-segir-las manualmente para que seus lados frouxos fiquem sempre para cima ou para

    baixo, pois se estiverem em lados opostos, o tensionamento posterior no ser uniforme.Tensionamento de correiar

    Tensionamento de correias

    O tensionamento de correias exige a verificao dos seguintes parmetros:Tenso ideal: deve ser a mais baixa possvel, sem que ocorra deslizamento,mesmo com picos de carga;

    .Tenso baixa: provoca deslizamento e, conseqentemente, produo decalor excessivo nas correias, ocasionando danos prematuros;

    .Tenso alta: reduz a vida til das correias e dos rolamentos dos eixosdas polias.

    Na prtica, para verificar se uma correia est corretamente tensionada,

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    bastar empurr-la com o polegar, de modo tal que ela se flexione aproximadamenteentre 10 mm e 20 mm conforme ilustrado a seguir.

    Proteo de sistemas

    Todo sistema que trabalha com transmisso de correias deve ser devidamenteprotegido para evitar acidentes. Os tipos de proteo mais adequados so aqueles quepermitem a passagem do ar para uma boa ventilao e dissipao do calor. Aconselha-sea colocao de telas ou grades de ao para essas protees.

    Deve-se verificar periodicamente se as malhas das telas esto limpas e se as telas noesto em contato direto com o sistema .

    Adio de carga

    Um sistema de transmisso por correias deve ser calculado adequadamente.Quando se adiciona carga ao sistema j existente, encurta-se a vida til das correias,conforme comentrios mostrados na ilustrao.

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    Manuteno das correias em .V

    A primeira recomendao para a manuteno das correias em V mant-las semprelimpas. Alm disso, devem ser observados os seguintes requisitos:

    Nas primeiras 50 horas de servio, verificar constantemente a tenso e ajust-la,se necessrio, pois nesse perodo as correias sofrem maiores esticamentos.

    .Nas revises de 100 horas, verificar a tenso, o desgaste que elas sofreram e odesgaste das polias.

    .Se uma correia do jogo romper, prefervel trabalhar com uma correia a menosdo que troc-la por outra, at que se possa trocar todo o jogo. No aconselhvel

    usar correias novas junto s velhas. As velhas, por estarem lasseadas,sobrecarregam as novas..

    Jogos de correias devero ser montados com correias de uma mesma marca.Esse cuidado necessrio porque correias de marcas diferentes apresentamdesempenhos diferentes, variando de fabricante para fabricante.

    .Tomar cuidado para que o protetor das correias nunca seja removido enquanto amquina estiver em operao.

    .Nunca tentar remendar uma correia em V estragada. Complete as lacunas das

    frases.

    Transmisso

    Na transmisso por polias e correias, a polia que transmite movimento e fora chamada polia motora ou condutora. A polia que recebe movimento e fora a poliamovida ou conduzida. A maneira como a correia colocada determina o sentido derotao das polias. Assim, temos: sentido direto de rotao - a correia fica reta e as

    polias tm o mesmo sentido de rotao; sentido de rotao inverso - a correia ficacruzada e o sentido de rotao das polias inverte-se;

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    Transmisso de rotao entre eixos no paralelos7

    Para ajustar as correias nas polias, mantendo tenso correta, utiliza-se esticador decorreia.

    J vimos que a forma da polia varia em funo do tipo de correia..

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    Relao de transmisso:

    Na transmisso por polias e correias, para que o funcionamento seja perfeito,.necessrio obedecer alguns limites em relao ao dimetro das polias e o nmero de

    voltas pela unidade de tempo. Para estabelecer esses limites precisamos estudar asrelaes de transmisso.Costumamos usar a letra i para representar a relao de transmisso. Ela

    a relao entre o nmero de voltas das polias (n) numa unidade de tempo e os seusdimetros.

    A velocidade tangencial (V) a mesma para as duas polias, e calculada pela frmula:.

    V = p . D . n.

    Como as duas velocidades so iguais, temos:.

    V1 = V2.

    . D1 . n1 = . D2 . n2 .

    D1 . n1 = D2 . n2 ou . n1/n2 = D2/D1=i

    Portanto i.= n1/n2 = D2/D1

    Onde:

    D1 = dimetro da polia menorD2 = dimetro da polia maior.n1 = nmero de rotaes por minuto (rpm) da polia menorn2 = nmero de rotaes por minuto (rpm) da polia maior.

    Na transmisso por correia plana, a relao de transmisso (i) no deve ser maiordo que 6 (seis), e na transmisso por correia trapezoidal esse valor no deve ser maiordo que 10 (dez)..

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    Exerccio de fixao

    1) Polias so elementos mecnicos............................., com ou sem .........................perifricos, acoplados a eixos motores e movidos de mquinas e equipamentos.

    2) As polias classificam-se em ............................... e ......................................

    3) As polias trapezoidais tambm so conhecidas pelo nome de polias em ......................

    4)As polias no devem apresentar desgastes nos canais e nem estarem com as......................amassadas, ................................ ou com porosidade.

    5) Polias desalinhadas danificam rapidamente as........................ e foram os eixos,aumentando o desgaste deles.

    6)Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

    a)( ) A funo das correias manter o vnculo entre polias e transmitir fora.b)( ) As correias podem ser fabricadas com plstico rgido do tipo PVC.c)( ) As correias industriais, normalmente, so feitas de borracha revestidade lona.d)( ) Correias em V, com perfis maiores, so excelentes para transmisses leves.e)( ) O deslizamento de uma correia em V, dentro de um canal, causado por um

    baixo tensionamento da prpria correia.

    7)As polias e correias transmitem:a)(.).impulso e fora

    b)(.).calor e vibraoc)(.).fora e atritod)(.).fora e rotao

    8)A transmisso por correias exige:a)(.).fora de trao

    b)(.).fora de atritoc)(.).velocidade tangenciald)(.).velocidade

    9)As correias mais comuns soa)p(.).planas e trapezoidais

    b)p(.).planas e paralelasc)p(.).trapezoidais e paralelasd)(.).paralelas e prismticas

    10) As correias podem ser feitas de:.a)(.).metal, couro, cermica;.

    b)(.).couro, borracha, madeira;.c)(.).borracha, couro, tecido;.d)(.).metal, couro, plstico..

    11)A correia em .V. ou trapezoidal inteiria fabricada na forma de:.

    a)p(.).quadrado;.b)(.).trapzio;.

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    c)p(.).losango;.d)(.).prisma..

    12)Analise o desenho e assinale com um X o perfil de correia adequado polia.representada..

    13)Analise as representaes de polias. A seguir, escreva nos ( ) a letra que identificacorretamente cada uma..

    a)polia com guia;.b)polia de ao abaulado;.c)polia em .V. mltipla;.d)polia escalonada de ao plano;.e)polia para correia redonda..

    Referncias bibliogrficas:

    Bibliografia Bsica

    Melconian, Sarkis, 1949 Elementos de Mquinas/ Sarkis Melconian. Ediorevisada, atualizada e ampliada. So Paulo: rica, 2000.

    Bibliografia complementar:

    Beer, Ferdinand; Mecnica vetorial para engenheirosEsttica; McGrawn-Hill.Niemann; Elementos de Mquinas, Editora Edgard Blucher; 2002Fiesp; Telecurso 2000 - Elementos de Mquinas; Editora Posigraf