aprender com emoÇÃo, ensinar com alegria
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FACULDADE INTERAÇÃO AMERICANA
ALEX SANDRO SILVA RA 105588CAROLINE DANTAS RA
ITALO REGAZZO S. JUNIOR RA 106697RIVALDO S. SILVA RA 106713
APRENDER COM EMOÇÃO, ENSINAR COM ALEGRIA.
SÃO BERNARDO DO CAMPO2012
ALEX SANDRO SILVA RA 105588CAROLINE DANTAS RA
ITALO REGAZZO S. JUNIOR RA 106697RIVALDO S. SILVA RA 106713
APRENDER COM EMOÇÃO, ENSINAR COM ALEGRIA.
Trabalho da disciplina de Gestão da Formação Continuada apresentado a Faculdade Interação Americana, como exigência parcial para obtenção de créditos da Licenciatura de Graduação Plena em Matemática, sob orientação do professor Daniel
SÃO BERNARDO DO CAMPO2012
RESUMO
O trabalho é embasado no capitulo cinco (Aprender com Emoção, Ensinar com Alegria), Boniteza de um Sonho, de Moacir Gadotti (2003). Aprender é adquirir conhecimento que tenha sentido, necessidade, utilidade e significado. A aprendizagem pode ser mecânica ou significativa. Aprende se a vida toda, porém, somente, o que é importante para o projeto de vida individual. Aprende se com o coletivo, mas não é o coletivo que aprende, o conhecimento é adquirido individualmente, por meio das experiências vividas com dialogo entre o contexto que permeia o coletivo. Ensinar é transmitir conhecimento, mobilizando o desejo de aprender. As escolas trazem consigo o desafio de fazer delas um lugar mais atraente para os alunos e fornecer uma compreensão verdadeira da sociedade da informação. Para o educador é necessário o conhecimento do que se vai ensinar, tendo ciência que ensino não depende tanto do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar espaço de aprendizagem. O educador deve: gostar de aprender; ser ético; estar aberto à participação dos alunos, interagindo com eles; saber transformar o saber em desejo de aprender; ter amor aos alunos; ser ético; deve, também, ser um profissional do encantamento, tendo ciência de que ensinar a é ao mesmo tempo ciência e arte.
Palavras-chave: aprender; ensinar; alegria; emoção.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .....................................................................................................................05
1 . APRENDER ......................................................................................................................06
1 .1 Educação ....................................................................................................................061 .2 O que é ap rende r? ..................................................................................................071 .3 Aprend i zagem ..........................................................................................................091 .4 Lec iona r : Um a to soc i a l ou emprego? ..........................................................11
2 . ENSINAR ...........................................................................................................................13
2 .1 Ens ina r é mob i l i z a r o de se jo de ap rende r ..................................................132 .2 Desa f i o da s e sco l a s ...............................................................................................132 .3 P ro f i s s i ona l que ap rende em r ede ..................................................................152 .4 Sabe r é s abo rea r .....................................................................................................162 .5 É t i c a .............................................................................................................................16
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..........................................................................................18
REFERENCIAS ...................................................................................................................19
INTRODUÇÃO
O p re sen t e t r aba lho acadêmico t em como ob j e t i vo ge r a l ana l i s e do
cap i t u lo c i nco , cu jo t í t u lo é : “ Aprender com Emoção , Ens inar com
a l egr ia ” , do l i v ro Bon i t e za de um sonho – Ens ina r - e - ap rende r com sen t i do ,
de Moac i r Gado t t i , e s c r i t o em 2003 . A pe squ i s a fo i b ib l i og rá f i c a , s endo
u t i l i z ados a lguns l i v ro s , a l ém do c i t ado E l e e s t á d iv id ido em do i s
c ap í t u lo s : 1 . Aprende r ; 2 . Ens ina r .
O cap í t u lo 5 do l i v ro Bon i t e za de um sonho , j á ap re sen t a um t i t u lo
suges t i vo a d i s cus são : “ Aprender com emoção e ens inar com a l egr ia ” . É
de f a to uma ve rdade que t odos aque l e s que encon t r am sen t i do pa ra
l e c iona r t em a l eg r i a ao pe r cebe r que o s s eus ap rend i ze s e s t ão abso rvendo
s eus ens inamen tos com emoção , o de sa f i o e s t á j u s t amen te a í . Como
t r aba lha r de mane i r a que ha j a p r aze r aos a l unos que i r ão r ecebe r o s
ens inamen tos p ropos to s? E p r ec i so ens iná - l o s a ap rende r .
O p r ime i ro cap i t u lo va i abo rda r o ap rende r , conce i t uando -o e
ana l i s ando sua impor t ânc i a no con t ex to educação , a l ém de s a l i en t a r sua
pa r t i cu l a r i dade . Aprende r , en s ina r e o s c aminhos que chegam a e s t e s
devem e s t a r c l a ro s em nos sa men t e pa r a que pos samos demons t r a r em
nos sa s au l a s , ap l i c ando de mane i r a coe ren t e o s conce i t o s que e s t ão
de f i n idos no p l ano de ens ino e naqu i l o que e s t á a con t ecendo na a tua l i dade .
O segundo cap i t u lo t r a r á , t ambém, a de f i n i ção de ens ina r ,
l evan t ando a d i s cus são de como ens ina r a uma soc i edade que t em a
i n fo rmação ace s s íve l a um “c l i ck” do compu tado r . En foca a r e a l i dade da
educação no Bra s i l , d e sc r evendo a s hab i l i dades e compe t ênc i a s que o
educado r deve t e r pa r a ens ina r .
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1. APRENDER
1 .1 Educação
Educação é o p roce s so con t í nuo de de senvo lv imen to da s f a cu ldades
f í s i c a s , i n t e l e c tua i s e mora i s do s e r humano , a f im de me lho r s e i n t eg ra r
na soc i edade ou no s eu p róp r io g rupo 1 . No con t ex to e sco l a r f o rma l , o s
conhec imen tos e hab i l i dades s ão t r ansmi t i dos aos a l unos com ob j e t i vo de
de senvo lve r o r a c ioc ín io e c r e sc imen to i n t e l e c tua l , a s s im , ge r ando
c idadãos a tuan t e s na soc i edade onde e s t ão i n se r i dos .
A educação é nece s sá r i a à sob rev ivênc i a do s e r humano . O
conhec imen to adqu i r i do pe l a human idade de ou t ro r a e é ap rop r i ado pe l a de
ho j e , pa r a que não ha j a a nece s s idade de i nven t a r t udo novamen te . Des t a
fo rma , o l egado p roduz ido pe l a human idade e s t abe l ece uma r e l ação com o
que é ap rend ido ho j e . A t a r e f a do p ro fe s so é de spe r t a r a pe r cepção do
a luno pa ra e s t a r e l a ção , a s s im , dando um sen t i do ao que é ap rend ido .
Não há uma ún i ca fo rma nem ún i co mode lo de educação e nem a
e sco l a é o ún i co l uga r onde acon t ece . Todos , de uma fo rma ou de ou t r a ,
f a zemos u so de l a , s e j a em ca sa , na rua , na i g r e j a ou na p róp r i a e sco l a . Nos
envo lvemos com e l a pa r a ap rende r e ens ina r , pa r a s abe r , pa r a s e r , f a ze r ou
pa ra conv ive r , a educação e s t á con t ex tua l i z ada a nos sa v ida (BRANDÃO,
1981 ) .
Em “mundos d ive r sos” (pequenas soc i edades t r i ba i s , c açado re s ,
ag r i cu l t o r e s , soc i edades i ndus t r i a l i z adas e em desenvo lv imen to e t c . ) a
educação ex i s t e de fo rma d i f e r en t e , ex i s t e em cada povo ou en t r e povos
que s e encon t r am. E l a e s t á en ra i zada em todos o s mundos soc i a i s ,
1 Informação retirada: http://www.significados.com.br/educacao/
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pr ime i r amen te s em c l a s se s de a lunos , s em l i v ro s e s em p ro fe s so re s
e spec i a l i s t a s . Pos t e r i o rmen te com e sco l a s , s a l a s , p ro f e s so re s e mé todos
pedagóg i cos .
1 .2 O que é aprender?
Hoje , de f a t o , v ivemos em uma soc i edade ba seada no conhec imen to .
É nece s sá r i o s abe r , e como j á é de conhec imen to de t odos nenhum se r –
humano na sce s abendo , ex i s t e t odo um p roces so educac iona l que o
ap re sen t a t odas a s mane i r a s e cos tumes , a l ém de ou t r a s i n fo rmações que
i r ão ag rega r sua s v ida e a j udá - lo no momen to de e sco lha ou dec i s ão .
Ass im como a f i rma Gado t t i ( 2003 ) , “ educar é aprox imar o s e r humano do
que a human idade p roduz iu ” .
Aprende r é adqu i r i r conhec imen to , po rém, não é , apenas , o s imp le s
a cumulo de conhec imen to , não é qua lque r conhec imen to . E l e deve t e r
s en t i do , nece s s idade e u t i l i dade pa r a quem ap rende , l ogo , o a l uno que não
vê s en t i ndo não ap rende rá , r e s i s t i r á ao ap rend i zado . Aprendemos a pa r t i r
da i n t e r ação com o mundo que nos rode i a . Quem dá s i gn i f i c ado ao que
ap rendemos é o con t ex to .
De aco rdo com o Gado t t i ( 2003 ) , o a t o de ap rende r não s e l im i t a a
apenas deco ra r , a cumula r i n fo rmações , mas s im a hab i l i dade de pensa r . A
hab i l i dade de ap rende r a pensa r sob re a v ida . A se r c r i a t i vo , a ge r a r
so luções , ap r ende r u sa r a s i n fo rmações de mane i r a coe ren t e e t r ans fo rmá-
l a s em so luções ou novas i de i a s .
“ Conhecer é o e f e i t o de um proces so a t i vo de e laboração da
r ea l i dade (ex t e rna ou i n t e rna ) por par t e do aprend i z . Quem aprende não é
apenas ob j e to da ação daque l e que ens ina , mas su j e i t o a t i vo dos p roces sos
de conhecer ” P i age t .
Sob re ap rende r é impor t an t e c i t a r que t odo ap rend i zado é adqu i r i do
de mane i r a i nd iv idua l , ou s e j a , só abso rvemos o que a nos é i n t e r e s san t e , o
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que a nós t e r á a l guma u t i l i dade . Ou s e j a , c ada i nd iv íduo t em seu
i n t e r e s se , en t ão do mesmo con t eúdo pode s e t i r a r d ive r sa s i n fo rmações ,
i s so va r i a de aco rdo com o i n t e r e s se do r ecep to r . Po rém é no co l e t i vo , no
con t ex to que s e ap rende . Es t e ob j e t i vo va r i a de aco rdo com o p l ano de
v ida de cada c idadão .
Como é de conhec imen to ge r a l , não é pos s íve l i n se r i r conhec imen to
de mane i r a mecân i ca na men t e de qua lque r s e r humano . Aprende r é uma
p ra t i c a que s e t o rna pos s íve l com e s fo rços , i n fo rmações t eó r i c a s e de
p r e f e r ênc i a com expe r i ênc i a s p r á t i c a s . Po i s , como po r exemplo , a l guém
que nece s s i t e ap rende r a d i r i g i r : não ba s t a r e cebe r t oda s a s i n s t ruções
t eó r i c a s pa r a s e d i ze r um mo to r i s t a , é nece s sá r i o v ivênc i a e p r á t i c a , como
t ambém não ba s t a i ng re s sa r na p r á t i c a s em ao menos um p ré - r e f e r enc i a l
t eó r i co sob re o a s sun to . É p r ec i so p r ime i ro , que ha j a o i n t e r e s se , uma
ap re sen t ação sob re o a s sun to , a l go p r á t i co pa r a que r ea lmen t e o agen t e
ap rend i z e s t e j a ap to à função .
A inda u sando e s se exemplo , podemos r e s sa l t a r a ans i edade de t odos
quando comple t am 18 anos e de se j am adqu i r i r a l i c ença pa r a d i r i g i r , e s s a
emoção , ge r a empenho . O que causa a f a c i l i dade e o gos to no momen to do
ap rend i zado .
De f a to é nece s sá r i o que ha j a a l go ex t e rno pa ra pa s sa r i n fo rmações ,
mas nada ma i s impor t an t e do que a nos sa von t ade e a nos sa emoção em
ap rende r , nos t emos co i s a s a ap rende r a t é o momen to f i na l de nos sa s
v ida s .
Es sa emoção , e s se f a t o r emoc iona l que buscamos em nos sos a l unos
podem se r i nduz idos pe l a mane i r a com que l e c ionamos nos sa s au l a s . A
au l a s e t r a t a de um p roces so pa r ec ido com o p roce s so de vendas , onde é
nece s sá r i o que o a s sun to a s e r ap re sen t ado , e s t e j a d i r e t amen te l i gada a
uma nece s s idade do a luno , mesmo que nós , como p ro fe s so re s , p r ec i s emos
i nd i ca r e s sa nece s s idade a e l e , com a l eg r i a , emoção , r a zão .
1 .3 Aprend izagem
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O p roces so pe lo qua l o mundo de s i gn i f i c ados t em o r igem é
denominado cogn i ção , ou s e j a , o con jun to de i n fo rmação a rmazenada po r
i n t e rméd io da expe r i ênc i a ou da ap rend i zagem, t o rna s e pon to de pa r t i da
p r a ou t ro s ap rend i zados , dando s i gn i f i c ado pa ra e l e a pa r t i r da r e l a ção
com seu conhec imen to p r év io . Po r i s so , ao mos t r a r uma fo to de uma r aposa
a uma c r i ança , e pe rgun t a r o que é , e l a d i r á que é um cacho r ro , po i s é a
r e f e r ênc i a conhec ida po r e l a .
O au to r (Gado t t i , 2003 ) de f ende que t odo s e r humano é um se r
i nacabado ou i ncomple to , que na sce “c ru” e deve s e r ens inado e deve
ap rende r com a lguém. A lguém que e s t e j a p ron to a ap re sen t a r i n fo rmações
que ac r e scen t e a l go que j u lguemos p rove i t o so pa r a o nos so c r e sc imen to e
pa r a nos sa ro t i na como se r v ivo , cons t i t u in t e de uma soc i edade . Só
pa ramos de ap rende r quando mor remos . Não ap rendemos po rque é
“bon i t i nho” ap rende r , e s im po rque é nece s sá r i o pa r a a v ida . Sabemos que
s e somos capazes de f a ze r a l go que an t e s não f az í amos , é po rque
ap rendemos .
Há , con tudo , duas abo rdagens cogn i t i v i s t a s denominadas ,
ap r end i zagem mecân i ca e ap rend i zagem s ign i f i c a t i va :
1 . Aprend izagem mecân ica : é aque l a que é adqu i r i da com pouca ou
nenhuma a s soc i ação com conce i t o s j á ex i s t en t e s na e s t ru tu r a cogn i t i va , ou
s e j a , quando a s novas i n fo rmações s ão ap rend ida s s em in t e r ag i r com
conce i t o s r e l evan t e s ex i s t en t e s na e s t ru tu r a cogn i t i va . Des t a fo rma , é
pos s íve l deco ra r f ó rmu la s , l e i s , po rém, é e squec ido após a ava l i a ção .
2 . Aprend izagem s ign i f i ca t i va : é aque l a i dé i a ou i n fo rmação adqu i r i da
po r me io da r e l a ção dos conce i t o s r e l evan t e s , c l a ro s e d i spon íve i s na
e s t ru tu r a cogn i t i va , s endo , a s s im , a s s im i l ado , gua rdado e po t enc i a lmen t e
s e rv ido pa ra fu tu r a s aqu i s i çõe s de conhec imen to .
Temos c i ênc i a da impor t ânc i a da ap rend i zagem, po r i s t o p r ec i s amos
ap rende r “ com” , ou s e j a , ap r endemos “com” po rque p r ec i s amos do ou t ro .
A r e l ação com o ou t ro , med i ado pe lo mundo e pe l a r e a l i dade em que
v ivemos , p rop i c i a o ap rend i zado . E Es t e ap rend i zado começa a f a ze r pa r t e
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do s e r , somen te , quando e l e vê que t em s ign i f i c ado , s en t i do , a t enda a
a l guma nece s s idade .
A f i gu ra nomeada e r e sponsáve l po r a c r e scen t a r i n fo rmações , a l ém
do bá s i co pa r a sob rev ivênc i a , é o p ro fe s so r . Con tudo , e s t e s encon t r am
d ive r sa s ba r r e i r a s pa r a e f e tua r sua mi s são . É f a to que o s e r – humano
nece s s i t a ap rende r , po rem o ap rend i zado deve t e r f undamen to e ap re sen t a r
s en t i do , c a so o con t r á r i o , o de s in t e r e s se é uma conseqüênc i a a s e r
en f r en t ada . Logo , o a l uno que não encon t r a r uma r e l ação com seus
ob j e t i vos e cos tumes não i r á pe r cebe r um mo t ivo pa ra ap rende r .
Esquecemos o que ap rendemos s em sen t i do . Af ina l , pa r a que
gua rda r a l go que não t em u t i l i dade? O sen t i do do conhec imen to é ap rende r
pa r a v ive r , a s s im , o conhec imen to é adqu i r i do pa ra s e r u sado e não
gua rdado , é uma f e r r amen ta que s e deve t e r s empre à mão .
O con t ex to t em um pape l impor t an t e no ap rend i zado , po i s s e
ap rende na i n t e r ação do s e r com o con t ex to , e s t e que dá s i gn i f i c ado ao que
ap rendemos . O educado r t endo c i ênc i a de t a l i n fo rmação deve domina r ,
a l ém dos t ex to s , o con t ex to ; a l ém do con t eúdo , o s i gn i f i c ado de t a l
con t eúdo que é dado pe lo con t ex to soc i a l , po l í t i co e e conômico , mos t r ando
aos a l unos o h i s t ó r i co do con t eúdo ap re sen t ado , t o rnando o educado r ,
t ambém, em um h i s t o r i ado r .
O ap rende r não é , apenas , a cumula r conhec imen to , o impor t an t e é
ap rende r a pensa r , ap r ende r a ap rende r . Aprende s e com o co l e t i vo , po rém
não é o co l e t i vo que ap rende , o conhec imen to é adqu i r i do i nd iv idua lmen t e ,
po r me io da s expe r i ênc i a s v iv ida s com d i a logo en t r e o con t ex to que
pe rme ia o co l e t i vo .
Aprende s e po r t oda v ida , po rém, somen te , o que é s i gn i f i c a t i vo
pa r a o i nd iv iduo . I s t o den t ro de uma d i s c ip l i na e ded i cação , po i s há t empo
pa ra ap rende r . Não s e pode “ in j e t a r ” dados e i n fo rmações na cabeça de
n inguém. Só ap rendemos quando co locamos emoção no que ap rendemos .
Po r i s t o o educado r deve ens ina r com a l eg r i a , po i s , s egundo Pau lo F re i r e
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(1997 ) , “ Quem ens ina aprende ao ens inar e quem aprende ens ina ao
aprender ” .
Gado t t i ( 2003 ) , no l i v ro Bon i t e za de um sonho , r e s sa l t a que a s
e sco l a s e s t ão p r eocupadas em ens ina r e não pa ram pa ra pensa r o que é
ens ina r , como se ap rende , ou po rque s e ap rende , cons t i t u indo em da r au l a s
sua ún i ca p r eocupação . É p r ec i so ana l i s a r o pape l da e sco l a como
in s t i t u i ç ão que cu ida da ap rend i zagem de t odos o s e s t udan t e s , t endo a
p r eocupação que ne l a s o s a l unos adqu i r am o conhec imen to .
Mui to s p ro fe s so re s não e s t ão s a t i s f e i t o s como educado re s po r uma
sé r i e de mo t ivos . Mu i t a s e sco l a s e s t ão con t aminadas pe lo de s r e spe i t o , a
i nd i s c ip l i na e v io l ênc i a . Fa l t a s en t i do pa ra o que ens inam, f a l t a ,
p r i nc ipa lmen t e , mo t ivação . Po r um l ado o a luno que r s abe r , mas não que r
ap rende r , po i s a e sco l a não ens ina na l i nguagem dos a lunos .
1 .4 Lec ionar : Um a to soc ia l ou emprego?
No s i s t ema a tua l , p ro f e s so re s s ão e sco lh idos a t r avé s de concu r sos e
p rovas e l abo radas ba seadas em um pe r f i l de p ro f i s s i ona l de f i n ido . Mas
como e sco lhe r p ro fe s so re s a l eg re s em um p l ano de concu r so? E o s
p ro fe s so re s? Esco lhem p re s t a r e s t e concu r so com qua l i n tu i t o? O que
buscamos s e r ? E o que o s nos sos a l unos e spe ram que s e j amos? São
pe rgun t a s r e f l ex iva s que devemos f aze r a t odo i n s t an t e pa r t i ndo do
momen to dec i só r i o de nos sa s c a r r e i r a s como p ro f i s s i ona i s da educação .
A p ro f i s s ão de p ro fe s so r deve r ep re sen t a r ma i s do que um me io de
su s t en to , deve s e r um caminho a s e r pe r co r r i do em busca de um sonho ,
deve s e r v i s t o como um bem à soc i edade . Deve s e r e s t a , va lo r i z ado , com o
s eu dev ido va lo r , s e r um p rec io so bem da soc i edade , r e conhec ida de
mane i r a coe ren t e com a sua impor t ânc i a .
Não devemos t r a t a r nos sa c and ida tu r a à vaga de p ro fe s so r apenas
como um me io de consegu i r um emprego . Mas o p roce s so que e s t a r á em
11
nossa s r e sponsab i l i dades após e s sa conqu i s t a e que deve ocupa r nos sa s
p r eocupações .
Te remos em nos sa s mãos o pode r de muda r , não apenas o nos so
fu tu ro , mas o fu tu ro de uma pe s soa , uma f amí l i a , e a t é mesmo , de uma
nação . Somos nos o s r e sponsáve i s po r t omar dec i sõe s e i nduz i r o a l uno ao
de se jo de ap rende r , po i s o r e su l t ado , que é o s abe r , é s a t i s f a tó r i o ao
mesmo .
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2 . ENSINAR
2.1 Ens inar é mob i l i zar o dese jo de aprender
“ Ens inar é mob i l i za r o de se jo de aprender ” (GADOTTI , 2003 ) . O
p ro fe s so r deve de spe r t a r no a luno o de se jo de ap rende r e pa r a i s t o é
nece s sá r i o que e l e gos t e de ap rende r t ambém, po i s s e ap rende mu i to
ens inado com amor e ded i cação .
Segundo Moac i r Gado t t i ( 2003 ) nos sa s c r i ança s pa s sam mui to t empo
na f r en t e da t e l ev i s ão , enquan to a méd i a mund ia l é de qua t ro ho ra s d i á r i a s
em f r en t e à t e l ev i s ão e o i t o ho ra s d i á r i a s na e sco l a . No Bra s i l é ao
con t r á r i o , e l a s pa s sam o i t o ho ra s d i á r i a s na f r en t e da t e l ev i s ão e qua t ro
ho ra s d i á r i a s na e sco l a . Mesmo pas sando t ão pouco t empo na e sco l a , e l a s
pa s sam ma i s t empo com os p ro fe s so re s do que com os pa i s . Da í su rge o
pape l da e sco l a em t e r c i ênc i a de t a l pano rama e , a s s im , t r aba lhando pa ra
que a e sco l a s e j a um luga r a t r a en t e pa r a a s c r i ança s .
2 .2 Desa f io das e sco la s
A c r i ança pa s sa mu i to t empo em f r en t e à t e l ev i s ão po rque s en t em
p raze r , j á i r à e s co l a é impos to pe lo s pa i s e pe l a soc i edade , a s s im , não
t r a zendo o mesmo p raze r que e l a s t êm com a t e l ev i s ão ou i n t e rne t . Os
p ro fe s so re s devem obse rva r que a m íd i a t r a z g r a t i f i c ação i n s t an t ânea , não
l he s ex ig indo nenhum e s fo rço cogn i t i vo que a e sco l a ex ige p r a que s e
ob t enham o suce s so ne l a .
Su rge um novo de sa f i o pa r a a s e sco l a s e pa r a o s p ro fe s so re s : f a ze r
da e sco l a um luga r ma i s a t r a en t e pa r a o s a l unos e fo rnece r uma
compreensão ve rdade i r a da soc i edade da i n fo rmação . O p ro fe s so r , que
de t ém o conhec imen to a pa s sa r , deve e s t abe l ece r uma r e l ação com quem
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e s t á ap rendendo , s endo ma i s do que a lguém que t r ansmi t e o conhec imen to ,
s endo um “ in s t ru to r ” que a juda a encon t r a r , o rgan i za r e ge r i r o
conhec imen to , gu i ando e não mode l ando .
O des in t e r e s se dos a lunos , de sva lo r i z ação da p ro f i s s ão e r eduz ida
r ea l i z ação pe s soa l cu lmina em um to t a l de san imo po r pa r t e dos
p ro fe s so re s . T raz cons igo a s ques tõe s : “po r que s e r p ro fe s so r?” , “Qua l é o
s en t i do de s e r p ro fe s so r ho j e?” , “Pa ra que e s tou ens inando?” , “Como deve
s e r o novo p ro fe s so r?” .
D ian t e da soc i edade da i n fo rmação , ou a que Gado t t i ( 2003 ) p r e f e r e
chamar de soc i edade ap renden t e , o novo p ro fe s so r deve s e r um
p ro f i s s i ona l do s en t i do . E l e deve s abe r i n t eg ra r o s novos e spaços do s abe r
(d ive r sa s m íd i a s , ONG’s , i n t e rne t , e spaços púb l i cos e p r i vados ,
a s soc i ações , empre sa s , s i nd i ca to s , pa r t i dos , pa r l amen to , e t c . ) e de ixa r de
s e r um l ec ionado r pa r a s e t o rna r um “ges to r ” do conhec imen to soc i a l
( popu l a r ) . Aque l e que s e l ec iona a i n fo rmação e dá / cons t ró i s en t i do ao
conhec imen to , ou s e j a , o med i ado r do conhec imen to .
Pa ra Pau lo F re i r e (1996 ) ens ina r não é t r ans f e r i r conhec imen to , é
c r i a r a pos s ib i l i dade pa r a sua p róp r i a p rodução ou cons t rução . O educado r
deve t e r c i ênc i a que o p roce s so de ap rend i zagem não é neu t ro , é
impor t an t e i nduz i r o pensa r e apensa r a r e a l i dade e não pensa r
pensamen tos j á pensados , cons t ru indo , a s s im , s en t i do ao ap rende r . Mu i t a s
veze s o p ro fe s so r não vê o s en t i do no que e s t á ens inado e o a l uno , em
con t r a pa r t i da , não vê s en t i do no que e s t á ap rendendo , é f undamen ta l
ap rende r o que é s i gn i f i c a t i vo , deve s e mos t r a r ap l i c ação à v ida p r á t i c a ,
po r me io do exe rc í c io da cu r i o s idade que move o e sp í r i t o humano .
Pa ra o educado r é nece s sá r i o o conhec imen to do que s e va i en s ina r ,
po rém o ens ino não depende t an to do conhec imen to do p ro fe s so r , mas da
sua capac idade de c r i a r e spaço de ap rend i zagem, dando ao a luno
au tonomia .
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2 .3 Pro f i s s i ona l que aprende em rede
Es t amos v ivendo em um mundo g loba l i z ado e i s t o é mu i to
impor t an t e na fo rmação do novo p ro fe s so r . E l e s e fo rma au tônomo em seu
ap rend i zado e pa s sa r á pa r a s eus a l unos e s sa fo rma de ap rende r . Po r gos t a r
de ap rende r cons t an t emen te , s e r á f e l i z ao ens ina r e pa s sa r á pa r a s eus
ap rend i ze s a a l eg r i a de ap rende r novos conce i t o s a c ada d i a . T ransmi t i r á
ao a luno que a o rgan i zação f ac i l i t a r á o ap rend i zado .
E l e ens ina r á aos a l unos a impor t ânc i a que t em em d iv id i r o s abe r
a t r avé s da d inâmica e sco l a r ao s e r eun i r em em g rupo pa ra e l abo ra r em
t r aba lhos , en t ão po r me io de s t a fo rma de ap rend i zado o s a l unos ap rende rão
a f a l a r , deduz i r , e s c r eve r bem, l e r , c r i t i c a r e o ma i s impor t an t e , a pensa r .
Se o a l uno não s abe pensa r , não s e r á c apaz de t omar dec i sõe s , a s s im , não
ap rendendo .
O novo p ro fe s so r i n t e r age com seus a lunos e o s r e spe i t a como
ind iv iduo que s ão , não como apenas números , po i s c ada a luno t em sua
p róp r i a c apac idade e fo rma de ap rende r e é a i s t o que s e deve e s t a r a t en to .
Deve s e e s t a r abe r t o à pa r t i c i pação dos a lunos em sa l a de au l a , po i s o
novo p ro fe s so r deve “desce r do pedes t a l ” e s e “n ive l a r ” ao a luno , e s t ando
ao l ado de l e s , que em mu i to s c a sos , só i r ão ap rende r pe lo con t a to d i r e to
com o p ro fe s so r , a i s im , o s a l unos e s t a r ão abe r t o s a t i r a r em suas dúv ida s ,
po i s s e p r ec i s a de p ro fe s so re s humanos , que en t r am nas v ida s dos a lunos
pa r a t i r a r sua s dúv ida s .
É p r ec i so , t ambém, r e s sa l t a r a impor t ânc i a de s e t r aba lha r a
au tonomia dos a lunos e t en t a r i n fund i r ne l e s uma nova men t a l i dade de
s empre s e r enova r p r a que fu tu r amen te s e t o rnem p ro f i s s i ona i s é t i co s .
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2 .4 Saber é saborear
O novo p ro fe s so r deve rompe r a s “ co r r en t e s” do pa s sado no que d i z
r e spe i t o a ens ina r . An t i gamen te e r a uma fo rma de domín io , de impos i ção e
não hav i a mu i t a p r eocupação com o que s e ap rend i a , ou com o que o s
a l unos pensavam.
Es t e novo p ro f i s s i ona l do s abe r en t ende que ens ina r é t r ans fo rmar o
não s abe r em dese jo de ap rende r . Pa r a que o p ro fe s so r t enha um bom
desempenho em sa l a de au l a e l e p r ec i s a t e r p r aze r em ens ina r e ,
p r i nc ipa lmen t e , em ap rende r , t r an smi t i ndo i s t o aos a l unos . E l e p r ec i s a
en t ende r que a c apac idade de ap rende r é t ão impor t an t e quan to s eu p róp r io
conhec imen to , e que não s e ab r i r pa r a o novo é pa r a r no t empo .
É impor t an t í s s imo que o p ro fe s so r t enha amor pe lo s s eus a l unos ,
que s e doe de co ração e não v i s e apenas o r e t o rno f i nance i ro , po i s o s
a l unos não s ão máqu ina s , s ão s e r e s humanos em busca do conhec imen to
t r ansmi t i do pe lo s p ro fe s so re s . São e l e s : c r i ança s , ado l e scen t e s , adu l t o s ,
i dosos , c ada um na sua r ea l i dade i nd iv idua l e o p ro fe s so r t e r á que “en t r a r ”
no con t ex to de l e s e t r ansmi t i r o conhec imen to .
A p r i nc ipa l t a r e f a do educado r é a de f a ze r com que s eus a l unos
en t endam que o que e l e s e s t ão ap rendendo s e rv i r á de bagagem pa ra novos
ap rend i zados que s e r ão l evados po r t oda v ida . E l e s só t r a r ão i s so pa r a sua s
v ida s s e s abo rea r em o s abe r , pa r a i s t o e l e s t e r ão como exemplo o
p ro fe s so r .
2 .5 Ét i ca
A é t i c a é pa r t e i n t eg ran t e da compe t ênc i a do p ro fe s so r , do s abe r s e r
p ro f e s so r . I s so s i gn i f i c a que um p ro fe s so r que não t em um sonho , uma
u top i a , um comprome t imen to , e l e não é compe t en t e , não é é t i co . Não s e
pode educa r s em um sonho , ens ina r po r ens ina r , ou mecan i za r .
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Desuman iza r o p roce s so educa t i vo é não s e r é t i co . Aprende - se ao l ongo de
t oda a v ida , de sde que t enhamos um p ro j e to de v ida . É t i c a do “cu idado 2 ” ,
da “ amoros idade 3 ” .
A r azão compe t en t e deve s e r uma r azão “mo lhada de emoção”
(F re i r e , 1997 ) . O pape l da s emoções no p roce s so de ap rend i zagem é
dec i s i vo : r a zão e emoção não s ão i n s t ânc i a s s epa radas no s e r que ap rende
(Wa l lon , ) , a emoção é pa r t e do a to de conhece r .
Em a l emão educa r s i gn i f i c a cu ida r , a co lhe r . Uma soc i edade
a luc inada e ru idosa como a nos sa não pode educa r po rque não pode cu ida r ,
não pode aco lhe r . Ne l a não há ma i s t empo pa ra o “modo de s e r cu idado” ,
pa r a o encon t ro , mas apenas pa r a o “modo de s e r t r aba lho” ou exp lo ração ,
na s exp re s sões u t i l i z adas po r Leona rdo Bof f ( 1999 ) .
O novo p ro fe s so r é t ambém um p ro f i s s i ona l do encan t amen to . Num
mundo de de sencan to e de ag re s s iv idade c r e scen t e s , o novo p ro fe s so r t em
um pape l b ió f i l o . É um p romoto r da v ida , do bem v ive r , educa r pa r a a paz
e a pa r a su s t en t ab i l i dade . Não podemos ab r i r mão de uma an t i ga l i ç ão : a
educação é ao mesmo t empo c i ênc i a e a r t e . A a r t e é a “ t é cn i ca da emoção”
(Vygo t sk i ) . O novo p ro f i s s i ona l da educação é t ambém um p ro f i s s i ona l que
domina a a r t e de r e - encan t a r , de de spe r t a r na s pe s soas a c apac idade de
enga j a r - s e e muda r .
2 Leonardo Boff, Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis, Vozes, 1999.3 Paulo Freire, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A educação , em todo mundo , f a z s e nece s sá r i a pa r a o
de senvo lv imen to i nd iv idua l e co l e t i vo de t odos o s povos . É uma
f e r r amen ta que pode t r ans fo rmar o mundo , de sde que s e dê , a dev ida ,
impor t ânc i a . T razendo a r e a l i dade pa ra s a l a de au l a , de spe r t ando no a luno
a cu r i o s idade e o de se jo de ap rende r como um se r que pode i n t e rv i r no s eu
me io .
An t igamen te não s e t i nham mui t a s e sco l a s , a educação e r a
p r i v i l ég io de poucos . O p ro f i s s i ona l da educação , o s e r p ro f e s so r , e r a
va lo r i z ado . Ho je t emos mu i t a s e sco l a s e poucos p ro fe s so re s . A educação é
o f e r ec ida a t odos , po rém dev ido à de sva lo r i z ação do p ro fe s so r não há
mu i t a gen t e que que i r a s e l o .
Ens ina r é mob i l i z a r o conhec imen to , t r ans fo rmando o não s abe r em
dese jo de ap rende r , em con t r apa r t i da ap rende r é adqu i r i r o conhec imen to
com sen t i do , que s e f a z nece s sá r i o pa r a a v ida , como uma f e r r amen ta a s e r
u sada .
Tendo em v i s t a o quad ro p r eocupan t e que a educação b r a s i l e i r a
pa s sa , a l i ado a f a l t a de i n t e r e s se po r pa r t e dos a l unos , e mu i t a s veze s dos
p ro fe s so re s , a s e s co l a s devem muda r sua pos tu r a , t o rnando s e ma i s
a t r a en t e pa r a o s a l unos , c r i ando um e spaço de ap rend i zagem, onde é
pos s íve l cons t ru i r conhec imen to .
O novo p ro f i s s i ona l da educação deve ens ina r com a l eg r i a pa r a que
s e j a pos s íve l ao s s eus a l unos ap rende rem com emoção . E l e va i i n t e r ag i r ,
“d iv id indo” o conhec imen to com seus a lunos , com mui t a é t i c a e ded i cação .
Des t a fo rma , o s a l unos en t ende rão que o conhec imen to que e s t ão t endo
ace s so s e rv i r á de bagagem pa ra novos ap rend i zados que s e r ão l evados po r
t oda v ida .
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REFERÊNCIAS
ALVES, R. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez. 1981
BRANDÃO, C. R. O que é Educação? São Paulo: Brasiliense. 1981
BOCK, A. M. B. & FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. L. T. Psicologia: Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. São Paulo: Saraiva. 2002
BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999.
DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir – Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. São Paulo: Cortez, 1998.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1997.
GADOTTI, M. Boniteza de um sonho: ensinar-e-aprender com sentido. Novo Hamburgo: Feevale, 2003.
SIGNIFICADOS. Disponível em: <http://www.significados.com.br/educacao/>. Acessado em 29 de ago. 2012.
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