apresenta prof.ª izabela gonçalves o que vamos estudar? 1. a política das nacionalidades 2. a...
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apresenta
Prof.ª Izabela Gonçalves
O que vamos estudar?
1. A política das nacionalidades2. A Unificação italiana (1861)3. A Unificação alemã (1871)
Prof.ª Izabela Gonçalves
Política das nacionalidades Desde a derrota da “Primavera dos Povos”, a Europa
passou por um movimento de afirmação das nacionalidades estratégia da burguesia para conter o
internacionalismo proletário As unificações da Itália e da Alemanha foram
movimentos liberais com caráter acentuadamente nacionalista Objetivos: autodeterminação (governo autônomo) e
Estado liberal A partir de então, o predomínio da “política de alianças”
e a onda crescente de nacionalismos chauvinistas ou/e xenófobos levariam à Primeira Guerra Mundial
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Nação O quê?
Joelza Rodrigues: Grupo humano cujos membros se identificam como portadores de uma mesma identidade nacional, independente da diversidade religiosa, lingüística ou cultural existente no interior do grupo.
G. de Freitas, Vocabulário de História: População unida pela origem, língua, religião, cultura, interesses e vontade e estabelecida num território. Podem faltar alguns desses fatores de união, mas nunca a vontade, pois nenhuma nação é nação sem o consenso, a vontade de ser nação.
Dic. Ciências Sociais: Pessoas unidas por uma consciência e cultura comuns. Embora ela ocupe um mesmo território, levando seus membros a terem uma identidade de interesses sobre o lugar e a terra, sua unidade vital provém de um sentimento profundo de sua própria história, de sua religião ou de sua originalidade cultural ou lingüística.
Quando? Idéia formada ao longo dos séculos XIX e XX. Como? Exaltação de datas e heróis nacionais (identidade) e repressão aos
opositores, aos “inimigos da pátria” (alteridade) Por quê? Combater internacionalismo proletário
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Unificação Italiana
(1859-1870)
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O quê?
União dos sete Estados da Península Itálica, sob a hegemonia do reino do Piemonte-Sardenha
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Porquê? Guerras Napoleônicas
dividem Península Itálica em dois reinos.
Congresso de Viena divide os dois reinos em sete Estados: alguns independentes, como os Estados da Igreja; outros sob o domínio do Império Austríaco
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Antecedentes Recente expansão da industrialização a partir
de 1830 Elite luta pela unificação Esforço para equiparar-se à França e à
Inglaterra Aliança burguesia/Monarquia:
Monarquia Constitucional Incentivo do Estado ao desenvolvimento econômico
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Primeiros Passos: as “ondas” “Onda” revolucionária de 1820
Revolução liberal em Nápoles (derrotada) Carbonários: movimento republicano e liberal
“Onda” revolucionária de 1830 Giusseppe Mazzini e seus partidários, os Mazzinianos, fundam em
1831 a sociedade secreta Jovem Itália, cujo programa pregava uma Itália unida, livre e soberana construída através da insurreição popular
“Onda” revolucionária de 1848 Primeira Guerra de Independência Italiana
Revoltas nacionalistas com forte presença republicana em Veneza, Milão, Parma, Roma e Módena: buscam formar governos livres e independentes
Exército do Império Austríaco derrota exército piemontês em 1849 Abdicação do rei Carlos Alberto em favor de seu filho Vítor Emanuel II
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Caminhando para Unificação... Vitória do Império Austríaco em 1848-9 evidencia
fragmentação em torno do nacionalismo e necessidade de apoio externo para guerra contra domínio austríaco
1852: Vítor Emanuel II nomeia Camillo Benso, o conde de Cavour, primeiro-ministro do reino Sardo-Piemontês Cavour articula alianças internacionais para se defender de um
novo e inevitável conflito com a Áustria Em 1858, negocia secretamente com o imperador francês,
Napoleão III, uma aliança militar em caso de agressão dos austríacos: a França defenderia o Piemonte-Sardenha em troca dos condados de Savóia e Nice
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Lideranças Monarquista e moderada
Alta burguesia, interessada na unificação de mercados
Camilo Cavour, primeiro-ministro do rei do Piemonte-Sardenha, Vítor Emanuel II
Unificação em torno do reino do Piemonte-Sardenha, região mais desenvolvida e industrializada, ao norte da Península
Republicana e popular Democratas: Giuseppe Mazzini e Garibaldi
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Camillo Benso, o conde Cavour
Cavour era um antigo defensor da unificação italiana sob um regime liberal e monárquico, que pregava desde 1847 através do jornal Risorgimento (=renascimento/ressurreição da Itália, fragmentada desde o fim do Império Romano)
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Risorgimento Movimento atuante na península itálica entre
1815 e 1870, reunindo intelectuais, políticos, filósofos e escritores. Defendia o liberalismo e a unificação da Itália Renascimento/ressurreição da Itália,
fragmentada desde o fim do Império Romano
In: Alceu Pazzinato & Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea, p. 204.
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Giuseppe Garibaldi Giuseppe Garibaldi, patriota italiano.
Partidário do movimento Jovem Itália, liderado por Mazzini (ao qual aderiu em 1833), teve de deixar o país em 1834, regressando catorze anos depois. Sua vida foi dedicada ao sonho da unidade italiana.
Participou de vários movimentos revolucionários na América (Guerra dos Farrapos 1835-1845), tornando-se um herói legendário antes mesmo da Unificação Italiana
Foi o maior articulador da unificação no Sul, sendo chefe do grupo guerrilheiro Camisas Vermelhas
(Os mil de Garibaldi)
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Caminhos da Unificação Do Norte em direção
ao centro da península – Piemonte-Sardenha (Cavour)
Do Sul em direção ao centro da península - Giuseppe Garibaldi
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Como?1. Centro e Norte da Península
1859: Segunda Guerra de Independência Áustria ataca o Piemonte, provocada por Cavour Napoleão III envia tropas em apoio ao Piemonte Diminuição da influência austríaca na península itálica, com a
libertação de parte do reino Lombardo-Vêneto Condados de Nice e Savóia cedidos à França em 1860
Anexações ao Reino Sardo-Piemontês em 1859-1860: Lombardia Parma Módena Toscana Parte dos Estados da Igreja
Região industrializada do
vale do Rio Pó
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Como e quando?2. Sul da península
União voluntária dos governos do centro da Península ao reino Sardo-Piemontês anuncia intenção de tornar Roma a capital da Itália
Napoleão III retira seu apoio ao Piemonte, com receio de uma intervenção da Prússia em apoio à Áustria, e propõe armistício ao imperador austríaco, com restauração na Toscana e em Módena
Populações do centro da península se revoltam Cavour oferece a Napoleão Nice e Savóia, sob a condição de
não impedir anexação de parte dos Estados Pontifícios através de plebiscitos
Mas os democratas republicanos, liderados por Mazzini, querem mais: exigem unificação de toda a Península
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Como?2. Sul da península
Toma força a idéia de uma expedição militar para anexar o Reino das Duas Sicílias, no sul da Península
Voluntários sob o comando de Giuseppe Garibaldi, os Caçadores dos Alpes, já haviam libertado a Lombardia
Garibaldi comanda “Expedição dos mil” em direção ao Sul, com apoio velado de Vítor Emanuel II
Em pouco tempo, os Mil de Garibaldi, ou “camisas vermelhas”, assumem a Sicília e libertam Palermo
Cavour envia mais quinze mil voluntários em apoio a Garibaldi
Garibaldi derrota definitivamente os Bourbon (Francisco II) em outubro de 1860
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Encontro de Forças Cavour envia exército piemontês em
direção ao sul para assumir controle da situação.
Tropas piemontesas derrotam exército papal em setembro/1870.
Garibaldi renuncia à República e saúda Vítor Emanuel II como “rei da Itália”.
Victor Emanuel
II, proclamado rei da Itália em
1861
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Anexações posteriores
1866: Venécia / Vêneto / Veneza Anexada com ajuda de Bismarck, durante a Guerra Austro-Prussiana
1870: Estados da Igreja Apesar do compromisso assumido pelo rei da Itália em 1864, de não
invadir Roma, Vítor Emanuel II aproveita deslocamento do exército francês devido à Guerra Franco-Prussiana para anexar Estados pontifícios, protegidos por Napoleão III desde 1867
Roma torna-se capital da Itália 1871-1929: Questão Romana
1919: Ístria e Trentino Populações majoritariamente italianas que continuam sob domínio austríaco até o
fim da 1ª GM
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A Questão Romana Papa Pio IX não concorda
com unificação, se declara prisioneiro e recusa-se a reconhecer novo Estado italiano unificado. Confinou-se no Vaticano.
Questão só é resolvida pelo Tratado de São João Latrão, assinado por Mussolini e pelo Papa Pio XI, que cria o Estado do Vaticano como território autônomo dentro de Roma
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Conseqüências Aumento das diferenças entre o Norte industrializado e o Sul
agrário Aumento de impostos Empobrecimento dos camponeses no Sul Êxodo rural propicia formação de um numeroso exército de mão-
de-obra de reserva Concentração fundiária nas áreas férteis do Sul Banditismo social no Sul
Sociedades secretas mudam de caráter: Camorra, Máfia, Cosa Nostra etc.
Poucas décadas depois, população pauperizada do Sul sentirá as conseqüências, estimulando migração em massa para a América
Prof.ª Izabela Gonçalves
“Fizemos a Itália; agora precisamos
fazer os italianos.”Massimo D´Azeglio (1792-1866), em 1860
Agora reflita sobre o significado desta frase de 1860:
Prof.ª Izabela Gonçalves
Revisando1859/59 Aliança com a França e guerra contra a Áustria. O Piemonte
anexa a região Lombarda e Napoleão III ganha a região de Nice e de Sabóia (Política das Compensações);
1860 Aliado à Prússia, de Bismarck, o Reino Sardo-Piemontês derrota a Áustria e recebe Veneza;
1870/1871
A Guerra Franco-Prussiana deslocou o contingente militar francês de Roma e garantiu a unificação italiana com a coroação de Victor Emanuel II rei da Itália e a consagração de Roma como capital do novo Estado europeu;
1871/1929
Questão Romana. O papa Pio IX não concordou com a unificação e a transformação de Roma na capital da Itália. Essa Questão só foi resolvida em 1929