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Introdução Um modelo como exemplo O que Swanwick diz O modelo (T)EC(L)A de Keith Swanwick Transformando o modelo em currículo 2 Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES. Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010 25 Planejando currículos em Educação Musical Conteúdo Didática da Música

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Introdução

Um modelo como exemplo

O que Swanwick diz

O modelo (T)EC(L)A de Keith Swanwick

Transformando o modelo em currículo

2Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

25 Planejando currículos em Educação Musical – Conteúdo

Didática

da Música

Introdução

Na última unidade iniciamos a discussão sobre currículo, falando das funções da música na

sociedade. Essa questão reflete-se tão fortemente na vida do professor que deve estar presente

sempre, pois sua resposta e as considerações de cada um sobre esta indagação pode mudar,

melhorar, se aprofundar, amadurecer.

Quando vamos ensinar uma coisa, é preciso questionar a nós mesmos o porquê de estarmos ali,

porquê achamos importante e o que queremos que nossos alunos aprendam com aquilo. Não há

uma resposta exata, fechada, certa ou errada para essa pergunta, mas ela deve ser feita e o

professor deve tentar respondê-la. No caso do ensino da música, isso será definitivo para as

decisões que o planejador da aula, o professor, tomará. E é aí que currículo e as funções da

música se fundem.

É bem verdade que as pessoas que nos contratam também tem suas convicções sobre o que

desejam obter com o oferecimento de música em sua escola, centro, ONG, etc. Por isso, o

currículo a ser planejado também precisará, por vezes, levar em conta seu contexto e ser a

reunião de ideais de várias pessoas. Você incluído nessa turma.

3Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

Didática

da Música

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Um modelo como exemplo

Partindo do pré-suposto que vocês entenderam o quão sensível é preciso ser para construir o

currículo, vamos falar de um modelo bastante difundido no meio da Educação Musical. Esse

modelo é famoso por ter sido objeto de pesquisa de um importante educador musical: Keith

Swanwick (pronuncía-se Queiti Suânuiqui). Uma biografia para conhecê-lo melhor estará no

material de apoio.

O modelo que Swanwick propõe foi traduzido para o português e o chamamos de (T)EC(L)A.

Modelo Tecla. Em inglês, sua lingua original chamava-se CLASP. Como esse teórico da

Educação Musical tem um envolvimento muito grande e estreito com os pesquisadores da

Educação Musical no Brasil é fácil encontrarmos material dele em português, e suas traduções

são confiáveis. Duas pesquisadores que utilizaram em seus trabalhos os modelos de Swanwick

foram Dra. Liane Hentschke, professora da UFRGS, e Dra. Cecilia Cavalieri França, professora da

UFMG.

Hoje, diversas outras práticas de Educação Musical utilizam propostas semelhantes a de

Swanwick, mas este professor sistematizou sua prática de maneira que fica fácil compreendê-la,

por isso, a apresentaremos para vocês.

4Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

Didática

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O que Swanwick diz

A propósito da nova lei, Keith Swanwick deu uma entrevista para a revista Nova Escola. Lá, ele

explica um pouco sobre o modelo TECLA (Em inglês, CLASP):

Pergunta: Que aspectos devem ser considerados no ensino de música nas escolas?

SWANWICK: O fundamental é que os conteúdos sejam trabalhados de maneira integrada. Nos anos 1970,

resumi essa ideia na expressão inglesa clasp. Além de ser uma sigla, um dos sentidos dessa palavra em

português é "agregar". Proponho que há três atividades principais na música, que são compor (a letra C,

de composition), ouvir música (A, de audition) e tocar (P, de performance). Essas três atividades, que

formam o CAP, devem ser entremeadas pelo estudo da história da música (L, de literature studies) e pela

aquisição de habilidades (S, de skill aquisition). (No Brasil, esse processo ficou conhecido como TECLA: T

de técnica, E de execução, C de composição, L de literatura e A de apreciação).

Pergunta: Qual a vantagem de trabalhar nessa perspectiva?

SWANWICK: Um ponto forte é considerar que todas essas coisas são importantes e que devem ser

desenvolvidas em equilíbrio. A ideia do clasp também pode ser útil para o professor perceber se está

gastando muito tempo, digamos, no L, descrevendo fatos históricos e desenhando instrumentos, por

exemplo. Dar muito enfoque à história da música é uma forma simplificadora de achar que se está

ensinando Música. Acontece que a história não é música - ela é sobre música. O mesmo excesso pode

ocorrer com docentes que atuam na classe o tempo todo como intérpretes ou outros que apenas colocam

CDs para a apreciação.

5Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

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O modelo (T)EC(L)A de Keith Swanwick

6Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

Didática

da Música

Atividade Descrição

(T) TécnicaAquisição de habilidades – aurais, instrumentais e de escrita musical; “controle

técnico, execução em grupo, manuseio do som com aparatos eletrônicos ou

semelhantes, habilidades de leitura à primeira vista e fluência com notação,

E ExecuçãoComunicação da música como uma “presença”, geralmente implica uma audiência

(público) – não importando o tamanho ou caráter (formal ou informal).

C ComposiçãoFormulação de uma idéia musical; “todas as formas de invenção musical, [...]

improvisação [...]; ato de fazer um objeto musical agrupando materiais sonoros de

uma forma expressiva.

(L) Literatura“Literatura de” e “literatura sobre” música; inclui “não somente o estudo

contemporâneo ou histórico da literatura da música em si por meio de partituras e

execuções, mas também por meio de criticismo musical, histórico e musicológico.

A Apreciação

Audição receptiva como (embora não necessariamente em) uma audiência;

“envolve uma empatia com os executantes, um senso de estilo musical relevante à

ocasião, uma disposição a “ir com a música” e [...] uma habilidade em responder e

relacionar-se com o objeto musical como uma entidade estética.

HENTSCHKE, Liane; KRUGER, Susana. “Contribuições das orquestras para o ensino de música na

Educação Básica: Relato de experiência”. In: HENTSCHKE, Liane; DEL BEN, Luciana (Orgs.). Ensino

de Música: Propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, 2003. p.19-46.

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Transformando o modelo em currículo

Qualquer modelo precisa ser adaptado para a realidade em que se encontra. Não é diferente

quando pensamos em modelos para serem utilizados em sala de aula de música. O repertório

utilizado, as atividades a serem desenvolvidas, tudo isso é trabalho do professor escolher.

Alguns alunos de nosso curso têm algumas dúvidas sobre como os conhecimentos musicais que

são trabalhados no Prolicen se transformarão em estratégias para a sala de aula. O repertório

utilizado, as técnicas, a sequência oferecida foi pensada para o desenvolvimento musical DE

VOCÊS. Para os seus alunos, com os conhecimentos que vocês CONSTRUÍRAM, vocês

montarão novas atividades, buscarão novas músicas, se adaptarão às necessidades de cada

grupo.

Vamos levar essa discussão para o nosso fórum? Encontro vocês lá!

7Material elaborado para o Curso de Licenciatura em Música da UFRGS e Universidades Parceiras, do Programa Pró-Licenciaturas II da CAPES.

Produzido pela equipe do CAEF. Porto Alegre, 2010

Didática

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