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PALESTRA Impactos da Reforma Trabalhista para o Empregador Copyright 2017 Castro Neves Dal Mas. Todos os direitos reservados.

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PALESTRA

Impactos da Reforma

Trabalhista para o Empregador

Copyright 2017 Castro Neves Dal Mas. Todos os direitos reservados.

PALESTRA

• Público: Diretores, Gestores, Gerentes, Coordenadores e Assistentes da ÁreaJurídica e de Recursos Humanos; restrito aos clientes do escritório;

• Objetivo: Expor e analisar a Lei 13.467/2017 e seus impactos para oEmpregador.

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CENÁRIO • A CLT é de 01 de maio de 1943 (74 anos)

• “Espírito do tempo – da época – clima intelectual e cultural do mundo atual”;

• Avanço Tecnológico

• Isonomia de Tratamento independente do gênero, sexo, idade...

• Desemprego: 13 milhões de desempregados e 10 milhões de desalentados e subempregados (23 milhões deBrasileiros afetados)

• Reduzir o Mercado informal: representa 16% do PIB Brasileiro = 40% do trabalhador brasileiro

• Justiça do Trabalho em 2016 bate o próprio recorde mundial: 2.756.159 novos processos (4,5% a mais que 2015)

• Insegurança Jurídica da legislação e da jurisprudência atual

• Risco Brasil – Falta de competitividade global

• Transição Política

• Atual postura do STF em confronto com o TST (Negociado sobre o legislado; Liminar contra IPCA-e; Decisãocontra a ultratividade da norma coletiva; Decisão favorável a quitação geral do PDV via ACT)

• Perfil do Atual Presidente do TST – Ives Gandra Martins Filho (26/02/2016 a 25/02/2018)

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DESAFIOS1) Estudar, questionar e absorver a Nova Legislação com a profundidade necessária;

2) Observar os movimentos dos Órgãos Públicos, das Associações e Entidades Sociais e Sindicais contra a novaLegislação para avaliar os riscos;

3) Identificar e destacar da Nova Legislação “oportunidades” para:

. melhorar as condições de trabalho dos empregados;

. otimizar a operação e o tempo à disposição;

. reduzir custos;

. reter talentos e estimular os colaboradores através da meritocracia (PCC);

. fortalecer a relação Empresa – Sindicato – Trabalhador;

. tornar a empresa competitiva a nível global e internacional;

. rever o passivo trabalhista já existente;

. afastar ou minimizar os riscos trabalhistas da operação através da revisão dos processos e procedimentos internos;

. adequação das estratégias e teses adotadas à nova realidade;

. reavaliação dos critérios de contingenciamento financeiro.

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Lei 13.467/2017 – Altera a CLT e outras 3 Leis, a fim de adequar a

legislação às novas relações de trabalho

a) Publicada no dia 14/07/2017

b) Vigência a partir de 11/11/2017

c) É definida em 6 Artigos:

• Artigo 1º da Lei 13.467/2017- Altera a CLT (do Artigo 1º ao Artigo 899)

• Artigo 2º da Lei 13.467/2017 – Altera a Lei 6.019/74 – Trabalho Temporário e Terceirização.

• Artigo 3º da Lei 13.467/2017– Altera o Artigo 20 da Lei 8.036/90 – Lei do FGTS

• Artigo 4º da Lei 13.467/2017 – Altera o Artigo 28 da Lei 8.212/91 – Lei do INSS

• Artigo 5º da Lei 13.467/2017 – Revoga vários dispositivos da CLT

• Artigo 6º da Lei 13.467/2017 – Estabelece vigência em 120 dias da publicação oficial

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Artigo 1º da Lei 13.467/2017-

Altera a CLT (Artigo 1º ao 899)1) Título I - Introdução (2,4,8,10 e 11):. Altera o Conceito de Grupo Econômico – Artigo 2º. Altera o Conceito de Tempo a Disposição do Empregador – Artigo 4º. Restringe o Poder de Interpretação do Judiciário Trabalhista – Artigo 8º. Limita a Responsabilidade do Sócio Retirante – Artigo 10º (cumulado com o 448). Redefine a Prescrição e introduz a Intermitente – Artigo 11º

2) Título II – Normas Gerais de Tutela do Trabalho (47, 58, 59, 60, 61, 62, 71, 75, 134, 223) (§3º/ 58, 4º/ 59,84, 86, 130-A e §2º/134 e §3º/143). Multa pela Ausência Registro do Empregado - define valores e parâmetros para a aplicação da multa (Artigo47º). Altera o regramento da Duração do Trabalho (Artigos 58, 59, 60, 61, 71, 75). Altera o regramento das Férias (Artigo 134º). Define parâmetros para o Dano Extrapatrimonial (Artigo 223). Revoga a compensação de HE (§ 3º 58). Revoga a vedação de horas extras no contrato (4º/ 59). Revoga a divisão do país em regiões para salário mínimo (84 e 86). Revoga hipóteses de férias em contrato em tempo parcial, menores e idosos e tempo parcial (130-A, §2º 134e §3º 143)

3) Título III – Normas Especiais de Tutela do Trabalho (394 e 396). Regulamenta trabalho da Gestante em Local Insalubre (Artigo 394). Amamentação (Artigo 396)

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Artigo 1º da Lei 13.467/2017-

Altera a CLT

4) Título IV – Contrato Individual do Trabalho (442, 443, 444, 448, 452, 456, 457, 458, 461, 468, 477, 482,484, 507, 510) (§1º 3º 7º/ 477). Institui a contratação do trabalhador autônomo – Artigo 442-B. Institui e define requisitos do contrato de trabalho intermitente – Artigo 443 e 452-B. Preponderância do Negociado sobre o Legislado – 444, § único (cumulado com os 611-A e 611-B). Limita a responsabilidade da empresa sucedida – Artigo 448-A. Regulamenta a utilização de uniforme – Artigo 456-A. Restringe a integração de benefícios concedidos – Artigo 457. Restringe as hipóteses de salário “In Natura” – Artigo 458, §5º. Altera os Requisitos da Equiparação Salarial – Artigo 461. Redefine o prazo para Alteração Unilateral do Contrato – Artigo 468. Altera o regramento da rescisão contratual – (Artigos 477, 477-A e 477-B). Acrescenta hipótese de justa causa – Artigo 482, alínea “m”. Institui rescisão contratual por mútuo consentimento – Artigo 484-A. Institui Arbitragem e Termo de Quitação Anual – Artigo 507-A e 507-B. Institui a Representação Interna de Empregados – Artigo 510-A, B, C e D. Revoga necessidade de homologação sindical em rescisões – Artigo §s 1º 2º 3º/ 477

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Artigo 1º da Lei 13.467/2017-

Altera a CLT

5) Título V – Da Organização Sindical (545, 578, 579, 582, 583, 587, 602) (601, 604). Altera o regramento da organização sindical – (Artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587, 602). Revoga apresentação de quitação de contribuição sindical – (601, 604)

6) Título VI – Das Convenções Coletivas de Trabalho (611, 614, 620). Preponderância do Negociado sobre o Legislado – Artigos 611-A e 611-B (cumulado com o Artigo 444, § único). Restringe a vigência das Normas Coletivas – Artigo 614. Estipula prevalência da ACT em face da CCT – Artigo 620

7) Título VII – Processo de Multas Administrativas (634). Estipula índice de atualização de multa administrativa – Artigo 634

Título VII -A – Da Prova de Inexistência de Débito Trabalhista (Nada mudou)

8) Título VIII – Da Justiça do Trabalho (652 e 702):. Amplia a Competência da Justiça do Trabalho para autorizar a homologação de Acordo Extrajudicial (Art. 652). Altera a Competência do Tribunal Pleno do TST com relação às Sumulas e OJ´s (Art. 702)

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Artigo 1º da Lei 13.467/2017-

Altera a CLT

9) Título IX – Do Ministério Público do Trabalho (Nada mudou)

10) Título X – Do Processo Judiciário do Trabalho (775 – 789 – 790 – 791 – 793 – 800 – 818 – 840 – 841 – 843 – 844– 847 – 855 – 876 – 878 – 879 – 882 – 883 – 884 – 896 -899) (792, §ún/ 878, §s 3º 4º 5º 6º/ 896, 5ª/ 899)

. Altera a contagem de prazos processuais – Artigo 775

. Limita o valor de custas – Artigo 789

. Regulamenta o pagamento de custas – Artigo 790

. Redefine os Honorários periciais – Artigo 790-B

. Institui os Honorários de Sucumbência – Artigo 791-A

. Redefine a Litigância de Má-fé – Artigos 793-A, B e C

. Regula a Exceção de Incompetência – Artigo 800

. Redefine o Ônus Probatório – Artigo 818

. Redefine o processo do trabalho – Artigos 840, 843, 844, 876, 878, 879, 882, 883-A, 884, 896, 896-A, 899

. Faculta o preposto não empregado – Artigo 843, §3º

. Regula a Desconsideração da Personalidade Jurídica – Artigo 855-A

. Regulamenta o Acordo Extrajudicial – Artigo 855-B

. Institui o Protesto – Artigo 883-A

. Revoga autorização para menores, idosos e mulheres casadas litigar sem assistência (792)

. Revoga autorização para Procurador promover execução (§ún/ 878)

. Revoga procedimentos de Recurso de Revista (§s 3º 4º 5º 6º/ 896)

. Revoga obrigatoriedade de abrir conta vinculada pela empresa para recorrer (5º/ 899)

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TÍTULO I : Introdução Art. 2; 4; 8; 10; 11

. Altera o Conceito de Grupo Econômico – Artigo 2º

. Altera o Conceito de Tempo a Disposição do Empregador – Artigo 4º

. Restringe o Poder de Interpretação do Judiciário Trabalhista – Artigo 8º

. Limita a Responsabilidade do Sócio Retirante – Artigo 10º (cumulado com o Artigo 448)

. Atualiza a redação da Prescrição e introduz a Intercorrente – Artigo 11

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Matéria CLT Alterada Comentários

Grupo Econômico

Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos daatividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionaisliberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem finslucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.§2º: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídicaprópria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmoguardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamentepelas obrigações decorrentes da relação de emprego.§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para aconfiguração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e aatuação conjunta das empresas dele integrantes.

. Restringe o conceito de grupoeconômico;

. Não basta ter identidade de sócios;

. Tem que ter interesse integrado,comunhão de interesses e atuaçãoconjunta das empresas.

Tempo à disposição

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.§ 2° Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:I – práticas religiosas; II – descanso; III – lazer; IV – estudo; V – alimentação VI –atividades de relacionamento social; VII – higiene pessoal VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.

Não é tempo à disposição, mesmo queultrapasse o limite de 5 minutos diários,quando o empregado por escolhaprópria, permanecer dentro da empresa:. proteção pessoal dentro da empresa,em caso de insegurança ou má condiçãoclimática;. Atividades particulares.Confronta as Súmulas 366 e 429 do TST.

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Fontes Indiretas do Direito do Trabalho

Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta dedisposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pelajurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas geraisde direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com osusos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhuminteresse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.§ 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo TribunalSuperior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderãorestringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejamprevistas em lei.§ 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiçado Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementosessenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei nº10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação peloprincípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.

Restringe o poder de interpretação dosTRT´s e TST.

CCT e/ou ACT: Justiça do Trabalho sópode analisar: os elementos essenciais donegócio jurídico:

“CC. Art. 104. A validade do negócio jurídico

requer:

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou

determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.”

Objetivo: Segurança Jurídica

Sucessão de Empregadores

Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência:I – a empresa devedora;II – os sócios atuais; eIII – os sócios retirantes.Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.

. Protege o Sócio Retirante

. Mantém a salvaguarda do trabalhador contra a Fraude

. Combinado com o art. 10 e 448 da CLT (protege o empregado)

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Prescrição

Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes dasrelações de trabalho prescreve em cinco anos para ostrabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anosapós a extinção do contrato de trabalho.I – (revogado);II – (revogado).§ 1º O disposto neste Artigo não se aplica às ações quetenham por objeto anotações para fins de prova junto àPrevidência Social. (Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998)§ 2º Tratando-se de pretensão que envolva pedido deprestações sucessivas decorrente de alteração oudescumprimento do pactuado, a prescrição é total, excetoquando o direito à parcela esteja também assegurado porpreceito de lei.§ 3º A interrupção da prescrição somente ocorrerá peloajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que emjuízo incompetente, ainda que venha a ser extinta semresolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relaçãoaos pedidos idênticos.

. Alteração Contratual – Prestações Sucessivas

“Súmula 294 - Prescrição. Alteração contratual. Trabalhadorurbano Tratando-se de ação que envolva pedido de prestaçõessucessivas decorrente de alteração do pactuado, a prescrição étotal, exceto quando o direito à parcela esteja tambémassegurado por preceito de lei.”

. Interrupção da Prescrição: só com relação aos pedidos jáformulados.

“Súmula 268 - Prescrição. Interrupção. Ação trabalhistaarquivada . A ação trabalhista, ainda que arquivada,interrompe a prescrição somente em relação aos pedidosidênticos.”

PrescriçãoIntercorrente

Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo dotrabalho no prazo de dois anos.§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-sequando o exequente deixa de cumprir determinação judicialno curso da execução.§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode serrequerida ou declarada de ofício em qualquer grau dejurisdição.

Alterou o entendimento:

Introduziu a Prescrição Intercorrente: processo parado por 2 anos na execução – pode ser requerida ou declarada de ofício

Valida a Súmula 327 do STF. Contraria a Súmula 114 do C. TST.

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TÍTULO II : Normas Gerais Art. 47; 58; 59; 60; 61; 62; 71; 75; 134; 223

. Multa pela Ausência do Registro do Empregado - define valores e parâmetros para a aplicação da multa (Artigo 47)

. Altera o regramento da Duração do Trabalho (Artigos 58, 59, 60, 61, 71, 75)

. Altera o regramento das Férias (Artigo 134)

. Define parâmetros para o Dano Extrapatrimonial (Artigo 223)

. Revoga a compensação de HE (§3º/ 58)

. Revoga a vedação de horas extras no contrato (§4º/ 59)

. Revoga a divisão do país em regiões para salário mínimo (84 e 86)

. Revoga hipóteses de férias em contrato em tempo parcial, menores e idosos e tempo parcial (130-A, §2º 134 e §3º /143)

(§ 3º/ 58, 4º/ 59, 84, 86, 130-A e §2º/ 134 e §3º/ 143)

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Matéria CLT Alterada Comentários

Multa por falta de registro

Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nostermos do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valorde R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não registrado,acrescido de igual valor em cada reincidência.§ 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput desteArtigo, o valor final da multa aplicada será de R$ 800,00 (oitocentosreais) por empregado não registrado, quando se tratar demicroempresa ou empresa de pequeno porte.§ 2º A infração de que trata o caput deste Artigo constitui exceção aocritério da dupla visita.(NR)

. Multa em valor superior;

. Afastou o critério da dupla visita.

Multa por falta de formalizar informações

Art. 47-A. Na hipótese de não serem informados os dados a que serefere o parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregadorficará sujeito à multa de R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregadoprejudicado.

. Nova multa pela falta de informação no Livro deRegistro

Horas In Itinere

Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados emqualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias,desde que não seja fixado expressamente outro limite.§ 1o Não serão descontadas nem computadas como jornadaextraordinária as variações de horário no registro de ponto nãoexcedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dezminutos diários.§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residênciaaté a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno,caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive ofornecido pelo empregador, não será computado na jornada detrabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.§ 3º (Revogado). (NR)

. Com a alteração, deixa-se de discutir se aempresa está em local de difícil acesso ou nãoservida por transporte público;. Independente de tais fatores, as horas depercurso residência-trabalho-residência não maisserão consideradas como tempo à disposição doempregador e, via de consequência, não serãomais consideradas como HE;. Ampara as Empresas com relação aos Fretados.Confronta a Súmula 90 do TST.

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Trabalho em Regime de Tempo Parcial

Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração nãoexceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais,ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com apossibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.§ 1o (idem)§ 2º (idem)§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com oacréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.§ 4º Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial serestabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementaresa este quantitativo serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipuladono § 3º, estando também limitadas a seis horas suplementares semanais.§ 5º As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadasdiretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo serfeita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejamcompensadas.§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter umterço do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.§ 7º As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 destaConsolidação.”

Antes:. 25 Horas Semanais. Não podia fazer HE

Alteração:. 30 Horas Semanais – Sem HE; geranulidade do contrato. 26 Horas Semanais – Com HE até 6horas semanais; totalizando 32horas. Equipara Férias (30 dias), antesera proporcional.

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Da Duração do Trabalho

Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número nãoexcedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à dahora normal.§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletivade trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição emoutro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadassemanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensaçãointegral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste Artigo, o trabalhador terádireito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor daremuneração na data da rescisão.§ 4º (Revogado).§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste Artigo poderá ser pactuado por acordo individualescrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ouescrito, para a compensação no mesmo mês. (NR)

. Ajusta o adicional de 20% para50% conforme já previsto na CF/88;. Autoriza Banco de Horas atravésde Contrato Individual formaldesde que a compensação ocorraem 6 meses;. Autoriza Acordo tácito: desde quea compensação ocorra dentro domesmo mês.

Da Jornada 12x36

Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, medianteacordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horáriode trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observadosou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste Artigoabrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados,e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quandohouver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.

.indenização do intervalointrajornada (Banco);. Inclusão na remuneração dosDSR´s e prorrogações de trabalhonoturno.. Confronta a Súmula 444 do TST(exigia CCT ou ACT e pgto deferiado em dobro)

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Compensação de jornada

Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensaçãode jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, nãoimplica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornadanormal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendodevido apenas o respectivo adicional.Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais nãodescaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco dehoras.

. Quando a Empresa não atender asexigências legais: pagará o adicional e nãoa HE (hora + adicional).. Confronta a Súmula 85 do TST;. Autoriza horas extras habituais;. Mas: poderá sofrer sançõesadministrativas.

12 x 36 em Atividade Insalubre

Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantesdos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicinado Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministrodo Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderãoser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentesem matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito,procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodose processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio deautoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quementrarão em entendimento para tal fim.Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia asjornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horasininterruptas de descanso.

A jornada 12x36 pode ser realizada emambiente insalubre sem autorização doMTE

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Das Horas Extras em necessidade imperiosa

Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração dotrabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer facea motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão deserviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízomanifesto.§ 1º O excesso, nos casos deste Artigo, pode ser exigidoindependentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo detrabalho.§ 2º - Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, aremuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal.Nos demais casos de excesso previstos neste Artigo, a remuneraçãoserá, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da horanormal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desdeque a lei não fixe expressamente outro limite.§ 3º - Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante decausas acidentais, ou de força maior, que determinem aimpossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá serprorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas,durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempoperdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias,em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeitaessa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.

. Não precisa mais de Autorização do MTEpara trabalhar além de 2 horas pornecessidade imperiosa;

. Menos burocrático

. Não pode ocorrer abuso sob pena depenalidades administrativas, inclusivejudiciais.

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Da Exceção a Anotação de Jornada

Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com afixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada naCarteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;(Incluído pela Lei nº 8.966, de 27.12.1994)II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste Artigo, osdiretores e chefes de departamento ou filial. (Incluído pela Lei nº8.966, de 27.12.1994)III – os empregados em regime de teletrabalho.Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aosempregados mencionados no inciso II deste Artigo, quando o saláriodo cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, sehouver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de40% (quarenta por cento).

Introduziu o Teletrabalho como à exceçãoàs regras da duração do trabalho.

Regime de Teletrabalho foi introduzido noArtigo 75 A – B – C – D – E.

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Intervalo Intrajornada

Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis)horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso oualimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escritoou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.§ 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto,obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duraçãoultrapassar 4 (quatro) horas.§ 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração dotrabalho.§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá serreduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quandoouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que oestabelecimento atende integralmente às exigências concernentes àorganização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados nãoestiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornadamínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais,implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do períodosuprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor daremuneração da hora normal de trabalho.§ 5° O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, eaquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidosentre o término da primeira hora trabalhada e o início da última horatrabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo detrabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais detrabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores,fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículosrodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros,mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores aofinal de cada viagem.

. Inciso III do Art. 611-A: Autoriza reduçãodo intervalo, através de CCT ou ACT;mínimo de 30 minutos; não precisa deautorização do MTE;

. O parágrafo único Artigo 611-B: afirmaque o regramento com relação ao intervaloprevisto no 611-A não é considerado comonorma de saúde, higiene e segurança;

. Confronta a Súmula 437 do TST.

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Teletrabalho

CAPÍTULO II-A DO TELETRABALHOArt. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalhoobservará o disposto neste Capítulo.Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantementefora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias deinformação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam comotrabalho externo.Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para arealização de atividades específicas que exijam a presença do empregado noestabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho.Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constarexpressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividadesque serão realizadas pelo empregado.§ 1º Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalhodesde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.§ 2º Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencialpor determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinzedias, com correspondente registro em aditivo contratual.Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutençãoou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária eadequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesasarcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito.Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste Artigo não integram aremuneração do empregado.Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa eostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes detrabalho.Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidadecomprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.

. Não é trabalho externo (62, I).

. É prestado de forma preponderante forada empresa, com uso de tecnologia deinformação;. A condição diferenciada tem que constarexpressamente do contrato de trabalho;. Alteração de Presencial paraTeletrabalho: obrigatório o mútuo acordoentre as partes, através de aditivocontratual;. Alteração de Teletrabalho paraPresencial: não precisa do mútuo acordo,mas precisa de prazo de transição de nomínimo 15 dias e tem que registrar emaditivo contratual;- Necessária instrução ergonômica prévia;

Custos: a responsabilidade deve serformalizada no Contrato de Trabalho ouno Aditivo. Alterações não podem trazerprejuízo ao trabalhador sob pena deviolar os Artigos 468 e 2º da CLT.

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Férias

Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.§ 2º (Revogado).§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.

. Autoriza 3 períodos;

. Um dos períodos não pode ser inferior a14 dias corridos e os demais a 5 diascorridos;

. O início das férias não pode antecederferiado ou dia de repouso semanalremunerado;

. Não excetua menores de 18 e maiores de50 anos; inclusive em férias coletivas.

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Do Dano Extrapatrimonial – Danos Morais

TÍTULO II-A DO DANO EXTRAPATRIMONIALArt. 223-A. Aplicam-se à reparação de danos de natureza extrapatrimonial decorrentes da relação de trabalho apenas os dispositivos desteTítulo.Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, asquais são as titulares exclusivas do direito à reparação.Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bensjuridicamente tutelados inerentes à pessoa física.Art. 223-D. A imagem, a marca, o nome, o segredo empresarial e o sigilo da correspondência são bens juridicamente tutelados inerentes àpessoa jurídica.Art. 223-E. São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporçãoda ação ou da omissão.Art. 223-F. A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes domesmo ato lesivo.§ 1º Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danospatrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.§ 2º A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danosextrapatrimoniais.Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:I – a natureza do bem jurídico tutelado;II – a intensidade do sofrimento ou da humilhação;III – a possibilidade de superação física ou psicológica;IV – os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;V – a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;VI – as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;VII – o grau de dolo ou culpa;VIII – a ocorrência de retratação espontânea;IX – o esforço efetivo para minimizar a ofensa;X - o perdão, tácito ou expresso;XI – a situação social e econômica das partes envolvidas;XII – o grau de publicidade da ofensa.§ 1º Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada aacumulação:I – ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;II – ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;III – ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.§ 2º Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1º deste Artigo,mas em relação ao salário contratual do ofensor.§ 3º Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.

Fixa parâmetros para julgamento e limites de indenização.

Vedada a cumulação:. De 03 a 50 vezes o último salário do ofendido, podendo ser dobrado.

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TÍTULO III : Normas Especiais Art. 394; 396

. Regulamenta trabalho da Gestante em Local Insalubre (Artigo 394)

. Amamentação (Artigo 396)

Revogado o Art. 384 da CLT – intervalo de no mínimo 15 minutos para a mulher antes das horas extras

(Art. 384)

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Matéria CLT Alterada Comentários

Atividade Insalubre para Gestantes

Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional deinsalubridade, a empregada deverá ser afastada de:I – atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentaratestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende oafastamento durante a gestação;III – atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestadode saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamentodurante a lactação.§ 1º (VETADO).§ 2º Cabe à empresa pagar o adicional de insalubridade à gestante ou à lactante,efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da ConstituiçãoFederal, por ocasião do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha desalários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa físicaque lhe preste serviço.§ 3º Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada nos termos do caputdeste Artigo exerça suas atividades em local salubre na empresa, a hipótese seráconsiderada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-maternidade, nostermos da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, durante todo o período deafastamento.

Exige o trabalho de gestante em localinsalubre em grau médio e mínimo, salvose a trabalhadora apresentar atestado demédico de sua confiança;

Exige o trabalho da lactante em localinsalubre em qualquer grau, salvo se atrabalhadora apresentar atestado demédico de sua confiança;

Objetivos:. Manutenção do Emprego;. Conceder a mulher as mesmas condiçõesde trabalho do homem;

Período de Amamentação

Art. 396. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.§ 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade competente.§ 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste Artigo deverão ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador.

Privilegia a autonomia das partes.

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TÍTULO IV : Contrato IndividualArt. 442; 443; 444; 448; 452; 456; 457; 458; 461; 468; 477; 482; 484; 507; 510.

. Institui a contratação do trabalhador autônomo – Artigo 442-B

. Institui e define requisitos do contrato de trabalho intermitente – Artigo 443 e 452-B

. Preponderância do Negociado sobre o Legislado – 444, § único (cumulado com os 611-A e 611-B)

. Limita a responsabilidade da empresa sucedida – Artigo 448-A

. Regulamenta a utilização de uniforme – Artigo 456-A

. Restringe a integração de benefícios concedidos – Artigo 457

. Restringe as hipóteses de salário “In Natura” – Artigo 458, §5º

. Altera os Requisitos da Equiparação Salarial – Artigo 461

. Redefine o prazo para Alteração Unilateral do Contrato – Artigo 468

. Altera o regramento da rescisão contratual – (Artigos 477, 477-A e 477-B)

. Acrescenta hipótese de justa causa – Artigo 482, alínea “m”

. Institui rescisão contratual por mútuo consentimento – Artigo 484-A

. Institui Arbitragem e Termo de Quitação Anual – Artigo 507-A e 507-B

. Institui a Representação Interna de Empregados – Artigo 510-A, B, C e D

(§1º 3º 7º/ 477)

. Revoga necessidade de homologação sindical em rescisões – Artigo §s 1º 2º 3º/ 477

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Matéria CLT Alterada Comentários

Regime de Contratação como Autônomo

Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas asformalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ounão, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º destaConsolidação.

PJ e RPA. Não é terceirização.Exclusividade e continuidade não gera ovínculo. Não deve ser interpretadolivremente: esbarra nos Artigos 3º, 9º e 468da CLT.

Contrato de Emprego com Serviço Intermitente

Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordadotácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazodeterminado ou indeterminado, ou para prestação de trabalhointermitente.§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalhocuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviçosespecificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetívelde previsão aproximada.§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:(Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique apredeterminação do prazo;b) de atividades empresariais de caráter transitório;c) de contrato de experiência.§ 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.

Inclui o trabalho intermitente dentro do rolde relações de emprego.

Objetivo: formalizar as relações de trabalho

Autoriza o trabalho intermitente:. descontínuo;. excetua os aeronautas (legislação própria)

O Artigo deve ser interpretado em conjuntocom o 452-A da CLT, que regulamenta aquestão.

Vai ser considerado para fins de cotas.

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Negociação Individual

Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto delivre estipulação das partes interessadas em tudo quanto nãocontravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratoscoletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridadescompetentes.Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput desteArtigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A destaConsolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre osinstrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diplomade nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior aduas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral dePrevidência Social.

Autonomia na relação de emprego com osempregados de:. Nível superior + Salário igual ou superior aR$ 11.062,62 (atual).

Privilegia a transação extrajudicial.Limitado às hipóteses do 611-A.

Sucessão empresarial

Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadoresprevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigaçõestrabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregadostrabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade dosucessor.Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente coma sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.

A Responsabilidade é do sucessor, salvoem fraude comprada.

Afasta o entendimento da fraudepresumida.

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Contrato de Emprego com Serviço Intermitente

Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito edeve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferiorao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados doestabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para aprestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três diascorridos de antecedência.§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responderao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato detrabalho intermitente.§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir,sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50%(cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensaçãoem igual prazo.§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição doempregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.§ 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá opagamento imediato das seguintes parcelas:I – remuneração; II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;III – décimo terceiro salário proporcional; IV – repouso semanal remunerado; eV – adicionais legais.§ 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagosrelativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste Artigo.§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e odepósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nosvalores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante documprimento dessas obrigações.§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze mesessubsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado paraprestar serviços pelo mesmo empregador.

Corrobora com entendimento do TST:“OJ 358. Salário mínimo e piso salarialproporcional à jornada reduzida.Empregado. Servidor público.

Requisitos obrigatórios:. Contrato escrito;. Previsão do valor da hora não inferior aovalor hora salário mínimo ou dosparadigmas;. Convocação com no mínimo 3 dias deantecedência;

Características:. Recusa não descaracteriza subordinação;. Autoriza multa em caso de nãocomparecimento após aceite;. Tempo de inatividade não é tempo adisposição;. Todos os direitos contratuais e rescisóriospreservados.

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Uniformes no ambiente de trabalho

Art. 456-A. Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta nomeio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme delogomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outrositens de identificação relacionados à atividade desempenhada.Parágrafo único. A higienização do uniforme é de responsabilidade dotrabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessáriosprocedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para ahigienização das vestimentas de uso comum.

Afasta os pedidos de:. Indenização/reparação dos custos com a limpeza uniforme;. Indenização por Dano Moral por procedimento vexatório.

Benefícios por mera Liberalidade

(Introduz as alterações da Lei nº 13.419, de 2017 – Lei da Gorjeta)

Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, paratodos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamentepelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas quereceber.§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificaçõeslegais e as comissões pagas pelo empregador.§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda decusto, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro,diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneraçãodo empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e nãoconstituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista eprevidenciário.[...]§ 4º (OBS – NA LEI A SER SANCIONADA, DEVE ENTRAR COMO §12)Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregadorem forma de bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou agrupo de empregados, em razão de desempenho superior aoordinariamente esperado no exercício de suas atividades.

- A Lei 13.419/2017 (gorjeta) já haviaintroduzido vários regramentos com relação àsgorjetas (§ 3º ao 11º);

- A Lei 13.467/2017 introduziu “prêmio” noparágrafo 2º , que passou a não ter naturezasalarial, excluiu o limite de 50% do salário paradiárias de viagem;

- Introduz o parágrafo 4º com a definição deprêmios: as liberalidades concedidas peloempregador em forma de bens, serviços ouvalor em dinheiro a empregado ou a grupo deempregados, em razão de desempenhosuperior ao ordinariamente esperado noexercício de suas atividades;

- Será necessária adequação formal.Copyright 2017 Castro Neves Dal Mas. Todos os direitos reservados.

Remuneração In natura

Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todosos efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "innatura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecerhabitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento combebidas alcoólicas ou drogas nocivas.§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis,não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelascomponentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82).§ 2o Para os efeitos previstos neste Artigo, não serão consideradas como salárioas seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I – vestuários, equipamentose outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho,para a prestação do serviço;II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros,compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros ematerial didático;III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percursoservido ou não por transporte público;IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente oumediante seguro-saúde;V – seguros de vida e de acidentes pessoais;VI – previdência privada;VII – (VETADO)VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.[...]§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ouodontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas commedicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesasmédico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentesmodalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado paraqualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alíneaq do § 9° do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.

Inclui o parágrafo 5º: despesas médicas,odontológicas, medicamentos, etc...

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Equiparação salarial

Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor,prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimentoempresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo,etnia, nacionalidade ou idade.§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o quefor feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica,entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmoempregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempona função não seja superior a dois anos.§ 2º Os dispositivos deste Artigo não prevalecerão quando oempregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ouadotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociaçãocoletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma dehomologação ou registro em órgão público.§ 3º No caso do § 2º deste Artigo, as promoções poderão ser feitaspor merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destescritérios, dentro de cada categoria profissional.§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo dedeficiência física ou mental atestada pelo órgão competente daPrevidência Social não servirá de paradigma para fins de equiparaçãosalarial. (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972)§ 5º A equiparação salarial só será possível entre empregadoscontemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicaçãode paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneotenha obtido a vantagem em ação judicial própria.§ 6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ouetnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferençassalariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, novalor de 50% (cinquenta por cento)

. Altera critério de Localidade paraEstabelecimento;

. Afasta equiparação no caso de empregadocontratado há mais de 4 anos,independentemente da diferença de 2 anosna função;

. Autoriza PCS/RI/PI para justificar asdiferenças salariais e não exigehomologação ou registro;

. Não exige alternância de mérito eantiguidade; as promoções podem ser pormérito.

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Alteração unilateral do contrato

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condiçõespor mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente,prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.§1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivoempregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função deconfiança.§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste Artigo, com ou sem justo motivo, não assegura aoempregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não seráincorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.

. Confronta a Súmula 372 do TST;

. A Gratificação de Função pode sersuprimida, independente do tempo,se o empregador deixar de exercercargo em comissão.

Extinção do Contrato de Trabalho

Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação naCarteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes erealizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste Artigo.§ 1º (Revogado) [...] / § 3º (Revogado).§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado:I – em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, conforme acordem as partes; ouII – em dinheiro ou depósito bancário quando o empregado for analfabeto.§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem acomunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dosvalores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados atédez dias contados a partir do término do contrato.a) (revogada); b) (revogada). § 7º (Revogado). [...]§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de trabalho e Previdência Social é documento hábil para requerer o benefício do seguro desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, nas hipóteses legais, desde que a comunicação prevista no caput deste Artigo tenha sido realizada.

. Dispensa homologação da rescisãodos contratos no Sindicato ou MTE,independentemente da duração docontrato;

. Prazo único de pagamento de 10dias a partir do término do contrato;

. Prazo de 10 dias para entregar adocumentação da rescisão (TRCT,CD/SD);

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Dispensa em massa

Art. 477-A. As dispensas imotivadas individuais, plúrimas ou coletivas equiparam-se paratodos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou decelebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação.

Privilegia o Poder Diretivo doEmpregador

Quitação do Contrato por PDV

Art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual, plúrima oucoletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, enseja quitação plenae irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia, salvo disposição em contrárioestipulada entre as partes.

.Validade da quitação geralconcedida em PDV instituídopor CCT e ACT..Corrobora com oentendimento atual do STF.

Justa Causa do empregado

Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:a) ato de improbidade;b) incontinência de conduta ou mau procedimento;c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quandoconstituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicialao serviço;[...]m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão,em decorrência de conduta dolosa do empregado.Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática,devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurançanacional.

. Inclui a letra “m“: permitir queo empregado que perdeu ahabilitação profissional que érequisito imprescindível para oexercício de suas funções possaser demitido por justa causa(médico, motorista,advogado...)

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Rescisão Contratual por Mútuo consentimento

Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entreempregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbastrabalhistas:I – por metade:a) o aviso prévio, se indenizado; eb) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço,prevista no § 1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990;II – na integralidade, as demais verbas trabalhistas.§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste Artigo permite amovimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantiado Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dosdepósitos.§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste Artigo nãoautoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.

Introduz a rescisão contratual por mútuo acordo:

Empresa: . 50% do aviso prévio indenizado; . 50% da multa do FGTS; . 100% das demais verbas rescisórias;

Empregado:. 80% do FGTS depositado;. Não recebe o Seguro Desemprego.

Arbitragem para executivos

Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração sejasuperior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios doRegime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusulacompromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado oumediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº9.307, de 23 de setembro de 1996.

Autoriza arbitragem para solução deconflitos de empregados que recebemsalário superior a R$ 11.062,62 (atual),desde que pactuado entre as partes.

Termo de Quitação Anual

Art. 507-B. É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou nãodo contrato de emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigaçõestrabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria.Parágrafo único. O termo discriminará as obrigações de dar e fazercumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada peloempregado, com eficácia liberatória das parcelas nele especificadas.

Faculta “Termo de Quitação Anual”:. para qualquer Empregado. com concordância do Empregado;. com Assistência Sindical.

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Representação Interna de Empregados

TÍTULO IV-A DA REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOSArt. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada aeleição de uma comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lheso entendimento direto com os empregadores.§ 1º A comissão será composta:I – nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, por trêsmembros;II – nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, por cincomembros;III – nas empresas com mais de cinco mil empregados, por sete membros.§ 2º No caso de a empresa possuir empregados em vários Estados da Federaçãoe no Distrito Federal, será assegurada a eleição de uma comissão derepresentantes dos empregados por Estado ou no Distrito Federal, na mesmaforma estabelecida no § 1º deste Artigo.Art. 510-B. A comissão de representantes dos empregados terá as seguintesatribuições:I – representar os empregados perante a administração da empresa;II – aprimorar o relacionamento entre a empresa e seus empregados com basenos princípios da boa-fé e do respeito mútuo;III – promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o fim deprevenir conflitos;IV – buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, deforma rápida e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas legais e contratuais;V – assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo qualquerforma de discriminação por motivo de sexo, idade, religião, opinião política ouatuação sindical;VI – encaminhar reivindicações específicas dos empregados de seu [....]

. Objetivo: negociação direto com osempregados sem a participação doSindicato;

. Apenas para empresas com mais de200 Empregados por Empresa;

. 200: 3 membros3.000 a 5.000: 5 membros+ 5.000: 7 membros

. Estipula regramento para eleição dacomissão;

. Estabelece Estabilidade: durante omandato e um ano após (igual daCIPA);

. Não pode ser candidato nos 2períodos subsequentes.

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TÍTULO V: Da Organização SindicalArt. 545; 578; 579; 582; 583; 587; 602

. Altera o regramento da organização sindical – (Artigos 545, 578, 579, 582, 583, 587, 602)

(601, 604)

. Revoga apresentação de quitação de contribuição sindical – (601, 604)

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Matéria – Artigo CLT Alterada Comentários

Contribuições Sindicais de empregados e empresas

Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dosseus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuiçõesdevidas ao sindicato, quando por este notificados.Parágrafo único - O recolhimento à entidade sindical beneficiária do importe descontadodeverá ser feito até o décimo dia subseqüente ao do desconto, sob pena de juros demora no valor de 10% (dez por cento) sobre o montante retido, sem prejuízo da multaprevista no art. 553 e das cominações penais relativas à apropriação indébita.

Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categoriaseconômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidasentidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas eaplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que prévia e expressamenteautorizadas.

Art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seusempregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dosempregados que autorizaram prévia e expressamente o seu recolhimento aosrespectivos sindicatos.

Opcional e medianteexpressa autorização

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TÍTULO VI : Das Convenções ColetivasArt. 611; 614; 620

. Preponderância do Negociado sobre o Legislado – Artigos 611-A e 611-B (cumulado com o Artigo 444, § único )

. Restringe a vigência das Normas Coletivas – Artigo 614

. Estipula prevalência da ACT em face da CCT – Artigo 620

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Matéria CLT Alterada Comentários

Prevalência do Negociado Sobre o Legislação

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalhotêm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limitesconstitucionais;II – banco de horas anual;III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trintaminutos para jornadas superiores a seis horas;[...]

Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou deacordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou aredução dos seguintes direitos:I – normas de identificação profissional, inclusive as anotações naCarteira de Trabalho e Previdência Social;II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;III – valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundode Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);IV – salário mínimo;

Art. 614. [...]

§3º Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ouacordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada aultratividade.

Art. 620. As condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalhosempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva detrabalho.

Premissa: Intervenção mínima na autonomia davontade coletiva

Pode negociar: rol exemplificativo

Não pode negociar: rol taxativo 611-B (Limites)

Ausência de contrapartida a favor do empregadonão invalida a negociação

Anulada a cláusula do instrumento coletivo, seráanulada a contrapartida

Ações com pedido de anulação de instrumentocoletivo deverão ter a participação dos sindicatos

Regras sobre duração do trabalho e intervalos nãosão consideradas como normas de saúde, higiene esegurança do trabalho, tão somente para fins denegociação coletiva.

Fim da ultratividade. Corrobora com a Liminar doSTF e confronta a Súmula 277 do TST,

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TÍTULO VII : Processo de Multas Adm.Art. 634

. Altera a gradação das multas administrativas– (Artigo 634)

“Os valores das multas administrativas expressos em moeda corrente serão reajustados anualmente pelaTaxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, ou pelo índice que vier a substituí-lo.”

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TÍTULO VIII : Da Justiça do TrabalhoArt. 652 e 702

. Amplia a Competência da Justiça do Trabalho para autorizar a homologação de Acordo Extrajudicial (Art. 652)

. Altera a Competência do Tribunal Pleno do TST com relação às Sumulas e OJ´s (Art. 702)

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Matéria CLT Alterada Comentários

Homologação de acordo extrajudicial

Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:a) conciliar e julgar: [...]f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competênciada Justiça do Trabalho.

Segurança Jurídica;Possibilidade de redução detributos;Alternativa à Arbitragem;Regulamentado pelo Art. 855-B;Exige advogados distintos ehomologação. Decisão irrecorrível.

Limites à atuação do TST

Art. 702 - Ao Tribunal Pleno compete: [...]f) estabelecer ou alterar súmulas e outros enunciados de jurisprudência uniforme,pelo voto de pelo menos dois terços de seus membros, caso a mesma matéria já tenhasido decidida de forma idêntica por unanimidade em, no mínimo, dois terços dasturmas em pelo menos dez sessões diferentes em cada uma delas, podendo, ainda,por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaraçãoou decidir que ela só tenha eficácia a partir de sua publicação no Diário Oficial; [...]§ 3º As sessões de julgamento sobre estabelecimento ou alteração de súmulas eoutros enunciados de jurisprudência deverão ser públicas, divulgadas com, no mínimo,trinta dias de antecedência, e deverão possibilitar a sustentação oral pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, peloAdvogado-Geral da União e por confederações sindicais ou entidades de classe deâmbito nacional.§ 4º O estabelecimento ou a alteração de súmulas e outros enunciados dejurisprudência pelos Tribunais Regionais do Trabalho deverão observar o disposto naalínea f do inciso I e no § 3º deste Artigo, com rol equivalente de legitimados parasustentação oral, observada a abrangência de sua circunscrição judiciária.

Aumento do quórum necessáriopara edição de súmulas e outrosenunciados;

Estabelece prazos, exige audiênciapública divulgada comantecedência, evitando surpresas.

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TÍTULO X: Do Processo JudiciárioArt. 775; 789; 790; 791; 793; 800; 818; 840; 841; 843; 844; 847; 855; 876; 878; 879; 882; 883;

884; 896; 899

. Altera a contagem de prazos processuais (dias úteis) – Artigo 775

. Limita o valor de custas (de R$ 10,64 a R$ 22.125,24) – Artigo 789

. Regulamenta o pagamento de custas em casos de arquivamento (obrigatório) – Artigo 790

. Honorários periciais sem isenção – Artigo 790-B

. Institui os Honorários de Sucumbência recíproca, mínimo de 5% e máximo de 15% - Artigo 791-A

. Litigância de Má-fé – Artigos 793-A, B e C

. Exceção de Incompetência – Artigo 800

. Redefine o Ônus Probatório – Artigo 818

. Redefine o processo do trabalho – Artigos 840, 843, 844, 876, 878, 879, 882, 883-A, 884, 896, 896-A, 899

. Faculta o preposto não empregado – Artigo 843, §3º

. Regula a Desconsideração da Personalidade Jurídica – Artigo 855-A

. Regulamenta o Acordo Extrajudicial – Artigo 855-B

. Protesto – Artigo 883-A

(792, §ún/ 878, §s 3º 4º 5º 6º/ 896, 5ª/ 899)

. Revoga autorização para menores, idosos e mulheres casadas litigar sem assistência (792)

. Revoga autorização para Procurador promover execução (§ún/ 878)

. Revoga procedimentos de Recurso de Revista (§s 3º 4º 5º 6º/ 896)

. Revoga obrigatoriedade abrir conta vinculada pela empresa para recorrer (5º/ 899)

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