apresentação ensino da matemática
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ETNOMATEMÁTICA
Vivências Etnopedagógicas nos
Processos de
Aprendizagem
A educação em geral, é um
exercício de criatividade.
É muito mais que transmitir ao
educando teorias e conceitos
feitos para que ele as memorize e
repita quando solicitado em testes
e avaliações.
A educação deve fornecer ao
aprendiz os instrumentos
comunicativos necessários para
sua sobrevivência e
transcendência, que só farão
sentido se referidos à cultura do
educando.
Pedagogos do futuro
Questões relevantes para o campo da
etnomatemática
Um dos aspectos mais relevantes da etnomatemática
é a compreensão sobre o respeito devido a cada
grupo social e o resgate da cultura esquecida.
Ao preparar uma aula o professor nunca deve perder
de vista os temas transversais (
saúde, ética, pluralidade cultural, meio ambiente...)
Procurar entender as possibilidades de incorporar ao
currículo escolar a diversidade cultural, trazendo
para a escola a memória cultural dos mais vaiados
grupos humanos, seus mitos, códigos e
símbolos, procurando resgatar esses aspectos que
historicamente têm ficado de fora da educação
formal.
Até que ponto no discurso dos professores e no ensino
da matemática aparecem a realidade como prática
pedagógica? 1º experiência
Em uma escola da zona rural, no interior do estado do Rio, os
professores do 2º ano haviam obtido pouco resultado no desempenho
dos alunos na disciplina de matemática, até que foi realizada uma
festa junina, onde os professores do mesmo ano querendo fazer
bonito, resolveram colocar a venda em uma das barracas, um delicioso
strogonoff de frango. No decorrer da festa começaram a perceber que
o povo da região não estava interessado em experimentar o
prato, onde o interesse maior ficara nas barraquinhas típicas como
cuscuz, bolo de fubá, pé de moleque, aipim com carne seca... Desta
forma começaram a aparecer algumas dúvidas que despertaram o
interesse dos professores em estudar a relação ensino versus
realidade local. A partir deste momento ficou claro que precisaríamos
aproveitar a experiência e adotar como prática nos estudos da
matemática ao elaborar um problema matemático por exemplo, onde
as fontes de pesquisas e argumentos, e o uso de conteúdos didáticos
deveriam ser interessantes e vir sempre respeitando a diversidade do
local e sua cultura regional. Tal experiência foi muito significativa na
abordagem a realidade da região tanto para os envolvidos quanto para
2º experiência
A etnomatemática é a matemática usada por um grupo cultural definido nasolução de problemas e atividades do dia-a-dia. É o caminho que gruposparticulares específicos encontraram para classificar, ordenar, contar e medir.
Ainda se discute muito esse termo. Para antropólogos é parte da etnologia deum grupo, para os educadores é um método educacional da matemática.
Observei uma aula de matemática na escola onde faço estágio, onde oprofessor explicava que só praticando se consegue aprender matemática.
Uma das observações feitas foi a solução que a escola encontrou para umgrupo de alunos do 5º ano que estavam com o desempenho bem inferior aoesperado.
A escola criou um grupo para frequentar aulas de reforço com o nome de "fórmula da vitória". Eles ficam um ano revendo conteúdos que foram perdidosou mal assimilados e são acompanhados por um estudante de matemática(estagiário), que passa ao grupo o conteúdo da série correspondente e tentaprepará-los melhor para avançarem para a série seguinte.
O professor analisou a realidade de cada aluno, e preparou a aula da formamais adequada para se aproximar do seu meio. Muitos têm a mãe analfabeta esem o menor preparo para apoiá-los na vida escolar.
Com essa experiência podemos chegar à conclusão que a etnomatemáticamuito tem haver com a antropologia cultural. Ambas estudam e analisam omeio em que se desenvolve determinado assunto buscando meios maiseficazes para cada tipo de grupo.
3º experiência
A Etnomatemática lança mão dos diversos meios de que asculturas se utilizam para encontrar explicações para a suarealidade e vencer as dificuldades que surgem no seu dia a dia.
Como eu não trabalho na área da educação e não tenho aindavivências em salas de aula, relato a experiência matemática queminha filha fez em seu etno (ambiente natural, social e cultural).
O professor de matemática passou um trabalho para serrealizado em grupos, cada grupo pesquisaria os melhorespreços de mantimentos em mercados, com o objetivo decomparar e discutir qual seria a melhor opção para uma famíliade baixa renda fazer sua compra mensal. Os alunos comdificuldade em pesquisar nos mercados, poderiam levarencartes de promoções para o grupo analisar. O grupo sereuniu com as pesquisas e encartes e fizeram o levantamentode preços dos mercados, o que precisaria uma família duranteum mês e qual seria uma lista básica de mantimentos. Bem,depois de muitas opiniões sem pé nem cabeça (segundo aminha filha) eles chegaram à conclusão do melhor mercado e amelhor lista básica.
Pontos Positivos: - Os alunos começaram a perceber valoresbem diferentes de um mercado e outro, então é melhor andarum pouco mais e procurar o mais barato. – Aprenderam a
4ºexperiência
A minha experiência foi com a minha turma de segundo ano em uma aula sobre: Medidas deComprimento. Após a acolhida que é feita no pátio da escola diariamente, não entrei para a salade aula e propus aos meus alunos uma brincadeira, Pé com pé, mão com mão. Na sala espalheialguns instrumentos de medidas sobre a minha mesa: três réguas de tamanhosdiferentes, trena, metro articulado e uma fita métrica. Coloquei na mesa de cada criança umbarbante de 1 metro e prendi uma fita métrica na parede. Antes de iniciar a aula deixei que ascrianças observassem e tocassem os objetos. Logo, eles concluíram que os objetos serviam paramedir. O barbante no início virou brinquedo, forca, etc.
Medi cada criança, comparamos as alturas e começamos medir material escolar,
livros, carteiras e porta. No quadro eles encontraram dificuldade para medir a largura eformaram novamente duplas. Enquanto eu anotava as descobertas das crianças, percebi que doismeninos já tinham largado os seus barbantes e tentavam medir o comprimento da sala compassos. Perguntei o que eles estavam fazendo e um deles explicou que na vila em que mora, elee seus colegas contam os passos para marcar os dois lados do “campo” para jogar, outros paranão ficarem para trás disseram que usavam os pés, mãos (palmos). Aproveitei a idéia ecomeçamos juntos a medir também com passos, palmos, pés e por último eles resolveram seseparar em dois grupos, se posicionou de frente um para o outro, deram as mãos, esticaram osbraços e concluíram que juntos poderiam medir a sala.
Um grupo ficou mais longo e foi dessa diferença que reiniciei a minha aula, já todamodificada, graças às sugestões de algumas crianças ficou muito mais enriquecida, prazerosa eatraente.
Embora as partes do corpo sejam chamadas de unidade de medidas e sirvam para fazercomparações quando medimos, pode gerar confusão, porque as crianças têm pés e mãos detamanhos diferentes.
As crianças aprendem sobre medidas, medindo. Além do objetivo de medir propriamentedito, quando participam ativamente de situações que exigem comparações, as crianças sãosolicitadas a contar de forma organizada, a analisar o objeto que está sendo medido com relaçãoas suas propriedades de tamanho e forma, para finalmente realizar algum registro de suasdecisões.
5ª experiência
(Turma de 2ºano de colégio público):
Realizei um experimento com o conteúdo
de agrupamento na sala de aula e acredito
que sirva como exemplo das
possibilidades da etnomatemática.
Entreguei para cada criança várias anel de
refrigerante em lata e alguns barbantes.
Pedi para que dividissem por barbante de
forma que em cada barbante ficassem o
máximo de 10 anéis até acabar os anéis.
Então perguntei o que haviam observado.
Muitos alunos responderam que ficaram
com vários barbantes com dez anéis.
Mas um aluno disse: _ Professora, fiquei
com 50 anéis que juntei de 10 em 10, mas
como sobraram 8 eu coloquei 2 em cada
cordinha.(ele tinha um total de 8
barbantes)
Então não sobraram 2 ? Perguntei.
-Não! Eu dei para meu amigo quefaltavam 2 para fazer 10.
_ Então não ficaram faltando 2para você?
_ Sim. Mas onde eu moro agentedivide em pequenos pedaçospara todo mundo ficar bem.
Para ele a divisão só tem sentidose é para todo mundo ficarbem.
Conclusões:
Por meio das observações encontradas nas experiências, percebemos que os desafios encontrados no âmbito educacional ainda existem, especialmente quando o objetivo é o de trabalhar o ensino levando se em conta o contexto regional.
O professor de Matemática deve conhecer mais o aluno em suas especificidades, deve conhecer e levar em conta o processo de aprender e ensinar conhecimentos anteriores aos seus alunos, bem como suas preferências, situação familiar e econômica.
No âmbito da etnomatemática, o ensino deve ser visto como um aspecto atrelado ao
Ensino da Matemática
Professor: Heitor Achilles
alunas
Alessandra Cordeiro Pitanga
Ana Thereza Castro da Silva
Janaina da Costa Melo
Mônica Amand Torres Kaltenecker
Marcilene Lopes Leal Sameiro