apresentação moraxella catarrhallis
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Centro Universitário Nilton LinsCurso: Farmácia Generalista
Disciplina: Análises MicrobiológicasTema: Moraxella catarrhalis
Prof(a).: Cristina Motta
Acadêmicos
Ana Carolina Souza dos ReisDouglas Lira de Menezes
Maxwell Santos CabralWanderson Junio
Histórico
• Inicialmente, a Moraxella catarrhalis tinha sido considerada um organismo comensal, não patógeno, que fazia parte da flora normal da nasofaringe. O seu nome vem mudando ao longo dos anos e sua classificação vem causando muita controvérsia.
Histórico • Foi descrita primeiramente por Pfeiffer e Ghan em 1896 como
Micrococcus catarrhalis.• Posteriormente foi chamada de Neisseria catarrhalis com
base na similiradade de suas características fenotípicas, morfológicas, colônias e nicho ecológico com a espécie Neisseriae.
• Em 1963, Berger mostrou que existem duas espécies distintas no gênereo Micrococcus catarrhalis original: Neisseria cénerea e N. catarrhalis.
• Ambas as espécies podem ser distinguidas umas da outras pela prova de redução de nitrito a nitrato e hidrólise da tributirina.
Histórico • Em 1970, com base na diferença no teor de
ácidos graxos e por estudos de hibridização de DNA foi demonstrado que houve pouca homologia entre N. catarrhalis e a espécie verdadeira de Neisseria, tendendo mais para o gênero Acinetobacter. Por isso, foi reclassificada para o gênero Moraxella.
Características Morfológicas• Bactéria do tipo diplococus;• Gram negativa;• Aeróbica; Obs.: Atualmente o gênero Moraxella inclui cocos
e bastonestes curtos que são geneticamente relacionados. Sendo assim, Bovre, propôs uma divisão em dois subgêneros:
Branhamella – formada por cocos.Moraxella - formada por bastonetes curtos.
Contudo, a nomenclatura desta bactéria continua sendo um tema controverso entre pesquisadores, sendo suscetível a alterações.
Epidemiologia • Terceira causa de Otite
média e sinusite em crianças e infecções respiratórias em adultos.
• Incidência de 10 a 15% podendo chegar a 20%.
• 3 a 4 milhões de casos de Otite média.
• US $ 2 bilhões a cada ano.• Mais comum na população
urbana.
Epidemiologia
• Idade: Em crianças (Cerca de 75%), em adultos saudáveis (1-5%).
• Estado de Saúde
• Fatores socioeconômicos
• Variação sazonal: Outono e Inverno (46%), Primavera e verão (9%)
• Localização Geográfica
Fatores Predisponentes
PatogeniaPROCESSO INFECCIOSO EVOLUTIVO
Resistência do Hospedeiro + edema + Inflamação local
Bloqueio drenagem ouvido médio / seios paranasais
Acúmulo de secreção e vascularização
OTITE MÉDIA / SINUSITE
Patogenia
A patogenicidade da M. catarrhalis é dependente de 2 fatores principais:
a)Habilidade de produzir hemolisina e;
b) Habilidade de expressar o pili.
SintomatologiaFebre Dor Audição
Vertigem, tinitus, irritabilidade (crianças)
Otoscopia: MT vermelha, brilhante, mobilidade, secreção
Cefaléia - Obstrução / Secreção Nasal
Dor à palpação de seio paranasal
Transiluminação ausente
Rx: opacificação, espessamento mucosa e nível hidro-aéreo
Diagnóstico Laboratorial • Fluído de timpanocentese e
aspirado sinusal;
• Teste de Gram, Características de Cultivo e Testes Bioquímicos;
• Gram negativas;
• As bactérias crescem em 24-48 h nos meios comuns, como ágar sangue e chocolate,formadoras de colônias redondas, opaco, convexo, e cinza;
Diagnóstico Laboratorial • Bom crescimento em ágar
sangue e em ágar chocolate. O crescimento em meios seletivos incorporados de acetazolamida como inibidor da flora respiratória também tem sido descrito;
• Não apresentam motilidade, não formam esporos e a temperatura ótima de crescimento é de 35 a 37°C;
Diagnóstico Laboratorial
Provas Resultados
Hemólise Não Hemolítico
DNase +
Oxidase +
Catalase +
Tributirina +
Glicose -
Maltose -
Sacarose -
Frutose -
Nitrato +
Tratamento • As opções de tratamento incluem antibiótico terapia ou uma
chamada " vigilante de espera "abordagem. A grande maioria dos isolados clínicos deste organismo podem produzir beta-lactamases e são resistentes à penicilina. Resistência a trimetoprima e sulfametoxazol. É suscetível a fluoroquinolonas, a maioria das segunda e terceira geração de cefalosporinas, eritromicina e amoxicilina- clavulanato.
Referências Bibliográficas • SILVA, Carlos H. de P. Menezes. Susceptibilidade antimicrobiana de Moraxella
catarrhalis isolada de infecções do trato respiratório. RBAC, vol. 38(3): 179-181, 2006. Universidade Federal do Espírito Santo; Centro Tecnológico de Análises (CETAN) – Vitória/ES.
• ESPARCIA, Óscar. Moraxella catarrhalis Y SU IMPLICACIÓN EN PATOLOGÍA INFECCIOSA. Servicio de Microbiología. Hospital Clínico Universitario de Valencia, 2008.
• CAUDURO, P.F. 1; DIAS; C.G.1,2; MEZZARI, A.1. MORAXELLA CATARRHALIIS: UM ANTIGO MICROORGANISMO EM NOVAS ROUPAGENS. Laboratório Weinmann, 2 Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, 1999.
• KONEMAN, E. W. et al. Diagnóstico Microbiológico, Texto e Atlas Colorido. Rio de Janeiro: Medsi, 2008.
• IDENTIFICATION OF MORAXELLA SPECIES AND MORPHOLOGICALLY SIMILAR ORGANISMS. Health Protection Agency. National Public Health Service for Wales, 2007.