apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64
TRANSCRIPT
![Page 1: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/1.jpg)
![Page 2: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/2.jpg)
A palavra «choro», provinda de «chorar», é formada por
a) derivação não afixal.
b) conversão.
c) derivação imprópria.
d) parassíntese.
![Page 3: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/3.jpg)
Em «menos ais, menos ais, menos ais» e «o Estado tem de emagrecer», temos exemplos de
a) conversão e derivação não afixal.
b) derivação não afixal e conversão.
c) derivação imprópria e parassíntese.
d) conversão e derivação por prefixação.
![Page 4: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/4.jpg)
As palavras «ineficazmente» e «couve-flor» são, respetivamente,
a) derivada por prefixação e sufixação e composto morfológico.
b) derivada por parassíntese e composto morfossintático.
c) derivada por prefixação e sufixação e composto morfossintático.
d) derivada por parassíntese e composto morfológico.
![Page 5: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/5.jpg)
A palavra «geologia» (geo + logia), é formada por
a) composição morfológica.
b) composição morfossintática.
c) truncação.
d) derivação por prefixação e sufixação.
![Page 6: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/6.jpg)
São palavras derivadas por derivação não afixal
a) «amanhecer», «fotografia», «engordar».
b) «alcance», «debate», «compra».
c) «amor», «corte», «andamento».
d) «burro», «conquista», «apara».
![Page 7: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/7.jpg)
São palavras derivadas por prefixação
a) «infeliz», «inexato», «rever».
b) «filósofo», «anormal», «alindar».
c) «recocó», «repente», «apor».
d) «índio», «interior», «Inglaterra».
![Page 8: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/8.jpg)
Uma das diferenças entre a derivação com constituintes morfológicos e a composição é
a) na composição haver mais do que uma forma de base.
b) na derivação haver sufixos.
c) na composição a base serem radicais e, na derivação, palavras.
d) na derivação haver radicais e afixos.
![Page 9: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/9.jpg)
As palavras «tira-nódoas» e «girassol» são
a) compostos morfológicos.
b) compostos morfossintáticos.
c) palavras compostas por justaposição e aglutinação, respetivamente.
d) composto morfossintático e composto morfológico, respetivamente.
![Page 10: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/10.jpg)
As palavras «profe» (< professor) «informática» (informação + automática) são exemplos, respetivamente, de
a) truncação e empréstimo.
b) cunhagem e empréstimo.
c) cunhagem e extensão semântica.
d) truncação e amálgama.
![Page 11: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/11.jpg)
«Unicef» e «AMI» são exemplos de
a) siglas.
b) acrónimos.
c) truncações.
d) empréstimos.
![Page 12: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/12.jpg)
«Yaros» (< Yaroslav), «Gi» (< Gisela), «Bia» (< Beatriz), «Sol» (< Solange), «Dani» (< Daniel) são exemplos de
a) onomatopeia.
b) truncação.
c) derivação não afixal.
d) derivação imprópria.
![Page 13: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/13.jpg)
«Sumás de ananol» é brincadeira que implica o processo de
a) amálgama.
b) truncação.
c) composição morfológica.
d) derivação não afixal.
![Page 14: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/14.jpg)
A palavra «leitor» (de DVD’s), resultante de analogia com um «leitor» (de textos), exemplifica o processo de
a) Hanna Schmitz.
b) empréstimo.
c) estrangeirismo.
d) extensão semântica.
![Page 15: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/15.jpg)
«Corista» (< coro) é uma palavra derivada por
a) parassíntese.
b) prefixação.
c) sufixação.
d) derivação não afixal.
coro + ista
base + sufixo
![Page 16: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/16.jpg)
«SOS» (< Save Our Souls) e «PJ» são, respetivamente,
a) sigla, sigla.
b) sigla, acrónimo.
c) acrónimo, sigla.
d) acrónimo, acrónimo.
![Page 17: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/17.jpg)
«Empréstimo» e «estrangeirismo»
a) podem ser palavras sinónimas, mas «estrangeirismos» tem conotação depreciativa.
b) são sinónimos exatos.
c) supõem, respetivamente, grafias aportuguesada e a da língua original.
d) correspondem a palavras entradas no português recentemente e a palavras em curso de acomodação.
![Page 18: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/18.jpg)
Galicismos são palavras
a) francesas.
b) portuguesas provindas do francês.
c) de origem galesa.
d) da família de «galo» («ovo», «Roberto», «crista», etc.).
![Page 19: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/19.jpg)
A palavra «feni», inventada por um lexicógrafo afinal engenheiro, era
a) uma cunhagem.
b) uma onomatopeia.
c) uma composição.
d) um empréstimo.
![Page 20: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/20.jpg)
A grafia «cócó» é
a) correta, porque o acento gráfico visa marcar a abertura do «o» da primeira sílaba.
b) incorreta, porque uma palavra aguda não teria nunca acento na penúltima sílaba.
c) correta, porque a palavra, sendo grave, tem de ter acento na antepenúltima sílaba.
d) correta, porque a palavra é grave e aguda, resultando de composição.
![Page 21: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/21.jpg)
A palavra «Abú» está
a) mal escrita, porque «u» final nunca é tónico.
b) bem escrita.
c) mal escrito, porque nenhuma palavra pode terminar com «u» acentuado graficamente. baú
d) mal escrita, porque esta palavra seria já aguda sem acento gráfico.
![Page 22: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/22.jpg)
«alvedrio» é uma palavra
a) esdrúxula.
b) grave.
c) aguda.
d) certamente mal grafada.
alvédrio (esdrúxula)
alvedriu (aguda) / alvedrió (aguda)
![Page 23: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/23.jpg)
«Imbele» é uma palavra
a) aguda.
b) grave.
c) esdrúxula.
d) que inventei eu.
ímbele (esdrúxula)
imbelé (aguda)
![Page 24: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/24.jpg)
A grafia «baínha» é
a) correta, porque o acento desfaz o ditongo («ai»).
b) errada, porque não se usa acento no «i» tónico antes de «nh».
c) incorreta, porque nas palavras graves não é preciso acento.
d) errada, por desfaz um ditongo que deveria existir.
![Page 25: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/25.jpg)
«Ninguém» tem acento gráfico, porque
a) é palavra esdrúxula.
b) é palavra aguda.
c) as palavras agudas terminadas em consoante nasal têm acento gráfico. bem
d) as palavras agudas terminadas «-em» têm acento quando dissílabas.
![Page 26: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/26.jpg)
O acento grave
a) usa-se apenas em palavras graves.
b) usa-se em palavras agudas e esdrúxulas.
c) marca a sílaba tónica.
d) indica vogal aberta.
à (a + a), às (a + as)
àquele/a/es/as (a + aquele/...)
àquilo (a + aquilo)
àqueloutro/a/os/as (a + aqueloutro/...)
![Page 27: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/27.jpg)
Pausas preenchidas são
a) silêncios num discurso.
b) intervalos nas frases completados com palavras.
c) ateliês de tempos livres.
d) alongamentos enquanto não ocorre a palavra a usar.
![Page 28: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/28.jpg)
Em «Fulano está bué calmo», «bué» é um advérbio de
a) frase.
b) predicado.
c) quantidade/grau.
d) modo.
![Page 29: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/29.jpg)
Em «Devorei o salmão sofregamente», «sofregamente» está a modificar
a) toda a frase.
b) o predicado.
c) um adjetivo.
d) um nome.
Obviamente, devorei o salmão sofregamenteadvérbio de frase advérbio de predicado
![Page 30: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/30.jpg)
Em «Inicialmente, lemos um texto; depois, estudámos gramática; por fim, vimos um filme», os advérbios e a locução adverbial pertencem à subclasse dos
a) advérbios conectivos.
b) advérbios de frase.
c) advérbios de tempo.
d) advérbios de predicado.
![Page 31: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/31.jpg)
Em «Possivelmente, considerarão esta pergunta sobre advérbios demasiado fácil» há
a) um advérbio de frase e um advérbio de quantidade.
b) um advérbio de predicado e um advérbio de quantidade.
c) um advérbio conectivo e um advérbio de grau.
d) um advérbio conectivo e um advérbio de predicado.
![Page 32: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/32.jpg)
Em «Vale bem a pena verem algumas análises a letras de músicas escolhidas por colegas, embora haja muitos [quantificador] ‘anda comigo ver os aviões’», temos
a) um advérbio.
b) dois advérbios.
c) três advérbios.
d) zero advérbios.
![Page 33: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/33.jpg)
Em «Bruno Alves cortou rápida e meigamente a jogada», as duas palavras em itálico são
a) adjetivo e advérbio.
b) dois adjetivos.
c) dois advérbios.
d) um adjetivo e uma mentira.
![Page 34: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/34.jpg)
Num contrato usa-se
a) a 3.ª pessoa e identificam-se os dois outorgantes mas só no final.
b) a 2.ª ou a 1.ª pessoa, podendo haver identificação dos outorgantes.
c) a 3.ª pessoa e revelam-se os dois outorgantes logo no início.
d) a 1.ª pessoa e identificam-se os dois outorgantes.
![Page 35: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/35.jpg)
Numa declaração, o declarante é
a) um serviço oficial.
b) o subscritor.
c) o destinatário.
d) o requerente.
![Page 36: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/36.jpg)
Um regulamento divide-se em
a) cláusulas.
b) artigos.
c) outorgantes.
d) itens.
![Page 37: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/37.jpg)
Há uma hipérbole em
a) «fumei um cigarro pensativo».
b) «em 1755 boa parte de Lisboa ficou destruída».
c) «o Barcelona goleou por 5-0».
d) «este trabalho de gramática será uma derrocada».
![Page 38: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/38.jpg)
Uma apóstrofe é
a) a repetição de uma palavra no início de vários versos ou frases.
b) um vocativo.
c) a repetição de uma palavra ou expressão no final de versos ou frases.
d) o sinal usado para marcar sinalefas («morr’amor!»).
![Page 39: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/39.jpg)
Em «Estudámos figuras de estilo e advérbios e processos de formação de palavras e o diabo a quatro», temos
a) um assíndeto.
b) um polissíndeto.
c) uma gradação.
d) uma metonímia.
![Page 40: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/40.jpg)
A frase em que não há nenhuma metáfora é
a) «O blogue é uma gaveta de textos úteis».
b) «Não havia nuvens na sua alegria».
c) «A tua impertinência funciona como uma seta que me apontas». (= comparação)
d) «As dificuldades económicas são desafios ou espinhos ou faróis».
![Page 41: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/41.jpg)
Em «Bebi [gosto] o cheiro [olfato] verde [visão] dos teus acalantos [tato]», além de má poesia, há
a) uma antítese.
b) um oxímoro.
c) um paradoxo.
d) uma sinestesia.
![Page 42: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/42.jpg)
![Page 43: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/43.jpg)
O narrador já foi suficientemente referido, quer quanto à participação como personagem — principal (autodiegético), secundária (homodiegético) — ou não (heterodiegético), quer quanto ao conhecimento revelado na narração (focalização omnisciente, interna, externa — ou seja, desde o conhecimento completo àquele que advém da pura observação do que se desenrola à nossa frente).
![Page 44: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/44.jpg)
Não falámos numa figura mais rara. Imaginemos, por exemplo, que o diário de Clément Mathieu estava dirigido «aos meus alunos de 1949, no Fundo do Pântano», e que o narrador os ia invocando aqui e ali («lembram-se de quando começámos o nosso coro?»). Seriam os narratários. Não podemos confundir «narratário» e «leitor» (do mesmo modo que são diferentes «narrador» e «autor»). Também o Aladino Sepúlveda a quem é dedicado o conto que estamos a ler não é um narratário, é apenas o destinatário da dedicatória.
![Page 45: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/45.jpg)
Referimos o espaço (físico), por causa da importância de cabana-Patagónia e barraca-Roma (respetivamente em «A chama» e em Feios, Porcos e Maus) e das próprias deslocações-viagens que ocorrem nas duas narrativas. Por vezes, considera-se também o conceito de espaço social (que reconheceríamos no ambiente social dos camponeses da estepe, dos marginais do bairro de lata ou, no caso dos Coristas, das crianças estigmatizadas) e o de espaço psicológico (ambos desnecessários, quanto a mim).
![Page 46: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/46.jpg)
E há o tempo. Uma narrativa tem de dar conta representar o tempo da história (o tempo cronológico), numa extensão medida em linhas e páginas, o tempo do discurso. O discurso pode condensar o tempo da história, pode omitir até partes da diegese, pode também ampliar pequenos momentos. Frequentemente, altera a ordem da sua apresentação (analepses, prolepses). Na «Chama», de Luis Sepúlveda, a narração começa e acaba na mesma viagem anual e,
![Page 47: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/47.jpg)
no entanto, ao longo do curto conto, recuamos a todo um passado de décadas. Nos Coristas, a analepse que temos estado a seguir vai terminar com o desenlace no colégio, mas, regressados ao presente, Pépinot ainda irá resolver numa nova analepse o que já não coubera no diário de Mathieu. Em Feios, Porcos e Maus, a ação parece concentrar-se em poucos dias, mas há um truque para se recuperar informações do passado, os monólogos e diálogos de Giacinto.
![Page 48: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/48.jpg)
Das personagens já salientámos a classificação quanto ao relevo que têm (protagonista, secundárias, figurantes). Já referimos a possibilidade de se considerar certas personagens como coletivas (o colégio, a família).
![Page 49: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/49.jpg)
No domínio da composição, haveria que distinguir as personagens planas (previsíveis, pouco trabalhadas psicologicamente) e as redondas (no fundo, mais verdadeiras). O extremo do desenho plano da personagem é a personagem-tipo, que obedece até a um perfil caricatural (como vimos em Feios, Porcos e Maus). Nos Coristas, as
![Page 50: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/50.jpg)
personagens adultas secundárias são personagens relativamente planas (ou mesmo tipos: o diretor autoritário, o professor excêntrico, o empregado bondoso), mas talvez que Clément e a mãe de Pierre possam exemplificar as personagens redondas, mais densas psicologicamente. Creio que o velho de «A chama» é uma personagem redonda.
![Page 51: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/51.jpg)
As personagens podem ter caracterização direta ou indireta. Em «A chama obstinada da sorte» o retrato psicológico do velho decorre do que diz e faz (e não de alguma explicitação, de alguma definição, que o narrador avançasse): é, portanto, uma caracterização indireta. Nos filmes, o natural é a caracterização ser indireta, embora, no caso de Feios, Porcos e Maus e de Os Coristas, as observações dos dois heróis acerca das outras personagens favoreçam uma caracterização direta.
![Page 52: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/52.jpg)
Permita-se-me assinalar ainda que para o desenlace (para o desfecho da ação) concorre decisivamente o cocó de cão.
![Page 53: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/53.jpg)
![Page 54: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/54.jpg)
O concurso José Gomes Ferreira decorre até 8 de Junho (têm o
regulamento em Gaveta de Nuvens).
![Page 55: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/55.jpg)
Bibliofilmes
Estou por cá (D9)
na quarta (de manhã, exceto segundo bloco)
e na sexta (todo o dia).
Bibliofilmes devem ser entregues presencialmente (evitar mail).
Verificar também se o ficheiro funciona
(se não é um projeto apenas, por exemplo).
![Page 56: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/56.jpg)
• Nota do terceiro período é forçosamente parecida com a do segundo período (processo é acumulativo — período foi curto).
![Page 57: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/57.jpg)
• Nos casos em que ainda não pude avaliar bibliofilme, serei um pouco mais evasivo.
Embora, a não ser no caso de não realização do trabalho, seja improvável que a tarefa se reflita na classificação final.
![Page 58: Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 64](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022062710/55a02c611a28ab40348b462a/html5/thumbnails/58.jpg)