apresentação para décimo segundo ano, aula 44
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Em O Memorial do Convento
No Memorial do Convento
Em Memorial do Convento
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Mensagem, I-II-III
Ortónimo
• eu fragmentado
• fingimento poético
• dor de pensar
• nostalgia da infância
Heterónimos
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«Sou um evadido.»
Neste poema, são várias as palavras (ou expressões) do campo lexical de ‘prisão’ (ou de ‘fuga da prisão’): «evadido»; «fecharam-me»; «fugi»; «ando a monte»; «cadeia»; «fugindo».
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Todo o texto gira em torno da metáfora da evasão: o sujeito poético declara-se a fugir da prisão que é o seu próprio ser. Não quer ser apenas um, quer ser plural («ser um é cadeia, ser eu não é ser»).
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«Viajar! Perder países!»
No caso deste texto (três quadras de rima cruzada, em versos de sete sílabas métricas), a viagem serve de metáfora à vontade de o poeta «ser outro constantemente». Portanto, viajar será evitar fixar-se a si mesmo.
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«Não sei quantas almas tenho.»
Cerca de metade deste poema é uma série de declarações da estranheza do poeta por si mesmo («Não sei quantas almas tenho»; «Continuamente me estranho»; «Nunca me vi nem achei»; «Diverso, móbil e só, não sei sentir-me onde estou»).
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Entretanto, os versos «Sou minha própria paisagem» e «vou lendo / como páginas meu ser» servem de metáfora da necessidade que o poeta tem de se auto-analisar. Também remetem para a fragmentação do eu, na medida em que parecem supor uma consciência exterior ao próprio poeta (que o pudesse observar de fora).
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Num texto de oitenta a cento e vinte palavras, comenta a seguinte afirmação:
«Ao invés de [...] apenas transmitir, ou tentar transmitir, a emoção pura e simples, [Pessoa] submete-a ao exame da inteligência ou da razão poética»
[Massaud Moisés].
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Pessoa é avesso à expressão da emoção pura, vivendo apenas pela inteligência, pela imaginação.
Assim, o fenómeno da sua arte poética passa, necessariamente, pela intelectualização das emoções. Todo o poema será uma construção linguística, não devendo ser encarado como um espelho do mundo interior do
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sujeito lírico. O poeta tenta libertar-se das sensações, colocando-se ao nível do fingimento, da racionalidade, remetendo o sentimento para o leitor («Sinta quem lê!»).
Pessoa, dominado pelo vício de pensar, privilegia o exame da inteligência, a racionalização da emoção pura e simples.
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Memorial:
tarefas
leitura integral
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«Sou um evadido»
«Viajar! Perder países!»
«Não sei quantas almas tenho.»
«Autopsicografia»
«Isto»
«Ela canta, pobre ceifeira»
«Gato que brincas na rua»
«Porque esqueci quem fui quando criança?»
«Pobre velha música!»
«Quando as crianças brincam»
«O menino da sua mãe»
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