apresentação pioatrite e piomiosite
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Estudo de CasoPioartrite e Piomiosite
Local: Pronto Socorro da Criança Zona SUL
IntroduçãoA pioartrite e a piomiosite são infecções que acometem as articulações e os
músculos respectivamente. Isso pode ocorrer após um trauma (uma pancada),
quando ocorre um ferimento. Essa infecção costuma ocorrer mais em crianças.
O objetivo do presente estudo é aliar os conhecimentos teórico-científicos
aprendidos em sala de aula no desenvolvimento de um planejamento de
cuidados de forma mais humana e individualizada, segundo a Sistematização de
Assistência de Enfermagem, o SAE, que é a utilização e aplicabilidade da
metodologia científica no exercício da Enfermagem.
Coleta de Dados 04/11/2013 às 13:40pm. L.L.S. 09 anos, masculino, natural de Presidente
Figueiredo –AM. Foi admitido na emergência do P.S.C. da Zona Sul no dia 15/10/2013 às 11:00 acompanhado de sua mãe que relata que a criança está com muita dor no joelho direito que a impossibilita a movimentação e com um abcesso na coxa direita. Diagnóstico Clínico: Pioartrite no joelho direito e piomiosite na coxa direita. A mão nega alergia medicamentosa e alimentar e que as vacinas estão em dias. Foi solicitado Raio X e o paciente está realizando fisioterapia no MID .
Ao exame físico: cliente no leito em ar ambiente, consciente, orientado, eupneico, afebril, normocorado, hidratado, anictérico, turgor da pele normal, higiene pessoal satisfatória (asseado), higiene oral satisfatória, arcada dentaria completa, funções fisiológicas presentes, acesso venoso em MSD salinizado e apresentando curativo oclusivo em MID com drenagem purulenta em pequena quantidade.
Aos SSVV ausculta pulmonar normal, sem presença de ruídos adventícios, R= 18 irpm, bulhas cardíacas normofonéticas em 2T, PT= 64cm, F.R.= 80 bpm, P.A = 90 x 50 mmHg, Tax: 36°C, C.A.= 50cm, peso: 30Kg e altura : 1,33 cm.
Diagnóstico ClínicoPioartrite
Artrite séptica ou pioartrite é uma infecção nas articulações causada na maioria das vezes pela bacteria Staphilococcus aureus.
Isso ocorre após um trauma (pancada), quando ocorre um ferimento por menor que seja, isso pode levar as bactérias que estão na pele para dentro das articulações.
Diagnóstico ClínicoPiomiosite
A Piomiosite é uma infecção primária do músculo esquelético de etiologia bacteriana.
A principal bactéria associada é o Staphylococcus aureus (86-95% dos casos)
Os principais fatores de risco associado à patogenia da piomiosite são: trauma local prévio, desnutrição e estresse de musculatura durante o exercício físico.
A doença apresenta três fases: A primeira é marcada por sinais e sintomas inespecíficos como dores
musculares, febre baixa , ausências de sinais inflamatórios e edemas. A segunda é marcada pela fase supurativa onde no local acometido se
evidencia dor limitante, rigidez e consistência lenhosa. A terceira fase considerada tardia surgem sinais de toxemia , dor intensa,
flutuação do musculo e manifestações sistêmicas de septicemia.
Exames Complementares Hemograma O hemograma é um exame de sangue que tem o intuito de avaliar os seguintes
componentes sanguíneos: glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Ele pode
identificar uma série de doenças e não precisa de jejum para ser realizado. A
infecção de pioatrite e piomiosite é causada por bactérias, o hemograma indicará a
grande quantidade de leucócitos(glóbulos brancos) , que são responsáveis pela
defesa do organismo contra infecções bacterianas.
Exames Complementares
Proteína C reativa Proteína C-reativa são as principais proteínas aguda produzida pelo fígado em resposta
ao dano tecidual. O exame de sangue PCR, serve para detectar a proteína que é um
indicador de inflamação no sangue. No acompanhamento e na investigação de
inflamações no organismo o exame detecta a quantidade de PCR (proteína c reativa)
no sangue. Atualmente, com técnicas mais modernas, podemos efetivamente dosar a
quantidade de PCR circulante. Considera-se normal valores até 0.1 mg/dL (1mg/L).
Valores entre 0.1 mg/dL (1mg/L) e 1,0 mg/dL (10 mg/L) podem surgir em pequenas
inflamações como gengivites ou outros pequenos problemas, não tendo, na maioria dos
casos, relevância clínica. Inflamações importantes costumam causar uma PCR maior
que 1,0 mg/dL
Exames Complementares
Radiologia Embora a radiologia na pioartrite não contribua substancialmente para o diagnóstico
precoce, sua realização é valiosa ao detectar o grau de comprometimento inicial da
articulação, além de permitir a avaliação da terapêutica em evolução.
No caso da piomiosite os métodos de imagem podem ser utilizados na orientação
terapêutica invasiva nas drenagens cirúrgicas de abscessos profundos bem como,
na diferenciação clínica com processos neoplásicos e síndromes compartimentais.
Medicamentos
Ceftriaxona (antibacteriano): 1g 12/12 hs
Oxacilina (Antibiótico para infecção por estafilococos) : 1 g 6/6 hs
Dipirona ( analgésico e antipirético): 500mg 6/6 hs
Ranitidina (Redução do suco gástrico e bactericida): 25mg 12/12 hs
Diagnóstico de Enfermagem
Agrupamentos de dados
Diagnóstico de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem
Justificativa Científica
Abcesso no MID
com drenagem
purulenta e acesso
venoso salinizado
Risco de infecção,
relacionado à
exposição hospitalar.
(NANDA, 2012-2014)
- Observar ferida sinais
flogísticos.
- Checar tensão do curativo
e aplica o esparadrapo no
centro da incisão para
margem evitando
embrulhar o curativo ao
redor da extremidade.
- Avaliar as quantidades e
características das
secreções.
(DOENGES,2003)
- Reduz o risco de trauma e
rompimento da ferida.
- Pode prejudicar/fechar a
circulação para a ferida e
para a porção distal da
extremidade.
- A diminuição das secreções
sugere evolução do
processo de cicatrização,
enquanto a drenagem
continua ou presença de
exsudato
sanguinolento/cheiro forte
sugere complicações.
DOENGES,2003)
Agrupamentos de dados
Diagnóstico de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem
Justificativa Científica
Deambulação
prejudicada devido
à dor ao flexionar o
joelho
Mobilidade física
prejudicada
relacionada ao abcesso
em MID evidenciado
pelos relatos de dor.
(NANDA, 2012-2014)
-Estimular movimentação
contínua
-Atentar para o aquecimento
do membro afetado
- Fazer e orientar exercícios
ativos e passivos
- Ajuda na melhora do
quadro clínico.
-Ajuda a avaliar sinais
flogísticos
- Com exercícios de
fisioterapia estimula o
organismo do paciente,
evoluindo significativamente
para uma melhoria do quadro
clinico.
(DOENGES, 2003)
Agrupamentos de dados
Diagnóstico de Enfermagem
Prescrição de Enfermagem
Justificativa Científica
Relatos de algia ao
deambular e
flexionar o joelho
direito.
Dor aguda relacionado
a agentes lesivos
evidenciados pela
posição para evitar a
dor e relato verbal de
dor.
(NANDA 2012-2014)
- Administrar medicação
prescrita
- Orientar paciente contra a
importância do cuidado ao se
movimentar.
- Proporcionar medidas de
conforto para o alívio da dor
(DOENGES, 2003)
- A medicação analgésica
utilizada para o extermínio
ou redução de dor
- Ajuda a prevenir traumas
desnecessários
- Atenuar algias na flexão do
membro inferior
(DOENGES, 2003)
Avaliação de Enfermagem 05/11/2013 13h 30min. Cliente no leito, lúcido, orientado, eupnéico, afebril, pele e
mucosas normocoradas, tendo dificuldade para deambular, queixando-se de algia em MID. Realizado curativo oclusivo em abcesso no MID, aceitando dieta. Funções fisiológicas presentes. SSVV: PA 120x70 mmHg, P: 70 bpm, R: 16 irpm, Tax: 36,5 º C
06/11/2013 14h00min h. Cliente colaborativo, normocorado, afebril, em descanso no leito, mãe relata que o filho não conseguiu dormir pelo motivo de desconforto devido ao ambiente hospitalar. Cliente realizou fisioterapia em MID. Realizado o curativo em abcesso no MID com média quantidade de secreção purulenta. Funções fisiológicas presentes. No momento no leito descansando. SSVV: PA: 120x60 mmHg, Tax: 36º C, P: 80 bpm.
07/11/2013 13h20min h. Cliente triste, com aspecto choroso queixando se de saudade de casa principalmente de brincar, causando nele uma ansiedade. Contudo cliente no leito eupnéico, afebril, normotenso, normocorado, colaborativo aos procedimentos, relatando melhora nos movimentos dos MID e o alívio da dor. Higiene satisfatória, aceitando dieta, funções fisiológicas presentes, realizado curativo em abcesso no MID com pouca secreção. Continua com fisioterapias. No momento sem queixas álgicas.
Considerações Finais
Através da realização deste estudo pôde-se observar a importância das práticas desenvolvidas e os padrões de cuidado profissional prestados aos clientes da unidade hospitalar.
Em relação aos padrões de cuidado profissional, percebe-se que o conhecimento teórico obtido na graduação e as condutas universalmente aceitas devem se adequar às normas da unidade hospitalar em estudo, respeitando a rotina estabelecida pelo serviço em questão, com suas particularidades e peculiaridades.
A elaboração deste estudo de caso e do plano de cuidados é de imensa importância ao desenvolvimento técnico- científico e principalmente prático de um futuro enfermeiro.
Referências Bibliográficas CAETANO, Norival. Guia de Remédios. 6. ed. São Paulo: Escala, 2003. DOENGES, Marilynn E.; MOORHOUSE, Mary Frances; GEISSLER, Alice C. Planos
de Cuidado de Enfermagem: orientações para o cuidado individualizado do paciente. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2003.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico. 15. ed. Porto Alegre: Dáctilo-Plus, 2009.
MELTZER, S. C; BARE, B.G. BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de EnfermagemMédico- Cirúrgica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Vol. I
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
NANDA Internacional Diagnóstico de Enfermagem da Nanda: definições e classificação 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2010.
SILVA, José Maria; SILVEIRA, Emerson de Sena. Apresentação de Trabalhos Acadêmicos: normas e técnicas. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.