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Monitoramento de cianobactérias em mananciais de abastecimento / Adequação à Portaria MS nº
2.914/2011 (planos de monitoramento e desafios)
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador
Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental
Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
Governador Valadares, 17 de junho de 2013
SEMINÁRIO SOBRE AÇÕES DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DE IMPACTOS DE CIANOBACTÉRIAS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA BACIA DO RIO DOCE
Rodrigo Matias de Sousa Resende
Água: Elemento essencial à vida!
Comprometimento
na qualidade da
água para
consumo humano
Deficiência no tratamento da
água
Contaminação generalizada dos
mananciais de abastecimento
Deficiências nos serviços de
esgotamento sanitário Acidentes com
produtos perigosos nos mananciais de abastecimento
Lixiviação de agrotóxicos,
chorume, dentre outros
OBJETIVO GERAL DO VIGIAGUA
Desenvolver ações de vigilância em saúde ambiental
relacionada à qualidade da água para consumo humano que
garantam à população o acesso à água em quantidadesuficiente e qualidade compatível com o padrão depotabilidade estabelecido na legislação vigente, para
promoção da saúde.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO VIGIAGUA
► REDUZIR A MORBIMORTALIDADE POR DOENÇAS E AGRAVOS DE
TRANSMISSÃO HÍDRICA, POR MEIO DE AÇÕES DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE
DA ÁGUA CONSUMIDA PELA POPULAÇÃO;
► BUSCAR A MELHORIA DAS CONDIÇÕES SANITÁRIAS DAS DIVERSAS FORMAS
DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO, BEM COMO AVALIAR
E GERENCIAR OS RISCOS ASSOCIADOS;
►MONITORAR, SISTEMATICAMENTE, A QUALIDADE DA ÁGUA CONSUMIDA PELA
POPULAÇÃO, NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO VIGENTE;
► INFORMAR À POPULAÇÃO SOBRE A QUALIDADE DA ÁGUA E RISCOS À
SAÚDE;
► APOIAR O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E
MOBILIZAÇÃO SOCIAL.
CAMPO DE ATUAÇÃO DO VIGIAGUA
Todas e quaisquer formas de abastecimento de água
coletivas ou individuais na área urbana e rural, de gestão
pública ou privada , incluindo as instalações
intradomiciliares
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO (SAA)
Instalação composta por um conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, desde a zona de captação até as ligações prediais, destinada à produção e ao fornecimento coletivo de água potável, por meio de rede de distribuição.
SOLUÇÃO ALTERNATIVA COLETIVA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO
HUMANO (SAC)
Modalidade de abastecimento coletivo destinada a fornecer água potável, com captação subterrânea ou
superficial, com ou sem canalização e sem rede de distribuição.
SOLUÇÃO ALTERNATIVA INDIVIDUAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA CONSUMO
HUMANO (SAI)
Modalidade de abastecimento de água para consumo humano que atenda domicílios residenciais com uma única
família, incluindo seus agregados familiares.
DADOS CONSOLIDADOS 2012
Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano – Vigiagua
(Fonte: Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano - Sisagua, dez/2012)
IMPLEMENTAÇÃO DO VIGIAGUA EM 2012
Distribuição geográfica dos municípios SEM INFORMAÇ ÃO no Sisagua
�378 municípios sem informação
(6,8%) = 5.791.453 habitantes
� 5.187 municípios com cadastro
(93,2) = 188.125.630 habitantes
IMPLEMENTAÇÃO DO VIGIAGUA EM 2012
Distribuição geográfica dos municípios que possuem, no Sisagua, informações de CADASTRO e VIGILÂNCIA
� 4.377 municípios
(78,6%) = 152.418.827 habitantes
IMPLEMENTAÇÃO DO VIGIAGUA EM 2012
Distribuição geográfica dos municípios que possuem, no Sisagua, informações de CADASTRO, CONTROLE e VIGILÂNCIA
�3.769 municípios possuem dados de cadastro, controle e
vigilância.
(67,7%) – 131.281.865 hab.
HISTÓRICO
�Decreto n.º 79.367, de 09 de março de 1977: Competência do Ministério daSaúde sobre a qualidade de água para consumo humano.
1ª - PORTARIA BSB n.° 56/1977
2ª - PORTARIA GM n.° 36/1990
3ª - PORTARIA MS n.° 1469/2000
4ª - PORTARIA MS n.° 518/2004
5ª - PORTARIA MS n.º 2.914/2011
PORTARIA MS nº 2.914/2011Dispõe sobre os procedimentos de Controle e
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo humano e seu padrão de potabilidade
Estrutura da Portaria MS nº 2.914/2011
Capítulo IDisposições Gerais
Capítulo IIDefinições
Capítulo IIICompetências e
Responsabilidades
Capítulo IVExigências Aplicáveis aos sistemas e
soluções alternativas coletivas
Capítulo VPadrão de
Potabilidade
Capítulo VIPlanos de
Amostragem
Capítulo VIIPenalidades
Capítulo VIIIDisposições
Transitórias e Finais
Capítulo IIIDAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção IV – Do Responsável pelo Sistema ou Solução AlternativaColetiva de Abastecimento de Água para Consumo Humano
Art. 13 (...)
IV - manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva deabastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde , com base nosseguintes critérios:
a) ocupação da bacia contribuinte ao manancial;b) histórico das características das águas;c) características físicas do sistema;d) práticas operacionais;e) na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de
Segurança da Água (PSA) recomendados pela Organização Mundial de Saúde(OMS) ou definidos em diretrizes vigentes no País;
Amplia o foco de atenção do produto final – água tratada para a gestão sistêmica do processo
O que é o Plano de Segurança da Água ?
Ferramenta metodológica de avaliação e gerenciamento de riscos à
saúde, associados aos sistemas de abastecimento de água, desde a
captação até o consumidor.
Instrumento de boas práticas com abordagem preventiva, para garantir
a segurança da água para consumo humano.
OMS (2004)
Plano de Segurança da Água
Visão sistêmica sob a perspectiva de risco à saúde, por meio de informações sobre:
Características do
manancial de abastecimento
Característicasdos sistemas
e práticas
operacionais adotadas
Histórico da qualidade da
água produzida e distribuída
Histórico de agravos à saúde e vulnerabilidades
PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA
OBJETIVOS DO PSA
ELIMINAR contaminação
durante o processo de tratamento
PREVENIR (re)contaminação da água durante o
armazenamento e no sistema de distribuição
MINIMIZARfontes de
contaminação pontual e difusa
no manancial
BASTOS (2010)
BENEFÍCIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PSA
� Identificar perigos e riscos oportunamente ;
� Otimizar investimentos e reduzir custo de tratamento ;
� Otimizar processos de trabalho;
� Garantir a qualidade da água , atendendo ao padrão de potabilidade estabelecidopela legislação vigente;
� Garantir maior segurança e confiabilidade , por parte dos consumidores; e
� Melhorar a atuação intersetorial.
Capítulo IIIDAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção IV – Do Responsável pelo Sistema ou Solução AlternativaColetiva de Abastecimento de Água para Consumo Humano
Art. 13 (...)
VII - monitorar a qualidade da água no ponto de captação, conforme estabelece oart. 40 desta Portaria ;
VIII - comunicar aos órgãos ambientais, aos gestores de recursos hídricos e aoórgão de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios qualqueralteração da qualidade da água no ponto de captação que comprometa atratabilidade da água para consumo humano;
IX - contribuir com os órgãos ambientais e gestores de recursos hídricos, por meiode ações cabíveis para proteção do(s) manancial(ais) de abastecimento(s) e da(s)bacia(s) hidrográfica(s);
Capítulo IIIDAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção IV – Do Responsável pelo Sistema ou Solução AlternativaColetiva de Abastecimento de Água para Consumo Humano
Art. 13 (...)
X - proporcionar mecanismos para recebimento de reclamações e manter registrosatualizados sobre a qualidade da água distribuída, sistematizando-os de formacompreensível aos consumidores e disponibilizando-os para pronto acesso econsulta pública, em atendimento às legislações específicas de defesa doconsumidor.
Decreto nº 5.440, de 4 de maio de 2005;
“Estabelece as definições e procedimentos sobre o controle da qualidade da águade sistemas de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos paradivulgação de informação ao consumidor sobre a qualidade da água para consumohumano”.
Capítulo IIIDAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES
Seção IV – Do Responsável pelo Sistema ou Solução AlternativaColetiva de Abastecimento de Água para Consumo Humano
Art. 13 (...)
XI - comunicar imediatamente à autoridade de saúde pública muni cipal einformar adequadamente à população a detecção de qualquer risco à saúde,ocasionado por anomalia operacional no sistema e solução alternativa coletiva deabastecimento de água para consumo humano ou por não-conformidade naqualidade da água tratada, adotando-se as medidas previstas no art. 44 destaPortaria; e
ART. 44. IDENTIFICADAS SITUAÇÃO DE RISCO À SAÚDE, CONTROLE E VIGILÂNCIA DEVEM, EMCONJUNTO, ELABORAR PLANO DE AÇÃO E TOMAR AS MEDIDAS CABÍVEIS , INCLUINDO A EFICAZCOMUNICAÇÃO À POPULAÇÃO, SEM PREJUÍZO DAS PROVIDÊNCIAS IME DIATAS PARA ACORREÇÃO DA ANORMALIDADE.
XII - assegurar pontos de coleta de água na saída de tratamento e na rede dedistribuição, para o controle e a vigilância da qualidade da água.
Art. 37 (...) A água potável deve estar em conformidade com o padrão desubstâncias químicas que representam risco à saúde e cianotoxinas (AnexoVIII).
§ 2° As concentrações de cianotoxinas referidas no Anexo VIII desta Portariadevem representar as contribuições da fração intracelular e da fraçãoextracelular na amostra analisada.
Capítulo VDO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 37 (...)
§ 3° Em complementação ao previsto no Anexo VIII desta Portaria, quando fordetectada a presença de gêneros potencialmente produtores decilindrospermopsinas no monitoramento de cianobactérias previsto no § 1° doart. 40 desta Portaria, recomenda-se a análise dessas cianotoxinas ,observando o valor máximo aceitável de 1,0 µg/L.
§ 4° Em complementação ao previsto no Anexo VIII desta Portaria, quando fordetectada a presença de gêneros de cianobactérias potencialmenteprodutores de anatoxina-a(s) no monitoramento de cianobactérias previsto no§ 1° do art. 40 desta Portaria, recomenda-se a análise da presença destacianotoxina .
Capítulo VDO PADRÃO DE POTABILIDADE
Art. 4O (...)
§ 1º Para minimizar os riscos de contaminação da água para consumohumano com cianotoxinas, deve ser realizado o monitoramento decianobactérias, buscando-se identificar os diferentes gê neros , no pontode captação do manancial superficial, de acordo com Anexo XI,considerando, para efeito de alteração da frequência de monitoramento, oresultado da última amostragem.
Capítulo VIDOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 4O (...)
§ 2° Em complementação ao monitoramento do Anexo XI a esta Portaria,recomenda-se a análise de clorofila-a no manancial , com frequênciasemanal, como indicador de potencial aumento da densidade de cianobactérias.
§ 3° Quando os resultados da análise prevista no § 2° deste artigo revelaremque a concentração de clorofila-a em duas semanas consecutivas tiver seu valorduplicado ou mais, deve-se proceder nova coleta de amostra para quantificaçãode cianobactérias no ponto de captação do manancial, para reavaliação dafrequência de amostragem de cianobactérias.
Capítulo VIDOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 4O (...)
§ 4° Quando a densidade de cianobactérias exceder 20.000 células/mL , deve-se realizar análise de cianotoxinas na água do manancial , no ponto decaptação, com frequência semanal.
§ 5° Quando as concentrações de cianotoxinas no manancial forem menoresque seus respectivos VMPs para água tratada, será dispensada análise decianotoxinas na saída do tratamento de que trata o Anexo VIII desta Portaria.
Capítulo VIDOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
Art. 4O (...)
§ 6° Em função dos riscos à saúde associados às cianotoxinas, é vedado ouso de algicidas para o controle do crescimento de microalga s ecianobactérias no manancial de abastecimento ou qualquer intervenção queprovoque a lise das células.§ 7° As autoridades ambientais e de recursos hídricos definirão aregulamentação das excepcionalidades sobre o uso de algicidas noscursos d’água.
� MMA / CONAMA� CT de qualidade ambiental� GT de Recuperação de ambientes hídricos
“ DISPÕE SOBRE O CONTROLE DA UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS O U PROCESSOS PARA RECUPERAÇÃO DE AMBIENTES HÍDRICOS E DA OUTRAS
PROVIDÊNCIAS”
Capítulo VIDOS PLANOS DE AMOSTRAGEM
DADOS SOBRE O MONITORAMENTO DE CIANOBACTÉRIAS EXECUTADO PELO
CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO (2012)
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE D A ÁGUA – SISAGUA
Dados 2012 (abril/2013)
MUNICÍPIOS QUE REALIZARAM, EM 2012, O MONITORAMENTO DE CIANOBACTÉRIAS NO BRASIL - CONTROLE
1.230 Municípios Monitorados (22%)
OCORRÊNCIA DE CIANOBACTÉRIAS, NOS MUNICÍPIOS MONITORADOS EM 2012, NO BRASIL - CONTROLE
OCORRÊNCIA DE CIANOBACTÉRIAS, NOS MUNICÍPIOS MONITORADOS EM 2012, NO ESTADO DE MINAS GERAIS - CONTROLE
180 Municípios monitorados (21,1%)
• CONTRATAÇÃO DE ESTUDOS PRIORITÁRIOS, DEFINIDOS POR ESPECIALISTAS
DURANTE PROCESSO DE ELABORAÇÃO DA PORTARIA MS Nº 2.914/2011;
• ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS SITUACIONAIS;
• ESTRUTURAÇÃO DA REDE NACIONAL DE LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA;
• PUBLICAÇÃO DE DOCUMENTOS ORIENTATIVOS;
• ARTICULAÇÃO INTER E INTRASETORIAL PARA DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES QUE
BUSQUEM MINIMIZAR OS RISCOS À SAÚDE PÚBLICA RELACIONADOS À
PROLIFERAÇÃO DE CIANOBACTÉRIAS NOS MANANCIAIS DE ABASTECIMENTO.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Painel de Informações em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador – PISAST
www.saude.gov.br/svs/pisast
� INFORMAÇÕES SOBRE O VIGIAGUA
� LEGISLAÇÕES, MANUAIS, E OUTRAS PUBLICAÇÕES
PISAST
MANUAIS, DIRETRIZES E DOCUMENTOS ORIENTADORES
PISAST
OUTRAS PUBLICAÇÕES
� DOCUMENTO BASE DE ELABORAÇÃO DA PORTARIA MS Nº 2.914/2011
� PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PORTARIA MS Nº 2.914/2011
� ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA O MONITORAMENTO DE AGROTÓXICOS NAÁGUA DE CONSUMO HUMANO
� RELATÓRIOS SITUACIONAIS DA VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARACONSUMO HUMANO NO BRASIL E POR UF – ANO BASE 2011
� BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO SOBRE O MONITORAMENTO DE AGROTÓXICOSNA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO NO BRASIL, 2011
+55 61 3213-8409