apresentaÇÃo da carta regional de competitividade...
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CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DOS AÇORES
APRESENTAÇÃO DA CARTA REGIONAL DE COMPETITIVIDADE DA R.A.AÇORES
José Veiga Simão José Félix Ribeiro
Rui Madaleno Joana Chorincas André Magrinho
Ponta Delgada, 13 de Setembro de 2012
.
I
R.A. AÇORES: BALANÇO DE PONTOS FORTES E FRACOS
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FRACOS
Posição periférica em relação aos grandes centros
da UE e descontinuidade territorial;
Dimensão reduzida dos centros urbanos,
povoamentos com alguma dispersão e,
consequentemente, custos acrescidos de infra-
estruturação;
Fragmentação do mercado regional em micro
mercados, afastados dos grandes centros produtores
e consumidores;
Multiplicação de infra-estruturas portuárias e
aeroportuárias e subutilização das mesmas ainda que
justificadas pelas populações das diversas ilhas;
Reduzido potencial demográfico, exigindo-se, por
isso, uma aposta excepcional na qualificação dos
jovens e da população activa, recorrendo a
metodologias inovadoras;
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FRACOS
Elevada especialização da base económica, com
dificuldades em diversificar a produção e em
favorecer um terciário moderno;
Debilidade de consórcios públicos e público
privados no domínio das aplicações do conhecimento;
Dependência exagerada do transporte marítimo e
aéreo nas trocas e consequente fraca mobilidade com
influência nos custos-benefícios;
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FRACOS
Vulnerabilidade dos sistemas ambientais e dos
recursos hídricos; grande variabilidade das forças da
Natureza;
Fragilidade da cultura de internacionalização, quer a
nível de empresas, quer a nível das instituições;
Ligação às comunidades de emigração açoriana mais
afectiva do que económica.
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FRACOS
Posição no Atlântico Norte ,com potencialidades a
explorar para o euro-atlantismo associado à opção
europeia;
Forte presença do Mar, Zona Económica Exclusiva
(ZEE) de grande dimensão; condições naturais para o
desenvolvimento das fileiras da pesca e do eco-
turismo;
Potencialidades singulares para actividades
relacionadas com o Espaço;
Inserção numa rede intercontinental de
comunicações através de cabo submarino de fibra
óptica;
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FORTES
Recursos geotérmicos de alta entalpia e potencialidades
de outras energias renováveis;
Condições edafo-climáticas propícias à fileira agro-
pecuária e para a química fina e biotecnologia;
Elevado valor paisagístico e acervos históricos e
culturais de grande riqueza, com adesão da população a
manifestações de expressão cultural e à valorização do
património cultural;
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FORTES
População jovem no contexto europeu;
Forte potencial de cooperação universitária e
económica a partir dos fortes elos de ligação a países de
destino da emigração e, em particular as comunidades
açorianas nos EUA e no Canadá;
Paisagens únicas (fauna e flora), terrestres e
marítimas, nas nove ilhas com características
específicas, com elevado potencial de atractividade
internacional;
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FORTES
Identidade cultural forte, potenciadora de atracção
turística, de actividades de lazer e de qualidade de vida;
Nova carteira de actividades associadas ao potencial
inerente ao alagamento da plataforma continental, em
curso;
Governo autónomo próprio com possibilidades de
maior capacidade de decisão, próxima dos cidadãos, e,
em particular, da comunidade empresarial.
MATRIZ DE PONTOS FRACOS E FORTES DA R.A.AÇORES
PONTOS FORTES
II
O FUTURO- CONTRIBUTOS PARA UMA
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A
R.A.AÇORES
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
O conjunto de Orientações Estratégicas que se
apresentam obedece a uma VISÃO para a R.A.A.,
mobilizadora de vontades e de inteligências, a qual
evidencia as suas características socioeconómicas e
as características naturais associadas à “Natureza
Mágica”, com vocação e identidade próprias. Entende-
se que assim terá sucesso o processo de transformação
proposto para a carteira de atividades e para a cadeia de
valor da economia açoriana, o que obriga a uma
mobilização dos agentes económicos, sociais,
culturais e de ciência e tecnologia, ao respeito pela
coesão territorial e social.
Os desafios estratégicos para a economia açoriana podem
consubstanciar-se num Triângulo Estratégico de
Competitividade e numa Tríplice Hélice que, no quadro da
sociedade do conhecimento, pode reforçar a cadeia de valor e
a competitividade da economia regional.
A competitividade regional da economia açoriana e a sua
inserção na economia global têm, em nossa opinião, três
vectores estratégicos: a Natureza, o Conhecimento e a
Conectividade, em relação aos quais a iniciativa privada e as
estratégias empresariais que lhe estão associadas devem
interagir com boas políticas públicas, visando alargar e
enriquecer a carteira de bens e serviços transaccionáveis
para uma melhor afirmação no contexto nacional e europeu.
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
TRIÂNGULO ESTRATÉGICO DA COMPETITIVIDADE DA
R.A.AÇORES
QUALIFICAÇÃO
TECNOLOGIA
EMPREENDEDORISMO
INOVAÇÃO e I&DQUALIDADE
IDE
PROP. INTELECTUAL
Dando origem a doze Orientações Estratégicas
a que deveria obedecer um Plano de Ação:
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
1)Aprofundar as orientações que colocam ênfase na qualificação,
nomeadamente na necessidade de prosseguir como prioridade a melhoria
da escolarização e do aproveitamento escolar aos diversos graus de
ensino e da qualificação dos recursos humanos
2) Orientar a tendência crescente para a procura da qualidade e para a
diferenciação de alguns produtos baseados em recursos naturais da
região, nomeadamente aqueles em que a componente natural e
ecológica se faz sentir – casos de produtos alimentares, de produtos
turísticos, de produtos locais diversificados com elevado aumento na cadeia
de valor, associando de forma inteligente inovação e tradição e com recurso
a um marketing e comunicação agressivos e dinâmicos,
3) Reforçar a base de inovação tecnológica da agricultura e agro-indústrias
existentes, consolidando competências na área da protecção integrada de
culturas (e da agricultura biológica e ampliando as bases para a inovação de
produtos nas fileiras tradicionais dos lacticínios e das carnes.
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
4) Cultivar o elevado potencial turístico do arquipélago, recusando uma
estratégia de desenvolvimento massificada (registe-se que a
massificação assenta no binómio sol-praia, o que não constitui uma
vantagem competitiva da região), e optando por um padrão de atividades
turísticas diferenciado, com interesses claramente focalizados nas
valências da região, dirigido a diferentes segmentos-alvo, incluindo
camadas com elevado poder de compra e a públicos-alvo, quer na
Europa quer nos EUA.
5) Transformar a RAA num local de experimentação de soluções
integradas energia - mobilidade sustentável, inovando nos modelos de
negócio que assegurem a viabilidade de mercado dessas soluções,
constituindo uma alavanca para novas áreas de conhecimento e
competências na região; no que respeita à produção de energia, a RAA está
envolvida no projeto Green Islands desenvolvido com o MIT Portugal,
visando a criação de um sistema energético inteligente.
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
6) Inserir a RAA em redes nacionais, europeias ou em ligação com
instituições americanas de ciência e tecnologia; apostar em parcerias
internacionais na investigação, desenvolvimento e engenharia associadas à
vulcanologia, às ciências do mar, nomeadamente a oceanografia, à
meteorologia, às ciências do espaço, à biotecnologia e química fina. Utilizar o
potencial turístico da região e a presença de longa data de açorianos no
Nordeste dos EUA e as parcerias externas da Universidade dos Açores para
estreitar laços com as universidades locais, em particular de
Massachussets, Connecticut e New Hampshire.
7) Criar as condições para que a RAA se transforme, a prazo, numa base de
exploração do oceano profundo na nova configuração que a proposta
Extensão da Plataforma Continental pode vir a proporcionar. Para tal,
recomendam-se esforços para instalar no médio prazo, na região, uma
instituição/infra-estrutura internacional vocacionada para o conhecimento
e exploração das potencialidades existentes a nível de recursos biológicos em
ambientes extremos e recursos minerais e energéticos a grande profundidade.
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
8) Criar um enquadramento normativo favorável ao início das
atividades de prospeção de recursos minerais na plataforma
continental da RAA, salvaguardando, conforme prática internacional, a
sustentabilidade ambiental dessa atividade. Estabelecer uma parceria
entre a Universidade dos Açores e Universidades do Continente
para instalar um laboratório de robótica e tecnologias submarinas
9) Explorar as oportunidades de localização na RAA de instalações
de apoio às atividades no Espaço, nomeadamente por parte de
Agencias Europeias, beneficiando da sua posição geográfica para
ascender na complexidade das funções a desempenhar neste contexto;
desde as relacionadas com o apoio aos lançadores espaciais atuais e
de novas gerações da ESA e com a monitorização do Oceano a partir
do Espaço.
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
10) Reforçar a conectividade internacional com duas
prioridades – telecomunicações de elevada qualidade e
transporte aéreo mais competitivo -, sendo este crucial para
o desenvolvimento de actividades turísticas dirigidas a
mercados de elevado poder de compra e expressão
numerosa, do que hoje se designa como "classes criativas".
Isso exige por parte da SATA, ou outros operadores que
venham a demandar a região, a prática de preços mais
competitivos nas longas distâncias e a urgente clarificação
do financiamento da componente social do transporte aéreo
no interior da RAA.
11) Melhorar os transportes marítimos garantindo, na
base de melhores condições de custo/competitividade e
em tempo mais reduzido, o acesso de mercadorias ao
Continente. E concretizar os investimentos previstos que
permitiriam a todas as ilhas do arquipélago ficar a
dispor de portos em boas condições para operar
sistemas ferry, operar carga geral e descarga de
combustíveis, desenvolver atividades de pesca e,
dispondo algumas delas, de marinas de recreio e terminais
de cruzeiro que se afiguram uma importante infraestrutura
de apoio à navegação a meio do Oceano Atlântico
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
VISÃO DE LONGO PRAZO PARA A R.A.AÇORES
12) Atribuir uma prioridade elevada à conservação
ambiental e sustentabilidade das soluções que forem
adotadas no desenvolvimento das várias actividades
económicas na região, tirando partido da experiência
acumulada no que respeita à requalificação de ecossistemas
e ao desenvolvimento de projetos-piloto no domínio da
sustentabilidade ambiental e energética. A sustentabilidade
é um fator chave da competitividade futura da RAA.
Capital Humano
Conectividade &
Acessibilidades
Ambiente & Energia
Especialização
Produtiva
Novas Fronteiras:
Oceanos & Espaço
Escolaridade & QualifcaçãoPré -primária, Escolaridade Obrigatória 12
anos,Ensino profissional
Rede de Ensino Superior
Triple Hélice para Inovação
Transporte Aéreo & Aeroportos
Transporte Marítimo & Portos
Comunicações & Telemática
Valorização da Paisagem & Conservação
Energias Limpas & Mobilidade
Sustentável
Fileiras de Recursos Naturais-Ascensão na Cadeia de Valor
Turismo ,Lazer & SaúdeAçores - Natureza Mágica
Base Conhecimento do Oceano
P rofundo
Apoio a Atividades Espaciais
Eixos Estratégicos Áreas de IntervençãoPrioridades
Transversais
Din
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CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA DOS AÇORES
INOVAÇÃO & INTERNACIONALIZAÇÃO -DESAFIOS
PARA PORTUGAL E O CONTRIBUTO DA R.A.AÇORES
José Veiga Simão
José Félix Ribeiro
André Magrinho
Ponta Delgada, 13 de Setembro de 2012
Ponta Delgada, 13 Setembro 2012
I
A COMPETITIVIDADE NACIONAL
E REGIONAL- FATORES CHAVE
A ARVORE DA COMPETITIVIDADE REGIONAL
Adaptado de : ECORYS
INTERNACIONALIZAÇÃO
A COMPETITVIDADE REGIONAL
Adaptado de : ECORYS
ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL INOVAÇÃO EMPRESARIAL
EMPRESAS FORNECEDORAS
EMPRESA INOVADORA
EMPRESAS CLIENTES
INSTITUTOS DE NOVAS TECNOLOGIAS CENTROS TECNOLÓGICOS
INSTITUIÇÕES DE INTERFACE PARQUES E PÓLOS TECNOLÓGICOS
ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS REGIONAIS ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS REGIONAIS
POLÍTICAS PÚBLICAS
ORGANISMOS ESTATAIS AUTÓNOMOS
UNIVERSIDADES POLITÉCNICOS
SISTEMAS DE INCENTIVOS
FUNDOS PÚBLICOS
AGÊNCIA PARA A PROMOÇÃO DO INVESTIMENTO E PARA A
INTERNACIONALIZAÇÃO
SISTEMA BANCÁRIO
CAPITAIS PRÓPRIOS
CAPITAIS DE RISCO CÂMARAS MUNICIPAIS
SISTEMA DE INOVAÇÃO
FINANCIAMENTO
EMPRESAS PÚBLICAS
CENTROS DE INOVAÇÃO
MATRIZ ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO E NTERNACIONALIZAÇÃO
I- PILARES ESTRATÉGICOS:
Políticas públicas; estratégias empresariais; cooperação
criativa entre actores; capacidade e potencialidades dos
actores.
II - DESAFIOS A VENCER:
Quase duplicação do grau de abertura da orientação
exportadora de 35% do PIB para 65% do PIB.
Redução do hiato entre criação do conhecimento e sua
transformação em tempo útil em bens económicos e
culturais.
Fortalecimento da ética, da responsabilidade social ,
do rigor e da honradez (como na génese da AIP
expressa nos primeiros estatutos).
Independência do poder político e do poder económico.
MATRIZ ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Qualificação de empresários e quadros; qualificação dos
trabalhadores.
Agentes de intermediação para a inovação e
internacionalização; suas funções.
Ensino/Formação e modalidades de ensino: o nefasto
afastamento das empresas em cursos, designadamente,
de nível 5, 6 e 7.
MATRIZ ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
Ausências do Estado Inteligente – Repensar a sua
missão e funções; extinção de Gabinetes de Estudos,
Planeamento e Prospectiva e de Laboratórios e
Institutos Autónomos; substituição por aquisições de
serviços.
Domínio global ou parcial do Estado por grupos
económicos e sectores partidários.
MATRIZ ESTRATÉGICA DA INOVAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO
A PERFOMANCE COMPETITIVA NACIONAL- FACTORES
Funcionamento
Mercados de
Produtos
Infraestruturas
Conetividade
Sistema de
Ensino e
Formação
Funcionamento
Mercados de
Fatores
Contexto
Macroeconómico
e Regulamentar
Sistema
Financeiro
Outros
Centros
de I&D
Empresas_
Capacidades &
networks
Sistema
Cientifico Clusters
Serviços às
Empresas
II
A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES- COMO
PARTICIPAR NA “VIRAGEM PARA FORA” DA
ECONOMIA PORTUGUESA ?
(A PARTIR DO INOTEC EMPRESAS E DA CARTA REGIONAL DE
COMPETITIVIDADE DA RAAÇORES)
A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E A “VIRAGEM
PARA FORA” DA ECONOMIA PORTUGUESA
Maior dinamismo e inovação de atividades
exportadoras de bens e serviços tradicionalmente
transacionáveis internacionalmente
Exemplos:
Agricultura de especialidades
Agro indústrias
Produtos da Química Fina
Atracção de novas Atividades exportadoras- Bens &
Serviços – por via do Investimento externo e da
dinâmica do empreendedorismo endógeno
Exemplos:
– Turismo numa Natureza Mágica
A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E A
“VIRAGEM PARA FORA” DA ECONOMIA PORTUGUESA
A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E A
“VIRAGEM PARA FORA” DA ECONOMIA PORTUGUESA
Crescimento rápido das vendas no exterior por parte de
atividades que tradicionalmente eram consideradas
não transaccionáveis internacionalmente
Exemplos:
Experimentação de soluções energéticas sustentáveis
para territórios insulares (ex: energia geotérmica,
energia das ondas, mobilidade elétrica)
Preparação das condições para desempenhar
novas funções geoeconómicas na Europa ou a nível
global
Exemplos:
– Exploração do Oceano profundo
– Funções de apoio à atividade espacial
A REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E A
“VIRAGEM PARA FORA” DA ECONOMIA PORTUGUESA
FIM DA APRESENTAÇÃO