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Arboviroses
Maria Lúcia Brito Ferreira - MD
Departamento de Neurologia
Hospital da Restauração – Recife, Pernambuco
Conflito de interesses
Instituições que apoiaram elaboração de aulas, pesquisas
apresentadas em congressos e publicações científicas em 2010-2017
Merck Serono
Bayer Schering
Baxter
Novartis
Teva
Biogen
Genzyme/Sanofi Aventis
Academia Brasileira de Neurologia
Governo do Estado do Paraná
Universidade de Liverpool e Glasgow (ZIKA PLAN)
Resolução ANVISA n°102 de 30/11/2000 republicada em
01/06/2001 e Resolução CFM n° 1595/2000
Centro Estadual de
Referência para Atenção a
Pacientes Portadores de
Doenças Desmielinizantes –
Hospital da Restauração –
Governo do Estado de
Pernambuco
1947
Isolamento
viral em
macacos
Rhesus –
Floresta Zika
- Uganda
1948
Alexander John
Haddow
1952
Isolamento
viral em
humanos -
Nigéria
Dickcomprova
degeneração
neuronal e
alterações em membranas e
epêndimaPrimeiros registros de virus Zika em
mosquitos
1956 2013
Associação de virus
Zika com Síndrome
de Guillain-Barré
Primeiros
relatos de virus
Zika em Aedes
–
África - Ásia
Epidemia na
Polinésia Francesa
Epidemia na
Polinésia Francesa
•Outubro 2013 – Fevereiro 2014–8 262 casos suspeitos de infecção por Zika virus
• 746 com confirmação laboratorial•396 (53.1%) por PCR-RT
–70 (9,4%) casos com complicações
•38 (54,3%) Síndrome de Guillain-Barré
•25 (35,7%) outras alterações neurológicas
•7 (10,0%) enfermidades autoimunes
European Centre for Disease Prevention and Control, 2014
1956 2013 2014
Associação de virus
Zika com Síndrome
de Guillain-BarréPrimeiros relatos
de Zika virus
em Aedes –
África - Ásia
Epidemia na
Polinésia Francesa
BRASIL
Distribuição epidemiológica de
infecção viral por Zika - 2016
Brasil. Ministério da Saúde. 2017, 25ª semana
epidemiológica
Norte
11.248
Nordeste70.326
Centro-Oeste
33.239
Sudeste
89.961
Sul
804
Pernambuco
213 casos
Brasil
2016 = 205.578 casos
Incidência = 99,8:100,000
Estudos da epidemia
no Brasil
Rio Grande do Norte - 2015
Bahia - 2015
Pernambuco - 2014
Rio de Janeiro - 2016
São Paulo - 2016
Mecanismo de
invasão dos arbovírus
Mecanismo de invasão
dos arbovírus
• 1ª fase– Invasão dérmica• Células de Langerhans
• Células dendríticas
• 2ª fase – replicação viral– Invasão linfonodal• Linfócitos
• Macrófagos
• Monócitos
•3ª fase – Disseminação– Invasão vascular e
esplênica
•4ª fase
– Invasão do Sistema
Nervoso
• Neurotropismo
• Neuroinvasão
• Neurovirulência
Velandia, Castellanos (2012). In Garcia M. Viral Genomes - Molecular Structure, Diversity, Gene Expression
Mechanisms and Host-Virus Interactions
Patogênese de Flavivírus
• Replicação viral
– Picada do mosquito
– Vírus em células de Langerhans e queratinócitos
– Replicação viral
– Disseminação para linfonodos
– Contaminação celular
• Monócitos
• Macrófagos (??)
• Células dendríticas (??)
Invasão do SNC (viremia)
Passagem da barreira hematoencefálica ??
Turtle, Griffiths, Solomon. Quarterly Journal of Medcicine. 2012;105:219-223
4ª fase – Invasão do Sistema Nervoso
Neurotropismo
– Ligação direta do vírus a neurônios
– Capacidade dos neurônios replicarem os vírus
Neuroinvasão e neurovirulência
– Habilidade de o vírus desorganizar a barreira
hematoencefálica
– Promover alteração estrutural e funcional no SNC
Velandia, Castellanos (2012). In Garcia M. Viral Genomes - Molecular Structure, Diversity, Gene Expression
Mechanisms and Host-Virus Interactions
4ª fase – Neuroinvasão
Barreira hematencefálica
•Sobrexpressão de proteínas
inflamatórias
– Citoquinas (fator de necrose
tumoral)
– Matriz de metaloproteinases
• TNF-a e IL-6
– Comprometimento das junções
interendoteliais
– Digestão da lâmina basal pela
metaloproteinase
– Facilitação da entrada do vírus
e de leucócitos infectados no
parênquima cerebral
Endotélio
• Sobrexpressão de moléculas
de adesão
– E-selectina, VCAM, ICAM-1
– Aumenta adesão molecular
e diapedese
• Facilitação da amplificação
da infecção (Trojan horses)
– Ativação de macrófagos e
de células gliais
• Desorganização do endotélio
cerebral
Velandia, Castellanos (2012). In Garcia M. Viral Genomes - Molecular Structure, Diversity, Gene Expression Mechanisms and Host-Virus Interactions
4ª fase - Neurovirulência
• Endotélio neurovascular ativado facilita
– Migração de leucócitos infectados
• Linfócitos T e B
• Macrófagos
– Ativação de astrócitos e micróglia
– Liberação de interleucinas, citoquinas e
moléculas de adesão
– Facilitação da replicação viral nos neurônios
Velandia, Castellanos (2012). In Garcia M. Viral Genomes - Molecular Structure, Diversity, Gene Expression
Mechanisms and Host-Virus Interactions
• Ligação viral com fibras periféricas motoras e
sensoriais
Transporte retrógrado axonal de neurônios olfatórios
epiteliais e motores
Alterações em neurônios de conexão
Modificação da quimiotaxia
Migração de monócitos e macrófagos
Aumento da permeabilidade da barreira
hematoencefálica
Aumento da replicação viral nos neurônios
4ª fase – Neurovirulência
Velandia, Castellanos (2012). In Garcia M. Viral Genomes - Molecular Structure, Diversity, Gene Expression
Mechanisms and Host-Virus Interactions
A resposta imunológica inata na
patogênese
Imunidade inata
– Infecção de queratinócitos
Viremia em macrófagos
Redução dos receptores Toll-like (TLR-3)
Redução da síntese de citoquinas pró-inflamatórias
Quebra da barreira hematoencefálica
Manifestações neurológicas centrais e periféricas
Turtle, Griffiths, Solomon. Quarterly Journal of Medcicine. 2012;105:219-223
Modificações inflamatórias após
passagem de BHE
•Faltam evidências sobre os
mecanismos de dano neuronal e
morte celular
Hipóteses
Inflamação perivascular de linfócitos mediada pela regulação glial
Desmielinização pela inflamação
Apoptose de proteção
Turtle, Griffiths, Solomon. Quarterly Journal of Medcicine. 2012;105:219-223
• Pode desempenhar papel protetor
Ativação da via Th2
Ação clareadora viral das células T CD4+ ou T CD8+
Mecanismo de neutralização de antígenos
Ação concomitante de dois ou mais mecanismos
Ações da imunidade adaptativa
Expectativa de futuro
Identificação da patogênese
Turtle, Griffiths, Solomon. Quarterly Journal of Medcicine. 2012;105:219-223
DIAGNÓSTICO
Isolamento
viralDetecção
do genoma
Detecção
antigênica
MÉTODOS DIRETOS MÉTODOS INDIRETOS
Sorologia
IgMSorologia
IgG
CONFIABILIDADE
ACESSIBILIDADE
Capítulo 4 – Diagnostico de laboratório y pruebas diagnósticas. Organización Panamericana de la Salud.
Organización Mundial de la Salud. Dengue: Guías para el diagnostico, tratamiento, prevención y control. La Paz,
Bolivia. OPS/OMS, 2010
Períodos para detecção da infecção
Teste diagnósticoPeríodo para coleta de material
biológico após início dos sintomas
Cultura viral Três primeiros dias
PCR-RT 1 a 8 dias
Pesquisa de anticorpos
IgM4 dias a dois meses
IgG ou pesquisa de
anticorpo neutralizador
1ª amostra – após 7dias
2ª amostra – após 21 dias
do início dos sintomas
PAHO, WHO, jan 2014
Classificação
dos casos
•Obedece a critérios clínicos e epidemiológicos
– Caso suspeito
– Caso confirmado
– Óbito
– Caso descartado
Definição de caso
PAHO, WHO, jan 2014Brasil. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância Epidemiológica.
Caderno 9. Brasília: Ministério da Saúde, 2010
Manifestações clínicas
Curso clínico
Febre
Cefaleia
Exantema intenso
Prurido
Chandak et al., Neurology India 2009, 57(2):177-180
Conjuntivite
Artralgia que pode ser intensa
Raramente promove quadro
leucopênico
Curso habitualmente benigno
Manifestações clínicas típicas
Rash
Conjuntivite
não purulentaEdema
Epidemiologia da circulação de
arbovirus em Recife
• Circulação simultânea
Dengue vírus - três décadas
Chikungunya virus – segunda metade de
2016
Zika vírus – final de 2014 a começo de
2015
Observações empíricas das viroses de
circulação simultânea
Apresentações clínicas mais graves
Aumento do risco de complicações neurológicas
No centro terciário de referência para Neurologia – Hospital da Restauração, em Recife
Epicentro da epidemia de Zika virus com manifestações neurológicas agudas – 2015 e 2016
O estudo
O estudo
• Série de casos, prospectiva– Protocolo de investigação de “Surto de doença
exantemática” do LAVITE
• Formulário clínico
• TCLE
• Registro do exame neurológico em ficha própria criada pelo serviço de Neurologia do HR
• População
– Pacientes com 18 anos ou mais
– Diagnóstico de complicações neurológicas agudas
– Atendidos no Hospital Restauração
– Internados ou em acompanhamento no ambulatório de egressos
– Março de 2015 a Dezembro de 2016
O estudo
Positividade dos casos– Lavite/FIOCRUZ-PE e LACEN/SES-PE
– Serviço de Diagnóstico Neurológico de Pernambuco
• Confirmação dos primeiros sete casos positivos em 17 de julho de 2015, após padronização das técnicas de PCR
Setembro de 2015– Elaboração do projeto de pesquisa “Manifestações
neurológicas associadas ao Zika vírus”
– Protocolo mais sistematizado
– Formulários unificados com aspectos clínicos-epidemiológicos-neurológicos
Dezembro de 2016– Relato da OPAS dos casos notificados em Novembro de
2016
Definição de caso
Doença neurológica aguda em paciente relatando história de infecção por arbovírus no ultimo ano
Síndromes neurológicas
• Sistema Nervoso Central – encefalite, meningoencefalite, encefalomielite aguda disseminada -
ADEM, romboencefalite, cerebelite, mielite, mielorradiculite, ELA-like, EM-like
• Sistema Nervoso Periférico – Síndrome de Guillain-Barré, neuropatia periférica, polineuropatia
sensorial
• Nervos cranianos– Neurite óptica, síndrome vestibular (?) paralisia de nervo facial ou de
nervo abducente, acometimento de múltiplos nervos cranianos
Outras manifestações– Miosite, AVC e crise convulsiva
Procedimentos metodológicos
Diagnóstico laboratorial e
identificação viral
• Amostras para diagnóstico de arboviroses
– Coleta de sangue de todos os pacientes
– LCR de 40 (29%) casos
• Detecção de RNA viral por PCR-RT (ZIKV e
CHIKV)
– Sequenciamento viral nas amostras PCR-RT
positivas (em processamento)
• Disponibilização de um banco de amostras
• Realização de ELISA IgG DENV e CHIKV de
todas as amostras
• Evidência de infecção recente -
positividade de ELISA Ig M-anticorpo
específico (DENV, ZIKV e CHIKV) em LCR ou
sangue
– Confirmação de positividade de ZIKV Ig M por
PRNT
Procedimentos metodológicos
Diagnóstico laboratorial e
identificação viral
213 pacientes atendidos no HR com doença neurológica aguda e
história de arbovirose no último ano
Excluídos 3 do Grupo 4
140 pacientes com doença neurológica e confirmação laboratorial de
infecção recente por arbovirus
Doença de
Sistema Nervoso
Periférico
51 pacientes
SGB (47)
Radiculopatia (2)Polineuropatia (2)
Doença de
Sistema Nervoso
Central
51 pacientes
Encefalite (14)Mielite (24)ADEM (6)
Rombencefalite (2)
Cerebelite (2)EM-like(2)ELA-like (1)
Nervo craniano
isolado
17 pacientes
Neurite óptica (13)Nervo facial (2)
Nervo abducente (2)
Outras
21 pacientes
AVC (12)Miosite (5)
Crise convulsiva (4)
Excluídos 70 sem confirmação
laboratorial de infecção por
arbovírus
infecção Coleta de sangue
BC
neuro
NI
1
2
3
InterrogaçõesCausalidade?Se PCR pos, OKSe IgM pos ?
Nenhum outro episódio
de infecção
> 90 dias
> 90 dias
4 Falta de informação de
datasCritérios:
1. Infecção Neuro ≤ 90 dias
2. Neuro CS ≤ 90 dias
Critérios:
1. Infecção Neuro ≥ 90 dias
2. Neuro CS ≤ 90 dias
infecção Coleta de sangue
neuroCritérios:
1. Neuro CS ≥ 90 dias
Não importa o tempo
entre infecção e neuro
InterrogaçõesMaior problema: nova infecção?Por que PCR ainda positiva?
Pesquisa retrospectiva
infecção
neuroColeta de sangue
Resultados
Pacientes por grupo de confiabilidade
N (%)
Grupo 1 92 (64,3)
Grupo 2 18 (12,6)
Grupo 3 30 (21,0)
Grupo 4 3 (2,1)
Total 143
Tabela 1. Características sociodemográficas dos pacientes com confirmação
laboratorial de infecção recente por arbovirus Recife, 2015 - 2016
Características N(%)
Sexo
Masculino 69 (49.3)
Feminino 71 (50.7)
Idade (anos)
Média 49.1
Mediana 49
Cidade de residência
Recife 50 (35.7)
Área metropolitana 42 (30)
Cidade de Interior 47 (33.6)
Sem informação 1 (0.7)
Tempo dos sintomas virais para os neurológicos (dias)
Média 36.6
Mediana 13
Tabela 2. Idade e tempo ente sintomas virais iniciais e
neurológicos Recife, 2015 to 2016
SNC SNP NC Outras p valor**Idade (anos)
Mínimo 18 18 20 18Máximo 86 79 73 84Média 48.8 45.5 47.8 59.7 0.022Mediana 48 47 49 63 0.027
Tempo dos sintomas virais
iniciais para os neurológicos
Mínimo 0 0 0 1Máximo 370 161 144 247Média 39.7 20.7 39.5 64.5 0.029Mediana 11 9 17 51 0.065
*2 Casos sem informação
**Teste ANOVA para comparação de médias; teste de Kruskal-Wallis para comparação de medianas
Tabela 3. Frequência de sintomas de pacientes infectados por ZIKV,
CHIKV ou ZIKV+CHIKV, Recife, 2015-2016
Sintomas gerais em ordem
de frequência de ZIKV
ZIKV
sintoma/total (%)
CHIKV
sintoma/total (%)
ZIKV+CHIKV
sintoma/total (%)
p valor
Rash 30/33 (90.9) 28/39 (71.8) 47/50 (94) 0.601
Artralgia 22/33 (66.7) 32/39 (82.1) 39/50 (78) 0.289
Febre 18/33 (54.6) 32/39 (82.1) 36/50 (72) 0.037
Dor de cabeça 17/33 (51.5) 24/39 (61.5) 34/50 (68) 0.320
Fadiga 17/33 (51.5) 22/39 (56.4) 25/50 (50) 0.828
Mialgia 17/33 (51.5) 29/39 (74.4) 35/50 (70) 0.006
Astenia 17/33 (51.5) 27/39 (69.2) 25/50 (50) 0.152
Anorexia 16/33 (48.5) 21/39 (53.9) 23/50 (46) 0.760
Edema articular 14/33 (42.4) 27/39 (69.2) 26/50 (52) 0.065
Prurido 13/33 (39.4) 15/39 (38.5) 19/50 (38) 0.992
Conjuntivite não purulenta 12/33 (36.4) 8/39 (20.5) 12/50 (24) 0.281
Dor ocular 10/33 (30.3) 12/39 (30.8) 11/50 (22) 0.578
Vômito 8/33 (24.2) 14/39 (35.9) 18/50 (36) 0.473
Dor torácica 7/33 (21.2) 9/39 (23.1) 14/50 (28) 0.754
tosse 7/33 (21.2) 2/39 (5.1) 9/50 (18) 0.112
Dor de garganta 5/33 (15.2) 2/39 (5.1) 6/50 (12) 0.359
Dificuldade de respirar 5/33 (15.2) 4/39 (10.3) 7/50 (14) 0.805
Dor abdominal 4/33 (12.1) 10/39 (25.6) 10/50 (20) 0.355
Diarreia 4/33 (12.1) 7/39 (18) 10/50 (20) 0.888
Conjuntivite 4/33 (12.1) 4/39 (10.3) 5/50 (10) 0.950
Fotofobia 3/33 (9.1) 3/39 (7.7) 7/50 (14) 0.597
Coriza 2/33 (6.1) 3/39 (7.7) 4/50 (8) 0.943
Tabela 4. Infecção por ZIKV, CHIKV e ZIKV+CHIKV
segundo local de envolvimento - Recife, 2015-2016
Total de
casos
ZIKV
N (%)
(% coluna)
CHIKV
N (%)
(% coluna)
ZIKV + CHIKV
N (%)
(% coluna)
χ2p
valor
SNC 457(15.6)
21.2
18(40)
46.2
20(44.4)
40
12.4 0.053
SNP 4219 (45.2)
57.6
11(26.2)
28.2
12 (28.6)
24
NC 153(20)
9.1
5(33.3)
12.8
7(46.7)
14
Outras 204(20)
12.1
5(25)
12.8
11(55)
22
Total 122 33 39 50
Total de
casos
ZIKV
N (%)
(% coluna)
CHIKV
N (%)
(%
coluna)
ZIKV + CHIKV
N (%)
(% coluna)
χ2 p valor
SNC 457 (15.6 )
24.1
18 (40 )
52.9
20 (44.4 )
51.3 10.2 0.038
SNP 4219 (45.2)
65.5
11 (26.2)
32.4
12(28.6 )
30.8
NC 153 (20)
10.3
5 (33.3 )
14.7
7 (46.7 )
18
Total 102 29 34 39
Tabela 5. Envolvimento de Sistema Nervoso por ZIKV, CHIKV e
ZIKV+CHIKV Recife, 2015-2016*
*Excluídos outros acometimentos
Resumo dos resultados
Dentre 140 pacientes com infecção recente por pelo menos uma arbovirose, 95 eram infectados por ZIKV (67.9%) 73 (76.8%) apenas IgM ou RT-PCR no soro
11 (11.6%) IgM ou PCR-RT em soro e LCR
11 (11.6%) apenas IgM ou PCR-RT em LCR
33 casos apresentavam infecção apenas por ZIKV
18 (54.6%) SGB
03 (9.1%) encefalite
03 (9.1%) mielite
03 (9.1%) neurite óptica
01 (3%) ADEM
05 (15.2%) – outras 2 casos de crise convulsiva, um caso de AVC, um caso de
miosite e um caso de radiculopatia
Positividade viral e comprometimentos neurológicos
• 33 pacientes infectados por ZIKV eram também
infectados
– por CHIKV (50)
– por DENV (3)
– pelos três arbovírus (9)
• Dentre os 50 pacientes coinfectados por ZIKV +
CHIKV
11 (22%) SGB
09 (18%) mielite
08 (16%) encefalite
06 (12%) neurite óptica
01 (2%) ADEM
01 (2%) Romboencefalite
14 (26%) outras síndromes
• Dentre os 14 (26%) casos com outrassíndromes
– 9 casos de AVC
– 1 caso de miosite
– 1 caso de crise convulsiva
– 1 caso de esclerose múltipla (polineuropatia)
– 1 caso de paralisia facial periférica direita
– 1 caso de polineuropatia
Positividade viral e comprometimentos neurológicos
Positividade viral e comprometimentos neurológicos
• 3 casos de infecção recente por ZIKV + DENV
– 1 caso SGB
– 2 casos de mielite
• 9 pacientes coinfectados por ZIKV + DENV + CHIKV
04 (44.4%) SGB
02 (22.2%) neurite óptica
01 (11.1%) mielite
01 (11.1%) ADEM
01 (11.1%) polineuropatia
• Dentre os 95 pacientes positivos para ZIKV (isolada
ou por coinfecção)
– 84 (88,4%) eram IgG positivos para DENV
• Dentre 140 pacientes com evidência para
infecção no mínimo por uma arbovirose
– 45 (32,1%) – negativos para ZIKV
– 39 casos (27,9%) - positivos apenas para CHKV
– 1 caso (0,7%) – positivo apenas para DENV
– 5 casos (3,6%) – positivos para CHIKV e DENV
• Dentre 39 pacientes infectados apenas por CHIKV
11 (28.2%) SGB
07 (18%) mielitie
03 (7.7%) ADEM
03 (7.7%) encefalite
02 (5.1%) neurite óptica
01 (2.6%) romboencefalite
11 )28,2%) outros diagnósticos
Positividade viral e comprometimentos neurológicos
• 11 (28,2%) outros diagnósticos
– 3 casos de mielite
– 2 casos de AVC
– 2 casos de cerebelite
– 1 caso de esclerose múltipla
– 1 caso de neurite do VI nervo direito
– 1 caso de neurite do VI nervo esquerdo
– 1 caso de paralisia facial esquerda
Positividade viral e comprometimentos neurológicos
N (%)
Tratamento
Prednisona 1 (2.1)
Imunoglobulina 36 (76.6)
Imunoglobulina + dexametasona 1 (2.1)
Metilprednisolona + Dexametasona 2 (4.3)
Sem tratametno específico -
Sem informação 3 (6.4)
Total 43
Desfecho
Sem sequela à alta 6 (12.8)
Com sequela à alta 38 (80.9)
Óbitos** -
Sem informação 3 (6.4)
Total 47
Tabela 6. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de SGB com
evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
N (%)
Tratamento
Prednisona 10 (41.7)
Imunoglobulina 1 (4.2)
Imunoglobulina + metilprednisolona 1 (4.2)
Metilprednisolona 1 (4.2)
Metilprednisolona + Dexametasona 8 (33.3)
Prednisona + acyclovir 1 (4.2)
Sem tratamento específico 1 (4.2)
Sem informação 1 (4.2)
Total 24
Desfecho
Sem sequela à alta 2 (8.3)
Com sequela à alta 21 (87.5)
Óbitos** -
Sem informação 1 (4.2)
Total 24
Tabela 7. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de mielite com
evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
N (%)
Tratamento
Dexametasona venosa 1 (7.1)
Sem tratamento específico 2 (14.3)
Sem informação 11 (78.6)
Total 14
Desfecho
Sem sequela à alta 2 (14.3)
Com sequela à alta 1 (7.1)
Óbitos** -
Sem informação 11 (78.6)
Total 14
Tabela 8. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de encefalite
com evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
N (%)
Tratamento
Metilprednisolona 4 (66.7)
Metilprednisolona + Dexametasona 2 (33.3)
Sem informação -
Total 6
Desfecho
Sem sequela à alta -Com sequela à alta 6 (100,0)Óbitos** -Sem informação -Total 6
Tabela 9. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de ADEM com
evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
N (%)
Tratamento
Prednisona 1 (50)
Metilprednisolona 1 (50)
Sem informação -
Total 2
Desfecho
Sem sequela à alta -
Com sequela à alta 2 (100,0)
Óbitos** -
Sem informação -
Total 2
Tabela 10. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de
romboencefalite com evidência de infecção recente por arbovírus - Recife,
2015-2016
N (%)
Tratamento
Prednisona 4 (30.8)
Imunoglobulina + plasmaferese + dexametasona 1 (7.7)
Metilprednisolona -
Metilprednisolona + dexametasona 5 (38.5)
Prednisona + acyclovir 1 (7.7)
Sem tratamento específico 1 (7.7)
Sem informação 1 (7.7)
Total 13
Desfecho
Sem sequela à alta 2 (15.4)
Com sequela à alta 10 (76.9)
Óbitos** -
Sem informação 1 (7.7)
Total 13
Tabela 11. Frequência de tratamento e desfecho dos casos de neurite óptica
com evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
Tabela 12. Frequência do desfecho dos casos de doença neurológica e
evidência de infecção recente por arbovírus - Recife, 2015-2016
Total
Sinal de infecção
N (%)
(% coluna)
Coinfecção
N (%)
(% coluna)
χ2 p valor
Sem sequela à alta 179 (52.9)
12.3
8 (47.1)
11.9 1.17 0.7614
Com sequela à alta 8445 (53.6)
61.6
39 (46.4)
58.2
Sem informação 3919 (48,7)
26,1
20 (51,3)
29,9
Total 140 73 67
Limitações do estudo
• LCR esteve disponível para testes para arbovírus em
97 (69,3%) casos
• 46 pacientes com envolvimento de SNC foram
investigados para arbovírus em LCR (32,8%)
• Alguns pacientes, admitidos em 2015,
não foram investigados para ZIKV
• É desafiador analisar as mortes nessa
população porque os casos não foram
investigados para ZIKV
Conclusões• Homens e mulheres foram igualmente infectados por arbovírus
durante epidemia
• A média e a mediana de idade da série foram 49,1 anos e 49
anos, respectivamente
• SNC e SNP foram igualmente acometidos
• Pacientes com doença de Sistema Nervoso Periférico eram mais
jovens
• Para toda a população de estudo, a média e a mediana de
tempo entre os sintomas virais e os neurológicos foram 36,6 dias
e 13 dias, respectivamente
• Pacientes com doença de SNP informaram tempo médio (20,7)
e mediano (9) menores
Conclusões
• Infecção por arbovírus mais frequentemente isolada -
CHIKV (27.9%)
• Coinfecção mais frequente - ZIKV + CHIKV (35.7%)
• Diferença estatisticamente significante entre as infecções
por ZIKV, CHIKV e ZIKV + CHIKV por sítio de envolvimento
de Sistema Nervoso Central
• Infecção isolada por ZIKV afetou mais frequentemente
SNP (57.8%) e em quase todos os casos (94.7%) foi SGB
• Dos 9 casos de coinfecção tripla, 4 (44.4%) casos eram
SGB
• SGB foi a mais frequente manifestação neurológica
diagnosticada
Equipe de estudo de arboviroses
Neuro-Zika
Maria Lúcia Brito Ferreira
Maria de Fatima Militão de Albuquerque
Rafael França
Álvaro José Moreira Porto
Carlos Alexandre Brito
Maria Íris Moraes Machado
Roberta Paz Melo
Lindomar José Pena
Tom Solomon
Ravi Mehta
Raquel Medialdea
Neuro Zika Plan
Agradecimentos
Obrigada