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NOTA TÉCNICA
APRIMORAMENTO DA REGULAÇÃO
DE PROJETOS DE REDE LOCAL
Dezembro de 2019
NT.G-0010-2019
Aprimoramento da Regulação de Projetos de Redes Locais 2
SUMÁRIO
1. OBJETIVO ......................................................................................................................... 3
2. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
3. REDE LOCAL DE DISTRIBUIÇÃO DE GÁS CANALIZADO .............................................. 4
4. MECANISMO DE AUTORIZAÇÃO DOS PROJETOS E LIMITES DE REPASSE ÀS
TARIFAS ................................................................................................................................... 6
5. QUADRO ATUAL E PROPOSTA DE APERFEIÇOAMENTO ............................................ 7
6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 11
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Aprimoramento da Regulação de Projetos de Redes Locais 3
1. OBJETIVO
Esta Nota Técnica visa fornecer subsídios para aprimoramento das disciplinas
estabelecidas na Deliberação Arsesp nº 211/2011, levando em conta a experiência
existente nos oitos anos de vigência da regulamentação, e busca, em face do atual
mercado de gás canalizado no estado de São Paulo, as melhores opções para a
expansão em base técnica e econômica. A revisão da Deliberação 211/2011 está prevista
na Agenda Regulatória da Arsesp para o biênio 2019-2020, como Ação Regulatória DG 3
– Aprimoramento da Regulação de Projetos de Rede Local, e advém da iniciativa dos
agentes da indústria do gás.
2. INTRODUÇÃO
O regime de concessão para o serviço público de distribuição de gás canalizado no
estado de São Paulo, estabelece a obrigatoriedade de as concessionárias expandirem o
sistema de distribuição com a premissa da viabilidade econômico-financeira da prestação
do serviço. Entretanto, existem potenciais mercados consumidores de gás instalados em
regiões muito distantes dos principais centros de consumo e que a princípio fogem à regra
da razoabilidade econômico-financeira para interconexão imediata ao Sistema Principal
de Distribuição.
Sistema Principal de Distribuição - De acordo com o § 2º do Art. 1° da Deliberação Arsesp
211/2011, o Sistema Principal de Distribuição consiste no conjunto de dutos e demais
equipamentos de distribuição que estão interligados à Estação de Transferência de Custódia
– ETC, através da qual recebem gás.
Esta Nota Técnica perpassa pelo modelo regulatório adotado pelo estado de São Paulo,
que possibilita atender aos usuários distantes do Sistema Principal de Distribuição com o
atendimento por redes locais nas mesmas condições, inclusive tarifárias, dos demais
usuários da área de concessão.
Os “Projetos estruturantes de Rede Local” são supridos por modais alternativos,
geralmente por gás natural comprimido (GNC), até a obrigatória interligação da rede local
ao Sistema Principal de Distribuição da concessionária.
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O modal rodoviário para transporte e suprimento do gás natural, seja GNC ou GNL,
também conhecido como gasoduto virtual, torna possível o fornecimento do energético
para indústrias e comércios afastados da malha de distribuição e que necessitam do gás
em seus processos.
3. REDE LOCAL DE DISTRIBUIÇÃO DE GÁS CANALIZADO
Tendo em vista que nas extensas áreas de concessão para exploração de serviços
públicos de distribuição de gás canalizado do Estado de São Paulo há grandes distâncias
entre potenciais consumidores de gás e o Sistema Principal de gasodutos de distribuição,
e que cabe à Arsesp, entre outras medidas, incentivar o desenvolvimento da indústria de
gás canalizado, estabelecendo normas para promover a ampliação do uso do gás com
competitividade e eficiência, a Agência, por meio da Deliberação nº 211/2011,
estabeleceu as condições para autorização de projetos de prestação dos serviços de
distribuição de gás canalizado por redes locais.
Redes Locais: De acordo com o §1° do Art. 1° da Deliberação Arsesp 211/2011 definiu-se
redes locais como o conjunto de dutos e demais equipamentos de distribuição que estão
isolados do Sistema Principal de Distribuição da concessionária, atendendo a unidades
usuárias.
A referida Deliberação estabeleceu as condições para que as concessionárias
interessadas em expandir a rede de gás canalizado a localidades distantes do Sistema
Principal de gasodutos de distribuição apresentem seus projetos estruturantes para
avaliação pela Agência Reguladora, que por sua vez, após análise criteriosa, decide
sobre a autorização da execução do projeto de Rede Local, podendo sugerir alterações,
ou, mesmo indeferir o projeto.
Convencionalmente, as companhias investem primeiro na construção de sistemas e
subsistemas de distribuição de gás canalizado a partir das ETCs (Estações de
Transferência de Custódia) próximas aos gasodutos de transporte de gás natural, de onde
partem com as redes de alta e média pressão até os principais polos de consumo,
conectando, de imediato, os clientes com volumes mais representativos, termelétricas e
grandes indústrias, para então expandir a rede de distribuição até os segmentos de
usuários com menor consumo e maior capilaridade.
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O modelo proposto pela Arsesp na Deliberação nº 211/2011 possibilita que os altos
investimentos na construção das redes primárias, normalmente compostos por extensas
redes de tubulações de aço, sejam postergados para um momento em que o mercado de
gás local esteja consolidado, evitando assim que todos os usuários da área de concessão
paguem antecipadamente pela infraestrutura ou venha a correr riscos de pagar por
stranded costs1.
Nos projetos estruturantes de Rede Local em operação, o gás natural é retirado em algum
ponto existente da rede na própria área de concessão, então é comprimido e transportado
até o ponto de recepção da concessionária e, depois disso, é descomprimido e inserido
na rede local de distribuição para então ser disponibilizado aos usuários do serviço
público conectados àquele sistema isolado.
A figura a seguir representa o modal de suprimento dos projetos estruturantes de rede
local:
Em áreas greenfield, nas quais ainda existem grandes distâncias entre os pontos de
consumo e a rede de distribuição de gás, é essencial haver mecanismos como a Rede
1 São os custos irrecuperáveis incorridos por uma empresa de serviços públicos por causa de mudanças nos
regulamentos, mudanças imprevistas do mercado, ou ociosidade das instalações.
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Local para a expansão do mercado. Dentre as vantagens da Rede Local em relação aos
gasodutos convencionais, estão:
i. Antecipação na disponibilização do energético em face da menor necessidade de
obras de construção;
ii. Menor investimento inicial;
iii. Flexibilidade de adequação à demanda;
iv. Possibilidade de levar o gás para localidades de difícil acesso;
v. Interiorização do uso do gás;
vi. Possibilidade de suprimento por biometano;
vii. Vetor de crescimento de mercado;
viii. Menor impacto nas tarifas;
ix. Menor risco de investimento em caso de queda de demandas.
4. MECANISMO DE AUTORIZAÇÃO DOS PROJETOS E LIMITES DE REPASSE ÀS TARIFAS
O cerne da Deliberação nº 211/2011 está na possibilidade da repartição dos custos
inerentes às atividades de abastecimento do sistema local com todos os usuários de gás
canalizado da respectiva área de concessão, ou seja, o custo relativo às atividades de
compressão, transporte e descompressão do gás, ou mesmo, a liquefação, transporte e
regaseificação para suprimento dos respectivos sistemas de rede local sejam
compensados na forma de parcela adicional ao preço do gás e do transporte e repassado
ao mix do gás e do transporte de todos os usuários da concessionária.
O limite dos custos de repasse às tarifas, definido na referida norma, está limitado a um
percentual do custo total da aquisição do gás e do transporte no ano calendário anterior
para cada concessionária, ou seja, é realizado o levantamento de quanto a
concessionária desembolsou no ano anterior com compra de gás e transporte junto aos
supridores, e então calculado quanto a distribuidora poderá despender com a logística
para atendimento de redes locais no ano regulatório seguinte.
Como os custos serão rateados na tarifa de todos os usuários da concessão, é premente
a fixação de um limite máximo aceitável desses custos para não impactar na tarifa.
O limite de repasse dado pela deliberação 211/11 é distinto para as três distribuidoras, e
está estabelecido da seguinte forma:
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1% do custo total com aquisição de gás e transporte para a Comgás, e 3% para as
concessionárias Gás Natural São Paulo Sul (Naturgy) e Gás Brasiliano Distribuidora,
podendo chegar a 3,9% para as duas últimas, com aprovação prévia pela Arsesp.
Anualmente, por ocasião do reajuste das tarifas das concessionárias, a Arsesp totaliza os
gastos dispendidos com atendimento às redes locais em operação e, observados os
limites, adiciona a parcela de redes locais ao custo do gás e do transporte ao reajuste das
tarifas dos usuários.
Necessariamente, os projetos estruturantes de Rede Local propostos pelas
concessionárias devem atender aos quesitos mínimos obrigatórios estabelecidos pela
Arsesp, dentre os quais destacamos: justificativas para inclusão do projeto; estudo de
mercado; volumes previstos, levando em conta o crescimento vegetativo e a estimulação
em razão da chegada do serviço de distribuição de gás canalizado; custo estimado dos
serviços contratados; cronograma de realização das obras da Rede Local e das obras de
interligação ao Sistema Principal de Distribuição; Estudo de viabilidade econômico-
financeira do projeto de Rede Local e da interligação.
Cumpre a Arsesp avaliar a viabilidade econômico-financeira dos projetos propostos, e a
razoabilidade dos investimentos previstos, sendo que uma premissa para a aprovação
dos projetos é a previsibilidade de interligação da Rede Local ao Sistema Principal de
gasodutos de distribuição da concessionária. Esse condicionante está alinhado ao objeto
do contrato de concessão, no qual as concessionárias têm o direto à exploração dos
serviços públicos de distribuição de gás canalizado.
Sempre que a Arsesp julgar necessário poderá ainda solicitar informações complementares ou estudos mais detalhados que tragam precisão e segurança na análise dos projetos. 5. QUADRO ATUAL E PROPOSTA DE APERFEIÇOAMENTO
A regulação para os projetos de Rede local de Gás Natural no Estado de SP manifesta-
se, sobretudo, pela Deliberação 211/2011, entretanto, o contrato de concessão das
distribuidoras Gas Brasiliano e Gas Natural São Paulo Sul, prescreve na Cláusula
Vigésima Primeira - Disposições Transitórias:
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II. a CONCESSIONÁRIA poderá implantar, em caráter provisório, sistemas de propano-ar em regiões distantes de Estações de Transferência de Custódia, nos prazos e demais condições regulamentadas na correspondente autorização prévia a ser emitida pela CSPE.
Em conformidade com essa previsão contratual, a Comissão de Serviços Públicos de
Energia (CSPE), atual Arsesp, editou as Portarias CSPE 395/2005 e 491/2007 que
autorizam, entre outras condições, o atendimento por GNC e GNL.
A citada portaria 395/05 estabelece a criação do Segmento de Usuários GNC, com tarifa
definida pela Agência, e no caso do GNL a tarifa pode ter repasse em separado dos
demais segmentos de usuários, além da necessidade de prévia autorização, com seus
prazos e condições, e do gás pertencer ao portfólio da distribuidora. Por seu turno, a
portaria 491/2007 apenas apresenta o valor das margens de distribuição para a prestação
dos serviços ao Segmento de GNL, com a prescrição de reajustes anuais.
Desde a publicação das regras para aprovação dos projetos de Rede local em 2011, 13
(treze) projetos foram submetidos à avaliação da Agência, dos quais, oito estão em plena
operação. A Deliberação assume como premissa que o projeto de Rede Local é
transitório, devendo ocorrer sua interconexão com o Sistema Principal, sob
responsabilidade da distribuidora, em prazo que deve ser analisado caso a caso, e deve
ser cumprido pela Concessionária.
O quadro a seguir relaciona os projetos de Rede Local submetidos para avaliação da
Agência. Os números expressam as estimativas de volume, investimento e extensão, já
considerando a interligação:
Concessionária Projeto Deliberação Volume (mil
m³/dia) Investimento (Milhões R$)
Extensão (Km)
Comgás
Analândia 543/2014 360 25 20
Campos do Jordão 590/2015 1620 179 85
Guarujá 631/2016 1600 65 13
Atibaia-Jarinu 709/2017 570 26 26
Rod. Bandeirantes 710/2017 260 13 17
Mococa 750/2017 914 101 78
Eng. Coelho Arquivado - - -
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Rio das Pedras Arquivado - - -
Gas Brasiliano
Catanduva 656/2016 895 54 69
Bebedouro 735/2017 2234 64 105
Orlândia 921/2019 540 58 59
São José do Rio Preto Em análise - - -
Naturgy Não específico Arquivado - - -
Seis projetos em operação estão localizados na área de concessão da Comgás, esses
projetos em 2018 responderam por cerca de 30% do montante de repasse permitido à
concessionária. Dois outros projetos estão na área de concessão da GBD, que por sua
vez, ocuparam cerca de 50% do limite de repasse. A GNSPS ainda não teve projeto
aprovado pela Arsesp, portanto, dispõe da totalidade do limite para utilizar. Todos os
projetos são atendidos por GNC proveniente da própria área de concessão. Extrai-se
dessa informação que há espaço para mais projetos, sem necessidade de alterar os
atuais percentuais de limite de repasse.
Considerando o arcabouço regulatório atual, o aprendizado ao longo dos oito anos de
vigência da deliberação 211, a importância do incentivo ao desenvolvimento e ampliação
das redes locais, o acesso ao GNL com preços mais competitivos, e o contexto do “Novo
Mercado de Gás” proposto em âmbito Federal, denota-se que não é necessário romper
com o modelo atual, e sim possibilitar maior abertura para diversificação de projetos,
especialmente aqueles cujo suprimento de gás não vem da própria área de concessão.
Oportunamente, esta revisão busca ainda padronizar o formato de apresentação dos
projetos, o que possibilitaria mais assertividade na análise e autorização pela Agência.
Em suma, as principais mudanças propostas pela Arsesp nessa revisão estão elencadas
a seguir:
a. Possibilitar que o suprimento de gás para atendimento às redes locais não seja
restrito ao gás da própria área de concessão;
b. Possibilitar o suprimento de gás para atendimento às redes locais de outra
distribuidora, em área contígua à concessão, desde que haja previsão para a
construção de rede de interligação;
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c. Possibilitar o suprimento de GNL (Gás Natural Liquefeito) para atendimento às
redes locais, advindo de área diversa da área de concessão, desde que haja
previsão para a construção da rede de interligação, e demonstrada a razoabilidade
econômica;
d. Possibilitar e formalizar o atendimento por redes locais a agrupamento de
municípios (cluster de municípios);
e. Padronizar e estabelecer os documentos necessários a análise prévia para
autorização dos projetos de rede local pela Arsesp;
f. Enfatizar o conceito que, investimentos e despesas realizadas pelas próprias
concessionárias para atendimento às redes locais não serão reconhecidos para
cálculo da margem de distribuição, por conseguinte, não serão repassadas as
tarifas dos usuários;
g. Determinar que, os critérios para a análise da viabilidade econômico-financeira dos
projetos de rede local, considerarão o WACC regulatório e demais regras de
cálculo tarifário vigentes à época em que os projetos são submetidos para
autorização pela Arsesp;
Ademais, algumas definições visam o aprimoramento da regulação dos Projetos de Rede
Local:
Cluster - Ainda que a Arsesp tenha realizado, no âmbito da Deliberação 211, avaliações
de projetos de redes locais considerando agrupamentos de municípios, tal Deliberação
não é explícita quanto à possibilidade de um mesmo projeto abarcar um conjunto de
municípios. Essa abertura poderia viabilizar a conexão de usuários de municípios
limítrofes, que analisados isoladamente, não resultariam como viáveis. Adicionalmente, o
tempo para interligação passa a ser considerado em razão do mercado estimado para o
cluster, ao longo de todo o prazo projetado.
Gás de outra distribuidora - A aplicação dos termos da Deliberação Arsesp 382/05 que
trata da compra e venda de gás entre distribuidoras, pode ser um elemento facilitador do
desenvolvimento de redes locais em regiões contíguas a de outras concessionárias, para
tanto, vislumbra-se casos de redes locais em áreas limítrofes, onde possa ser mais
econômico o suprimento de gás vindo de área distinta da concessão, de que contratar os
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serviços de compressão, transporte e descompressão de GNC. A proposição incentiva
mais projetos de redes locais ao permitir o suprimento de gás possivelmente mais
competitivo em regiões específicas.
GNL e Biometano – O Atendimento às redes locais a partir de terminais de GNL e modal
de transporte rodoviário poderá ter preços competitivos, bem como atingir regiões mais
distantes onde o suprimento por GNC se mostraria inviável. A flexibilização da origem do
gás permite o acesso a modais alternativos ao GNC (GNL e Biometano) que vem
ganhando espaço em âmbito nacional, podendo ser menos custoso dependendo das
condições específicas de rota de cada projeto. Os benefícios de um custo menor de
suprimento poderiam ser considerados em termos do mix da concessão, no projeto
individual reduzindo as necessidades de repasses na conta gás e transporte.
Padronização – Visando a dar maior precisão quanto ao formato e as informações
mínimas necessárias aos projetos de Rede Local submetidos para análise e autorização
da Agência, este item também está sendo revisitado com informações mais detalhadas e
precisas, possibilitando maior compreensão e celeridade na análise dos projetos.
Repasse - Uma vez que cumpre às concessionárias a exploração dos serviços públicos
de distribuição de gás canalizado, e sendo as redes locais transitórias, a Arsesp não
reconhece investimentos em compressão, liquefação, transporte, descompressão e
regaseificação, tanto de GN como de biometano, para efeito de revisão tarifária das
distribuidoras. Do mesmo modo, as despesas com a contratação desses serviços não são
reconhecidas pela Agência como despesas operacionais das concessionárias, portanto
não podem ser repassadas às tarifas na forma de OPEX.
6. CONCLUSÃO
A Deliberação nº 211/2011 da Arsesp tem possibilitado levar o serviço público de
distribuição de gás canalizado para localidades do estado de São Paulo que dificilmente
contariam com rede de gás canalizado no modelo regulatório tradicional, que requer
volumes mínimos suficientes para a construção de gasodutos com viabilidade econômica.
Esta modalidade de prestação de serviço promove a alocação eficiente dos recursos e a
prática de tarifas adequadas, na medida em que os usuários destas redes locais têm a
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mesma tarifa dos demais usuários da área de concessão, além de fomentar novos
mercados por meio dos clientes âncoras, atrair a chegada de novos usuários para a
localidade, promover o uso do gás natural como fonte energética, possibilitando a
conexão da Rede Local ao Sistema Principal de distribuição de gás natural da
concessionária no momento oportuno do amadurecimento do mercado local.
O aperfeiçoamento proposto nessa revisão atende às demandas recebidas dos usuários e
das distribuidoras quando da consulta pública da Agenda Regulatória da Arsesp para o
biênio 2019-2020.
Pelos motivos expostos, sugerimos a abertura de Consulta Pública.
Segue anexa a esta Nota Técnica, a minuta de Deliberação da matéria em epígrafe.
DIRETORIA DE RGULAÇÃO TÉCNICA E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
DISTRIBUIÇÃO DE GÁS CANALIZADO
São Paulo, 20 de Dezembro de 2019
Anapaula Fernandes da Rocha Campos
Diretora de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Distribuição de Gás Canalizado
Maria Regina Rocha
Superintendente de Regulação de Gás Canalizado
Eliesio Francisco da Silva Especialista em Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos
Código para simples verificação: 4d02923f801933ce. Havendo assinatura digital, esse código confirmará a sua
autenticidade. Verifique em http://certifica.arsesp.sp.gov.br