aproximacion a las biografias ... - teresianum.net · fundaciones no fueron publicadas hasta 1610...

42
APROXIMACION A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS FORTUNATO ANTOLIN Las primeras «Informaciones» La Descalcez carmelitana primitiva no tuvo mucha pre- ocupación por escribir su historia. Buena prueba de ello es que hasta muy entrado el siglo XVII no vieron la luz la Historia del P. Jerónimo de San José, prontamente retirada de la circulación por orden de los Superiores, y la Reforma de los Descalzos de Nuestra Señora del Carmen de Francisco de Santa María, publicada en dos tomos en Madrid en 1644 y 1655 respectivamente. Con todo hay que notar que los tra- bajos no tardaron tanto en comenzarse. Fue Santa Teresa la primera en dejarnos en sus Fundaciones principalmente no- ticias sobre los conventos primitivos. Es verdad que las Fundaciones no fueron publicadas hasta 1610 en Bruselas y no completas. Pero es bien sabido que las copias de la Autobiografía, Camino de Perfección, Moradas y Fundaciones se difundieron y leyeron1. Más adelante la Orden comenzó a recoger testimonios sobre los religiosos y religiosas que hubiesen resplandecido por su ejemplaridad y virtudes. Fue algo que se hizo pronto, pudiendo comprobarse la existencia de esas investigaciones ya en 1603. El Definitorio General había dado orden a los Provinciales, con facultad de delegar en otros religiosos de 1 Cf. F ortunato D e J esús S acramentado , Influjo de los escritos teresianos antes de la beatificación de la Mística Doctora, en Epheme- merides carmeliticae 21 (1970) 354-408. Que tuvieron copia de las Funda - ciones tanto Ribera como Yepes consta por el testimonio del Dr. Sobrino: «Este es el original de donde las sacaron la vida de nuestra santa Madre, así el reverendísimo Obispo de Tarazona, como el P. Francisco de Ribera». Cf. BMC, 5, xxix.

Upload: hadieu

Post on 21-Sep-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

APROXIMACION A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS

FORTUNATO ANTOLIN

Las prim eras «Inform aciones»La D escalcez c a rm e lita n a p rim itiv a n o tuvo m u c h a p re ­

o c u p a c ió n p o r e sc r ib ir su h is to ria . B u en a p ru e b a de ello es q u e h a s ta m u y e n tra d o el sig lo X VII n o v ie ro n la lu z la H istoria del P. Je ró n im o de S an José, p ro n ta m e n te r e t i r a d a de la c irc u la c ió n p o r o rd e n de los S u p e rio re s , y la R e fo rm a de los D escalzos de N uestra Señora del Carm en de F ra n c isc o d e S a n ta M aría , p u b lic a d a e n d o s to m o s en M ad rid e n 1644 y 1655 re sp e c tiv a m e n te . C on to d o h ay q u e n o ta r q u e los t r a ­b a jo s n o ta rd a ro n ta n to e n co m en za rse . F u e S a n ta T e resa la p r im e ra en d e ja rn o s e n su s F u n d a cio n es p r in c ip a lm e n te n o ­tic ia s so b re lo s c o n v e n to s p r im itiv o s . E s v e rd a d q u e la s F u n d a c io n es n o fu e ro n p u b lic a d a s h a s ta 1610 en B ru se la s y n o c o m p le ta s . P e ro es b ie n s a b id o q u e la s c o p ia s d e la A utobiografía , C am ino de Perfección, M oradas y F u n d a c io n es se d ifu n d ie ro n y le y e ro n 1.

M ás a d e la n te la O rd en c o m en zó a re c o g e r te s tim o n io s so b re los re lig iosos y re lig io sas q u e h u b ie se n re sp la n d e c id o p o r su e je m p la rid a d y v irtu d es. F ue a lgo que se h izo p ro n to , p u d ie n d o c o m p ro b a rse la ex is ten c ia de esas in v e s tig a c io n e s ya e n 1603. E l D efin ito rio G en e ra l h a b ía d a d o o rd e n a los P rov incia les, co n fa c u lta d de d e leg a r en o tro s re lig io so s de

1 Cf. F o r t u n a t o D e J e s ú s S a c r a m e n t a d o , Influjo de los escritos teresianos antes de la beatificación de la Mística Doctora, en Epheme- merides carmeliticae 21 (1970) 354-408. Que tuvieron copia de las Funda­ciones tanto Ribera como Yepes consta por el testimonio del Dr. Sobrino: «Este es el original de donde las sacaron la vida de nuestra santa Madre, así el reverendísimo Obispo de Tarazona, como el P. Francisco de Ribera». Cf. BMC, 5, xxix.

474 FORTUNATO ANTOLIN

su s p ro v in c ia s re sp e c tiv a s , de h a c e r e s ta s in fp rm a c io n e s . Así el p a d re A lonso de Je sú s M aría , p ro v in c ia l e n to n c e s de C astilla la N ueva y m á s a d e la n te d o s veces g e n e ra l d e los D e sc a lz o s C a rm e lita s , d e le g ó e n el p a d r e E l ia s d e S a n M artín , p r io r de P a s tra n a , q u e las h izo e n U clés. E l P. D iego de Je sú s (S a lab lan ca ), la s h izo e n P a s tr a n a e n a g o s to d e 1603. E n tre los re lig io so s ex am in ad o s se h a lla n el P. J u a n E v angelis ta , socio de F ra y J u a n de la C ruz, el fa m o so m a e s ­tro de nov ic ios A ngel de S an G abrie l, etc. E n la P ro v in c ia de A n d a lu c ía d e c la ró fra y D iego de la C o n cep c ió n , n o v ic io y sú b d ito del S a n to en G ra n a d a 2. E n C astilla la V ieja d e c la ró L ucas de S a n José , q u e estuvo co n el S a n to en S egov ia3. L as in v e s t ig a c io n e s se h i c i e r o n , s i n d u d a , e n t o d a s l a s P ro v in c ias de la O rd e n e n E sp a ñ a , e in c lu so e n P o r tu g a l4. C om o e ra de e sp e ra r , se h a lla n e log ios d e lo s p r in c ip a le s fra iles m u e rto s h a s ta en to n ces , co m o del P. N ico lás D oria , de A gustín de lo s R eyes, del H e rm a n o D iego, del P. A n to n io de Je sú s (H ered ia ) y ta m b ié n de S an J u a n de la C ruz, del q u e a lg u n o re c o rd a rá su s m ilag ros.

U n a b u e n a o c a s ió n p a r a re c o g e r n o t ic ia s s o b re S a n J u a n d e la C ru z f u e e l n o m b r a m i e n t o d e l c a r g o de H is to r ia d o r G e n e ra l. R ecay ó e s te n o m b ra m ie n to e n el P. Jo sé de Je sú s M a ría (Q u iroga). U na e lecc ió n p e rso n a l del P. E lias de S an M a rtín h a c ia 1597. E l P. Q u iro g a tr a tó de in ­fo rm a rse b u sc a n d o la s n o tic ia s en b u e n a s fu en tes. P a ra ello h izo v ia jes d iv erso s e n tre ellos a A n d a lu c ía d o n d e h a b ía re lig iosos a n tig u o s q u e h a b ía n to m a d o p a r te e n los a su n to s de la D escalcez. S eg ú n el P. Jo sé de S a n ta T eresa , h is to r ia ­d o r g en e ra l el p a d re Q u iro g a « b a jó ... a la A n d a lu c ía , s a ­b ie n d o a b u n d a r e n to n c e s de re lig iosos m u y a n tig u o s y c a ­p aces y q u e h a b ía n tra íd o e n tre m a n o s la m a sa de los p r i ­m e ro s s u c e s o s . E l lo s y la s m o n ja s d e B e a s , G r a n a d a , C ó rd o b a y Sevilla le d ie ro n ta le s n o tic ia s q u e p u d o vo lver m u y ric o de ellas a C a s til la » 5. C om o se ve, so n lu g a re s en

2 Cf. su declaración en BMC, 13, 354-356.3 Cf. BMC, 13, 357-359.4 Cf. Biblioteca Nacional de Madrid [BNM], ms.3537, fol.28.5 Cf. José D e S a n t a T e r e s a , Reforma de los Descalzos de Nuestra

Señora del Carrrien, L.XVII, cap. 25, n. 3, Madrid, 1684. Ciertamente pode­mos com probar su estancia en Granada y probablem ente en Ubeda y

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 475

los q u e vivió o estuvo el S an to , y es de su p o n e r q u e n o d e ja ­r ía de p re g u n ta r so b re f ra y J u a n de la C ru z6. A d em ás, a m a n o de Jo sé de Je sú s M a ría v in ie ro n a p a ra r a lg u n as de la in fo rm a c io n e s h e c h a s e n 16037, y él m ism o p e d ir ía n o tic ia s s a n ju a n i s t a s 8.

E s ta s in v e s tig a c io n e s m a n d a d a s p o r el D e fin ito r io te ­n ía n u n c a rá c te r am plio : los c a rm e lita s d ignos de m e m o ria . E n re la c ió n a S a n J u a n de la C ruz se d io u n p aso a d e la n te c o n la s in v e s t ig a c io n e s e x c lu s iv a s y d i r e c ta s s o b r e él. C o n sta q u e el P. A lonso d e Je s ú s M a ría , s ie n d o g e n e ra l, m a n d ó c o n p re c e p to se d ijese lo que se su p iese so b re s u s m ila g ro s 9. P ero fue el g e n e ra l Jo sé de Je sú s M aría (M artín ez ) q u i e n d e u n a m a n e r a m á s d i r e c t a e m p r e n d e r ía la s g estio n es p a ra la b e a tif ic a c ió n de f ra y J u a n , c o m e n z a n d o p o r la re c o g id a d e n o tic ia s . E l 14 de m a rz o de 1614, e n el p r im e r a ñ o d e su g e n e r a la to , e s c r ib ió d e s d e A lc a lá d e H e n a re s u n a c a r ta a los P ro v in c ia les en la que d e sp u é s de e n u m e ra r los p ro v ech o s de la n o tic ia de las v idas e d if ic a n ­te s de los re lig iosos, co n tin ú a : «U no de esto s fu e n u e s tro ve­n e ra b le p a d re F r. J u a n d e la C ruz, u n a y la p r in c ip a l de las d o s co lu m n a s so b re q u e N u e s tro S e ñ o r levan tó n u e s tra re ­fo rm a c ió n y d escalcez, cu y a v id a y o b ra s m arav illo sas so n b ie n n o to r ia s en n u e s tra R elig ió n y fu e ra de ella. P a ra q u e

Málaga. Cf. F o r t u n a t o D e J e s ú s S a c r a m e n t a d o , El P. José de Jesús María y su herencia literaria. Burgos, 1971, p. 11-12.

6 Bartolomé de San Basilio le escribe a Granada sobre la enfermedad del Santo. Cf.BMC, 13, 394-396.

7 En las informaciones hechas en Bolarque por mandato del P. Alonso de Jesús María, afirma Melchor del Santísimo Sacramento en 4-XI-1603 haber hecho las informaciones junto con el P. Bernardo de la Concepción y «enviamos todos los papeles, los cuales tengo noticia vinieron a manos del padre Joseph de Jesús María, que ahora es prior de nuestro convento de Toledo». Cf. BNM. Ms. 3537, fol. 180.

8 Así, por ejemplo, a Beatriz de Jesús, que se los envía desde Ocaña en 13 de noviembre de 1607. Cf. BMC, 13, 360.

9 Cf. la declaración de Bartolomé de San Basilio el 20 de mayo de 1514: «Conocí al padre fray Juan de la Cruz desde que fue de la Pefiuela enfermo a Ubeda hasta que murió; y acerca de todo lo que sé de sus mila­gros tengo dicho en otra ocasión que nuestro padre General pasado mandó que se dijese con un precepto». El General pasado era el P. Alonso de Jesús María. No parece que Alonso de Jesús María fuera tan frío en relación con el Santo como alguien asegura. La declaración en BMC, 13, 380.

476 FORTUNATO ANTOLIN

és ta s se a v e r ig ü e n y se p a n , m e h a p a re c id o n e c e s a r io se h a g a de e llas u n a in fo rm a c ió n ju r íd ic a , p o rq u e el tie m p o n o sep u lte co sas ta n m arav illo sas . P a ra eso envío a V.R. esos p o d e re s y in te rro g a to r io s y u n a s in s tru c c io n e s e n q u e se d a la fo rm a có m o se h a y a de h a c e r10. E l G en era l m a n if ie s ta su d eseo de que se h a g a n p ro n to la s in fo rm ac io n es , y p o r eso p e rm ite d e leg a r e n o tro s p u e s «en la ta rd a n z a h ay p e lig ro de m o r i r s e a lg ú n te s t ig o . . . la b re v e d a d e n e s ta d i l ig e n c ia im p o r ta m u c h o y q u e se c o m ie n c e lu eg o , y v á y a m e V.R. a v isan d o de lo q u e se fu e re h a c ie n d o » 11. P a ra fa c ili ta r el a su n to en v iab a u n a in s tru c c ió n p a ra h a c e r la s in fo rm a c io ­n es de la v ida, s a n tid a d y m ilag ro s del S an to . P o r el te n o r de la in s tru c c ió n se ve q u e n o se t r a ta de u n a in v es tig ac ió n case ra , s in o de c a rá c te r p ú b lico . In fo rm a c io n e s q u e se h a ­b ía n de h a c e r a n te los O rd in a rio s y ta m b ié n en los c o n v e n ­tos. E n é sto s se re c o g e ría n las in fo rm a c io n e s de los re lig io ­sos y re lig io sas y el p r io r o p r io ra m a n d a r ía n la s d e c la ra ­c io n es en u n p lieg o a l p ro v in c ia l, q u ie n ju z g a r ía d e l v a lo r de las re sp u e s ta s , m ira n d o a u n a u l te r io r d e c la ra c ió n o fi­cial. E l G en era l m a n d a b a u n a lis ta de p e rso n a s q u e h a b ía n c o n o c id o al S a n to e n las d iv e rsas c iu d ad es . E ra n a tu ra l que u n a in v estig ac ió n h e c h a a fo n d o a nivel de O rd en a p o r ta r ía n o tic ia s in te re sa n te s so b re la v id a de F ray J u a n de la C ruz.

H a n lleg ad o h a s ta n o s o tro s a lg u n a s d e c la ra c io n e s h e ­ch as p o r este tiem p o . M a ría de la E n c a rn a c ió n e n 30 de o c ­tu b re de 1614 d esd e C o n su e g ra 12, M artín de S a n Jo sé d e sd e B a e z a 13, J u a n a d e la C ruz y L e o n o r de la M ise ric o rd ia d esd e P a m p lo n a 14, M a r ía d e J e s ú s d e s d e L e r m a 15, M a r ía d e l S a c ra m e n to , q u e esc rib e d e sd e C a ra v a c a al P. A lo n so d e Je sú s M a ría 16, M a rtín de la A sunc ión d esd e B aeza e n 26 de

10 Cf. BMC,13, 313." Ibidem , p. 314. De hecho el P. José de Jesús María ya el 13-XI-1613

ante el notario público de la Audiencia episcopal de Toledo en Madrid constituye oficialmente a los provinciales de las Provincias de la Reforma en España, delegados y procuradores suyos para el proceso sanjuanista.

12 Cf. BMC, 13, 368-370,13 Cf. BMC, 13, 377-379.14 Cf. BMC, 13, 408-409.15 Cf. BMC, 13, 410-411.16 Cf. BMC, 13, 412-414.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 477

ab ril de 161417. E l P. B e rn a rd o de los R eyes re sp o n d e el 10 d e a b r il al p re c e p to d e l p ro v in c ia l , G a b r ie l d e C r is to 18, m ie n tra s q u e A na de S an A lberto re sp o n d e al p re c e p to de A lonso de Jesú s M a r ía 19. N o fu e ro n los ú n ic o s casos.

T o d a s la s n o t ic ia s re c o g id a s e n e s ta s in v e s t ig a c io n e s p rev ias se v e rían a m p lia m e n te a u m e n ta d a s en los d o s p r o ­cesos del S an to . T u v ie ro n lu g a r e s to s p ro ceso s , el p r im e ro e n 1615 a 1618, e x a m in á n d o s e te s t ig o s e n M e d in a d e l C am po , C arav aca , Segovia, Avila, Ja é n , B aeza , U beda, Al- c a u d e te , M álaga y B eas. E l p ro ceso ap o stó lico tu v o lu g a r en 1627 y 1628 c o n in fo rm a c io n e s e n Jaén , U beda, B aeza , G ra ­n ad a , M álaga, Segovia y M ed in a del C am po. G rac ias a D ios to d a v ía se co n se rv a n m u c h o s de e sto s p ro ceso s. L a v id a de S an J u a n de la C ruz c o n ta b a as í co n u n m a te ria l de p r im e ra m a n o , q u e c ie r ta m e n te n o q u e d a ría d e s a p ro v e c h a d o 20.

L as n o tic ia s re fe ren te s al R e fo rm a d o r del C arm elo ib a n in te re sa n d o e n la m e d id a q u e se d ifu n d ía la fa m a de su sa n tid a d y m ilag ros. T o d a v ía q u e d a n a lg u n o s e n sa y o s de la v id a del S a n to e n b rev es p á g in a s21. Poco a p oco se lle g a r ía a las m e n c io n es ex p resas, p r im e ro o c a s io n a lm e n te , d e s p u é s ex p r o fe s s o . L o s d o s p r im e r o s b ió g ra fo s te r e s ia n o s r e ­c u e rd a n , c ie r ta m e n te de p aso , a J u a n de la C ruz. R ib e ra se a tie n e a lo q u e d ice S a n ta T e re s a e n la s F u n d a c io n e s 22. D iego de Y epes, m á s expresivo , h a b la n d o del e n c u e n tro de a m b o s S a n to s en M ed in a del C am po, escribe : «Luego co m o la S a n ta le h ab ló , co m o b u e n a la p id a r ia co n o c ió los q u i la te s y la e s tim a de aq u e lla p e r la p re c io sa y p a rec ió le lo q u e e ra y qu e él so lo le b a s ta b a p a ra p r im e ra p ie d ra del m o n a s te r io

17 Cf. BMC, 13, 421.18 Cf. BMC, 13, 420.19 Cf. BMC, 13, 421. Otros testimonios en el mismo volumen de la

BMC.20 Para una información más amplia de los procesos, puede verse al P.

Silverio de Santa Teresa en BMC: Obras de San Juan de la Cruz, Burgos 1931, BMC, 14, vii-xviii.

21 En la Biblioteca Nacional de Madrid se conserva m anuscrita una vida del Santo en ms. 12.738, p .l 197-1200. Otro resumen en latín en p. 977- 979.

22 Cf. F. R ibera, La Vida de la Madre Teresa de Jesús, Salamanca, 1590, L. II cap. 10.

478 FORTUNATO ANTOLIN

qu e q u e r ía h a c e r» 23. O tro b ió g ra fo te re s ia n o , el r p r im e r c a ­p e llá n de S an Jo sé d e Avila, Ju liá n de Avila, q u e co n o c ió a fray Ju a n , escribe : «El p a d re fray J u a n de la C ruz es e n ex­tre m o h u m ild e y am ig o de m o rtif ic a c io n e s y p o b re z a y d e ­se o so d e la s a lv a c ió n d e la s a lm a s , y e s to h a m o s t r a d o g ra n d e m e n te e n to d o aq u e llo q u e le h a n p u esto . S i de sus v irtu d es h u b ie ra d e h a b la r aqu í, tu v ie ra m u c h o q u e d ec ir» 24.

VIDAS IM PRESAS

1. Prim eras biografíasP o r e x trañ o q u e p a re z c a la p r im e ra v id a de sa n J u a n de

la C ruz de c ie r ta ex ten sió n se p u b lic ó e n la b io g ra f ía del h e rm a n o del S an to , F ra n c isc o de Y epes, m u e rto d e sp u é s de fray Ju a n . E l P. Jo sé d e V elasco, c a rm e lita ca lzad o , q u e fue su co n fe so r e sc rib ió su v id a de la q u e se co n o cen ed ic io n es en 1616, 1617, 162425. E n el lib ro se g u n d o d e d ic a u n o s c a ­p ítu lo s a la v id a d e fray J u a n de la C ruz. U n a d ig re s ió n s a ­b ro sa . E n ella h a b la so b re el a p o s to la d o y m a g is te rio e sp ir i­tu a l, la p e tic ió n de p a d e c im ie n to s y de n o p e c a r g ra v e m e n te , t r a ta de las p e rse c u c io n e s ta n to p o r p a r te de los C arm e lita s C alzados co m o D escalzos. E n e s ta b rev e v id a se d e d ic a u n ca p ítu lo a los m ilag ro s en v ida, o tro a las v ir tu d es , n o o l­v ida el p o d e r c o n tra los d em o n io s , n i p a sa p o r a lto la s a p a ­ric io n es q u e se v e ían en M ed in a e n u n a re liq u ia d e l S a n to p o se íd a p o r F ra n c isc o de Y epes, re c o rd a n d o co m o se h a b ía im p re so u n lib ro so b re e s ta s a p a r ic io n e s c o n la in v e s tig a ­c ió n ju r íd ic a y s e n te n c ia ec lesiástica , lib ro que v en ía a se r en re a lid a d el p r im e ro d e d ic a d o a S a n J u a n d e la C ruz ,

23 Cf . Y e p e s , D., Vida, virtudes y milagros de la Bienaventurada Virgen Teresa de Jesús. Zaragoxa, 1606, L. II, cap. 17.

24 Avila, J., Vida de Santa Teresa de Jesús. Madrid, 1881, P. II, cap. 8, p. 259-260.

25 Cf. VELASCO, J., Vida y virtudes del venerable varón Francisco de Yepes, Valladolid, 1617, P. II, cap. 1-6. Véase la obra de P.M. Garrido que citamos en nota 147.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 479

a u n q u e n o a su v id a26. E l l ib ro d e V elasco, c o n su s r e p e t id a s e d ic io n e s , c o n tr ib u y ó s in d u d a a d a r a c o n o c e r la v id a a d m ira b le de l S a n to . P e ro V e lasco s a b ía b ie n q u e h a b ía m u c h o m á s q u e d e c ir . Al a c a b a r e l c a p í tu lo se x to d ice : « T am b ién es fu e rz a sa b e rse de m u c h a s m á s c o sa s d e la s qu e aq u í en su m a se h a n to c a d o e n tre n u e s tro s D escalzos, p o r h a b e r e s tad o e n tre ellos m á s de v e in te añ o s, la s c u a le s sa ld rá n p ro n to a luz , d o n d e se e n m e n d a rá n las fa lta s q u e a q u í v an»27.

P o d e m o s s u p o n e r q u e V elasco e s ta b a a l ta n to d e los tra b a jo s q u e e s ta b a n p re p a ra n d o los C a rm e lita s D e sca lzo s . De h ec h o en 1618 v e ían la lu z la O b ras del S a n to fon tive- re ñ o en A lcalá de H e n a re s . E s ta b a n c o la u d a d a s p o r d iv e r­sos ju ic io s d e p e rs o n a s c o m p e te n te s d e la U n iv e rs id a d de A lcalá. P a ra n u e s tro in te n to , q u e n o es t r a ta r de la e d ic ió n de su s o b ras , t ie n e p a r t ic u la r in te ré s la «R elación su m a r ia del a u to r de este libro y de s u v ida y v ir tu d e s»28. N o se in d ic a q u ien h a b ía e sc rito e sa R elac ión , p e ro es in d u d a b le q u e e ra o b ra de Jo sé d e Je s ú s M a ría (Q u iro g a ). A u n q u e n i el P. F lo ren c io del N iñ o Je sú s , n i G e ra rd o del N iñ o Je sú s se lo a tr ib u y e n , s í lo h ace el P. S ilverio de S a n ta T eresa , y c o n r a ­z ó n 29, co m o ex p u sim o s e n o tra o c a s ió n 30. L a o b ra n o rec ib ió la ú lt im a m a n o a n te s de 1615 p u e s h a b la de la s a p a r ic io n e s en M ed in a y la s in fo rm a c io n e s h e c h a s so b re e s te caso , lo

' q u e tu v o lu g a r e n 1 6 1 5 . M á s d if íc i l e s s a b e r c u a n d o co m en zó a co m p o n e rla . A lgunas frases h a c e n s u p o n e r q u e y a p o co d e sp u é s de 1607 e s ta b a tra b a ja n d o en la re d a c c ió n de e s ta R elación su m a ria o a l m e n o s re c o g ie n d o m a te r ia l s a n ju a n i s t a 31. La R elación su m a ria se ed itó n u e v a m e n te en la s O b ra s de l S a n to d e B a rc e lo n a , 1619. T ra d u c id a s p o r R en e G a u ltie r las o b ra s del S a n to al fran cés , tuvo p re se n te

26 Cf. V e l a s c o , Ob. cit. cap.6. Cf. Relación de un insigne milagro... en una parte de la carne del venerable P.F. Juan de la Cruz. Madrid, 1615.

27 Ibidem, p.123.28 Cf. J ua n D e L a C r u z , Obras espirituales que encaminan a una alma

a la perfecta unión con Dios. Alcalá, 1618, p. iiii-xxxiii.29 Cf. S il v e r io D e S a n t a T e r e s a en BMC, 10, 208 nota.30 Cf. F o r t u n a t o D e J e s ú s S a c r a m e n t a d o , El padre José de Jesús

María y su herencia literaria, Burgos, 1971, p. 59.31 En la página xxxi dice de Beatriz de Jesús que había m uerto «poco

ha en Ocaña». Había m uerto el dos de febrero de 1607.

480 FORTUNATO ANTOLIN

\a R elación de Q u iro g a , e n r iq u e c id a c o n nuev o s d a to s .P ocos a ñ o s d e sp u é s se p u b licó e n A m beres u ñ a S u m a de

la v ida y m ilagros del venerable padre Fray Ju a n de la Cruz, F u e e n 1625. U n v o lu m e n d e 17 x 14 cm . y 54 p á g in a s . C om o la b io g ra f ía a n te r io r , n o lle v a b a n o m b re d e a u to r . P e ro n o fa lta n ra z o n e s p a ra p e n s a r q u e el a u to r h a te n id o p re se n te u n e s c r i to d e l P. A lo n so d e la M a d re d e D io s (A stu ricense). T ra ta n d o de e s ta ed ic ió n esc rib e el d o c to P. A ndrés de la E n c a m a c ió n : «la h izo im p r im ir N .P. J u a n del E sp ír itu S an to , m u d á n d o la algo, c u a n d o p ro c u ra d o r g e n e ­ra l de R o m a» 32. P e n sa m o s p u b lic a r el m a n u sc r ito de Sego- via , c o n u n e s tu d io c o m p a ra tiv o , h a c ie n d o n o t a r q u e la a f irm a c ió n de A n d rés de la E n c a rn a c ió n n o s p a re c e ex ce­s iv a m e n te r e s t r in g id a 33. C o m o la v id a d e Q u iro g a a c o m ­p a ñ ó la ed ic ió n p rin c ip e e sp añ o la , la S u m a se p u b lic ó t r a ­d u c id a al ita lia n o e n las O b ras de 1627. A dem ás h a a c o m ­p a ñ a d o la ed ic ió n d e las o b ra s del S a n to en la v e rs ió n de A le jand ro de S a n F ran c isco .

D en tro de e sa m ism a d é c a d a a p a re c ió o tra v ida , q u e se h a b ía p e n sa d o d e b ía a c o m p a ñ a r la e d ic ió n de las O b ras del S a n to que se p u b lic a r ía n e n 1630. S u a u to r , J e ró n im o de S an José, la p re se n tó co m o u n «D ibu jo del venerable varón fray Ju a n de la Cruz». L a v id a e stá d e d ic a d a al P. J u a n del E sp ír itu S an to , g ra n d evo to de sa n J u a n de la C ruz, e n to n ­ces G enera l de la D escalcez, q u ien d io su p e rm iso p a ra la im p re s ió n el 26 de ab ril de 1629. E se m ism o a ñ o se p u b licó e n M a d rid . Al a ñ o s ig u ie n te d e n u e v o e n la s O b ra s d e l S an to . P o s te r io rm e n te e n m u c h a s de las e d ic io n e s e s p a ñ o ­las de fray J u a n 34.

E s ta s b io g ra f ía s e r a n re la t iv a m e n te b rev es . T re in ta y u n a p á g in a s la d e Q u iro g a , c in c u e n ta y c u a tro la de A m ­b e re s y c in c u e n ta y c u a tro ta m b ié n el D ibujo de Je ró n im o de S an José. A unque las tre s h a y a n tra ta d o f u n d a m e n ta lm e n te el m ism o a su n to c a d a u n o h a d ad o u n ru m b o p a r t ic u la r a la p ro p ia o b ra . E l P. Q u iro g a se fija p a r t ic u la rm e n te e n la

32 Cf. An d r é s De L a E n c a r n a c ió n , Memorias Historiales, D.n.12 en BNM ms. 12.482, fol. 64v.

33 Cf. F o r t u n a t o A n t o l in , El Padre Alonso de la Madre de Dios y su primera biografía sanjuanista, en Astorica 6 (1989).

34 Por ejemplo las de 1649, 1672, 1694, 1883, etc.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 481

v irtu d es , d o n d e p ro fe c ía y tra b a jo s del S an to . N ad a d ice de la tra s la c ió n a Segovia del c u e rp o de S an J u a n de la C ruz y su sep u lc ro . Je ró n im o de S an Jo sé se fija e n las v irtu d es , do n es, g rac ia s g ra tis d a ta s , la m u e rte del S an to , su tra s la d o a S egovia , a lg u n o s m ila g ro s d e sp u é s de su m u e r te , y r e ­cu e rd a las in fo rm a c io n e s so b re la s a p a ric io n e s en la c a rn e del S an to . A lonso de la M ad re de D ios se fija p a r t ic u la r m e n ­te en la v ida re lig iosa , la c a s tid a d , su e n fe rm e d a d y m u e rte y tra s la c ió n . E s el q u e m á s fech as cita .

2 .L a s grandes biografías p r im itiva sL as b io g ra fía s b rev es q u e a c a b a m o s de re c o rd a r c o n tr i ­

b u y e ro n , c ie rta m e n te , a la dev o ció n al S an to , p e ro , s in e m ­b arg o , to d a s se p re s e n ta b a n c o n la m a rc a de la b rev ed ad : «R elación s u m a r ia », «Sum a», «Dibujo». S e g u ra m e n te q u e al e sc r ib ir e s ta v id a b rev e p e n s a b a n en h a c e r a lgo m á s c o m ­ple to . E l P. Q u iroga , a l h a b la r del d o n de p ro fec ía , esc rib ía : «R aros so n los e jem p lo s de c a s t id a d y p u re z a , q u e a q u e l ángel e n la c a rn e d io e n su v id a y se refieren en la h is to ria . M as p a ra a q u í b a s te to c a r el q u e le su ced ió » 35. M ás a d e la n te n a r ra u n caso de p ro fe c ía y añ ad e : «O tros caso s se re fie ren a p ro p ó s ito en su h is to r ia » 36. P o r su p a rte , J e ró n im o d e S a n Jo sé h a b la n d o de lo s tra b a jo s d e l S a n to , d ice: «C om o se d e c la ra rá en su h is to r ia » 37. E s te p la n de p e r fe c c io n a r e s ta s v id as se llev aría a cab o d e u n a m a n e ra perfec ta . E n efecto , ta n to Q u iro g a c o m o J e ró n im o d e S a n Jo sé d ie ro n a la s p re n s a s , c o n n o m u c h o s a ñ o s d e d ife re n c ia , d o s v id a s a m p lia s de S an J u a n de la C ruz. C on m en o s su e rte A lonso de la M ad re de D ios h a te n id o q u e e sp e ra r a 1989 p a ra q u e se e d ita se su b io g ra fía en la E d ito ria l de E s p ir i tu a l id a d de M a d r id 38.

L a p r im e ra en v e r la p u b lic a c ió n fue la de Q u iroga , p u ­b lic a d a en 1628. Q u iro g a h a b ía sid o n o m b ra d o h is to r ia d o r

35 J o s é D e J e s ú s M a r ía , Relación sumaria, p p . xv .36 Ibidem, p . x v iii.37 J e r ó n im o D e S an J o s é , Dibujo, p .1 7 .38 C f. A l o n s o D e L a M a d r e D e D i o s , Vida, virtudes y milagros del

santo padre fray Juan de la Cruz. M a d r id , 1 98 9 .

482 FORTUNATO ANTOLIN

genera i, corno, h e m o s d ich o , en 1597. A la re c o rd a d a v isita a A n d a lu c ía h a y q u e a ñ a d ir las v isitas que h izo a los c o n ­v e n to s de C a stilla . E n e s ta s v is i ta s , d ic e J o s é d e S a n ta T eresa , a u m e n tó el c a u d a l in fo rm a tiv o « c o m u n ic a n d o m u y d esp ac io a la s a n tig u a s h ija s de n u e s tra S a n ta M a d re y a lo s p r im it iv o s q u e q u e d a b a n d e M a n c e ra , V a lla d o lid y P a s tr a n a » 39. S u o f ic io d e h i s to r ia d o r le l le v a r ía n a tu r a l ­m e n te a p ro c u ra r s e n o tic ia s so b re s a n J u a n d e la C ru z , cuyos m ilag ro s e s ta b a n en to n c e s lla m a n d o la a te n c ió n . E s c ie rto que Q u iro g a h ab ló c o n d o ñ a C lara de B e n a v id e s y q u e el P. A lonso de la M ad re de D ios (el de L in a res) d ec la ró c u a n d o Q u iro g a e s tu v o e n A n d a lu c ía 40 Al P . Q u iro g a esc rib e el P. B e rn a rd o de la C oncep c ió n e n 161441, M a ría de Je sú s d e sd e C ó rd o b a 42, y ta m b ié n d e sd e A n d a lu c ía el P. A lo n so d e la M a d re d e D io s (A s tu ric e n se )43. S e v e q u e Q u iro g a h a e s ta d o p e n d ie n te d e a c r e c e n ta r su s n o t ic ia s s a n ju a n is ta s e n p re v is ió n d e e s c r ib ir u n a v id a a m p lia del S an to .

E s ta sa lió a lu z e n B ru se las en la im p re n ta de J u a n de M eerbeck , c o n el t í tu lo H istoria de la v ida y v irtu d es del vene­rable Padre Fray lo a n de la C ruz■ E s ta b a p ro lo g a d a p o r el P. C r is ò s to m o E n r iq u e z , c r o n i s t a d e l a O r d e n d e S a n B e rn a rd o , y e s ta b a d e d ic a d a a la g o b e rn a d o ra de F la n d e s , la In fa n ta Isa b e l C la ra E u g e n ia q u e h a b ía e n c a rg a d o la im p res ió n . L a a lta p ro te c c ió n de la A rc h id u q u e sa fac ilitó c ie rta m e n te la e s ta m p a , p e ro no excusó al P. Q u iro g a de las co n secu en c ias de la v io lac ió n de lo s re q u is ito s ed ito ria le s , in te rn o s , ya q u e fa lta b a la lic en c ia de la O rden . L a M ad re B ea triz de la C o n cepción , p r io ra de las C arm elita s D e sc a lz a s de B ru se las, s in le e r la o b ra , la en v ió in m e d ia ta m e n te a l G enera l, J u a n del E sp ír itu S an to . Lo q u e n o se h a b ía h ech o an te s se h izo d e sp u és co n u n a ó p tic a q u isq u illo sa y severa. El D e fin ito rio G e n e ra l c o m e tió a lo s PP. F ra n c isc o d e la C oncepción y F ra n c isc o del S a n tís im o S a c ra m e n to la re v i­

39 J o s é D e S a n ta T e r e s a , Reforma de los Descalzos de Nuestra Seño­ra del Carmen, L. XVII, cap. 25, n. 3.

40 F. An t o l in , El P. José de Jesús María, p.12.41 Cf. BNM. ms. 738, p. 1050-1053.42 Ibidem, p. 719.43 Carta al P. José de Jesús María de 14-JV-1621 en ms. 12.738, p.609.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 483

sió n de la b io g ra fía sa n ju a n is ta . La o b ra de rev is ió n e s ta b a a c a b a d a en 30 de m a rz o de 1628. C itan d o p á g in a s y líneas, los cen so res d e n u n c ia b a n las a f irm a c io n es de Q u iro g a q u e n o c o m p a rtía n , y q u e se e x te n d ía n d esde las d o c tr in a s m ís ­tica s h a s ta lo c o n v e n tu a l y c a se ro . R e p ro c h a n a Q u iro g a h a c e r a u to ra de la R e fo rm a a la Virgeñ" y lla m a r a S a n ta T eresa s u s titu ía de la V irgen en la R efo rm a. M etid o s en lo m ístico , le r e p ro c h a n el q u i ta r la s im á g e n e s y se m e ja n z a s sen sib les p a ra la m e d ita c ió n . N o e s tá n d e a c u e rd o co n la d e sa p ro b a c ió n de los ac to s co m u n es , que la re lig ió n h a b ía in tro d u c id o , m a n ife s ta n d o su p re fe re n c ia p o r la v id a de las c a rm e li ta s d e sc a lz a s . H a c e n n o ta r a l H is to r ia d o r c ie r to s deslices e n m a te r ia s h is tó r ic a s e im p u g a n a lg u n a s a f i r m a ­c io n e s to c a n te s a la v id a in te r io r d e l S a n to , ta le s c o m o c ie rto d o n de in te g r id a d y la a u se n c ia de p ecad o s ven ia les, de ad v erten c ia . C om o e ra de e sp e ra r, no d e jan s in re p a ro la s q u e jas de Q u iro g a so b re las m a n ip u la c io n e s a q u e h a b ía n so m e tid o su v id a del H e rm a n o F ran c isco del N iño Jesú s. El ju ic io g lobal lo ex p re sa n d ic ien d o que la o b ra n o se d eb ía le e r e n las co m u n id a d e s , p u es d e sa y u d a b a a lo q u e la re li­g ión h a b ía es tab lec id o . E ra u n ju ic io sev e ro e n d e m a s ía . A lgunas de las c r ític a s n o re sp o n d e n al con tex to . N o d ec ía el P. Q u iro g a q u e el S a n to no co m e tise p ecad o v e n ia l, s in o q u e al r e la ta r el te s t im o n io d e A na M a ría , m o n ja d e la E n c a rn a c ió n , a f irm a h a b e r s id o e sc u c h a d a la p e tic ió n del S a n to e n su p r im e ra m isa , la cu a l e lla no só lo cree fue re a li­zada , s in o a u n ex ten d id a a los p e c a d o s v en ia le s d e a d v e r­te n c ia 44. O tras p u d ie ro n h a b e rla s te n id o p o r s im p les e r r a ta s de im p re n ta , co m o p o n e r la fu n d a c ió n de M an cera en 1560, d ad o q u e h a b ía co lo cad o la a n te r io r de D u ru e lo en 1568. La a f irm a c ió n de se r S a n ta T eresa s u s titu ta de la V irgen y se r la M a d re de D ios a u to r a p r in c ip a l c o r r ía im p re s a e n la R elación su m a ria de la s O b ras del S an to de 1618 y 1619. A n u e s tro m o d o de v er el ju ic io de la o b ra de Q u iro g a n o se h izo ta n to m ira n d o a la h is to r ia co m o p o r ra z o n e s de o rd e n in te r n o . E l D e f in i to r io G e n e r a l c a s t ig ó s e v e r a m e n te a Q uiroga . Le a p lic a ro n la p e n a de p riv ac ió n de voz a c tiv a y

44 Cf. L. I, cap. 49.

484 FORTUNATO ANTOLIN

p asiv a p o r d o s a ñ o s y a d e m á s le p ro h ib ie ro n e sc r ib ir m á s45.L a im p re s ió n c a u sa d a en los S u p e rio re s p o r é s ta b io g ra ­

fía d e Q u iro g a fu e f r a n c a m e n te d e s a g ra d a b le , p e n s a n d o in c lu s o a c u d i r a la In q u is ic ió n p a r a q u e la p ro h ib ie ra . E s c r ib ie n d o J u a n d e l E s p í r i tu S a n to a l P. D o m in g o de Je sú s , c a rm e lita d e sc a lz o fra n c é s , le d ec ía : «Q uia m a lu m is tu d foris etiam , u t ais, serpit, e idem q uoque fo ris occurren- d u m est, ca ven d u m q u e n o n so lu m ne iteru m liber ille sive h is ­p an o sive q u o c u m q u e alio id iom ate edatur, sed e tia m u t nec p rim a illa bélgica excussio (si fieri p o ssit) invalescat, sed o m - n in o (O rdine ad T ribuna l acclam ante) p ro h ib e a tu r»46. N o sa ­b em o s si los S u p e rio re s h ic ie ro n de h e c h o a lg u n a s g e s t io ­nes an te la In q u is ic ió n e sp añ o la , p e ro sí q u e la s h ic ie ro n co n la C o n g reg ac ió n i ta lia n a 47.

P ero e n vano . E l lib ro del P. Q u iro g a se re e d ita b a c o n el m ism o fo rm a to e id é n tic a s c a ra c te r ís t ic a s en B ru se la s en 1632. P oco d e sp u é s fu e tra d u c id o al ita lia n o p o r N ico ló Cid y e d ita d o en B resc ia e n 1638. E l m ism o a ñ o se p u b lic a b a la v e rs ió n fra n c e sa de E liseo d e S an B ern a rd o , y c u a tro añ o s m ás ta rd e la del P. C ip rian o de la N ativ idad . P a rece q u e la o b ra se h a b ía tra d u c id o al la tín p o r el O b ispo de A m b eres48, s in llegarse a p u b lic a r . S in em b arg o , se p u b licó la v e rs ió n la t in a d e A n d ré s d e S a n ta M a r ía e n C o lo n ia e n 1633 . In c lu s o la m is m a C o n g re g a c ió n d e E s p a ñ a e n c o m e n d ó h a c e r u n a e d ic ió n « co rreg id a» 49, p e ro b a s ta n te m á s ñ e l que la e sp a ñ o la de B u rg o s en 1927.

E l P. Q u iro g a d ed icó m u c h a s h o ra s a e s ta v ida. E l c o ­m ien zo n o h ay q u e co lo ca rlo a n te s de 1618. S u p o n e h e c h a s ya la s in fo rm a c io n e s de Segovia, M ed ina , J a é n y B aeza y h a te n id o d e la n te la v id a de V elasco so b re F ra n c isc o de Y epes. N o p o d e m o s d e c i r c o n c e r te z a c u a n d o a c a b ó la o b ra . C ie rtam en te n o a n te s de 1623 e n q u e Q u iro g a va a G u a d a - la ja ra a a s is tir a u n a re lig io sa e n fe rm a 50. Y a en d o s de ab ril

45 Cf. nuestro trabajo El P. José, p.25, nota 85.46 Cf. BNM. ms. 6632, fol. 10.47 Ibidem, fol. 108. Cf. F o r t u n a t o , Ob. cit. p. 28, nota 97.48 P. SEROUET, Oeuvres choisies de Béaírix de la Conception, Paris-

Bruges, 1967, 324.49 La edición de Quiroga se publicó en 1717 en Málaga.50 Cf. Historia, L. III, cap. 27, p. 977.

APRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 485

de 1625 el d o c to r M a r tín R a m íre z h a b ía d a d o su ju ic io so b re la o b ra de Q u iroga .

N o sa b e m o s si la ed ic ió n del D ibujo de Je ró n im o d e S an Jo sé tu v o algo q u e v e r c o n el ep iso d io re fe rid o , q u e rie n d o los S u p e rio re s o fre c e r p ro n ta m e n te a la s C o m u n id a d e s u n a v id a del sa n to s in tro p iezo s . Lo c ie rto es q u e Je ró n im o no só lo esc rib ió el D ibujo s in o q u e a d e m á s p u b licó e n M a d rid e n 1641 la H istoria del venerable Padre Fr. Ju a n de la Cruz. U n a b u lta d o v o lu m en de 906 p ág in as , s in c o n ta r los ín d i ­ces. Je ró n im o de S a n Jo sé se lo d ed icó a S a n ta T eresa .

E l co m ien zo de e s ta H istoria ta l vez h ay a q u e a d e la n ­ta r lo a la é p o c a d e la m is m a r e d a c c ió n d e e l D ibujo. O frec ien d o e s ta o b ra a l P. J u a n d e l E s p í r i tu S a n to d ic e Je ró n im o : «E ste p eq u eñ o D ibujo de nuestro padre i sa n tís im o v a ró n fra y Ju a n , q u e en m a jo res p er file s vo y delineando, o fre zco a la d e v o c ió n de V.R.»5i. E r a e n to n c e s y a e l P. Je ró n im o H is to r ia d o r G en era l de la O rd en y, co m o d ec ía al f ra n c isc a n o L u cas W a d in g o , p e n s a b a d e d ic a r el s e g u n d o to m o de la H istoria a u n a v id a ex ten sa de F ra y J u a n de la C ru z52. Y a la te n ía a c a b a d a en 1638. E l o ch o de ag o sto de ese a ñ o d a b a el G en era l la lic en c ia de im p r im ir lo , d e sp u é s de h a b e r s id o e x a m in a d a p o r p e rso n a s graves y d o c ta s de la O rden . F in a lm e n te sa lió a luz , co m o h e m o s in d ic a d o , e n 1641 en M adrid .

A unque la o b ra sa lió co n to d a s las licen c ias, a n te s de p u b lic a rse fue so m e tid a a u n a c r ític a severa. El c e n s o r a d ­m ite q u e la o b ra e s tá m u y b ie n e sc rita y q u e el a u to r h a n a ­rra d o le s h e c h o s y v ir tu d e s d e l S a n to c o n e lo c u e n c ia y d u lce estilo , p e ro p e n sa b a q u e h a b r ía g a n a d o en m é rito co n la ab rev iac ió n de a lg u n o s cap ítu lo s , la fu s ió n de o tro s y la su p re s ió n del lib ro octavo . E n el a sp ec to d o c tr in a l ta m b ié n se le h a c ía n a lg u n as ad v erten c ias . E s ta s lle g a b a n a v e in t i ­c u a tro . Je ró n im o creyó que e ra ju s to c o n o c e r su s re s p u e s ta s . Se c o n s e rv a n to d a v ía e n u n m a n u s c r i to de la B ib lio teca N ac io n a l de M a d r id 53. E n tre las a d v e rten c ias u n a se re fe ría a la ex p res ió n fue « co n firm ad o en g ra c ia c o m o los a p ó s ­

51 J e r ó n im o D e S a n J o s é , Dibujo, fol. 1.52 Cf. ms. 6632, fol. 78r de la BNM. La carta es de cuatro de julio de

1630.53 Cf. ms. 6632, fol. 319-328 de la BNM.

486 FORTUNATO ANTOLIN

to les» . A p e s a r de la d e fen sa el lib ro im p re so no es fie l reflejo del texto original de Jeró n im o . C om o p e d ía el cen so r, se q u itó to d o el lib ro octavo , ta m b ié n se su p r im ie ro n tre s s e n te n c ia s de S an J u a n de la C ruz q u e te n ía e n el lib ro IV, c a p í tu lo sép tim o . E n el lib ro V I se su p r im ió u n a reve lac ión . N o se h izo caso al c e n so r e n c u a n to a la c o n firm a c ió n e n g ra c ia que se h a lla e n el im p reso , lib ro p rim e ro , c a p ítu lo s é p tim o . T a m b ién Je ró n im o h a b la b a de c a re n c ia de p e c a d o s v e n ia ­les. Los cen so res ta m b ié n a c u sa ro n a Je ró n im o de n o h a b e r e n te n d id o el v e rd a d e ro e sp ír itu de la R e fo rm a 54. H u b ié ra ­m o s p re fe rid o q u e la v id a h u b ie ra sa lid o co m o la co n c ib ió Je ró n im o , p e ro la c e n su ra e ra m u y d u ra p o r q u e lla s c a le n ­d a s .

E n tre m ed ia s de la v id a de Q u iro g a y de la de Je ró n im o esc rib ió A lonso de la M ad re de D ios u n a v id a ex ten sa , c o n ­s e rv a d a e n e l m s . 1 3 .4 6 0 d e la B ib l io te c a N a c io n a l d e M ad rid , a d o n d e v ino a p a r a r co n m o tiv o de la e x c la u s tra ­c ió n del sig lo X IX. E s la o b ra m ás ex ten sa de A lonso so b re S an J u a n de la C ruz. N o es d e sco n o c id o que e n S egovia se co n se rv a u n «Breve co m p en d io de la v ida del b end ito padre frai Joan de la Cruz». N o es a u tó g ra fo , p e ro sí ex iste u n a a n o ­ta c ió n a u tó g ra fa de A lonso in d ic a n d o su p a te rn id a d . E s te Breve co m p en d io h a s id o te n id o p re se n te en la e d ic ió n de la S u m a d e A m b eres e n 162555. M ás a d e la n te , e n la s in f o r ­m a c io n e s ju r íd ic a s de S egov ia e n 1627, p re s tó u n a d e c la ­ra c ió n q u e n o d u d a m o s e n d e c ir es la m á s ex ten sa e in te r e ­sa n te de to d o s los P ro ceso s sa n ju a n is ta s . P oco d esp u és , en el re tiro de Segovia, ju n to a la tu m b a del S an to , fue e sc r i­b ie n d o su s M em o ria s s a n ju a n is ta s .

E s u n e sc rito ex ten so al q u e in titu ló : «Vida, v ir tudes i m i­lagros del sa n c to Padre Fray Joan de la C ruz». A lonso p re ­se n ta e s ta o b ra c o m o u n « b o rrad o r» s in h a b e r lo l im a d o p a ra d a rlo a luz. E l c a rá c te r n o defin itivo de la o b ra lo m a ­n if ie s ta n a lg u n o s e sp ac io s d e jad o s en b lan co , la fa lta de a l­gu n o s n o m b re s o del c a p ítu lo a q u e re m ite e n el m ism o m a n u sc r ito , a d ic io n e s m a rg in a le s al te x to y c o rre c c io n e s

54 Cf. G e r a r d o D e S a n J u a n D e L a C r u z , Nuevos datos sobre los escritos de Jerónimo de San José, en El Monte Carmelo 11 (1910) 105-107, 140-142.

55 Cf. nota 33.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 487

del m ism o . N o o b s ta n te , ta l y co m o e s ta b a el m a n u sc r ito , p o d ía c o n s id e ra rse c o m o u n a v ida, p u e s la s o m is io n e s se c u e n ta n c o n los ded o s, s ien d o fá c ilm en te su b sa n a b le , y los e sp ac io s en b la n c o so n in d ic io del á n im o p erfec tiv o del P. A lonso. L as o b ra s de A lonso fu e ro n en su m a y o r p a r te lle ­v a d a s a l A rc h iv o G e n e ra l p o r d e c is ió n d e l D e f in i to r io G enera l, co m o a p a re c e p o r la s a n o ta c io n e s del m ism o m a ­n u sc rito . La fech a de la co m p o s ic ió n de e s ta Vida h ay que co lo ca rla e n tre 1628 y 1634, a u n q u e lo m á s p ro b a b le es q u e sea e sc rita h a c ia 1630. H a b ría s id o e sc rita en p o co tiem p o : dos o tre s años. N o h ay q u e o lv id a r q u e el P. A lonso te n ía re c ien te la m a te r ia p o r su d e c la ra c ió n en el p ro ceso sego- v ian o m á s la rg a y c irc u n s ta c ia d a q u e la s v id as b rev es de Q u iro g a y el D ibujo de J e ró n im o , n o p u b lic a d o é s te to d a ­v ía 56. La Vida m a n u s c r ita de A lonso h a p e rm a n e c id o in é d i ta m á s de tre s tre s sig los y m ed io . P e ro h ay q u e a d m itir q u e la o b ra h a sido c o n su lta d a p o r m u ch o s , y c ie r ta m e n te p o r los m e jo re s b ió g ra fo s d e lo s ú lt im o s tie m p o s . P u b lic a d a ya , e sp e ra m o s que se g u irá p re s ta n d o su s se rv ic io s a lo s h is ­to r ia d o re s y devo tos del S an to .

L as v idas de Q u iro g a , J e ró n im o y A lonso tr a ta b a n ex ­c lu s iv am en te del S an to . P e ro Q u iro g a y Je ró n im o la h a b ía n e sc rito p e n sa n d o en la H istoria g en era l que tra ía n e n tre m a ­n o s . R e m o v id o s , p o r d iv e r s a s c a u s a s , d e l o f i c io d e H is to r ia d o re s g en era les , se r ía o tro c a rm e lita , F ra n c isc o de S a n ta M aría , q u ien e sc r ib ir ía la v ida del S a n to en u n c o n ­tex to de H is to r ia G e n e ra l d e la D esca lcez . F ra n c is c o de S a n ta M aría t r a ta de S an J u a n de la C ruz ta n to en el to m o p rim e ro co m o en el seg u n d o de su R eform a de los D esca lzos de N uestra Señora del C arm en. E n el p rim e ro , de fo rm a in c i­d e n t a l a l t r a t a r d e la f u n d a c i ó n d e l a s m o n j a s e n V a lla d o lid 57 y de la id a a D u ru e lo y v id a allí o b se rv ad a y de la t r a s la c ió n a M a n c e ra 58, c o n o tro s te m a s s a n ju a n is ta s h a s ta h a b la r de la p r is ió n 59. E n el to m o seg u n d o , co m ie n z a co n el S a n to en el lib ro sex to y a lg u n o s c a p ítu lo s de los li-

56 Se publicaría en 1629.57 C f. F r a n c is c o D e S a n t a M a r í a , Reforma de los Descalzos de

Nuestra Señora del Carmeni L. I, cap. 19, n.2.58 Ibidem, L. I, cap. 19, nn. 3-7; y cap. 20-21.59 L. I, cap. 27, n. 2.

488 FORTUNATO ANTOLIN

b ro s V II y VIII.C on la e d ic ió n de la o b ra de F ran c isco de S a n ta M a ría

q u e d a b a n e sc rita s la s v id as fu n d a m e n ta le s en E sp a ñ a .

3. C aracterísticasA d ife re n c ia de las b io g ra fía s de S a n ta T eresa , e sc rita s

p r im e ra m e n te p o r p e r s o n a s a je n a s a la O rd e n (R ib e ra , Y epes), las v idas de S a n J u a n de la C ruz fu e ro n e sc rita s p o r C a rm e lita s , y, m á s e n c o n c re to , p o r h is to r ia d o re s 60. E s to lleva, c o m o p r im e ra im p re s ió n , a p e n s a r q u e se t r a ta de o b ra s se rias , e sc rita s , n a tu ra lm e n te , c o n fo rm e a los c r ite r io s h is tó r ic o s que e n to n c e s e ra n u su a le s y ta m b ié n c o n fo rm e a la m e n ta lid a d ex is ten te e n la O rd en so b re a lg u n o s p u n to s h is tó ric o s , h oy c a m b ia d a .

H ay que d e c ir q u e la id e n tid a d te m á tic a n o h a q u ita d o a los b ió g ra fo s la l ib e r ta d p e rso n a l p a ra d e ja r e n su s b io g ra ­fías su m o d o p e rso n a l d e e sc r ib ir la h is to r ia y la v id a de los S a n to s .

La o b ra de Q u iro g a es, a n te to d o , la de u n e sc r ito r e sp ir i­tu a l. G ran p a r te de su p ro d u c c ió n li te ra r ia , a b u n d a n te , fue de te m a e sp ir itu a l y e s to se ve ta m b ié n c la ra m e n te e n la b io g ra fía del S a n to 61. Q u iro g a s ig u e la c ro n o lo g ía e n su s ra sg o s fu n d a m e n ta le s , p e ro m á s q u e se g u ir fray J u a n e n su v id a e x te rn a s ig u e su d e s a r ro l lo e s p ir i tu a l . Q u iro g a e s tá co n v en c id o de q u e lo s e sc rito s del S a n to so n la p la sm a c ió n de su e x p e rie n c ia in te r io r . U n a e x p e rie n c ia q u e tie n e su s leyes de d e sa rro llo y cu lm in a c ió n . E l e sq u e m a to m is ta b á ­

60 Es claro en cuanto a la Vida de Quiroga y Jerónimo de San José, así como de Francisco de Santa María, El P. Alonso de la Madre de Dios aunque no tuvo cargo de H istoriador General se dedicó a la historia. Además de las vidas del Santo, dejó escritos tres volúmenes de Fragmenta rerum Ordinis Deiparae Virginis Mariae de Monte Carmelo... in ordine Ánnalium in tres tomos distribuía. Sólo se conoce hoy el tomo segundo que está en el ms. 8.501 de la Biblioteca Nacional de Madrid.

61 Es sabido que Quiroga tiene publicadas las Excelencias de la castidad, Alcalá, 1600. También la Subida del alma a Dios, y el Don que tuvo San Juan de la Cruz para guiar almas a Dios, etc. Puede consultarse la producción literaria en nuestro trabajo ya citado sobre El P. José de Jesús María y su herencia literaria.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 489sico se ve e n la ex p o sic ió n de las v irtu d es: fe, e sp e ra n z a , c a ­r id a d y co m o efec to de é s ta su m a g is te rio e sp ir itu a l, d o ta d o de u n a n o ta b le d isc re c ió n de e sp ír itu s . A c o n tin u a c ió n las v ir tu d e s m o ra le s , e s tu d ia n d o la s d iv e rsa s m a n ife s ta c io n e s de la v ir tu d de la R e lig ió n e n su d ev o c ió n a la S a n tís im a T rin id a d , a la H u m a n id a d de C risto , al S a n tís im o S a c r a ­m e n to , a la V irg en S a n tís im a . In m e d ia ta m e n te d e d ic a r á se n d o s c a p ítu lo s a o tra s v ir tu d e s m o ra le s co m o la p r u d e n ­cia, la h u m ild a d , la ju s t ic ia , la o b e d ie n c ia , la fo rta le z a , la ca s tid a d y p o b reza , p a ra a c a b a r d ic ien d o q u e en la p e rfe c ­c ió n «excedió el m o d o c o m ú n de el d e s tie rro » 62.

De m o d o p a r tic u la r d ed icó su s esfu e rzo s al e s tu d io del d e sa rro llo de la g ra c ia e n el a lm a de fray Ju a n . E n la v id a de p e rfecc ió n la v id a o e s ta d io p u rg a tiv o es n e c e sa rio p a ra la v id a ilu m in a tiv a y u n itiv a . P o r eso el P. Q u iro g a t r a ta de «cóm o ib a N u e s tro S e ñ o r p e rf ic io n a n d o el e sp ír itu de n u e ­s tro S a n to P a d re y d e sp o já n d o le de la s ro p a s del h o m b re viejo p a ra v estirle de su s re sp la n d o re s» 63. Se t r a ta del c riso l de la p a r te sen sib le , de la p a r te e sp ir itu a l y el te rc e r c riso l de la p u rif ic a c ió n de lo su p re m o del E sp íritu . Al d esp o jo y p u ­rif ic a c ió n sig u e la u n ió n d iv in a . Al t r a t a r de la c á rc e l de T o ledo ve en ese tie m p o el p a so a o tro g rad o m ás p ro fu n d o , lleg an d o a la u n ió n tra n s fo rm a n te , co n a d m ira b le s efectos. P e ro só lo se rá m á s ta rd e c u a n d o el S a n to se ría in tro d u c id o en la p o se s ió n del p a ra íso in te rio r , a sem e ja n z a de A dán en el e s ta d o de ju s tic ia o rig in a l. Y ju n to a la ev o lu c ió n de la g ra c ia , lo s d o n e s d e q u e fu e d o ta d o : m a g is te r io , d o n d e p ro fec ía , de m ila g ro s , d e e x p e le r d e m o n io s , etc . N o se le p a sa p o r a lto el t r a ta r de lo s e sc rito s de fray Ju a n , q u e h a u sa d o a m p lia m e n te e n e s ta b io g ra fía , ju n to a la fre c u e n te a u to r id a d de S a n to T om ás.

U n p o co a rr ie sg a d o e ra t r a ta r de d e sc r ib ir el d e sa rro llo de la v id a e sp ir itu a l de u n o de los m a y o re s m ís tico s , m á s a u n te n ie n d o en c u e n ta la p a rq u e d a d de su re fe ren c ia s , p e r ­so n a les. P e ro e n la s co sas d ifíc iles só lo el in te n to m erece a lab a n z a . El P. Q u iro g a sa b ía ta m b ié n q u e n o se p o d ía te n e r c e rte za a b so lu ta . P e ro Q u iro g a p e n sa b a que en u n a b io g ra ­

62 L. I, cap. 57.63 C f. Q u ir o g a , Historia, L. I, cap. 12.

490 FORTUNATO ANTOLIN

fía de u n sa n to lo p rin c ip a l, m á s q u e los d a to s c ro n o ló g ico s , a u n q u e n ecesa rio s , e ra p e n e tra r en el sec re to del a lm a del b io g ra f ia d o 64

La a te n c ió n p re fe re n te de Q u iro g a a la v id a in te r io r del F ray J u a n de la C ruz, n o le h iz o d e s c u id a r la d o c u m e n ta ­c ió n h is tó rica . Q u iro g a tie n e d e la n te los te s tim o n io s de lo s P rocesos, a u n q u e es seg u ro q u e n o llegó a c o n o c e r lo s de 1627 y a que, co m o h e m o s in d icad o , la o b ra e s ta b a ya a p r o ­b a d a p o r M a rtín R a m íre z e n 1625. S in e m b a rg o Q u iro g a n o s h a d e jad o p ru e b a de su c o n ta c to c o n las fu e n te s h is tó r i­cas e n los m a n u sc r ito s 12.738 y 8.568. El h a tra n sc r ito , ex­tra c tá n d o lo s v a rio s de los p ro ceso s , tie n e a d e m á s a n o ta c io ­n es e n v a rio s d o c u m e n to s 65. E n la V ida del S a n to e n c o n ­tra m o s c o n s ta n c ia de e s ta p re o c u p a c ió n h is tó ric a . Q u iroga , q ue p re g u n tó a los c o n d isc íp u lo s del S a n to e n S a la m a n c a 66, a P ed ro de los A ngeles so b re el v iaje a C as tilla la N u e v a 67, d a te s tim o n io de h a b e r t r a ta d o a a lm as d ir ig id a s de l S a n to q u e e r a n d e g ra n v i r tu d 68, h a b e r te n id o lo s p a p e le s d e C a ta l in a d e J e s ú s (G o d ín e z S a n d o v a l) , d i r ig id a d e f ra y Ju a n , los cu a les d ice « v in ie ron a m is m a n o s p o r u n su ceso ta n e x tra o rd in a r io q u e p a re c e m is te r io s o » 69, e x a m in ó a l e n fe rm e ro del S a n to e n U beda, fray B e rn a rd o de la V irgen70, a s í c o m o a C la r a d e B e n a v i d e s 71. L e y ó t a m b i é n la d e c la ra c ió n de B e a tr iz de S an M iguel72, y leyó en el L ib ro de los C ap ítu lo s la s e n te n c ia c o n tra D iego E v a n g e lis ta 73. E n su e s ta n c ia e n S egovia vió la c a r ta de S a n ta T eresa e n p o d e r del O b ispo D. M e lch o r de M oscoso y S an d o v a l y dice: «H ela

64 En L. III, cap.4. escribe: «Después de todas estas operaciones de vida exterior de nuestro santo Padre, pide el orden de la historia que digamos algo de las que ejercitaba en la vida interior en este tiempo».

65 C f. E f r e n D e L a M a d r e D e D i o s , San Juan de la Cruz y el misterio de la Santísima Trinidad en la vida espiritual. Zaragoza, 1947, §. 168.

66 C f. Q u ir o g a , L . I , c a p . 4 .67 C f. L. I, cap. 17.68 L. I, cap. 35.69 L. III, cap. 2.70 L. III, cap. 17.71 L. III, cap. 18.72 L. III, cap. 21.73 L. III, cap. 21.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 491visto yo en su s m a n o s , le íd o y te n id o e n la s m ía s » 74. El m is m o Q u iro g a fu e te s t ig o d e u n a c u r a c ió n c o n u n a e s ta m p a del S a n to 75, etc.

U na face ta de la Vida de Q u iro g a es la c a r id a d c o n que h a p ro c e d id o en su re d acc ió n . N o o b s ta n te e sc r ib ir h is to r ia y tra ta rs e de h ech o s p ú b lico s y sab id o s, se a b s tie n e de m a ­n ife s ta r las p e rso n a s q u e p o d ía n q u e d a r e n m al lu g a r. E n vano b u sc a re m o s el n o m b re de D iego E v an g e lis ta y el de F ran c isco C risò sto m o que h ic ie ro n s u fr ir al S a n to e n la ú l ­tim a e n fe rm e d a d 76, n i a l t r a ta r de la ex p u ls ió n del d e m o n io de la m o n ja a g u s tin a se in d ic a el n o m b re n i el m o n a s te r io 77, n i se d a el n o m b re del seg u n d o c a rc e le ro 78 cuyo te s t im o n io u ti l iz a . E n el c a s o d e l B re v e S a lv a to r is n o s tr i d e 1590 ta m p o c o h a d a d o n o m b re d e n in g u n a m o n ja n i d e lo s d e m á s q u e las fav o re c ie ro n 79.

H ay que c o n s id e ra r ta m b ié n q u e Q uiroga , y e n e s to te ­n ía n ra z ó n los cen so res , o frece en e s ta v ida u n a v is ió n de la v ida c a rm e lita n a , n o c o m p a r tid a p o r o tro s , p e ro a h í q u e d a el hech o .

La v ida de A lonso de la M ad re de D ios fue e sc rita , la ú n ica , p o r u n o q u e co n o c ió al S a n to y re c u e rd a e m o c io n a d o la b e n d ic ió n que le d io en S eg o v ia e n 158 7 80. A lonso fue p ro c u ra d o r en los p ro c e so s del S a n to en casi to d a s la s c iu ­d ad es d o n d e se h ic ie ro n . Así e n Avila, Segovia, Ja é n , B aeza, U beda, A lcaudete , G ra n a d a y B eas. De to d o s ellos se valió p a ra e sc rib ir e s ta v ida. C ie rtam en te que a veces la m a n e ra de c ita r a los te s tig o s es u n ta n to vaga: « testigos f id e d ig n o s» , « p erso n as de g ra n d e créd ito » , etc, p e ro lo m ás o rd in a r io es d a r lo s n o m b re s . P o r la v id a d e A lo n s o v a n p a s a n d o te s t im o n io s d e m o n ja s y f r a i le s c a r m e l i ta s , c a lz a d o s y d e sc a lz o s , s a c e rd o te s , s e c u la re s . U n a m p lio a b a n ic o d e p e rso n a s .

O tra fu e n te de in fo rm a c ió n fue u n a in fo rm ación p e rso n a l

74 L. III, cap. 20.75 L. III, cap. 27.76 L. III, cap. 19.77 L. I, cap. 54.78 L. II, cap. 5.79 L. III, cap. 12.80 L. II, cap. 15, p.448.

492 FORTUNATO ANTOLIN

m e tic u lo s a . P o c o s c o m o é l tu v ie r o n o p o r tu n id a d p a r a c o n su lta r a te s tig o s de v ista . P o r el m a n u s c r i to d e la v id a del S a n to y p o r su d e c la ra c ió n e n Segovia, e n 1627 p o d e ­m o s c o n s ta ta r la s in v estig ac io n es so b re los p a d re s y b a u tiz o del S a n to en F o n tiv e ro s , so b re su v id a e n M ed ina , la s d ili­g en c ias h e c h a s p a ra s a b e r la m a tr ic u la c ió n del S a n to e n la U n iv e rs id ad sa lm a n tin a , y so b re su v id a e n el co leg io de S an A ndrés. S a b em o s ta m b ié n el v iaje que h izo ex p ro fesso a V allado lid p a ra a v e r ig u a r el sace rd o c io del S a n to al i r a D uru e lo , se sab e ta m b ié n el c u id a d o de in q u ir ir d a to s en las m o n ja s d e M e d in a , V a lla d o lid , A lb a , G ra n a d a , S e v illa , B eas, e n la s a g u s tin a s d e A vila, e n c o n su lta s a A lonso de V illalba, a J u a n E v an g e lis ta , G ab rie l B a u tis ta , M a rtín de la A sunción , A gustín de S a n José , F ran c isco de Je sú s M aría , a los q u e se h a n de a ñ a d ir los d e ta lles d a d o s p o r las m o n ja s A na M aría (G u tié rrez), F ra n c isc a de Jesú s, B e a triz de S a n M iguel, A lonso a p ro v ech ó su e s ta n c ia e n T o ledo p a ra v e r la cárcel, y e n la M a n c h u e la vio los á rb o le s d o n d e tu v ie ro n lu ­g a r los ensayos de m a rtir io , e n Segovia la c e ld a d o n d e v i­vió.

Al te s tim o n io o ra l a ñ a d ió el te s tim o n io escrito. L as fu e n ­te s in é d ita s c o n s u lta d a s n o fu e ro n p o c a s y m a n if ie s ta n la d ilig en c ia e sm e ra d a de A lonso. C onsu ltó el Liber O rd in is , el lib ro de p ro fe s io n es y el de g asto de los ca rm e lita s ca lzad o s de M ed ina , los lib ro s de B ecerro de D u ru e lo y M an cera , el lib ro de e lecc iones de las m o n ja s de Segovia y el de re c ib o y gasto de los fra ile s de la m ism a c iu d a d . C o n su ltó el Libro negro de la O rd en , ta m b ié n el del a y u n ta m ie n to de U beda. T uvo co p ia de la p a te n te de D iego de la T rin id a d p a ra llev a r a la S a n ta a la fu n d a c ió n de G ra n a d a y de la p a te n te de r e ­p o s ic ió n en el o fic io de M a ría de S a n José. S a b em o s ta m ­b ié n q u e u tilizó el m a n u s c r i to que c o n te n ía la s d e c la ra c io ­nes de F ran c isco d e Y epes, vio las re la c io n e s de A na de S an B arto lo m é , B e a triz de S an M iguel, D a m ia n a de Jesú s, y u t i ­liza co n fre c u e n c ia la s c a r ta s de S a n ta T e resa81

Al P. A lonso h ay q u e ag ra d e c erle el h a b e r co p ia d o in te ­g ro e n su o b ra el d ic ta m e n de el N u n c io p a ra la d iv is ió n de

81 Remitimos para todos estos detalles a la Introducción a la Vida del Santo por Alonso. Madrid, 1989, p. 23-32.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 493la P r o v in c ia D e s c a lz a , u n f r a g m e n to d e l a s a c t a s d e l C ap ítu lo d e M ad rid de 1588, d e sco n o c id o h a s ta la fech a y d iv erso s b reves, m á s la reg la c a rm e lita n a 82.

E l a m p lio c a u d a l h is tó r ic o d e q u e d is p u so lo u til iz ó p a ra su b io g ra fía c o n u n m é to d o r ig u ro s a m e n te c ro n o ló ­g ico. E n el p r im e r lib ro t ra tó d esd e el n a c im ie n to del S a n to h a s ta el c a p ítu lo d e se p a ra c ió n de la P ro v in c ia en 1581. E l seg u n d o d e sd e el c a p ítu lo d e A lcalá h a s ta la m u e r te del S an to . F in a lm e n te el te rc e ro h a b la de la s a p a r ic io n e s d e s ­p u é s de m u e rto , el t ra s la d o a Segovia, la s a p a r ic io n e s e n su s re liq u ia s y los m ilag ro s e n d iv ersas c iu d ad es . T o d o b a ­sad o e n los p ro ceso s.

E s u n a c a ra c te r ís tic a d e A lonso el «enderezar» y c o rre g ir a lg u n as a firm a c io n es q u e ju z g a b a in e x a c ta s 83. Y ta m b ié n el h a b e rn o s o frec id o n o tic ia s p e rso n a le s e n re la c ió n c o n la s re liq u ia s y el cu lto del S an to .

L a o b ra de A lonso, a u n q u e se llevó al A rchivo g en era l, n o se im p rim ió . Y es q u e p o r e n to n ces e s ta b a ya p re p a ra n d o o tra v id a el P. Je ró n im o de S an Jo sé p o r m a n d a to d e lo s S u p e rio re s . Ya la te n ía e sc rita e n 1638 en q u e d a b a p e rm iso de im p re s ió n el P. J u a n del E sp ír itu S an to . T am b ién la c e n ­su ra de J u a n de S a n to T o m ás, O.P., es de ese año . S e g ú n Je ró n im o h a c ía d o c e a ñ o s q u e « la R e lig ió n m e m a n d ó e sc r ib ir e s ta re lac ió n » 84, lo q u e n o s lleva a 1626, y a a n te s de la p u b lic a c ió n de la v id a de Q uiroga . Je ró n im o de S a n Jo sé l l a m ó a e s t a v id a a m p l ia « R e tra to » c o m o a la b re v e «D ibujo».

Je ró n im o d iv id ió la v ida del S a n to en o ch o lib ro s , d e lo s cu a le s só lo se im p rim ie ro n sie te . T a m b ién el o rd e n es c r o ­no lóg ico . E l lib ro p r im e ro d esd e la in fa n c ia h a s ta la fu n d a ­c ió n de D uru e lo . E l seg u n d o d esd e la fu n d a c ió n de D u ru e lo h a s ta su ac tiv id ad e n Avila. E l lib ro te rc e ro d e sd e la ju n ta de A lm o d ó v ar h a s ta la p r is ió n del S a n to . E l l ib ro c u a r to

82 Cf. Vida, I, cap. 41; L. I, cap. 12, p. 107; L. II, cap. 1; L. III, cap. 8. La Regla se ha omitido en la edición por las causas que indican los editores en p. 124, nota 2. Hubiéramos preferido su publicación para facilitarla a los no carmelitas.

83 Dedica a este tema los capítulos 10-13 del Libro primero.84 C f. JERONIMO D E S an JOSE, Historia del venerable Padre Fr. Juan de

la Cruz. Madrid, 1641, Prólogo.

494 FORTUNATO ANTOLIN

d e sd e la p r is ió n h a s ta la fu n d a c ió n d e B a e z a . E l l ib ro q u in to d esd e el c a p ítu lo de A lcalá h a s ta el fin del o fic io de V icario P rov incia l. E l ú ltim o p r io ra to del S a n to e n G ra n a d a y su e s ta n c ia en Segovia lle n a n el lib ro sexto . Lo re s ta n te de su v ida, su m u e rte , tra s la c ió n y m ilag ro s d a n m a te r ia p a ra el lib ro sép tim o .

P o r la s im p le ex p o sic ió n del c o n te n id o se p u e d e v e r que Je ró n im o de S an Jo sé sig u ió el o rd e n cron o ló g ico . E n la e x ­p o sic ió n u sa u n es tilo e leg an te y ed ificativo . Le g u s ta h a c e r el e log io de la s c iu d a d e s 85, p o n e r en b o c a de la s p e rso n a s d isc u rso s p a ra e x p o n e r su p a re c e r86. Se n o ta ta m b ié n en Je ró n im o la te n d e n c ia a h a c e r c o m p a ra c io n e s c o n p e r s o ­n a jes b íb lico s87. E s p ro p io ta m b ié n de Je ró n im o d a r n o tic ia s de re lig iosos y re lig io sas de los co n v en to s d o n d e es tu v o el S a n to 88.

De m a n e ra p a r t ic u la r se o cu p a Je ró n im o de lo re la c io ­n a d o co n los e sc rito s del S an to . N o só lo en o rd e n al tiem p o de su c o m p o s ic ió n s in o ta m b ié n de su c o n te n id o 89. C om o Q uiroga , a u n q u e n o c o n ta n ta a b u n d a n c ia , a d o rn a su ex p o ­s ic ió n c o n te x to s s a n ju a n is ta s , p o rq u e J e ró n im o , c o m o Q uiroga , ta m b ié n se h a p re o c u p a d o d e la ev o lu c ió n de la v ida in te r io r de fray Ju a n . P e ro so n las c a r ta s del S a n to las que h a n e n c o n tra d o en la h is to r ia de Je ró n im o u n a a c o g id a

85 Cf. por ejemplo, la de Beas en L. IV, cap. 4; Baeza L. IV, cap. 9; Fontiveros L. I, cap. 1; El Calvario en L. IV, cap. 2, etc. *

86 Cf. L. I. cap. 7 sobre las órdenes sagradas del Santo y preparación a la primera misa; sobre el paso a la Cartuja en L.I. cap. 8; sobre la oración hecha por Santa Teresa por Fray Juan, L. I, cap. 9; el discurso de la Santa para convencerle, L. I, cap. 10; la despedida del Santo antes de ir a Duruelo, L. IV, cap. 12, etc.

87 Cuando lo de la balsa, lo compara con Moisés en L. I, cap. 3; la salida de la prisión toledana con la liberación de San Pedro y de Jonás en L. III, cap. 20; el rapto en Beas con el rapto de San Pablo, L. IV, cap. 1, n. 4; lo compara también a San Juan Bautista y Evangelitsa en L. I, cap. 2, etc.

88 Así, por ejemplo, sobre los religiosos de Baeza en L. IV, cap. 13 y 14; De Nicolás Doria, en L. IV, cap. 9; sobre las monjas de Beas, L. IV, cap. 4 y 5.

89 No sólo ha publicado las poesías principales del Santo relacionadas con sus Obras, sino que hasta ha incluido en la Vida la introducción a las Obras del Santo publicada en 1630. Cf. L. III, cap. 12 y 13 sobre el Cántico.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 495

a m p lia 90. Se n o ta ta m b ié n en la v id a d e Je ró n im o c ie r to p ru r i to de e ru d ic ió n filo só fica91.

L a v id a de Je ró n im o n o se volvió a im p r im ir en e sp a ñ o l, a u n q u e a trav és del C om pendio h ech o e n g ra n p a r te de te x ­to s d e su H is to r ia h a se g u id o d u ra n te d o s s ig lo s la rg o s m a n te n ie n d o la d ev o c ió n al S an to .

T a n to Q u iro g a co m o J e ró n im o de S an Jo sé y ta m b ié n A lonso e sc rib ie ro n la v id a del S a n to to c a n d o de re f iló n la H is to ria G enera l de la D escalcez. Q u iro g a y Je ró n im o re m i­te n a lg u n a vez a la H is to ria G en era l92. N a tu ra lm e n te la q u e c a d a u n o h a b ía escrito . P e ro se r ía F ran c isco de S a n ta M aría q u ien en su R eform a de los D escalzos de N uestra Señora del C arm en n a r ra r ía la v id a de F ray J u a n de la C ruz d e n tro de la H is to ria g en e ra l de la D escalcez. E l m ism o F ra n c isc o lo adv ierte : «De a q u í e n a d e la n te es fu e rz a g u a rd a r o tro estilo ; p o rq u e h a b ie n d o de se g u ir el c u rso de los años, q u e h a b e ­rnos e leg ido p o r m á s c o n v en ien te p a ra la c la r id a d d e lo s su c e s o s , n o s v e m o s o b lig a d o s a s e g u ir lo s p a r t ic u la r e s suyos c o n lo s c o m u n e s de la R elig ión»93. Así lo hace a p a r t i r del c a p ítu lo 18. T ra ta de él e n los cap . 18, 20, 25, 26, 43-46 del L ib ro VI. E n el lib ro V II el S a n to a p a re c e en el c a p ítu lo de P a s tra n a (1585) y se n a r r a d e sp u é s su a c tiv id a d c o m o v icario p ro v in c ia l, p a ra t r a ta r en los c a p ítu lo s 40, 46-51 de d iv ersas fu n d a c io n e s y a su n to s re la tivos al S an to . D esde el ca p ítu lo de M ad rid de 1588 h a s ta su m u e rte lo t r a ta en a l­g u n o s c a p ítu lo s d e l l ib ro V III. F ra n c is c o se d e s p id e del S a n to co n el tra s la d o a Segovia y el b reve de v u e lta a U beda.

Su o fic io de H is to r ia d o r g en era l le im p u so ta m b ié n u n m é to d o m ás conciso . E n el L. V III, cap . 11, n .2 escribe : «La G en era l tien e m ás e s tre c h o s lím ites , y a s í se rá fo rzo so e n ­tre s a c a r lo m á s g ra n a d o p a ra re fe r ir aquí» .

C on la v ida del P. F ran c isco q u e d a b a n e sc rita s la s v id a s

90 Jerónimo es el que ha publicado más cartas del Santo. En L. VI,cap. 7 publica siete cartas, a las que hay que añadir las cartas a Ana deJesús y María de la Encam ación (L. VII, cap. 2, n. 3) y a Catalina de Jesús (L. III, cap. 2, n.l).

91 Cf. L. I, cap. 1, n.2; L. III, cap. 1, etc.92 Cf. J e r o n i m o , L. III, cap. 2, n. 225; Q u ir o g a , L. II, cap. 4 .93 C f. F r a n c is c o D e S a n t a M a r í a , Reforma de los Descalzos de

Nuestra Señora del Carment L. VI, cap. 16, n. 6.

496 FORTUNATO ANTOLIN

am p lia s de fray J u a n de la C ruz.E x a m in á n d o la s se p o n e d e m a n if ie s to el in te ré s q u e

h a n te n id o e n d o c u m e n ta rse so b re el S a n to . R e c o rd a m o s q u e Q u iroga , n o m b ra d o en 1597 h is to r ia d o r g en e ra l estuvo de v iajes reco g ien d o n o tic ia s . Ju n to a los v ia jes, la s n o tic ia s p e rso n a le s . E n c a r ta a A ngel de S an G ab rie l le d ice: «No hallo n in g u n a n o tic ia d e los o fic ios q u e tuvo n u e s tro P a d re fray J u a n de la C ruz a n te s del C ap ítu lo de A lcalá y a s í es m e n e s te r la m e m o r ia d e V.R. ta m b ié n p a ra e s to » 94. P oco m á s ta rd e e n c u a tro de fe b re ro le e sc rib e d esd e M a d rid p i­d ién d o le n o tic ia d e lo s p rin c ip io s d e P a s t r a n a 95. D iego de S an Jo sé le m a n d a c o p ia de las p ro fe s io n es de P a s tra n a 96, y E líseo de S an Jo sé le in fo rm a so b re el c a n to en lo s p r im e ro s a ñ o s 97. D iversos te s tim o n io s p ru e b a n có m o se m a n d a ro n a Q u iro g a n o tic ia s s a n ju a n is ta s 98 y q u e el m ism o Q u iro g a fue el p ro m o to r de la s in fo rm a c io n e s en G ra n a d a 99.

El P. Q u iro g a q u iso h a c e r u n a v ida m u y a ju s ta d a a la v erdad . Lo m a n if ie s ta e n v a ria s o casio n es. A A ngel de S an G abrie l le d ice có m o h a llegado a su s m a n o s u n a c a r ta de B áñ ez a la S a n ta so b re la s m o r t if ic a c io n e s e n P a s tr a n a , p re c isa m e n te e n tie m p o s de A ngel de S a n G abrie l y le p id e le d ig a «lo q u e d u ra ro n y p o r q u é m otivos se m o d e ra ro n » 100. E n o tra c a r ta a n te r io r le a g ra d e c ía su s n o tic ia s « p o rq u e m i in te n c ió n es d e c ir la v e rd a d s in ro d e o s» 101.

N o m en o s a m a n te de la v e rd ad e ra el P. A lonso de la M ad re de D ios. H em o s re c o rd a d o ya la d o c u m e n ta c ió n a m ­p lís im a u til iz a d a y el c u id a d o co n q u e p ro c u ró a v e r ig u a r p u n to s n o c la ro s. S u e m p e ñ o en n o o fre c e r m á s q u e la v e r­d ad es p a te n te y ta m b ié n h a sid o reco n o c id o . E l P. A n d rés

94 Cf. BNM. ms. 3537, fol. 7r, La carta es de 7-X-1607.95 Cf. Ibidem, fol. 10.96 Cf. Ibidem, fol. 12-14.97 Cf. carta de 10-XI-1607. Ibidem, fol. 69.98 Así Alonso de la Madre de Dios en BMC, 13, 407; Catalina de San

Alberto, BMC. 13, 424.99 Escribe Quiroga: «En las primeras [informaciones] que en aquella

provincia de hicieron a mi instancia de la vida y grandes virtudes de fray Juan de la Cruz para escribir su historia con noticias muy verdaderas...». L. III, cap. 34.

100 Cf. ms. 3537, fol 7.101 Ibidem, fol. 7v.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 497de la E n c a m a c ió n e n su s M em o ria s H isto ria les d a este ju ic io de A lonso: «E n el o rig in a l del to m o 2 de la R e fo rm a q u e e s tá en Alm. 13, cáx ó n 2, n .3 , en la fu n d a c ió n de Segovia, fol. 323 e s tá n m u c h a s co sas que se o m itie ro n . De él d ice fray F ran c isco : «Fue ta n p u n tu a l en la v e rd a d que se d ec ía to d o s te n ía n p o r in fa lib le lo q u e a firm a b a . De a q u í le n a c ía c u id a r ta n to de ella e n lo q u e e sc rib ía q u e h a s ta q u e e s ta b a m u y c ie rto n o to m a b a la p lu m a; p o r esto fue o p in ió n de los q u e le c o n o c ie r o n q u e lo q u e f r a y A lo n s o e s c r ib ió e r a m u y c ie rto » 102.

A lonso fue el ú n ic o de los h is to r ia d o re s q u e co n o c ió al S a n to y su p o m e jo r las n o tic ia s so b re él. J e ró n im o de S an Jo sé n o tu v o esa fo rtu n a . D evoto, s in d u d a del S an to , ta l vez las p r im e ra s m a n ife s ta c io n e s de su dev o c ió n fu esen los d is ­cu rso s que p ro n u n c ió co n o cas ió n de los a n iv e rsa rio s de la m u e r te d e l S a n to 103. P e ro la e s ta n c ia e n S e g o v ia d o n d e m o ra b a A lonso de la M ad re de D ios y su ca rg o de H is to ­r ia d o r G e n e ra l le p e rm it ió e n te ra rs e d e m u c h a s n o tic ia s . P o r o tra p a r te Je ró n im o p u d o a p ro v e c h a rse p a ra su r e d a c ­c ió n de la v id a de Q u iroga , ya im p re sa y del m a n u sc r ito de A lo n s o 104, a lo q u e h a y q u e a ñ a d i r la c o r r e s p o n d e n c ia e p is to la r c o n co n o c id o s del S a n to 105 o in c lu so de n o tic ia s p e r s o n a le s 106

F ran c isco de S a n ta M a ría h a reco g id o lo e sc rito p o r los d e m á s , y n o lo o c u lta , a n te s re m ite a e s to s e s c r i to re s . H a b la n d o de la v id a e n el C alvario escribe: «Se d ijo a lgo en el to m o p rim e ro y d icen n o p oco los dos h is to r ia d o re s p a r t i ­c u la re s de su v ida , y p o r eso excuso a q u í el r e p e t i r lo » 107.

102 An d r é s D e L a E n c a r n a c ió n , Memorias Historiales, A. 48, en ms. 13.482.

103 Cf. su declaración en el proceso de Segovia, BMC, 14, 432.104 La vida de Quiroga editada en 1628. El manuscrito de Alonso tiene

anotaciones de Jerónimo de San José.los En el volumen 13 de la BMC hay varias cartas dirigidas a Jerónimo

de San José.106 Hablando de la declaración de Beatriz de San Miguel sobre Diego

Evangelista dice: «Cuya confesión yo he visto y está entre los dem ás papeles tocantes a la vida del venerable Padre» (L. VII, cap. 6, n. 5). Del sermón del doctor Becerra dice: «Lo cual oí yo y entendí lo había sabido de D. Cristóbal Villarroel, caballero de Ubeda».

■"Fr a n c is c o D e S a n ta M a r ía , Reforma, L. VI, cap. 12, n. 6.

498 FORTUNATO ANTOLIN

T a m b ién so b re B aeza «dicen m u c h o las h is to ria s p a r t ic u la ­re s» 108. U n a a f irm a c ió n p a r e c id a s o b re G ra n a d a : « d ic e n m u c h o su s d o s h is to r ia d o r e s » 109. A d em ás d e lo s c i ta d o s re c u e rd a al P. A lonso de la M ad re de D ios, de q u ie n afirm a: «El p a d re fray A lonso de la M ad re de D ios de cuyos im p o r ­ta n te s t r a b a jo s d im o s b re v e n o t ic ia e n la f u n d a c ió n de Segovia y a su tie m p o la d a re m o s m á s d ila ta d a , n o s de jó e n tre los d e m á s to m o s u n o p a r t ic u la r de la v ida d e n u e s tro P ad re . Y p o rq u e lo sacó y fo rm ó de la s in fo rm a c io n e s j u r í ­d icas, a q u e s ie m p re a s is tió co m o p ro c u ra d o r d e la O rd en e n ellas, es de m u c h o c ré d ito to d o lo q u e d ice» 110.

F ra n c isc o d e S a n ta M a r ía fu e n o m b ra d o h i s to r ia d o r g e n e ra l ju n ta m e n te c o n Je ró n im o de S an José , p e ro a s ig ­n á n d o s e le c o m o m a te r i a d e s d e s a n E l ia s h a s t a s a n t a T e re sa 111. Al se r p riv ad o de su títu lo Je ró n im o de S an José , d esp u és de la e d ic ió n de 1637, le e n c a rg a ro n a F ra n c is c o c o n tin u a r su tra b a jo . Así v ino a te n e r a su d isp o sic ió n to d o el m a te ria l de Q u iro g a y Je ró n im o de S an José, p e ro n o le fue ya p o sib le c o n o c e r a m u c h o s te s tig o s c o n su lta d o s p o r Jo sé de Je sú s M aría , A lonso y Je ró n im o . P o r eso e n a lg u n as o casio n es re m ite sen c illa m e n te a J e ró n im o 112.

L a v id a de sa n J u a n de la C ruz e sc rita p o r los p r im e ro s b ió g ra fo s se p u e d e d e c ir q u e se h izo en am plia colaboración e n tre los b ió g ra fo s . N o es e s te el lu g a r p a ra h a c e r el in v e n ­ta rio de su s in flu jos. B aste d e c ir que se p u ed e p ro b a r el in ­flu jo de A lonso e n Q u iro g a y a l revés, a s í co m o el in flu jo de A lonso en Je ró n im o y del a ra g o n é s en el a s tu r ic e n s e 113. Y ta m b ié n el de a m b o s h is to r ia d o re s g e n e ra le s en F ra n c isc o

108 Cf. Ibidem, L. VI, cap. 14, n. 4.I0’ Cf. L. VI, cap. 17, n. 3.110 Cf. L. VIII, cap. 1, n. 2.111 Así lo refiere Jerónimo de San José en carta a Domingo de Jesús. Cf.

ms. 6632, fol. 90v.112 Así al hablar de las apariciones del Santo. Cf. L. VIII, cap. 50, n. 4.113 Ya en 1607 pregunta Quiroga a Alonso sobre la fundación de Ajo

(cf. ms. 2.711, fol. 147). En una carta a Quiroga en abril de 1621 se ve habían tratado sobre el sacerdocio del Santo (cf. ms. 12.738, p.688). Han quedado varias cartas de Alonso a Jerónimo de San José, Cf. ms. 12.738, p. 1489. El influjo llegó en ocasiones a ser literal. (Cf. Quiroga al tratar de la traslación del cuerpo del Santo en 1621, a base de la carta de Alonso de 14- IV-1621. m s.12.738, p.699s).

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 499de S a n ta M a ría 114

O tro rasg o de e s ta s b io g ra fía s es el h a b e r s ido p e n sa d a s y e sc rita s ten iendo en v ista a los C arm elitas. E l P. A lonso de la M ad re de D ios en el P ró logo de su Vida del S a n to escribe: « P o d rán n o ta r a lg u n o s se r ex cu sad as a lg u n as de la s co sas q u e a q u í escrib o , p o r s e r co sas m ín im a s . C o n fie so q u e , a p r im e ra v ista , p a re c e rá s e r así; m á s p o n d e ra n d o q u e e s te S a n to es m a e s tro y p a d re d e la R e fo rm a de C a rm e li ta s D escalzos, y que así en e lla la s acc io n es del p a d re h a n de se rv ir a su s h ijo s de e je m p la r q u e im ite n y p o r q u ie n re g u ­len las suyas, n o les p a re c e rá n e x c u sad as» 11S. E n o tro lu g a r h a b la n d o de la le c tu ra de lib ro s an tig u o s de la O rd en p o r el S a n to a f irm a q u e e ra «no só lo p a ra e n se ñ a n z a suya, s in o p a ra e n se ñ a n z a n u estra , co m o h ijo s suyos, a q u ien es, co m o p a d re , n o s h a b ía d e d a r le c h e y d o c t r in a » !16. P a r a lo s

114 He aquí algunos ejemplos: J o s é D e J e s ú s M a r í a , L . I , cap. 3: «Siendo ya buen estudiante Juan de Yepes y dando cada día mayores muestras de su virtud, trató este caballero que se ordenase, ofreciéndole para ello la capellanía del hospital». F r a n c i s c o D e S a n t a M a r í a , L . VI, cap. 2, n. 2: «Siendo ya buen estudiante Juan de Yepes y dando cada día mayores muestras de su virtud, trató Alonso Alvarez de Toledo que se ordenase, a título de la capellanía del hospital». Sobre el tiem po del noviciado escribe QuiROGA, L. I, cap. 3 : «Todo el tiem po que las ocupaciones de novicio le dejaban desocupado y las disposiciones del maestro no lo estorbaban, estaba delante del Santísimo en el coro o en otra parte acomodada, para hallarse allí más recogido y más devoto en oración. Y así le era de particular consuelo ayudar a misa, aunque gastase toda la mañana en esto, sintiendo con este ejercicio no cansancio sino nuevo aliento; y cuando todo esto faltaba, no le era menos agradable el rincón de la celda». Por su parte F r a n c i s c o D e S a n t a M a r í a , L . VI, cap. 2 , n. 3: «Todo el [tiempo] que las ocupaciones del estado y las disposiciones de el maestro le dejaban, estaba delante del Santísimo Sacramento, en el coro o en otro lugar. Erale de particular consuelo ayudar las misas y, aunque gastase toda la mañana, tan lejos estaba de cansarse que le era aliento; y cuando todo le faltaba, no le era menos agradable el rincón de la celda». En cuanto a JERONIMO D e S a n JOSE compárense estas frases. JERONIMO L. I, cap. 7; «Corría ya el año de 1567, cuando el venerable fray Juan había cumplido los tres del Curso de Teología, a los 25 de su edad, y era tiempo que se ordenase de misa». F r a n c i s c o D e S a n t a M a r í a , L. VI, cap. 3: «Corría el año de 1567 cuando nuestro colegial cum plía su curso de teología a los veinte y cinco de su edad, y era tiempo que se ordenase de misa».

115 Cf. A l o n s o D e L a M a d r e D e D i o s , Vida, Prólogo, p. 40.116 A l o n s o , Vida, L. I, cap. 8, p. 82.

500 FORTUNATO ANTOLIN

b ió g ra fo s J u a n de la C ruz e ra el m o d e lo de la v id a c a rm e li­ta n a . E ra la « fo rm a viva y o rig in a l de la v id a p r im itiv a r e ­n o v a d a » 117.

4. O tras v idas del S a n toL as v idas de S a n J u a n de la C ruz q u e a c o m p a ñ a ro n la

ed ic ió n de su s o b ra s e n la s d iv e rsa s le n g u a s y la s t r a d u c ­c io n es de las v id as a m p lia s d e Q u iro g a y Je ró n im o , fu e ro n el m a n a n tia l d o n d e b e b ie ro n los d ife re n te s e sc r ito re s q u e tr a ta ro n so b re el S an to .

La b e a tif ic a c ió n de S a n J u a n de la C ruz en 1675 o frec ió o c a s ió n p a ra n u ev as b io g ra fía s . B aste re c o rd a r la de F e lip e M a ría de S. P ab lo , Vita del B. G iovann i della Croce, R om a, 1675. La de P ed ro d e S an A ndrés: La vie de S a in t Jean de la Croix, Aix, 1675. E n B a rc e lo n a d a b a a lu z u n E p íto m e P ed ro R o sse l e n 1676 y M o d e s to d e S a n A m ab le p u b lic a b a en L yon La vie d u B. Jean de la C roix. Jo sé de S a n ta T e resa p u ­b licó ta m b ié n su R esu n ta de la v ida de nuestro b ie n a v e n tu ­rado padre S a n J u a n de la Cruz, M ad rid , 1675.

E n 1703 tu v o lu g a r u n c a m b io e n la p re se n ta c ió n e s p a ­ñ o la de las Obras del S an to . N o só lo se p u b licó la s e g u n d a r e d a c c ió n d e l C á n tic o e s p ir i tu a l , s in o q u e e l D ibujo d e Je ró n im o se v io c a m b ia d o p o r u n C om pendio , a tr ib u id o a Je ró n im o de S an José , p e ro q u e en re a lid a d h a b ía s id o s a ­cad o de la Vida a m p lia del p a d re E z q u e rra , p o r A ndrés de Je sú s M aría . E s te C om pendio a c o m p a ñ a r ía en a d e la n te las ed ic io n es e sp añ o la s h a s ta la del P. G era rd o de S an J u a n de la C ruz e n 1912. F u e ta m b ié n tra d u c id o al fran cés y se e n ­c u e n tra , a l m e n o s , e n la s e d ic io n e s d e P a r ís 1877, 1890, 1892.

C on m otivo de la c a n o n iz a c ió n p u b licó D ositeo de S an Alejo su Vie de S a in t Jean de la Croix, P arís , 1727. Se ed itó en d o s v o lú m en es . A d em ás de la v ida, h a b ía u n re s u m e n de h is to r ia de la R e fo rm a c a rm e lita n a , las M á xim a s e sp ir itu a ­les, se n te n c ia s y u n a d ise r ta c ió n so b re la teo lo g ía m ís tic a en d e fe n sa d e la o r to d o x ia d e la d o c t r in a s a n ju a n is ta . F u e

117 C f. Q u i r o g a , H is to r ia , L . I , c a p . 4 8 .

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 501n u e v a m e n te re e d ita d a en P arís , 1872 e n tre s v o lú m en es y t r a d u c id a p o s te r io rm e n te a l f la m e n c o e n G a n te 1854 y 1891. E l P. E u s ta q u io de S a n ta M aría p u b licó la Storia della vita , v ir tù , d o n i e m ir a c o li d i S. G io v a n n i de lla C roce , R om a, 1726. T ra d u c id a al fran cés se p u b licó en R ouen , 1727 y P arís el m ism o añ o . U n a v id a m á s se n c illa p u b lic ó e n R o m a A gapito de la A n u n ciac ió n , R om a, 1727, y ta m b ié n el m ism o a ñ o e n M ad rid . E n ese a ñ o de la c a n o n iz a c ió n a p a ­re c e n ta m b ié n las v id as de P e d ro C laud io D u re t en L yon, F ran c isco de S an J u a n B a u tis ta , en C rem o n a , A lonso de la M ad re de D ios, al a ñ o s ig u ien te , en B arce lo n a . M ás a d e la n te se e sc rib ió la v ida de C ollet co n ed ic io n es en P a r ís 1769, 1796, 1826, 1837, 1855.

L as b io g ra fía s de S a n J u a n de la C ruz se fu e ro n m u l t i ­p lican d o . Je ró n im o del In m a c u la d o C o razó n p u b lic a b a u n a e n S a v o n a e n 1857, F ra n c is c o M a r ía M a r t ín e z o t r a e n C u en ca en 1875. E l m ism o añ o D. M an u el M u ñ o z G a m ic a d a b a a lu z en Ja é n su o b ra : «S an Ju a n de la Cruz. E nsayo h is ­tórico» en la q u e o frece a lg u n o s d o c u m e n to s de U beda , a l ­g u n o s breves, y n o tic ia s so b re el rezo del S an to . S e ría t r a d u ­c id a al ita lia n o e n 1882. U n a v id a sen c illa e sc rib ió G reg o rio de S a n ta S a lo m é, p u b lic a d a en M a d rid e n 1884. T a m b ié n A.E. F a rr in g to n p u b licó o tra v id a p o p u la r en D ublín , 1888.

El te rc e r c e n te n a r io de la m u e rte fue u n a n u ev a o cas ió n p a r a la h i s to r io g r a f ía s a n ju a n is ta . A le ja n d ro d e S a n ta T eresa p u b licó en R o m a u n a v ida ex ten sa del S an to , b a s a d a en la de M arco s de S an F ran c isco y en la o b ra de M u ñ o z G am ica . T a m b ién el P. A lfonso M aría de Jesú s, p u b licó o tra v ida, tra d u c id a al f ran cés , en 1891. R eco rd em o s a d e m á s la s b io g ra fía s de J u a n F ed erico de S a n ta R osa, H o n o rio D ucei y D avid Lew is, L o n d res 1897.

5. Las biografías m odernasN o h a n fa ltad o ta m p o c o en el siglo XX la s b io g ra f ía s

sa n ju a n is ta s . P e rm íta se n o s re c o rd a r la de D em in u id , co n al m en o s c u a tro ed ic io n es , la de E s ta n is la o de S a n ta T eresa , M ilán , 1926, la de E v a ris to de la V irgen del C arm en , Tole-

502 FORTUNATO ANTOLIN

do, 1927, e tc .118.U na o b ra so b re S a n J u a n de la C ruz ib a a te n e r u n i n ­

flu jo co n s id e ra b le e n la b io g ra fía s a n ju a n is ta y n o ta n to p o r su s a p o rta c io n e s co m o p o r la s re a c c io n es q u e m erec ió .

E n 1924 Je a n B a ru z i p u b lic a b a en P a rís u n v o lu m in o so v o lu m en so b re S an J u a n de la C ruz: S a in t Jean de la Croix et le p ro b lèm e de l'expérience m ystiq u e . N o se t r a t a p r o p ia ­m e n te de u n a b io g ra fía sa n ju a n is ta . P e ro en el lib ro s e g u n ­do sí que t r a ta de ella. E s u n a o b ra q u e h a s u p u e s to u n in m e n so tra b a jo de le c tu ra y c o n fro n ta c ió n d e m a n u sc r ito s , o b ra que a u n h o y re su lta in te re sa n te . E l ju ic io q u e h a c e de la s b io g ra f ía s p r im it iv a s es f r a n c a m e n te n e g a t iv o 119. P a ­sa n d o a e n ju ic ia r las v id as de Q u iro g a y Je ró n im o a firm a : «Q uelque so it p a r a ille u r l 'in té rê t des c o n tr ib u tio n s d u P ère J o s é d e J e s ú s M a r ia e t d u J e r ó n im o d e S a n J o s é a p ­p a r t ie n n e n t a u g en re de l 'H a g io g rap h ie b a n a le e t n e p e u ­vent, d 'a u tre p a r t, ê tre co n s id é rées h is to r iq u e m e n t (cf. s u r ­to u t les p ag es c o n c e rn a n t les p e rsé c u tio n s) co m m e d es g u i­des v éritab les. L a g ra n d e figu re de S a in t Je a n d e la C roix a é té la m e n ta b le m e n t a p p a u v rie e t d é fo rm ée p a r de te lles b io ­g ra p h ie s » 120.

D espués de ta le s a f irm a c io n es se e sp e ra r ía q u e la s p á g i­n as q u e él d e d ic a a la v id a del S a n to e n riq u e c e ría n la fig u ra de S an J u a n de la C ruz. P e ro en vano . T en ien d o p o r s o s p e ­ch o so s los d a to s de los P ro ceso s de b ea tif ic a c ió n y c a n o n i­zac ión , n o s o frece u n a fig u ra del S a n to n o ta b le m e n te e m ­p o b re c id a en la v e rd a d e ra g ra n d e z a m o ra l. E n v an o b u s c a ­re m o s los h ech o s p ro d ig io so s q u e te s tim o n ia n la p ro te c c ió n

118 Para una noticia más completa de la producción literaria en torno a San Juan de la Cruz véase P. O t t o n e l l o , Bibliografía di S. Juan de la Cruz, Roma 1963.

119 J. B a r u z i , escribe: «Les biographies de saint Jean de la Croix sont d 'une extrêm e m onotonie. Elles ont l'habituelle fadeur des ouvrages hagiographiques et reproduissent avec une molle complaisance une série d'ailleurs banale d'inévitables prodiges. L'enfance n'est nullement saisie en sa simplicité, la période salmantine est faussée, les persécutions ne sont pas relatées en leurs vraies origines... Pour tout ce qui concerne les souffrances finales les prem iers biographes, avec un enthusiasm e dénué de toute critique, auquel se sont soumis docilement les historiens ultérieurs... ont alteré systématiquement l'histoire du rôle de Doria», p. 730.

120 J . B a r u z i , Ibidem, p . 7 3 1 .

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 503m a ria n a , n i su v id a de p e rfecc ió n en M ed ina , en S a la m a n ­ca, en la R efo rm a. E l p e río d o de Avila d esco n o ce la a c tiv i­d a d del S a n to en el m o n a s te r io de la E n c a m a c ió n , las te n ­ta c io n e s c o n tra la c a s tid a d venc idas, su a c tu a c ió n exorc ís- tica . N o se re c o rd a rá la p e tic ió n de p a d e c e r y s e r d e s p re ­c iado , n i se m e n c io n a rá n la s m a ra v il la s o b ra d a s p o r la s v en d as e n su ú ltim a en fe rm e d ad . E n re a lid a d u n o se s ien te in c lin a d o a a p ro p ia rse el ju ic io del P. F lo re n c io d e l N iñ o Je sú s so b re e s ta o b ra de B aruzi: «Sólo te n e m o s q u e d e c ir al D o c to r de la S o rb o n a , q u e el a m a n era m ien to , a c a d em ism o o c o m o q u ie ra él llam arlo , co n q u e e s tá n e sc rita s las p r im e ra s b io g ra fía s de S an J u a n de la C ruz, n o s d e jan v er to d av ía , de u n a m a n e ra c la ra y t r a s p a re n te , la f ig u ra ex celsa , in c o n ­fu n d ib le , in c o m p a ra b le del d o c to r de F on tiv ero s, n o e m p o ­b rec id a , n i m en o s fa lsead a , co m o él a seg u ra , s in p ro b a rlo ; s in o veríd ica , v ien d o y m o v ién d o se en su p ro p io a m b ie n te y c o n los suyos... E l c rítico fran cés n o s h a d ad o u n a fig u ra di u n F ray J u a n B aru z i, p in ta d o p o r sí m ism o , d o c to r m ís tico m o d e rn o de la S o rb o n a , e n n a d a p a re c id o a S an J u a n de la C ruz, M ístico D o c to r de la Ig lesia y sa n to de la s l la n u r a s c a s te l la n a s » 121.

N o fue s in e m b a rg o in ú til el e s fu e rz o de B a ru z i. S u s ap én d ices , a u n q u e c riticab les , y la v ida que e sc rib ió tie n e n su valor. L as q u e jas de B a ru z i so b re la in fan c ia , el tie m p o e n S a la m a n c a y la s p e rs e c u c io n e s d e l S a n to h a n s id o e s tu d iad as . F la llam os en B aru z i la d esc rip c ió n de las ferias de M ed ina , el p o sib le c o n o c im ie n to del S a n to de lo s d isc í­p u lo s del m éd ico G óm ez P e re ira , n o tic ia s so b re el je s u í ta J u a n B onifacio . T a m b ién el p e rio d o sa lm a n tin o o frece m ás d a to s so b re la e s ta n c ia del S a n to en la U n iv e rs id ad y a c t i ­v id ad en la v ida a cad ém ica . L as n o tic ia s q u e se o frecen s o ­b re los e s ta tu to s , los p ro fe so re s , las le c tu ra s , el c o n o c im ie n to d e F r a y L u is d e L e ó n e r a n c i e r t a m e n te n o v e d a d e s y su p o n ía n u n esfu e rzo p a ra d a m o s a co n o c e r el a m b ie n te en q u e se m ovió , si b ie n n o p a ra te n e r la seguridad de u n in ­flu jo c ie rto en J u a n de S a n to M aría . E n el re la to de la p r i ­sió n se h a n te n id o en c u e n ta las d iv ersas re lac io n es, p e ro en

121 C f. F l o r e n c io D e l N iñ o J e s ú s , Un libro de Juan Baruzi sobre San Juan de la Cruz, en Mensajero de Santa Teresa y de San Juan de la Cruz 3 (1925) 215.

504 FORTUNATO ANTOLIN

v an o se b u s c a n lo s fav o res s o b re n a tu ra le s re c ib id o s e n la cá rce l y la p ro te c c ió n de la V irgen e n la h u id a . L a p re s e n ta ­c ió n q u e se h a c e de N ico lás D o ria es d ifíc il de a c e p ta r hoy.

L a o b ra de B a ru z i p o r su n o v ed ad y, so b re to d o , p o r la in te rp re ta c ió n de la d o c tr in a s a n ju a n is ta tu v o c o m o c o n s e ­c u en c ia u n a d o b le reacc ió n . De u n a p a r te la a c o g id a te n id a en los a m b ie n te s filosóficos, y la re e d ic ió n d e la o b ra en 1931 1 2 2 .

De o tra p a r te , la re a c c ió n ta n to fre n te a su in te rp re ta c ió n d o c t r in a l123 c o m o a su s a firm a c io n es h is tó ric a s . E l P. F lo ­re n c io del N iñ o Je sú s p u b lic a b a en el M en sa je ro de S a n ta T e re sa y d e S a n J u a n d e la C ru z d e 1925 u n a s e r ie d e a r tíc u lo s so b re el n u ev o l ib ro d e B a ru z i124. Se a d m ite la e ru d ic ió n a so m b ro sa , la p a c ie n c ia b e n e d ic tin a co n q u e el nuevo d o c to r h a llevado a té rm in o su tra b a jo . E l e s tu d io , a f irm a b a , h a sid o llevado co n u n a m a e s tr ía in su p e ra b le «en el m an e jo de la té c n ic a en c r ític a l i te ra r ia y e n la c o m p a ra ­c ió n de tex to s y a u to re s » 125. A p e s a r de to d o n o o c u lta b a que h a b ía q u e h a c e r se rio s re p a ro s en lo re la tiv o a las fu e n te s y b ió g ra fo s , en lo re la tiv o a la v id a a los tex tos. N o v a m o s a re p e tir a q u í to d a la la rg a a rg u m e n ta c ió n de F lo ren c io . B aste d e c i r q u e v a p o n i e n d o a n t e lo s o jo s d e l l e c t o r l a s in e x a c t i tu d e s h i s tó r i c a s y p o n e d e m a n i f i e s to q u e la s fu en tes de la v id a del S a n to n o e s tá n só lo en el m s. 12.738 de la B ib lio teca N a c io n a l de M ad rid , s in o a n te to d o e n el A rchivo V a tic a n o . L os te s tig o s u til iz a d o s p o r B a ru z i h a n sido p o co s y se h a n d e jad o d e lad o , p o r e sa d e s c o n f ia n z a h a c ia los P ro ceso s, te s tim o n io s de p r im e ra m an o . Si B a ru z i u tilizó a d e m á s del 12.738 el m s. 8568 n o se c o m p re n d e la d is t in c ió n q u e h a c e p a r a n o d a r le la m is m a a u to r id a d . B a ru z i tie n e la p re te n s ió n d e o fre c e r co sas in éd ita s , p e ro ya

122 El libro de Jean B aruzi fue objeto de u n a sesión en la Sociedad F rancesa de Filofofía. Cf. A. B o r d , Pascal et Saint Jean de la Croix. Paris, 1987, cap. 1, p. 39.

123 Cf. J. L e b r e t o n , La "Nuit oscure" d'après saint Jean de la Croix. Les sources et le caractère de sa doctrine, en Revue d'Ascétique et de Mystique 4(1928) 3-24.

124 F l o r e n c io D e l N iñ o JESUS, Un libro de Juan Baruzi sobre san Juan de la Cruz en Mensajero de Santa Teresa y de San Juan de la Cruz 3 (1925)27-28, 64-70, 93-99, 140-145, 212-215.

125 Ibidem, p. 27.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 505Q u iro g a h a b ía a p ro v e c h a d o eso s m a n u sc r ito s , en lo s q u e h a d e jad o a n o tac io n es . B a ru z i c r itic a al m s. 19.404 co m o de « tra d ic ió n m e n o s p u ra » . E n re a lid a d la t r a d ic ió n es ta n p u r a c o m o la d e l 12 .738 , p e ro c o n t ie n e e le m e n to s m i­lag ro so s q u e n a tu ra lm e n te n o a g ra d a b a n a u n a m e n ta l id a d ra c io n a lis ta . Y s in e m b a rg o B aru z i se m u e s tra m á s s a t i s ­fecho de A lonso de la M ad re de Dios, q u e n o o m ite la p a r te so b re n a tu ra l e n la v id a del S an to .

P ocos añ o s d esp u és C risógono de Je s ú s S a c ra m e n ta d o h a c ía este b reve ju ic io de la o b ra b a ru z ia n a : « E stu d io p r o ­fu n d o y m e d ita d o , q u e a b a rc a la v ida y la o b ra del d o c to r c a rm e lita n o , p o r m á s q u e el e s tu d io de la v id a a p a re z c a m u y u n ila te ra l y o b ra a d u lte ra d a . E l S an J u a n de la C ruz q u e B aru z i re tra ta en su lib ro , n o es el fray J u a n de la C ruz h is tó ric o , n a c id o en F o n tiv e ro s y m u e rto en U beda, c a n to r d u lc ís im o de m ís tic o s am o res ; es o tro , n ac id o en el sig lo XX, e n g en d ro del c e re b ro del d o c to r de la S o rb o n a y c a n to r de u n p e s im ism o m á s n e g ro y so m b río que el de lo s p an - te ís ta s del N orte . La o b ra de B a ru z i es u n esfu e rzo su p re m o p o r h a c e r a sa n J u a n de la C ruz u n p a n te ís ta t r a n s c e n d e n ta l e id e a lis ta al m o d o de P lo tin o » 126.

L a re sp u e s ta a d e c u a d a a las a f irm ac io n es de B a ru z i se te n d ría n , e n lo q u e se re fie re a la v ida , c o n n u ev as b io g ra ­fías, so b re to d o c o n la del P. BRUNO DE JESUS M ARIA. E l P. B ru n o q u iso h a c e r u n a b io g ra f ía d o c u m e n ta d a . P a ra ello v ino a E sp a ñ a , v isitó los lu g a re s sa n ju a n is ta s , c o n su ltó las fu en te s de q u e se h a b ía serv ido B aru z i y o tra s m u c h a s m ás. E n la In tro d u c c ió n B ru n o ag rad ece la ay u d a p re s ta d a p o r el P. Z in m m e rm a n , el P. B e ltr á n de H e re d ia , M ig u e l A sín P a lac ios, L uis M assig n o n . D esde su p ro p io te rre n o c u ltu ra l le h a n ay u d a d o a la c o m p re n s ió n de la v id a del S a n to e n tre los C arm elita s ca lzad o s, el p e rio d o sa lm a n tin o , el a m b ie n te

126 Cf. C r is o g o n o D e J e s ú s S a c r a m e n t a d o , San Juan de la Cruz. Su obra científica y su obra literaria. Avila, 1929, Vol. I, p. 18-19. El P. Florencio no sólo escribió sobre el Santo sino tuvo intención de escribir su biografía. En el estudio anteriormente citado escribe: «Nosotros decimos que es fuente muy importante [el ms. 12.738] es cierto, y de ella nos servimos tam bién para la vida de San Juan de la Cruz que estamos escribiendo', pero la fuente fundamental está en los Procesos completos, ordenados y jurados que fueron a Roma», p. 70.

506 FORTUNATO ANTOLIN

g ra n a d in o del sig lo X V I127. P o r c o n fe s ió n p ro p ia sa b e m o s q u e in vestigó e n el a rch iv o de la C a ted ra l y el C olegio de C a la trav a en S a la m a n c a , y v isitó los re s to s del co n v en to de M ed ina , y en V allado lid la f in ca «Rio de O lm os»128.

E l P. B ru n o h a ex p u esto c o n estilo b rillan te , n o ex en to a veces de c re a c io n es de la im a g in a c ió n , la v id a del S an to , e n m a r c á n d o la d e n t r o d e la l i tu r g ia y le g is la c ió n d e la O rden . B ru n o h a te n id o p re se n te s las q u e jas de B a ru z i so b re los a n te r io re s b ió g ra fo s y, s ig u ien d o el e jem p lo de l m ism o B a ru z i, h a in te n ta d o l le n a r la s la g u n a s b io g r á f ic a s . L a e s ta n c ia e n M ed in a e s tá e n m a rc a d a d e n tro de la a c t iv id a d del C olegio de la C o m p a ñ ía cu y as c la se s se re c u e rd a n . E l p e río d o sa lm a n tin o se i lu s tra c o n la m e n c ió n d e la s leyes de la O rd en p a ra el S tu d iu m Generale, c o n la a s is te n c ia a las c lases en la u n iv e rs id a d y la o rg a n iz a c ió n de las c lases d u ­ra n te la e s ta n c ia de fray J u a n en la U n iversidad . P o r la b io ­g ra fía de B ru n o p a s a n ta m b ié n los n o m b re s de M an c io de C o rp u s C hristi, J u a n de G uevara , F ray L uis de L eón, etc.

L a b io g ra fía de B ru n o sign ificó u n a n o v ed ad d e n tro de las v id as sa n ju a n is ta s e sc rita s p o r re lig iosos. T e n ien d o p re ­sen te s las q u e jas de B a ru z i la f ig u ra de D o ria e s tá p e n sa d a en u n co n tex to u n ta n to b a ru z ia n o 129.

L a v id a del P. B ru n o fue u n éx ito ed ito ria l. E d ita d a en 1929, se e d itó n u e v a m e n te e n 1939 y 1 9 61 , a l m e n o s . T ra d u c id a al ing lés p o r Z im m e rm a n se ed itó e n 1932, re e d i­ta d a e n 1957. H ay v e rs io n e s ita lia n a s en 1938 y 1963. E n esp añ o l se p u b lic ó e n M ad rid , 1943 y B u en o s A ires 1947. A e s ta a c e p ta c ió n e d ito r ia l h ay que a ñ a d ir la a c o g id a d e la c r ít ic a . D am o s u n o s e je m p lo s . E l P. C riso g o n o d e J e s ú s , fu tu ro h is to r ia d o r d e l S a n to , e s c r ib ía a l s a l i r la e d ic ió n fran cesa : « E scrito c o n ese e n c a n to q u e la b u e n a l i te r a tu ra fran c e sa sab e d a r a to d o c u a n to to ca , el lib ro del P. B ru n o c o se c h a rá a d m ira c io n e s y a la b a n z a s de c u a n to s a m e n el

127 Cf. B r u n o D e J e s u s M a r i e , Saint Jean de la Croix. Paris, 1929. Avant-propos. Citaremos por la versión española. Madrid, 1943.

128 Cf. B r u n o , cap. 5, p. 71: «En los archivos del Catedral y en los de Calatrava no hemos descubierto ningún documento de la época que señale la fecha y el lugar de la ordenación». En el cap. 7, p. 87 habla de su visita a Rio de Olmos, en Valladolid.

129 B r u n o , Ob. cit., cap. 19, nota 108, en que cita una frase de Baruzi.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 507d e c ir a m e n o y fácil... E s u n a re fu ta c ió n in te n c io n a d a de la o b ra de B a ru z i e n su p a r te h is tó r ic a ú n ic a m e n te , q u e ta n u n ila te ra l re su lta b a jo la p lu m a del sab io ra c io n a lis ta » (1 2 8 ). C o n tin u a n d o su ju ic io añ ad e : «E nfoca b ie n los p u n to s de v is ta , a u n q u e a veces h u b ié ra m o s d e se a d o a lg u n a m a y o r p re c is ió n de d e ta lles y m á s a b u n d a n te y só lid a d o c u m e n ­ta c ió n , so b re to d o e n p u n to s ta n c a p i ta le s c o m o e n la s re lac io n es e n tre S an J u a n de la C ruz y G ra c iá n q u e a p a ­re c e n en la V ida a lgo b o rro sa s . El P. B ru n o p ie n sa q u e no d e b ie ro n se r m u y co rd ia les» (129). El ju ic io com plex ivo e s tá re su m id o así: «El a u to r h a reco g id o m u c h o s ra sg o s casi d e ­sco n o c id o s de la v id a del g ra n M aestro c a rm e lita y su o b ra re su lta in te re sa n te , si n o o rig in a l. L a la b o r m á s m e r i to r ia p u ed e a p re c ia rse p o r las n o ta s ... q u e l le n a n c e rc a de c ien p á g in a s e n le tra m u y m e n u d a » 130. T a m b ién el P. A n a s ta s io d e S a n P ab lo h izo u n a am p lia re c e n s ió n la u d a to r ia 131.

El m ism o añ o en q u e a p a re c ía la o b ra del P. B ru n o p u ­b lic a b a S ilverio de S a n ta T e resa el p r im e r v o lu m e n d e la Obras de S an Ju a n de la Cruz, d e n tro de B ib lio teca M ística c a rm e lita n a . E n los P re lim in a re s , am p lio s y b ien d o c u m e n ­tad o s, o frece u n a b io g ra fía del S a n to y u n e s tu d io so b re su s o b ra s v e rd a d e ra m e n te v a lio so , a u n a p r o v e c h a b le 132. E s tá t a m b ié n e s c r i t a t e n ie n d o p r e s e n te la s a c u s a c io n e s d e B aru z i, a q u ien a lu d e c la ra m e n te en a lg u n o de sus p á rra fo s . T ra ta de los e s tu d io s del S a n to e n M ed ina y S a la m a n c a , r e ­c o rd a n d o q u e el p r im e ro en p e d ir n o tic ia s de la m a tr ic u la - c ió n del S a n to fue A lonso de la M ad re de Dios, si b ie n la re sp u e s ta que le d ie ro n fu e b a s ta n te co n c isa . L a v id a de S ilverio e s ta b a s a d a f u n d a m e n ta lm e n te e n la s a n t ig u a s b io g ra fía s de las q u e h a c e este elogio: «Son m a g is tra le s p a ra la é p o c a e n q u e s a lie ro n » 133. M ás a d e la n te el P. S ilv e rio p u b lic a r ía el to m o V de la H istoria del Carm en D escalzo d e ­

130 Cf. C r is o g o n o D e J e s ú s S a c r a m e n t a d o , Una «Vida de san Juan de la Cruz», e n Mensajero de Santa Teresa y de San Juan de la Cruz 8 (1 9 3 0 ) 7 7 -7 8 .

131 C f. la r e c e n s ió n e n Analecta Ordinis Carmelitarum Discalceato- rum 4 (1 9 2 9 ) 2 3 1 -2 3 8 .

132 Cf. Obras de San Juan de la Cruz, B u r g o s , 1 9 2 9 , v o l . I . P r e l im i n a r e s . BMC, 10, 7 -2 6 2 .

133 S il v e r io D e S a n ta T e r e s a , B M C , 10, 19.

508 FORTUNATO ANTOLIN

d ic a d o fu n d a m e n ta lm e n te a l S a n to 134 to d av ía m á s ric o en d o c u m e n ta c ió n .

P ocos a ñ o s d e sp u é s te n d r ía lu g a r el c u a r to c e n te n a r io del n a c im ie n to de sa n J u a n de la C ruz. L as c o n fe re n c ia s y e s tu d io s se m u ltip lic a ro n . S in e m b a rg o p o d e m o s c o n s id e ra r có m o u n o de lo s f ru to s m á s e x c e le n te s d e l c e n te n a r io la V ida d e S an J u a n de la C ruz, p u b lic a d a en la B ib lio teca de A utores C ris tian o s en 1946. S u a u to r , el P. CRISOGONO DE JESUS, e ra u n s a n ju a n is ta c o n s a g ra d o . H a b ía e s c r i to San J u a n de la C ru z■ S u o b ra c ie n tí f ic a y s u obra lite ra r ia . Avila, 1929. M ás ta rd e u n a b io g ra fía del S a n to S a n Ju a n de la Cruz. E l h om bre . E l D octor. E l Poeta, B a rce lo n a , 1934, re e d ita d a en 1946. E l P. C risógono n o llegó a v e r p u b lic a d a su b io g rafía . H a b ía s id o c o m p u e s ta p a ra c o n c u r r ir al c e r ta ­m e n del M in is te rio de E d u cac ió n . Se ju zg ó m e re c ía el p re ­m io p o r v a ria s ra z o n e s :

«Es u n a o b ra de g ra n se ried ad , q u e d e s ta c a p o r la s c u a ­lid a d e s s ig u ie n te s :

1) U na la b o r p re p a ra to r ia q u e h a llevado al a u to r p o r t o ­dos los a rch iv o s n a c io n a le s y ex tra n je ro s en q u e se e n c u e n ­t r a n los d o c u m e n to s re la tiv o s a S an J u a n de la C ruz y los o rig in a les de su s escrito s;

2) E l h a llazg o d e u n g ra n n ú m e ro d e d a to s y n o tic ia s m a n u sc r ita s q u e e n r iq u e c e n n u e s tro c o n o c im ie n to d e la fi­g u ra del b io g ra fiad o ;

3) U na d e sc rip c ió n llen a de v iveza y a u te n tic id a d d e los lu g ares en q u e se d e sa rro lló la v ida del S an to , c o n c irc u n s ­ta n c ia s y p o rm e n o re s q u e rev e lan el c o n o c im ie n to d ire c to de d ich o s lugares;

4) U na g ra n e x a c titu d en la p in tu ra del m ed io socia l, in ­te lec tu a l y re lig io so q u e su p o n e la v is ió n c la ra d e la v id a e sp a ñ o la en el sig lo XVI;

5) U na n a rra c ió n a g rad ab le , e n q u e se ju n ta n la a m e n i­d a d y la fac ilid ad del len g u aje , s ie m p re sencillo y ligero , a p e sa r de las n o v ed ad es d o c u m e n ta le s y de las d is c u s io n e s c rític a s q u e tie n e n c a b id a en las n o tas .

E s te tra b a jo n o so la m e n te o cu p a u n p u e s to h o n ro so e n ­

134 Los hizo en su Historia del Carmen Descalzo en España, Portugal y America, Burgos, 1936, vol. 5. Aunque sim ultáneam ente tra ta de otros asuntos de la Reforma, está fundamentalmente dedicado al Santo.

A PRO X IM A CIO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 509t re las m e jo res b io g ra fía s d e S an J u a n de la C ruz, s in o que las su p e ra a to d a s ellas p o r su v a lo r h is tó ric o y d o c u m e n ta l , qu e la h a rá ú til n o so la m e n te al p ú b lico e n g e n e ra l, s in o ta m b ié n p a ra lo s m ism o s e sp e c ia liz ad o s e n la s c o sa s de l D o c to r M ístico » 135.

E l ju ic io d e l M in is te r io d e E d u c a c ió n N a c io n a l r e ­sp o n d e a la re a lid ad . C risógono c o m ie n z a su In tro d u c c ió n c o n e s ta s p a la b ra s : «Ni u n h ec h o s in p ru e b a d o c u m e n ta l, n i u n lu g a r s in d e sc r ip c ió n h e c h a so b re el te r re n o . E s ta h a s id o n u e s tra n o r m a » 136. C risógono h a p o d id o e sc r ib ir e s ta b io g ra fía co m o si fu e ra la p rim e ra . H a a c u d id o a las fu e n ­tes, a la d o c u m e n ta c ió n m a n u sc r ita . L as d e m á s b io g ra f ía s h a n s id o u tiliz a d a s «o p a ra c o m p ro b a r la f id e lid a d de su s d a to s o p a ra re c tif ic a r su s in e x a c titu d e s» 137.

Los ju ic io s q u e m erec ió e s ta b io g ra fía al a p a re c e r p a ra el p ú b lico fu e ro n excelen tes. E n R a zó n y Fe la e n ju ic ia b a a s í el P.I. E rra n d o n e a : «Ante la eg reg ia Vida de S a n J u a n de la Cruz de c e rc a de 500 p ág in as ... h ay q u e d e sc u b rirse co m o a n te u n m o n u m e n to aere p eren n iu s co n sa g ra d o a la in m o r ­ta l id a d » 138. P o r su p a r te , el P. Is m a e l de S a n ta T e re s ita a d em ás de p o n e r de re lieve el c a rá c te r v iv en c ia l c o n q u e e s tá e sc rita co m o si lo e s tu v ié ra m o s v ien d o , se fija e n las a p o r ta c io n e s d e C risó g o n o : « C a ta lo g a , e n u m e r á n d o lo s y ju s tip re c iá n d o lo s lo s m a n u sc r ito s sa n ju a n is ta s ; p re c isa co n su fic ien te c o p ia d e d a to s feh ac ien tes el h o sp ita l en q u e J u a n de Y epes sirv ió en M edina; tra e nu ev o s e in te re sa n te s d e ta ­lles so b re el co n v e n to c a rm e lita n o de S a n ta Ana; c o n c re ta m á s la fech a de la p ro fe s ió n del S an to , d ic ie m b re de 1564; p ru e b a co n ev id en c ia la d u p lic id a d de c lases d u ra n te el p e ­r io d o de e s tu d io s de fray J u a n e n S a lam an ca ; co rrig e a los ú ltim o s h is to r ia d o re s en el se n tid o de q u e fray J u a n estu v o só lo dos veces en P a s tra n a ; d e m u e s tra q u e in m e d ia ta m e n te d esp u és de la fu g a de la cá rc e l de T o led o n o p u d o ir el S a n to a M ed in a n i a Avila; d e sh a c e la c o n fu s ió n e x is te n te

135 Cf. CRISOGONO De JESUS, Vida y obras de San Juan de la Cruz, Madrid, 1946, Prólogo, p. xxiv. Juicio repetido en la demás ediciones de esta biografía del P. Crisógono.

136 Cf. Introducción, p.7.'31 Ibidem, p. 7.1381. E r r a n d o n e a , e n s u r e c e n s ió n e n Razón y F e 135 (1 9 4 7 ) 3 7 5 .

510 FORTUNATO ANTOLIN

e n tre los h is to r ia d o re s re fe re n te al p r im e r v ic e re c to r del co­leg io de B aeza; in te re sa n te , p o r d em ás , el h a llazg o , s iq u ie ra c o n je tu ra l de las re la c io n e s d e l sa n to D o c to r de B aeza c o n la i lu s a C a la n c h a » 139. L a b io g r a f ía d e C r is ó g o n o s u p o n ía av an ces e n la in v e s tig a c ió n h is tó r ic a , c o rr ig ie n d o a d e m á s in e x a c ti tu d e s d e B ru n o , S ilv erio , D á m a so A lo n so , O tilio . P a ra s e r ob jetivo , el P. Ism a e l h a c e n o ta r a lg ú n d e sp is te de C risó g o n o .

L a v id a del S a n to de C risó g o n o fue u n éx ito ed ito ria l. E n esp añ o l h a co n o c id o h a s ta la fe ch a ed ic io n es e n 1946, 1950,1955, 1960,1964, 1972, 1974, 1975, 1978, 1982. A d e ­m á s h a sido tr a d u c id a a ita lia n o en 1955, al ing lés e n 1958, al a le m á n en 1961, al c ro a ta e n 1974, a l f ran cés e n 1982.

C ie rta m e n te la b io g ra fía de C risógono e ra p e rfec tib le y, si él h u b ie ra vivido, n o h a b r ía d e jad o de m e jo ra rla . E n su lu g a r se h a em p lead o en ello el P. M atías del N iñ o Je sú s c o n u n a p e rse v e ra n c ia e je m p la r. E l P. M a tía s h a id o in c o r p o ­ra n d o lo que lo s n u ev o s e s tu d io s a p o r ta b a n , c o rr ig ie n d o a veces a firm a c io n es q u e ju z g a b a in ex ac ta s . A veces a lg u n a s n o ta s to c a b a n a lg ú n p ro b le m a in te re sa n te . E sas n o ta s h a n sid o ca lif icad as de « a fo rtu n a d a s y o p o r tu n a s » H0. C on e s ta s a p o rta c io n e s del P. M atías la b io g ra fía de C risó g o n o e s tá s ie m p re al d ía p re s ta n d o su s servicios.

De lo d ich o h a s ta a q u í a p a re c e c la ro có m o S a n J u a n de la C ruz tie n e u n a b io g ra fía a b u n d a n te , ta n to a n ivel p o p u la r y d evo to co m o a n iv e l c ie n tíf ic o . L as b io g ra f ía s a n t ig u a s fu e ro n b u e n a s y la a c e p ta c ió n co n q u e fu e ro n le íd as y t r a ­d u c id a s lo d e m u e s tra c la ra m e n te . P e ro m u y b u e n a h a de se r u n a b io g ra fía p a ra p o n e r en seg u n d o lu g a r las de B ru n o o C risógono.

Se h a lla m a d o la a te n c ió n so b re las b io g ra fía s a n tig u a s en el se n tid o de q u e , te n ie n d o c a d a é p o c a su m o d e lo de sa n tid a d , los b ió g ra fo s a n tig u o s n o s h a n p re se n ta d o u n sa n J u a n de la C ruz se g ú n lo p e d ía el estilo b a rro c o de en to n ces .

139 I s m a e l D e S a n t a T e r e s it a e n la r e c e n s ió n e n Revista de Espiri­tualidad 5 (1946) 568.

140 Así el P. José V icente de la E ucaristía en Ultima edición de la «Vida y Obras de San Juan de la Cruz». Anotaciones y comentarios en Rev. de Espiritualidad 15 (1956) 73. E ran precisiones a la vida de Crisógono tan to a favor com o en contra.

A PR O X IM A C IO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 511E ra n o rm a l q u e as í lo h ic iesen , co m o h ijo s de su tiem p o . P e ro n o c reem o s tu v ie ra n a d a q u e v e r c o n el b a rro q u ism o las d isq u is ic io n es so b re el se n tid o en q u e se p u e d e y d eb e h a b la r de S a n ta T e re sa co m o fu n d a d o ra d e los re lig io so s. E se a su n to e ra a lgo se n tid o en to n c e s . A lonso de la M a d re de D ios e x p o n d rá las m ism as id eas e n el p ro ceso se g o v ia n o , q u e n o e ra u n a b io g ra fía . Y la m is m a m a n e ra d e p e n s a r m a n ifie s ta Je ró n im o de S a n Jo sé en el m ism o p ro ceso de Segovia. G rac ián h a b la rá del m ism o tem a . E s p o s ib le que los b ió g ra fo s en su a fá n de e n a lte c e r a los S a n to s los h a g a n sa n to s d esd e n iñ o s. N a d a de co sas m arav illo sas en la n iñ e z de S an Ju a n , n in g u n a p ro fe c ía in d ic a n d o el fu tu ro del pobre fo n tiv ereñ o . V elasco, e n la v id a de su h e rm a n o , F ra n c isc o de Y epes p re se n ta a sp e c to s p o co e d ifican te s de su ju v e n tu d , R ib e ra y Y epes h a b la rá n de los d efec tos de S a n ta T e re sa en su ju v e n tu d , d e fec to s su p e ra d o s c o n la g ra c ia de D ios. Lo que n o nos p a re c e p o d e rse a c h a c a r al e sp ír itu b a rro c o es el h e ch o de la c o n firm a c ió n e n g ra c ia en la p r im e ra m isa . E s c la ro q u e a n ivel te o ló g ico e sa g ra c ia es p o s ib le , y e n el o rd e n h is tó ric o el te s tim o n io es de m a y o r excepción , s in q u e la a f irm a c ió n d e jase de te n e r c o n trad icc io n es . P e ro es difícil e n c o n tra r en la b io g ra f ía s de lo s S a n to s n o tic ia s de u n a g ra c ia s e m e ja n te d e n tro d e l b a r ro c o . Q u e re r b o r r a r ep i­so d io s de dev o c ió n m a ria n a , a b a se del g én ero lite ra r io n o s p a re c e in a d m is ib le e n el caso de S an J u a n de la C ruz. E sas a firm a c io n es de los b ió g ra fo s se b a sa n en te s tim o n io s d ire c ­tos, q u e o y ero n al S a n to m ism o re fe r ir e s to s h ech o s o fu e ro n te s tig o s d e a lg u n o 141. N os e n c o n tra m o s , a d e m á s , e n e s te caso de S an J u a n de la C ruz, c o n q u e to d o s los a sp ec to s que se q u ie re n v e r in flu id o s p o r el e sp ír itu b a rro c o se h a lla n r e ­f e r id o s e n la s b i o g r a f í a s m o d e r n a s d e B r u n o y d e C risógono . N o só lo los favores m a ria n o s y la c o n firm a c ió n e n g rac ia , s in o in c lu so la g en ea lo g ía d e fra y J u a n q u e n o

141 Cf. Martín de la Asunción, BMC, 14, 83 como oído al Santo. Algo que el Santo contó «muchas veces». También estuvo presente fray Martín en Córdoba cuando se derribó la pared saliendo ileso el Santo. Crisógono juzga el hecho históricamente cierto (Vida, cap. 1, nota35). La diferencia sobre el lugar no invalida lo sustancial del hecho. Bruno recoge el caso y el dicho de Luis de S. Angelo como oído al Santo. Cf. S. Juan de la Cruz, cap. 1, pp. 13-14.

512 FORTUNATO ANTOLIN

«inven ta g en ea lo g ías a c o rd e s c o n la s a n tid a d s in g u la r» . La v e rd a d es q u e A lonso n o in v e n ta n a d a . A ntes de él ya h a b ía h a b la d o Q u iro g a d e l p a d re de l S a n to c o m o d e « h o m b re b ie n n ac id o , te n ía p a r ie n te s p re b e n d a d o s e n la S a n ta Ig lesia de T o ledo y u n tío in q u is id o r d e la m is m a c iu d a d , t e s t i ­m o n io s a c re d ita d o s de lim p ie z a de sa n g re » 142. A lo n so d a r á m á s d a to s so b re su fam ilia p e ro b a sa d o s e n la g e n e a lo g ía c o n se rv a d a e n el Libro del S a n to d e S egov ia , f e c h a d a en 1 6 28 , m a n d a d a in v e s t ig a r p o r e l G e n e ra l P . J u a n d e l E sp ír itu S an to . A ntes, p o r lo m ism o , q u e A lonso c o m p u s ie se la b io g rafía . P o r lo d e m á s es e v id e n te q u e la m a n e ra de p re s e n ta r a la fam ilia d e ja e n to d a su c ru d e z a el h ec h o de la p o b re z a en q u e v iv ían , y q u e la p re se n ta c ió n de J u a n e n el C olegio de los N iñ o s d e la D o c trin a , e ra u n m o d o d e in d ic a r la p o c a o n u la p o te n c ia e c o n ó m ic a d e s u f a m il ia . N o sab em o s si p e rte n e c e a la m e n ta lid a d b a rro c a la lu c h a c o n ­t ra el d em o n io , el h a c e r m ilag ro s , la v e n e ra c ió n a la s r e l i ­qu ias. C reem o s q u e no . Q ue m u c h o a n te s del b a rro c o lo s sa n to s lu c h a n c o n tra el p o d e r del d e m o n io y h a c e n m ila ­gros. De to d o s m o d o s es cu e s tió n en la q u e h a b rá q u e ex a­m in a r la d o c u m e n ta c ió n . A lonso de la M ad re de D ios, i n ­c réd u lo en co sas so b re n a tu ra le s , a f irm a y n a r r a u n m ilag ro del q u e él m ism o fu e te s t ig o 143. E s d e c ir , q u e a ú n a d m i­tie n d o p re fe re n c ia s y m a n e ra s d e in te r p r e ta r la r e a l id a d c o n fo rm e a los tiem p o s , n o c reem o s se p u e d a p o n e r en d u d a lo que e s tá su fic ie n te m e n te d o c u m e n ta d o .

C on la v id a de C risógono y B ru n o la h is to r ia d e S a n J u a n de la C ruz lo g ra las rea liz ac io n e s m á s co m p le ta s . No h a n fa ltad o d esp u és , y e ra n a tu ra l, o tra s b io g ra fía s , en a r ­m o n ía co n los g u s to s m o d ern o s . N o p o d em o s n i es n u e s tra in te n c ió n re c o rd a rla s to d as . B aste in d ic a r la v ida e sc r ita p o r D.M . P o in se n e t144, H . W a a c h 145, la d is c u t id a d e D o n a z a r146,

142 Cf. J o s é D e J e s ú s M a r ía , Historia, L. I, cap. 2.143 El P. J o s é V ic e n t e R o d r íg u e z , La imagen del diablo en la vida y

escritos de San Juan de la Cruz, en Rev. de Espiritualidad 44 (1985) 301- 336. No parece poner en duda el aspecto de exorcista del Santo. Tampoco los biógrafos, aun los modernos como Crisógono, que habla de esto en cap. 7 sobre la monja agustina María de Olivares. En Segovia arranca al diablo una cédula de entrega del alma a una persona (Cf. cap. 18, nota 51).

144 M.D. P o in s e n e t , Par un sentier á pie, Paris, 19. Traducido al español, Bilbao, 1963.

etc.

A PR O X IM A C IO N A LAS BIOGRAFIAS SANJUANISTAS 513

CONCLUSION

S ería u n a ilu s ió n p e n s a r q u e en la b io g ra f ía s a n ju a n is ta to d o e s tá c laro . L a le c tu ra de la s b io g ra fía s n o s h a h e c h o v e r co m o e s ta s c o m p o s ic io n e s h is tó r ic a s , c o m e n z a n d o p o r la R elación su m a ria e n q u e se h ace al S a n to d iá c o n o al i r a D u ru e lo h a s ta la d e C risó g o n o q u e c o rr ig e a f irm a c io n e s in e x a c ta s d e la s p re c e d e n te s , s in e x c lu ir t a m b ié n o t r a s suyas, e s tá n so m e tid a s a rev isión . M ás a ú n , h ay q u e a d m i­t i r q u e h ay d e ta lles e n la v id a del S a n to q u e n o lle g a rá n a esc la rece rse p o r fa lta de c o m p ro b a n te s . C o m en cem o s p o r el d ía de su n a c im ie n to , so b re si v iv ían lo s ab u e lo s al c a sa rse su p a d re , el a ñ o y d ía de la m u e rte del p a d re y h e rm a n o del S a n to e n F o n tiv ero s, el a ñ o exac to en que fue a A révalo y a M e d in a , lo s lu g a re s d o n d e o c u r r ie r o n lo s h e c h o s d e la ca íd a en la c h a rc a y el p ozo , el d ía de la p ro fe s ió n de fray Ju a n , la e s ta n c ia e n P a s tra n a co m o « m aestro de n ov ic ios y v icario» , los p ro fe so re s q u e e scu ch ó de h ech o , el d ía de su o rd e n a c ió n sa c e rd o ta l y de su p r im e ra m isa , a s í co m o el de su l le g a d a a D u ru e lo a A v ila , e tc . E n la b io g r a f ía d e C risógono se h a lla n e n las n o ta s e lem en to s que n o s p o n e n en la p is ta de lo n o c la rif icad o y h ay q u e e sp e ra r q u e a lg u ­n o s d a to s se p o d rá n c la r if ic a r» 147.

P o rq u e to d av ía h a y m u c h o q u e p u b lic a r . C o m en cem o s p o r la im p r e s ió n c o m p le ta d e to d o s lo s p r o c e s o s d e C a n o n iz a c ió n c o n se rv a d o s . L a la b o r d e S ilv e rio h a s id o m u y m e r ito r ia a l p u b lic a r lo s p ro c e so s de B aeza , U beda ,

145 H. W a a c h , San Juan de la Cruz, Madrid, Patmos, 1960.146 A. D o n a z a r , Fray Juan de la Cruz■ El hombre de las ínsulas

extrañas, Burgos, 1985. C f. J .V . R o d r íg u e z , Tres libros recientes sobre San Juan de la Cruz, en Rev. de Espiritualidad 45 (1986) 161-168.

147 Recientemente el P. P a b l o M a r ía G a r r id o en su obra San Juan de la Cruz y Francisco de Yepes, Salamanca, 1989 ha tratado de aclarar el año del nacimiento, la profesión, estudios, prisión, etc. Su argumentación no nos parece convincente. Mejor suerte los estudios ambientales. Cf. II Simposio sobre S. Juan de la Cruz, Avila, 1989.

514 FORTUNATO ANTOLIN

B eas, C aravaca, S egov ia y Avila. P e ro q u e d a n to d a v ía p o r p u b lic a rse v a rio s p ro ceso s , co m o los dos de M ed in a , Ja é n . G ra n a d a , M á lag a , e tc . A u n q u e d e m e n o s in te ré s p a r a la b io g ra fía , p e ro de in te ré s p a ra la h is to r ia del cu lto es in te re ­sa n te el p ro ceso «de n o n cu ltu» co n se rv ad o en la b ib lio te c a V a llic e lia n a d e R o m a 148. E s tá ta m b ié n e s p e ra n d o la p u ­b licac ió n lo in é d ito de l m s. 12.738 y 8568, y 3537 d e la B ib lio teca N ac io n a l de M ad rid . Se h a co m e n z a d o a im p r i­m ir el p ro c e so a p o s tó lic o d e J a é n 149. T a m b ié n e s tá e s p e ­ra n d o la p u b lic a c ió n el Libro del S a n to , p u b licad o en p a rte .

L a ce le b ra c ió n del c u a r to c e n te n a r io de la m u e r te del S a n to o frece u n a b u e n a o c a s ió n p a ra h a c e r u n e sfu e rzo en este a sp ec to ed ito ria l del q u e ta n to s b en efic io s se s e g u ir ía n p a ra el co n o c im ie n to de S a n J u a n de la C ruz. S irv a n e s ta s p á g in as de o b seq u io a l S a n to en e s ta e fe m érid es sa n ju a n is - ta.

148 T o m a s D e S . J ua n D e L a C r u z , Culto al siervo de Dios fray Juan de la Cruz. Historia de unos procesos olvidados, en Eph. Carm. 5 (1951-1954) 13-69.

149 J. M o n t ija n o C h ic a , El proceso apostólico para la beatificación de San Juan de La Cruz, existente en la catedral de Jaén, en Boletín de Estudios gienenses, n. 30, 1-11. E ditado h as ta ah o ra p a rc ia lm en te p o r M aría D olores V erdejo , P roceso ap o stó lico de Ja é n . B e a tif ic a c ió n y Canonización. Almería, 1984. Véase el estudio sobre esta edición p o r José M aría M uñoz Cuenca, Actualidades Bibliográficas, en la obra San Juan de la Cruz- La voz que clama, Ubeda 1984, pp. 135-149.