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Aquecimento Global O Mito

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Monografia sobre a farsa do Aquecimento Global

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Page 1: Aquecimento Global, O Mito

Aquecimento Global

O Mito

Page 2: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 2

Aquecimento Global, O Mito

Carla Iolanda Costa Rodrigues

César Filipe da Silva Carpinteiro

João Pedro Fernandes Falcão Araújo

José Augusto Durães Rodrigues

Page 3: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 3

Índice

Introdução..………………..............................................................................................4

1. Aquecimento Global Antropogénico………………………………………………6

2. Posição Céptica……………………………………………………………………11

2.1. Papel do CO2………………………………………………………………….11

2.2. Variação da Temperatura……………………………………………...........16

2.2.1. Variação de temperatura nos últimos 10000 anos…………………..17

2.2.2. Hockey Stick…………………………………………………………...19

2.2.3. Cilindros de Gelo………………………………………………………22

2.2.4. Variação da Temperatura 1850-2000………………………………...25

2.2.5. Aquecimento Local……………………………………………………26

2.3. Modelos Climáticos…………………………………………………………..27

2.3.1. Debilidades dos Modelos Climáticos…………………………………30

2.3.1.1. Replicação de Períodos Passados……………………………..30

2.3.1.1.1. Shift Climático…………………………………………30

2.3.1.1.2. El Niño………………………………………………….31

2.3.1.1.3. Constância da Temperatura…………………………..32

2.3.1.2. Aquecimento de CO2…………………………………………..32

2.3.1.3. Papel das Nuvens………………………………………………34

2.3.1.4. Ciclos…………………………………………………………...35

3. Consequências Sociais e Económicas…………………………………………….38

3.1. O Sensacionalismo……………………………………………………………38

3.1.1. Inquéritos………………………………………………………………39

3.2. Medidas Políticas……………………………………………………………..47

3.2.1. Comércio de Carbono…………………………………………………48

3.2.2. Cimeira de Copenhaga………………………………………………. 49

3.2.3. Biocombustíveis………………………………………………………..50

3.2.4. Energias Renováveis…………………………………………………..52

3.2.4.1. Opções Energéticas……………………………………………54

3.2.4.1.1. Central Nuclear………………………………………..55

3.2.4.1.2. Centrais Termoeléctricas com captura de carbono…55

3.3. Interesses Instalados………………………………………………………… 57

Conclusão……………………………………………………………………………...59

Bibliografia…………………………………………………………………………….61

Anexos …………………………………………………………………………………67

Page 4: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 4

Introdução

O planeta Terra sempre apresentou grande variabilidade climática, desde

extensas Eras glaciares a Períodos de Secas Prolongadas. A Terra foi moldada pelo

imprevisível Sistema Climático. Apesar da aparente inviabilidade na previsão da

evolução do Sistema Climático, a comunidade científica esforça-se por apresentar

causas e explicações para cada mudança ocorrida no Planeta.

O mais recente desafio na Ciência Climática está em encontrar uma explicação

lógica e verosímil para o aquecimento que o Planeta sofreu no último século. Até ao

momento, a Teoria mais credível, ou pelo menos a mais célebre, é o Aquecimento

Global Antropogénico (AGA). Esta imputa à Humanidade responsabilidades no

aquecimento do Planeta, sendo os gases de efeito estufa, decorrentes das actividades

humanas, o seu principal causador.

A pressão mediática dos lobbys ambientalistas, de alguns grupos económicos,

bem como de alguns grupos partidários, instituíram no senso comum a noção que o CO2

(dióxido de carbono) é a fonte de todos os problemas climáticos e deve ser eliminado a

todo o custo. A sociedade tem-se adaptado a uma mentalidade mais ecológica, com

maior preocupação com o planeta Terra e a teoria do Aquecimento Global

Antropogénico tornou-se um dado adquirido.

Na elaboração desta monografia iremos começar por enunciar algumas noções

básicas sobre a teoria do Aquecimento Global Antropogénico.

Seguidamente abordaremos a posição dos cépticos em relação a esta

problemática, evidenciando a importância de outras visões sobre as matérias em causa.

A variação da temperatura média ao longo dos tempos vai ser uma matéria desenvolvida

no nosso trabalho, dada a importância que esta temática assume na posição apresentada

pelos cépticos.

Não deixaremos ainda de relevar o papel da comunicação social que influencia

decisivamente a opinião pública. A agenda dos jornais e das televisões, por força da

necessidade de alcançar excelentes resultados financeiros, usa o sensacionalismo e por

vezes a desinformação no tratamento de assuntos em que está em causa a vida das

pessoas. O poder dos lobbys ligados às organizações políticas e económicas merecerá

também uma referência importante na nossa monografia. Os governos, tendo em conta a

cada vez mais informada opinião pública e a sua influência crescente nos fóruns de

Page 5: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 5

decisão, promovem medidas políticas tentando desta forma, ir de encontro à opinião dos

cidadãos. Inserem-se neste ponto a quantidade de incentivos ligados às energias

renováveis, tentando desta forma, promover o seu desenvolvimento. Aqui

desenvolvemos algumas das vantagens e desvantagens destas energias face mais

tradicionais.

O aquecimento global surge pois como um tema muito actual e polémico pois,

pode influenciar a vida quotidiana e os hábitos sociais. Assim, para além do interesse

pessoal, esta foi uma das razões que nos levou a abordar este tema, tentando

desmistificar o que é tomado por uma verdade indubitável.

Page 6: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 6

Capítulo 1 - Aquecimento Global Antropogénico

A teoria do Aquecimento Global Antropogénico é uma teoria apoiada pelo IPCC

(Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas) que tenta explicar o aumento da

temperatura da atmosfera junto à superfície e nos oceanos que se tem verificado nas

últimas décadas. Segundo esta teoria, a razão principal para a ocorrência deste

aquecimento é o incremento do efeito estufa, causado pelo aumento da emissão de gases

com origem antropogénica. Apesar da intervenção humana, fenómenos naturais tais

como os vulcões e a variação da actividade solar também têm influência na variação da

temperatura.

Fig. 1 - Variação da temperatura nestes 2000 anos.

Com este gráfico é possível visualizar a variação acima referida ao longo dos

anos e pode-se concluir que desde meados de 1900 a temperatura tem subido bastante e

que em 2004 atingiu o ponto mais alto desta variação. Mais abaixo será apresentado um

gráfico que mostra a variação de temperatura nos últimos anos onde podemos aperceber

a situação mais recente.

Page 7: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 7

Fig. 2 – Variação da temperatura nos últimos anos.

Os cientistas, após estas evidências, procuraram as possíveis razões e, segundo

estes, o aumento da temperatura do planeta deve-se ao aumento da concentração de

CO2, tal como é mostrado no seguinte gráfico, onde é notável a correlação referida.

Fig. 3 - Concentração de CO2 (ppm, azul) e anomalia de temperatura (vermelho, estimado

pela razão isotópica 18O/16O) medidas em bolhas de ar em Vostok (Antárctica).

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Área de Projecto 8

Este gráfico também apresenta a relação entre a temperatura média global (dados

NASA/GISS) e a concentração de CO2 (ppm).

Para melhor entender as razões deste aquecimento do planeta tem que se ter em

conta o efeito de estufa. Este fenómeno é um processo que ocorre quando uma parte da

radiação solar que é reflectida pelo planeta é absorvida por gases existentes na

atmosfera desse. Desta forma o calor fica retido mantendo assim, uma temperatura ideal

à vida.

O problema deste efeito é quando este se torna demasiado, ou seja, quando a

presença de gases de efeito estufa é elevado, neste caso, o processo aumenta o poder de

retenção de raios infravermelhos. Esta ocorrência pode ser catastrófica para o ser

humano pois poderá aumentar demasiado a temperatura do planeta, originando então

alterações climáticas. O facto é que ultimamente as emissões de gases de efeito estufa

têm aumentado drasticamente e essa é, segundo os apoiantes da teoria do Aquecimento

Global Antropogénico, a causa do aquecimento do planeta.

Fig. 4 – Representação do Efeito de Estufa.

Page 9: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 9

Neste momento, existem modelos climáticos que utilizam métodos quantitativos

para simular interacções entre a atmosfera, os oceanos, os continentes e o gelo. Através

destes modelos, os cientistas fazem projecções do clima para o futuro relacionando a

concentração de CO2 e a temperatura. Estes modelos prevêem que a temperatura irá

continuar a aumentar e isso poderá trazer consequências nefastas para os seres vivos.

Fig. 5 – Expansão nos últimos mil anos.

Este gráfico demonstra que estávamos a viver o maior aquecimento dos últimos

1000 anos e que seria indubitavelmente devido ao CO2 pois esse foi o único factor que

se alterou significativamente nestes anos.

Uma organização que está encarregue de organizar e agrupar a informação

existente sobre as causas e as consequências do aquecimento global é o IPCC (Painel

Intergovernamental das Mudanças Climáticas). Esta organização foi criada pela

Organização Meteorológica Mundial e o Programa das Nações Unidas para o Meio

Ambiente para fornecer informações científicas, técnicas e socioeconómicas relevantes

para o entendimento das alterações climáticas. O IPCC tem-se debruçado sobre o

momento actual do planeta e apoia a teoria do Aquecimento Global Antropogénico.

Caso este aquecimento continue a ocorrer as consequências serão inevitáveis

trazendo graves problemas como mudanças nos habitats de muitos seres vivos, extinção

de espécies e consequentemente diminuição da biodiversidade. Com este aquecimento,

as zonas geladas poderão derreter, fazendo com que a evaporação de água ao nível dos

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Área de Projecto 10

oceanos aumente originando mais vapor de água na atmosfera o que poderá aumentar o

efeito estufa e, desta forma, a temperatura ainda aumenta mais. Com tudo isto, o nível

médio das águas do mar tem aumentado tal como já tem acontecido. De seguida está um

gráfico que evidencia o anteriormente referido.

Fig. 6 – Variação do nível do mar ao longo dos anos.

Com este gráfico podemo-nos aperceber que desde meados de 1880, o nível

médio das águas do mar tem subido até à actualidade tendo subido cerca de 20 cm

(centímetros).

Esta é a visão do Aquecimento Global mais divulgada. Daqui em diante

apresentaremos evidências que invalidarão alguns dos argumentos da teoria do

Aquecimento Global Antropogénico.

Fig. 6 – Variação do nível do mar ao longo dos anos.

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Área de Projecto 11

Capítulo 2 – Posição Céptica

O Aquecimento Global é um tema que gera grandes discussões, pois tudo reside

no domínio da verosimilhança, mas o ponto fulcral desta polémica é, sem dúvida, qual o

principal responsável pelo Aquecimento Global e, por isso há muitos cientistas que

questionam a veracidade desta matéria. Ora, é um facto que existem grandes

argumentos que explicam os erros que a teoria antropogénica contêm. Começando pelo

papel do dióxido de carbono, passando pela variação da temperatura, pelo aquecimento

local e explicando os modelos climáticos, vão ser referidos todos os aspectos que

contrapõem com o AGA (Aquecimento Global Antropogénico). Prosseguiremos, então,

aos pontos acima referidos.

2.1- Papel do CO2

A radiação solar é a designação que se dá à energia radiante emitida pelo Sol. A

radiação electromagnética apresenta uma ampla gama de comprimentos de onda. Esta

pode ser dividida em duas grandes regiões no que diz respeito à capacidade de ionizar

os átomos: radiação ionizante (raios-X e raios gama) e radiação não-ionizante (raios

ultravioletas, luz visível e radiação infravermelha). A radiação solar é, também, dividida

em várias regiões ou bandas com base no comprimento de onda (Figura 7). A radiação

ultravioleta é a parte do espectro electromagnético entre 100 e 400 nm (nanómetro).

Fig. 1 - Espectros de radiação não-ionizante (A) e radiação ultravioleta (B).

Page 12: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 12

A maior parte desta radiação expelida está na banda visível centrada em 500 nm

(1 nm = 10-9

metros) embora, o Sol também emite energia significativa no ultravioleta e

infravermelho, e pequenas quantidades de energia na rádio, microondas, raios-X e raios

gama. A quantidade total de energia emitida pela superfície do Sol é de cerca de

63.000.000 watts por metro quadrado (w/m2 ou wm

-2). Então, a radiação solar é emitida

através do espaço e intercepta com os planetas e outros objectos celestes. Parte desta

radiação que chega à superfície terrestre é reflectida e outra parte é absorvida pelos

continentes e oceanos. Por outro lado, alguma da radiação absorvida é reenviada para a

atmosfera, que absorve mais um pouco dessa radiação. A restante é enviada novamente

para o espaço.

Fig. 2 - Distribuição percentual da radiação solar incidente.

As nuvens, as massas de gelo e neve e a própria superfície terrestre são

reflectores, reenviando para o espaço cerca de 30% da radiação recebida. A esta razão

entre a radiação reflectida e incidente chama-se albedo. Os astrónomos usam o albedo

para descrever o grau em que uma superfície reflecte a luz que o atinge. Uma superfície

extremamente reflexiva, que não absorve qualquer luz que a atinge, teria um albedo de

1, enquanto que, uma superfície que não reflecte luz teria um albedo de 0.

Page 13: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 13

Fig. 3 - Radiação absorvida pela atmosfera e radiação transmitida para a

superfície terrestre.

Por outro lado, a energia solar pode ser, também, absorvida. A absorção é o

processo pelo qual a energia radiante incidente é retida por uma substância. Neste caso,

a “substância” são os gases da atmosfera. Quando a atmosfera absorve a energia, o

resultado é uma transformação irreversível de radiação numa outra forma de energia. A

atmosfera, devido a diversos gases e partículas nela contidos, absorve e transmite

diferentes comprimentos de onda da radiação electromagnética. A absorção é causada

principalmente por três diferentes gases atmosféricos. Ao contrário do que é

vulgarmente dito o vapor de água é gás que retêm mais radiação solar, seguido de

dióxido de carbono e ozono. Este processo de retenção de radiação por gases

atmosféricos é conhecido por Efeito de Estufa. O efeito de estufa é, então, o processo

natural que ocorre quando uma parte da radiação solar reflectida pela superfície terrestre

é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como consequência disso,

o calor fica retido, não sendo libertado para o espaço. O efeito estufa dentro de uma

determinada quantidade é de vital importância, visto que serve para manter o planeta

aquecido, e assim, garantir a manutenção da vida. Porém, quando este processo ocorre

em demasia as consequências não são desejáveis. Os gases de estufa (dióxido de

carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s) absorvem radiação

infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam, por sua vez, alguma da energia

absorvida de volta para a superfície. Como resultado, a superfície recebe quase o dobro

Page 14: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 14

de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol e a superfície fica cerca de 30 °C

mais quente do que estaria sem a presença dos gases de estufa. Vários cientistas

acreditam que são os gases de efeito de estufa que provocam o Aquecimento Global,

referindo principalmente um desses gases: o dióxido de carbono (CO2). Segundo estes,

a radiação infravermelha que é a radiação térmica é absorvida pelo dióxido de carbono,

sendo nefasta para o planeta. Este é o fundamento dos que acreditam e defendem a

hipótese de que este composto nos causa danos no sistema terrestre.

Mas terá assim um efeito tão maléfico? Será o dióxido de carbono o composto

que causa o aumento da temperatura?

Os espectros são um instrumento importantíssimo para análise nestes casos.

Estes indicam-nos o intervalo completo da radiação electromagnética, que contém desde

as ondas de rádio, as microondas, o infravermelho, a luz visível, os raios ultravioleta, os

raios X, até à radiação gama. As radiações luminosas visíveis dão um espectro de

bandas coloridas quando a luz branca passa através de um prisma ou rede de difracção.

As cores deste espectro, segundo os comprimentos de onda decrescentes são vermelho,

laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.

Quando algumas das radiações forem absorvidas no trajecto entre a fonte

luminosa e a entrada do detector (electroscópio), obtêm-se um espectro de absorção.

Este pode ser considerado um espectro de bandas de absorção quando, a radiação

transmitida por um filtro ou solução puder ser decomposta. Em algumas situações é

possível observar outro tipo de espectros: os chamados espectros de absorção de riscas,

e como exemplo temos o espectro da radiação solar.

Por outro lado, os espectros resultantes da emissão de luz, por corpos

incandescentes, denominam-se espectros de emissão. Estes espectros podem ser

contínuos (constituídos por uma gama contínua de energias de radiações) e

descontínuos (ou de riscas), quando apresentam somente certos valores de energia.

Para melhor compreensão temos o exemplo do átomo de hidrogénio. O

hidrogénio é o elemento mais leve e o que tem o espectro mais simples. O espectro

deste tem quatro riscas, mais ou menos intensas, sendo somente uma delas visível.

A observação pormenorizada da decomposição da luz, isto é, do espectro de

emissão do átomo de hidrogénio, fornece informações preciosas sobre a sua estrutura

atómica.

Page 15: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 15

Fig. 4 - Espectro de emissão e absorção do hidrogénio.

No caso do dióxido de carbono temos vários electrões que podem absorver

radiação e, ao invés do hidrogénio, este possui um espectro formado por bandas de

radiação.

Ao analisar os espectros do dióxido de carbono no infravermelho podemos

concluir que tem uma gama de absorção muito menor quando comparado com outros

gases de efeito estufa como o vapor de água. Sendo que a sua contribuição para o efeito

estufa é praticamente irrelevante em relação ao vapor de água.

O vapor de água é o gás de efeito de estufa, da Terra, com maior influência,

representando cerca de 95%.

Fig. 5 – Contribuição dos gases para o Efeito de Estufa.

Page 16: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 16

Na tabela seguinte mostra-se o que acontece quando o efeito do vapor de água

seja tido em conta, juntamente com todos os gases com efeito de estufa, em relação ao

efeito estufa total.

Concentrações ajustadas para

características de retenção de

calor

Percentagem

Total

Percentagem

ajustada para

com influência

do Vapor de

Água

Vapor de Água ----- 95.000%

Dióxido de Carbono (CO2) 72.369% 3.618%

Metano (CH4) 7.100% 0.360%

Óxidos Nitrosos (N2O) 19.000% 0.950%

CFC's 1.432% 0.072%

Total 100.000% 100.000%

Fig. 6 - Papel dos gases com efeito de estufa atmosférica.

Isto pode levar-nos a concluir que o efeito do dióxido de carbono atmosférico

não é tão relevante quanto inicialmente pensaríamos. A influência dos outros gases é

apenas de 5%. Considerando a atmosfera real, o dióxido de carbono (natural e

antropogénico) não representa mais do que 3,62 % do efeito de estufa global, isto é, 26

vezes menos do que o vapor de água.

2.2 - Variação da Temperatura

Actualmente, o nosso Sistema Climático tem gerado enormes discussões na

comunidade científica. Na base desta polémica encontra-se o recente aquecimento do

nosso planeta. Contudo, a questão que está a provocar grande agitação na comunidade

científica é a causa deste aumento da temperatura e não o facto de este aquecimento ser

verdade. Perante isto, os cientistas ligados ao campo da climatologia e do ambiente

tiveram a necessidade de formular uma explicação para tal aquecimento.

Page 17: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 17

No entanto, não nos podemos esquecer que o Sistema Climático é um sistema

não linear, ou seja, é um sistema que possui inúmeras variáveis, sendo algumas delas

pouco estudadas ou mesmo desconhecidas. Portanto, a sua imprevisibilidade não nos

permite afirmar com tanta certeza que o aumento da concentração de CO2 verificado

desde a revolução industrial seja o impulsionador deste aquecimento global.

Na climatologia, o estudo do passado constitui uma forte ajuda para

compreendermos o presente. Olhando para o passado da Terra podemos afirmar que

esta sempre apresentou uma variabilidade climática bastante significativa, oscilando

entre períodos de secas prolongadas e períodos gelados.

2.2.1 – Variação de temperatura nos últimos 10000 anos

Fig. 7 -Temperaturas globais dos últimos 10 mil anos.

Em 2001, o IPCC editou, com grande publicidade, o seu relatório quinquenal

(Third Assessment Report) sobre as alterações climáticas. Neste relatório, o IPCC

afirmava que o Homem tinha uma influência perceptível sobre o clima do planeta. No

entanto, no seu relatório de 1990 (First Assessment Report) o IPCC havia publicado um

gráfico com índices de temperaturas, para o período compreendido entre o século IX

d.C. e o século XX d.C., tomando como referência a temperatura do início do século

XX.

Fig. 8 - Diagrama esquemático das temperaturas dos últimos 1000 anos.

Page 18: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 18

Neste ultimo gráfico, publicado pelo IPCC no seu relatório de 1990, destacam-se

dois períodos: o Período Quente Medieval (Medieval Warming Period) e a Pequena

Idade do Gelo (Little Ice Age). No que toca à temperatura, estes dois períodos revelam

valores completamente opostos. O Período Quente Medieval durou aproximadamente

entre o século IX e o século XIII e foi invulgarmente quente, muito especialmente na

parte ocidental da Europa, na Islândia e na Gronelândia.

De acordo com o próprio IPCC (The IPCC Scientific Assessment, 1990, Chap. 7,

p. 201-238), este período de calor, disperso por muitas regiões do globo, foi notável

porque não foi acompanhado de qualquer aumento de GEE (na altura a indústria mais

avançada era a da olaria com utilização da energia muscular do Homem).

São inúmeros os registos históricos que comprovam este aquecimento invulgar

do planeta nessa época, desde a colonização da Gronelândia e da Islândia, a abundância

de cereais na Europa, a expansão dos terrenos vitícolas na Inglaterra e na Escócia, etc.

O Homem sempre esteve à mercê de variações rápidas do clima, porém este

soube adaptar-se aos ciclos irregulares de frio e de calor. O Período Quente Medieval

permitiu que os escandinavos que sobrepovoavam a costa da Noruega no século IX

conseguissem colonizar a Islândia. Antes deste período tal não era possível uma vez que

a Islândia estava completamente gelada, daí o seu nome Iceland (terra do gelo).

Aproximadamente um século depois os vikings chegam à Gronelândia e iniciam a sua

colonização. Os vikings deram o nome de Greenland a essa terra, devido ao facto de

nessa altura esta ser fértil e verdejante. Estes trouxeram com eles o cristianismo, e

construíram uma igreja (Igreja de Herolfsnes) cujas ruínas ainda existem. No fim deste

período quente, o gelo voltou a repovoar a Gronelândia. As populações que aí moravam

acabaram por desaparecer. A Era dos vikings correspondeu ao período mais quente dos

últimos mil anos.

O clima quente permitiu aumentar a produção agrícola na Europa, havendo

assim alimento necessário para toda a população. Este excesso de alimento fez com que

surgisse uma libertação da mão-de-obra dos campos, que acabou por ser um dos

factores que impulsionou à construção de várias pontes e catedrais (como é o caso da

catedral de Notre Dame em 1159).

Tempos depois o clima começava a indiciar uma nova glaciação. A Pequena

Idade do Gelo estendeu-se à Europa congelando vários rios e canais. Este período além

do frio também trouxe consigo a fome. A Europa sofreu várias crises alimentares

Page 19: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 19

devido às inundações dos campos agrícolas. Morreram dezenas de milhares de

europeus.

Recentemente no Peru foram retirados cilindros de gelo do glaciar de Quelccaya

que comprovam as baixas temperaturas sentidas nesse período (1560 até 1830). Outro

estudo igualmente importante que, identifica a Pequena Idade do Gelo, foi a análise de

corais de recifes de Mayotte (arquipélago das Comores) e de Madagáscar. O registo de

dados mais longo de Madagáscar, que remonta a 1640, revelou claramente o impacto da

Pequena Era do Gelo. Em 1565 o pintor Peter Breughels pintou um quadro que retrata

bem o Inverno rigoroso sentido na Inglaterra. O pintor apelidou o quadro de “Caçadores

na Neve”.

Fig. 9 - “Caçadores na Neve”.

2.2.2 – Hockey Stick

Como já foi referido anteriormente, em 2001 o IPCC publicou um relatório onde

culpava o Homem de ser o causador do recente aumento da temperatura. Nesse relatório

(Third Assessment Report) o IPCC apresenta um novo gráfico para a variação da

temperatura no último milénio conhecido como “hockey stick”.

Page 20: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 20

Fig. 10 - "Hockey stick".

O “Hockey stick” é uma reconstrução do gráfico apresentado pelo próprio IPCC

no relatório de 1990 (First Assessment Report). Esta curva denomina-se de “Hockey

stick” uma vez que esta possui um formato semelhante a um stick de hóquei com a pá,

que bate na bola, virada para cima.

Partindo agora para a análise do gráfico verificamos que tanto o Período Quente

Medieval como a Pequena Idade do Gelo praticamente desapareceram da história da

Terra. O IPCC admite agora que estes dois períodos não tiveram valores de temperatura

tão extremos, isto é, o Período Quente Medieval não foi tão quente e a Pequena Idade

do Gelo não foi tão gelada como se tinha reportado no relatório de 1990. Posto isto,

podemos afirmar que a variação da temperatura no último milénio apresentou uma

evolução mais linear do que aquilo que era admitido anteriormente. Outra conclusão

que pudemos tirar do gráfico é que o século XX foi o século mais quente do último

milénio. Depois desta análise podemos desde já constatar que o gráfico do “Hockey

stick” apresenta uma elevada disparidade relativamente ao gráfico inicial.

Este gráfico foi elaborado em 1998 por 3 autores, sendo eles: Mann, Bradley e

Hughs. As temperaturas anteriores a 1900 foram estimadas através do estudo dos anéis

de árvores (árvores estas localizadas na região oeste da América do Norte), de corais, de

cilindros de gelo e registos históricos. Uma vez que este gráfico ia de encontro aos

ideais do IPCC, o próprio IPCC decidiu adopta-lo para o seu relatório. Mas será que

este gráfico transparece a realidade? Para refutar o “Hockey stick” basta demonstrar que

o Período Quente Medieval e a Pequena Idade do Gelo existiram. Como vimos atrás

Page 21: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 21

existem várias evidências históricas e estudos que comprovam a existência destes dois

períodos, logo este gráfico não coincide com a realidade.

Em 2003, o matemático Steven McIntye e Ross McKitrick (professor de

economia ambiental na Universidade de Guelph, Canadá), ambos canadianos,

utilizaram os dados obtidos pela equipa de Michael Mann de modo a confirmar o

gráfico do “Hockey stick”. McIntyre e McKitrick, ambos com larga experiência no

domínio da estatística, mostraram que a base de dados usada por Mann, Bradley e

Hughs continha cálculos incorrectos, erros geográficos de localização e extrapolações

da base de dados.

Fig. 11 - Anomalias das temperaturas no hemisfério Norte (1400-1980).

O gráfico anterior contêm dois gráficos, o “Hockey Stick” publicado pelo IPCC

e um segundo gráfico que é o resultado do trabalho de Steven McIntyre e Ross

McKitrick. Os dois canadianos apresentaram o resultado do seu trabalho, que originou o

gráfico a azul. Este gráfico surge como uma rectificação do gráfico do “Hockey stick”,

apresentando o Período Quente Medieval de forma bastante evidente e refutando a ideia

de que o século XX foi o século mais quente do último milénio. Cai assim por terra

um dos pilares fundamentais da tese do IPCC, uma vez que no Período Quente

Medieval as temperaturas excederam as actuais sem qualquer influência dos gases de

efeito estufa de origem antropogénica.

Page 22: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 22

2.2.3 – Cilindros de Gelo

Os cilindros de gelo constituem um dos principais alicerces da teoria defendida

pelo IPCC. Estes são retirados por perfuração de mantos de gelo, por exemplo, do

Antárctico. Através dos cilindros de gelo é possível medir a concentração de CO2 ao

longo dos anos, uma vez que estes contêm amostras da atmosfera num determinado

período. Quanto maior for a profundidade a que uma amostra de ar é encontrada mais

antiga vai ser essa amostra. Contudo para que as medições da concentração de CO2

correspondam à verdade, o ar contido no gelo teria que pertencer a um sistema fechado,

ou seja, as propriedades químicas e a composição dos gases contidos nessa amostra

teriam que se completamente preservadas. Tal não acontece.

Para suportar a sua teoria o IPCC baseou-se nos dados dos cilindros de gelo de

Taylor Dome, no Antárctico. Segundo Taylor Dome a concentração de CO2 no

Holoceno, revelou uma tendência temporal estável com valores de 270 ppmv (partes por

milhão em volume) a 280 ppmv até ao surto da revolução industrial (havendo um

aumento exponencial da concentração de CO2 a partir da revolução industrial). Por

outro lado, os dados obtidos a partir dos estomas das folhas fósseis – pequenos poros

das folhas onde se troca CO2 na fotossíntese – demonstram as concentrações de CO2

variando amplamente numa faixa de 50 ppmv, isto é, entre 270 ppmv e 326 ppmv

(Wagner,2002).

Posto isto, surge-nos a dúvida se os cilindros de gelo revelam os verdadeiros valores das

concentrações de CO2 ao longo do Holoceno.

A perfuração para obter os cilindros de gelo é um procedimento brutal e

intrusivo que perturba drasticamente as amostras do gelo. Também as altas pressões a

que algumas amostras estão sujeitas (especialmente as que se encontram a grande

profundidade) irão influenciar a sua composição. O facto de o CO2 apresentar elevada

solubilidade na água (o CO2 tem uma solubilidade bastante superior à do azoto e à do

oxigénio) vai fazer com que haja uma diminuição da concentração de CO2 na amostra

de gelo. Todos estes factos levam-nos a dizer que as amostras de gelo não constituem

um sistema fechado. Assim sendo, os valores anunciados para o CO2 dos cilindros de

gelo são artificiais. Devem-se aos processos físico-químicos verificados nos mantos de

gelo e nos cilindros daí retirados. São concentrações 30 % a 50 % mais baixas do que as

da atmosfera original. Concluímos então que os cilindros de gelo não constituem um

protótipo adequado à reconstrução da composição química da atmosfera ancestral.

Page 23: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 23

Apesar disto, os cilindros de gelo permitem-nos ver as variações da concentração de

CO2 na atmosfera, ou seja, ainda que as concentrações de CO2 indicadas pelos cilindros

estejam erradas estes transparecem com certo rigor os períodos onde ocorreram

variações da concentração de CO2. É a partir desta condição, e devido a vários estudos

na área, que foi possível concluir que a temperatura comanda a concentração de CO2, e

não o inverso.

Com base em estudos anteriores de Jouzel et al., Petit et al., Barkov, Kotlyakov,

etc., a australiana Joanne Nova traçou as evoluções da temperatura e da concentração de

CO2 com grande detalhe. Joanne elaborou inúmeros gráficos para vários intervalos de

tempo. Através da análise destes, verificámos que existe um aumento da temperatura

que antecede o aumento da concentração de CO2 em algumas centenas de anos.

Existe portanto um desfasamento entre a variação da temperatura e da

concentração de CO2. Este desfasamento é já aceite pela comunidade internacional de

climatologistas como um facto real e indesmentível.

Fig.12 - Cilindro de Vostok. 150 mil - 100 mil anos.

Este é um dos gráficos elaborados por Joanne Nova e que vem sustentar a teoria

de que é a temperatura que faz oscilar a concentração do CO2. A partir da análise do

gráfico podemos observar o desfasamento da ordem dos 800 anos entre o crescimento

(ou o decrescimento) da temperatura e da concentração.

Page 24: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 24

Fig. 13 – Variação da temperatura e da concentração nos últimos 50 mil anos.

Neste segundo gráfico é possível visualizar a variação da temperatura e da

concentração nos últimos 50 mil anos. Confirma-se de facto o desfasamento entre estas

duas variáveis.

Este desfasamento pode ser explicado pela temperatura dos oceanos. Então

podemos afirmar que quando as temperaturas aumentam mais CO2 é emitido para a

atmosfera, ou seja, ao subir a temperatura da água dos oceanos estes emitem mais CO2

que fora aprisionado quando as temperaturas eram mais baixas. Os oceanos armazenam

enormes quantidades de CO2, porém à medida que a temperatura aumenta esta sua

capacidade de armazenamento de CO2 diminui, havendo assim libertação. O

desfasamento entre a temperatura e a concentração deve-se sobretudo ao período de

arrefecimento ou aquecimento da água dos oceanos.

Podemos então concluir que é a temperatura que comanda a concentração de

CO2 e não o inverso.

Page 25: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 25

2.2.4 - Variação da Temperatura 1850-2000

Fig. 14 – Variação da temperatura desde meados de 1850 até 2000.

Os valores de temperatura usados pelos cientistas climáticos para os seus estudos

são obtidos por duas vias: instrumental e por inferência. A instrumental refere-se aos

dados obtidos directamente por instrumentos de medição de temperatura. Na

impossibilidade de utilizar instrumentos para obter a temperatura, o que geralmente

acontece quando se pretende obter a temperatura de períodos passados, os cientistas

procuram propriedades físicas, fenómenos ou substâncias que de algum modo se

relacionam com a temperatura e permanecem inalterados com o passar do tempo. A

partir desses pode-se inferir a temperatura com maior ou menor precisão e correcção.

A década de 1850 marcou o início da obtenção das temperaturas médias globais

por dados instrumentais. Muito antes disso já existiam dados instrumentais da

temperatura, porém, só em 1850 se reuniram dados de medições de vários locais do

globo suficientes para que uma média da temperatura global sobejamente precisa fosse

Page 26: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 26

obtida. Apesar disso, é necessário ter a devida precaução em relação a esta média, os

termómetros eram muitas vezes pouco precisos e colocados no meio de cidades onde o

calor urbano poderia falsear as medidas, aliás, ainda hoje estas imprecisões científicas

acontecem. Só a partir da década de 80 do século passado é que as medições se

tornaram verdadeiramente precisas com o recurso a satélites.

Analisando a figura, é perceptível que a temperatura média do planeta subiu

desde 1880 até 1900, aí sofreu um pequeno decréscimo até meados da década de 10. A

partir daí sofreu uma subida acentuada até 1940. Nos 35 anos seguintes a temperatura

assumiu uma tendência descendente, o que na época despoletou os receios por uma

nova idade do gelo. Porém, em 1975 a temperatura voltou a subir a um ritmo acelerado

até final do século, criando novos receios na humanidade, desta vez devido a um

aquecimento global. Na última década a temperatura permaneceu aproximadamente

constante.

O aumento da temperatura durante o período de 1850 a 2000 ronda os 0,8 ºC

segundo os dados do último relatório do IPCC, sendo que esse aquecimento se deu

essencialmente em dois períodos: de 1910 a 1940 e 1975 a 2000.

Este gráfico apresenta alguma correlação com o gráfico da concentração de

dióxido de carbono no ar atmosférico, sendo essa correlação apontada como prova da

causa antropogénica do aquecimento global.

2.2.5 - Aquecimento Local

O aquecimento a nível planetário é um assunto ainda em aceso debate na

comunidade científica, não existem certezas sobre a sua causa e muito menos sobre as

possíveis maneiras de o reverter. No entanto, existe um outro aquecimento de causas

bem definidas e reversíveis, que muitas vezes é confundido com o aquecimento global e

manipula algumas das suas hipotéticas causas. É o chamado aquecimento local. Este

aquecimento ocorre essencialmente nas áreas fortemente alteradas pelo Homem, as

cidades portanto.

Nas cidades há a produção massiva de dióxido de carbono, óxidos nitrosos, ozono

e todo o tipo de aerossóis, todos eles potenciais gases de efeito estufa. Como estes gases

não se dispersam instantaneamente por toda a atmosfera, as cidades e zonas adjacentes

estão permanentemente cobertas por uma espessa camada de gases de efeito estufa. Por

outro lado, o albedo das cidades é muito baixo, isto é, absorvem grande parte da

Page 27: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 27

radiação que nelas incide. A agravar este facto, temos que as altas e vastas edificações

de uma cidade dificultam a circulação do ar, pelo que o ar quente permanece mais

tempo numa cidade do que numa zona que não sofreu a intervenção humana. Assim, as

cidades e toda área circundante funcionam como autênticas estufas, nas quais a

temperatura é alguns graus maior que a média da região circundante, sendo por vezes

designadas por ilhas de calor.

Esta característica da cidade tem efeitos nefastos. Qualquer onda de calor, por

mais pequena que seja, é exacerbada pela ilha de calor dando a falsa sensação que o

planeta está mais quente. Apesar deste efeito se fazer sentir apenas a nível regional, está

a influenciar as temperaturas médias global, porém, essa influência é puramente

estatística não se estendendo ao mundo real.

As estações para medição de temperatura são preferencialmente instaladas em

locais isolados. Mas devido à densidade elevada de cidades e outras povoações

humanas, as estações estão muitas vezes sob a influência das ilhas de calor das cidades,

pelo que as temperaturas obtidas não correspondem à realidade, sendo inúteis para fins

estatísticos. Este facto põe em causa mais de 160 anos de medições globais da

temperatura e põe também em causa todas as asserções formuladas até agora. Os

cientistas clamam usar algoritmos que eliminam os efeitos ilha de calor dos dados da

temperatura, porém, fica por saber até que ponto serão efectivas essas mudanças e

permitirão a análise da realidade.

2.3 - Modelos climáicos

Um modelo é uma visão abstracta e simplificada de um sistema complexo.

Representa objectos, fenómenos e processos numa maneira lógica, formalizando-os de

modo a replicar o sistema. Nas ciências empíricas são utilizados, muitas vezes, modelos

matemáticos de modo a analisar, compreender e prever determinados fenómenos da

realidade. Para formular estes modelos os cientistas utilizam leis físicas que descrevem

os diversos fenómenos ocorrentes no sistema e as interacções entre eles. Apesar de

serem simplificações de sistemas mais complexos, muitos modelos possuem grande

número de variáveis, o que torna a sua resolução analítica inviável, senão mesmo

impossível. Nesses casos é utilizado o poder computacional de modo a obter as soluções

numéricas do sistema matemático. Essas soluções terão de ser devidamente

Page 28: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 28

interpretadas no contexto do sistema.

No que diz respeito ao clima, os cientistas utilizam modelos matemáticos de

processamento computacional, para o estudo do sistema climático.

Antes da explicação o funcionamento dos modelos do clima, importa referir

algumas características da atmosfera, aliás da troposfera, pois é aí que ocorre a maioria

dos fenómenos climáticos relevantes para o nosso quotidiano, que ajudaram à

compreensão dos factos apresentados daqui em diante.

A atmosfera é constituída essencialmente por gás, tendo as propriedades físicas

de um fluído. A densidade desta diminui com o aumento da altitude. O dióxido de

carbono encontra-se uniformemente distribuído na atmosfera, isto porque o seu tempo

de permanência na atmosfera é de aproximadamente 120 anos que lhe permite distribuir

por toda a atmosfera a partir dos seus pontos de produção (transportes, indústria,

vulcões, oceanos, etc). Já o vapor de água tem uma concentração variável ao longo da

atmosfera. A sua permanência na atmosfera não excede 12 dias e é produzido

fundamentalmente pela evaporação ao nível dos oceanos e florestas. Assim, a sua

concentração está compreendida entre os 1 e 4 % dependendo do local da atmosfera.

A fonte de energia da atmosfera é a radiação solar. Esta provoca maior

aquecimento no ar junto ao solo, sendo que esse calor se distribuiu pela restante

atmosfera por convecção. A convecção é, aliás, a base todos os fenómenos

meteorológicos. Eis como se processa na atmosfera: O ar próximo do solo é aquecido,

tornando-se menos denso e sobe na atmosfera. Ao longo do percurso transfere calor e

perde temperatura. Torna-se frio e mais denso e desce na atmosfera. Por outro lado o ar

quente é geralmente rico em vapor de água e quando arrefece o vapor de água condensa

e formam-se as nuvens. Por muito simples que este processo possa parecer a previsão

dos seus efeitos é laboriosa e incerta.

Passemos, agora, aos modelos propriamente ditos. Nestes são utilizadas as leis

da Termodinâmica para calcular o balanço radiativo nos diversos locais da atmosfera,

isto é, contabilização de toda a radiação incidente na atmosfera e a radiação reflectida

ou radiada de novo para o espaço. A radiação incidente varia de acordo com a actividade

solar e um aumento nela significa, geralmente, um forçamento radiativo positivo, que

leva ao aumento da temperatura. Já a radiação envidada para o espaço está dependente

de variáveis como a concentração de dióxido de carbono, vapor de água, aerossóis,

presença nuvens, entre outros, que tanto podem provocar forçamentos positivos como

Page 29: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 29

negativos.

A radiação absorvida provoca aumentos de temperatura nas massas de ar que

levam seu deslocamento. Para descrever esse deslocamento, os modelos climáticos

utilizam as equações de Navier-Stokes para o movimento de substâncias fluidas. Estas

permitem obter a pressão e velocidade numa determinada zona de uma massa de ar. Ao

nível dos oceanos existe também toda uma dinâmica que influencia de modo

preponderante o sistema climático. Assim, os cientistas uma vez mais utilizam as

equações de Navier-Stokes, para descrever as correntes oceânicas e movimentos

convectivos consequentes de transferências de calor quer entre o oceano e atmosfera,

quer entre o oceano e radiação.

Os modelos incrementam ainda fundamentos da teoria do Caos, devido ao

elevado número de variáveis e a sensibilidade das equações às mais ligeiras mudanças,

que tratadas impropriamente produziriam resultados praticamente aleatórios.

Por motivos de ordem logística, os supercomputadores actuais não conseguem

modelar o sistema climático para todos os pontos da atmosfera, pois o tempo de cálculo

tornaria qualquer tentativa infrutífera. Para contornar este problema os cientistas

dividem atmosfera em paralelepípedos, nos quais o seu interior possui as mesmas

propriedades químicas e físicas, sendo modelado apenas como um ponto. Os modelos

climáticos globais mais avançados utilizam paralelepípedos de base quadrada, de lado

41 kms (Quilómetros) e altura variável. Modelos locais para previsão meteorológica

utilizam uma resolução maior, por exemplo o modelo criado pelo IST para a previsão

meteorológica em Portugal utiliza paralelepípedos na ordem dos 10 kms de lado.

Actualmente o objectivo principal dos modelos é estudar e prever o efeito dos

gases de efeito estufa no sistema climático. Os cientistas usualmente optam por

introduzir condições iniciais de uma determinada época passada, correr os modelos e

comparar os seus resultados com os dados observacionais. Caso os dados não

coincidam, significa que existem processos físicos mal implementados no modelo ou

factores e processos que são de todo desconhecidos pelos cientistas, mas têm influência

mensurável no sistema climático. Os modelos têm reproduzido com relativa fiabilidade

o comportamento do clima no período 1975-2000 e os cientistas, confiantes, optaram

por correr os modelos de modo a projectar o clima para os próximos 100 anos. A

maioria deles estipula uma aquecimento de 1 a 3 ºC até ao final deste século, no sistema

climático.

Page 30: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 30

2.3.1 – Debilidades dos modelos climáticos

Os modelos são de um valor inestimável para a ciência climática. Vieram

permitir a compreensão de processos ocorrentes na atmosfera completamente

inacessíveis ao intelecto humano. Porém, há que compreender as limitações dos

modelos climáticos e não hiperbolizar a sua importância. Eles falham na replicação de

boa parte dos fenómenos climáticos que influenciaram a Terra no último século e não

incorporam alguns fenómenos de vital importância, sendo incompreensível a

credibilidade que lhes é dada na previsão das consequências dos gases de efeito estufa

na atmosfera. Analisemos, então, as debilidades dos modelos climáticos:

2.3.1.1 - Replicação de períodos passados

Os modelos apenas conseguem replicar com relativa credibilidade os dados da

temperatura para o período de 1975 a 2000, no qual se assistiu a aumento da

temperatura contínuo e progressivo da temperatura. Porém, no século XX a temperatura

sofreu inúmeras variações de temperatura que não foram ainda replicadas pelos

modelos, entre os quais se destacam o Shift Climático, o El Niño e a constância da

temperatura nos últimos 10 anos.

2.3.1.1.1- Shift Climático

O shift climático é o termo que vulgarmente designa o aumento brusco e

repentino da temperatura em algumas regiões do globo ocorrido em 1975 da ordem das

décimas de grau.

Fig. 15 – Shift climático entre 1975-76.

Page 31: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 31

Este shift marcou o ponto de viragem na evolução das temperaturas. Até 1975 a

temperatura global seguia uma tendência descendente, principalmente no hemisfério

norte. Dessa data em diante a temperatura assumiu tendência ascendente. O motivo para

tal alteração continua por esclarecer, mas é evidente que se conseguiu sobrepor a

qualquer influência antropogénica.

Os modelos provavelmente por não incorporarem o motivo causador, não

conseguem replicar tal variação de temperatura e mesmo à luz dos conhecimentos

actuais não conseguem produzir qualquer evidência que explique o shift climático.

2.3.1.1.2 - El Niño

A Oscilação Sul (El Niño) é a flutuação interanual da pressão atmosférica ao

nível do mar no Oceano Pacífico, devida a variações na circulação atmosférica.

Normalmente, os ventos alísios sopram para sudoeste (no hemisfério sul), levando a

água da superfície do mar aquecida na região do equador para a costa da Indonésia e

Austrália e, com ela, massas de ar também aquecidas. No entanto, a força dos ventos

varia de um ano para outro, provocando diferenças na temperatura e pluviosidade nas

vários continentes que ladeiam aquele oceano.

Aparentemente, estas variações também se registaram nos restantes oceanos,

mas ficaram mais conhecidas pelas anomalias conhecidas pelo nome “El Niño”, que

foram descobertas no Oceano Pacífico.

A Oscilação Sul é acompanhada através do Índice de Oscilação Sul (IOS ou

SOI, em inglês), que é a diferença normalizada entre a pressão atmosférica medida no

Tahiti (na Polinésia Francesa) e em Darwin, na Austrália. Um valor alto do IOS (grande

diferença de pressões) significa ventos mais fortes que a média e normalmente está

associado a uma situação de “La Niña”, ou seja, água com temperatura superficial mais

fria que a média na costa ocidental da América do Sul, e vice-versa.

Uma vez que estes eventos têm uma grande influência no clima, provocando

secas ou cheias e, portanto, afectando a agricultura e, em geral, a economia dos países, o

estudo da Oscilação Sul e das suas anomalias ou OSEN, tem uma grande importância,

não só para a economia mundial, mas também para a compreensão dos fenómenos

climáticos. No entanto, e apesar dos esforços feitos, o progresso é lento e as tentativas

para descrever a oscilação do sul revelaram-se infrutíferas. Como tal os modelos

climáticos não a conseguem revelar, evidenciando, mais uma vez, a sua debilidade e

carência de suporte teórico.

Page 32: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 32

2.3.1.1.3- Constância da Temperatura

Em 1998 ou 2001, dependendo das fontes consultadas, a temperatura global

atingiu o seu máximo desde que existem registos. No entanto, desde então a temperatura

tem permanecido constante, isto é, não sofreu aumentos nem decréscimos mensuráveis

nos últimos 10 anos. Por outro lado as emissões de dióxido de carbono sofreram,

inclusive, um pequeno aumento. Estes dados estão em completo desacordo com as

projecções dos modelos. Nas simulações já feitas, um aumento da concentração do

dióxido de carbono atmosférico leva invariavelmente a um aumento da temperatura,

mas no mundo real apesar do aumento progressivo do dióxido de carbono a temperatura

permanece constante.

Apesar destes dados não constituírem uma prova da parca influência do dióxido

de carbono no sistema climático, evidenciam pelo menos que existem processos

desconhecidos no sistema climático com pelo menos tanta influência como o CO2,

capazes de manter a temperatura constante por uma década.

2.3.1.2- Aquecimento do CO2

A teoria do Aquecimento Global Antropogénico permite concluir que o dióxido

de carbono atmosférico provocara um aumento da temperatura global. Sabendo que a

radiação solar não incide de igual forma no planeta, existem zonas da atmosfera que

sofreram o maior acréscimo de temperatura devido ao dióxido de carbono. Os cientistas

utilizaram os modelos climáticos para prever onde o aumento da concentração do

dióxido de carbono iria provocar um acréscimo na temperatura.

Page 33: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 33

Fig.16- Previsão da variação da temperatura ao longo da latitude e altitude.

Tal como a figura mostra, os modelos prevêem que o dióxido de carbono

provocará um aquecimento do ar atmosférico a 10 km de altitude ao nível do equador na

ordem do 1 ºC. De referir que na figura é apresentado o somatório dos forcings

(influência no balanço radiativo provocado por determinado factor) provocados pelos

gases de efeitos estufa, vulcões, sol, ozono e aerossóis sulfatados. Ainda assim, o

forcing devido aos gases de efeito de estufa é de longe o mais influente segundo os

modelos.

Apesar de todo o crédito dado a estas projecções, estas até à data têm-se

revelado erradas, isto é, os balões atmosféricos enviados para a alta troposfera ainda não

verificaram qualquer sinal do aquecimento previsto pelos modelos.

Fig. 17 – Variação da temperatura ao longo da latitude e altitude.

Page 34: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 34

A imagem anterior é contundente, na zona prevista pelos modelos não existe

qualquer sinal de aquecimento, a temperatura têm-se mantido aproximadamente

constante, sem grandes desvios nos anos recentes.

Esta discrepância entre dados, revela mais uma vez a inabilidade dos modelos

em prever correctamente o clima. Há postulados sobre o dióxido de carbono que terão

de ser obrigatoriamente revistos de modo aos modelos produzirem dados mais próximos

com a realidade.

2.3.1.3- Papel das nuvens

As nuvens são outra das peças-chave no controlo do sistema climático. A sua

formação evidencia uma transferência de calor por convecção como foi referido

anteriormente, porém, a formação propriamente dita representa outra transferência de

calor.

A radiação que incide na água contida nos oceanos aumenta a sua temperatura,

mas nem toda essa radiação é empregue no aumento da temperatura. Quando a água

atinge o ponto de ebulição é necessária energia (radiação) para mudá-la de estado físico,

é o chamado calor de entalpia. Essa energia fica latente nas moléculas de água até que

haja uma nova condensação. Ou seja, quando uma nuvem se forma existe libertação

extra de energia que modifica toda a dinâmica atmosférica naquela região, que têm

repercussões no clima futuro.

Por outro lado, a formação de nuvens bloqueia a passagem de radiação em

direcção à superfície, sendo que esta tanto pode ser absorvida por elas ou simplesmente

reflectida de volta para o espaço. A reflexão ou absorção de radiação pelas nuvens é

determinada pela altitude na qual ela está formada. Em princípio, a temperatura global

tende a aumentar principalmente com a presença de nuvens estratiformes (forma de

“camadas horizontais”) na alta troposfera. Essas nuvens altas (tipo “cirro”) são mais

ténues, constituídas por cristais de gelo e tendem a absorver mais radiação. Por outro

lado, nuvens baixas (tipo “estrato”), mais espessas, tendem arrefecer a atmosfera, pois

reflectem a maior parte da radiação que a elas chegam. Assim as nuvens vão alterar o

balanço radiativo, sendo importantes agentes de forçamento.

A influência das nuvens é sobretudo sentida a nível local, porém, e apesar de não

estar devidamente investigado, estas influenciam todo o sistema climático.

Page 35: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 35

No que respeita aos modelos, o papel das nuvens foi descurado por motivos

logísticos. Como foi referido os modelos de previsão a nível global utilizam

paralelepípedos de 41x41 km. Porém, as nuvens formam-se a uma escala muito inferior,

pelo que o forçamento associado à dinâmica das nuvens não é integrado nas simulações

executadas pelos modelos, apesar de ser compreender a sua fulcral influência no sistema

climático.

2.3.1.4 - Ciclos

Fig. 18 – Ciclo do Carbono.

No planeta Terra o carbono circula através dos oceanos, da atmosfera e da terra,

num grande ciclo biogeoquímico. Este ciclo pode ser dividido em dois tipos: o ciclo

"lento" ou geológico, e o ciclo "rápido" ou biológico.

Para estudos do clima recente, os cientistas analisam fundamentalmente o ciclo

biológico, e também no nosso caso será nele que nos debruçaremos.

Page 36: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 36

O ciclo biológico do Carbono é relativamente rápido: estima-se que a renovação

do carbono atmosférico ocorre a cada 20 anos.

Na ausência da influência antropogênica, no ciclo biológico existem três

reservatórios ou "stocks": terrestre (20.000 Gt - Gigatoneladas), atmosfera (750 Gt),

oceanos (40.000 Gt). Este ciclo desempenha um papel importante nos fluxos de carbono

entre os diversos stocks, através dos processos da fotossíntese e da respiração.

Através do processo da fotossíntese, as plantas absorvem a energia solar e CO2

da atmosfera, produzindo oxigénio e hidratos de carbono, que servem de base para o

crescimento das plantas. Os animais e as plantas utilizam os hidratos de carbono pelo

processo de respiração, utilizando a energia contida nos hidratos de carbono e emitindo

CO2. Juntamente com a decomposição orgânica, a respiração devolve o carbono,

biologicamente fixado nos stocks terrestres, para a atmosfera.

É possível verificar que a maior parte da troca entre o stock terrestre e stock

atmosférico resulta dos processos da fotossíntese e da respiração. Nos dias de Primavera

e Verão as plantas absorvem a luz solar e o CO2 da atmosfera e, paralelamente, os

animais, plantas e micróbios, através da respiração devolvem o CO2. Quando a

temperatura ou humidade é muito baixa, por exemplo no Inverno ou em desertos, a

fotossíntese e a respiração reduz-se ou cessa, assim como o fluxo de carbono entre a

superfície terrestre e a atmosfera.

Apesar do stock atmosférico de carbono ser o menor dos três (com cerca de 750

Gt de carbono), determina a concentração de CO2 na atmosfera, cuja concentração pode

influenciar o clima terrestre. Ainda mais, os fluxos anuais entre o stock atmosférico e os

outros dois stocks (oceanos e terrestre) são cerca de um quarto da dimensão do stock

atmosférico, o que representa uma grande sensibilidade às mudanças nos fluxos.

Os oceanos representam o maior stock dos três, cinquenta vezes maior que o

stock atmosférico. Existem transferências entre estes dois stocks através de processos

químicos que estabelecem um equilíbrio entre as camadas superficiais dos oceanos e as

concentrações no ar acima da superfície. A quantidade de CO2 que o oceano absorve

depende da temperatura do mesmo e da concentração já presente. Temperaturas baixas

da superfície do oceano potenciam uma maior absorção do CO2 atmosférico, enquanto

temperaturas mais quentes podem causar a emissão de CO2.

Os fluxos, sem interferências antropogénicas, são aproximadamente

equivalentes, variando lentamente – escala geológica. Porém, existem as ditas

interferências antropogénicas. A humanidade, pela queima de combustíveis fósseis, tem

Page 37: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 37

transferido grandes quantidades do stock de carbono do ciclo geológico para o stock

atmosférico do ciclo biológico.

Os cientistas esforçam-se para compreender de que maneira o carbono adicional

influenciará o ciclo e conseguiram determinar com relativa segurança que das 6.4 Gt de

dióxido de carbono emitidas, apenas 3,2 permanecem realmente na atmosfera. As

restantes passaram a integrar o stock oceânico e terrestre. A incerteza reside no modo

como ciclo biológico lidará com o CO2 no futuro, o que condiciona os cálculos para a

obtenção da sua concentração nos modelos climáticos.

Tende-se a considerar que no futuro o CO2 será cada vez mais retido na

atmosfera o que aumentaria o efeito estufa e consequentemente a temperatura. Por sua

vez, a superfície dos oceanos também aqueceria, diminuindo a sua capacidade de reter

CO2, pelo que teríamos ainda mais CO2 na atmosfera. A este efeito dominó chama-se

retro-alimentação, devido ao facto de uma pequena alteração, induzir uma série de

alterações cada vez maiores. Apesar da existência e magnitude desta retro-alimentação

ainda não estarem completamente aferidas, os modelos utilizam-na e exacerbam a sua

influência. Além disso, apesar do valor dos fluxos estar determinado, os fenómenos aí

envolvidos permanecem no domínio da verosimilhança, pelo que qualquer exercício de

extrapolação será infrutífero.

O ciclo da água sofre um problema semelhante. O valor das transferências de

água entre os oceanos, atmosfera e continentes é conhecido, tal como os fenómenos

nelas envolvidos. No entanto, quando esses fenómenos são exportados para o sistema

climático global incoerências e discrepâncias surgem. Tais discrepâncias vão, por

conseguinte, influenciar o cálculo fluxos energéticos, comprometendo todas as

projecções.

Os modelos climáticos são ferramentas de pesquisa de grande valia científica,

mas são ainda representações redutoras e demasiado simplistas de um sistema complexo

com um número espantoso de variáveis e uma panóplia de fenómenos ainda

desconhecidos dos cientistas. Assim, é contraproducentes instituir o carácter de verdade

universal em previsões ainda rudimentares e de fiabilidade questionável.

Page 38: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 38

Capítulo 3 – Consequências sociais e económicas

3.1 - O Sensacionalismo

Todos os dias, os media tem a “preocupação” de trazer até nós as mais recentes notícias

da nossa sociedade, seja por rádio, jornais ou televisão. Assim como a imprensa procura

vender o maior número de jornais, também as estações televisivas buscam maiores

audiências. As altas audiências e as elevadas vendas de jornais transparecem de facto

um propósito, o lucro. Para atingirem tal objectivo, os media utilizam métodos que

captem a atenção do consumidor para o seu produto. É aqui que surge o

sensacionalismo, ou seja, os media servem-se da susceptibilidade das pessoas e

procuram explora-la descrevendo as noticias de forma exagerada apelando assim para as

sensações. Por exemplo, quando nos é apresentado uma notícia na qual se revela uma

grande catástrofe, é quase que impossível ficar-se indiferente à situação, pois isso fere

as nossas susceptibilidades como seres humanos. Ou seja, sabemos bem que o

sensacionalismo joga com os nossos sentimentos. É com grandes alaridos que se fazem

grandes notícias.

Segundo os alarmistas – defensores da teoria do Aquecimento Global

Antropogénico (IPCC) – o nosso planeta está aquecer devido ao aumento da libertação

de CO2 resultante da actividade humana. Ainda citando os alarmistas, este aquecimento

ao nível planetário poderá trazer inúmeras complicações para a Humanidade. Estas

afirmações surgiram pela primeira vez aquando a publicação do “Third Assessment

Report” pelo IPCC em 2001. E foi partir daqui que a expressão “Global Warming”

começou a ganhar forma nas manchetes dos jornais bem como na televisão. Esta é de

facto uma notícia que atrai a atenção de muita gente, uma vez que está relacionada com

o planeta e com o bem comum. A partir desta os media procuraram extrair o máximo de

alarmismo chegando ao ponto de deturpar a notícia.

Em Portugal, os meios de comunicação social abordaram este assunto do

Aquecimento Global de forma deficiente uma vez que só deram a conhecer à população

o lado sensacionalista, ou seja, pegaram na teoria do IPCC e divulgaram-na como se

fosse um dogma retirando-lhe assim as incertezas. Durante um longo período os media

chamavam a atenção para o facto de o Homem ser o grande causador do aquecimento

que supostamente estávamos a presenciar.

Page 39: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 39

Com receio de diminuir os elevados lucros que estavam a obter com tamanho

alarido, os media não se atreveram a pôr em causa a teoria defendida pelo IPCC

omitindo, assim, diversos estudos que a refutavam. São inúmeras as estratégias que as

televisões e a imprensa utilizavam para avivar o sentimento de culpa das pessoas,

publicando por exemplo previsões que apontam para o desaparecimento de alguns

países nos próximos anos caso a situação de aquecimento se mantivesse. Felizmente

esta situação tem vindo a melhorar lentamente. Tal só foi possível graças a um

acontecimento que abalou toda a comunidade científica.

Em Novembro de 2009, deu-se o chamado Climategate. O Climategate foi um

incidente que ocorreu na Universidade de East Anglia (em Norwich na Inglaterra) onde

um grupo de hackers entrou num servidor usado pelos cientistas do Climatic Research

Unit e retirou daí informações privadas como emails trocados entre os cientistas desse

sector e outros documentos. Além de furtar toda essa informação, os hackers ainda

publicaram-na na internet. O que acabou por comprometer a teoria defendida pelo IPCC

foi o facto de os cientistas deste sector (Climatic Research Unit), estando alguns deles

relacionados com o IPCC, afirmarem nos emails trocados entre si que iriam proceder a

falsificações de valores de modo a que os seus estudos apoiassem a teoria do

Aquecimento Global Antropogénico. Como já referi, alguns dos cientistas que

pertenciam ao Climatic Research Unit estabeleciam ligação com o IPCC, como é o caso

de Phill Jones. Este escândalo teve um enorme impacto na comunidade científica e

resultou numa descredibilização dos cientistas envolvidos.

O Climategate teve grande discussão entre os meios de comunicação social

anglo-saxónicos bem como na internet. O mesmo não se passou com Portugal. Neste

caso, os media portugueses demoraram algum tempo a publicar este escândalo de

enormes proporções. Talvez agora as pessoas venham a compreender melhor toda esta

“religião” que envolve o aquecimento global. Talvez não seja tão grave como se pinta.

3.1.1 – Inquéritos

No primeiro período, o nosso grupo procedeu à realização de um inquérito

acerca do Aquecimento Global. Com este pretendíamos recolher alguma informação

acerca da opinião da população (Alunos do Secundário, do Nono ano e alguns

professores) relativamente ao tema do nosso trabalho – o Aquecimento Global. No total

foram inquiridos cento e dez indivíduos repartidos por diferentes idades. De modo a

Page 40: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 40

simplificar e a termos uma ideia mais clara da opinião de cada faixa etária decidimos

organizar a informação recolhida em cinco grupos de indivíduos: “14 anos”, “15 anos”,

“16 anos”, “17 anos” e “Maiores de 18 anos”. Depois do tratamento dos dados

adquiridos procederemos agora à sua análise.

Da análise do primeiro gráfico, podemos constatar que toda a população

inquirida tem conhecimento deste fenómeno que é o Aquecimento Global. Seria de

facto este o resultado mais previsível, já que este fenómeno foi e é inúmeras vezes

notícia em todo o mundo e em todos os meios de comunicação. De certo que toda a

população inquirida tem acesso aos meios de comunicação social.

Relativamente à segunda questão podemos afirmar que no geral a opinião foi

quase unânime. Cento e oito dos cento e dez indivíduos responderam que existia

Aquecimento Global. Mas podemos agora observar no gráfico correspondente à questão

2.3 que uma boa parte dos indivíduos (43 indivíduos) responderam que não tinham

sentido quaisquer efeitos do Aquecimento Global na sua vida quotidiana. É provável

então que alguns destes indivíduos que responderam negativamente à 2.3 tenham sido

influenciados pelos meios de comunicação social. Através desta análise podemos ter

uma ideia de como a comunicação social pode influenciar as pessoas.

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1- Sabe o que é o Aquecimento Global?

Page 41: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 41

A causa do Aquecimento Global é a grande questão que paira na comunidade

científica. No entanto, o que nos é transmitido pelos media é que o Homem é o grande

causador de todo este aquecimento, devido à sua actividade que provoca o aumento

desenfreado da concentração de CO2 na atmosfera. De facto é complicado abstrair-nos

desta informação manipulada que nos é exposta, e conseguirmos adquirir informação

mais credível.

Os media jogam com as nossas sensações e fazem nos acreditar veemente no

facto de o CO2 ser o grande provocador do aumento da temperatura que estamos a

presenciar. Da análise da informação obtida podemos observar isso, cerca de 95 % dos

indivíduos acredita que o CO2 é a causa do Aquecimento Global. Só aproximadamente

5% dos indivíduos afirma que a causa do aquecimento é ainda desconhecida.

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2- Acha que existe Aquecimento Global?

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2.3- Já sentiu os efeitos do Aquecimento Global na sua vida

quotidiana?

Page 42: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 42

Como era de esperar a maior parte dos indivíduos inquiridos desconhece a teoria

que contesta o Aquecimento Global. Mais uma falha cometida por parte dos meios de

comunicação social, uma vez que só transmitem aquilo que lhes convém e não ousam

expor outras teorias ou pontos de vista que possam comprometer o alarido causado e

consequente descida dos lucros.

Apenas cerca de 44% dos inquiridos estão informados acerca da teoria que

contesta o Aquecimento Global. Este valor é bastante baixo tendo em conta a

importância do assunto em questão.

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2.1- Qual a causa do Aquecimento Global?

Page 43: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 43

Analisando agora o gráfico correspondente à sexta pergunta, contabilizámos 54

votos para ambos os lados (sendo que dois votos foram considerados nulos). A sexta

questão remete para o facto de a teoria do Aquecimento Global Antropogénico estar ou

não associada a interesses políticos. Cinquenta e quatro inquiridos afirmam que por de

trás da teoria do Aquecimento Global existem interesses instalados (como já foi referido

anteriormente). De igual modo clamam outros tantos inquiridos que não há qualquer

interesse político envolto desta teoria. É realmente uma questão complicada, porém

onde há movimentação de grandes quantias de dinheiro há normalmente muitos

interesses associados.

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4- Tem conhecimento da teoria que contesta o Aquecimento Global?

Page 44: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 44

Cerca de 64% da população inquirida considera que o investimento em energias

renováveis é a medida mais apropriada para combater o Aquecimento Global. É verdade

que as energias renováveis são bastante mais ecológicas que os outros tipos de energia

tradicional, contudo grande parte das vezes as pessoas não tem noção do que são

realmente as energias renováveis nem dos limites e necessidades que estas impõe. Já

para não falar que estas são incapazes de suprir todas as necessidades energéticas de

uma sociedade. Pôr fim à emissão de CO2 não será por enquanto uma medida realizável,

visto que actualmente a nossa sociedade ainda está bastante dependente dos

combustíveis fósseis e a tecnologia ainda não permite tal proeza. A substituição dos

combustíveis fósseis pelos biocombustíveis não irá de certo resultar numa diminuição

da emissão de CO2, uma vez que a produção destes combustíveis verdes promove a

desflorestação e consequente diminuição da absorção de CO2 pelas plantas. E é claro

que não reagir nunca será a melhor decisão, é preciso continuar a trabalhar para

encontrar a melhor solução.

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6- A teoria do Aquecimento Global é movida por interesses políticos?

Page 45: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 45

Quanto à rentabilidade das energias renováveis, aproximadamente 88% dos

inquiridos consideram que as energias renováveis constituem investimentos rentáveis, já

os outros 12% consideram que estas não são rentáveis. A rentabilidade das energias

renováveis é um assunto bastante discutível pois temos que ter em conta bastantes

aspectos, desde o custo da manutenção, a energia produzida, a duração das estruturas,

etc.

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8- Formas de combate ao Aquecimento Global

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10- Acha as energias renováveis rentáveis?

Page 46: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 46

Apesar de não ser renovável, a energia nuclear é o tipo de energia com maior

rendimento. Como já aqui foi referido, a produção de energia numa central nuclear é

feita através da evaporação da água que por sua vez fazem movimentar uma turbina.

Embora o seu combustível (plutónio ou urânio) não seja inesgotável como o sol ou o

vento, basta uma pequeníssima porção deste combustível para produzir uma grande

quantidade de energia. Por outro lado, tanto a energia eólica como a solar são energias

renováveis, contudo a energia eólica possui um maior rendimento que a solar.

Analisando agora os dados obtidos, podemos observar que 41 dos 110

indivíduos consideram a energia nuclear a mais rentável. Por outro lado, 36 inquiridos

consideram a energia solar a energia com maior rendimento. A energia eólica e o carvão

foram as que contabilizaram menos votos. Desta análise, podemos concluir que mais de

metade dos inquiridos não está devidamente informado em relação aos vários tipos de

energia e que os meios de comunicação falham de certa forma uma vez que a energia

nuclear é pouco divulgada em relação às outras.

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12- Tipo de energia com mais rendimento

Page 47: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 47

Na décima terceira pergunta abordou-se o tópico “Energia mais adequada a

Portugal”, face a esta questão as opiniões estiveram mais centradas na energia solar. A

energia solar teve mais de metade dos votos. Na verdade Portugal reúne condições

bastante favoráveis para a implementação de painéis solares, uma vez que é um país

bastante solarengo ao contrário da maior parte dos países da Europa. A energia

maremotriz também poderia ser um bom investimento para aproveitar a longa costa

portuguesa. Já a energia nuclear, embora seja bastante rentável tem algumas

necessidades aderentes, como é o caso dos lixos radioactivos.

3.2 - Medidas políticas

Como está patente ao longo da monografia, na comunidade científica o único

consenso que existe é sobre o aumento da temperatura média global nos últimos 150

anos, a responsabilidade sobre tal aumento é ainda tema de acesos debates no seu seio.

Sabe-se que o Homem poderá ter alguma influência nesse aquecimento, contudo se será

o principal responsável não existe certeza alguma.

Incompreensivelmente, uma mensagem completamente diferente chega aos

decisores políticos. Nos relatórios que lhes são enviados todas as incertezas das

pesquisas são suprimidas, todas as barras de erros eliminadas, casos particulares

generalizados e juízos sumários são feitos de estudos científicos. É clamado que os

relatórios apenas simplificam a linguagem científica de modo a que os políticos e

vulgares cidadãos sem formação científica compreendam o que os estudos sobre o clima

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13- Energia mais adequada a Portugal

Page 48: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 48

exprimem. No entanto, o que se assiste é o atropelo do método científico e a completa

deturpação de conclusões de estudos sóbrios e coerentes. Os sumários de decisores dos

relatórios do IPCC são disso um bom exemplo.

O IPCC em intervalos periódicos publica um relatório científico onde sintetiza

os avanços feitos na ciência climática nesse período. A par disso é publicado um

sumário onde se condensa os pontos fundamentais do relatório, numa linguagem

simples e acessível a qualquer político sem instrução científica. Porém, o sumário de

2007 foi publicado 9 meses antes da publicação do relatório que pretendia resumir,

manipulando os dados e conclusões apresentadas nele.

É sob este clima de ignorância e desrespeito pelo trabalho científico que os

políticos decidem o futuro das gerações vindouras. A incerteza quanto à

responsabilidade humana no que respeita ao aquecimento global foi transformada numa

indubitável verdade, que a pôs no topo das preocupações ambientais. Com esta

impostura em mente analisemos o que está a ser feito para reverter as hipotéticas

alterações climáticas antropogénicas.

3.2.1 - Comércio de Carbono

Em 1998 na Cimeira de Quioto os políticos engendraram uma maneira de

diminuir a emissão de gases de efeito estufa com recurso a incentivos económicos. O

denominado comércio de carbono baseia-se no princípio do poluidor pagador. Aos

países que ratificaram o protocolo de Quioto é atribuído um determinado número de

créditos de carbono. Estes créditos são permissões para emitir determinada quantidade

de dióxido de carbono para atmosfera. Se esses créditos forem gastos, um país pode

comprar mais a um que não os tenha gasto, e assim cria-se um comércio onde se

penalizam os mais poluidores e recompensam os mais conscienciosos. Depois, em cada

país é criado um mercado semelhante ao nível das empresas.

A União Europeia é de longe a região onde o comércio de carbono se encontra

mais desenvolvido com um volume de transacções que ascende ao 7,2 mil milhões de

euros. Também países como a Austrália, Nova Zelândia e algumas regiões dos Estados

Unidos possuem mercados similares.

O objectivo do mercado é incentivar as indústrias a adoptar tecnologias e

processos de laboração com menor produção de dióxido de carbono, pois neste mercado

quem produzir menos dióxido de carbono pode vender os créditos excedentes a outros,

Page 49: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 49

com um lucro considerável. Por outro lado, era suposto assistir-se à transferência

monetária dos países desenvolvidos, mais poluidores, para os em desenvolvimento,

financiando a criação de um tecido industrial mais limpo.

Porém, a realidade é bastante menos agradável. As empresas preferem comprar

créditos de carbono do que reconverter as suas unidades produtivas, o mesmo aplicando

aos países desenvolvidos. Quanto aos países em desenvolvimento que supostamente

seriam os mais beneficiados, estão na realidade a ser financiados para ficarem inertes

tecnologicamente.

Muitos dos países em desenvolvimento estão agora a chegar à revolução

industrial, aquela que se deu à mais de 100 anos nos países ocidentais, e começam a

utilizar aquelas tecnologias rudimentares bastante poluidoras, à semelhança dos seus

predecessores. É, aliás, este o natural rumo do desenvolvimento. Porém, os países

desenvolvidos estão a pedir-lhes que passem de um tecido industrial nulo para um ultra

desenvolvido e amigo do Ambiente em apenas 20 a 30 anos. Só que este salto

tecnológico é tecnicamente impossível e mesmo que não o fosse seriam necessárias

quantidades exorbitantes de dinheiro.

Assim, o comércio carbono, além de não ter qualquer resultado mensurável na

redução das emissões de dióxido de carbono, poderá perpetuar a pobreza e dependência

dos países em desenvolvimento.

3.2.2 - Cimeira de Copenhaga

A cimeira de Copenhaga representou mais um dos esforços, ainda que falhados,

dos políticos mais crentes no alarmismo climático para tentarem impor medidas

proibitivas e potencialmente nefastas para a contenção das alegadas alterações

climáticas.

Nesta cimeira o objectivo seria estabelecer metas ainda mais restritivas para a

redução da produção de dióxido de carbono, na ordem dos 50 % até 2050. Felizmente,

ainda houve políticos com a visão analítica capaz de aferir que esta medida além

inexequível, seria potencialmente catastrófica, impedindo a sua aprovação. A economia

global não está preparada para reconverter toda a sua indústria, num horizonte de

apenas 30 anos. Além disso, ainda não existem alternativas rentáveis ou fáceis de

implementar para a reconversão de toda uma economia baseada no carbono.

Page 50: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 50

Foi também proposto a criação de uma fundo a partir de 2020, no qual os países

desenvolvidos depositariam 100 mil milhões de euros anualmente para ajudar os países

em desenvolvimento a ultrapassar os efeitos das alterações climáticas e criar uma

indústria amiga do ambiente. Esta medida sobre do mesmo problema do comércio de

carbono, apenas iria hipotecar o desenvolvimento da economia dos países em

desenvolvimento. E outro facto é necessário realçar, 100 mil milhões de euros é uma

quantidade absurda de dinheiro, os estados não têm propriamente esses fundos

disponíveis para uma emergência. Para que esse dinheiro fosse canalizado para as

hipotéticas alterações climáticas seria necessário retirá-lo de outras aplicações,

provavelmente mais urgentes que o clima.

3.2.3 – Biocombustíveis

Os enormes jazigos de petróleo mantiverem, durante muito tempo, o custo da

gasolina e do gasóleo barato, mas isso actualmente não acontece. Com o recente

aumento dos preços do petróleo, juntamente com a crescente preocupação sobre o

aquecimento global, os biocombustíveis têm aumentado “a sua popularidade”. Gasolina

e gasóleo são considerados como: combustíveis fósseis, pois são substâncias formadas

de compostos de carbono. Presentemente, o biocombustível ou agrocombustível é

considerado como uma energia renovável, de origem biológica não fóssil. É produzido a

partir de produtos agrícolas como o milho, cana-de-açúcar, soja, conola, mandioca,

entre outros. Existem, assim, vários tipos sendo eles: bioetanol, biodiesel, biogás,

biomassa, biometanol, bioéter dimetílico, biocombustíveis sintéticos, biohidrogénio.

Os biocombustíveis apresentam-se, então, como uma solução à utilização de

combustíveis fósseis altamente prejudicais ao ambiente. Os carros são a maior fonte de

dióxido de carbono atmosférico, mas desde que as plantas absorvem dióxido de carbono

enquanto crescem, os cultivos destinados à produção de biocombustíveis, deve sugar

tanto dióxido de carbono que sai do escape dos carros, que queimar esses combustíveis.

E ao contrário de reservas de petróleo no subsolo, estes são um recurso renovável.

Desde sempre, podemos plantar mais para se transformar em combustível, porém, não é

assim tão simples.

Esta energia não apresenta só vantagens, pois o impacto económico é elevado.

Atravessamos há cerca de dois anos uma crise no mercado cerealífero. O incentivo à

Page 51: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 51

produção de cereais para produção de biocombustíveis, retirou espaço à produção de

cereal para a alimentação humana e animal. A matéria-prima do pão, bolos, está por

isso, cada vez mais cara - fazendo jus à Lei da Oferta e da Procura. Sabemos que as

rações dos animais, principalmente de suínos, bovinos e também de aves, são

produzidas quase exclusivamente de cereais, por conseguinte os custos de produção

destas fileiras estão cada vez mais altos. O preço do milho aumentou. O preço do trigo

atingiu o máximo dos últimos dez anos, enquanto que, as reservas globais dos dois

cereais desceram para o valor mais baixo dos últimos 25 anos. Segundo relatórios da

ONU (Organização das Nações Unidas), desde há 40 anos que as reservas alimentares

do planeta não estavam tão desprovidas e acrescentou que, embora proporcionassem

vantagens potenciais, o crescimento explosivo dos biocombustíveis poderá enfraquecer

a segurança alimentar e aumentar preços dos alimentos num mundo onde 25 mil pessoas

morrem de fome todos os dias.

Além desta crise cerealífera há uma outra desvantagem que é muito danosa para

o planeta Terra. A tentativa de se substituir o uso exclusivo do petróleo por

biocombustíveis, com o intuito de diminuir as emissões de gases com efeito de estufa,

teve efeitos inversos aos previstos. A desflorestação aumentou muito mais e o impacto

ambiental não se ficou pela perda de largas zonas de floresta cheia de biodiversidade.

Quando as florestas são queimadas, quer as árvores quer a turfa em que assentam, são

transformadas em dióxido de carbono. O milho, por exemplo, exige elevadas doses de

herbicida e de adubo azotados e pode causar mais erosão no solo do que qualquer outra

cultura. A produção de etanol a partir de milho consome tanto combustível fóssil quanto

o que é substituído pelo etanol. Segundo alguns estudos sobre o balanço energético do

etanol de milho – a quantidade de energia fóssil necessária para produzir etanol, face à

energia que este produz – o etanol é um caso que exige maior quantidade de

combustível fóssil emissor de carbono do que a que permite substituir. Vemos aqui um

ponto controverso à utilização de biocombustíveis, pois o objectivo era não emitir CO2.

Ou seja, o objectivo conjecturado não foi alcançado, visto que a emissão do

composto é por vezes maior do que o que o petróleo produz.

Page 52: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 52

3.2.4 - Energias Renováveis

As energias renováveis são energias que têm origem de fontes naturais tais como

o Sol, as marés, a chuva, vento e a temperatura interna do nosso planeta. Existem vários

exemplos deste tipo de energias, tais como a energia hídrica, a solar, a eólica,

geotérmica, a biomassa, a das ondas, dos biocombustíveis e a do hidrogénio. No

entanto, nem todos estes tipos de energias são utilizados no mesmo número. As energias

renováveis que se encontram em voga, neste momento, são a energia solar e a eólica.

A energia solar é aquela que é obtida através da luz emitida pelo Sol e que é

recebida por painéis fotovoltaicos. Este tipo de energia tem como grande vantagem o

facto de ser possível o consumo de energia no mesmo local em que esta foi produzida,

reduzindo muito a percentagem de energia dissipada. A energia eólica é a energia obtida

pela da acção do vento através da energia cinética criada pelo vento nas pás dos

aerogeradores. O fluxo de ar, neste caso, é utilizado para rodar as turbinas eólicas e a

partir daí criar energia eléctrica.

Uma das maiores vantagens das energias renováveis em relação às não

renováveis é que as fontes destas são muito mais abundantes, têm uma maior

diversidade e também porque estas energias não emitem gases de efeitos estufa. Para

além disso, a instalação destas energias tem criado variadíssimos postos de emprego.

Apesar disto, estas energias provocam problemas ecológicos, as turbinas eólicas podem

matar aves e as centrais hídricas podem matar peixes, por exemplo. Para além disso,

estas energias têm também um grande impacto visual nas paisagens onde se inserem e

também emitem gases de efeito estufa na sua construção, transporte e instalação, ao

contrário do que falado nos meios de comunicação social e do que é de senso comum.

Neste momento, diz-se que de todas as energias renováveis existentes, apenas a energia

de biomassa é que é poluente mas, como disse anteriormente, isto não é bem verdade.

Neste momento existem custos enormes e emissões de CO2 também são enormes.

Actualmente é desconhecido o facto de a produção, transporte e instalação emitirem

bastante CO2 e tendo em conta a energia produzida talvez não compense.

A produção de energia eléctrica exige uma fonte de energia confiável,

necessitamos que esta não falhe, e para isso é necessário que existam baterias ou

bombas de armazenamento de energia mas estas são extremamente dispendiosas, para

além disso, as energias solar e eólica não produzem uma energia constante, têm picos de

produção e na maioria dos casos não coincide com a hora em que o consumo é o maior,

Page 53: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 53

por exemplo, na energia eólica estes ocorrem durante a noite e a essa hora o gasto de

energia não é o maior, são necessárias as baterias referidas anteriormente. No caso da

energia solar, durante a noite não produz energia e tem como pico de produção a hora

onde há uma maior exposição solar, cerca das 13 horas, no entanto, o pico de consumo é

à noite, cerca das 21 horas, a essa altura a produção de energia solar é já bastante

reduzida ou mesmo nula. A produção de energia também varia consoante as estações do

ano. No caso da energia eólica a produção é maior no inverno e durante o Verão esta

produção é diminuta. No caso da energia solar a maior produção dá-se na Primavera e

sobretudo no Verão, e no Inverno esta produção é muito reduzida. Esta situação é um

grande problema das energias renováveis porque não são constantes nem fiáveis.

Apesar de nos casos da energia ser renovável e os combustíveis serem grátis, ou

seja, são-nos oferecidos pelo planeta ou Sol (água, radiação solar ou vento), os

investimentos para a implantação deste tipo de energia são enormes. Qualquer central

de produção de energia vai custar dinheiro. Devido a isso é necessário que a energia

produzida “pague” o investimento feito.

Como é de nosso conhecimento, os rendimentos das energias renováveis são

bastante baixos quando comparados aos rendimentos de energias cujas fontes são

combustíveis fósseis (carvão, petróleo). Tendo em conta os investimentos nestas

energias, talvez a aposta nas energias renováveis não seja o mais certo.

O custo da energia eléctrica produzida tem como base quatro pontos

fundamentais: o investimento, a manutenção, o combustível e os lucros. Segundo uma

previsão da Administração dos EUA, por cada kw (kilowatt) de potência instalada numa

central de produção de energia, considerando os prazos de construção, para as centrais

estarem prontas em 2015, uma central fotovoltaica custava 4000€, uma central eólica

em terra ficava por 1355€. Estes investimentos são muito variáveis de central para

central pois as centrais têm tempos de vida diferentes. As centrais eólicas e as solares

têm geralmente 20 anos de vida, as centrais de carvão geralmente duram 30 anos e as

centrais nucleares têm uma vida, em média, de 40 anos.

O custo de capital por unidade de energia a vender (kwh, energia gerada ou

consumida ao fim de uma hora ao ritmo de 1 kw) numa central fotovoltaica ficaria por

cerca de 24,4 cêntimos e numa central eólica em terra seria cerca de 7,3 cêntimos. Tudo

ponderado e fazendo as contas, para a unidade de energia (kwh) numa central

fotovoltaica ficaria por 25 cêntimos e no caso de uma central eólica em terra ficaria por

8,65 cêntimos.

Page 54: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 54

Neste momento, as centrais fotovoltaicas têm uma potência real de 15% tendo

em conta a potência instalada, se estas seguirem a trajectória feita pelo Sol, como a que

existe em Moura no Alentejo, a potência ficará entre 21-23%, no caso das centrais

eólicas a potência real é apenas 20 a 26%, ou seja um quarto da potência instalada. Esta

potência instalada é denominada de potência nominal, ou seja, é a potência máxima que

cada central é capaz de produzir. Nestes casos, podemos perceber perfeitamente que a

potência nominal é um pouco para mostrar o que é possível produzir mas na verdade,

essas produções são neste momento irreais, por isso podem induzir em erro as pessoas

que não conhecem a potência real destas centrais. Desta forma, a potência nominal pode

ser apresentada como uma propaganda enganadora às centrais eólicas ou fotovoltaicas.

3.2.4.1 - Opções Energéticas

As energias solar e eólica provaram que no seu actual estádio de

desenvolvimento não permitem suprir as necessidades energéticas de uma sociedade

sem carbono. A arma final no combate por um mundo melhor e sem aquecimento global

revela-se ainda ineficaz, e nem o mais ardiloso esquema sensacionalista alterará este

facto.

Incompreensivelmente, governos como o português, esquecem princípios

económicos básicos, como a rentabilidade ou competitividade, e constroem centrais

energéticas com custos absurdos que injectarão energia na rede eléctrica a preços 4 a 5

vezes superiores aos de mercado.

Poderíamos ser levados a pensar que esta seria a única maneira de produzir

energia diminuindo as emissões de gases de efeito estufa, sendo assim um custo

aceitável na demanda pela salvação da Terra, porém, a realidade diverge desta hipótese.

Existem tipos de energia que, não produzindo gases de efeito estufa na sua laboração,

eliminam inconvenientes das energias renováveis como a intermitência e baixo

rendimento. Centrais como as nucleares e as termoeléctricas com castração de carbono

produzem a energia que cumpre esses requisitos.

Page 55: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 55

3.2.4.1.1 - Central Nuclear

Sucintamente, numa central nuclear podem existir um ou mais reactores

nucleares. A nível comercial, nestes reactores só se processam reacções de fissão

nuclear. A fissão do combustível (Urânio ou Plutónio) liberta grande quantidade de

calor que é usado na vaporização de água. O vapor produzido, sob altas pressões,

movimenta uma turbina havendo a produção de energia eléctrica. Este processo é muito

mais extenso e complexo e a seu aprofundamento apenas irá desviar a atenção do que

realmente importa, bastando esta breve explanação.

O único gás produzido no funcionamento de uma central nuclear é o vapor de

água, que apesar de ser o principal gás de efeito estufa, na quantidade em que é

produzido numa central é completamente desprezável. Assim, a energia nuclear pode

receber o galardão de energia limpa.

Até aqui as centrais nucleares estão em pé de igualdade com as energias

renováveis, mas as centrais nucleares têm muito mais para dar. Uma central nuclear

pode produzir energia ininterruptamente durante meses a fio com rendimento acima dos

80 %. A sua actividade pode ser controlada de modo a suprir falhas na rede ou picos de

produção e não é afectada por factores de variabilidade meteorológica ao contrário da

energia solar e eólica. Apesar do custo das suas infra-estruturas ser bastante elevado e

necessitar de combustível, a produção energética de uma central nuclear é grande. Pelo

que uma central nuclear bem projectada e executada pode produzir energia a um custo

de 5,7 ç por kwh.

O grande motivo da reticência quanto às centrais nucleares é o destino a dar ao

lixo nuclear por elas produzido e a remota possibilidade de um acidente com

derramamento do combustível nuclear para o exterior da zona confinada pela central.

3.2.4.1.2 - Centrais termoeléctricas com captura de carbono

As centrais termoeléctricas produzem energia de modo bastante semelhante ao

das centrais nucleares. Neste caso o combustível (gás natural, carvão ou os dois) é

queimado, sendo que o calor produzido é utilizado para vaporizar a água. Esta

movimenta a turbina e de novo temos energia eléctrica. Apesar deste processo ter um

rendimento consideravelmente mais baixo que o ocorrente numa central nuclear, o

combustível de uma termoeléctrica é bastante mais barato, tornando-a competitiva.

Page 56: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 56

Nas centrais convencionais, os gases resultantes da combustão eram libertados

para a atmosfera, sendo, por isso, grandes emissores de gases de efeito estufa. No

entanto, um novo processo em estudo possibilita a construção de centrais onde não haja

emissão de gases de efeito estufa. Após a combustão do carvão ou gás natural o dióxido

de carbono emitido é capturado de entre os gases de exaustão, por meio de uma série de

reacções químicas. O dióxido de carbono é depois liquefeito, podendo ser injectado no

subsolo.

A captura de carbono implica um consumo adicional de energia, razão pela qual

uma central com este processo implementado apresenta um rendimento 30 % menor em

relação às centrais tradicionais.

E assim, com este processo, dispomos de centrais com as vantagens de

usabilidade e confiança das centrais tradicionais e a não emissão de gases de efeito

estufa das energias renováveis.

O custo de cada kwh produzido numa central termoeléctrica a carvão sem

castração de carbono ronda os 3,9 ç, a este valor acrescem 1,9 ç correspondentes ao

imposto de carbono, sendo o custo final cerca de 5,9 ç. Já as centrais com castração de

carbono, apesar de não implementadas comercialmente, supõe-se que terão um custo

por kwh a rondarem os 6,2 ç.

Tanto as centrais termoeléctricas com captura como as nucleares produzem

energia substancialmente mais barata que a eólica, não emitem gases de efeito estufa e

não sofrem de nenhuma das desvantagens supracitadas para as energias renováveis. No

entanto, um pouco por todo mundo, os políticos imbuídos num ambientalismo profético,

numa atitude de completa irresponsabilidade económica, anunciam com grande pompa

o investimento massivo em energias renováveis em actos do mais puro propagandismo.

De ressalvar que face aos argumentos apresentados as energias renováveis não

devem ser preteridas às centrais nuclear e termoeléctrica, bem pelo contrário. O

investimento em energia renováveis deve se apoiado e incentivado, mas numa vertente

mais académica. Uma exploração comercial destas soluções só pode ser feita quando o

seu desenvolvimento permitir competitividade num mercado liberalizado, até lá será

uma desperdício inaceitável de recursos.

Page 57: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 57

3.3 - Interesses instalados

É bastante improvável que toda a classe política permaneça desinformada. E se a

crença na teoria do Aquecimento Global Antropogénico é compreensível face aos dados

disponíveis, actos de completa irresponsabilidade económica, potencialmente danosos,

não são defensáveis com base em nenhuma crença. Aos decisores políticos é-lhes

exigido que façam as escolhas que mais beneficiem a população e para isso necessitam

de analisar todas as hipóteses e agir em conformidade com aquela que mais benefício

traz. No entanto, os políticos parecem esquecer-se a quem este benefício se refere.

Talvez a eles próprios pensam alguns, talvez aos países desenvolvidos pensam outros,

mas um facto parece evidente, ao interesse da maioria não é por certo.

Ninguém, tendo em vista o bem comum, tentaria hipotecar as hipóteses dos

países menos desenvolvidos para saírem da pobreza extrema, destruiria florestas e

despoletaria uma crise cerealífera para produzir combustíveis de benefício questionável

ou tornaria a energia eléctrica 5 vezes mais cara só para construir aerogeradores no alto

de montanhas.

Então, alguma coisa está errada. Se hipóteses há para combater alterações

climáticas hipotéticas, sem grande agravo no quotidiano do comum mortal e um decisor

honesto e analítico as escolheria sem hesitar, porque razão os nossos políticos

continuam a preferir hipóteses morais e economicamente incomportáveis? Só existe

uma resposta para esta pergunta: Corrupção e ganância!

Se fosse realmente vontade dos políticos resolver os problemas do Planeta,

porque começariam eles pelas Alterações Climáticas, que nem sequer se sabe a nossa

real responsabilidade nelas ou se são um problema de todo. Desflorestação, poluição

dos solos e oceanos, utilização inapropriada dos solos, desertificação, sustentabilidade

são todos eles problemas com causas bem definidas e soluções identificadas, porém,

raro é o político que está disposto a tomar partido deles. Tentemos compreender, então,

a adopção de tais medidas pelas classes políticas.

Todas as medidas que visam a criação de fundos, o auxílio dos mais

prejudicados pelo aquecimento global e a reconversão de indústrias, invariavelmente

criam condições para corrupção e compadrio. Como foi referido, a efectividade destas

medidas é questionável e pode perpetuar a pobreza dos países mais desfavorecidos. Mas

sendo optimistas e dando crédito ao plano, esta “ajuda” tem uma contrapartida gravosa.

Uma vez criadas as almejadas indústrias verdes nos países em desenvolvimento, estas

Page 58: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 58

pertenceriam a quem providenciou a tecnologia e know-how, ou seja, pertenceriam a

capitais estrangeiros e na prática os países em desenvolvimento estariam tanto ou mais

dependentes dos países desenvolvidos como no inicio. Assim, nenhum sentimento

nobre move os cofres dos países desenvolvidos, mas sim o desejo de domínio e riqueza.

O investimento em biocombustíveis e energias renováveis, rege-se por um

imperativo semelhante. O mercado energético é um mercado adulto competitivo e bem

regulado. Os investimentos neste mercado são avultados, mas distanciados entre cada

um. Por exemplo, a construção de uma central termoeléctrica para suprir as

necessidades energéticas de uma cidade é um investimento impressionante, mas em

condições normais, será o único investimento no sector da energia naquela zona durante

os 20 a 30 anos seguintes. Deste modo, é extremamente difícil a um novo tipo de

energia ou tecnologia entrar no mercado da energia e mesmo que o consiga para ter uma

posição relevante necessita de pelo menos 20 anos. Este processo só se interrompe na

presença de uma nova condicionante, uma nova necessidade.

Este alarmismo climático pode ser isso mesmo. Ao incutir a ideia, ainda que

falsa, que o dióxido de carbono deve ser erradicado no mercado energético, está-se a

criar uma nova necessidade – reconversão das centrais existentes produtoras de dióxido

de carbono. Mas mesmo a nova necessidade poderia ser sanada pelas soluções já

existentes no mercado, porém, há mais quem queira lucrar com o rentável mercado

energético. Com um pouco suborno ao mais alto nível e manipulação da comunicação

social, transmite-se a ideia que as energias renováveis são a solução para todos os

nossos problemas.

É certo que isto não passam de suposições, contudo seria interessante aferir até

que ponto serão estas afirmações infundadas. O futuro nos reserva a resposta e, até lá,

os jogos pelo poder continuarão.

Page 59: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 59

Conclusão

O Aquecimento Global Antropogénico é apenas uma teoria científica que

procura explicar os recentes aumentos na temperatura média global com base na

emissão humana de gases de efeito estufa. Suporta-se na correlação entre a

concentração de dióxido de carbono atmosférico e variação da temperatura média global

e nas projecções dos modelos climáticos.

A teoria é, porém, débil. As relações causais entre o dióxido de carbono e a

temperatura são estabelecidas a partir de correlações que apenas se estendem ao século

passado. E os modelos que prevêem aquecimentos futuros na ordem dos 2 a 4 ºC, não

explicam nem conseguem replicar fenómenos com repercussões mensuráveis na

temperatura média global tais como o shift climático, o el niño ou o papel das nuvens.

Durante a história do planeta existiram períodos de aquecimento repentinos que em

nada se deveram ao dióxido de carbono e não será apenas um século de estudo do clima

do planeta que nos permitirá provar com certeza que este episódio a ele se deve.

Dando o devido mérito à teoria, é preciso ter consciência das suas limitações e

não tentar produzir medidas políticas e económicas a partir das conclusões que estão

longe serem corroboradas. E se análise e estudo da teoria se mantivessem no seio da

comunidade científica, assim aconteceria. Porém, o sensacionalismo da imprensa e uma

série de lobby's e interesses instalados arrancaram o Aquecimento Global dos corredores

universitários e das conversas académicas para o mostrarem ao mundo como um

problema apocalíptico de exclusiva responsabilidade humana. O resultado foi a

completa deturpação da teoria, desrespeito pelo método científico e alarmismo

infundado.

O alarmismo incentivou à tentativa de contenção das alegadas alterações

climáticas infligidas pelo homem, todavia nenhuma das medidas até hoje tomadas surtiu

o efeito desejado e apenas contribuiu para a omissão de verdadeiros problemas e

enriquecimento no mínimo questionável de uma escassa minoria.

O nosso objectivo com este trabalho não é fazer com que se ponha uma pedra

sobre a questão do Aquecimento Global. É importante, muito importante aferir a

capacidade humana em afectar o clima da Terra e tomar as medidas de contenção

possíveis e sustentáveis caso seja necessário. No entanto, a investigação deve ser séria,

científica, imparcial e não ser instrumentalizada por alarmismos ignorantes e interesses

corruptos. Está em jogo o bem-estar de milhões de pessoas e uma teoria que reside no

Page 60: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 60

domínio da verosimilhança não pode ser usada com tamanha leviandade.

Se a classe política pretende cuidar, aliás, tem o dever de cuidar do Planeta que

comece por problemas com causas bem definidas e muito mais urgentes que o

Aquecimento Global, seja o consumo insustentável de recursos, a desertificação de

solos, a poluição das águas, a desflorestação, a destruição de habitats ou extinção de

seres vivos.

Page 61: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 61

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Área de Projecto 65

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Page 66: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 66

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Page 67: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 67

Anexos

Page 68: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 68

Sol CO2 produzido pelo

Homem

Mecanismos

desconhecidos do

sistema climático

Vulcanismo

Colégio Didálvi Área de Projecto 2009/2010

No âmbito da disciplina de Área de Projecto, do 12º ano de escolaridade, pretendemos

recolher informação sobre o Aquecimento Global.

As respostas a este inquérito são absolutamente confidenciais. Os dados adquiridos

servirão apenas para um tratamento estatístico da informação.

Idade: ___

1. Sabe o que é o Aquecimento Global?

2. Acha que existe Aquecimento Global?

Se respondeu negativamente, avance para a questão 3.

2.1 Qual é a causa do aquecimento global?

2.2 Acha que o Aquecimento Global é prejudicial para a Humanidade?

2.3 Já sentiu os efeitos do Aquecimento Global na sua vida quotidiana?

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Page 69: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 69

Cerca de cem milhões

de euros

Cerca de mil milhões de

euros

Cerca de dez mil

milhões de euros

Cerca de cem mil

milhões de euros

Investir em Energias

Renováveis

Utilizar biocombustíveis

Dar fim à produção

de CO2

Não fazer nada

3. Já se questionou sobre a veracidade da Teoria do Aquecimento Global?

4. Tem conhecimento da teoria que contesta o Aquecimento Global?

5. Considera que os meios de comunicação social favorecem a Teoria do Aquecimento

Global?

6. A Teoria do Aquecimento Global é movida por interesses políticos?

7. Quanto considera que a União Europeia irá gastar, anualmente, para combater as

alterações climáticas?

8. O que acha que devemos fazer para combater o Aquecimento Global?

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

Page 70: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 70

Poluem os ambientes Promovem a

desflorestação

Reduzem

significativamente a

poluição atmosférica

São mais eficientes

0 a 20% 20 a 40%

40 a 60% + 60%

Energia Solar Energia Eólica

Energia Nuclear Carvão

9. Os biocombustíveis:

10. Acha as Energias Renováveis rentáveis?

11. Qual é o rendimento das Energias Renováveis?

12. Qual o tipo de energia com mais rendimento?

13. Qual pensa ser o tipo de energia mais adequada à realidade portuguesa?

Gratos pela sua colaboração.

Sim

Não

Page 71: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 71

Tratamento de dados

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5

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20

25

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sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Sabe o que é o Aquecimento Global?

0

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15

20

25

30

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Acha que existe Aquecimento Global?

Page 72: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 72

0

5

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Sol

CO

2

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Sol

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Sol

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Sol

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Sol

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os …

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14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Qual a causa do Aquecimento Global?

0

5

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25

30

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Acha que o Aquecimento Global é prejudicial para a humanidade?

Page 73: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 73

02468

1012141618

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Já sentiu os efeitos do Aquecimento Global na sua vida quotidiana?

0

5

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20

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Já se questionou sobre a veracidade da teoria do Aquecimento Global?

Page 74: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 74

02468

1012141618

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Tem conhecimento da teoria que contesta o Aquecimento Global?

0

5

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15

20

sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

Considera que os meios de comunicação social favorecem a teoria do Aquecimento Global?

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sim não sim não sim não sim não sim não

14 anos 15 anos 16 anos 17 anos Maiores de 18 anos

A teoria do Aquecimento Global é movida por interesses políticos?

Page 75: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 75

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2

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6

8

10

12

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Milhões de euros investidos pela EU

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Formas de combate ao Aquecimento Global

Page 76: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 76

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Os Biocombustíveis

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Acha as energias renováveis rentáveis?

Page 77: Aquecimento Global, O Mito

Área de Projecto 77

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Tipo de energia com mais rendimento

Page 78: Aquecimento Global, O Mito

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Energia mais adequada a Portugal