aquela triste e leda madrugada - luís de camões ( análise )
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Aquela triste e leda
madrugada
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Luís de Camões• Foi um poeta de Portugal, considerado uma das maiores
figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente. Pouco se sabe com certeza sobre a sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de uma família da pequena nobreza. Sobre a sua infância tudo é conjetura mas, ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Quando faleceu, em 10 de Junho de 1580, tinha 56 anos. Para além de ser poeta ocupava também a função de ser soldado.
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Outras obras de Luís de Camões
• Camões viveu na fase final do Renascimento europeu, um período marcado por muitas mudanças na cultura e sociedade, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna e a transição do feudalismo para o capitalismo. Luís de Camões escreveu a tão conhecida obra “Os Lusíadas”. Os Lusíadas é considerada a epopeia portuguesa por excelência.
• A obra lírica de Camões, dispersa em manuscritos,81 foi reunida e publicada postumamente em 1595 com o título de Rimas
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Poema• Aquela triste e leda madrugada,• cheia toda de mágoa e de piedade,• enquanto houver no mundo saudade• quero que seja sempre celebrada.
• Ela só, quando amena e marchetada• saía, dando ao mundo claridade,• viu apartar-se d’ua outra vontade,• que nunca poderá ver-se apartada.
• Ela só viu as lágrimas em fio,• de que uns e outros olhos derivadas• se acrescentaram em grande e largo rio.
• Ela viu as palavras magoadas• que puderam tornar o fogo frio,• e dar descanso às almas condenadas.
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Caraterísticas do PoemaRecurso
ExpressivoExemplo
Antítese Aquela triste e leda madrugada
Adjetivação Dupla
cheia toda de mágoa e de piedade
Metáfora Ela só viu as lágrimas em fio
Personificação Ela viu as palavras magoadas
Metáfora que puderam tornar o fogo frio,
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Estrutura Externa• Estrofes: 14 versos, divididos em duas
quadras e dois tercetos - soneto;• Versos- Exemplos:• -A/que/la /tris/te e /le/da /ma/dru/ga/da= 10
sílabas métricas( decassílabos).• -Ela/ viu as/ pa/la/vras/ ma/go/a/das= 8 sílabas
métricas.
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Divisão do Poema• Aquela triste e leda madrugada,• cheia toda de mágoa e de piedade,• enquanto houver no mundo saudade• quero que seja sempre celebrada.
• Ela só, quando amena e marchetada• saía, dando ao mundo claridade,• viu apartar-se d’ua outra vontade,• que nunca poderá ver-se apartada.
• Ela só viu as lágrimas em fio,• de que uns e outros olhos derivadas• se acrescentaram em grande e largo rio.
• Ela viu as palavras magoadas• que puderam tornar o fogo frio,• e dar descanso às almas condenadas.
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
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Esquema Rimático• Aquela triste e leda madrugada, A• cheia toda de mágoa e de piedade, B• enquanto houver no mundo saudade B• quero que seja sempre celebrada. A
• Ela só, quando amena e marchetada A• saía, dando ao mundo claridade, B• viu apartar-se d’ua outra vontade, B• que nunca poderá ver-se apartada. A
• Ela só viu as lágrimas em fio, C• de que uns e outros olhos derivadas D• se acrescentaram em grande e largo rio. C
• Ela viu as palavras magoadas D • que puderam tornar o fogo frio, C • e dar descanso às almas condenadas. D
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Tipos de Rimas• Aquela triste e leda madrugada, A• cheia toda de mágoa e de piedade, B• enquanto houver no mundo saudade B• quero que seja sempre celebrada. A
• Ela só, quando amena e marchetada A• saía, dando ao mundo claridade, B• viu apartar-se d’ua outra vontade, B• que nunca poderá ver-se apartada. A
• Ela só viu as lágrimas em fio, C• de que uns e outros olhos derivadas D• se acrescentaram em grande e largo rio. C
• Ela viu as palavras magoadas D • que puderam tornar o fogo frio, C • e dar descanso às almas condenadas. D
Rima Pobre & Rima Consoante
Rima Rica & Rima Consoante
Rima Pobre & Rima Consoante
Rima Rica & Rima Consoante
Rima Pobre & Rima Toante
Rima Pobre & Rima ConsoanteRima Rica & Rima ToanteRima Pobre &
Rima Consoante
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Rima• Aquela triste e leda madrugada, A• cheia toda de mágoa e de piedade, B• enquanto houver no mundo saudade B• quero que seja sempre celebrada. A
• Ela só, quando amena e marchetada A• saía, dando ao mundo claridade, B• viu apartar-se d’ua outra vontade, B• que nunca poderá ver-se apartada. A
• Ela só viu as lágrimas em fio, C• de que uns e outros olhos derivadas D• se acrescentaram em grande e largo rio. C
• Ela viu as palavras magoadas D • que puderam tornar o fogo frio, C • e dar descanso às almas condenadas. D
Interpolada
Emparelhada
Interpolada Emparelhada
Cruzada
Cruzada
CruzadaCruzada
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Tema• O tema deste conhecido soneto é a
separação dos amantes numa madrugada.
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Assunto• Sentimento de dor da separação transforma a
madrugada num momento marcante para o poeta. A madrugada é portanto, poeticamente um elemento sensível, humanizado, que se comove com a dor alheia, mas incapaz de expressar-se, contrastando sua beleza plástica com o sofrimento humano.
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FIM