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Área de Competências-Chave
Cultura, Língua e Comunicação
RECURSOS DE APOIO À EVIDENCIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Recursos de apoio ao desenvolvimento do processo de RVCC, nível secundário
Núcleo Gerador 1 – EQUIPAMENTOS E SISTEMAS TÉCNICOS
DR2 – Tema: Equipamentos Profissionais
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Tema 2: Equipamentos Profissionais COMPETÊNCIA: Agir perante equipamentos e sistemas técnicos em contexto profissional conjugando saberes especializados e rentabilizando os seus variados recursos no estabelecimento e desenvolvimento de contactos.
Impactos da inovação tecnológica na competitividade e nas relações de trabalho
Nas últimas décadas, os avanços tecnológicos e a velocidade das mudanças trouxeram às empresas a
necessidade de rever e reformular constantemente as suas práticas para se manterem no mercado. Neste
ambiente, a competição torna-se acirrada e ficar parado pode significar a morte da empresa ou, pelo
menos, a perda de sua competitividade. Isto porque, com o desenvolvimento de inovações modificam-se
os padrões de produção e de consumo, bem como as formas de organizações das mais variadas
atividades.
A tecnologia sempre foi um dos elementos determinantes para o desenvolvimento organizacional.
São as inovações tecnológicas que propiciam novas formas de organização do trabalho, melhorando a
performance organizacional, são elas
que otimizam a gestão dos recursos e
possibilitam a melhoria da
competitividade nas empresas.
Mais do que nunca, o
entendimento de como a tecnologia
afeta as empresas é vital para a
garantia do seu crescimento e
riqueza. Os impactos da inovação
tecnológica na competitividade são
evidenciados a partir do momento
que a mesma contribui para a
redução de custos ou a diferenciação
dos negócios da empresa. Assim, a
inovação tecnológica propicia
competitividade à organização quando a sua introdução no meio organizacional resultar na otimização da
produtividade, no aumento da agilidade, na melhoria da comunicação, da qualidade dos produtos, bem
como dos métodos de controlo e planeamento, possibilitando, consequentemente, que a empresa ganhe
competitividade executando atividades estrategicamente importantes de uma forma barata ou melhor do
que a concorrência.
No que diz respeito às relações de trabalho, percebe-se que por um lado, a inovação tecnológica
propicia uma melhoria na execução dos processos e na infraestrutura da organização como um todo, por
outro ela coisifica o trabalho e, muitas vezes, aliena o indivíduo do processo de produção. Além disso, ao
mesmo tempo em que a inovação tecnológica cria novas oportunidades de emprego, exigindo o
desenvolvimento intelectual e profissional do indivíduo, ela elimina postos de trabalho desfavorecendo
trabalhadores menos privilegiados que são incapazes de acompanhar as mudanças e permanecerem
aptos a ocuparem os novos postos de trabalho criados. Em todos os casos, cabe à empresa propiciar
Imagem disponível na Internet em: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/exposicao-em-toquio-tem-robos-que-jogam-ping-pong-e-medem-o-
pulso-20091125.html
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relações de trabalho que evitem barreiras à adoção de novas tecnologias, bem como criar formas mais
eficientes e menos alienantes que visem, ao mesmo tempo, maior produtividade e a satisfação do
trabalhador.
SACHUCK, M. I., TAKAHASHI, L. Y. e AUGUSTO, C. A. Impactos da inovação tecnológica na competitividade e nas relações de trabalho. CADERNO DE ADMINISTRAÇÃO. v. 16, n.2, p. 57-66, jul/dez. 2008. file:///C:/Users/cqep/Downloads/6045-18649-1-
PB.pdf
História do telefone
A história do telefone começou com uma grande complicação. Em fevereiro de 1876, o senhor
Graham Bell depositou, na Secção de Patentes de Washington, a descrição e os desenhos de um aparelho
eletromagnético que permitia a duas pessoas falarem e
ouvirem-se a grande distância. Algumas horas depois,
apresentou-se na mesma secção o senhor Lisha Gray, que
consignou a descrição e os
desenhos de um aparelho
idêntico ao de Bell. A
coincidência era muito
estranha para não se
pensar que um tinha
furtado a ideia do outro. E
como ambos afirmavam que a invenção era fruto do seu próprio
engenho, o caso foi parar nos tribunais.
Aquele pequeno aparelho não era coisa banal: a ideia valia vários
milhões de dólares. Realmente, se o telégrafo já estava difundido e, como ele, os sistemas para
comunicação à distancia já tinham dado um grande passo, o telefone constituía uma novidade de enorme
importância, porque permitiria comunicações imediatas e diretas entre os habitantes e os escritórios de
uma mesma cidade. Gray acusou Bell de fraude; no
tribunal, Bell
jurou que a
ideia era sua e
acreditaram
nele.
Foi
constituída uma poderosa sociedade para a exploração da
patente: a Bell's Telephone. Mas, durante o processo, que se
arrastou por 8 anos, alguns italianos intervieram na
pendência, sustentando que o telefone nascera muitos anos
antes, graças a um pobre imigrante italiano: Antonio Meucci.
Assim, tanto Bell como Gray tê-lo-iam conhecido e, talvez,
apenas aproveitado a ideia do inventor.
Mas quem era Antonio Meucci? Nascido em Florença,
1808, foi, a princípio, empregado na Alfândega e depois,
maquinista teatral que teve que fugir para a América. Para
viver, Meucci fez um pouco de tudo e, por fim, instalou uma fábrica de velas. Nesse entretanto, tivera a
A invenção do telégrafo
Em 1794, os irmãos Chappe, franceses, inventaram um telégrafo feito com uma espécie de braços articulados. Em 1840, Morse criou um telégrafo já mais moderno e um código que recebeu o seu nome, o Código Morse. Esse código é uma espécie de alfabeto que usa pontos e traços. Por exemplo, a letra A é . _ , a letra B é _ . . . , etc. Em 1850, estabeleceu-se uma ligação entre a Inglaterra e o resto da Europa através de cabos marítimos que utilizavam o Código Morse. Hoje em dia, ainda se utiliza o Código Morse na comunicação entre navios de guerra e em algumas atividades amadoras.
Fonte: in Ciência viva, disponível na Internet em
http://www.cienciaviva.pt/projectos/inventions2003/eca.as
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ideia do telefone e dedicava tempo e dinheiro às numerosas tentativas para realizá-la. O dinheiro não era
muito e, frequentemente, para adquirir o material necessário para as experiências, recorria aos pequenos
empréstimos do amigo Bandelari, que o auxiliava nas pesquisas.
Em 1857, Meucci conseguiu, finalmente, fabricar um aparelho que funcionava de maneira satisfatória;
estudara com enorme empenho durante cinco anos, mantendo-se em dia com todas as novas
descobertas no campo das correntes elétricas;
provara e tornara a provar o aparelho, superando
todos os obstáculos. Houve uma tentativa de
constituir uma sociedade para explorar a
invenção, mas os capitais, que deviam ser
inteiramente italianos, alcançaram uma quantia
irrisória. Os patrícios emigrados ou eram gente
pobre ou não tinham muita confiança na
iniciativa.
Meucci já depositara na Seção de Patentes de
Washington uma descrição do aparelho,
acompanhada do desenho, feito por um amigo, o
pintor Corradi. Mas, depois, tudo lhe aconteceu de errado. Teve que fechar sua pequena fábrica e tentar
em vão outras atividades, ficando, porém, reduzido à miséria. Todavia, continuou a aperfeiçoar o telefone
e aborrecia-se porque não podia sozinho realizar provas a grandes distâncias. Dirigiu-se então ao Diretor
da Western Telegraph Company. A princípio, recebeu promessas e encorajamentos mas, depois, tudo
cessou. E, até ao solicitar a devolução dos desenhos, responderam-lhe que não mais se achavam ali.
Teriam sido perdidos realmente ou alguém deles se apoderara com a intenção de estudá-los e torná-los
seus? Nunca se soube ao certo.
Para cúmulo do azar, em 1871, quando trabalhava perto de uma caldeira, ficou ferido. E aí veio a
miséria extrema: Ester, sua pobre mulher, vendeu também os aparelhos em que Meucci se exercitava.
Em 1876, como dissemos, surgiram Bell e Gray e seu telefone foi apresentado na Exposição de
Filadélfia. Tratava-se de um rudimentar aparelho, onde o órgão recetor podia ser confundido com o órgão
transmissor. Contudo, o aparelho triunfou e Graham Bell recebeu até os cumprimentos do Imperador D.
Pedro II do Brasil, que muito o encorajou. Mas, alguns anos depois, o inventor foi acusado de falso
juramento e fraude. A acusação provocou forte clamor, acenderam-se polémicas. O presidente dos
Estados Unidos mandou abrir um inquérito, descobrindo-se que a
Western Telegraph, à qual Meucci entregara seus desenhos,
participava dos dividendos de Bell e de sua companhia. Por fim, o
Supremo Tribunal declarou que cabia a Meucci a prioridade da
invenção do telefone. Mas todos os direitos de exploração ficariam
com Bell, porque o pobre Meucci não havia encontrado a quantia
suficiente para pagar a taxa de renovação e já fazia dez anos que
sua patente caducara.
O telefone difundiu-se rapidamente pelo mundo todo.
Cientistas e técnicos como Hughes e Edison, este último inventor do microfone e muitos outros
aparelhos, aperfeiçoaram-no. A partir de então, o telefone tornou-se um indispensável companheiro de
nossa vida diária.
O surgimento do telefone móvel - o celular - foi um grande salto tecnológico, que mudou radicalmente
a comunicação interpessoal: atualmente, o telefone deixou de ser somente um meio de interação
pessoal. Transformou-se não só num veículo de comunicação como num instrumento de trabalho e de
Central telefónica. Imagem disponível na Internet em:
http://www.cachicha.com/2012/02/todo-lo-que-los-servicios-
secretos-espian-en-internet/
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lazer. Para os mais aficionados, é quase um acessório do próprio corpo. Tirar fotos, ouvir músicas ou
mesmo aceder à Internet são algumas das possibilidades de se conectar com o mundo inteiro que o
homem moderno conquistou. E o que é melhor, sem nem mesmo sair do lugar.
Para conhecer um pouco da história do telefone em Portugal aceda aqui.
In Enciclopédia Juvenil/tradução de Jacob Penteado. São Paulo, Lisa, 1972. Disponível na Internet em http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diatelefone.html (Adaptado)
Como o telefone mudou a forma de comunicar
A invenção e desenvolvimento do telefone e consequentemente das linhas e operadoras telefónicas
deram às pessoas a possibilidade de comunicar à distância em tempo real, algo que o já existente
telégrafo não permitia, pois as mensagens chegariam mais tarde ao recetor e não no momento em que
foram enviadas pelo emissor. A comunicação à distância através das chamadas telefónicas, algo que hoje
em dia se tornou banal, mas também cada vez menos usual, sofreu com a invenção do telefone uma
enorme revolução.
Inicialmente, o telefone foi imaginado para ligar entre
si apenas dois aparelhos. Assim, uma pessoa num quarto
poderia falar com outra noutro lugar da casa, ou uma
pessoa de casa poderia falar com outra no escritório.
Porém, a invenção popularizou-se rapidamente e foi
preciso criar conexões entre muitos aparelhos.
A solução foi criar uma mesa de conectora operada
por uma pessoa, para quem se telefonava e se pedia
para ser conectado a outro telefone específico. Apenas
no início do século 20 esse processo foi automatizado e
os telefones ganharam números próprios, permitindo
que se fizesse a ligação diretamente de um para outro,
exatamente como fazemos até hoje.
Com o avanço da tecnologia associada às
comunicações telefónicas passou a ser necessário
contratar cada vez mais pessoas para trabalhar nas
operadoras e para controlar as
linhas. Este trabalho era feito
geralmente por mulheres, o que
deu emprego a muitas delas numa
profissão considerada respeitável.
Muitas outras, nessa época
passaram, a ser datilógrafas. Tal
como a máquina de escrever,
também o telefone foi uma
invenção que acabou por dar
emprego a muitas mulheres.
Como reminiscência dessa época
temos hoje a predominância de
mulheres nos serviços de voz das
operadoras de telefones e telemóveis.
É interessante observar que na altura foram lançadas questões pertinentes que ainda hoje suscitam
reflexão, tal como a diminuição do contacto humano devido à interação social ser realizada
No início as ligações passavam por uma central. As pessoas pegavam no telefone e ligavam a uma
operadora, geralmente do sexo feminino, solicitando-lhe a ligação para determinada pessoa.
Imagem disponível na Internet em:
https://www.pinterest.com/pin/576038608563707679/
Evolução do telefone, do fixo ao telemóvel. Imagem disponível na Internet em: https:
http://desatracado.blogspot.pt/2014/09/graham-bell-ladrao-e-mentiroso.html
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essencialmente com mediação da tecnologia e não ao vivo, com verdadeiro contacto humano. Tal como
hoje, devido ao avanço tecnológico, também na altura se falava das consequências negativas dessa forma
de interação. Mas tal como hoje, também na altura se reconhecia o potencial comunicacional dos avanços
tecnológicos na área da comunicação, no caso em apreço do telefone, que veio para mudar a forma como
comunicámos e nos socializámos.
Raphael Mesquita. 2014. Consequências do Telefone. Disponível em
https://digartmedia.wordpress.com/2012/03/14/o-telefone-e-algumas-consequencias/. (Adaptado)
Importância da Comunicação via Telefone
Criado há cerca de 140 anos, o telefone continua a ser um dos meios de comunicação mais utilizados
na vida das pessoas, além de ser um eficiente meio de trabalho. Deste modo, esta ferramenta é vital para
as empresas reduzirem tempo e custos e solucionarem rapidamente qualquer problema ou situação,
além da particular importância que
assumem no cumprimento de objetivos
organizacionais. Por esse motivo, aprender
a utilizar o telefone profissionalmente,
exige disciplina para conseguir resultados
efetivos.
Assim, o telefone assume-se como um
meio de extrema importância. Apesar das
constantes evoluções tecnológicas, hoje
existem inúmeras formas de comunicar via
telefone, quer seja por modelos mais
tradicionais como telefones de secretária ou
modelos mais atuais, como é o caso
dos smartphones. Contudo, seja qual for o
meio utilizado, há sempre falhas que comprometem a qualidade da comunicação.
Nesse sentido, é necessário evitar más práticas na comunicação telefónica e para o auxiliar nesta
tarefa deixamos algumas instruções fundamentais:
Em qualquer comunicação via telefone é necessário fazer anotações. Registar tudo o que se diz é
extremamente importante, visto que não faz sentido fazer um novo telefonema a perguntar o que já
se perguntou antes. Portanto, devemos anotar o máximo de informações possíveis. Se não
percebermos alguma coisa voltemos a questionar a pessoa para esclarecer tudo no momento.
Durante uma comunicação telefónica é importante perceber qual o objetivo a alcançar. Quer seja
numa reunião presencial ou por e-mail, é necessário ter um domínio total do assunto que está a ser
tratado. Numa conversa telefónica, isso torna-se fundamental. Ao fazer o telefonema é importante transmitir a ideia de que se está calmo, pois algumas pessoas
ficam nervosas a falar ao telefone. Por isso, não devemos transparecer nervosismo na chamada já
que algumas pessoas podem ficar inseguras na forma como estão a ser abordadas.
Ouvir é uma tarefa difícil. Contudo, quando se trata da comunicação, devemos ouvir primeiro e falar
depois, para que dessa forma consigamos entender perfeitamente o que nos estão a transmitir. É
importante também ser preciso e fazer perguntas o mais diretamente possível, sem rodeios.
Imagem disponível na Internet em: https:
http://indikabem.com.br/carreira/lideranca/falar-ao-telefone-parece-antigo-mas-e-eficaz-2
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Todos nós usamos apoios linguísticos quando falamos, o que em grande parte dos casos servem para
estruturar o discurso mental. Palavras como “sim, sim”
“claro” e “pois” são exemplos que são normalmente
utilizados num diálogo, mas que se podem tornar
repetitivas e até irritantes.
Devemos ser sempre educados e adotar um tom positivo.
O seu tom de voz deve refletir educação, respeito e
confiança. Tal vai permitir que seja mais fácil para a outra
pessoa que está ao telefone comunicar connosco.
Devemos ouvir atentamente e permitir que a outra pessoa
fale sem interrupções. Apesar de haver possibilidade de
interromper o interlocutor, não o devemos fazer, pois
haverá tempo para falar quando ele terminar o discurso. É
de bom-tom fazer uma pausa antes de responder ou de
fazer uma questão ao interlocutor, desse modo, ele vai
perceber que o estivemos a ouvir atentamente.
Importância da Comunicação via Telefone
In, disponível na Internet em http://blog.ximo.pt/blog/2079-importancia-da-comunicacao-via-telefone-parte-1/ e 2, adaptado
História dos computadores
O computador é um dispositivo eletrónico com capacidade para armazenar, receber e processar dados
programados por instruções memorizadas. A parte física que compõe o computador é designada
por hardware. Os programas que fornecem as instruções ao computador são designados por software.
Genericamente, podemos afirmar
que o computador é composto por
diversos componentes,
nomeadamente a Unidade Central
de Processamento (CPU - Central
Processing Unit), placa-mãe
(motherboard), barramento (bus),
Memória (RAM - Random Acess
Memory), portas de I/O
(Input/Output), slots de expansão,
placas de expansão, disco rígido,
leitor de CD-ROM, unidades de
disquetes e fonte de alimentação.
Hoje os computadores processam
dados e resolvem problemas milhões
de vezes mais depressa do que os
sistemas eletrónicos dos anos 40 e
50, com uma pequena fração de
custo.
Computador de secretária com alguns periféricos Imagem disponível na Internet em: https:
http://www.mundodastribos.com/computadores-em-oferta-lojas-americanas.html
Imagem disponível na Internet em:
http://www.comovenderconsorcio.com.br/noticias/dicas-uteis-para-falar-corretamente-ao-telefone
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O primeiro computador, o ENIAC, completamente eletrónico no seu funcionamento, foi concluído em
1946, na Universidade da Pensilvânia: era um
monstro de 30 toneladas e 18 mil válvulas
eletrónicas, que necessitava de um edifício
próprio. Era capaz de fazer 500 multiplicações
por segundo! Tendo sido projetado para
calcular trajetórias balísticas, o ENIAC foi
mantido em segredo pelo governo americano
até o final da 2.ª Guerra Mundial e somente foi
anunciado ao mundo após o seu final.
Em seis décadas, a indústria evoluiu desde
as máquinas eletromecânicas de cartões
perfurados e calculadoras de válvulas até aos
poderosos computadores eletrónicos cujas
velocidades se medem em nano segundos. Este
é o resultado de inovações técnicas levadas a
cabo por muitas pessoas e organizações dentro
da indústria, pela IBM, mas também por outros
fabricantes de computadores, universidades,
clientes e inventores individuais.
Como resultado destas inovações, os computadores estão a ser utilizados cada vez mais em todas as
atividades humanas, desde a ciência, os negócios e a saúde, a administração pública, a educação e as
artes, em todo o mundo.
Como em qualquer invenção, o primeiro
computador teve a sua origem em algo
preexistente e que já trazia consigo alguns
conceitos trabalhados por especialistas anos
antes. Se Alan Turing é conhecido pelo seu
pioneirismo na ciência da computação, ou
da programação em si, o engenheiro
mecânico Charles Babbage é considerado o
inventor do primeiro equipamento
considerado computador mecânico, ainda
no século XIX.
O início da era do computador eletrónico
remonta aos anos 40 com a utilização de
ampolas de vácuo como primeiros
componentes eletrónicos, que passaram a
funcionar como interruptores on/off para representação de código binário.
A evolução do computador desde a sua criação até aos nossos dias pode ser dividida em fases, cada
uma incorporando as inovações anteriores, mas trazendo novos avanços que conduziram aos
equipamentos atuais, com as características que lhes conhecemos.
Anos 1940 – Primeira geração - Somente na década de 1940 os computadores mecânicos
rudimentares deram de vez lugar aos computadores de uso geral, que já usavam algoritmos simples para
perfurar cartões e realizar cálculos complexos. Nesse contexto, a fundação da HP foi um marco
ENEAC, considerado o 1.º computador digital, eletrónico, programável. 1946
Imagem disponível na Internet em: https: https://plus.google.com/s/%23DiaDaInform%C3%A1tica/top
Constituintes básicos de um computador Imagem disponível na Internet em: https:
http://9c2010.weebly.com/unidades-de-medida-de-informaccedilatildeo.html
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importante na História destes equipamentos desde logo ao apresentar o seu popular Oscilador de Áudio
HP200A, equipamento usado na indústria
do cinema pela Disney para produzir efeitos
sonoros.
A chamada "Primeira Geração" ficou
marcada pelo aparecimento de
computadores de válvulas, tendo o ENIAC
(Electronic Numerical Integrator and
Computer) como seu principal
representante, segundos os estudiosos. Foi
criado em 1946, durante a Segunda Guerra
Mundial, nos Estados Unidos, por John
Eckert e John Mauchley. Trata-se do
primeiro computador digital eletrónico
programável, de uso geral.
A primeira geração de computadores
passou ainda por invenções como o Harvard
Mark I, em 1944, usado pelos nazis na
Segunda Guerra Mundial e pelo SSEC, lançado em 1948 pela IBM, capaz de calcular a posição da Lua
utilizando ficando famoso por ter sido usado para traçar a rota da missão Apollo 11, em 1969.
Anos 1950 – Segunda geração - A "Segunda Geração" de computadores surgiu na década de 1950 e
teve como novidade a utilização de transístores. Com esta nova tecnologia, o computador idealizado por
Alan Turing finalmente poderia ser construído e comercializado. Entre os vários que surgiram nessa
altura, destacou-se o UNIVAC 1101, um equipamento de 12 metros de comprimento e 6,1 metros de
largura que usava 2.700 tubos de vácuo nos circuitos lógicos.
A máquina, considerada avançada na época, apresentava 38 instruções e uma espécie de memória
equivalente a 48 bits. Mais tarde, depois do lançamento de uma série de computadores eletrónicos nos
Estados Unidos, Inglaterra e Japão, a IBM produziu a primeira série de mainframes transistorizados da
companhia: IBM Strech.
Anos 1960 – Terceira geração - A chamada “era de ouro” dos computadores, a década de 1960, trouxe
para o mercado os primeiros microprocessadores. Destacaram-se o DEC PDP-1 e o CDC 6600, o mais
rápido da época e três vezes mais veloz do que o Strech da IBM que conseguia realizar mais de 3 milhões
de instruções por segundo.
Em 1960 existiam cerca de 5.000 computadores nos EUA. É desta época o termo software. Em 1964, a
CSC, Computer Sciences Corporation, criada em 1959 com um capital de 100 dólares, tornou-se a primeira
companhia de software com ações negociadas na bolsa. O primeiro minicomputador comercial surgiu em
1965, o PDP-5, lançado pela americana DEC, Digital Equipament Corporation.
Foi em 1965 que o computador finalmente saiu das grandes salas e se tornou portátil. O primeiro
microcomputador vendido com sucesso no mercado foi o DEC PDP-8, um computador de 12 bits cujas
dimensões se assemelhavam ao de um bar frigorífico de hoje. O fabricante, a Digital Equipment
Corporation (DEC), vendeu mais de 50 mil unidades naquele ano. Seguiu-se o PDP-8, de preço ainda mais
competitivo. Seguindo o seu caminho outras companhias lançaram modelos próprios, fazendo com que
no final da década já existissem cerca de 100.000 computadores espalhados pelo mundo.
Computador UNIVAC 1101. Imagem disponível na Internet em: https:
https://sites.google.com/site/historiasobreossitesdebusca/Historia-da-tecnologia
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Anos 1970 – Quarta geração - Em 1970 a INTEL Corporation introduziu no mercado um tipo novo de
circuito integrado: o microprocessador. Graças ao pioneirismo do DEC PDP-8, a "Quarta Geração" de
computadores, ficou marcada pela produção em larga escala de microcomputadores pessoais, como o
Kenback 1, comercializado em 1971 e que custava 7 mil dólares. Três anos depois, Xerox lançou a
primeira estação de trabalho pessoal baseada num microprocessador e que já tinha entrada para rato, o
Scelbi SH.
As mudanças começam entretanto a acontecer com maior rapidez e frequência. Em 1972 Bushnell
lança o videojogo Atari. Em 1975 Paul Allen e Bill Gates criaram a Microsoft e o primeiro software para
microcomputador: uma adaptação BASIC para o ALTAIR. Neste mesmo ano aparece o MITS Altair 8800
baseado no processador 8080 da Intel.
Nos anos seguintes surgiram
diversos modelos de
computador. Em 1975 apareceu
no mercado o MITS Altair 8800
baseado no processador 8080 da
Intel.
No ano seguinte, surgiu o
primeiro computador com
processamento vetorial de
sucesso comercial, construído por
Steve Wozniak. Chamado
inicialmente de Cray I, foi
renomeado para Apple I com a
refundação da empresa, após a entrada de Steve Jobs. No ano seguinte, o Apple II traduziu-se num
sucesso instantâneo. Possuía um processador Rockwell6502 de 8 bits e 48 Kb de RAM, totalmente
montado com teclado, som, ecrã a cores e a opção de unidade de disquetes.
Anos 1980 aos nossos dias – Quinta geração - Com a generalização dos microprocessadores, a década
de 1980 foi marcada pelo início da massificação dos computadores pessoais, com a IBM, a Commodore
e a Compaq a juntarem-se à Apple nesse mercado, o que levou a uma série de inovações.
Em 1980, John Sinclair, professor na Universidade de Cambrige no U.K.. criou o Sinclair’s, computador
de tamanho reduzido, concebido por inicialmente para utilização pelos estudantes da Universidade de
Cambridge e que chegou a ser comercializado, em
Portugal, por volta de 1980 com um preço
aproximado de 12.500$00. O computador era
fornecido com um cabo para ligação ao televisor e
outro para ligação a um gravador de "cassettes"
musical (norma Philips). Os programas e dados
eram gravados em fita K7 magnética e eram
também lidos a partir dela.
Em 1981, foi lançado o computador pessoal da
IBM (PC), baseado num processador da Intel, o
8088 a 4,7 MHz, ou seja, um processador
relativamente rápido, com unidade de disquetes de
160 kb de capacidade, cinco ranhuras de expansão
e um conector para cassete. Trazia um novo
Computador Apple 1, 1976 Imagem disponível na Internet em: https:
https://sites.google.com/site/historiasobreossitesdebusca/Historia-da-tecnologia
Computador Sinclar / ZX Spectrum Imagem disponível na Internet em: https:
https://sites.google.com/site/historiasobreossitesdebusca/Historia-da-tecnologia
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sistema operativo, o MS-DOS (Microsoft Disk Operating System), fornecido pela Microsoft.
Em 1982 passou a ser produzido o Osborne 1, fabricado pela Osborne nos USA, e que se traduziu num
avanço importante pois para além do sistema operativo utilizado, o CP/M desenvolvido pela Digital
Corporation também trazia uma folha de cálculo, o SUPERCALC (derivada do Visicalc) e um processador
de texto denominado WORDSTAR. Podia ser programado em BASIC, FORTRAN, COBOL, PASCAL, PL 1,
ALGOL, C, FORTH, ADA, ASSEMBLER e CROSS-ASSEMBLER. Possuía ainda saída para impressora e dispunha
de um interface para comunicações assíncronas. O sistema operacional era o PC/MS-DOS desenvolvido
pela Microsoft para a IBM. A
linguagem de programação
utilizada era o BASIC.
Em 1984, a empresa de Jobs
lançou o Apple Macintosh,
primeiro computador com
interface gráfica vendido
comercialmente. Dotado de um
processador Motorola 68 000
(mais eficiente que o 8088 da
Intel), dispunha de uma unidade
de disquetes de 3,5" e 400 KB e
um disco rígido de 5 MB.
Nesse mesmo ano, a IBM
apresentou o PC Advanced
Technology (AT), com um processador da Intel 80 286, que dispunha de uma arquitetura interna de 32
bits e um barramento de dados de 16 bits. Na primeira versão, dispunha de uma unidade de disquetes de
5,25", com uma capacidade de 1,2 MB e um disco rígido de 20 MB.
Foi também na década de 80 que os computadores pessoais passaram a incorporar uma unidade de
disco rígido com armazenamento ótico, placas de som, CD-ROM e linguagem orientada para objetos para
simplificar a programação. Curiosamente, o “pai” do projeto foi Steve Jobs, mas na NeXT, empresa que
fundou após a sua saída temporária da Apple em 1985.
As aplicações informáticas exigiam cada vez mais uma maior capacidade de processamento e
armazenamento de dados. Sistemas especialistas, sistemas multimédia (combinação de textos, gráficos,
imagens e sons), banco de dados distribuídos
e redes, são apenas alguns exemplos dessas
necessidades.
Assistimos nos aos 90 à simplificação e
miniaturização do computador, à crescente
melhoria do seu desempenho e ao aumento
da capacidade de armazenamento. A
redução dos custos de produção e do volume
dos componentes permitiram a aplicação dos
computadores nos chamados sistemas
embutidos, usados no controlo de
aeronaves, embarcações, automóveis e
computadores de pequeno porte.
Dá-se um grande desenvolvimento na
área dos programas multimédia com o
Computador Apple Macintosh. 1984. Imagem disponível na Internet em: https:
https://sites.google.com/site/historiasobreossitesdebusca/Historia-da-
tecnologia
Computador com processador 386 e sistema Operativo Windows 3.1 Imagem disponível na Internet em: https:
https://www.youtube.com/watch?v=qoN0HhDnRR8
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lançamento do sistema operativo Windows 3.0 da Microsoft. Os PCs utilizavam processadores 80*86 (80
386, 80 486), da Intel, e os Mac, a série 68000, da Motorola.
Em 1993, a Intel substituiu o processador 80486 pelo Pentium (capacidade de endereçamento de 32
bits, barramento de dados de 64 bits e velocidade a partir de 60 MHz) que foi sofrendo diversas
melhorias, nomeadamente a introdução da
tecnologia MMX (tecnologia otimizada para
correr aplicações multimédia).
Em 1997, a Intel lançou uma nova
arquitetura - o Pentium II (com velocidades
superiores a 233 MHz). No ano seguinte a
Apple passou a produzir o iMac, um
computador pessoal de alto desempenho
com processador PowerPC G3, a 266 MHz,
caracterizado pela sua forma compacta e
pelas suas cinco cores.
Em 1999 surgiu o Pentium III, com
velocidades superiores a 450 MHz, criado a
pensar na Internet. Em 2002 generaliza-se o
uso do DVD e, ao nível do processamento, os P4 (Pentium 4) atingem velocidades de 3.06 GHz. Desde
então e até aos dias de hoje foram lançados vários processadores da Intel, acompanhados de várias
versões de Windows. De entre os modelos de processadores da Intel podemos citar: Core 2 Duo e i7. A
AMD entrou no ramo de processadores em 1993, com o K5, lançando posteriormente o K6, K7, Athlon,
Duron, Sempron, entre outros.
in Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consult. 2016-02-17 12:49:52].
Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/$computador e História dos computadores disponível da Internte em: http://webx.ubi.pt/~felippe/texts3/ahist_comput.pdf. (adaptado)
A evolução dos sistemas Operativos para computadores
De que forma os Sistemas Operacionais foram surgindo ao longo da história? Qual a importância do
Linux, do DOS, Mac-OS e Windows? Esses sistemas operativos diversos são concorrentes ou
compartilham da mesma filosofia? Quem surgiu primeiro? O Sistema Operativo ou o computador?
Os Sistemas Operativos nasceram praticamente ao mesmo tempo que os computadores. Quando se
fala de computadores, refiramo-nos àqueles que passaram a ser fabricados com transístores, ignorando a
geração anterior.
Todos os dias, ao ligarmos o computador para trabalhar, divertirmo-nos, navegar na web, jogar e fazer
outras tantas coisas, logo entra em ação um elemento importantíssimo do computador que é o sistema
operativo, logo seguido de uma variedade de programas tendo em vista a tarefa que nos propomos
realizar.
Hoje, no mercado razoavelmente segmentado, muitas pessoas ainda usam o sistema operativo
Windows. Mas, ao longo dos anos, diversas companhias desenvolveram sistemas operativos e outros
programas, tendo em vista diferentes tipos de utilizadores. Antes, os computadores gigantes que
ocupavam salas inteiras e necessitavam do auxílio de humanos nasceram por volta da década de 1950.
Computador iMAC da Apple.1998 Imagem disponível na Internet em: https:
https://www.youtube.com/watch?v=qoN0HhDnRR8
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Nessas primeiras máquinas, as tarefas eram realizadas por técnicos, os quais “ditavam” o que seria
realizado através do próprio hardware. Um funcionário era contratado especialmente para ativar e
desativar chaves, as quais serviam para indicar se um componente
devia ficar ligado ou desligado. Ao desligar uma chave, por
exemplo, a informação corria por metros ou quilómetros de fio e
acendia uma luz, indicando que determinada função estava
desativada.
Nessa época, era habitual alguém construir e programar um
computador. Apesar de funcionar para certas tarefas, esses PCs
necessitavam sempre da intervenção humana e não podiam usar
rotinas programadas. A história mudou com o primeiro Sistema
Operativo, o UNIX, em 1969.
O Sistema Operativo é um programa, que serve como ponte
entre os aplicativos (software) e a parte física do sistema
(hardware), e tem a função fazer funcionar os seus recursos (dizer
qual aplicativos terá acesso ao processador, memória, sistema de
arquivo, etc.).
Em 1964, com uma equipa de programadores (naquela época
engenheiros) das empresas AT&T (Laboratórios Bell), da General
Electric (GE) e liderados pela Universidade MIT (Massachusetts
Institute of Technology) idealizaram o Multics, um Sistema
Operacional para multiprocessadores, multiutilizadores, múltiplas interfaces e multiaplicativos para
trabalhar em rede através de terminais. Um projeto muito além de seu tempo, mas que teve de aguardar
alguns anos para entrar em funcionamento, pois na época não havia hardware para correr esse Sistema
Operativo.
Em 1969, Ken Thompson que trabalhava no projeto do Multics criou um programa com características
semelhantes, em Assemebly, usando um computador PDP-7, muito mais modesto do que o necessário
para rodar o Multics. Thompson reescreveu o Multics e batizou o seu projeto como o nome Unics (em
tom de deboche), rebatizado mais tarde de UNIX.
Em 1973 o próprio Ken Thompson em conjunto com Dennis Ritchie reescreveu o Unix em linguagem C,
um marco histórico. A linguagem C é
uma linguagem de programação mais
simples de ser entendida por nós
seres humanos, ao contrário do
Assembly, a mais leve das linguagens,
mas extremamente complexa. Apesar
de ser uma linguagem de alto nível, a
Linguagem C permanece pequena,
leve e otimizada o suficiente para se
escrever um sistema operacional. O
uso da linguagem C é considerada
uma das principais razões para a
rápida difusão do Unix. O Unix herdou
do Multics as suas características:
multiprocessadores, multiutilizadores,
múltiplas interfaces e multiaplicativos.
Dennis Ritchie, criador da linguagem C e do SO UNIX
http://www.genbetadev.com/desarrolladores
/dennis-ritchie-creador-de-c-y-unix
Sistema Operativo Mac OS da Apple
http://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao-.htm
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Incontáveis sistemas operacionais desenvolvidos posteriormente foram baseados no Unix em C,
herdando as suas excelentes características acima descritas.
Em 1976 Steve Jobs, o guru da Apple, teve uma ideia que revolucionou o mundo, criando um
computador pequeno, portátil e barato o suficiente para que qualquer pessoa pudesse ter um, o Apple 2,
(o Apple 1 era apenas uma placa de computador ligada a um teclado).
Em 1980 a gigante dos computadores de grande porte, a IBM (International Business Machines),
decide entrar no mercado dos
computadores pessoais, mas o seu
computador pessoal, o PC (Personal
Computer) assim batizado pela IBM,
não possuía nenhum programa para
correr nele. A IBM acordou com a
Microsoft de Bill Gates, o
fornecimento do Sistema Operativo
para os seus PC's. Bill Gates, um
visionário homem de negócios, fechou
na época o que é considerado por
muitos o melhor negócio de todos os
tempos: vendeu à IBM o que não
tinha, um Sistema Operativo. Bill
Gates procurou Tim Paterson que havia desenvolvido o QDOS e comprou-o por míseros 50.000 mil
dólares. Rebaptizou o programa com o nome MS-DOS e vendeu a
licença de utilização à IBM. A rápida vulgarização dos PC's provocou
um crescimento meteórico da então pequena Microsoft. Mais tarde
Bill Gates contratou Tim Paterson para trabalhar na Microsoft. Tim
Paterson, que podia ter sido o homem mais rico do mundo, por
ironia, trabalhava para Bill Gates. Ao contrário do Unix, o MS-DOS
era um sistema operacional pensado para ser simples, para um
único utilizador, só funciona nos processadores da Intel e só
executava um programa de cada vez, originalmente não trabalhava
em rede.
Em 1984 Steve Jobs roubou da Xerox, como ele mesmo admitiu,
a ideia de um sistema operacional baseado em objetos clicáveis com
um rato e a Apple lançou no
mercado o Machintosh ou
para os mais íntimos
simplesmente o Mac. O Mac
OS, possuía código próprio
desenvolvido pela Apple. O Mac OS foi desenvolvido do nada, por
isso era incompatível com os programas feitos para o Apple 2. O
Machintosh tornou o Apple 2 obsoleto.
Neste mesmo ano, Richard Stallman começou a desenvolver o
Projeto GNU (uma abreviação recursiva em inglês, que significa
"GNU Não é Unix"). Assim surgiu a filosofia de Software Livre. O
GNU deveria ter as mesmas características do Unix sem aproveitar
o seu código. Num software livre, qualquer pessoa pode copiar,
Sistema Operativo MS Dos, desenvolvido por Tim Paterson e pela Microsoft
http://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao-.htm
Bill Gates, fundador da Microsoft
http://mentalhygiene.com/bill-gates-tandy-
coverboy/operacionais-ilustracao-.htm
Steve Jobs, fundador da Apple
http://laughingsquid.com/hyper-realistic-action-figures-of-young-steve-jobs-in-the-
70s-80s/operacionais-ilustracao-.htm
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modificar o código sem a necessidade de pedir permissão. Essa filosofia baseia-se no facto de que para
desenvolver um programa não é preciso começar do zero, deve-se aproveitar o trabalho de
programadores que vieram antes, a assim,
“Crescer sobre o ombro de Gigantes”.
Em 1986 a Microsoft lança o Windows 1, que
nem sequer era um Sistema Operativo. Era um
aplicativo de janelas que corria em cima do MS-
DOS. O lançamento do Windows manteve a
compatibilidade dos programas feitos para o MS-
DOS, e adicionou a interface clicável com rato.
Como sabemos, a união do MS-DOS com o
Windows praticamente monopolizou o mercado
de computadores pessoais. Ao contrário do
Machintosh, não era preciso um computador
novo para se instalar o Windows, bastava instalar 4 disquetes no velho IBM-PC e pronto.
Em 1987 Andrew Stuart Tanenbaum criou o
Minix. O Minix era um Unix-like compacto
escrito em 12.000 linhas de código, gratuito e
com o código fonte conhecido, correndo até
mesmo num 286 com apenas 16 MB de
memória RAM e através de um "live-CD" sem
necessidade de instalação.
Em 1991 Linus Torvalds, inspirado pelo Minix,
lança publicamente como software livre o Linux.
Fez então tão grande sucesso que recebeu
contribuição de milhares de programadores de
todo o mundo. Grandes empresas também
contribuiram para a programação do seu código
como IBM, Sun Microsystems, Hewlett-Packard
(HP), Red Hat, Novell, Oracle, Google, Mandriva
e Canonical. Atualmente o Linux é o kernel mais utilizado, por computadores de grande porte, mas
também por computadores pessoais, DVD players, telemóveis, etc..
1993 foi lançado o Windows NT. Esse Sistema Operativo da família Windows foi o primeiro a pensar no
ambiente de rede e a ser independente do MS-DOS. Possui um emulador de MS-DOS na janela, onde
também é possível passar comandos para o Sistema Operativo. O Windows NT trouxe o sistema de
arquivos NTFS, o sistema anterior (FAT) é funcional e relativamente simples, porém com o uso provoca
fragmentação dos arquivos gravados. O sistema de arquivos NTFS foi pensado para suprir as deficiências
do sistema FAT e passou a trabalhar com criptografia nativa de dados, múltiplos utilizadores, suportando
tamanhos maiores de discos.
Em 1994 são lançados os Mac's com processadores Power-PC da IBM, de arquitetura RISC. Essas
máquinas surgem de uma aliança entre Apple-IBM-Motorola; devido à mudança de plataforma, o Mac
inteiro teve que ser reescrito. Para manter a compatibilidade com programas escritos para o antigo Mac
foi usado um emulador que provocava lentidão; à medida que os aplicativos foram sendo reescritos para
o novo padrão, o emulador deixou de ser usado.
Em 2001 foi lançado o Windows XP que manteve a compatibilidade de software com todas as versões
anteriores. Essa escolha por parte dos programadores garantiu o seu sucesso. O Windows foi e é
Linus Torvalds criador do Sistema Operativo Linux
https://www.google.pt/search?noj=1&tbm=isch&sa=1&q=linux+Linus+Torvalds&oq=linux+Linus+Torvalds&gs_l=img.3..0i8i30j0i5i30.1510
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Aspeto do Sistema Operativo Linux
https://diogoferreiraso11inf.wordpress.com/category/comentario-sobre-o-
linux/.0.3945.2.2.0.0.0.0.85.158.2.2.0....0...1.1.64.img..0.2.157.FUUvSSBaCd4#imgrc=6wdrX2DnxtEnbM%3A
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atualmente o sistema operacional mais utilizado em Desktops e Laptops; neste setor é o Sistema
Operativo que tem a maior variedade de aplicativos.
Após anos a trabalhar no seu próprio sistema,
a Apple lançou finalmente um sistema baseado
no UNIX. O OS X que veio revolucionar a história
da companhia. Desde o lançamento desse
sistema, a Apple tem apenas realizado melhorias
e não lançou uma versão totalmente nova. O
Mac OS X, como também era chamado, trazia
memória protegida, o dock (semelhante ao que é
usado até hoje), o terminal, um cliente de email,
suporte para OpenGL e outros tantos recursos.
Em 2006 os Mac's passaram a utilizar os
processadores Intel. A mudança de plataforma
exigiu mais uma vez a mudança de Sistema
Operativo. A Apple passou a utilizar o núcleo
open-source Darwin. Os programadores da Apple
tinham então liberdade, para dedicar-se a programação da interface gráfica e à sua estabilidade. O Mac
também cresceu nos ombros de gigantes.
Tentando inovar, nesse mesmo ano de 2006, a
Microsoft lançou no mercado o Windows Vista que
havia sido criado para permitir novas experiências e
atrair os utilizadores do Windows XP. Por causa de
uma série de problemas de desempenho, o sistema
não obteve sucesso esperado. Apesar disso, alguns
recursos (como o Windows Search e o Windows Aero)
foram inovações que ajudaram no desenvolvimento do
sistema sucessor.
A grande revolução no mercado de telemóveis
ocorreu em 2007 quando a Apple lançou o famoso
iPhone. Na época, não havia nada semelhante ao
smartphone e ao sistema da “Maçã”. O iOS foi criado
com base no OS X e disponibilizou recursos de fácil
uso. Com alterações, esse sistema continua a dar
passos largos na introdução de novos recursos.
Em 2008 a gigante Google lançou no mercado o
Sistema Operacional open-source Android, com o
seu núcleo em Linux. Atualmente é o Sistema
Operativo Unix-like mais utilizado nos
Smartphones.
Face à decepção dos utilizadores com o seu
Windows Vista, a Microsoft apresentou em 2009 o
Windows 7 que veio corrigir os problemas do
antecessor e oferecer um melhor desempenho. O
sistema não alcançou a aceitação do Windows XP,
Sistema Operativo Windows 95
http://www.tecmundo.com.br/sistema-operacional/2031-a-historia-dos-sistemas-operacionais-ilustracao-.htm
Sistema Operativo Windows XP
http://www.cnet.com/products/microsoft-windows-xp-home-edition/
Logótipo e aspeto do écran com Sistema Operativo Android
http://www.muycomputer.com/2012/05/16/android-un-sistema-operativo-para-gobernarlos-a-todos
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mas de uma forma geral, conseguiu conquistar o público.
Pensando em migrar para o setor dos tablets e revolucionar a forma como as pessoas usam os PCs, a
Microsoft apostou na reformulação do seu sistema operativo e apresentou em 2012 o Windows 8 com
um novo Menu Iniciar, aproveitando elementos do Windows Phone. Em 2015, voltou a reformular o seu
sistema Operativo, disponibilizando aquela que para já é a última versão, o Windows 10.
In Wikilivros. Sistemas Operacionais/História. Disponível na Internet em:
https://pt.wikibooks.org/wiki/Sistemas_operacionais/Hist%C3%B3ria (Adapado)
Programas necessários ao funcionamento de um computador pessoal
As diferentes operações e funções realizadas pelos computadores só são possíveis porque para além
do Sistema Operativo possuem uma série de programas
e aplicações que foram sendo criados e redesenhados ao
longo das últimas décadas, apelidados de software.
Podemos definir o termo como “uma sequência
de instruções escritas para serem interpretadas pelo um
computador com o objetivo de executar tarefas
específicas”.
Desde que os computadores começaram a chegar ao
mercado até aos nossos dias foram imensos e
diversificados os softwares criados pelos programadores
tendo em vista satisfazer as diferentes necessidades dos
utilizadores domésticos e das empresas. Alguns, com
sucessivas versões, continuam a ser indispensáveis ao
funcionamento dos milhões de computadores usados em
todo o mundo. Outros não sobreviveram às profundas
mudanças que foram acontecendo, quer ao nível do
hardware quer das exigências dos consumidores, acabando por desaparecer.
Os computadores que hoje existem nos lares e nas empresas, apresentam elevadas capacidades de
processamento e potentes sistemas gráficos que permitem das mais simples às mais exigentes e
específicas tarefas, possíveis pela
enorme variedade de software neles
instalados. Alguns já estão instalados
aquando da aquisição do
equipamento, outros podem ser
instalados pelos utilizadores à
medida das suas necessidades,
sendo uns de licença livre outros
necessitam de ser comprados, no
respeito pelos direitos autorais. À
aplicação correta dos programas e
aplicações é condição ao bom
funcionamento do computador.
Igualmente são necessárias um
Exemplos de denominações de software
http://wlsgamehouse.blogspot.pt/2015/06/tipos-de-software-informatica.html
Software – Imagem disponível em:
http://www.ayokasystems.com/services/software-product-development/
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conjunto de rotinas tendo em vista evitar problemas de funcionamento e riscos de perda de informação.
De seguida, vamos referenciar o software habitualmente presentes nos computadores usados no dia a dia
das pessoas e das empresas.
Plugins - Os plugins são softwares capazes de
realizar alguma funcionalidade extra quando
agregados a um determinado sistema ou até
mesmo a outro aplicativo. São necessários,
principalmente, para execução de conteúdos
multimédia ou aplicativos desenvolvidos com
determinadas tecnologias:
Adobe Air - necessário para usar aplicativos
desenvolvidos com essa tecnologia;
Adobe Reader - permite a visualização de
documentos em PDF, como ebooks, por exemplo
(pode ser substituído pelo Foxit Reader);
DirectX - faz a integração entre as placas de vídeo e som necessária ao funcionamento de jogos e
aplicativos específicos;
Flash Player - permite a execução de conteúdos multimédia no navegador web, como vídeos, por
exemplo;
Java - necessário para aceder sites e aplicativos desenvolvidos com essa tecnologia;
WinRAR - permite compactar e descompactar arquivos em diversos formatos (pode ser substituído pelo
7zip que é gratuito);
Segurança - O software mais básico para segurança de um computador é, com certeza, o antivírus.
Existem boas soluções gratuitas assim como existem soluções pagas e mais completas, cabendo ao
utilizador decidir o que é mais importante. Para quem não quiser gastar muito poder instalar o Avast ou
então o AVG. Jamais se deve instalar mais do que um anti vírus pois tal só prejudica a sua segurança. Os
antivírus pagos alegadamente permitem aumentar os níveis de segurança no funcionamento do
computador. Para aumentar a segurança recomenda-se a instalação de programas anti-spyware.
Multimédia - Nessa categoria estão os softwares para execução de áudio, vídeo, gravação de som e
imagens, entre outros. A lista é vasta. Alguns são gratuitos como o Picasa ou o Movimaker outros são
pagos.
Web – São vários os aplicativos para
aceder à web, ficando a escolha ao gosto
ou preferência dos utilizadores. Entre
outros podemos referenciar os seguintes:
Internet Explorer no Windows, Google
Chrome, Mozilla Firefox, Opera, Safari e
Skype, este último aplicativo serve para a
troca de mensagens instantâneas e para
fazer chamadas telefónicas via web.
Escritório - Editar textos, realizar
operações numéricas ou contabilísticas,
produzir apresentações diversas, etc. faz
parte da rotina dos utilizadores de computadores, que para o efeito deverá ter instalado um pacote de
Exemplo de software livre – Imagem disponível em:
http://portallinux.es/category/free-software-fundation/
Software diverso – Imagem disponível em:
http://acadtech.gwu.edu/software
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aplicativos para escritório. O mais utilizado é, sem sombra de dúvidas, o Microsoft Office, mas existem
alternativas gratuitas, como o Open Office, por exemplo.
Utilitários – São inúmeros os utilitários que podemos instalar no computador, destinados a funções de
manutenção básica do sistema operacional e do próprio hardware.
A lista já vai longa e poderia ser muito mais extensa dada a quantidade e variedade de software
existente. Caberá a cada utilizador instalar os programas e aplicativos que julgar mais adequados às suas
necessidades.
In RBTech.Bernardi, Ricardo. Programas indispensáveis para um PC doméstico. Disponível na Internet em: http://hardware.rbtech.info/programas-indispensaveis-pc-domestico/. (Adaptado)
O email como importante meio de comunicação nas organizações
Há algum tempo só se fala em redes sociais. É lá onde tudo acontece, onde as pessoas se encontram e
deixam de se encontrar, é lá onde sorteiam ipads, onde acontecem concursos culturais, etc. Até as
empresas tem adotado esses ambientes como principal meio de comunicação digital, trocando os seus
websites por páginas no Facebook, por exemplo. Não julgo tal uma escolha errada, pois a maioria das
campanhas digitais a que temos assistido acorrem nessas
redes. Contudo, perguntamo-nos se será este o ambiente
que mais gera negócios. Será esse o ambiente onde se
conversa “pessoalmente” com os clientes? É lá que eles
estão?
Existem muitos outros meios de comunicar uma marca
na internet, que não através das redes sociais. Uma delas
é através do “arcaico” email! Mas muitas pessoas dizem
que o email está a morrer, a maioria dos jovens não
comunica através do email e as redes sociais cada dia
ganham mais força.
O email continua a ser um ótimo negócio. O email é
uma das forma de comunicação mais antigas da era digital, até mais antiga do que a própria internet tal
como a conhecemos hoje. A primeira mensagem de email foi envia em 1973 enquanto a internet só
começou a desenhar-se em 1980 e não era nada parecida com a internet que vivemos hoje.
Quem navegava nos anos noventa tem noção de toda a evolução que entretanto ocorreu, mas o
interessante no que diz respeito ao email é que o padrão de mensagens escritas nos anos 70 é o mesmo
que é hoje utilizado.
Outro ponto que mostra que o email está vivo é o facto de que numa pesquisa realizada nos
USA constatou-se que cerca de 39% das utilizadores da internet não tinham contacto com redes sociais
como facebook, twitter etc. enquanto apenas 6% das pessoas nunca tinham enviado ou recebido uma
mensagem de e-mail.
As pessoas em geral possuem em média até duas contas de email e é com elas que se registam nos
vários serviços nomeadamente nas próprias redes sociais. No caso de não possuirmos um email, o que é
hoje muito difícil para um utilizador da internet, será impossível registarmo-nos em qualquer rede social,
ou comunidade na internet.
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Também é verdade que as redes sociais já disponibilizam ferramentas para entrar através de perfis
sociais mas até nesse caso é necessária uma conta de email para construir esses perfis sociais.
O que vimos hoje é que empresas de e-commerce sabem trabalhar muito bem com o email através de
e-mails marketing de promoções exclusivas, promoções relâmpago e eliminação de stocks. O email é
uma comunicação direta de caráter pessoal e dificilmente uma mensagem é repassada ou encaminhada
para os amigos. Por isso é importante assegurar que a mensagem chega ao maior número possível de
clientes. Para contornar o risco da mensagem ir para o spam, existem programas e linguagens específicos
que podem facilitar esse motivo. Obviamente que o recurso a profissionais da área, nomeadamente com
conhecimento de HTML pode ser de grande utilidade para o sucesso de uma campanha junto de
potenciais clientes.
Cabe a cada organização e aos respetivos colaboradores tirar partido da comunicação mais pessoal
permitida pelo email. Há que dar especial atenção à apresentação do email de modo a que o cliente se
interesse pelo respetivo conteúdo e não a elimine mal chegue à sua caixa de correio. In Plastika Twy. (2012). Disponível na Internet em https://www.plastikastudio.com.br/email-como-importante-comunicacao-
com-clientes/
Como escrever um e-mail profissional
Embora atualmente as redes sociais tenham assumido o papel da comunicação rápida, o email ainda
continua a ser um dos meios mais eficientes no mundo dos negócios, mas também onde normalmente se
cometem bastantes erros.
Por ser um meio em que o contacto com a outra pessoa não é direto, na tentativa de se parecer
profissional e conciso muitas vezes acabamos por passar uma imagem errada.
Se nos nossos circuitos mais
informais o grau de informalidade
permite-nos ter qualquer conversa, dar
erros quando escrevemos, fazer
abreviaturas hieroglíficas que só os mais
perspicazes percebem e incluir uns
"smiles" aqui e ali, já nos
relacionamentos formais tal à vontade
pode-nos criar problemas, já que a este
nível existem regras de conduta e de
boa educação que devemos observar.
Saber trabalhar com o email é pois
essencial. Faz parte do nosso quotidiano
e é rara a pessoa que não manda todos
os dias os seus "mails", quer sejam de
cariz pessoal ou profissional. Acima de tudo há que saber distinguir entre trabalho e vida pessoal. Todos
ouvimos a expressão "Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque". No que diz respeito à nossa vida
pessoal e aos nossos amigos íntimos podemos escrever tudo o que quisermos, da maneira que nos
apetecer; podemos mandar "mails" picantes, contar anedotas ou encher-lhes a caixa do correio com
vídeos enormes. Não podemos é fazer o mesmo quando se tratar de trabalho e de assuntos com uma
certa responsabilidade.
Imagem disponível em:
http://www.mytop.fm/sabias-que-tens-10-segundos-para-cancelar-o-envio-de-
um-e-mail/
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Quando escrevermos um email devemos fazê-lo de uma forma tão profissional quanto uma carta
normal. Mas escrever um e-mail formal não é como escrever uma carta comercial, embora os dois sejam
bastante semelhantes.
Não nos devemos esquecer nunca que é a nossa imagem e da nossa organização que está em jogo! E
que vai ficar seriamente afetada se cometermos o erro de não respeitarmos as mais elementares regras
de conduta para o bom uso do nosso correio eletrónico
As regras mais importantes para se escrever um -mail formal perfeito são a concisão, a clareza e o
português correto. Quem lê um bom email formal sente necessidade de responder o mais brevemente
possível, assim uma resposta é sempre garantida.
Para não corrermos riscos e acabarmos por ser odiados pelos e-mails que enviamos, sugerimos
algumas regras para se escrever um email formal que pode ser usado para candidaturas a empregos,
contactos com empresas, envio de candidaturas espontâneas, envio de email para anexar currículo vitae,
etc..
1. Assunto
Preencher sempre o campo de assunto. Escolher preferencialmente um título que diga alguma coisa
ao destinatário. Não tentar usar artifícios como “urgente”, em vez disso, devemos procurar redigir o
assunto de modo conciso, que revele o âmbito do email.
2. Como iniciar o e-mail
As primeiras palavras que o nosso destinatário lerá no email que acabou de receber irão estabelecer o
tom geral da comunicação. Depois de estabelecer o tom inicial, dificilmente se conseguirá mudá-lo no
resto da comunicação! Por isso devemos estudar desde logo quem é o nosso público e qual o tom da
nossa mensagem, para que a abertura da comunicação se adeque ao tom geral do email.
Se começarmos com um “Exmo(a) Sr(a)” ou Dr., junto do sobrenome do destinatário, seguido por uma
vírgula tal definirá desde logo um
tom impessoal e formal. Em
alternativa podemos começar com a
saudação “caro” seguida do nome do
destinatário caso tenhamos qualquer
relação já estabelecida
anteriormente pessoal ou
organizacional.
Se se abrir com “Olá amigos!”, o
leitor sentirá desde logo um
ambiente jovem, descontraído e
informal para o resto da
comunicação, mas convenhamos
que não será uma saudação muito formal se nos dirigimos a alguém menos jovem ou distante.
Dirigir-se ao destinatário pelo nome é o melhor a fazer. Se necessário, usar títulos formais como, por
exemplo, Sr., Sra. ou Dr. junto do sobrenome do destinatário, seguido por uma vírgula. Saudações como
“Olá” embora possam ser usadas, principalmente quando não sabemos o nome da pessoa para quem
estamos a escrever, não serão as mais adequadas a um email formal.
A utilização de “Bom dia/Boa tarde/Boa noite” pode ser uma boa alternativa, embora menos formal,
apresentando vantagens e desvantagens. Este tipo de abertura será mais apropriado para contactos
Imagem disponível em:
http://ping.pt/email-profissional/
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diretos e individuais, sobretudo se tiver a certeza que o seu destinatário lerá o email dentro de pouco
tempo.
Quando for o caso, é importante que nos apresentemos logo no primeiro parágrafo. Isso inclui dizer
qual o motivo por que estamos a escrever aquele email e, caso não conheçamos a pessoa, onde
conseguimos obter o endereço eletrónico dela. Por exemplo: “O Meu nome é Joana. Estou a entrar em
contacto para…”. Se se tratar de uma mensagem de candidatura, é usual começar por nos apresentarmos,
dando contra do nosso nome completo, nacionalidade, nível académico e curso.
3. Ponto importante
Abordar o tema principal do email logo na primeira frase. Dificilmente um leitor vai chegar até ao final
para descobrir a surpresa no email. Cuidado com o que se escreve num email. Não devemos escrever o
que não gostaríamos de ler em voz alta numa reunião. Os emails são muitas vezes reenviados para outros
e, por isso, devemos ter atenção ao que escrevemos.
4. Escolha de palavras
O efeito que o email vai ter junto dos leitores vai depender das palavras que se usar para o apresentar.
Devemos ir diretos ao assunto e deixando-o, desde logo, claro. Devemos evitar começar, por exemplo,
com a frase “deve fazer isto”. O ideal é dizer claramente tudo o que tem que ser feito e até quando.
5. Maiúsculas
A não ser que intenção seja agredir quem vai ler o email, nunca devemos enviar um email escrito em
letras maiúsculas. Isso dá a impressão de que se está a gritar com ele, e tal não vai convencer destinatário
a fazer aquilo que precisamos que ele faça.
6. Linguagem
Devemos evitar usar linguagem demasiado informal, gírias e abreviações. Em muitos casos esse tipo
de linguagem pode ser
conhecido por nós, mas não
por quem vai ler o nosso
email, causando ruído na
comunicação e dificultando
que cheguemos onde
pretendemos.
Devemos evitar frases
vazias, como “venho por meio
desta” ou “é por meio deste”,
por serem particularmente
óbvias.
Para as formas verbais, o
uso da impessoalidade funciona
sempre bem, como é o caso dos
seguintes exemplos: “sabe-se”, “considera-se”, “informa-se”.
Usar marcas em negrito, itálico ou com fundo amarelo em pontos estratégicos no texto para assinalar
partes importantes do nosso email e identificar qual a ação que é esperada por parte dos destinatários
(resolução de um problema, esclarecimento de dúvidas, comunicação de um resultado, etc.), pode ser
apropriado, desde que não exageremos nesse tipo de marcadores.
Imagem disponível em:
http://cdj8ano.forumeiros.eu/t3-como-escrever-um-email-com-linguagem-formal
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7. Extensão e valores
Evitar escrever emails exageradamente grandes. Se a mensagem passar de dois ou três parágrafos
curtos, devemos considerar reduzir o email ou enviar o assunto num documento em anexo. Devemos pois
ser breves, não nos perdendo em explicações que não são, de todo, necessárias para a passagem da
informação aos destinatários. Quem lê um bom email profissional também sente necessidade de
responder o mais brevemente possível.
8. Palavras mágicas
Não nos devemos esquecer de pedir por favor, ou de agradecer, e convém que seja sentido, pois é
possível perceber, mesmo via email, quando se está a fazer uso dessas palavras sem sinceridade.
9. Anexos
Antes de enviarmos qualquer tipo de anexos devemos verificar se ele tem algum tipo de vírus e ter
cuidado com o tamanho dos anexos que enviamos. Anexos muito grandes, como ficheiros áudio ou vídeo
podem entupir o sistema do recetor do email. Não nos devemos esquecer de referir os anexos no corpo
do email e de dar-lhes nomes
adequados.
10. Edição
Não devemos enviar um email sem
antes reler o que se escreveu. Podemos
deixar passar uma coisa ou outra e
pensar que até é normal por se estar
com muito trabalho, mas o leitor não
sabe disso e, provavelmente, vai pensar
que é desleixo e que não damos a
devida atenção ao nosso trabalho.
Verificar pois exaustivamente a
ortografia e a gramática deve ser uma
preocupação de quem escreve emails
formais. As caixas de mensagem do sapo, gmail, hotmail e muitos outros já dispõem de ferramentas de
verificação da ortografia e da gramática do texto da mensagem. Já não há desculpas para não escrever
corretamente as palavras. Muitas vezes, os emails de candidaturas são recebidos por pessoas que fazem
parte de júris. Por isso, emails com erros, logo comprometem a admissão ou seleção dos candidatos.
Estudar e saber as regras de gramática, possuir vocabulário rico e saber como ordenar as palavras,
escrevendo escorreitamente em língua portuguesa, só faz melhorar o conteúdo do email e facilita
comunicação.
11. Despedida e conclusão. Devemos disponibilizarmo-nos para clarificar qualquer questão que possa surgir. No fim da nossa
mensagem, será de usar termos formais, tais como “Atenciosamente” ou “Com melhores cumprimentos”
ou ainda “Despeço-me com estima e consideração”. Se pretendermos acrescentar um toque mais pessoal
à comunicação, uma simples palavra pode fazer a diferença: “Com os meus melhores cumprimentos”. É
importante que a conclusão esteja em consonância com a abertura e o corpo da Suavizar um contacto
negativo.
Imagem disponível em:
http://www.clipartpanda.com/categories/email-clipart
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Se está a comunicar aquilo que pode ser entendido como uma má notícia por parte do destinatário,
devemos tentar, antes da assinatura, suavizar o tom geral da mensagem e esbatendo, deste modo, o
ambiente negativo gerado pela nossa mensagem. Uma situação negativa pode ser contraposta, mesmo
que não totalmente ultrapassada, com um frase do tipo “Estou ao seu dispor para colaborar no que me
for possível”.
12. Assinatura
Devemos providenciar uma assinatura com o nosso nome completo e as informações de contacto,
incluindo o endereço do local de trabalho, telefone e extensão.
13. Resposta
Não importa sobre o que seja, mas devemos dar sempre resposta ao nosso interlocutor. Se
precisarmos de mais tempo para reunir informações ou desenvolver um projeto, devemos enviar um
email a explicar-lhes isso mesmo.
A evolução dos meios de reprodução de documentos
Todos os equipamentos de trabalho, sejam profissionais ou domésticos, sofreram nos últimos 50 anos
uma grande evolução no sentido não só de uma maior produtividade, mas também da melhoria das
condições de trabalho: produzir mais com menor esforço. Muitos dos novos equipamentos foram
também surgindo com a mesma finalidade e quem tem já um percurso de trabalho com algumas dezenas
de anos sabe bem que agora não é necessário tanto esforço para efetuar o mesmo trabalho que fazia em
tempos mais recuados.
No entanto, há sempre um reverso da medalha e toda
esta evolução tem o grande inconveniente da redução da
mão de obra necessária para levar a cabo a execução de
muitos trabalhos. Assim aconteceu com os equipamentos de
escritório para a reprodução de documentos nas últimas
décadas.
Nos finais dos anos 60, o método utilizado na maioria dos
escritórios para fazer a reprodução de documentos era
através de folhas de papel químico entremeadas com
algumas folhas de papel de escrita que se introduziam na
máquina de escrever conseguindo-se assim uma ou mais
cópias do documento que se estava a datilografar ou, então,
procedia-se de igual modo quando se estavam a produzir
documentos manuscritos, como faturas ou recibos. Neste
último caso, ainda existem casas comerciais que utilizam esse
método.
Nesta altura já o invento da xerografia, processo de
impressão que utiliza eletricidade estática para a reprodução ou cópia de documentos ou imagens, tinha
mais de trinta anos e a primeira fotocopiadora cerca de uma dezena. No entanto, as máquinas
fotocopiadoras ainda demorariam algum tempo a chegar aos escritórios das pequenas empresas cujos
trabalhos de escrita, naquela época, se resolviam com a ajuda de uma máquina de escrever e meia dúzia
de canetas ou esferográficas.
Máquina de stincil de impressão manual Imagem disponível em:
http://articulo.mercadolibre.com.ar/MLA-597934721-mimeografo-_JM
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Nos serviços onde era necessário fazer a reprodução de grandes quantidades de documentos utilizava-
se o método de duplicação por stencil. Para imprimir com essas pequenas máquinas inventadas no início
do século XX, fazia-se manualmente, ou com a ajuda de uma
máquina de escrever, uma matriz em papel impermeável,
revestido a cera, com perfurações que permitiam a passagem
da tinta, normalmente a base de álcool. Colocava-se a matriz
num pequeno cilindro poroso cheio de tinta e girava-se uma
manivela que o punha a rodar. A força centrífuga impelia a
tinta através da matriz e esta imprimia diretamente o papel. O
custo era extremamente baixo, mas a impressão muitas vezes
tornava-se quase ilegível, sendo o processo muito trabalhoso
e desgastante.
Na década de 80 surgiram os duplicadores digitais que têm
o mesmo princípio básico de funcionamento. Nesses
equipamentos, um scanner digitaliza o original impresso e grava uma matriz em papel especial, designado
de master, que é afixado automaticamente num cilindro pelo qual flui a tinta, bombeada de forma
constante por meios mecânicos e que imprime diretamente o papel. As opções de funcionamento como a
qualidade de imagem ou velocidade de impressão são comandadas por circuitos eletrónicos.
Para a reprodução de documentos feita a partir de originais diversos, até há alguns anos atrás
utilizavam-se fotocopiadoras xerográficas cuja tecnologia estava ainda muito longe de atingir os níveis de
perfeição que hoje possuem. Num local de trabalho em que era necessário fazer muitas reproduções
como é o caso de uma reprografia escolar, tornava-se uma tarefa muito cansativa, quando essas
máquinas ainda não estavam equipadas com alimentador automático de originais ou sistema duplex
(frente e verso automático) pois isso obrigava a estar muitas horas de pé em frente da máquina
colocando e virando os originais no vidro e voltando a colocar as folhas já impressas de um lado nas
bandejas para a impressão no verso.
Os mais recentes equipamentos de reprodução de
documentos, possuem muitas e variadas funções que
vão desde a simples fotocópia feita pelo utilizador local
até à impressão à distância feita por utilizadores em
viagem, através de dispositivos móveis compatíveis com
email. A tecnologia de ponta usada nestas máquinas
permite a obtenção de documentos de texto e imagens
de grande qualidade, com um menor consumo de
energia, isto também devido à evolução da composição
do toner que agora funde a uma temperatura mais
baixa.
Para além disso estas máquinas vêm preparadas para
trabalhar com equipamentos opcionais, que são
anexados ao dispositivo, tais como finalizadores que
permitem a separação, agrafamento e ou dobragem das folhas, alimentadores de papel e bandejas de
receção de alta capacidade.
A manutenção destas máquinas também foi bastante simplificada e todos os consumíveis e alguns
componentes são facilmente substituídos pelo operador, sem necessidade de intervenção técnica, o que
representa também uma grande evolução, pois um grande problema de algumas máquinas mais antigas
era a sua assistência técnica, especialmente quando submetidos a um grande volume de trabalho.
A Evolução dos meios de reprodução de documentos. Disponível na Internet em: http://meioseculodeaprendizagens.blogspot.com/2012/03/evolucao-dos-meios-de-reproducao-
de.html#ixzz405oilDa3 (Adaptado)
Duplicador digital com o cilindro e o recipiente da tinta à vista
Moderna fotocopiador polivalente
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História da Fotocopiadora
A máquina fotocopiadora foi inventada a 22 de outubro de 1938, em Astoria, nos Estados Unidos da
América, por John Chester Carlson, um advogado que dedicava o seu tempo livre a investigar e inventar
coisas. Nessa data, o inventivo advogado fez a primeira imagem xerográfica de sempre, mas, nos anos
seguintes, não houve quem se interessasse e investisse no
invento. Passaram-se seis anos até que o Battelle Memorial
Institute, em Columbus, contratasse Carlson para
desenvolver a sua máquina.
Em 1947, a empresa fabricante de papel fotográfico Haloid
Company, sediada em Nova Iorque, obteve permissão do
instituto para desenvolver e comercializar uma máquina
copiadora inspirada na invenção do advogado, que
colaborou na sua
conceção.
Xerografia, que deriva das palavras gregas utilizadas para
definir "secar" e "escrever", foi o termo escolhido para
designar o novo processo de cópia. Este assenta na reflexão
eletrostática da imagem original através de um espelho para
um cilindro metálico que recebe uma descarga elétrica
contrária havendo uma posterior transferência da imagem
para uma folha de papel por uma
exposição a vapores quentes. Em 1948, a
Haloid registou os termos xerografia e xerox, este para definir o produto que, assim, entrou no mercado.
A primeira máquina fotocopiadora foi a Xerox 914, que conheceu um enorme sucesso por permitir
duplicar documentos a preto e branco com extrema simplicidade e fácil manuseamento. O sucesso da
máquina levou a que a empresa passasse a adotar a designação Xerox Company, em 1959.
O êxito da 914 manteve-se nos anos 60 e os lucros arrecadados pela empresa permitiram uma maior
aposta na investigação e desenvolvimento de novos produtos. A seguir à Xerox novas marcas entraram no
mercado, permitindo que houvesse grandes inovações para responder às exigências do mercado. Assim,
passou a haver diferenças e melhorias no que toca à rapidez de reprodução de cópias, ao preço e
Funcionamento da fotocopiadora A fotocopiadora (ou xerográfica, XERO = seco GRAFIA = escrita) utiliza cargas elétricas para a obtenção das cópias. No processo não é usado papel húmido nem são utilizadas quaisquer substâncias líquidas . O coração da fotocopiadora é um cilindro foto condutor que tem a propriedade de tornar-se condutor na presença de luz, e semicondutor na ausência da luz. A sua estrutura é à base de alumínio, ou de outro material condutor, revestida com uma camada externa do material foto condutivo. Outros componentes importantes são: a unidade de revelação com toner (composto de magnetite e resina plástica), a unidade de transferência (onde se dá a passagem do toner para o papel) e a unidade de fixação (onde o toner é fixado no papel com recurso a calor e pressão). Fonte: Rudinei, Bombardelli. Princípio de Funcionamento da Fotocopiadora, disponível na internet em http://www.ebah.pt/content/ABAAAftf4AB/principio-funcionamento-fotocopiadora
Esquema de uma máquina fotocopiadora. Imagem disponível em:
http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem2_2002/995108_Rog%E9rioPalhares_maq_fotocopiadora.pdf
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dimensão das máquinas e dos consumíveis, assim como cresceu a oferta do tipo de fotocópias existentes.
Os clientes ou utilizadores das máquinas podem optar por cópias a preto e branco, a cores, em frente e
verso da folha, aumentadas, reduzidas, em papel de fotografia, em acetato, etc.
Entretanto, a vulgarização das fotocópias levou a que fossem criadas novas leis referentes aos direitos
de autor. Como passou a ser extremamente fácil reproduzir documentos e obras foi necessário proteger
os autores desses trabalhos.
Para saber mais sobre a História da Fotocopiadora, poderá obter mais informações aqui e aqui.
in Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consult. 2016-
02-13 21:47:34]. Disponível na Internet: http://www.infopedia.pt/$fotocopiadora
História do fax
O fax (abreviação de fac-simile), chamado por vezes de telecopia, é o processo de transmissão (o
equipamento utilizado também recebeu o mesmo nome) telefónica de material impresso digitalizado
(tanto texto como imagens), normalmente através de uma linha telefónica ligada a uma impressora ou a
um dispositivo de saída idêntico, na sequência da marcação de um determinado número de telefone. O
documento original é digitalizado pelo fax que processa os conteúdos (texto o imagens) sob a forma de
uma imagem gráfica fixa, convertendo-a num mapa de bits para ser transmitido como sinais elétricos
através do sistema telefónico. O equipamento recetor do fax reconverte a imagem codificada, e imprime-
a em papel. Antes do triunfo da tecnologia digital durante muitas décadas, os dados digitalizados eram
transmitidos como sinal analógico.
Até se chegar a produção dos faxes vulgarizados no final da década passada, relativamente pequenos,
a cores, usando papel normal, muitos inventores deixaram o seu nome associado a esta tecnologia.
1964 foi um ano-chave em que a Xerox Corporation apresentou (e patenteou) o que muitos
consideram como o primeiro aparelho de fax moderno comercializado sob o nome (LDX) ou versão de
Longa Distância Xerografia. Este modelo foi substituído dois anos depois por uma unidade que realmente
definiu o padrão para as máquinas de fax nos anos seguintes. Até então, as máquinas de fax eram caras e
difíceis de operar. Em 1966, a Xerox lançou o Magnafax telecopiadora um pequeno aparelho de fax, de
preço reduzido. Esta unidade era muito mais fácil de operar e podia ser ligada a qualquer linha telefónica
normal. Era capaz de transmitir um documento do tamanho de uma carta em cerca de seis minutos. A
primeira máquina de fax digital foi
desenvolvida pela Dacom, baseado na
tecnologia digital de compressão de dados
originalmente desenvolvido para a
comunicação satélite.
No final de 1970, muitas empresas por
todo o mundo (mas principalmente no
Japão), entraram no mercado de fax surgindo
uma nova onda de aparelhos de fax mais
compactos, mais rápidos e mais eficientes
bater. A Xerox continuou a aperfeiçoar os
seus aparelhos de fax e nos últimos anos
passou integrá-los em dispositivos
multifuncionais, as máquinas híbridas que hoje existem por todo o lado para copiar, digitalizar e enviar
fax.
Imagem disponível na Internet em:
https://www.google.pt/search?q=fax+infoescola&rlz=1C1AVNA_enPT609
PT609&biw=1309&bih=705&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKE
wjnx_2Ql_jKAhVBzRoKHW9HBDE4ChD8BQgGKAE#tbm=isch&q=fax+&im
grc=bdlJSxUOgRCxjM%3A
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Hoje, o fax perdeu terreno para outras tecnologias emuladoras, graças à internet. Contudo, ainda é
usado sobretudo quando se quer garantir a autenticidade de certos documentos a enviar.
In Wikipédia. Fax. Disponível na Internet em : https://pt.wikipedia.org/wiki/Fax
História da Máquina de Escrever
Salvou uma fábrica de armas da falência, contribuiu para a emancipação feminina: não se pode
conceber o mundo de hoje sem ela.
Em 17 de agosto de 1714, a rainha Anne da Grã-Bretanha concedeu ao engenheiro Henry MiIl a primeira
patente de que se tem notícia para uma máquina de escrever. Nesse momento, abria-se um caminho até
então inexplorado: o da aplicação da mecânica à escrita que desde os sumérios, precursores do alfabeto,
cerca de 5 mil anos atrás, era feita somente com o uso
das mãos. A ideia de MiIl era construir uma engenhoca
capaz de imprimir letras isoladas ou em grupo, em
papel, pano ou pergaminho, tão nítidas quanto as de
imprensa. Não teve sorte, porém: o seu projeto, de tão
complicado, jamais saiu do papel.
A ideia, contudo, não se apagou. Durante o século
XIX, muita gente tentou aperfeiçoar a máquina que não
escrevia de Mill. Todas as alternativas eram grandes e
desajeitadas, algumas parecidas com um piano. E
tinham em comum um grande defeito: eram mais lentas
que a escrita a mão. Somente em 1867 o tipógrafo
americano Christopher Latham Sholes (1819-1890), de
Milwaukee Wisconsin, fabricou a primeira máquina de
escrever que realmente funcionava. A ideia surgiu quando ele estava a ler um artigo sobre uma recém-
criada máquina inglesa que numerava páginas de livros.
Sholes gostou do invento e resolveu aperfeiçoá-lo. Para começar, pediu ajuda a seus sócios Carlos
Glidden e Samuel W. Soule. Eles perceberam que, com
algumas adaptações, a máquina poderia imprimir
facilmente também conjuntos de sinais gráficos, letras e
números, sendo muito útil nas repartições públicas e
escritórios em geral, que àquela época mais pareciam
escolas de caligrafia, tão grande era o número de penas e
tinteiros aí existentes.
O segundo modelo, patenteado em 1868, incorporava
algumas melhorias mecânicas, além de permitir uma
escrita mais veloz que a pena. A máquina, que só escrevia
maiúsculas, chamou a atenção do comerciante James
Densmore, que comprou a patente de Sholes em 1872.
Com uma ideia na cabeça e a máquina nas mãos,
Densmore foi até Ilion, no Estado de Nova York propor a
produção em larga escala à fábrica de armas Remington.
Máquina de escrever antiga. Imagem disponível na Internet em:
http://www.maquinasantigasdeescrever.com.br/historia.html
Máquina de escrever profissional. Imagem disponível na Internet em:
https://www.google.pt/search?q=duplicador+mimeografo&rlz=1C1AVNA_enPT609PT609&espv=2&biw=1309&bih=705&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjX_8CJxPfKAhUDTBQKHZivAEMQ_AUIBigB#tbm=isch&q=maquin
a+de+escrever&imgrc=9ZtGphV9V9DwkM%3A
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Philo Remington, presidente da firma, gostou da ideia. A Guerra de Secessão tinha acabado há cinco
anos e, desde então, a venda de espingardas diminuíra
sensivelmente. A máquina de escrever seria a salvação de
Remington, que já tinha tentado construir máquinas de
costura.
Assim, em 1873, Densmore e Remington assinaram
contrato, para aperfeiçoar, juntamente com Sholes, o
projeto original. Somando o pioneirismo de Sholes, que não
tinha tino comercial, com dois especialistas no ramo, o
negócio começou a dar certo: as máquinas passaram a ser
produzidas em série e postas à venda. As primeiras já
exibiam várias características das máquinas atuais - exceto, é
claro, a montagem em móveis de máquinas de costura -,
como o arranjo das barras de tipo para atingir o papel no
mesmo lugar e a impressão com fita humedecida de tinta. O pedal e a correia da máquina de costura
serviam para movimentar o carro.
Apesar das inovações, as máquinas só ficaram conhecidas para valer na Exposição de 1876, realizada
na Filadélfia. O problema de imprimir maiúsculas e minúsculas foi resolvido por Sholes de maneira
simples e engenhosa: duas letras ou carateres em cada barra de tipo; cada letra numa das extremidades
superior e inferior da barra. Para trocar as letras bastava apertar uma tecla que, abaixando o cilindro,
determinava qual extremidade da barra atingiria o papel.
Para persuadir os ainda céticos consumidores, Remington arquitetou um golpe de mestre de
marketing: cedeu as máquinas a mais de cem firmas. O sucesso foi total. Mark Twain (1835-1910), por
exemplo, foi o primeiro escritor a datilografar os seus originais. Nem o inconveniente de pedalar - como
se estivesse costurando - tirava o bom humor do autor de “As aventuras de Tom Sawyer”. Outra coisa que
aborrecia os datilógrafos era não poderem ver o que escreviam, porque o papel ficava por trás do rolo –
uma inconveniência que seria superada em 1882.
Sholes, muito tímido, desapareceu da vista assim que sua máquina se popularizou. Estava em todo
caso orgulhoso de ter colaborado com a emancipação feminina, como afirmou certa vez, pois ajudou a
criar a profissão de secretária. De fato, quando a máquina de escrever entrou nos escritórios americanos,
encontrou forte resistência dos homens - então, a
grande maioria dos funcionários. Temerosos de perder o
emprego, obtido graças ao domínio da caligrafia, diziam
que a máquina não prestava. Foi inútil: as mulheres
demonstraram que escrever com cinquenta teclas era
tão fácil quanto costurar.
Mais de um século depois de sua invenção e de se
incorporar por toda a parte o quotidiano das pessoas e
das empresas, pouca coisa mudou na máquina de
escrever. Thomas Alva Edison, o genial inventor
americano, para poupar esforços da sua secretária,
projetou em 1872 a primeira máquina elétrica. Baseada
num rolo impressor, a máquina não fez sucesso, talvez
pelo perigo de choque. Em 1914, outro americano, James Field Smathers, criou a primeira máquina com
motor elétrico, que começou a ser produzida regularmente seis anos depois.
Máquina de escrever portátil. Imagem disponível na Internet em:
http://www.scrapsdinamicos.com.br/frases/maquina-de-escrever/2
Máquina de escrever elétrica: Imagem disponível na Internet em: http://br.vazlon.com/maquina-de-escrever-
canon-eletrica-e-digital-com-display
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O salto seguinte na evolução foi a máquina de escrever eletrónica, nascida no início dos anos 60. Nela,
o carro permanece parado, enquanto um cilindro ou disco giratório que contém os tipos movimenta-se ao
longo do papel. Circuitos eletrónicos selecionam letras e calculam o avanço do elemento único, conhecido
como "bola de golfe", no caso do cilindro, ou "margarida", correspondente aos discos que têm as letras
nas pontas de pétalas. As máquinas de última geração literalmente escrevem sozinhas: têm memória,
recursos de programação e, acopladas a microcomputadores, transformam-se em impressoras. Embora
sem a velocidade das impressoras matriciais, que imprimem a partir de uma programação, cerca de vinte
vezes mais rápidas, as máquinas eletrónicas mantêm o charme da boa datilografia e proporcionam a
ilusão do texto personalizado, contra os frios sinais de computador.
Silvio Atanes. A Máquina de Escrever. In Super Interessante. Disponível na Interne em:
http://super.abril.com.br/historia/a-maquina-de-escrever (Adaptado)
Tecnologia já criou mais emprego do que destruiu
Um estudo da empresa Deloitte revela que nos últimos 140 anos os efeitos da tecnologia no
mercado de trabalho já ajudou a criar mais emprego do que a destruir. Profissões ligadas aos serviços
foram as que mais beneficiaram.
Homem versus a máquina. O debate não é de agora e muitos foram os filmes que foram vistos nos
ecrãs das salas de cinema mostrando
um mundo futurista a ser dominado
e controlado por inteligência
artificial. Para muitas pessoas, a
tecnologia é vista como uma ameaça
que remonta à revolução industrial.
No entanto, um estudo agora
publicado mostra que nos últimos
140 anos a tecnologia ajudou a criar
mais emprego do que a destruir.
Pelo menos no Reino Unido.
A conclusão é de um grupo de
economistas da Deloitte a respeito dos números de emprego recolhidos no País de Gales e Inglaterra de
1871 até 2011.
Em vez de destruir postos de trabalho, a tecnologia tem ajudado a criar mais emprego, alega um
estudo da Deloitte, citado pelo jornal britânico The Guardian. Houve sim uma transformação do mercado
de trabalho com a diminuição do número de profissões mecânicas e mais físicas para dar lugar a
profissões ligadas a serviços e profissões liberais. Este não é o primeiro estudo a defender esta
posição. Também um estudo da Universidade Uppsala, na Suécia, e da London School of Economics,
Inglaterra, que analisa 17 países entre 1993 e 2007, defende que a indústria tecnológica tem tido um
papel essencial na produtividade laboral e no crescimento económico.
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A explicação reside na complementaridade trazida pela tecnologia às "tarefas cognitivas". Por
exemplo, o número de enfermeiros e assistentes médicos aumentou 909% desde 1992 e o número de
professores registou um crescimento de 580%.
Em alguns setores, incluindo medicina, educação e serviços profissionais, a tecnologia aumentou a
produtividade e o emprego, garante o relatório. "O acesso facilitado à informação e a aceleração da
comunicação revolucionaram grande parte da indústria com base no conhecimento", escrevem os
autores do estudo.
Além disso, o progresso tecnológico cortou no preço de bens essenciais, nomeadamente na
alimentação e em eletrodomésticos, tais como televisor e utensílios de cozinha. O mesmo aconteceu com
a indústria automóvel, cujo preço real diminuiu para metade nos últimos 25 anos.
Esta poupança poderá explicar também o aumento do número de empregos ligados ao setor dos
serviços e lazer, nomeadamente empregados de bar e cabeleireiros. O relatório afirma que as pessoas
têm mais disponibilidade para gastar em serviços pessoais, o que resulta como estímulo económico e gera
emprego. Enquanto em 1871 existia um barbeiro para quase 1.800 ingleses, hoje existe um barbeiro (ou
cabeleireiro) para cada três centenas de ingleses. Outro exemplo é o número de contabilistas que
também aumentou de menos de 10 mil trabalhadores para mais de 215 mil nos últimos 140 anos. Já
profissões ligadas ao bem-estar e habitação aumentaram 183%.
Não obstante, o relatório apresenta também uma lista de algumas profissões que não escaparam ao
efeito da tecnologia. Entre eles estão a indústria do calçado e das peles, cujo emprego diminuiu cerca de
82%, a indústria metalúrgica (-70%), tipógrafos (-70%), trabalho de secretariado (-52%) e agricultores (-
50%).
A conclusão que os autores do relatório sustentam é que o mercado laboral continuará a encontrar
mudanças e verá profissões a serem extintas, mas também novas a serem criadas, tal como tem
acontecido nos últimos 140 anos. Sem "arriscar prever o futuro", os investigadores prevêem que as
profissões do futuro exigirão tarefas com maior interação social, empatia e criatividade.
In Negócios. Borges, Liliana. 2015. Disponível na Internet em:
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/emprego/mercado_de_trabalho/detalhe/tecnologia_ja_criou_mais_emprego_do_que_destruiu.html
Tecnologia e desemprego
Uma discussão interessante que tem ressurgido nos últimos tempos tem a ver com a ligação entre a
automação de tarefas e o desemprego. À boleia da crise, regressa um tema que as épocas de crescimento
económico e de forte emprego quase fazem esquecer. No entanto, o aumento do desemprego dá
novamente ao tema direito a tempo de antena e luzes
da ribalta. Taxas de desemprego de dois dígitos,
trabalho precário e sem direitos, são chão fértil onde
crescem os medos e as revoltas, e o medo da
tecnologia acaba por ser um deles.
Ainda há pouco tempo um amigo remeteu-me por
e-mail uma “alarmante” notícia da automatização
quase completa de uma linha de montagem de um
grande fabricante de material informático.
Obviamente, “mais desemprego, e com a crise os
Imagem disponível na Internet em: http://www.tendenciasemercado.com.br/empresas-
brasileiras/http://br.vazlon.com/maquina-de-escrever-canon-eletrica-e-digital-com-display
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fabricantes procuram reduzir custos, pelo que se a moda pega, ainda vamos mais fundo”, dizia o e-mail. De facto, o raciocínio parece simples: quanto mais máquinas se utilizam, menos pessoas são precisas.
As empresas que automatizam linhas de produção podem, portanto, despedir pessoas na mesma
proporção em que deixam de ser necessárias; as máquinas produzem geralmente mais e melhor, com
menos erros, menos desperdício e menos defeitos de fabrico. No entanto, o problema, globalmente, não é assim tão simples, e o raciocínio não pode ser feito de
forma tão linear. Claro que uma empresa que
automatiza uma linha de montagem e
dispensa um conjunto de trabalhadores pode
criar uma situação dramática, isso não está
em causa. Esse é um problema político-social
que tem de ser acautelado. Mas isso não
significa que a automação seja uma coisa má
ou que seja desejável evitar. Por exemplo, a
modernização da agricultura levou a uma
redução de cerca de 70% dos trabalhadores
na Europa no século passado. Mas os 30%
que atualmente trabalham no setor são
suficientes para garantir uma produção
superior. Ou seja, a industrialização teve um
impacto positivo ao nível da produtividade, e poupa as pessoas de tarefas pesadas, monótonas, e muitas
vezes de elevados riscos para a saúde. Será que isso gera desemprego? Nessas tarefas que são
automatizadas certamente sim, perdem-se postos de trabalho. Mas isso só significa que a transição deve
ser feita de forma planeada e socialmente consciente. É um problema político-social.
Muito poucas pessoas (para não dizer ninguém) gostam de fazer tarefas pesadas, perigosas ou
rotineiras. Quase todas preferem trabalhos mais intelectuais e leves. A Europa que perdeu trabalhadores
do setor primário precisou deles no setor terciário. As gerações atuais têm profissões que há décadas não
existiam sequer e, no futuro, certamente a tendência vai acentuar-se ainda mais: surgem profissões novas
à medida que a sociedade faz uso da tecnologia para extinguir as profissões “velhas”. E isso não é
necessariamente mau. Ninguém terá certamente muito gosto em revolver terra com enxada ou arado,
mas operar com um trator é certamente mais atrativo.
Quem ler as opiniões mais apaixonadas dos visionários dos anos 50-60 do século XX certamente ficará
encantado com a visão otimista de muitos. Achavam eles que em 20-30 anos (nos anos 80 do século
passado, portanto há 30 anos atrás) as sociedades civilizadas seriam fundamentalmente sociedades de
lazer. As máquinas fariam tudo o que fosse necessário, portanto às pessoas restava o lazer, desfrutar de
uma vida livre da necessidade de produzir. Já passaram 30 anos da data prevista, e aqui estamos nós. As
máquinas certamente fazem muita coisa, mas longe estará a utopia da sociedade de lazer. Isto sem
qualquer demérito das conquistas tecnológicas e sociais que garantem alguma qualidade de vida. Parte
do ganho em produtividade obtido com a automação terá sido de facto empregue na redução dos
horários de trabalho e na democratização do uso de equipamentos que melhoram a qualidade de vida
(máquina de lavar roupa, por exemplo). Nesse sentido caminhámos para a sociedade de lazer. Mas quem
dera que esses visionários estivessem absolutamente certos na sua visão otimista do futuro, que afinal se
apresenta bastante incerto.
Disponível na Internet em: http://tecnociencia.etikweb.com/Article-53-Tecnologia-e-desemprego.html (Adaptado)
Imagem disponível na Internet em: http://www.istoe.com.br/reportagens/441328_INDUSTRIA+DE+MAQUINAS+E+EQUIPAMENTOS+OPERA+NO+NIVEL+MAIS+BAIXO+DESDE+2006displa
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Mudanças nas empresas e nas profissões
O mundo do trabalho passa por uma enorme revolução com implicações para a educação e para as
profissões. Em grande parte, essa mudança é devida a um profundo processo de mutação pelo qual as
empresas estão a passar. Muitas fundem-se. Outras subdividem-se. Várias entram em novos ramos.
Inúmeras adotam novas tecnologias e novos modos de produzir e vender. Tudo isto afeta a composição
dos quadros de pessoal e os modos de trabalhar. Afeta também a vida e o conteúdo das profissões.
Algumas morrem; outras nascem; e a
maioria transforma-se.
A mudança nas empresas
Aprofundemos a análise da mutação das
empresas. Eu sou do tempo em que a
General Motors ganhava dinheiro a vender
automóveis. Hoje, aquela empresa gera
uma colossal receita, através dos seus
bancos, emprestando dinheiro. É a situação
de uma indústria que se expandiu para o
setor financeiro. O quadro de pessoal que
era composto por metalúrgicos e
administradores passou a receber profissionais especializados em mercado de capitais, câmbio, dívida
pública, taxas de juros, segurança de crédito, etc.
Eu sou também do tempo em que a General Electric construiu um império mundial a vender turbinas
de avião e aparelhos de tomografia para hospitais. Hoje, o grosso da sua receita vem da assistência
técnica às turbinas e a esses aparelhos. É uma indústria que fatura prestando serviços. O seu quadro de
pessoal também se tornou mais heterogéneo desde que entrou nessa área.
Eu sou ainda do tempo em que as empresas aéreas ganhavam dinheiro transportando passageiros e
cargas. Passados vários anos, uma parte expressiva de seus recursos provêm da venda da sua marca para
cartões de crédito. Trata-se de empresas transportadoras que se casaram com os bancos. Novos
profissionais foram chamados para integrar seus quadros de pessoal.
Os casos referidos são alguns exemplos da metamorfose das empresas. Nos dias atuais, já não se sabe
a que setor uma empresa pertence. Há indústrias que entram no campo dos serviços. Outras no campo
das finanças. Da mesma forma, há empresas do comércio que passam a fazer trabalhos industriais como é
o caso da papelaria que, ao adquirir uma máquina de fotocópias e um computador, passa a funcionar
como gráfica.
As mutações das empresas estão a tornar-se revolucionárias. O McDonald´s, conhecida pelos bilhões
de hambúrgueres que serve em mais de 100 países, partiu para o ramo hoteleiro usando o seu
reconhecido know-how nos campos da rapidez, higiene e automação. Os seus hotéis destinam-se a
executivos que são hóspedes exigentes nesses três requisitos. As entrada e saídas do hotel são
automáticas. Os aposentos são absolutamente limpos. Cada apartamento é equipado com computador,
Internet, fax e até cama é automática e adaptável à posição favorita dos hóspedes.
Essa reviravolta tem grandes implicações para o emprego e para as profissões. Sempre que uma
empresa avança num determinado setor (que é estranho à sua missão original), ela é forçada a incorporar
profissionais de outras especialidades - que, por sua vez, são dispensados pelas empresas que contratam
os seus serviços.
Imagem disponível na Internet em: http://www.housepress.com.br/blogpress/index.asp?idPost=375
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Além dessa metamorfose, as empresas passam por um rápido processo de desverticalização. Nos dias
de hoje, é desvantajoso fazer tudo. Mais conveniente é fazer o que faz parte da missão central da
empresa e subcontratar o resto a empresas especializadas - a chamada terceirização.
Isso está acontecer porque as novas tecnologias permitiram uma grande fragmentação do trabalho.
Giorgio Armani, um dos mais conceituados estilistas italianos, fundou a sua empresa em 1974. Naquela
época, ele desenhava os vestidos e tinha um grupo de costureiras que se encarregavam de transformar
sua ideia em um modelo concreto. Hoje, os estilistas criam o modelo. O corte é feito por determinadas
empresas. A costura, por outras. O acabamento, por um grupo diferente. E a entrega nas lojas por
empresas de logística. Trata-se de
uma rede de produção e transporte.
É assim que trabalham as empresas
da atualidade. Elas dividem o
trabalho em cadeias produtivas,
aliás, muito bem coordenadas.
Continua a haver uma certa
verticalização. Mas é uma
verticalização virtual.
Nas empresas que fazem parte
dessas redes de produção, os
profissionais enfrentam novos
desafios. As exigências são maiores.
A qualidade e os detalhes técnicos
são determinados pelas empresas
contratantes. Por isso, quem trabalha numa empresa subcontratada pela General Motors, Votorantim ou
Bradesco, tem de seguir padrões de eficiência dessas empresas.
Apesar de serem separadas, os padrões de produção convergem cada vez mais entre contratantes e
contratadas. Já não se pode dizer que só as grandes empresas são exigentes em matéria de qualidade. As
pequenas e médias, seguem o mesmo caminho.
Nem se pode dizer que a indústria é mais exigente do que os demais setores. O comércio e serviços
estão na mesma trajetória. Até os chamados setores mais tradicionais - como a agricultura no campo e a
construção civil nas cidades - aumentam a procura de profissionais qualificados.
Façamos um teste. Desloquemo-nos a uma feira de produtos agropecuários e perguntemos aos
vendedores, por exemplo, o que deve um lavrador saber para usar um novo herbicida. Ele dir-nos-á que a
primeira exigência é saber ler e compreender a bula que acompanha o produto. Em seguida, o lavrador
tem de saber que tipo de praga pretende destruir, qual a extensão da área, e que tipo de diluição será
apropriada. Finalmente, tem de saber escolher o bico adequado e fazer a aspersão de acordo com os
procedimentos indicados no produto. Convenhamos, esse lavrador não pode ser analfabeto - nem
analfabeto funcional.
As tecnologias existentes não param de se renovar. Na década de 60, uma inovação industrial durava,
como novidade, cerca de dois anos - em média. Na década de 70, passou a durar apenas um ano. Na
década de 80, seis meses. E na década de 90, algumas semanas. Hoje em dia, há produtos que duram
apenas algumas horas.
Os profissionais da atualidade são desafiados a acompanhar as mudanças nas tecnologias e nos modos
de produzir a toda velocidade. Para fazer isso, não basta ser adestrado. É preciso ser educado. Só a
educação prepara a pessoa para aprender continuamente.
Isso é essencial nos dias atuais. Nenhuma empresa espera que o funcionário recém-recrutado saiba
fazer de tudo. Mas ela espera que ele tenha condições para aprender muitas coisas. Isso depende de uma
boa educação básica - e não apenas de especialização.
Imagem disponível na Internet em: http://www.autoblog.pt/tag/seat/
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O emprego encolhe nas empresas contratantes e aumenta nas empresas contratadas. Mas não são os
mesmos empregados que migram automaticamente de um lado para o outro. Ao contrário, nesse
processo, os trabalhadores são obrigados a mudar de perfil. As empresas procuram recrutar quem está
perto desse perfil. Além disso, desenvolvem um intenso treino em tarefas específicas, ligadas ao novo
negócio. As empresas de hoje são verdadeiras incubadoras de profissionais. O treino interno e externo
são frequentes.
Ocorre que tal formação só dá frutos quando os formandos possuem uma boa educação geral. Para
acompanhar a mutação das empresas e as mudanças tecnológicas, a educação básica é o ingrediente
crucial. Espera-se um bom domínio da língua portuguesa, conhecimentos razoáveis de inglês ou outro
idioma – além da linguagem da informática. Além disso, as empresas procuram quem entende o que lê;
quem usa bem a matemática; quem tem bons conhecimentos de áreas vizinhas à sua profissão; quem
conhece geografia e história.
Essas são as exigências do lado das empresas. Esses são os fatores que facilitar a empregabilidade.
Quem os possui, aproveita melhor as novas oportunidades de trabalho.
Há mais uma dimensão a ser analisada.
Essas transformações têm um enorme
impacto nos modos de trabalhar. Alguns
continuam a trabalhar na base do
emprego fixo e de forma contínua. Outros
trabalham por projetos e de forma
descontínua. Há ainda os que trabalham
como subcontratados, terceirizados, por
tarefa, e noutros regimes. Hoje em dia já
se fala em condomínio de empresas. Em
empresas satélites. Está a surgir um novo
mundo do trabalho.
A metamorfose das profissões
No meio de todas essas mudanças, há muitas atividades e profissões que morrem; outras que nascem;
e a maioria que se transforma.
As novas tecnologias no setor gráfico, por exemplo, acabaram com os linotipistas e os tipógrafos que
faziam composição com tipos separados. O mesmo aconteceu com o telegrafista que foi substituído pelo
internauta.
No ramo do jornalismo, a informática permite que o repórter escreva o texto no tamanho certo para ir
direto para a rotativa que imprime os jornais, o que dispensa o revisor.
A multiplicação de hospitais acabou com as parteiras curiosas e assim por diante. São inúmeras as
profissões que desapareceram por força das mudanças nas tecnologias e nos modos de trabalhar.
Ao lado delas, muitas novas profissões nasceram e continuam a nascer. Há um enorme conjunto de
atividades ligadas à informática e telecomunicações. Novos equipamentos para diagnóstico e intervenção
na área da medicina criaram novas profissões. São profissionais que lidam com instrumentos eletrónicos
nos laboratórios de análise, na recuperação de doenças renais e cardíacas, nas cirurgias, etc.
São também profissionais que, com base no conhecimento de informática e eletrónica, trabalham com
equipamentos sofisticados nos aviões, comboios, metros, controlo de voos.
Imagem disponível na Internet em: https://www.wortenempresas.pt/
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São pessoas que, com base nos conhecimentos da genética, "criam" novas plantas, "clonam" animais,
executam um paisagismo arrojado, inovam na biologia oceânica, na ecologia, na astronomia e em tantos
outros campos do saber.
As novas profissões e os novos
modos de trabalhar não surgiram
apenas nos níveis elevados do ensino
superior. Eles permeiam toda a
estrutura ocupacional. É o analista de
sistemas que dá assistência técnica a
várias empresas e profissionais liberais.
É o "personal trainer" que executa o seu
trabalho em inúmeras academias, clubes
e residências. É o professor de inglês
que dá aulas a executivos na hora do
almoço. É a manicura que atende a
domicílio. É o limpador de piscinas que
vai de casa em casa nas zonas urbanas. É
o adestrador de cães que atende as famílias. São os que cuidam de idosos nas suas residências, incluindo-
se o seu lazer.
Isso mostra que o mundo das profissões também passa por mutações. Um cirurgião nos dias de hoje
domina uma série de conhecimentos e instrumentos que nem sequer existiam há 20 anos. Com
frequência, ele trabalha em equipa que inclui médicos, engenheiros, físicos e outros profissionais
especializados, sem falar nos químicos, analistas e radiologistas que lhes dão retaguarda nos laboratórios
e nos aparelhos de Raios X, aparelhos de tomografia e de ressonância magnética. A profissão continua a
ser denominada "médico", mas o seu conteúdo mudou profundamente.
O contabilista dos dias atuais, também, guardou apenas o nome da profissão. As exigências são outras
e a necessidade de trabalhar em grupo, com outros profissionais – economistas, advogados,
administradores, engenheiros e outros – aumentou de forma expressiva. O domínio dos novos métodos e
das novas tecnologias da informática e telecomunicações tornou o contabilista de hoje um profissional
completamente diferente do contabilista de há 20 ou 30 anos atrás. A contabilidade passa por uma
profunda mutação. O mercado busca um contabilista holístico, que seja capaz de se mover bem não só na
contabilidade mas também na economia, na administração, na história e até na filosofia.
Essas transformações não atingem apenas as profissões de alto nível de qualificação como as citadas
até aqui. Elas atingem, praticamente, todas as profissões. Até mesmo as de menor qualificação.
Gosto de citar o caso do barbeiro. Há 20 anos, dominava o barbeiro artesanal, que cortava tudo com a
tesoura. Hoje, é o barbeiro industrial, que passa uma máquina de corte, libertando o freguês em poucos
minutos para atender vários outros que guardam o mesmo estilo de cabelo. Há dez anos, os barbeiros
artesanais formavam 70% do total de barbeiros; hoje, só 20%.
Vejam o caso da empregada doméstica. Nos dias atuais, uma família da classe média espera que, além
de saber limpar, lavar e passar, a empregada saiba tomar nota de um recado telefónico, atender uma
visita com cortesia, usar adequadamente o aspirador, o triturador e a máquina de lavar roupas. Utilizar,
sem estragar, a máquina de lavar louça e, se possível, saber recolher uma mensagem que chegou por fax.
O nome da profissão é o mesmo - empregada - mas o conteúdo é bastante diferente do que era há 20
anos. O que acontece com as profissões, acontece também com os setores. Alguns encolhem, outros
florescem.
Os serviços na área da saúde e os serviços sociais apresentarão uma forte procura para cuidar de
crianças e idosos assim como para planear as comunidades e os governos. Turismo e entretenimento,
igualmente, despontam como áreas promissoras em matéria de emprego. Contabilidade, auditoria e
Imagem disponível na Internet em: http://www.rtp.pt/noticias/mundo/trabalhadores-da-amazon-acusam-
empresa-de-atitude-opressiva-e-insensivel_n852019
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advocacia também prometem boas oportunidades para uma sociedade que precisa ser mais formalizada
e mais controlada.
A crise financeira por que passamos, por sua vez, está exigindo aos governos uma maior
regulamentação das operações de crédito por parte de bancos e de outras instituições financeiras. É bem
provável que, ao sair da crise, o mundo estará muito mais regulamentado do que atualmente, o que vai
exigir, novamente, a participação dos profissionais de contabilidade, auditoria e advocacia.
Além disso, novas áreas estão a abrir-se o que significa maiores oportunidades de trabalho para esses
profissionais. Dentre elas convém citar a necessidade crescente de normas internacionais para atender as
exigências da globalização assim como a expansão da contabilidade social, previdenciária, cultural e
ambiental para atender a necessidade da nova cidadania. Sim porque, modernamente, os ativos mais
valiosos das empresas não são os equipamentos mas sim a marca, a sua imagem, a boa reputação, enfim,
o trabalho com responsabilidade. (...)
Pastore, José. Mudanças nos Cenários das Profissões: Educação e Empregabilidade
2008. Palestra realizada no Congresso Brasileiro de Contabilidade, Gramado. (Adaptado)
Ode Triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical —
Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força —
Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro.
Porque o presente é todo o passado e todo o futuro
E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes elétricas
Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão,
E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta,
Átomos que hão de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem,
Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,
Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando,
Fazendo-me um excesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma. (...) Álvaro dos Campos Para continuar a ler o poema “Ode Triunfal” de Álavaro dos campos, heterónimo de Fernando pessoa, carregue aqui.
Disponível na Internet em:
http://poesiaseprosas.no.sapo.pt/alvaro_de_campos/poetas_alvarodecampos_odetriunfal01.htm
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Ode Metálica Bailemos, homens, bailemos.
Com festões engrinaldemos
as mãos que forjam metais.
Nossos troncos reluzentes
à luz dos fornos candentes
como bronzes triunfais.
Bailemos, homens, bailemos.
E a plenos pulmões gritemos
a sinfonia estridente
das bigornas do ferreiros,
das chapas dos caldeireiros,
das limas dos limadores,
dos maços dos batedores,
das serras dos serralheiros,
das tenazes dos fogueiros,
das correias dos motores,
das brocas dos brocadores,
dos cadinhos dos forneiros,
das pinças dos caldeadores,
todos, à uma, bailemos,
frenéticos tangedores,
troncos nus e reluzentes
à luz dos fornos candentes,
orquídeas de furta-cores,
rubros vermelhos e brancos,
bailemos todos, bailemos
como doidos saltimbancos,
bailemos e entoemos,
a plenos pulmões berremos
sinfonias estridentes,
chispemos, esparrinhemos
centelhas incandescentes,
e em girândola elevemos
nossos rostos como tochas,
nossos braços como asas,
filhos da escória e das rochas,
irmãos do fogo e das brasas.
António Gedeão. Teatro do Mundo
Tempos modernos (filme)
“Tempos Modernos” é um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin, em que o seu famoso
personagem "O Vagabundo" (The Tramp), interpretado pelo próprio Chaplin, tenta sobreviver no meio de
mundo moderno e industrializado. É
considerado uma forte crítica ao capitalismo,
militarismo, liberalismo, conservadorismo,
estalinismo, fascismo, nazismo e
imperialismo, bem como uma aos maus
tratos que os empregados passaram a
receber de pois da Revolução Industrial.
Neste filme Chaplin quis passar uma
mensagem social de crítica à desumanização
do trabalho humano. E nada parece escapar:
máquina ocupando o lugar dos homens,
trabalho em cadeia nas fábricas e suas consequências, lutas sociais, criminalidade e a escravidão. O amor
também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua.
In Vimeo. Disponível na internet em: https://vimeo.com/46815391
Poderá visualizar aqui o filme Tempos Modernos de Charles Chaplin