art. iu

Upload: charlene-ribeiro

Post on 02-Mar-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/26/2019 ART. IU

    1/4

    Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 146-9146

    FATORESASSOCIADOSINTERRUPODETRATAMENTOANTI-RETROVIRALTRATAMENTODECRIANASDESNUTRIDASHOSPITALIZADASSARNIROS ET AL.Artigo Original

    *Correspondncia:

    Alameda Joaquim Eugniode Lima, 1601 - apto 84

    So Paulo SPCep 01403-003

    [email protected]

    RESUMOOBJETIVO. Avaliar a ocorrncia de incontinncia urinria (IU) em atletas corredoras de longa distncia e associ-la a presenaou no de distrbios alimentares.MTODOS.Um total de 37 corredoras de longa distncia completaram os questionrios International Consultation onIncontinence Questionnaire-Short Form (ICIQ-SF) e o Eating Attitudes Test (EAT-26). O teste do absorvente de umahora foi realizado para quantificar a perda de urina. A anlise estatstica das variveis contnuas foi feita pelo teste t pareado,ou teste de Mann-Whitney.RESULTADOS.23 atletas (62,2%) tinham queixa de perda de urina. A mdia dos escores do ICIQ-SF neste grupo foi de 4,03 5,06. Houve diferena estatisticamente significante entre o valor do teste do absorvente (p=0,02) e o resultado doquestionrio EAT-26 (p=0,03) no grupo de atletas incontinentes.CONCLUSO - Encontramos IU em atletas corredoras de longa distncia e houve correlao com distrbios alimentar.Tcnicos devem estar atentos para a ocorrncia de eventuais distrbios e encaminhar tais atletas para uma equipemultidisciplinar.

    UNITERMOS: Incontinncia urinria. Esporte. Questionrio. Corrida. Distrbio alimentar.

    RELAO ENTRE INCONTINNCIA URINRIA EM MULHERES ATLETASCORREDORAS DE LONGA DISTNCIA E DISTRBIO ALIMENTARMATAPOLI DEARAJO*, EMERSONDE OLIVEIRA, ELIANAV MONTEIRO ZUCCHI, VIRGINIAFERNANDES MOATREVISANI , MANOELJOO BATIS TACASTELLO GIRO,MARAIRGRACIOFERREIRASARTOR I

    Trabalho realizado pelo setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal e no ambulatrio de Ginecologia do Esporte do Departamento de Ginecologiada Universidade Federal de So Paulo Escola Paulista de Medicina UNIFESP/EPM, So Paulo, SP

    INTRODUOAs corridas de longa distncia, praticadas em vias pblicas, incluem:

    provas de 10 km, meia maratona (21,095km) e maratona (42,195km)1.Tambm chamada de pedestrianismo, esta modalidade esportivavem crescendo e atraindo adeptos em todo o mundo. Os corredores,profissionais ou amadores, treinam diariamente, sob a superviso deum tcnico, e participam de competies em busca de superao,recordes ou melhora da qualidade de vida.

    As distncias percorridas, assim como as diferenas de superfcie eas caractersticas da prova, exigem do atleta tcnica e estratgiasespecficas. A biomecnica da corrida de longa distncia difere damecnica das demais provas de corrida2.

    Tambm importante ressaltar o aumento da participao femininaneste tipo de modalidade esportiva, e que a mulher atleta no pode seravaliada e treinada da mesma forma que o homem3. Almdas alteraeshormonais fisiolgicas envolvidas no ciclo menstrual, os tcnicos epreparadores fsicos devem estar cientes de eventuais distrbios clnicos quepodem ocorrer, como a incontinncia urinria e os distrbios alimentares3.

    A incontinncia urinria (IU) definida pela Sociedade Internacionalde Continncia (ICS) como qualquer perda involuntria de urina4,5,6.Estudos mostram que a prevalncia da IU durante a prtica esportivanas atletas de elite varia de 0% (golfe) at 80% (trampolinistas)7,8. Asmaiores prevalncias ocorrem em esportes que envolvem atividades

    de alto impacto como: ginstica, atletismo e alguns jogos com bola7,9

    .

    Uma grande proporo destas atletas relata que a perda de urina muito embaraosa e que afeta a concentrao e a performance 6,10.

    Algumas teorias tentam explicar a ocorrncia de IU nas atletas. Umadelas afirma que, embora as atletas tenham os msculos do assoalhoplvico fortes, a atividade fsica rdua levaria ao aumento da pressoabdominal, predispondo a IU 9. Outros autores acreditam que estasatletas tm sobrecarga, estiramento e enfraquecimento do assoalhoplvico6, 11. Refora esta teoria o fato de que a fora vertical de reaomxima do solo durante diferentes atividades esportivas trs a quatrovezes o peso do corpo quando corremos, cinco a 12 vezes pulando, enove vezes na queda aps um salto em altura8, 11.

    Por fim, a amenorria hipotalmica decorrente de exerccio fsicointenso, desordens alimentares ou a combinao de ambos, tambmpoderia contribuir para a IU em atletas devido aos baixos nveis deestrognios12.

    fato notrio que os distrbios alimentares em corredoras hmuito vm sendo motivo de pesquisa14. O baixo peso corporal utilizado por algumas atletas como critrio para a obteno de bonsresultados em competies15. Estas mulheres fazem uso de prticasalimentares inadequadas ou uso indiscriminado de laxantes, diurticose drogas anorexgenas12. O problema que a dieta hipocalrica ematletas, alm de prejudicar o desempenho fsico, est associada diminuio do pulso e da freqncia do hormnio luteinizante,

    podendo levar a distrbios menstruais e at amenorria12

    .

  • 7/26/2019 ART. IU

    2/4

    Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 146-9 147

    RELAOENTREINCONTINNCIAURINRIAEMMULHERESATLETASEDISTRBIO ALIMENTAR

    O principal receio dos profissionais que lidam com mulheres atletas que ocorra uma superposio de distrbios, culminando na chamadaTrade da Mulher Atleta (distrbio alimentar, amenorria eosteoporose)15,16,17. Quando este quadro se instala, torna-se imperiosoum tratamento multidisciplinar envolvendo psiclogos, mdicos,nutricionistas e tcnicos, com o objetivo de resgatar a sade destapaciente e seu desempenho18.

    Tendo em vista a possibilidade de manifestaes clnicas em atletasde corrida, este trabalho tem como objetivo avaliar a ocorrncia de IUem atletas corredoras de longa distncia e associ-la a presena ou node distrbios alimentares.

    MTODOSEstudo realizado no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal e no

    Ambulatrio de Ginecologia do Esporte da Disciplina de GinecologiaGeral da UNIFESP-EPM e aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa.

    Foram avaliadas, em estudo clnico observacional, 37 corredorasde longa distncia que treinam diariamente, no mnimo uma hora, e queparticipam de competies regularmente.

    A avaliao da incontinncia urinria foi realizada por meio doquestionrio International Consulation of Incontinence Questionnaire- Short Form (ICIQ-SF)19, traduzido e validado para o portugus20.Este questionrio auto-administrvel e formado por perguntas queavaliam freqncia, severidade e impacto da incontinncia urinria.Tambm possui oito perguntas que qualificam o tipo de incontinncia.A nota do ICIQ-SF corresponde soma das trs questes principais.

    Para quantificar o distrbio alimentar, as atletas responderam aoquestionrio Eating Attitudes Test (EAT-26)21, tambm validado para

    o portugus22. Este instrumento contm 26 perguntas sobre o compor-tamento alimentar e imagem corporal e considerado indicador derisco para o desenvolvimento de distrbios nutricionais quando onmero de respostas positivas for igual ou superior a 2121.

    A avaliao quantitativa da perda urinria foi feita pelo teste doabsorvente de uma hora padronizado pela Sociedade Internacional deContinncia5, 23. O teste do absorvente foi realizado em todas as atletas,em data e hora marcada, antes delas iniciarem seus treinos de corrida.Um dia antes do teste, elas recebiam um kit contendo: uma garrafa de500 ml de gua temperatura ambiente, um absorvente pr-pesadoem balana eletrnica de preciso com sensibilidade de 0,01 e orien-taes acerca das atividades que iriam realizar.

    No dia do teste, a atleta era solicitada a urinar duas horas antes dosexerccios. A seguir, meia hora antes do incio, ela colocava o absorven-te e ingeria 500 ml de gua em at 15 minutos.

    Nos prximos 30 minutos ela realizava os seguintes exerccios: Subir e descer escada durante 15 minutos Sentar e levantar 10 vezes Tossir 10 vezes Pegar objetos no cho durante um minuto Correr no mesmo lugar durante um minuto Lavar as mos durante um minuto

    Aps os exerccios, o absorvente era removido e pesado.As atletas que tiveram o diagnstico positivo para a incontinncia

    urinria foram encaminhadas para o ambulatrio de Ginecologia do

    Esporte da UNIFESP/EPM. Tambm foram adicionados exercciosespecficos para o assoalho plvico durante o treinamento da corridasob a superviso de uma fisioterapeuta.

    A anlise estatstica foi realizada utilizando-se o software GraphPadPrism 4. A comparao entre dois grupos com variveis quantitativasque apresentaram distribuio normal e varincia semelhante foi reali-zada pelo teste t de Student; caso contrrio foi feito pelo teste deMann-Whitney. A diferena estatstica foi considerada significativaquando p

  • 7/26/2019 ART. IU

    3/4

    Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 146-9148

    ARAJOMP ETAL.

    faz treinos longos, em terrenos acidentados, repetidas vezes, sem darespao para a recuperao. Para elucidar a real causa da IU emcorredoras de longa distncia, seria necessrio realizar estudos aferindoa fora do assoalho plvico nestas atletas ou estudos experimentais paraavaliar o efeito do exerccio nas estruturas envolvidas na manuteno dacontinncia urinria.

    Com relao ao teste do absorvente, mostrou-se significativamen-te diferente nos grupos estudados. A mdia dos valores obtidos no testeno grupo incontinente considerada do tipo leve (1,2 gramas). Eliassonet al (2002) mediram a perda de urina em atletas de trampolim querelatavam ser a perda um problema durante o treinamento24. A mdiafoi de 28 gramas (9-56g) em 15 minutos de trampolim, consideradomuito elevado. Discute-se se a sudorese excessiva decorrente doexerccio poderia afetar tal resultado.

    O teste do absorvente de uma hora tambm passvel de crticas.Estudos mostram que ele apresenta baixo valor preditivo negativo e

    baixa reprodutibilidade, sendo mais eficaz nos casos de deficincia doesfncter uretral e no como triagem para IU25,26. Isto quer dizer que ele sensvel para diagnosticar casos graves de IU e no seria um bom testede triagem em atletas, que parecem apresentam pouca quantidade deperda urinria.

    Outro teste do absorvente padronizado pela ICS o teste de 24horas. Este seria mais sensvel para demonstrar a IU, pois realizadoem ambiente familiar, sem a necessidade de superviso mdica epode diagnosticar melhor a urge-incontinncia e tambm o nmerode absorventes utilizados26,27. Entretanto, existem alguns problemasem se realizar um teste longo em atletas. O primeiro que a maioriadelas treina diariamente, no mnimo uma hora, sob diferentes condi-

    es climticas. O segundo problema que a maioria, mesmoquando no est treinando, utiliza substncias energticas eisotnicas, que poderiam alterar o resultado do teste. Assim, talvezfosse necessrio padronizar um novo teste para quantificar a perda deurina em atletas, levando-se em considerao a rotina dostreinamentos, alimentao e hidratao.

    Encontramos valores tendenciosos a distrbio alimentar no EAT-26 (maior que 21) alm de uma diferena estatisticamente significanteentre o grupo incontinente e o grupo continente. Bo e Borgen, em2001, avaliaram a prevalncia de incontinncia urinria por esforo eurge-incontinncia em atletas de elite, do sexo feminino, da seleoNacional da Noruega e encontraram 41% de IUE nas atletas e 39%

    nos controles7

    . Tal como nosso resultado, os autores encontraramuma freqncia de IUE e IUU nas atletas com disfuno alimentarsignificantemente maior do que nas atletas saudveis (38,8%,p=0,003 e 15%, p=0,048, respectivamente). Isto nos leva a defen-der a idia de que todos os tcnicos e preparadores devem estaratentos s caractersticas antropomtricas das atletas e de seushbitos alimentares. Tambm devem estar aptos a diagnosticarematletas de risco para estes problemas: mulheres perfeccionistas,preocupadas com o peso e introspectivas28.

    Nossos resultados destacam a importncia no atendimento dife-renciado s mulheres atletas. Este grupo particular pode apresentarafeces clnicas sutis que, muitas vezes, podem passar despercebidas.

    Mdicos, fisioterapeutas, psiclogos e tcnicos devem estar cientes da

    Tabela 1 - Dados demogrficos das atletas corredoras de longa distnciaCaractersticas Mdia DP (mnimo-mximo)

    Idade (anos) 35,4 13,1 (15-68)

    Peso (quilogramas) 58,2 9,7 (40-97)

    Altura (metros) 1,6 0,07 (1,5-1,7)

    IMC (Kg/m2) 22 3 (18-32)

    Idade da menarca (anos) 13 2 (12-18)

    Paridade 0,2 0,5 (0-2)

    Tabela 2 - Comparao entre as atletas continentes e incontinentesVarivel Atletas Atletas Valor de p

    incontinentes continentes

    Teste do absorvente 1,20,6 0,90,9 0,02*(gramas)

    EAT-26 22,56,4 16,110 0,03*

    Horas de treino por dia 2,41,2 2,20,9 0,4

    Menarca (emanos) 12,92,2 12,91,3 0,9

    IMC (Kg/m2) 22,13,2 21,82,4 0,6

    Altura (metros) 1,600,06 1,600,08 0,9

    Peso (quilograma) 58,710,7 57,48,3 0,7

    Idade (anos) 33,710,8 3816,4 0,5

    Paridade 0,130,5 0,210,6 0,8

    * Significncia estatstica

    Grfico 1 - Eventos relacionados com a perda de urina emcorredoras de longa distncia (n=23)

  • 7/26/2019 ART. IU

    4/4

    Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 146-9 149

    RELAOENTREINCONTINNCIAURINRIAEMMULHERESATLETASEDISTRBIO ALIMENTAR

    existncia de distrbios alimentares, incontinncia urinria e distrbiosmenstruais em corredoras de longa distncia. Tambm devem saberdiagnosticar as atletas de risco para estas afeces.

    CONCLUSOEncontramos IU em atletas corredoras de longa distncia e houve

    correlao com distrbios alimentar. Estas atletas devem ser encami-nhadas para uma equipe multidisciplinar para adequar o melhor trata-mento sem comprometer o desempenho.

    Conflito de interesse:no h

    SUMMARYTHE RELATIONSHIP BETWEEN URINARY INCONTINENCE AND

    EATING DISORDERS IN FEMALE LONG-DISTANCE RUNNERS

    BACKGROUND. To determine t he prevalence of urinary incontinence infemale long-distance runners and to compare it w it h the presence or not

    of eating disorders. Methods - A total of 37 women have completed the

    Internat ional Consultation on Incontinence Quest ionnaire-Short Form

    (ICIQ-SF) and the short version of the Eating Att itudes Test (EAT-26). A

    one-hour pad t est was performed to determine urine loss. Mean values of

    continuous variables were compared using an independent sample t-test

    or the Mann-Whitney U test.

    RESULTS. 23 athletes (62.2%) reported urine loss. The mean of the

    ICIQ-SF was 4.03 5.06. There was a significant relation between the 1-

    hour pad test (p= 0.02) and eating disorders (p= 0.03).

    CONCLUSIONS. There was urinary incontinence in female long-distance

    runners and a correlat ion with eating disorders. Coaches should improve

    their knowledge about t his problem and establish cooperat ion wit h a

    multidisciplinary team. [Rev Assoc Med Bras 2008; 54(2): 146-9]

    KEYWORDS: Urinary incontinence. Sports. Questionnaires. Running.Eating disorders.

    REFERNCIAS1. Confederao Brasileira de Atletismo [citado mar 2007]. Disponvel em:

    http://www.cbat.org.br.2. Barboza ASP, Russo AK, Piarro IC, Barros Neto TL, Silva AC Tarasatchi,

    J. Caractersticas antropomtricas de ciclistas, corredores de longadistncia e no atletas e sua correlao com eficincia do trabalho nocicloergmetro e esteira rolante: Rev Bras Cienc Esporte. 1987;8:166-

    70.3. Kanstrup IL. Women and sports-still fewer restrictions and something to

    be learned for both sexes? Scand J Med Sci Sports.2005;15:67-8.4. Hay-Smith EJC, Dumoulin C. Pelvic floor muscle training versus no

    teatment, or inactive control treatments, for urinary incontinence inwomen (Cochrane Review). The Cochrane Library. 2006;1. UpdateSoftware.

    5. Abrams P, Cardozo L, Fall M; Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, vanKerrebroeck P, Victor A, Wein A . The standardisation of terminology oflower urinary tract function: report from the Standardisation Sub-committee of the International Continence Society. Neurourol Urodyn.2002;21:167-78.

    6. Bo K. Urinary incontinence, pelvic floor dysfunction, exercise and sport.Sports Med. 2004; 34:451-64.

    Artigo recebido: 12/07/07Aceito para publicao: 06/11/07

    7. Bo K, Borgen JS. Prevalence of stress and urge urinary incontinence in eliteathletes and controls. Med Sci Sports Exerc. 2001;33:797-802.

    8. Nygaard IE, Thompson FL, Svengalis SL, Albright JP. Urinary incontinencein elite nulliparous athletes. Obstet Gynecol. 1994;84:183-7.

    9. Broso R, Subrizi R. Gynecologic problems in female athletes. MinervaGinecol. 1996;48:99-106.

    10. Thyssen HH, Clevin L, Olesen S, Lose G. Urinary incontinence in elitefemale athletes and dancers. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct.2002;13:15-7.

    11. Bennell K, Crossley K, Jayarajan J, Walton E, Warden S, Kiss ZS, WrigleyT. Ground reaction forces and bone parameters in females with tibialstress fracture. Med Sci Sport Exerc. 2004;36:397-404.

    11. Kruger JA, Murphy BA, Heap SW. Alterations in levator ani morphology inelite nulliparous athletes: a pilot studt. Aust N Z J Obstet Gynaecol.2005;45:42-7.

    12. Oliveira FP, Bosi MLM, Vigrio OS, Vieira RS. Comportamento alimentare imagem corporal em atletas. Rev Med Esp. 2003;9:348-56.

    13. Richards SR, Chang FE, Bossetti B, Malarkey WB, Kim MH. Serumcarotene levels in female long-distance runner. Fertil Steril.1985;43:79-81.

    14. Vilardi TCC, Ribeiro BG, Soares EA. Distrbios nutricionais em atletasfemininas e suas inter-relaes. Rev Nutr. 2001;14:61-9.

    15. Zucchi EVM, Sartori MGF, Giro MJBC. A trade da mulher atleta. Femina.2006;34:519.

    16. Dusek T. Influence of high intensity training on menstrual cycle disordersin athletes. Croat Med J. 2001;42:79-82.

    17. DiPietro L, Stachenfeld NS. The myth of the female athlete triad. Br JSports Med. 2006;40:490-3.

    18. Waldrop J. Early identification and interventions for female athlete triad.J Pediatr Health Care. 2005;19:213-20.

    19. Avery K, Donovan J, Abrams P: Validation of a new questionnaire forincontinence: the International Consultation on IncontinenceQuestionnaire (ICIQ). Abstract no. 86 of the International ContinenceSociety 31st annual, meeting. Seoul, Korea. Neurourol Urodyn.2001;20:510.

    20. Tamanini JTN, Dambros M, DAncona CAL, Palma PCR, Netto Jr NR.Validao para o portugus do International Consultation onIncontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-SF). Rev Sade Pblica.2004;38:438-44.

    21. Garner DM, Garfinkel PE. The Eating Attitudes Test: an index of thesymptoms of anorexia nervosa. Psychol Med. 1979;9:273-9.

    22. Bighetti F. Traduo e validao do Eating Attitudes Test (EAT-26) emadolescentes do sexo feminino na cidade de Ribeiro Preto - SP[dissertao]. Ribeiro Preto: Escola de Enfermagem, Universidade deSo Paulo; 2003.

    23. Abdel-fattah M, Barrington JW, Youssef M. The standard 1-hour pad test:does it have any value in clinical practice? Eur Urol. 2004;46:377-80.

    24. Eliasson K, Larsson T, Mattson E. Prevalence of stress incontinence innuliparous elite trampolinists. Scand J Med Sci Sports. 2002;12:106-10.

    25. Siltberg H, Victor A, Larsson G. Pad weighing tests: the best way toquantify urine loss in patients with incontinence. Acta Obstet Gynecol

    Scand Suppl. 1997;166:28-32.26. Gordon D, Groutz A. Evaluation of female lower urinary tract symptoms:

    overview and update. Curr Opin Obstet Gynecol. 2001;13:521-7.27. Lose G, Jorgensen L, Thunedborg P. 24-hour home pad weighing test

    versus 1-hour ward test in the assessment of mild stress incontinence.Acta Obstet Gynecol Scand. 1989; 68:211-5.

    28. Forsberg S, Lock J. The relationship between perfectionism, eatingdisorders and athletes: a review. Minerva Pediatr. 2006;58:525-36.