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Concepções Estéticas
As correntes que determinaram o estatuto e a função da obra de
arte.
AULA 1 – ARTE – PROFESSORA VIVIAN TROMBINI
ARTE E FILOSOFIAPOÉTICA E ESTÉTICA
Poética e Estética
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POÉTICA É um ramo da filosofia da arte que estuda a
qualidade das obras artísticas em função de como são produzidas, o que expressam e o que provocam na sociedade
A poética representa as ideias do artista, o que ele pretende transmitir ao espectador.
ARTE POÉTICA
“Poiesis” – “fabricação”. Estuda as Obras de arte - Ações
artificiais – produzidas pelos artífices ou artistas.
Obra aristotélica sobre as artes da palavra falada e escrita, do canto e da dança: a poesia e o teatro (tragédia e comédia).
Imagem: A bust of Aristotle / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic
ARTE POÉTICA
Pensada do ponto de vista de sua conformidade com as regras e procedimentos de construção – regrado e ordenado.
“Preceptiva” – preceitos para o fazer e julgar.
Imagem: Alegoría de la Poesía / Cesare Ripa / Public domain
ARTE POÉTICA
Dependência com a ética, a
política e a metafísica – ideias
de bem e de verdade:
Objetos e assuntos nobres;
Objetos e assuntos vis. Imagem: Varias Poesías de Hernando de Acuña (1520-1580). / P. Madrigal (ed.) / Public domain
O QUE É O “BELO”?
Será possível definir Será possível definir objetivamente essa noção? objetivamente essa noção?
Será ela eminentemente Será ela eminentemente subjetiva, isto é, que subjetiva, isto é, que depende de cada um?depende de cada um?
ESTÉTICA Aisthetiké – “conhecimento sensorial”, “experiência sensível”, “sensibilidade”. Estudo das Obras de Arte, enquanto criações de sensibilidade – Belo.
Toda investigação filosófica que tinha por objetivo as artes ou uma arte.
Imagem: Alegoría del Arte / Cesare Ripa / Public domain
ESTÉTICA Ramo da filosofia que discute as
compreensões de Beleza ao longo dos tempos. Em artes designa um conjunto de características formais de um determinado período e poderia também ser chamado de estilo.
ARTE ESTÉTICA Artista – como se dá a
realização da beleza. Espectador e receptor –
busca interpretar a reação à obra de arte – juízo de
gosto ou bom gosto. Se ocupa com a expressão
da sensibilidade e da fantasia do artista e com o sentimento produzido pela obra sobre o espectador ou receptor.
Imagem: Antal Berkes / Street Scene, oil on canvas, 1938 / Public Domain.
A ARTE ALÉM DAS APARÊNCIAS - ESTÉTICA
Para Sócrates, o belo é útil. O belo em Platão serviria para conduzir o homem à
perfeição, ao qual restaria a cópia fiel e a simulação. Aristóteles concebeu o belo a partir da realidade
sensível, deixando este de ser algo abstrato para se tornar concreto, o belo materializa-se, a beleza no pensamento aristotélico já não era imutável, nem eterna, podendo evoluir. É belo o que provoca catarse.
Para Kant, o belo é subjetivo, está associado a sensações.
Para Hegel, o belo é espiritual, é um conceito, apenas. Estudou apenas o belo artístico.
O naturalismo gregoConceito de Naturalismo
Segundo Harold Osborne:
É a ambição de colocar diante do observadoruma semelhança convincente das aparênciasreais das coisas.
O naturalismo gregoVariações do naturalismo
Realismo:retrata o mundo de forma real com suas imperfeições.
Idealismo:retrata o mundo de forma idealizada aperfeiçoando o real
Lacoonte e seus filhos, c. 200 a.C.Monalisa ou La Gioconda. Leonardo da Vinci.
O naturalismo grego
Kouros Anavyssos, c. 530 a.C. Ânfora retratando escravosgregos realizando seus trabalhos. A Vitória de Samotrácia, c. 190 a.C.
O naturalismo grego
Dos estudos sobre o corpo humano parareproduzi-lo de forma realista, surgiu a teoria
das proporções humanas.
Discóbolo de Míron
O naturalismo gregoA obra apreciada pelo realismo
No naturalismo grego, a obra é bela quando consegue reproduzir o mais real possível o objeto que se quer retratar, mesmo que o objeto retratado seja algo feio.
A estética medieval e a estilizaçãoA arte a serviço da religião
Na Europa ocidental, na idade média, a arte perde a função naturalista mantendo apenas a função
pragmática ou utilitária.
A estética medieval e a estilizaçãoA arte a serviço da religião
A arte anterior a esta época era vista como uma má influência que podia prejudicar o fortalecimento da alma e do espírito.
A estética medieval e a estilizaçãoA arte a serviço da religião
Aproveitando-se do alto nível de analfabetismo, a Igreja utiliza-se da arte para infundir o temor do julgamento final e das penas do inferno.
A estética medieval e a estilizaçãoA arte a serviço da religião
O naturalismo é abandonado em prol da estilização. Traços simples, abandono de detalhes e esquematização das figuras.
A estética medieval e a estilizaçãoA arte a serviço da religião
Na estética medieval o conceito de belo está ligado ao divino.
O naturalismo renascentistaA volta do naturalismo a arte
Com o Renascimento, o trabalho do artistapassa a ser dignificado e o mesmo é elevado
a condição intelectual.
Leonardo DaVinci Raphael Michelangelo
O naturalismo renascentistaA volta do naturalismo a arte
A arte passa a utilizar-se de todo conhecimentocientífico para gerar a ilusão visual de algo real.
O naturalismo renascentistaA volta do naturalismo a arte.
Pinturas e esculturas ainda focam a religião Cristã,Porém, os artistas buscam influências no naturalismo grego-romano.
Iluminismo e academismoA arte idealista
No século XVII, a herança metodológica e conclusiva de Descartes na teoria do conhecimento geral influencia fortemente a arte.
Iluminismo e academismoA arte idealista
A arte passa a seguirnormas técnicas que são vistas como “naturais” devido a natureza do homem ser racional.
Iluminismo e academismoA arte idealista
A estética normativa limita a criatividade e a individualidade porém, permite ser ensinada nas academias o que resulta no academicismo.
Kant e a crítica do juízo estéticoUm novo conceito para o belo
Em 1790 Immanuel Kant elabora a Crítica do Juízo, onde realiza o julgamento estético. No processo define que:
“O belo é aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa
justificá-lo intelectualmente.”
A estética românticaA arte como expressão das emoções
O romantismo concebe a arte como expressão das emoções pessoais de um artista cuja personalidade genial se torna o centro de interesse.
A estética românticaA arte como expressão das emoções
As ideias do romantismo:•O gênio: o artista•A imaginação: faculdade captadora da verdade•O simbolismo: a obra a encarnação material de um significado espiritual.
A ruptura do naturalismoA arte com identidade própria
O assunto ou tema das obras são menosprezados em contrapartida a valorização do fazer a obra.
O pós-modernismoA desconstrução da forma
Não existe um estilo único.
BELAS-ARTES
Atividade humana autônoma.
Produto da experiência sensorial, imaginação e inspiração do artista – criador autônomo livre.
A arte é desinteressada ou Contemplativa.
Imagem: Edouard Manet / Le déjeuner sur l'herbe, 1863 / Public Domain.
BELAS-ARTESContemplação:
Artista – belo; Público – avaliação do valor
de beleza – juízo de gosto.
O belo é diferente do bom e do verdadeiro:
Bem – ética; Verdade – ciência/metafísica; Beleza – estética.
O artista é capaz de uma criação inédita ou original.
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GOSTO E SUBJETIVIDADE não devem ser encarados como
uma preferência arbitrária e imperiosa da nossa subjetividade.
A subjetividade em relação ao objeto estético precisa estar mais interessada em conhecer, entregando-se às particularidades de cada objeto, do que em preferir.
Ter gosto é ter capacidade de julgamento sem preconceitos. Imagem: Pablo Picasso / Les Demoiselles d'Avignon,
1907 / Museum of Modern Art, New York, USA / http://www.wikipaintings.org/en/pablo-picasso/the-girls-of-avignon-1907
TRABALHO CRIADOR
A arte passa a ser vista como
“Expressão de emoções e desejos, interpretação e
crítica da realidade social, atividade inventora de
procedimentos inéditos para a construção de objetos
artísticos, etc.”
Imagem: Henry Moore / Tube Shelter Perspective Liverpool Street Extension, 1941 / TATE Mseum /
http://painting.about.com/od/famouspainters/ig/famous-paintings/Tate-Henry-Moore.htm
FINALIDADE DA ARTE
Mudanças
Fazer artístico:Escolas de arte ou estilos artísticos : Clássico, gótico, renascentista, barroco, rococó, romântico, impressionista, surrealista;
Concepção do objeto artístico.
Imagem: Salvador Dali / La persistencia de la memoria, 1931 /
FINALIDADE DA ARTE: Relações entre matéria
e forma; Técnicas de elaboração
de materiais; Relação com o público; Lugar ocupado; Descobertas de
procedimento; Materiais novos; Etc..
Imagem: Candido Portinari / Guerra e Paz / http://www.timeout.com.br/sao-paulo/en/art/features/198/candido-portinari-in-sao-paulo
FINALIDADE DA ARTE
Mudanças.
Determinação social da atividade artística:
I – Finalidade Social das obras;
II – Lugar social ocupado pelo artista;
III - Condições de recepção da obra de arte.
Imagem: Marcel Duchamp / Foto; Gtanguy / Fountain,1907 / Publlic Domain.
FINALIDADE DA ARTE
Relação Arte-sociedade:
A “arte-pela-arte” Só é arte se for pura
Vê o artista e a obra de arte desprovidos de raízes no mundo e livres da influência da sociedade - formalismo
Compromisso crítico “Arte-engajada”
Corre o risco de sacrificar o trabalho artístico - conteudismo Im
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A ATITUDE ESTÉTICA
A experiência estética:
não visa ao conhecimento lógico, medido em termos de verdade;
não tem como alvo a ação imediata;
não pode ser julgada em termos de utilidade para determinado fim.
Atitude ContemplativaContemplativa.
Imagem: Akseli Gallen-Kallela / Foto: Amanuenssi / Gallen-Kallela, Eino-Leino 1917 / Public Domain.
A RECEPÇÃO ESTÉTICA
É a experiência da presença
A obra de arte, pede uma recepção justa, que se abra para ela e ao mesmo tempo não lhe imponha normas externas.
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A RECEPÇÃO ESTÉTICA
A obra de arte espera que aquele que a aprecia "jogue o seu jogo”.
O espectador, atualiza as possibilidades de significado da arte e testemunha o surgimento de algumas significações contidas na obra.
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A COMPREENSÃO PELOS SENTIDOS
A arte desafia o nosso intelecto tanto quanto as nossas capacidades perceptivas e emocionais.
Cada experiência estética educa o nosso gosto.
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