artigo: a ead pela web como apoio ao ensino mÉdio profissionalizante na cidade do rio de janeiro
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Resumo Atualmente muito se fala em EAD – Educação à Distância, aulas on-line etc. Muitos profissionais de educação do ensino médio técnico da Cidade do Rio de Janeiro, ainda não se prepararam para esta nova realidade. Este artigo apresenta em seu corpo, informações sobre a história, trajetória, desenvolvimento, legalidade e tecnologias da EAD, assim como exemplos de ferramentas que podem ajudar o professor no conhecimento e iniciação nesta nova e fascinante fronteira da educação. Também sugere reflexões sobre a nova postura exigida dos professores, diante das expectativas dos nossos novos estudantes, imersos no mundo digital. Palavras-chave: EAD. Rio de Janeiro. WEB 20.TRANSCRIPT
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA
E TECNOLOGIA
FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO
DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO
PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA DOCENTES DA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA NÍVEL MÉDIO
A EAD PELA WEB COMO APOIO AO ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
José Barbosa de Sousa1
Professora orientadora: Vera Lucia Martins Sarubbi2
Resumo
Atualmente muito se fala em EAD – Educação à Distância, aulas on-line etc. Muitos
profissionais de educação do ensino médio técnico da Cidade do Rio de Janeiro, ainda não se
prepararam para esta nova realidade. Este artigo apresenta em seu corpo, informações sobre a
história, trajetória, desenvolvimento, legalidade e tecnologias da EAD, assim como exemplos
de ferramentas que podem ajudar o professor no conhecimento e iniciação nesta nova e
fascinante fronteira da educação. Também sugere reflexões sobre a nova postura exigida dos
professores, diante das expectativas dos nossos novos estudantes, imersos no mundo digital.
Palavras-chave: EAD. Rio de Janeiro. WEB 20.
Abstract: Currently, very much is said about DE - Distance Education, online classes, etc.
Many education professionals from technical school in Rio de Janeiro, are not prepared for
this new reality. This article introduces it into his body, information about the history,
trajectory, development, legality and technologies EAD, as examples of tools that can help the
teacher in knowledge and initiation in this exciting new frontier of education. It also suggests
some reflections on the required new teachers position , according to the expectations of our
new students, immersed in the digital world.
Keywords: EAD. Rio de Janeiro. WEB 20.
1 Pós-grad em Gestão de TI p/ Educação IST-RIO/Faetec/RJ; Pós-grad Docência do ensino Superior Cândido Mendes/RJ
Graduado em Tecnologia da Informação UniverCidade/RJ 2 Professora. Drª. Letras / UFF - Professora de Metodologia da Pesquisa - Curso de Formação Pedagógica / ISERJ-FAETEC. Orientadora.
1
1. Introdução
O Brasil é um país de dimensões continentais, onde a população está distribuía
irregularmente por diversas regiões. Além das dificuldades geográficas, existem as diferenças
econômicas e sociais, que impedem que nas esferas municipal, estadual ou federal, se consiga
atender com qualidade e eficiência as demandas educacionais da sociedade, principalmente
para os cursos de capacitação e profissionalização.
Além dos enormes desafios estruturais, a sociedade brasileira e nossos estudantes
urgem por novas soluções para suas novas demandas, dentre elas a educação, que necessita
aumentar a sua velocidade e capilaridade do seu alcance no território nacional e todos os
grupos sociais. E a Educação a Distância - EAD surgiu com o objetivo de auxiliar no
atendimento destes alunos distantes geograficamente e sem disponibilidade de tempo para
participar de cursos presenciais e tradicionais. Podemos crer que as tecnologias de EAD serão
ferramentas complementares importantes, para atender as necessidades educacionais dos
estudantes do nosso país, contribuindo na construção de bases sólidas para nosso futuro e
desenvolvimento de forma mais igualitária e com qualidade.
2. Conceitos de Educação a Distância
Sabe-se que a educação tradicional e presencial necessita de uma estrutura que envolve
o fornecimento de um espaço físico, uma metodologia apropriada aliada a interação física
entre os estudantes e o professor e outros importantes aspectos. A EAD surgiu como
alternativa e um excelente auxílio no apoio à educação, pois a sua proposta é ajudar nas ações
pedagógicas produzidas pelos professores, mesmo sem a proximidade em entre os docentes e
os alunos. Melhor definição pode ser entendida a partir de MORAN (1994, p.2), que diz que o
conceito de EAD é:
(...) educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por
tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente.
É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos,
fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias,
principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o
correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias
semelhantes. Na expressão "ensino à distância” a ênfase é dada ao papel do
professor (como alguém que ensina a distância). Preferimos a palavra "educação"
que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente
adequada. Hoje temos a educação presencial, semipresencial (parte presencial/parte
virtual ou à distância) e educação à distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos
regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num
local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semipresencial
acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, através de tecnologias. A
educação a distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece
2
fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou
no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação.
3. Um Rápido Histórico da EAD
Para melhor entender a EAD, é necessário fazer uma rápida reflexão sua histórica.
Que desde o seu início, tem evoluído junto com as tecnologias disponíveis, em cada momento
da humanidade. É uma prática de educação mais antiga do que se imagina, acredita-se que
tenha surgido na Grécia e posteriormente em Roma como uma nova maneira de ensinar. Para
melhor visualizarmos a evolução da EAD numa linha de tempo, ALVES (2011) classifica a
evolução em três fases, conforme evolui a tecnologia das comunicações:
3.1. Primeira Fase: o Uso da Mídia Impressa
No inicio no século XVIII, o ensino era por correspondência e caracterizava-se pelo
uso de material impresso. Na tabela1, vê-se a progressão da sua evolução em alguns países.
Tabela 1
ANO PAÍS Projeto de EAD
1728 EUA
Esta data é considerada o inicio da Educação a Distância, quando numa na edição do mês de março de
1728 da Gazeta de Boston, é publicado um anuncio de um curso de TAQUIGRAFIA, onde o Professor
Caleb Philipps, oferecia material para ensino e tutoria por correspondência.
1829 Suécia Surge o Instituto Líber Hermondes, onde mais de 150.000 pessoas realizaram cursos por EAD.
1892 EUA Em Chicago, o Departamento de Extensão da Universidade de Chicago, cria a Divisão de Ensino por
Correspondência para a formação de docentes.
1965 Brasil
Criado o Instituto Universal Brasileiro, o IUB foi um dos pioneiros no Brasil nesta modalidade de
ensino e vem colaborando, até os dias de hoje, no preparo de profissionais através dos cursos
profissionalizantes, técnicos e o supletivo.
(Fonte: Alves (2011), Educação à distância: conceitos e história no Brasil e no mundo, RBAAD, p. 86).
3.2. Segunda Fase: o Uso de Mídias Impressas Integradas as Eletrônicas
Esta fase ocorreu aproximadamente depois da segunda Guerra Mundial, caracteriza a
evolução dos cursos por correspondência (mídias impressas) integrados às mídias do rádio e
televisão, com o surgimento da tele-educação e telecursos. Na tabela 2, podem-se ver
exemplos de do uso desta modalidade de EAD.
Tabela 2
ANO PAÍS Projeto de EAD
1935 Japão O Projeto de radiodifusão, Japanese National Public Broa-dcasting Service, inicia programas
escolares pelo rádio, complementando aulas tradicionais de escolas estatais.
1947 França Em Paris a Rádio Sorbonne da inicio a transmissão de matérias da Faculdade de Letras e Ciências
Humanas de Paris.
1956 EUA
Na cidade de Chicago, a TV College, já transmitia programas educativos pela televisão,
influenciando outras universidades por todo o país a seguir seu modelo de EAD, baseado na
televisão.
1960 Argentina É fundada a Tele Escola Primária do Ministério da Cultura e Educação, através de materiais
impressos e televisão.
1967 Brasil Foi criado o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), criado pela Lei n° 5.379, de 15 de
dezembro de 1967, projeto que visava a alfabetização de jovens e adultos.
(Fonte: Alves (2011), Educação à distância: conceitos e história no Brasil e no mundo, RBAAD, p. 87).
3
3.3. Terceira Fase: o uso dos Ambientes Virtuais na Internet
Finalmente na virada do século XX para o XXI, surgiram os meios de EAD realmente
interativos, onde a forma da comunicação é assíncrona com uma razoável interatividade entre
os professores e os alunos. Atualmente usando-se a Internet é possível acessar modernas
ferramentas, chamadas WEB 2.0, tais como: fóruns de discussão, correio eletrônico, BLOGS,
espaços WIKI. Também surgiram os sites que os são portais para verdadeiras plataformas de
educação, chamadas de AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem).
3.4 Histórico da EAD no Brasil
No Brasil as primeiras iniciativas em EAD, ocorreram no início no final do século
XIX, com o envio de materiais impressos por correio (Cursos por Correspondência). Logo em
seguida o rádio e a televisão que contribuíram para a difusão e a ampliação do alcance desses
cursos, tais como: Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), Programa Projeto
Minerva, Curso Supletivo Telecursos 2º Grau para rádio e televisão. Mais recentemente, com
a difusão da Internet e o avanço das tecnologias de informação e comunicação, os cursos de
ensino a distância passaram a ser repensados como um processo de ensino-aprendizado mais
interativo, onde a relação professor-aprendiz ganha uma dimensão mais participativa,
aumentando a troca de informações e de discussão durante o curso. Na última década, as
instituições de ensino brasileiras tanto particulares como públicas, têm criado cursos em EAD
num ritmo crescente. Parecem crer que esta modalidade, pode ser uma opção de apoio as
metodologias tradicionais ou até uma alternativa, como pode ser observado na tabela 3.
4
Tabela 3
(Fonte: CensoEAD. br / Org. Associação Bras. de Educação à distância (2010), p. 152).
4. A EAD na Internet
Atualmente a EAD alcançou uma dimensão muito maior do que no passado, pois os
AVAs (Ambiente Virtual de Aprendizagem) têm sido disponibilizados para acesso na
internet, através de programas que criam sites chamados E-LEARNINGS ou LMS (Learning
Management System). A proposta destes ambientes virtuais é possibilitar ao professor/tutor
desenvolver e gerenciar seus cursos, com funcionalidades criadas para que seus estudantes
tenham uma real experiência de alta interatividade, não apenas entre o professor, como
também entre os cursistas.
5
4.1 Fundamentos Básicos dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem
Os AVAs estão inseridos num cenário bem maior que é a EAD, obedecendo assim,
seus paradigmas, permitindo que o estudante participe remotamente de um curso. Porém, os
processos pedagógicos dos AVAs fogem dos modelos da educação tradicional, no qual o
professor ensina basicamente num monólogo, expondo conteúdos e os alunos apenas ouvem.
Por isso, muitas vantagens podem ser obtidas pelo estudante, participando de um curso por
AVAs, tais como:
a) É possível que o estudante faça seu planejamento de ações e o remanejamento do seu
tempo para estudo e conclusões de tarefas;
b) Podem-se atender as diferenças individuais, do modo que convir ao aluno, no horário
e no ritmo de estudo mais adequado;
c) Um número maior de alunos é alcançado mais rapidamente e simultaneamente;
d) Obtêm a verdadeira democratização da educação e a facilitação quanto ao seu acesso.
4.2 Os LMS e os processos educativos
Os LMS ou AVAs são softwares baseados na Internet que facilitam a aplicação e
gestão de cursos pela Internet. De acordo com Clark e Mayer (2007), os ambientes virtuais
são elementos fundamentais e importantes na tarefa de ensino, porém estão carentes de
suporte pedagógico adequado e específico em relação ao processo de aprendizagem que deve
ser fornecido pelo tutor/professor. Daí, a necessidade do envolvimento do docente neste
processo, onde educadores virtuais, os tutores, utilizam softwares como MOODLE3 ou os
brasileiros SOLAR4, SÓCRATES
5, TELEDUC
6, dentre outros, para o manuseio e controle de
aulas, postagens de apresentações, criação de discussões, envio e recebimento de tarefas, ou
seja, todas as atividades educacionais importantes na forma virtual, conforme melhor define
Almeida (2003):
(...) ambientes digitais de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na
internet, destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de
informação e comunicação. Permite integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos,
apresentar informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e
objetivando elaborar e socializar produções tendo em vista atingir propósitos
educacionais ou informativos. (ALMEIDA, 2003, p. 331)
3 www.moodle.org;
4 Solar, software desenvolvido pelo Instituto UFC Virtual, Universidade Federal do Ceará
(www.solar.virtual.ufc.br);
5 Sócrates, www.vdl.ufc.br/socrates
6 TelEduc , Núcleo de Informática Aplicada à Educação / Instituto de Computação da Universidade de Campinas
( UNICAMP) ( www.teleduc.org.br);
6
Com os LMS a EAD ganhou a possibilidade de organizar a forma de gerenciar os
cursos, fazendo a mixagem entre as aulas presenciais e as aulas apenas virtuais. Esta
integração trouxe novas possibilidades de interação, aproximando mesmo que de forma
virtual, professores e alunos. Para este intento, o número de ferramentas disponíveis cresce a
cada dia, tais como e-mails, fóruns, conferências, vídeos, slides, bate-papos, textos em
Hipermídia, WIKIS, blogs, dentre outros. Deve-se ressaltar que estas mídias integram-se,
potencializando os processos da educação através da comunicação.
5. O Ambiente virtual MOODLE
Em constante desenvolvimento, o software da plataforma MOODLE foi desenhado
para criar com eficiência a infraestrutura de cursos on-line com muita qualidade, de forma
gratuita e que pode ser instalado em Sistemas Operacionais como Linux, Windows ou
MacOS, desde que os mesmos consigam executar a linguagem de programação PHP.
Integram-se com vários programas de base de dados, tais como MYSQL, POSTGRESQL,
ORACLE, ACCESS ou INTERBASE. Seu desenvolvimento ocorre de forma colaborativa por
uma comunidade virtual, constituída por programadores, desenvolvedores de software livre,
administradores de sistemas, professores, e usuários de todo o mundo e encontra-se disponível
em diversos idiomas, inclusive em português.
5.1. Configurações e recursos do site MOODLE
Existem várias formas de configurar (ajustar) o site MOODLE, quanto a sua forma de
controlar o andamento dos cursos, usando, como por exemplo: gerenciar por determinado
período de tempo; gerenciar por tópicos de estudo; gerenciar de forma aberta ou focada em
discussões entre seus participantes.
São inúmeros os recursos fornecidos pelo sistema, para serem ferramentas que
realmente auxiliem o desenvolvimento e gerenciamento dos cursos, tais como: as alterações
dos cursos aparecem na página principal de login dos usuários; as interações (Fóruns,
Questionários, Pesquisas de Opinião e Tarefas) que podem ser visualizadas num painel único
na página principal, ou podem ser “baixados” como arquivos de grade de tarefas; relatórios
completos de atividades por aluno; integração via e-mail; possui gerenciamento de envio de
mensagens no formato RSS (Really Simple Syndication).
7
5.2. Ferramentas de Interação do MOODLE
Para criar e incluir nos cursos atividades educacionais, existem recursos como listados
na tabela 4. São atividades individuais ou colaborativas que permitem a criação e envio de
trabalhos para avaliações, com uma boa interatividade entre os estudantes e professores.
Tabela 4
CHAT (BATE-PAPO) Uma sala de conversa virtual e em tempo real.
FÓRUM Tópicos de conversas para quem quiser participar no curso, podendo ser limitado a
grupos de estudantes utilizadores.
GLOSSÁRIO Uma lista de termos e os seus significados.
LIÇÃO Uma lição para ser lida e também resolvida pelos participantes pode ter tempo limitado,
pode ter vários formatos.
ENQUETE Um bloco de texto com uma simples com uma pergunta e com múltipla escolha de
respostas, onde os participantes votam.
SCORM7
Permite colocar um pacote SCORM (Modelo de Referência de Objetos de Conteúdos
Compartilháveis), que é uma ferramenta de integração com outras tecnologias e
linguagens para WEB, para criar conteúdos com interatividade.
TABELAS Cria uma base de dados para os estudantes poderem realizara pesquisas na plataforma.
TESTES Cria uma sequência de perguntas cotadas, com conceitos já valorados, para os
participantes resolverem.
TRABALHOS Espaços que são diretórios de arquivos criados na plataforma, para receber trabalhos dos
participantes, existem vários tipos de formatos de trabalhos.
WIKI Ferramenta web, que cria um espaço para a criação colaborativa de documentos no
formato de hipertextos, criados por professores e alunos sem que tenham que conhecer
nada da linguagem de programação HTML.
(Fonte: docs.moodle.org/all/pt_br/Documentação_para_docentes)
5.3. Experimente o MOODLE
Esta plataforma de EAD destaca-se pela cultura que formou, disseminando-se nos
meios acadêmicos. É um verdadeiro sucesso. Se o docente sentiu-se tecnicamente capacitado,
pode “encarar” o desafio de adquirir de forma gratuita o software de instalação do portal
MOODLE, para administrá-lo por conta própria. Basta para isso, acessar o site oficial,
localizado no endereço da web https://moodle.org, onde na tabela 5 podem-se observar os
serviços do site:
Tabela 5
Notícias Notícias de utilizadores, desenvolvedores e eventos com o LMS.
Suporte Documentação do software, FORUNS de utilizadores e colaboradores, livros e manuais
eletrônicos e serviços comerciais oferecidos por parceiros do MOODLE.ORG.
Comunidade Grande comunidade de com 1,3 milhões de usuários registrados, comunicando-se em vários
idiomas em 231 países. Neste link é possível participar de FORUNS, inscrever-se em cursos e
eventos online, fazer doações e comprar produtos.
Downloads Link onde é possível fazer “baixar” todos os softwares necessários para a instalação e
manutenção de um site com a plataforma MOODLE.
Fonte: moodle.org
7 SCORM: http://scorm.com/pt/
8
5.4. Onde encontrar serviços de MOODLE no Brasil
Algumas empresas disponibilizam o serviço de postagem e publicação de cursos na
WEB, auxiliando os professores no desenvolvimento de cursos por LMS, através de suporte
na plataforma. Livrando o docente do trabalho técnico, deixando-o confortável na criação,
produção e administração do seu curso.
O portal EDUCAÇÃONANET (http://www.educacaonanet.com.br) foi desenvolvido pela
empresa D2S - Desenvolvimento Social e Sistemas, nele o professor podem viver a
experiência de planejar, desenhar e administrar o seu curso na WEB, gratuitamente.
O portal ENSINE ONLINE (http://www.ensineonline.com.br), é um projeto voltado para
soluções E-LEARNING, localizado no Centro do Professorado Paulista CPP, na cidade de
Mauá - SP. Oferece a plataforma MOODLE, gratuitamente para os professores de todo
Brasil, que não dispõem de recursos financeiros para iniciar um projeto de ensino a
distância, limitado a até 40 alunos por curso.
MESTREMIDIA localizada em Vitória no estado do Espírito Santo, é uma empresa do
ramo de consultoria de projetos educacionais, oferece a plataforma MOODLE
gratuitamente através do site: http://www.mestremidia.com.br/ead/.
6. O uso das ferramentas da WEB 2.0 para a EAD
A respeito do surgimento da WEB (World Wide Web), no início dos anos 90, Berners
Lee et AL. (1994) afirma que “A WEB foi desenvolvida para ser um repositório do
conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem as
suas ideias e todos os aspectos de um projeto comum”. A Internet evoluiu de modelos
técnicos e econômicos para um espaço verdadeiramente democrático, mas forma de produção
e publicação de conteúdos, muito limitada e unidirecional. Com o surgimento de novos
recursos e a evolução tecnológica, tais como banda larga e desenvolvimento de novas
linguagens de programação, surgiram novas ferramentas para a publicação e interação online
de conteúdos, facilmente realizada pelos internautas, refletindo uma mudança significativa de
hábitos. Em 2004, O´Relly (2005), compilou estas novas ferramentas, formatando pela
primeira vez o conceito da Web 2.0.
9
6.1. Como usar as ferramentas da WEB 2.0 na educação
A indústria de tecnologia e informática vem popularizando os dispositivos e
equipamentos computacionais, numa escala impressionante, possibilitando o acesso dos
estudantes à Internet 24 horas por dia e com grande mobilidade. Atualmente é um grande
desafio dos professores, criar estratégias no seu processo pedagógico, para atrair os
estudantes. Assim, produzir conteúdos online na WEB pode ser a solução para o professor,
uma vez que para muitos alunos isto já faz parte da sua vida.
6.2. Algumas poderosas ferramentas da WEB 2.0
6.2.1. BLOG: A facilidade de criação, publicação deste mini-site, a possibilidade de
construção coletiva de textos e o potencial de interação, tornam os blogs uma destacada
ferramenta pedagógica. O professor pode propor questões, exercícios, publicar trabalhos,
indicar endereços de sites, propor avaliações de sua disciplina, como por exemplo, o blog do
professor José Barbosa: profjbsousa. blogspot.com.br. Por sua vez, os alunos podem utilizar
blogs para a construção coletiva e publicação de textos que poderão ser comentados pelos
colegas, construindo, assim, um conhecimento coletivo.
6.2.2. WIKI: Estes sites fornecem espaço, geralmente grátis, para a criação de documentos
públicos online. Pode ser bastante útil para os professores, porque é orientado para o trabalho
colaborativo, o que estimula a reflexão, a negociação entre alunos, como por como exemplo:
wikipedia.org e www.xwiki.org, com as seguintes vantagens:
A colaboração e a interação dinâmica entre os estudantes permitem que todos
participem na elaboração de um documento em conjunto;
A possibilidade de criar e troca de ideias, fazer criticas e propor linhas de trabalho;
Fazer glossários, dicionários, livros de texto, manuais, repositórios de aula;
Ver todo o histórico de modificações, permitindo ao professor avaliar a evolução
dos alunos de forma registrada;
6.2.3. SKYPE (Antigo Messenger ou MSN-Windows Live Messenger): É um site de
serviços de bate-papo (chats), por texto, voz ou vídeo, localizado em www.skype.com. Pode
ajudar o professor nas atividades educacionais em grupo dentro de um AVA, permitindo uma
comunicação instantânea entre os participantes.
6.2.4. Yahoo GROUPS e Google GROUPS: Estas ferramentas são disponibilizadas nos
sites HTTP://groups.yahoo.com e HTTP://groups.google.com, respectivamente. São serviços
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de criação de MAILING LISTS (listas de emails), onde o professor pode utilizar as listas de
emails dos seus alunos, trocando mensagens de interesse para suas aulas, como os conteúdos
educacionais ensinados em sala de aula ou até mesmo anúncios.
6.2.5. FACEBOOK: Nesta rede social (www.facebook.com) o professor pode publicar uma
página pessoal, referente à sua área educacional, podendo também criar uma comunidade com
seus alunos, para discutirem sobre os temas propostos na sua disciplina.
6.2.6. TWITTER: Nesta rede social (twitter.com) o professor pode criar um micro-blog,
utilizando-o em postagens para notificar seus alunos a respeito do andamento das atividades
de sua disciplina. Como sugestões de endereços da Internet, lançar antecipadamente o que
será apresentado em sala de aula, divulgar data de eventos e palestras importantes na área de
conhecimento de sua disciplina. Está limitado a um texto de no máximo 140 caracteres, muito
bom para ser lido em dispositivos móveis.
6.2.7. GOOGLE DOCS e SKIDRIVE: Estas ferramentas são fornecidas, respectivamente
nos sites HTTPS://drive.google.com e HTTPS://skydrive.live.com, permitindo que o professor
crie um repositório de arquivos. É possível também o compartilhamento, com os alunos, de
forma síncrona ou assíncrona, dos arquivos de textos, planilhas eletrônicas, apresentação de
slides, vídeos e fotos, por várias estudantes simultaneamente. Facilitando a criação de
atividades educacionais colaborativas na Web, como exemplo pode-se acessar o site
profjbsousa.blogspot.com.br e participar de uma atividade online.
6.2.8. SLIDESHARE: Neste site (www.slideshare.net), o professor pode publicar e
disponibilizar seus próprios conteúdos, compartilhando com seus alunos arquivos de
apresentações de slides, onde é possível visualizá-los online na WEB. Ou cada aluno pode
elaborar uma apresentação de slides, como atividade de avaliação.
6.2.9. YOUTUBE: Esta excelente e conhecidíssima ferramenta da Web 2.0, é um dos
serviços fornecidos pelo GOOGLE, encontrado no endereço www.youtube.com, nele o
professor pode, por exemplo, publicar sua vídeo- aula.
7. A legalização da EAD no Brasil
Desde 1996, através da Lei de Educação Nacional, a EAD é reconhecida em todos os
seus níveis e modalidades no BRASIL. A sua legalização, foi fundamentada juridicamente
por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), atual LDB. No Título
VIII, artigo 80, está redigido que, “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a
veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e
11
de educação continuada” (BRASIL, 1996, p.3). A partir desta primeira regulamentação,
outros decretos e portarias que foram organizando e legitimando a EAD como uma
modalidade educacional, onde a mediação ocorre de forma diferente do ensino presencial. Em
19 de Dezembro de 2005, o DECRETO Nº 5.622 no artigo 1º, regulamentou o artigo 80
da LDB 9394/96, caracterizando a EAD (BRASIL, 2005, p.1):
Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação à distância como
modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de
ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de
informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades
educativas em lugares ou tempos diversas.
§ 1º A educação a distância organiza-se segundo metodologia, gestão e
avaliação peculiares, para as quais deverá estar prevista a obrigatoriedade de
momentos presenciais para:
I - avaliações de estudantes;
II - estágios obrigatórios, quando previstos na legislação pertinente;
III - defesa de trabalhos de conclusão de curso, quando previstos na legislação
pertinente; e.
IV - atividades relacionadas a laboratórios de ensino, quando for o caso.
Art. º A educação a distância poderá ser ofertada nos seguintes níveis e
modalidades educacionais:
I - educação básica, nos termos do art. 30 deste Decreto;
II - educação de jovens e adultos, nos termos do art. 37 da Lei no 9.394, de 20
de dezembro de 1996;
III - educação especial, respeitadas as especificidades legais pertinentes;
IV - educação profissional, abrangendo os seguintes cursos e programas:
a) técnicos, de nível médio; e
b) tecnológicos, de nível superior;
V - educação superior, abrangendo os seguintes cursos e programas:
a) sequenciais;
b) de graduação;
c) de especialização;
d) de mestrado; e
e) de doutorado.
Mais especificamente para a regulamentação da EAD, referente ao ensino
profissionalizante, o decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005 no seu capítulo III, dispõe
sobre as seguintes diretrizes:
CAPÍTULO III
DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, EDUCAÇÃO
ESPECIAL E
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, NA
EDUCAÇÃO BÁSICA.
Art. 18. Os cursos e programas de educação a distância criados somente
poderão ser implementados para oferta após autorização dos órgãos competentes dos
respectivos sistemas de ensino.
Art. 19. A matrícula em cursos à distância para educação básica de jovens e adultos
poderá ser feita independentemente de escolarização anterior, obedecida a idade
mínima e mediante avaliação do educando, que permita sua inscrição na etapa
adequada, conforme normas do respectivo sistema de ensino.
12
Quanto ao devido credenciamento das instituições de ensino profissionalizantes, cabe
ao sistema de ensino dos estados e do Distrito Federal, realizar estes atos. Conforme é
proposto no capítulo II, artigo 11º, do decreto nº 5622, de 19 de dezembro de 2005:
Art. 11. Compete às autoridades dos sistemas de ensino estadual e do Distrito
Federal promover os atos de credenciamento de instituições para oferta de cursos a
distância no nível básico e, no âmbito da respectiva unidade da Federação, nas
modalidades de:
I - educação de jovens e adultos;
II - educação especial; e
III - educação profissional.
§ 1o Para atuar fora da unidade da Federação em que estiver sediada, a
instituição deverá solicitar credenciamento junto ao Ministério da Educação.
§ 2o O credenciamento institucional previsto no § 1
o será realizado em regime
de colaboração e cooperação com os órgãos normativos dos sistemas de ensino
envolvidos.
§ 3o Caberá ao órgão responsável pela educação a distância no Ministério da
Educação, no prazo de cento e oitenta dias, contados da publicação deste Decreto,
coordenar os demais órgãos do Ministério e dos sistemas de ensino para editar as
normas complementares a este Decreto, para a implementação do disposto nos §§ 1o
e 2o.
7.1. Organismos do MEC que regulamentam a EAD
Juntamente com a primeira legislação para a EAD, o MEC através do Decreto nº
1.917, de 27 de maio de 1996, criou oficialmente a Secretaria de Educação a Distância –
SEED. Logo em seguida, em 1997 foi lançado o PROINFO – Programa Nacional de
Informática na Educação, com o objetivo de instalar de laboratórios de computadores para as
escolas públicas de ensino básico, nas áreas urbanas e rurais do Brasil. Por intermédio da
SEED, o Ministério da Educação, atuava na inovação tecnológica nos processos de ensino e
aprendizagem, promovendo a inclusão de novas tecnologias de informação e comunicação
(TICs) e a EAD, nas escolas públicas brasileiras. Em 2012, através do Decreto nº 7690, de 2
de março de 2012, foi regulamentada a SECADI (portal.mec.gov.br), organismo que
substituiu a então já extinta SEED, através de suas Coordenadorias regulam e deliberam ações
para o fomento da EAD em vários níveis das Instituições de ensino do Brasil.
7.2. Comissão Especial de Educação a Distância / CEERJ / SEEDUC RJ
No âmbito do estado do Rio de Janeiro, cabe a Comissão Especial de Educação a
Distância, pertencente ao Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro da SEEDUC -
Secretaria de Educação do estado do Rio de Janeiro, atuar como órgão normativo e recursal.
Sua criação foi regulamentada pela Lei Estadual nº 51/75 e alterada pela Lei nº 3155/98, com
poderes para emitir pareceres para o credenciamento de instituições de ensino interessadas em
13
prestar serviços de educação na modalidade de EAD (<http://cee.rj.gov.br/coletanea/d275.pdf>).
Estes pareceres apenas autorizam a criação de cursos dentro do território do Estado do Rio de
Janeiro, como pode ser visto na tabela 6 alguns cursos técnicos profissionalizantes nível
médio ofertados na modalidade à distância.
Tabela 6 - Instituições com pareceres autorizativos emitidos até 2011
INSTITUIÇÃO PARECER
CEE/RJ CURSO AUTORIZADO
Centro de Tecnologia Aplicada –
CTA 298/10 Técnico em Administração, Segurança do Trabalho e Informática.
Centro Educacional Barbosa Figueiredo
193/11 Técnico em Secretaria Escolar e Transações Imobiliárias
Centro Educacional de Niterói 211/10 Técnico em Transações Imobiliárias e Secretaria Escolar
CES José Carlos Brandão
Monteiro 099/09 Técnico em Administração
Colégio Internacional Signorelli 84/11
Técnico em Administração, Comércio, Dança, Gerência em Saúde, Guia de
Turismo, Publicidade, Secretaria Escolar, Segurança do Trabalho, Transações Imobiliárias e Vendas
Colégio Marechal Hermes 112/08 Técnico em Estrutura Naval, Operação e Manutenção da Produção do Petróleo e Gás Natural e Meio Ambiente.
Colégio Realengo 210/10
Técnico em Administração, Contabilidade, Secretariado, Prótese Dentária,
Segurança do Trabalho, Turismo, Secretaria Escolar, Informática e Telecomunicações.
Escola Técnica Electra 178/11 Técnico em Eletrônica, Eletrotécnica, Mecatrônica e Telecomunicações.
Instituição de Ensino Sigma 572/02 Técnico em Transações Imobiliárias
Instituto Monitor 026/08 Técnico em Contabilidade, Secretariado, Transações Imobiliárias, Informática,
Eletrônica.
Instituto Trompowsky 152/11 Técnico em Administração, Informática, Logística, Manutenção Automotiva, Meio Ambiente.
SENAC 224/10 Técnico em Secretaria Escolar
Sindicato das Secretárias do
Estado do Rio de Janeiro – SINSERJ
195/05 Técnico em Secretariado
Fonte: www.cce.rj.org.br em 16/05/2012
Instituições de educação que utilizam a EAD pela Internet
Devido a sua ótima interatividade e inúmeros recursos em da EAD pela Internet, em 2012
segundo a ABED (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA),
existiam 8491 instituições de ensino com cursos autorizados, entre federais, estaduais,
municipais e particulares, como pode ser visto na tabela 8.
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Tabela 8: Distribuição dos cursos de EAD em 2012
Categoria jurídica
Quantidade de cursos
TOTAL Produção
Própria
Fornecido de
empresa
comercial
Fornecido de
empresa
educacional
Parceria com
outras instituições
Pública federal 273 41 314
Pública estadual 57 1 58
Privada com fins
lucrativos 1527 120 33 1033 2713
Privada sem fins
lucrativos 1651 7 400 97 2155
Fundação educacional 1436 12 1448
Sec. educação estadual 18 60 78
Sec. educação
municipal 4 4
Empresa do sistema “S” 821 38 15 99 973
Empresa não
exclusivamente
educacional 250 14 12 276
Órgão público militar 115 3 118
Órgão público
judiciário 11 2 24 37
Órgão público da saúde 1 9 10
ONG 25 9 34
Outra 19 205 23 26 273
Total 6.208 386 474 1.423 8491
Fonte: Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil , pag. 43 ,
<HTTP://www.abed.org.br/censoead/censo2012.pdf
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8.1. Instituições de educação federais, localizadas no Municio do Rio de Janeiro, que
utilizam a EAD pela Internet na oferta de cursos profissionalizantes.
Graças às orientações e incentivo do MEC, praticamente todas as IES Federais
utilizam alguma plataforma AVA na oferta de cursos em EAD, em nível de graduação,
extensão, pós-graduação, latu sensu e stricto censu, dos quais podemos citar algumas:
Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro – CEFET-RJ: Esta IES
tem um AVA vinculado a UAB8, localizado no site http://uab.cefet-rj.br.
Universidade Federal Fluminense - UFF: Esta IES desenvolveu seu AVA, suportado
pelo Moodle, localizado no site http://www.cead.uff.br.
8.2. Instituição de educação estadual, localizadas no Município do Rio de Janeiro, que
utiliza a EAD pela Internet na oferta de cursos profissionalizantes.
Na esfera estadual do Rio de Janeiro, poucas escolas oferecem cursos regulares de
educação profissionalizantes por EAD, foram encontradas ofertas de cursos na Fundação de
Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro – FAETEC. Para tal a instituição, tem
um AVA suportado pelo Moodle, localizado no site
http://www.faetec.rj.gov.br/dif/ead/plataforma/login/index.php.
8.3. Instituições de educação públicas municipais do Rio de Janeiro, que utilizam a EAD
pela Internet.
Ao município do Rio de Janeiro, não cabe ofertar cursos profissionalizantes, mas sim a
educação fundamental. Porém a subsecretaria de Novas Tecnologias educacionais da
Secretaria Municipal de educação, idealizou a criação de uma AVA para seus alunos e
professores. O endereço do site é www.educopedia.com.br, onde é possível acessar o material
institucional e explicativo:
(...) A Educopédia é uma plataforma online colaborativa de aulas digitais, onde alunos
e professores podem acessar atividades autoexplicativas de forma lúdica e prática, de
8 “O Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação de educadores, por meio
do estímulo à articulação e integração de um sistema nacional de educação superior, formado por instituições
públicas de ensino superior, em parceria com estados e municípios brasileiros, utilizando a Educação a Distância
para a veiculação dos conteúdos dos diversos cursos.” < http://www.uab.ufrr.br/index.php/sobre-a-uab-na-ufrr/o-
que-e-a-uab>, acessado em 30 de Junho de 2013.
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qualquer lugar e a qualquer hora. As aulas incluem planos de aula e apresentações
voltados para professores que queiram utilizar as atividades nas salas, com os alunos.
Cada uma delas possui temas, competências e habilidades contempladas nas
orientações curriculares da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Essas
orientações curriculares de cada ano e cada disciplina foram divididas em 32 aulas
digitais, que correspondem às semanas do ano letivo, retiradas àquelas voltadas para
avaliações e revisões. As atividades incluem vídeos, animações, imagens, textos,
podcasts, mini-testes e jogos, seguindo um roteiro pré-definido que obedece a teorias
de metacognição. A plataforma visa melhorar a qualidade da experiência educacional,
a partir da utilização das novas tecnologias e novas descobertas da neurociência, para
a criação de um modelo pedagógico que melhor responda às demandas das crianças e
jovens. As aulas são criadas e revisadas por professores da rede municipal de ensino
do Rio de Janeiro. (<http://www.educopedia.com.br/SobreEducopedia.aspx>)
8.4. Instituições de educação particulares, localizadas no Município do Rio de Janeiro,
que utilizam a EAD, na oferta de cursos técnicos profissionalizantes.
No município do Rio de Janeiro, existem inúmeras instituições particulares de ensino
profissionalizantes autorizados, com uma gama muito varia de cursos em todas as áreas.
Abaixo são citadas algumas instituições que oferecem muitos cursos neste seguimento:
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC–RJ: Nesta
instituição, dentre os curso de graduação e pós-graduação, também são
ofertados os técnicos profissionalizantes e os livres de aperfeiçoamento por
EAD. No site são encontrados cursos em várias áreas como: comércio,
gestão, meio ambiente e segurança do trabalho, são suportados pelo Moodle
e pode ser acessado em www.ead.senac.br.
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI-RJ: Nesta
instituição, são ofertados cursos técnicos profissionalizantes e livres de
aperfeiçoamento por EAD. No site são encontrados cursos em mais de 20
áreas tecnológicas e pode ser acessado em
www.portaldaindustria.com.br/senai/canal/educacao-distancia-home.
Centro de Ensino e Treinamento Aplicado a Profissionais – CETAP: Nesta
instituição, são ofertados cursos técnicos profissionalizantes e livres de
aperfeiçoamento por EAD. Seus cursos podem ser acessados em
www.cetap.com.br.
Mitos e Verdades sobre a EAD
Muito se diz sobre as vantagens da EAD, no que refere a produção pedagógica,
facilidade de comunicação entre professores e alunos, mas parece que nos meios acadêmicos,
em determinados setores 100% tradicionalistas, existe grande resistência à implantação de
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novas tecnologias, que se dá pela simples ignorância, preguiça ou medo da EAD. Para ilustrar
e desmitificar esta realidade, Cláudia Emi Izumi do site UOL (IZUMI, Cláudia. Mito ou
verdade: Especialistas esclarecem 11 dúvidas sobre EAD. Em:
<http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/20/especialistas-esclarecem-11-mitos-que-rondam-o-ensino-a-
distancia.htm> Acessado em 30 de junho de 2013), escreveu um interessante artigo a repeito
deste assunto. Para tal, entrevistou: Arlete Gilbert, consultora da Abed - Associação Brasileira
de Educação a Distância; Athail Pulino, coordenador de EAD da UnB - Universidade de
Brasilia; Rosely Zen Cerny, coordenadora adjunta da Universidade Aberta do Brasil da UFSC
- Universidade Federal de Santa Catarina; Stavros Panagiotis Xanthopoylos, diretor executivo
da FGV Online - Fundação Getúlio Vargas. As conclusões desta entrevista podem ser vistas
na tabela 7.
Tabela 7
MITOS VERDADES O ensino a distância ameaça o emprego do professor? Cursos idealizados e formatados somente com
videoaulas são ruins?
Este profissional é essencial para verificar o
aprendizado a distância do aluno. O computador não
vai substituí-lo. Na opinião de Pulino, o professor de
EAD consegue até acompanhar melhor o desempenho
dos alunos. Isso é feito por meio de atividades
próprias dos cursos a distância, como fóruns de
discussão, testes online e atividades extras, que são em
quantidade maior que nos cursos presenciais.
Apesar de exemplos bem-sucedidos de tutoriais e
aulas em vídeos, como a Khan Academy para os
alunos da educação básica, cursos mais complexos
perdem qualidade se forem dados apenas com a
exposição de vídeos e animações que explicam o
conteúdo escolar. "O melhor formato é aquele baseado
em "comunidades de aprendizagem", com interação
entre alunos e com professores", diz Pulino.
A avaliação do EAD apresenta falhas porque algumas
tarefas, como testes de múltipla escolha, são
corrigidas automaticamente por um sistema, e não
pelo professor?
Não dá para comparar curso à distância com curso
presencial porque são duas metodologias de ensino
completamente diferentes:
A EAD permite uma maior personalização no ensino
que a educação presencial porque o aluno recebe
orientação individualizada, diz Pulino. Ele acredita
que o professor tradicional não tem condições para
comentar uma prova e dar retorno de rendimento para
cada um de seus alunos em apenas 50 minutos de aula.
"Já no EAD, o aluno tem a supervisão do professor e
de tutores. Além disso, os testes de múltipla escolha
não são o único meio de avaliação. O tutor de EAD
acompanha regularmente os avanços do aluno no
curso, e interfere quando ele não faz exercícios, não
participa de fóruns ou não dá retorno", comenta
Pulino.
"Podemos comparar a aprendizagem (domínio de uma
competência, uma habilidade ou um conhecimento),
mas não a forma pela qual ela foi adquirida, que pode
ser presencial, a distância ou mista", diz
Xanthopoylos. "O que podemos afirmar é que a
internet, e principalmente a chegada da Web 2.0 com
as redes sociais, trouxe uma nova dimensão de
comunicação que permitiu alavancar nossa vida
pessoal e profissional e a formação escolar. Esse
fenômeno é irreversível e tem revolucionado os
processos pedagógicos, sem prejuízo nos resultados da
aprendizagem quando comparados com os métodos
tradicionais." O ensino a distância é para quem interrompeu os
estudos e não concluiu um curso superior:
O desempenho de um estudante de EAD pode ser
falsificado porque existe a possibilidade dele colar nas
provas ou colocar outra pessoa para fazer o seu
trabalho.
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"Hoje o grande lance do ensino a distância é a
possibilidade dada à universidade pública e à privada
de sair de sua esfera e atingir municípios distantes e
menores que jamais terão uma instituição de ensino
superior de qualidade. Ainda existe o preconceito
contra a aprendizagem remota, mas isso está cedendo
e a média de idade dos alunos, entre 30 e 40 anos,
tende a baixar no futuro", opina Cerny.
VERDADE EM PARTE: "Se o aluno fizer a avaliação
pelo computador, sem controle ou acompanhamento, é
óbvio que poderá falsificar um exame. Por isso que,
em cursos certificados ou diplomados no EAD, as
provas são realizadas em polos de forma presencial e
com monitoramento e controle, como exige o MEC
(Ministério da Educação)", lembra Xanthopoylos. De
acordo com ele, a cola só ocorrerá se o sistema de
controle for falho, o que vale tanto para os cursos
EAD quanto para os presenciais.
O aluno de EAD pode ficar desmotivado a estudar por
não ter professores em cima dele: Alguns professores de cursos presenciais e o mercado
de trabalho têm preconceito contra o EAD:
"Em muitos casos, ter um professor em cima da gente
é pior. A motivação do aluno vem da integração com
outros alunos. Eles podem estudar e tirar dúvidas
sozinhos ou em grupo. Além disso, há os polos
presenciais da graduação a distância. É lá que o aluno
presta contas se estudou ou não aos tutores, que são
formados na área de conhecimento do curso e que
esclarecem e checam os pontos da matéria que os
alunos não assimilaram", explica Cerny.
"Hoje vale essa máxima. O preconceito parte da
ignorância, da falta de conhecimento de como
funciona o EAD. Não há outra explicação", comenta
Pulino. "Por sorte, há professores do método
presencial que procuram ferramentas online para
melhorar o ensino", diz. A coordenadora adjunta da
UAB da UFSC acrescenta: "Os professores que vêm
trabalhar com ensino a distância acabam mudando a
tática pedagógica que era adotada em sala de aula
porque percebem que o mesmo material não funciona
no EAD. O ensino a distância não tem lugar para
improvisação, as atividades são pontuais.”.
Fonte: <http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/03/20/especialistas-esclarecem-11-mitos-que-rondam-o-
ensino-a-distancia.htm> , acessado em 30 de junho de 2013
Conclusão
Neste nosso novo ambiente educacional, farto de novas tecnologias e na qual nossos
estudantes estão totalmente imersos. Parece inevitável que o professor esteja preparado para a
mudança de paradigmas, que seja da educação tradicionalista para o construtivismo, mas
atendendo às novas ferramentas educacionais, para seu uso em novas estratégias que o
aproximem mais do aluno que, agora as usa massivamente, nos novos meios de comunicação
como Internet, computador, smart-phones e tablets. Isto indica que cabe ao docente capacitar-
se melhor para falar a linguagem deles. Contudo, deve-se ter muito cuidado, para que todo
este arsenal tecnológico não se torne apenas mais uma “ONDA”, usando-o com os métodos
do passado, mas pensar e agir diferente, sem esquecer que ainda é um professor.
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contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem, São Paulo, jun/dez. 2003. Pontifícia
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19
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Associação Brasileira de Educação à Distância. São Paulo. 2011. Disponível em
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