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PATOLOGIAS E TRATAMENTO DE FACHADAS: revisão de literatura1
Jefferson Geraldo Albuquerque Adriano da Silva2
Joabi Nascimento de Oliveira3
Francisco Mateus Gomes Lopes4
RESUMO
As fachadas dos edifícios, por sua posição estratégica, recebem agressões
externas, respondendo aos efeitos dos ventos e mudança de temperatura,
interagindo com as estruturas que as suportam e degradando-se com o tempo, o
que pode ocasionar em uma perda de ligação física com o prédio. Logo, estas
alterações nestes revestimentos podem prejudicar o desempenho e funções
básicas, como a valorização estética e econômica do edifício, melhoria de
estanqueidade da vedação, regularização e acabamento final da fachada.
Alterações nas construções são mais conhecidas como patologias. As patologias
são modificações estruturais e ou funcionais causadas por doença no organismo, ou
seja, tudo que promove a degradação do material ou de suas propriedades físicas e
ou estruturais o qual esteja sendo solicitado. Assim, para tratar e recuperar as
construções que foram acometidas por patologias, faz-se necessário realizar o
diagnóstico das mesmas. No diagnóstico das patologias deve-se detectar e localizar
as manifestações, e identificar em que etapa do processo construtivo teve origem.
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão de
literatura sobre as principais patologias em fachadas, bem como formas de tratar e
recuperar estas patologias, permitindo a disseminação de conceitos que possam
evitar ou minimizar os problemas decorrentes destas patologias. Por fim, foi
constatada a necessidade de um correto diagnóstico da patologia, para seguir com
um tratamento eficaz. Além disso, a manutenção das fachadas é fundamental para
evitar o desenvolvimento de patologias graves.
Palavras-chave: Diagnóstico. Fachadas. Manutenção. Patologias. Prédios.
1 Artigo apresentado à Universidade Potiguar – UNP, como parte dos requisitos para obtenção do título de
Engenheiro Civil. 2 Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Potiguar – [email protected].
3 Graduando em Engenharia Civil pela Universidade Potiguar – [email protected].
4 Orientador. Mestre em Engenharia em Civil. Professor da Universidade Potiguar – [email protected].
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1 INTRODUÇÃO
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), constando os dados
respectivos ao ano de 2011, revelou um aumento nas atividades de construção civil
de 4,5%, comparado ao ano de 2010 (IBGE, 2011). Esta mesma pesquisa registrou
que o valor de incorporações, obras e serviços da construção atingiu o valor de R$
286,6 bilhões. Estes dados sugerem um ritmo elevado no aumento de novas
construções, somando-se às construções mais antigas. Assim, sejam as edificações
novas ou antigas, deverão passar por processos de manutenção para evitar o
desgaste natural.
Nas edificações, as fachadas têm grande valor estético, ao mesmo tempo em
que são a parte mais exposta às intempéries naturais, passando por mecanismos de
degradação (CHAVES, 2009). A fachada pode ser caracterizada como cada uma
das faces de qualquer construção, sendo que a fachada da frente é denominada de
fachada principal, e as demais, fachada posterior e fachadas laterais, ou seja, é o
envoltório da edificação que limita dois espaços distintos: o interior e o exterior
(BRAGA, 2010).
As fachadas dos edifícios, por sua posição estratégica, recebem agressões
externas, respondendo aos efeitos dos ventos e mudança de temperatura,
interagindo com as estruturas que as suportam e degradando-se com o tempo, o
que pode ocasionar em uma perda de ligação física com o prédio (BRAGA, 2010).
Estas fachadas podem ser revestidas de diversas formas, destacando-se as
pastilhas cerâmicas, argamassas decorativas, pinturas, tijolos aparentes, pedras
assentadas, painéis de vidro e alumínio, entre outros (ANTUNES, 2010).
A NBR 13755 (ABNT, 1996) trata do revestimento de paredes externas e
fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante –
Procedimento. Esta norma define o revestimento externo como sendo o conjunto de
camadas superpostas e intensamente ligadas, composto pela estrutura-suporte,
alvenarias, camadas sucessivas de argamassas e revestimento final, cujo papel é
proteger a edificação da chuva, umidade, agentes atmosféricos, desgaste mecânico
oriundo da ação conjunta do vento e partículas sólidas, bem como dar acabamento
estético.
No entanto, alterações nestes revestimentos podem prejudicar o desempenho
e funções básicas, como a valorização estética e econômica do edifício, melhoria de
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estanqueidade da vedação, regularização e acabamento final da fachada
(ANTUNES, 2010).
Logo, destaca-se a necessidade de realização de manutenção das
construções, sendo esta descrita pela NBR 5674 (ABNT, 1999) como um conjunto
de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade
funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender as necessidades e
segurança dos seus usuários.
A manutenção tem a finalidade de preservar ou recuperar as condições
adequadas da edificação, para o uso e o desempenho previsto em seus projetos.
Assim, as inspeções, a conservação, as ações preventivas e a reabilitação são
formas de manutenção (ROSCOE, 2008). Destaca-se que ao adotar medidas
preventivas os custos são bem menores do que para reparar danos, o que torna a
atividade de manutenção essencial e prática. Por isso, deve-se antecipar um plano
de manutenção eficiente, que determine a periodicidade das vistorias e as
intervenções preventivas, como limpeza, revisão do rejuntamento e desobstrução de
drenos etc. Este plano deve considerar ainda os padrões de manutenção exigidos, o
envelhecimento natural dos materiais, a escala de prioridades e a disponibilidade
financeira (ROSCOE, 2008).
Alterações nas construções são mais conhecidas como patologias. As
patologias são modificações estruturais e ou funcionais causadas por doença no
organismo, ou seja, tudo que promove a degradação do material ou de suas
propriedades físicas e ou estruturais o qual esteja sendo solicitado (IANTAS, 2010).
As edificações também podem apresentar patologias, comparáveis as doenças:
trincas, rachaduras, fissuras, manchas, descolamentos, deformações, rupturas,
corrosões, oxidações, entre outros, assim chamada de Patologia da Construção
(IANTAS, 2010). Também pode ser entendida como o baixo ou o fim do
desempenho da estrutura, em relação à estabilidade, estética, servibilidade e,
principalmente, durabilidade da mesma com relação às condições que está
submetida (ROSCOE, 2008).
Para tratar e recuperar as construções que foram acometidas por patologias,
faz-se necessário realizar o diagnóstico das mesmas. No diagnóstico das patologias
deve-se detectar e localizar as manifestações, e identificar em que etapa do
processo construtivo teve origem. Deve-se detectar a origem do problema e de que
foi a falha. Se o problema originou-se no projeto, falha é do projetista; se a origem
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está na qualidade do material, o fabricante falhou; quando se teve origem na
execução, há falha na mão-de-obra, na fiscalização ou na construtora, sendo
omissos; durante o uso, houve falha na operação e manutenção. O prognóstico
estará completo se consideradas as conseqüências do problema no comportamento
geral da obra (IANTAS, 2010).
Para obter êxito no tratamento, é necessário um bom estudo precedente, o
diagnóstico bem conduzido e conhecer as características e funcionamento do local a
ser tratado, para que ocorra a melhor escolha dos materiais e técnicas a serem
utilizados neste procedimento. Recomenda-se que, após uma intervenção, sejam
tomadas medidas de proteção, a partir de um programa de manutenção,
considerando a vida útil prevista, a agressividade e condições do ambiente e a
natureza dos materiais (IANTAS, 2010).
Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo fazer uma revisão de
literatura sobre as principais patologias em fachadas, bem como formas de tratar e
recuperar estas patologias, permitindo a disseminação de conceitos que possam
evitar ou minimizar os problemas decorrentes destas patologias. Para isso, a revisão
ocorreu em textos científicos, como monografias, dissertações, teses e artigos, além
de pesquisas em normas técnicas vigentes no país.
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 REVESTIMENTO DE FACHADAS
O revestimento de fachadas cumpre um papel importante no desempenho
global dos edifícios. Contribui na estanqueidade aos gases e líquidos, no isolamento
termo-acústico das vedações verticais e também na estética da edificação (JUNIOR,
2008).
O sistema de revestimento pode ser entendido como um conjunto de
subsistemas. As funções de um sistema de revestimento vão desde a proteção da
alvenaria, regularização das superfícies, estanqueidade, até funções de natureza
estética, uma vez que se constitui do elemento de acabamento final das vedações.
Normalmente, os sistemas de revestimento atuam em suas funções e propriedades
em conjunto com o substrato. Desta forma, quando se faz referência à aderência,
não se fala somente da aderência da argamassa e sim da aderência
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argamassa/substrato. As funções atribuídas à utilização dos sistemas de
revestimento variam enormemente de edifício para edifício, ou seja, dependem em
grande parte da concepção da edificação, suas fachadas, paredes e sistema de
revestimento (JUNIOR, 2008).
2.1.1 Revestimentos argamassados
Conforme definida pela NBR 7200 (ABNT, 1995), a argamassa consiste em
uma mistura de aglomerantes, agregados, adições, aditivos e água, possuindo
capacidade de endurecimento e aderência. As argamassas utilizadas em obras são
comumente compostas de areia natural lavada e os aglomerantes são normalmente
a cal e cimento, com ou sem aditivos. Também podem ser utilizadas argamassas de
revestimento industrializadas.
As argamassas passaram a exercer a função de proporcionar estanqueidade à
água das fachadas, para o conforto térmico e acústico do ambiente construído, para
a segurança ao fogo e para o bom aspecto da edificação (COSTA, 2005).
Os revestimentos de argamassa podem se constituir de uma ou duas camadas
cujas denominações variam em emboço (massa grossa), reboco (massa fina) ou
massa única (emboço paulista). De tal maneira que revestimentos de argamassa de
uma camada se dividem em: massa única, quando tiverem acabamento em pintura e
emboço quando for base para outros revestimentos. E os revestimentos em duas
camadas têm usualmente acabamento em pintura e são constituídos pelo emboço e
pelo reboco (SABBATINI, 1990).
2.1.2 Revestimentos cerâmicos
O revestimento cerâmico é definido pela NBR 13816 (ABNT) como sendo o
conjunto formado pelas placas cerâmicas, pela argamassa de assentamento e pelo
rejunte.
Medeiros e Sabbatini (1999) tratam os revestimentos cerâmicos de fachada
aderidos como o conjunto monolítico de camadas (inclusive o emboço) aderidas à
base suportante da fachada do edifício (alvenaria ou estrutura), cuja capa exterior é
constituída de placas cerâmicas, assentadas e rejuntadas com argamassa ou
material adesivo.
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2.1.3 Revestimentos com pintura
Sabbatini et al (2003) define o sistema de pintura como um conjunto de tintas
de fundo (seladores, primers anticorrosivos, fundos preparadores de superfície),
massas de nivelamento (massa corrida, massa a óleo, massa para madeira) e tinta
(e vernizes) de acabamento, que são formulados a partir de uma mesma resina.
Acrescentam que os principais sistemas de pintura utilizados na construção
imobiliária são os baseados nas resinas PVA, acrílicas e alquídicas.
Segundo Sabbatini et al (2003), a pintura tem duas funções principais: a de
proteção do substrato e a função decorativa ou estética. A pintura aplicada exerce a
função de camada de sacríficio que evita a degradação precoce do susbtrato.
Quando aplicada sobre revestimentos de argamassa, protege o mesmo contra o
esfarelamento e a ação da umidade, diminui a absorção de água e inibe o
desenvolvimento de fungos e bolores. Quando aplicada sobre alvenaria aparente,
reduz a absorção de água. A sua aplicação altera significativamente o aspecto final
do edifício.
2.2 PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO
2.2.1 Tipos de patologias
Manifestações patológicas segundo Campante e Sabbatini (2001), são
situações nas quais, os sistemas de revestimento deixa de apresentar o
desempenho esperado, em determinado momento da sua vida útil, ou seja, não
cumpre suas funções, deixando de atender às necessidades dos usuários. Uma
manifestação patológica acontece com a queda de desempenho precocemente,
diante de erros no planejamento, especificação, execução e/ou mesmo em uso, que
podem ou não ser cumulativos.
Helene (1988) apresenta uma definição mais detalhada e oportuna para
patologia, em que esta pode ser entendida como parte da engenharia que estuda os
sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções
civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema.
Conforme classificação de Verçosa (1991), as manifestações patológicas de
uma edificação dividem-se em:
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- Patologia das fundações e alvenarias;
- Patologia do concreto armado;
- Patologia das obras de madeira;
- Patologia das pinturas;
- Patologia da umidade.
Pedro et al (2002), por sua vez, classifica as patologias em virtude de suas
origens:
a) Congênitas: originárias da fase de projeto, em função da não observância
das Normas Técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais, que resultam
em falhas no detalhamento e concepção inadequada dos revestimentos.
b) Construtivas: têm origem relacionada à fase de execução da obra, resultante
do emprego de mão de obra despreparada, produtos não certificados e
ausência de metodologia para assentamento das peças.
c) Adquiridas: ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado
da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes
da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana, em função de
manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos
revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo
patológico.
d) Acidentais: caracterizam-se pela ocorrência de algum fenômeno atípico,
resultado de uma solicitação incomum, como a ação da chuva com ventos de
intensidade superior ao normal, recalques e, até mesmo incêndio. Sua ação
provoca esforços de natureza imprevisível, especialmente na camada de base
e sobre os rejuntes, quando não atinge até mesmo as peças, provocando
movimentações que irão desencadear processos patológicos em cadeia.
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2.2.2 Causas e origem
Normalmente os agentes causadores de patologias, são: cargas, variação de
umidade, variações térmicas intrínsecas e extrínsecas, além de agentes biológicos,
incompatibilidade de materiais, agentes atmosféricos entre outros. (IANTAS, 2010)
As patologias são originadas por falhas que incidem durante a realização de
uma ou mais das atividades do processo da construção civil. Conforme HELENE
2003, “o processo de construção e uso pode ser dividido em cinco etapas:
planejamento, projeto, fabricação dos materiais e componentes fora do canteiro,
execução e uso”. As quatro primeiras etapas dispõem um tempo relativo curto, em
relação ao quinto - uso, etapa mais longa que envolve a operação e manutenção
das edificações, que geralmente são utilizadas mais de cinquenta anos.
2.2.3 Patologias em revestimentos argamassados
Segundo Vieira (2007):
a) Deslocamento por empolamento: caracteriza-se pelo destacamento da
camada de reboco da camada de emboço, formando bolhas cujo diâmetro
aumenta progressivamente. A cal está diretamente envolvida com este tipo de
patologia, portanto, tal anomalia ocorre nas camadas com maior proporção de
cal.
b) Descolamento em placas: as placas do revestimento de argamassa que se
descolam englobam o reboco e o emboço e a ruptura ocorre na ligação entre
essas camadas e a base (alvenaria). A placa pode se apresentar endurecida,
quebrando com dificuldade, ou então quebradiça, podendo se partir com certa
facilidade. Em ambos os casos o som produzido quando a superfície é
submetida à percussão é cavo.
c) Descolamento com pulverulência ou argamassa friável: os sinais de
pulverulência mais observados são a desagregação e consequentemente
esfarelamento da argamassa ao ser pressionada manualmente. A argamassa
se torna friável, ocorrendo descolamento com pulverulência.
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d) Fissuras: a fissuração é função de fatores intrínsecos, como o consumo de
cimento, o teor de finos, quantidade de água de amassamento, fissuras
relacionadas ao cobrimento deficiente do concreto, deficiência de encubamento
da alvenaria, deformação lenta do concreto, ausência de vergas e
contravergas.
2.2.4 Patologias em revestimentos cerâmicos
Roscoe (2008) classifica algumas das patologias em revestimentos cerâmicos
como:
a) Destacamentos ou deslocamentos: são caracterizados pela perda de
aderência das placas cerâmicas do substrato, ou da argamassa colante,
quando as tensões surgidas no revestimento cerâmico ultrapassam a
capacidade de aderência das ligações entre a placa cerâmica e argamassa
colante e/ou emboco.
Figura 1: Deslocamento com empolamento de um grupo de ladrilhos em parede exterior (SILVA, 2010).
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Figura 2: Desprendimento junto a canto saliente de uma fachada de um edifício recente (SILVA, 2010).
Figura 3: Desprendimento do revestimento na zona corrente de uma fachada (SILVA, 2010).
b) Eflorescências: esse fenômeno se caracteriza pelo aparecimento de
formações salinas sobre algumas superfícies, podendo ter caráter pulverulento
ou ter forma de crostas duras e insolúveis em água. O fenômeno resulta da
dissolução dos sais presentes na argamassa, ou nos componentes cerâmicos
ou provenientes de contaminações externas e seu posterior transporte pela
água através dos materiais porosos. Se, durante esse transporte, a
concentração dos sais na solução aumentar (por perda de agua ou aumento da
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quantidade de sais), eles poderão entrar em processo de cristalização e dar
origem ao fenômeno.
c) Manchas e bolor: O desenvolvimento de fungos em revestimentos internos
ou de fachadas causa alteração estética de tetos e paredes, formando
manchas escuras indesejáveis em tonalidades preta, marrom e verde, ou
ocasionalmente, manchas claras esbranquiçadas ou amareladas. Normalmente
sao provocadas por infiltrações de água e freqüentemente estão associados
aos descolamentos e desagregação dos revestimentos.
d) Trincas e fissuras: Estas patologias aparecem por causa da perda de
integridade da superfície da placa cerâmica, que pode ficar limitada a um
defeito estético (no caso de gretamento), ou pode evoluir para um
destacamento (no caso de trincas). As trincas sao rupturas no corpo da placa
cerâmica provocadas por esforços mecânicos (ex.: tração axial, compressão
axial ou excêntrica, flexão, cisalhamento ou torção), que causam a separação
das placas em partes, com aberturas superiores a 1 mm. As fissuras são
rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que nao
causam a ruptura total das placas. Variações de temperatura também podem
provocar o aparecimento de fissuras nos revestimentos, devidas as
movimentações diferenciais que ocorrem entre esses e as bases.
e) Gretamento: o gretamento constitui-se de uma serie de aberturas inferiores a
1 mm e que ocorrem na superfície esmaltada das placas, dando a ela uma
aparencia de teia de aranha. A expansão por umidade pode ser responsável
pelo gretamento das placas cerâmicas para revestimento, quando provoca
aumento nas dimensões da sua base, forçando a dilatação do esmalte,
material que e menos flexível. Sem absorver a variação de tamanho da placa
cerâmica provocada pela expansão por umidade, a camada esmaltada sofre
tensões progressivas de tração, originando as fissuras capilares características
do gretamento.
f) Deterioração das juntas: Este problema, apesar de afetar diretamente as
argamassas de preenchimento das juntas de assentamento (rejuntes) e de
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movimentação, compromete o desempenho dos revestimentos cerâmicos
como um todo, ja que estes componentes são responsáveis pela
estanqueidade do revestimento cerâmico e pela capacidade de absorver
deformações. Os sinais de que esta ocorrendo uma deterioração das juntas
sao: perda de estanqueidade da junta e envelhecimento do material de
preenchimento. A perda da estanqueidade pode iniciar-se logo após a sua
execução, através de procedimentos de limpeza inadequados.
Figura 4: Aparecimento de manchas de bolor, fungos ou vegetação (SILVA, 2010).
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Figura 5: Desprendimento de frações de ladrilhos em canto saliente de fachada (SILVA, 2010).
Figura 6: Manchas esbranquiçadas dos ladrilhos (SILVA, 2010).
2.2.5 Patologias em revestimentos com pintura
Segundo Vieira (2007):
a) Eflorescências: manchas esbranquiçadas que surgem nas superfícies
pintadas. Ocorre quando a tinta foi aplicada sobre reboco úmido, ainda não
curado completamente. A secagem do reboco acontece por eliminação de
água sob forma de vapor, que arrasta materiais alcalinos solúveis do interior
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para a superfície pintada, onde se deposita, causando manchas. O problema
pode ocorrer também em superfícies de cimento-amianto, concreto, tijolo, entre
outros.
b) Desagregação: é a destruição da pintura, que se esfarela e destaca-se da
superfície junto com partes do reboco. O problema ocorre quando a tinta é
aplicada antes da cura completa do reboco.
c) Saponificação: é o aparecimento de manchas na superfície pintada e
retardamento indefinido da secagem de tintas à base de resinas alquídicas. A
patologia é causada pela alcalinadade. Na presença de certo grau de umidade,
o substrato reage com a acidez característica de alguns tipos de resina,
acarretando a saponificação. Para evitar o problema é necessário, antes de
pintar o reboco, aguardar até que o mesmo esteja seco e curado, o que
demora cerca de 28 dias.
d) Descascamentos: pode ocorrer quando a pintura for executada sobre
caiação, sem que se tenha preparado a superfície. Qualquer tinta aplicada
sobre a caiação está sujeita a descascar rapidamente. Para que isto não
ocorra, antes de pintar devem ser eliminadas as partes soltas ou mal aderidas,
raspando ou escovando a superfície. Em centros industriais, com grande
concentração de poluentes ou regiões à beira mar, os sais da superfície devem
ser removidos com água sob pressão.
e) Manchas causadas por pingos de chuvas: os pingos ao molharem a pintura
recém executada, trazem à superfície os materiais solúveis da tinta, surgindo
as manchas. Para eliminá-las basta lavar o local com água, sem esfregar.
f) Enrugamento: ocorre quando a camada de tinta se torna muito espessa
devido à aplicação excessiva de produto, seja em uma ou mais demãos,
quando a temperatura no momento da pintura se encontra elevada ou, ainda,
quando se utiliza solvente diverso de aguarrás como diluente de esmalte
sintético.
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Figura 7: Enrugamento em revestimento de pintura (CHAVES, 2009).
Figura 8: Tinta escorrida em revestimento de pintura (CHAVES, 2009).
Figura 9: Fissuras em revestimento de pintura (CHAVES, 2009).
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Figura 10: Eflorescências em revestimento de pintura (CHAVES, 2009).
Figura 11: Destacamento em revestimento de pintura (CHAVES, 2009). (CHAVES, 2009).
2.3 TRATAMENTO DE FACHADAS
No trabalho de Chaves (2009) foram identificadas diversas patologias e
propostas algumas soluções para o tratamento, destacando-se:
a) Empolamentos e deslocamentos
Quando estamos na presença de descolamentos de peças do revestimento,
haverá que, numa primeira fase, remover o revestimento do local afetado que não
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apresente boa aderência ao suporte, através de corte em esquadria, delimitando
preferencialmente áreas retangulares.
Depois haverá que repor o revestimento idêntico ao existente, garantindo a
compatibilidade entre a capacidade de deformação do mesmo e a elasticidade da
camada de colagem, conjugada com as juntas, precedido de um tratamento prévio
nas superfícies expostas do suporte. Nessas zonas, pode tornar-se necessário
aplicar um produto que favoreça a aderência.
As juntas entre ladrilhos devem ter a espessura definida pelo fabricante (> 4
mm) e preenchidas com produto flexível (módulo de elasticidade < 8000 MPa),
devendo ainda ser criadas juntas de fracionamento (> 6 mm) e juntas em
correspondência com as juntas de dilatação da construção. O seu preenchimento
deve ser feito com talocha de borracha, efetuado na diagonal, pressionando a
argamassa para o seu interior por forma a que fiquem bem preenchidas. Depois de
endurecida deverá proceder-se à sua limpeza com esponja umedecida. O cimento-
cola deve ser também criteriosamente escolhido em função das características do
revestimento e do suporte.
b) Desprendimento da pintura
O modo de solucionar a presente patologia passa por uma raspagem
superficial da pintura e posterior aplicação de nova pintura. No entanto, deve-se dar
uma demão com produto impermeabilizante depois de a base se encontrar
devidamente seca.
Entretanto, antes de iniciar à reparação da patologia é necessário que o tubo
de queda das águas pluviais sejam devidamente reparados, encaminhando as
águas diretamente para a sarjeta.
c) Fissuras
Sempre que estamos em presença de dois elementos com funções distintas,
deve garantir-se a sua liberdade individual. Liberdade essa, que em edifícios já
construídos passa pela introdução de juntas de retração.
Embora este tipo de fissuras não apresente qualquer tipo de ameaça para a
estrutura, a forma de evitar o aparecimento de novas fissuras, poderá passar pela
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aplicação de armadura resistente à tração, recorrendo nomeadamente à fibra de
vidro ou rede sintética, na zona do revestimento onde a fissura se encontra. Se por
ventura, se recorrer a uma malha de aço, convém que este esteja galvanizado, para
evitar problemas de corrosão. Com a aplicação da referida armadura, haverá uma
distribuição de esforços gerados pelo movimento da estrutura.
Assim, quando temos elementos construtivos com funções diferentes, unidos
fisicamente com revestimento superficial comum, deve aproveitar a fissura que se
abriu e marcar uma junta construtiva nessa zona, demolindo todo o material de
revestimento contíguo à fissura, realizando para o efeito, um corte no revestimento
com cerca de 10 cm de largura e 1 cm de profundidade, selando-a posteriormente
com um mástique de poliuretano, enchendo o corte com uma argamassa de
reparação. Assim, é permitido o movimento dos materiais e cria-se uma barreira
contra a penetração de água.
d) Eflorescência
Quando estamos na presença deste tipo de patologia, deve-se, em primeiro
lugar proceder à limpeza da fachada, de modo a que posteriormente se permita a
sua restauração. Os sistemas de limpeza não devem ser demasiado dado que
podem causar deteriorações subsequentes, nem excessivamente brandos por não
proporcionarem uma limpeza completa.
Assim, quando estamos perante rebocos de cimento, como é o caso, recorre-
se a uma limpeza com água fria ou quente a baixa pressão, quando estamos
perante fachadas pouco sujas ou a mesma técnica com a adição de detergentes
neutros em situações de grande sujidade. Existem vários sistemas de limpeza das
eflorescências, dependendo do tipo de sal que cristalizou da sua solubilidade e do
material de revestimento onde cristalizou. Por outro lado, podem ter origens variadas
e ser compostas por numerosos elementos. E ainda incorporar-se através dos
materiais, provir da própria decomposição do material ou resultar de fontes externas.
Em paredes de alvenaria de tijolo, os sais que aparecem com mais frequência
são dos devidos a sulfatos e a carbonatos de cálcio, magnésio, sódio e potássio. No
entanto, a maioria das lesões é devida à presença de sulfato de magnésio que pode
cristalizar fora ou perto da superfície e mediante a sua solubilidade o sal pode ser
transportado por ação da água da chuva para o interior da alvenaria, reduzindo a
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destruição dos materiais de revestimento, mas ocasionando maiores problemas no
seu interior. Dado que, este tipo de sais é solúvel em água e as operações de
limpeza limitam-se à sua dissolução, é importante, após a aplicação da água,
proceder a uma secagem artificial por sucção direta, no sentido de extrair desta, a
água absorvida.
Com a lavagem da fachada, não se controla a absorção superficial, o que pode
ser propício ao aparecimento de novas eflorescências e estabelecer-se um sistema
cíclico de lesão-limpeza. Quando estamos perante sais que não são solúveis
diretamente em água, tem que se recorrer a uma limpeza química com 10% de
ácido clorídrico. No entanto, se houver um conhecimento concreto do tipo de sal
presente no revestimento, determinar-se-á o tipo de solvente a utilizar, para o qual
se utilizará o mesmo sistema de aplicação e secagem. Posteriormente à limpeza da
fachada deverá verificar-se o estado do suporte e executar-se o novo acabamento
final.
e) Destacamento
A resolução da presente patologia, tendo em conta a sua presença em grande
parte da fachada, passa necessariamente pela remoção de todo o revestimento de
pintura envelhecido. Após essa remoção, terá que se analisar, se o suporte não se
encontra danificado e se está apto e estável para receber o novo acabamento. Caso
contrário, se nomeadamente existirem fissuras no suporte, deverão ser previamente
tratadas.
É conveniente, antes da aplicação de um novo produto de pintura, averiguar a
sua compatibilidade com as condições de exposição e com a natureza do suporte
existente, é de todo importante, a aplicação de um primário promotor de aderência
sobre o suporte.
f) Manchas
Na remoção de manchas que resultam de sujidades provenientes da ação do
meio ambiente, como é o caso, terá que se proceder à lavagem com água, do
paramento exterior. No entanto, é aconselhável uma raspagem prévia, de forma a
eliminar as sujidades mais significativas.
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Com o intuito de evitar o aparecimento de sujidades nas fachadas, devido ao
arrastamento das poeiras pela água através dos paramentos horizontais, deverá
controlar-se a velocidade com que a água os poderá alcançar, mediante a utilização
de superfícies lisas proporcionando sobre estes uma certa inclinação. Seria ainda
aceitável a aplicação de um rufo em zinco sobre o peitoril de granito.
g) Descoloração
A solução para a reparação desta patologia, que se deve ao envelhecimento
natural do material de revestimento, passa pela sua eliminação, efetuando-se uma
decapagem integral do produto de pintura existente. Após decapagem deverá
assegurar-se que o suporte se encontra limpo, isento de decapantes e poeiras,
deverá certificar-se da sua aderência para receber o novo produto de pintura.
2.4 MANUTENÇÕES DE FACHADAS
A conservação dos revestimentos de fachadas é essencial para preservar os
aspectos estéticos relacionados à imagem de cidades, prédios e monumentos, bem
como por questões econômicas, uma vez que a conservação das fachadas em boas
condições reduz os gastos com recuperação.
Assim, a manutenção de fachadas envolve uma série de fatores, como por
exemplo, evitar o contato da água com a fachada, estabilizar componentes
desprendidos e trocar componentes que estejam em más condições e sem
possibilidades de serem restaurados.
Deve-se ressaltar que a água por si só não é um problema para a manutenção
de boas condições das fachadas. Porém, condições em que a água consegue
penetrar a fachada, devem ser evitadas, pois podem ocasionar em patologias. Logo,
é necessário prever a instalação de sistemas eficazes de evacuação de águas
provenientes da cobertura dos prédios, solo, e de outros elementos construtivos.
Além disto, a manutenção de fachadas prevê ainda operações de limpeza, que
podem adotar uma série de procedimentos dependentes do tipo de revestimento ou
dano existente na fachada.
Quando se pretende proceder à limpeza de uma fachada, tem que se ter em
conta, que deve haver um equilíbrio entre a eliminação das sujidades nela presentes
21
e a preservação do suporte e do revestimento existente. Assim, antes de qualquer
operação de limpeza é necessário efetuar uma análise ao paramento exterior, de
modo a averiguar a composição dos materiais de revestimento e elementos da
fachada, conhecer o estado de conservação das argamassas de preenchimento das
juntas e do próprio revestimento e ainda, perceber a natureza e o grau de incidência
das sujidades e a sua origem (CHAVES, 2009).
É fundamental que qualquer que seja o método de limpeza usado, este não
seja prejudicial para a fachada, pelo que, a quando da sua seleção não deve
prevalecer o critério de menor custo nem o que produza efeitos mais rápidos.
No seguimento dos procedimentos referidos anteriormente, é necessário
particulariza-los, defini-los com maior pormenor, identificando os cuidados a ter em
conta na utilização dos mesmos e o seu âmbito de aplicação.
Nesse sentido, são a seguir descritos os procedimentos de limpeza que podem
ser utilizados, segundo Chaves (2009):
a) Lavagem: é recomendável para suportes de calcário, mármore e pedra
artificial e também quando estamos em presença de sujidades hidrossolúveis.
Existem várias técnicas de lavagem.
b) Limpeza mediante procedimentos químicos: neste tipo de operação de
limpeza é aconselhável o controlo do pH, quer do produto, quer das superfícies
antes de serem submetidas ao tratamento. Existem vários processos de
limpeza com produtos químicos, destacando-se produtos a base de ácido
fluorídrico, ácido clorídrico, ácido acético e outros.
c) Limpeza mediante pastas absorventes e gel: utilizam, principalmente, pastas
à base de argila que amolecem as sujidades em calcários.
d) Limpeza com sabões: Neste tipo de limpeza devem usar-se os do tipo não
iônico, uma vez que, os iônicos podem depositar sais solúveis. São diluídos em
água fria ou quente quando estamos perante sujidades superficiais e gorduras
pouco incrustadas. Usam-se com frequência na limpeza de envidraçados e o
seu efeito é melhorado quando combinado com vapor.
22
e) Limpeza mediante projeção de abrasivos: os abrasivos podem ser lançados
a seco ou com água, destacando-se os óxidos de alumínio e bicarbonatos de
sódio.
g) Limpeza mecânica: Atua eliminando uma parte da camada superficial
mediante o uso de ferramentas manuais ou discos abrasivos. Provoca a
deterioração de planos e alteração de esquinas e relevos.
h) Limpeza de sujidades de origem biológica: Os métodos de biocidas
polivalentes não são satisfatórios. Atualmente usam-se sais de amônio e cobre
e sulfato de cobre. Na sua aplicação deve evitar-se unidades, para não haver
absorção de água no suporte.
i) Limpeza de depósitos de cimento e argamassa: O ácido clorídrico é o
principal ingrediente ativo. Antes da aplicação química, deve retirar-se o maior
depósito com auxílio a espátulas e molhar-se com abundância a superfície.
j) Limpeza de manchas de óleo, gorduras e produtos betuminosos: Os
produtos mais usados são os detergentes não iônicos, dissolventes à base de
hidrocarbonetos e agentes de limpeza alcalinos. Os sabões neutros com água
fria ou quente usam-se
k) Limpeza de sais solúveis e eflorescências: A facilidade da sua eliminação
depende das características do paramento e da solubilidade dos sais. O
objetivo do método de eliminação de sais passa por molhar até à profundidade
em que se encontram os sais (um ou mais dias) e aplicar uma pasta
absorvente argilosa (sensivelmente 15 mm de espessura) e esperar que os
sais se depositem na pasta durante o processo de secagem. Pode, no entanto,
aumentar-se a quantidade de sais extraídos, mediante a aplicação de um
potencial elétrico através da área molhada onde foi colocada a pasta.
k) Limpeza de grafite: Podem usar-se para a remoção de grafites, água quente
com detergente e raspagem através de escovas macias, métodos químicos
23
baseados em dissolventes orgânicos, métodos mecânicos onde o uso de
métodos micro abrasivos é preferível aos abrasivos
3 CONCLUSÕES
A ausência de conhecimento a cerca de patologias em fachadas é um fator
relevante para o desenvolvimento de problemas que prejudiquem a real função das
fachadas, além de comprometer a estética. Estes entraves podem ser reduzidos na
fase de projeto, adotando medidas de execução adequadas. Destaca-se ainda a
necessidade de um correto diagnóstico da patologia, permitindo a execução de
tratamento e recuperação da fachada, considerando aspectos como eficiência
econômica. Por fim, a manutenção preventiva é a principal ferramenta a ser
empregada, uma vez que permite minimizar ou evitar ou desenvolvimento de
patologias graves.
PATHOLOGY AND TREATMENT OF FRONTAGE: literature review
ABSTRACT The building fronts receive external aggression because of its strategic position,
responding to the effects of wind and temperature change, interacting with the
structures that support and degrading over time, result in a loss of physical
connection with the building. These changes in these coatings can degrade
performance and basic functions, as aesthetic and economic value of the building ,
improving tightness of the seal, settlement and finishing of the frontage. Changes in
the constructions are widely known as pathologies. The pathologies are structural
and functional changes caused by or disease in the body, everything that promotes
the degradation of the material or its physical and structural or property which is
being requested. To treat and recover the buildings that were affected by
pathologies, it's necessary to make the diagnosis of the same. In the diagnosis of
pathologies should detect and locate events, and identify what stage of the
construction process originated. This research aims to literature review on the main
pathologies in frontage, as well as ways to treat and recover these conditions,
24
allowing the spread of concepts that can prevent or minimize the problems arising
from these diseases. Finally, it was found the need for a correct diagnosis of the
condition, to follow up with an effective treatment. The maintenance of frontage is
essential to prevent the development of serious pathologies.
Keywords: Buildings. Construction. Frontage. Maintenance. Pathology.
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