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Artrose na coluna vertebral
Flavio Cavallari
19 de julho de 2008
3º Curso CREMERJ / SBOT-RJ –
Problemas Ortopédicos Comuns no
Consultório
ARTROSE DA COLUNA
VERTEBRAL
Alterações degenerativas
relacionadas à idade que se
manifestam como um processo
patológico devido a modificações
bioquímicas, anatômicas e
biomecânicas.
Lombalgia é o sintoma mais
freqüente na artrose vertebral
• Diagnóstico: interpretar os sintomas
baseado na anamnese e exame físico.
Queixa principal: lombalgia
• “Dói quando acordo e piora durante o dia.”
• “Dói quando acordo e melhora durante o dia.”
• “Dói quando faço repouso.”
• “Dói com esforço físico.”
• “Dói quando camnho.”
• “Melhora quando caminho.”
• “Melhora deitado.”
• “Piora deitado.”
• “Dói sentado.”
• “Dói em pé na fila.”
• “Dói na coluna toda.”
• “Dói nos quartos.”
Artrose vertebral
• Anamnese rica e exame físico pobre.
• Exame radiológico conclusivo .
• Exames laboratoriais para diagnósticos diferenciais.
• RMN e TC: planejamento cirúrgico.
Lombalgia
• Degenerativa
• Inflamatória
• Mecânica
• Infecciosa
• Neoplásica
• Metabólica
• Traumática
• Psicossomática
Importante concluir o
diagnóstico etiológico da
lombalgia.
ARTROSE DA COLUNA
VERTEBRAL
Alterações degenerativas
relacionadas à idade que se
manifestam como um processo
patológico devido a modificações
bioquímicas, anatômicas e
biomecânicas.
ANATOMIA DA COLUNA
VERTEBRAL
• 33 vértebras
• 23 discos intervertebrais
• 96 articulações facetárias
• 48 placas cartilaginosas
• ligamentos intervertebrais
84% 16%
UNIDADE FUNCIONAL
VERTEBRAL
• 2 vértebras adjacentes
• 1 disco intervertebral
• 2 articulações facetárias
Complexo Triarticular de Farfan
DISCO INTERVERTEBRAL
• Foco de movimento entre duas vértebras
• Propriedade viscoelástica: absorção e
distribuição de cargas
• 22% do comprimento da coluna vertebral
• Núcleo pulposo: gelatinoso, 40% da área
discal
• Anel fibroso: lamelas concêntricas
PLACAS TERMINAIS
CARTILAGINOSAS
• Limite superior e inferior do disco
intervertebral
• Anel fibroso fortemente aderido
• Núcleo pulposo não é aderido
• Não existe fixação da placa cartilaginosa a
osso subcondral
O DISCO INTERVERTEBRAL É
A MAIOR ESTRUTURA
AVASCULAR DO CORPO
HUMANO.
ALTERAÇÕES RELACIONADAS À
IDADE NO DISCO INTERVERTEBRAL
• Perda de altura
• Protusão central (hérnia de Schmorl)
• Abaulamento do anel fibroso
O processo degenerativo não é o
mesmo para cada disco no mesmo
paciente.
BIOQUÍMICA
• Componentes
estruturais primários:
- monômeros de
proteoglicanos e
glicosaminoglicanos
- sulfato de
condroitina
(hidrofílica)
• Colágenos
PROTEOGLICANOS + H20
RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
COLÁGENO RESISTÊNCIA À
TRAÇÃO
Glicosaminoglicanos
negativos
Propriedades
mecânicas
Pressão
hídrica
intradiscal
NUTRIÇÃO DISCAL (AVASCULAR)
DIFUSÃO PASSIVA (PLACA CARTILAGINOSA)
PRESSÃO OSMÓTICA + PRESSÃO
HIDROSTÁTICA (ALTO CONTEÚDO INTRÍNSECO DE H2O)
PERDA DA PRESSÃO
HIDROSTÁTICA
PERDA DAS PROPRIEDADES
FISICO-QUÍMICAS
INSTABILIDADE MECÂNICA
A- hérnia discal em L5-
S1 na série SC acentua a
deformidade do saco
dural na série CC (b) –
estenose absoluta
A- RM SC evidenciando deformidade do saco dural por espessamento do lig amarelo que torna-
se mais evidente na série CC onde notou-se também a existência de cisto sinovial (seta) , não
visto SC
SEM CARGA COM CARGA
Observar a acentuação da compressão
do canal raquiano após a carga axial.
SEM CARGA COM CARGA
Medida da área do canal
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS
INSUFICIÊNCIA
NUTRICIONAL
DISCAL
PERDA DAS PROPRIEDADES
FÍSICO-QUÍMICAS
PERDA DA PLASTICIDADE
DO NÚCLEO PULPOSO
SOBREGARGA DO
ANEL FIBROSO
DIMINUIÇAO DA
PLACA
CARTILAGINOSA
Insuficiência
Nutrição Discal
Desidratação Discal
(50% Proteoglicanos)
(Glicosaminoglicanos)
Desequilíbrio
Biomecânico
triarticular
Ruptura Interna Discal
A ruptura interna discal é a condição na qual o disco pode se tornar doloroso como resultado de ruptura interna de sua arquitetura, porém sem alterações externas, permanecendo com seu contorno normal, podendo parecer normal em imagens de TC e IRM.
Crock HV, Internal disc disruption. A challenge to disc prolapse fifty years on. Spine 1986 ;11:650-3
Disco Normal
Ruptura Anular
CROCK (1986)
A discografia é o método de escolha
para o diagnóstico de ruptura interna
discal, sendo o único exame capaz de
detectar tal condição.
Ruptura Anular
Ruptura
Anular
Schellhas et al (Spine, 1996)Assintomáticos X Dor
Em 20 discos normais (IRM) em voluntários assintomáticos, 17 tinham rupturas discais em imagens de discografia.
Dos 11 discos normais (IRM) no grupo com dor, 10 tinham rupturas discais em imagens de discografia, 2 deles com reprodução da dor.
•
Schellhas et al (Spine, 1996)
Os discos com imagem normal na discografia
não provocaram dor, enquanto todos os
discos intensamente dolorosos mostraram
ruptura.
CASCATA DEGENERATIVA
• Kirkaldy-Willis – 1970 – Cascata Degenerativa – “Pathology and
Pathogenesis of Lumbar Spondylosis and Stenosis” – Spine 1978
• Kirkaldy-Willis, Farfan – “Instability of Lumbar Spine” – Clin-Orthop –
1982
• Kruton F – “The Instability Associated with Disc Degeneration in the
Lumbar Spine” – Acta-Radio – 1944. 25:593-609
• Morgan F.P, Krug T, - “Primary Instability of Lumbar Vertebrae as
common cause of low back pain” – J.Bone Joint Surg – 1957. 39:6-
22
• Szpalki M,– Philadelphia Lippincott Williams e Wilkins - Gunzburg R,
Pope M. H – “Lumbar Segmental Instability” 1999
TRÊS ESTÁGIOS DA
DEGENERAÇÃO VERTEBRAL
• I – alterações na fisiologia e na bioquímica
do complexo triarticular causando
sintomas clínicos pouco específicos
• II – hipermobilidade articular com
instabilidade mecânica sintomática
• III – osteofitose com alterações
anatômicas determinando estenose do
canal vertebral
MIELOPATIA CERVICAL
•
DOENÇA DEGENERATIVA
DISCAL
• Senescência fisiológica
• Processo patológico
Obrigado.