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AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
Sociologia da Sociedade Brasileira, Alvaro Vita, cap. 10
substituição do trabalho escravo para o trabalho livre, Imigração
Lei de Terras, 1850 : dificuldades ao acesso á terra para estrangeiros
1920 – São Paulo :51% de trabalhadores estrangeiros - Rio 35%
Pouca força politica : dominação oligarquica
Boris Fausto: a existência de um exercito industrial de reserva no inicio da industrialização
OS IMIGRANTES
NA
CLASSE OPERARIA
BRASILEIRA
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
Navio abarrotado de Imigrantes
Hospedaria de Imigrantes
Imigrantes Italianos
São Paulo nos anos de 1910
25 de março em 1910
São Paulo dos anos 1920
Enorme distância entre as expectativas dos imigrantes e as condições de vida e de trabalho
Frustação da maioria dos imigrantes
Concepções politicas revolucionárias
Anarquismo Sindicatos
AS ORIGENS
DO
MOVIMENTO
OPERARIO
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
Uma forma de pensamento social que faz uma crítica radical à sociedade capitalista e à sua forma de exploração do trabalho humano
Propõe a abolição do capitalismo e sua substituição por formas de produção geridas diretamente pelos próprios trabalhadores
Bakunin : coletivização dos meios de produção e sua gestão coletiva pelos trabalhadores : autogestão
Profunda repulsa pelo Estado e pela luta político-partidária
O
ANARQUISMO
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
Transformação do Estado capitalista em um Estado proletário, como uma etapa para a eliminação das desigualdades de classe
É imprescindível para a superação do capitalismo a organização do partido político revolucionário
Crítica ao Estado de maneira geral
Repúdio à luta político-partidária
Defesa da ação direta: participação em associações livres, em movimentos grevistas, sem delegar a ninguém o seu poder decisão
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
ANAR
QUIS
MO
MAR
XIS
MO
Bakunin
Ofereceu os elementos para uma radical crítica à sociedade brasileira
Forneceu os modelos para as primeiras tentativas de organização da classe operaria
Criação de sindicatos e de movimento sindical
Criação de inúmeros jornais de circulação nos meios operários
O
ANAR
QUIS
MO
NO
BRASIL
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
Organismo de luta dos operários, sem nenhum vínculo com o Estado
Ação direta : evitar a burocracia, evitar a delegação a uma diretoria
1906: 1º Congresso Operário Brasileiro; criação da Confederação Operaria Brasileira(COB)
1913 : 2º Congresso Operário Brasileiro
1. Direito à livre associação
2. Fixação de salário mínimo
3. Limitação da jornada de trabalho a 8 horas
SINDICATO
ANARQUISTA
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
A
IM
PREN
SA
A
NAR
QUIS
TA
Os anarquistas se destacaram ainda na organização de inúmeros jornais de circulação nos meios operários
O jornal constitui um dos principais centros organizatórios anarquistas e de difusão de propaganda
Jornais : A Terra Livre, O Amigo do Povo, La Battaglia, A Lanterna, A Plebe
: Oreste Ristori
ALGUMAS LIDERANÇAS ANARQUISTAS
Edgar Leuenroth:
Astrogildo Pereira:
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
OS LIMI
TES
DA
EXPE
RIÊN
CIA
ANARQUIS
TA
O anarquismo foi criticado por varias correntes politicas, em particular pelo PCB
Recusa em organizar a classe operaria na luta para influenciar a ação do Estado
Manutenção do operariado apenas às reivindicações corporativas
A emancipação do proletariado como resultado da atividade sindical e de uma greve geral revolucionária
A greve geral emancipatória numa sociedade ainda não industrial
Grande Greve de 1917
O acordo
Organizou-se, então, o Comitê de defesa Proletária Responsáveis: Edgar Leuenroth e Gigi Damiani Exigiam:
– aumentos salariais de 25 a 35%– proibição do trabalho de menores de 14 anos– fim trabalho noturno de mulheres e menores de 18– garantia de trabalho permanente– jornada de 8 horas– Liberdade de associação– Liberdade dos grevistas presos– Não dispensa dos grevistas
Mediadores: Comissão de jornalistas
Conseguem: 20% aumento, não dispensa dos grevistas e respeito aos direitos dos trabalhadores.
Porém: acordos não estavam previstos em lei, logo, não foram respeitados. Além disso, os 20% de aumento conseguidos, rapidamente se deterioraram com a inflação.
Funeral do sapateiro José A Martinez
Resultados Gerais
Fragilidade da classe operária – ainda em formação e forte repressão governamental.
Anarquistas, a partir da década de 1920, perderiam terreno para PCB.
Poucas conquistas da greve de 1917
Vários dirigentes do movimento operário foram expulsos do país .
– Em 1921, Congresso aprovou leis que dotaram o governo de instrumentos repressivos – um deles previa a expulsão de estrangeiros cujas condutas fossem consideradas nocivas à ordem pública e à segurança nacional. Estabelecia-se um combate ao anarquismo, considerando crime não só a prática de atos violentos como “fazer apologia dos delitos praticados contra a organização da sociedade”. Por aí se atingia o direito de expressão.
Instrumentos repressivos
Cotonifício Crespi - 1917
Vista do Brás em 1920
AS LUTAS OPERÁRIAS DAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SECULO XX
A
GRE
VE
GE
RAL
DE
17
A greve de 17 não foi exatamente o ensaio para a greve geral revolucionaria
A greve de 17 não foi o único conflito social urbano nas primeiras décadas do século
O Estado e o patronato estavam acostumados a tratar as lutas operárias como “caso de policia”.
A greve não foi organizada como parte de uma estratégia revolucionaria das lideranças anarquistas
Após a greve, na década de 20,os anarquistas perdem terreno para o PCB, fundado em 1922
O protesto operário cede lugar à contestação militar ao Estado oligárquico: movimento tenentista