aspectos culturais do século xix

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Aspectos culturais do Século XIX Twit This! marcadores: movimento operário e socialismos | O Romantismo, nome dado a um movimento cultural característico da Europa no século XIX, está, de certa forma, ligado às aspirações políticas e sociais da burguesia revolucionária do período. Se o classicismo e o barroco ligavam-se a uma sociedade aristocrática, o Romantismo estava ligado aos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, pregado, no plano jurídico ao menos pela burguesia em ascensão. O Romantismo fundava-se mais nas emoções do que na racionalidade. Os românticos procuraram combater o que julgavam excessivo no racionalismo, herdado do Renascimento e do Século das Luzes. Assim podemos dizer que o Romantismo reagiu ao racionalismo, num plano emotivo, com apego à natureza e ao povo. As inspirações dos artistas românticos eram procuradas junto à gente simples, numa manifestação antielitista e antiaristocrática. Pesquisavam-se a cultura popular e o folclore para produzir não só pinturas e esculturas, mas principalmente música. Além disso, a obra romântica tinha um sentido épico. Ressaltava- se o heroísmo, o sacrifício e o sangue derramado nas batalhas ou em disputas amorosas. Todo esse ideário estava relacionado à realidade das lutas políticas e sociais da época. Literatura, artes plásticas e a música do século XIX A nova arte poética do período teve como um dos grandes representantes o alemão Goethe (1749-1832). Em Fausto, uma de suas principais obras, o enaltecimento das liberdades

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Aspectos culturais do Sculo XIXTwit This! marcadores: movimento operrio e socialismos |O Romantismo, nome dado a um movimento cultural caracterstico da Europa no sculo XIX, est, de certa forma, ligado s aspiraes polticas e sociais da burguesia revolucionria do perodo. Se o classicismo e o barroco ligavam-se a uma sociedade aristocrtica, o Romantismo estava ligado aos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, pregado, no plano jurdico ao menos pela burguesia em ascenso.

O Romantismo fundava-se mais nas emoes do que na racionalidade. Os romnticos procuraram combater o que julgavam excessivo no racionalismo, herdado do Renascimento e do Sculo das Luzes. Assim podemos dizer que o Romantismo reagiu ao racionalismo, num plano emotivo, com apego natureza e ao povo.

As inspiraes dos artistas romnticos eram procuradas junto gente simples, numa manifestao antielitista e antiaristocrtica. Pesquisavam-se a cultura popular e o folclore para produzir no s pinturas e esculturas, mas principalmente msica.

Alm disso, a obra romntica tinha um sentido pico. Ressaltava-se o herosmo, o sacrifcio e o sangue derramado nas batalhas ou em disputas amorosas. Todo esse iderio estava relacionado realidade das lutas polticas e sociais da poca.

Literatura, artes plsticas e a msica do sculo XIX

A nova arte potica do perodo teve como um dos grandes representantes o alemo Goethe (1749-1832). Em Fausto, uma de suas principais obras, o enaltecimento das liberdades individuais era o tema presente e que se repetiu em todo o seu trabalho.

Os ingleses Coleridge (1772-1834) e Wordsworth (1770-1850) tinham na natureza a base de sua temtica chegando a uma espcie de adorao mstica dos fenmenos naturais.

Na Frana, um dos escritores romnticos mais conhecidos foi Vitor Hugo (1820-1885). Criticou o governo de Napoleo III com o livro Napoleo, o Pequeno e denunciou a situao de penria dos pobres com Os miserveis.

A novela de folhetim marcou a maior parte da produo literria da poca. Os textos eram publicados em captulos, veiculados pelos jornais. A comdia humana, de Balzac (1799-1850), pode ser considerado um dos melhores exemplos do gnero. Outro exemplo foi Alexandre Dumas com Os trs mosqueteiros. O mesmo se pode dizer do popular O vermelho e o negro, de Stendhal (1793-1842), que descreve a sociedade francesa s vsperas da revoluo de 1830.

Inicialmente, o tema constante na produo das artes plsticas, foi a Revoluo francesa e o Perodo Napolenico. Esses temas histricos eram reinterpretados pelos artistas atravs da recriao do classicismo greco-romano. Basta lembrar os arcos do triunfo e as colunas que Napoleo mandou construir.

Pode-se dizer que Jacques-Louis David (1746-1828) transformou-se no artista oficial da Revoluo Francesa. David mortalizou, em famoso quadro, o assassinato de Jean-Paul Marat, um dos lderes da Revoluo Francesa. Ainda na Frana, destacaram-se Eugne Delacroix (1798-1863) e Ingres (1780-1867).

Na segunda metade do sculo XIX, a pintura europia sofreu uma verdadeira revoluo por meio do movimento chamado impressionismo. Os pintores impressionistas procuravam captar o cotidiano da vida urbana e do campo. Como o prprio nome do movimento sugere, os pintores procuravam captar as impresses dos efeitos da luz na cena desejada. Os pintores mais importantes desse movimento foram Edouard Manet, Claude Monet, Renoir, Czanne, Degas, entre outros.

O virtuosismo do perodo anterior foi, de certa forma, substitudo por uma interpretao mais emocional. A msica para os romnticos no era s uma obra de arte, mas um meio para comunicar o estado da alma.

Os compositores romnticos captaram o momento poltico interpretando-o atravs de suas msicas. Um dos compositores que demonstraram de forma notvel essa relao foi Richard Wagner (1813-1883). Quando Wagner comps Lohengrin, havia recebido forte influncia dos socialistas utpicos e da revoluo de 1848.

O nacionalismo marcou a produo musical do perodo. As peras de Rossini, Bellini e Verdi so um apelo unificao da Itlia. A Rapsdia hngara, de Liszt, e as Polonaises, de Chopin, so verdadeiros panfletos de nacionalismo.

A pera, enfim, significou a passagem da msica de cmara para a msica dos grandes teatros. Prenunciava-se a participao de um pblico maior nos espetculos artsticos.