aspectos geolÓgicos e tecnolÓgicos do granito preto ...€¦ · são paulo, unesp, geociências,...

10
São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO PIRACAIA – SP Antonio Misson GODOY 1 & Júlio César de Pinheiro ARRAIS 2 (1) Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP. Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro, SP. Endereço eletrônico: [email protected]. (2) Curso de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP. Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro, SP. Introdução Geologia Local Controle Estrutural Caracterização Tecnológica Conclusões Referências Bibliográficas RESUMO – A rocha ornamental chamada Granito Preto Piracaia constitui o nome comercial dos monzonitos ineqüigranulares de granulação fina, fina/média e média a localmente porfiríticos, de coloração cinza a cinza-escura do Maciço Piracaia. São rochas homogêneas, mas apresentam localmente pequenas variações composicionais. Encontram-se cortadas por veios de composições quartzo-feldspáticas, quartzosas ou sieníticas. As rochas apresentam fraca anisotropia, definida por uma foliação milonítica NE-SW de médio a alto ângulo e famílias de fraturas que apresentam orientações principais NNE-SSW/subvertical, E-W/subvertical, NW-SE/subvertical e suborizontal. Localmente apresentam-se fortemente orientadas, próximas às zonas de falhas. Os parâmetros tecnológicos físicos e físico-mecânicos e petrográficos do Monzonito Piracaia são próximos ou superam os valores médios dos melhores “granitos pretos brasileiros”, permitindo classificá-lo como ideal para revestimento em ambientes internos ou externos. Homogeneidade, coloração escura e fraca alterabilidade dos minerais constituintes valorizam o padrão estético como rocha ornamental. Palavras-chave: Monzonitos Piracaia, granito preto, rochas ornamentais. ABSTRACT – A.M. Godoy & J.C. de P. Arrais – Geological and technological aspects of the Piracaia Black Granite – SP. The dimension stone named Piracaia Black Granite constitutes the commercial label of the fine to coarse inequigranular monzonites, locally with porphyritic fabric, and medium to dark gray colored from the Piracaia Massif. The rocks are homogeneous, but locally they are cut by quartz-feldspatic, quartzose or syenitic veins. A weak anisotropy is defined by a mylonitic NE-SW foliation with medium to high dip angle. The sets of fractures show preferred orientations around NNE-SSW/subvertical, E-W/subvertical, NW-SE/sub-vertical and sub- horizontal, locally intense fractured close to fault zones. The physical and physical-mechanical, and the petrographic parameters of the Piracaia monzonites are close or ever better than the average values of the best “Brazilian Black Granites”, allowing to consider this rock as ideal to be used as a dimension stone both for internal and external environments. Homogeneity, dark color and weak alteration of the constituent minerals contribute to value the visual appearance and aesthetic pattern of the dimension stone. Keywords: Piracaia Monzonites, black granite, dimension stones. INTRODUÇÃO As rochas ornamentais e de revestimento, também designadas pedras naturais, rochas dimensionais e materiais de cantaria, definem na atualidade uma das mais promissoras áreas do setor mineral. Este cres- cimento resulta da diversificação dos produtos, de novas utilizações das rochas ornamentais e de reves- timentos e das novas tecnologias que aprimoram a exploração e otimização da produção. A junção destes fatores resulta em redução dos custos destes produtos, mas o mercado consumidor requer uma padronização das características tecnológicas das rochas ornamentais utilizadas, possibilitando assim um melhor aproveitamento e segurança na utilização das rochas. Neste sentido, os estudos visam a caracterização tecnológica dos monzonitos e monzodioritos da jazida comercialmente denominada Granito Preto Piracaia, com Alvará de Pesquisa no Ministério das Minas e Energia de n o 47, de janeiro de 1972, a partir de estudos geológicos, petrográficos, estruturais e dos ensaios físico- mecânicos da rocha, fundamentais para sua utilização correta e econômica. A jazida Granito Preto Piracaia insere-se no Maciço Monzonítico-Monzodiorítico Piracaia (Janasi, 1986; Artur et al., 1991; Wernick et al., 1997). O maciço situa-se nos arredores da cidade homônima, no nordeste do Estado de São Paulo, constituindo um corpo com forma de gota alongada orientada segundo N30E, medindo cerca de 14,5 km de extensão e largura máxima de 3,5 km, com uma área de exposição da ordem de 28 km 2 . Encontra-se embutido entre os granitos cálcio-alcalinos do Complexo Granitóide Socorro e rochas metassedimentares de médio grau metamórfico do Complexo Itapira (Figura 1).

Upload: others

Post on 01-May-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 2 1

ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOSDO GRANITO PRETO PIRACAIA – SP

Antonio Misson GODOY 1 & Júlio César de Pinheiro ARRAIS 2

(1) Departamento de Petrologia e Metalogenia, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP.Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro, SP. Endereço eletrônico: [email protected].

(2) Curso de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, UNESP.Avenida 24-A, 1515 – Bela Vista. CEP 13506-900. Rio Claro, SP.

IntroduçãoGeologia LocalControle EstruturalCaracterização TecnológicaConclusõesReferências Bibliográficas

RESUMO – A rocha ornamental chamada Granito Preto Piracaia constitui o nome comercial dos monzonitos ineqüigranulares degranulação fina, fina/média e média a localmente porfiríticos, de coloração cinza a cinza-escura do Maciço Piracaia. São rochas homogêneas,mas apresentam localmente pequenas variações composicionais. Encontram-se cortadas por veios de composições quartzo-feldspáticas,quartzosas ou sieníticas. As rochas apresentam fraca anisotropia, definida por uma foliação milonítica NE-SW de médio a alto ângulo efamílias de fraturas que apresentam orientações principais NNE-SSW/subvertical, E-W/subvertical, NW-SE/subvertical e suborizontal.Localmente apresentam-se fortemente orientadas, próximas às zonas de falhas. Os parâmetros tecnológicos físicos e físico-mecânicos epetrográficos do Monzonito Piracaia são próximos ou superam os valores médios dos melhores “granitos pretos brasileiros”, permitindoclassificá-lo como ideal para revestimento em ambientes internos ou externos. Homogeneidade, coloração escura e fraca alterabilidade dosminerais constituintes valorizam o padrão estético como rocha ornamental.Palavras-chave: Monzonitos Piracaia, granito preto, rochas ornamentais.

ABSTRACT – A.M. Godoy & J.C. de P. Arrais – Geological and technological aspects of the Piracaia Black Granite – SP. The dimensionstone named Piracaia Black Granite constitutes the commercial label of the fine to coarse inequigranular monzonites, locally withporphyritic fabric, and medium to dark gray colored from the Piracaia Massif. The rocks are homogeneous, but locally they are cut byquartz-feldspatic, quartzose or syenitic veins. A weak anisotropy is defined by a mylonitic NE-SW foliation with medium to high dipangle. The sets of fractures show preferred orientations around NNE-SSW/subvertical, E-W/subvertical, NW-SE/sub-vertical and sub-horizontal, locally intense fractured close to fault zones. The physical and physical-mechanical, and the petrographic parameters of thePiracaia monzonites are close or ever better than the average values of the best “Brazilian Black Granites”, allowing to consider this rockas ideal to be used as a dimension stone both for internal and external environments. Homogeneity, dark color and weak alteration of theconstituent minerals contribute to value the visual appearance and aesthetic pattern of the dimension stone.Keywords: Piracaia Monzonites, black granite, dimension stones.

INTRODUÇÃO

As rochas ornamentais e de revestimento, tambémdesignadas pedras naturais, rochas dimensionais emateriais de cantaria, definem na atualidade uma dasmais promissoras áreas do setor mineral. Este cres-cimento resulta da diversificação dos produtos, denovas utilizações das rochas ornamentais e de reves-timentos e das novas tecnologias que aprimoram aexploração e otimização da produção.

A junção destes fatores resulta em redução doscustos destes produtos, mas o mercado consumidorrequer uma padronização das característicastecnológicas das rochas ornamentais utilizadas,possibilitando assim um melhor aproveitamento esegurança na utilização das rochas. Neste sentido, osestudos visam a caracterização tecnológica dosmonzonitos e monzodioritos da jazida comercialmentedenominada Granito Preto Piracaia, com Alvará de

Pesquisa no Ministério das Minas e Energia de no 47,de janeiro de 1972, a partir de estudos geológicos,petrográficos, estruturais e dos ensaios físico-mecânicos da rocha, fundamentais para sua utilizaçãocorreta e econômica.

A jazida Granito Preto Piracaia insere-se noMaciço Monzonítico-Monzodiorítico Piracaia (Janasi,1986; Artur et al., 1991; Wernick et al., 1997). O maciçositua-se nos arredores da cidade homônima, nonordeste do Estado de São Paulo, constituindo um corpocom forma de gota alongada orientada segundo N30E,medindo cerca de 14,5 km de extensão e larguramáxima de 3,5 km, com uma área de exposição daordem de 28 km2. Encontra-se embutido entre osgranitos cálcio-alcalinos do Complexo GranitóideSocorro e rochas metassedimentares de médio graumetamórfico do Complexo Itapira (Figura 1).

Page 2: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 22

FIGURA 1. Mapa geológico esquemático do Maciço Piracaia. Modificado de Janasi (1986).

O maciço foi estudado inicialmente por Cavalcante& Kaefer (1974) e Campos Neto & Artur (1983). Umaabordagem mais detalhada foi executada por Janasi(1986) e Janasi & Ulbrich (1987) e complementadapor Artur et al. (1993, 1994a). Os estudos geológicos,petrográficos, mineralógicos e geoquímicos são devidoprincipalmente a Cavalcante & Kaefer (1974),Campos Neto & Artur (1983), Janasi (1986), Janasi& Ulbrich (1987), Artur et al. (1991, 1993, 1994a, b) eWernick et al. (1996, 1997).

Janasi (1986) reconheceu para o maciço cercade trinta fácies petrográficas que foram reunidas porJanasi & Ulbrich (1987) em seis associações de fáciesmapeáveis na escala 1: 25.000. Entre as rochas domaciço dominam os dioritos, quartzo dioritos, monzo-dioritos, quartzo monzodioritos, monzonitos e quartzomonzonitos, ao lado de álcali-sienitos, quartzo-álcali-sienitos e álcali-granitos. Estas rochas incluem termostexturais eqüigranulares de granulação muito fina, fina,média e grossa, ineqüigranulares e porfiríticos.

Page 3: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 2 3

O efeito da deformação regional principal refe-rente à fase de transcorrência Dn+1 é marcante,responsável tanto pelo formato alongado do maciço

quanto pela geração de uma foliação tectônica maisou menos intensa e presente em quase todas as rochasdo maciço.

GEOLOGIA LOCAL

A área da jazida de rochas ornamentais do GranitoPreto Piracaia está localizada a cerca de 2 km a norteda cidade de Piracaia, no Sítio Boa Vista,apresentando-se caracterizada por um espesso mantode intemperismo com cobertura vegetal e afloramentosde rochas frescas dispersas na forma de matacões elajedos. Os matacões geralmente exibem formatosovalados e alongados com dimensões variadas, expostospor erosão ou por decorrência de explorações daspedreiras em épocas anteriores a este estudo.

O Granito Preto Piracaia é constituído por rochasde composição predominantemente monzonítica alocalmente monzodiorítica, ineqüigranulares comvariedades de granulação fina, fina/média e média,apresentando localmente feições porfirítica, definidapela presença de esparsas ripas de plagioclásio brancoa rosado com dimensões de até 1,5 cm. Apresentamcoloração cinza-clara a cinza-escura, com índice decoloração variando desde 30% até cerca de 40%. Nostrês tipos de monzonitos descritos ocorrem freqüente-mente variações locais denotadas por manchasalongadas e, em menor intensidade e localmente, pordiques de coloração rósea de composição sienítica e/ou feldspática. Observa-se ainda a presença de filetese raramente veios mais longos, normalmente descon-tínuos de espessuras subcentimétricas a centimétricasde composição sienítica e quartzo-sienítica.

As principais feições que distinguem as trêsvariedades faciológicas são incipientes, dadas pelavariação na granulação das rochas, teor de plagioclásioe presença dos tipos de anfibólios. Para as análisespetrográficas levou-se em consideração a norma NBR12768 (ABNT, 1992a), e as características petrográ-ficas das diferentes variedades faciológicas estãodescritas abaixo. Estas características encontram-sedetalhadas em Arrais (2001) e Arrais et al. (2002).

A variedade de granulação fina ou grana fina(Figura 2) é formada por rochas de composição mon-zonítica, ineqüigranulares, de coloração cinza-escuracom finas porções dispersas de cor rosa-esbranquiçada,definidas por concentrações de feldspatos que podematingir até 2,0 mm. Exibem granulação entre0,2-2,0 mm, média entre 0,3-0,5 mm; os contatos entreos grãos são predominantemente do tipo côncavo-convexo, às vezes plano; o microfissuramento émoderado, representado por microfraturas não preen-chidas, isoladas e predominantemente intragranulares,dispostas de forma mais ou menos orientada.

Geralmente apresentam discreta anisotropia definidaprincipalmente pela sutil orientação de biotitas, que podeser mais intensa devido a zonas de deformaçãolocalizadas. Os minerais que compõem estas rochassão principalmente plagioclásio do tipo andesina,microclínio, biotita e, secundariamente, hornblenda,além de quartzo, titanita, apatita, epidoto, mineraisopacos, carbonatos, sericita e clorita. As transfor-mações minerais expressam-se pela saussuritização doplagioclásio e cloritização incipiente das bordas dasbiotitas e anfibólios.

FIGURA 2. Monzonitos Piracaia – variedade grana fina.

A variedade de granulação fina média ougrana fina/média (Figura 3) é constituída por rochasde composição monzonítica, ineqüigranulares, decoloração cinza-escura, granulação fina a média (0,2-3,0 mm), com predominância dos cristais entre 0,5-0,7 mm, ocorrendo freqüentemente cristais tabularesde feldspatos de cores brancas a rosada atingindo até1,5 cm. O processo de microgranulação dos cristais éfreqüente, principalmente do plagioclásio e microclínio.O tipo de contato que prevalece entre os cristais é dotipo côncavo-convexo, podendo ocorrer também oplano. A anisotropia é incipiente ou localizada, verificadaprincipalmente através de fraturas descontínuaspreenchidas por um material muito fino de coloraçãocinza-escura, resultado da fragmentação de mineraismáficos, definindo um padrão amendoado (pseudo-taquilito). A composição mineralógica destas rochas émuito semelhante à da variedade de granulação fina,com a ocorrência de hornblenda.

Page 4: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 24

FIGURA 3. Monzonitos Piracaia – variedade grana fina/média.

A variedade de granulação média ou granamédia (Figura 4) é representada por rochas de com-posição monzonítica, ineqüigranulares, de coloraçãocinza-média com tons rosa-esbranquiçados, configu-rando típica textura sal e pimenta. Apresentam granu-lação entre 0,3-4,0 mm, com predominância entre 0,5-0,8 mm, contendo alguns cristais esparsos pela rochaque podem atingir até 4,0 mm. O tipo de contato queprevalece entre os cristais é o côncavo-convexo,podendo ocorrer o tipo plano. O microfissuramento é FIGURA 4. Monzonitos Piracaia – variedade grana média.

moderado, caracterizado como fraturas não preenchi-das, intragranulares e não comunicáveis, as quaisseguem uma orientação preferencial dentro dos mine-rais, atingindo maiores proporções nas porções maisdeformadas. Apresentam leve anisotropia, maisacentuada do que nas duas variedades anteriores,realçadas pelos seus constituintes maiores. A compo-sição é muito semelhante à da variedade de granulaçãofina/média, inclusive com a presença de hornblenda.

CONTROLE ESTRUTURAL

O quadro estrutural pode ser sintetizado pelasprincipais estruturas planares e lineares do maciçorochoso, que exercem parcialmente o controle de des-monte e tamanho dos blocos a serem explorados, bemcomo aquelas feições associadas às deformaçõesregionais de caráter dúctil-rúptil, que controlam e dire-cionam o padrão de corte e definem a homogeneidade/heterogeneidade da rocha quanto ao padrão estético.

O maciço rochoso apresenta-se no geral comfraca anisotropia, definida por foliação milonítica tardia,localmente proeminente nas zonas de maior defor-mação, em função do caráter heterogêneo e anas-tomosado destas zonas de cisalhamento. A foliação,caracterizada regionalmente como Sn+1, apresentauma orientação geral de NE-SW, com mergulhos dealto a médio ângulo. O quadro de foliação é associadoà influência regional da Zona de Cisalhamento deExtrema, caracterizada como de movimentação

preferencial transcorrente destra (Janasi, 1986).Associadas a esta fase observam-se dobras intra-foliais Dn+1.

O arranjo geométrico portador de lineação mineralde baixo ângulo, direcional, também aponta nestesentido. A variação tanto na direção quanto no mergulhodas feições estruturais é interpretada como resultadode pequenos movimentos de grandes blocos de rocha,desconectados do maciço principal.

O estudo do fraturamento permitiu identificar ereconhecer várias famílias de fraturas, sendo maismarcante o conjunto de fraturas direcionado em tornode NNE/subvertical. Os outros conjuntos podem serexpressos em termos gerais pelas direções aproxi-madas E-W e NW-SE, nesta ordem de importância.Ainda se verifica o fraturamento suborizontal que estáassociado às fraturas de alívio de carga (sheeting),subparalelas à topografia.

CARACTERIZAÇÃO TECNOLÓGICA

A análise comparativa entre os resultados obtidosdos diferentes ensaios tecnológicos e os parâmetrospré-fixados pelas normas possibilita a quantificação equalificação dos materiais.

No Brasil, a Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT) é a entidade normalizadora dos parâ-metros de qualificação de rochas ornamentais, sendoque normas de outras associações, como a da American

Page 5: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 2 5

Society for Testing and Materials (ASTM), são utiliza-das principalmente para comparações dos resultadosobtidos para o Granito Preto Piracaia (IPT, 2000 eGodoy et al., 2002).

A Tabela 1 mostra os resultados médios dosprincipais ensaios tecnológicos realizados nos três tipospetrográficos comercializados como Granito PretoPiracaia, caracterizados por variações texturais e repre-sentados pela variedade de granulação fina ou granafina, de granulação fina/média ou grana fina/média, ede granulação média ou grana média. A Tabela 1apresenta os resultados das análises realizadas no

Laboratório de Rochas Ornamentais do DPM/ ICGE/UNESP, além dos valores limítrofes dos ensaiostecnológicos especificados pela norma C 615 da ASTM(1992) e os sugeridos por Frazão & Farjallat (1995)para rochas graníticas utilizadas como rochas orna-mentais e de revestimentos. Estes valores sugeridosforam utilizados como parâmetros balizadores emtermos comparativos e da avaliação qualitativa dastrês variedades petrográficas do Granito PretoPiracaia. A Tabela 2 apresenta os parâmetros deensaios tecnológicos de granitos ornamentais pretosbrasileiros.

TABELA 1. Resultados dos ensaios físicos e mecânicos do Granito Preto Piracaia e parâmetros limítrofesespecificados para granitos ornamentais para revestimento. Norma C 615 (ASTM, 1992) e Frazão & Farjallat (1995).

TABELA 2. Ensaios tecnológicos: (1) Preto Piracaia (hornblenda-biotita monzodiorito). (2) Preto Apiaí (gabro). (3) PretoBragança (quartzo monzonito). (4) Cofresa (olivina gabro). (5) São Gabriel (norito) (6) Preto Total (gabronorito).

Page 6: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 26

Os resultados obtidos dos ensaios tecnológicos doGranito Preto Piracaia, que se encontram sintetizadosnas Figuras 5 e 6, apresentam as correlações entreos resultados dos ensaios obtidos. As figuras mostramque os parâmetros analisados situam-se dentro doslimites padrões estabelecidos pelas normas vigentese que às vezes, superam os valores médios dosmelhores granitos pretos brasileiros, obedecendosatisfatoriamente os valores limites fixados pela norma

C 615 da American Society for Testing Materials(ASTM) para granitos utilizados em revestimento,quer para ambientes internos, quer para externos. Osparâmetros obtidos para os monzonitos Piracaiasatisfazem plenamente e refletem a adequação dosmateriais estudados para o uso como rochaornamental em quaisquer situações, como porexemplo, revestimentos e pavimentos externos einternos.

FIGURA 5. Síntese dos ensaios tecnológicos do Granito Preto Piracaia.

Page 7: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 2 7

FIGURA 6. Correlação dos ensaios tecnológicos do Granito Preto Piracaia.

No geral os resultados de índice físicos e físico-mecânicos fornecidos pelas rochas do Granito PretoPiracaia mostram boas correlações com os aspectospetrográficos (mineralógicos, texturais e estruturais)exibidas pelas três variedades estudadas e abaixocomentadas.

Segundo a norma NBR 12766 (ABNT, 1992b),os valores obtidos para os ensaios de índices físicos,de massa específica aparente, porosidade e absorção

d’água aparente, apresentam-se dentro dos limitesesperados. Os valores de massa específica aparentesão semelhantes para as três variedades de rochasestudadas e refletem a similaridade composicional entreos referidos tipos petrográficos, sendo que a massaespecífica pouco mais elevada para a variedade degrana fina deve-se ao seu maior teor de mineraismáficos. A porosidade aparente e a absorção d’águados três tipos analisados apresentam-se no geral baixos,

Page 8: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 28

sendo que a grana média ostenta valores discretamentemaiores, considerados como decorrentes da sua granu-lação pouco mais grossa e, principalmente, devido àfoliação mais pronunciada em relação aos outros tipospetrográficos. Os bons resultados dos índices físicosfornecidos pelos referidos materiais refletem: ahomogeneidade petrográfica da rocha; os bons entre-laçamentos minerais, caracterizados por cerca de 85%de contatos dos tipos côncavo-convexos e imbricados;o baixo grau de microfissuramento intergranular; agranulação geral relativamente fina das três variedadesde rochas estudadas. Os baixos índices de porosidadee absorção d’água, aliados à composição mineralógicadesses materiais, permitem qualificar estas rochascomo bastante resistentes ao ataque de líquidosagressivos.

A Figura 6A mostra a correlação direta que existeentre as propriedades de porosidade aparente versusabsorção d’água, onde se tem que quanto mais porosofor o material, maior será sua capacidade de absorçãod’água dos subtipos.

Os valores de resistência à compressão uniaxialdas três variedades analisadas, obtidas segundo a normaNBR 12767 (ABNT, 1992c), apresentam boa resposta,o que reflete a elevada coesão exibida pelas rochas eque pode ser atribuída ao bom entrelaçamento dos grãosminerais, baixos grau de microfissuramento e baixa amoderada alteração mineral. Para a variedade de granamédia os menores valores refletem a razão direta damaior granulação e principalmente a anisotropia maisacentuada deste material. Os resultados obtidos paraa rocha de grana fina divergem dos resultados espe-rados, são menores em relação aos da rocha de granafina/média, fato este creditado ao seu microfissu-ramento pouco mais pronunciado.

Os valores de resistência à flexão três pontosmostram-se diretamente dependentes das relaçõestexturais e estruturais exibidas pelos materiais rochosos.Os ensaios foram efetuados segundo a norma NBR12763 (ABNT, 1992d). Neste ensaio, os resultadosapresentados pelas três fácies foram muito satisfatórios,superiores aos limites estabelecidos pela norma C 615da ASTM (1992), de >10,34 MPa, e aos da média doslimites sugeridos por Frazão & Farjallat (1995).Entretanto, a rocha de grana média apresenta um valorinferior à média aferida para os demais materiais pretosbrasileiros (normalmente superiores a 20 MPa), o quedeve estar relacionado com a estrutura moderadamentefoliada exibida por esta variedade petrográfica, feiçãovisualizada na correlação da Figura 6B.

Os valores da resistência à flexão quatro pontossão igualmente elevados e refletem a alta resistênciamecânica destas rochas. Os ensaios foram efetuadossegundo as normas C 880 (ASTM, 1980). O melhor

valor é o exibido pela rocha de grana fina, sendo que oresultado relativamente menor fornecido pela variedadede grana média deve-se a semelhança dos resultadosdos ensaios de flexão três pontos e de compressãouniaxial aos efeitos da estrutura foliada mais evidentedeste tipo petrográfico. A variedade de grana médiaapresenta elevados valores com relação a porosidadeaparente e, consequentemente menor resistência aesforços mecânicos (Figura 6C).

Os valores dos ensaios de desgaste abrasivoAmsler, realizados segundo a norma NBR 12042(ABNT, 1992e) apresentam bons resultados do pontode vista tecnológico, com valores de desgaste próximosao máximo sugerido por Frazão & Farjallat (1995). Osdesgastes relativamente elevados relacionam-se aausência e/ou baixíssimos teores de quartzo (no máximoentre 1 e 2% de quartzo intersticial). Por outro lado, osvalores ainda considerados como muito bons para estesmateriais refletem a granulação relativamente fina e ahomogeneidade textural exibida por estas rochas e, emtermos gerais, resultam também do bom entrelaçamentodos seus minerais, discreto grau de microfissuramentointergranular e baixa intensidade da alteração mineral.O valor melhor deste parâmetro para a variedade degrana média é atribuído à presença levemente maisacentuada de quartzo em relação às outras duasvariedades petrográficas. As Figuras 6D e 6E evi-denciam estas propriedades das amostras.

Os valores de impacto do corpo duro situam-se namédia aferida para os granitos pretos brasileiros. Osensaios foram executados segundo diretrizes da normaNBR 12764 (ABNT, 1992f). Devemos considerar queos fatores determinantes na resistência ao fraturamentopor impacto relacionam-se principalmente à granulaçãoda rocha, microfissuramento mineral e presença deestruturas planares, tais como foliação e gnaissificação.Os resultados são satisfatórios, sendo que a rocha degranulação mais fina é mais resistente ao impacto doque rocha de grana média, com anisotropia mais evidente,como era esperado para este ensaio, visualizado nacorrelação das Figuras 6F e 6G.

Os valores das velocidades de propagação dasondas ultra-sônicas, realizados com base nas norma-tivas da norma D 2845 (ASTM, 1990), estão dire-tamente relacionados com a granulação da rocha,entrelaçamento mineral e com o grau de anisotropiado material rochoso. Os resultados fornecidos pelastrês variedades monzoníticas situam-se bem acima dovalor limítrofe mínimo sugerido por Frazão & Farjallat(1995). A rocha de grana média exibe o menor valor, oque se deve a sua anisotropia estrutural e maior granu-lação em relação aos outros dois tipos petrográficos.

A análise da Figura 6H mostra que quanto maisporoso for o material analisado, menor será a veloci-

Page 9: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 2 9

dade de propagação de ondas ultrassônicas atravésdesse corpo. Os valores referentes a resistência àflexão quatro pontos versus velocidade do pulsoultrassônico são simétricos e decrescem da grana finapara a média e encontram-se expressos na Figura 6I.A correlação entre essas duas propriedades determina

que quanto maior resistência do material aos esforçosfletores, maiores serão os valores de velocidade depropagação de ondas. Esses resultados mostram-seperfeitamente coerentes em relação à resistência físico-mecânica e às respectivas características petrográficasapresentadas pelos litotipos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A seqüência litológica presente na área de domínioda pedreira está representada por monzonitos decoloração cinza-média a cinza-escura, de granulaçãofina, fina/média e média, com padrão mais ou menoshomogêneo e pouca alteração dos minerais constituintes,sendo que na variedade de granulação média o padrãotextural tipo sal-e-pimenta são mais evidenciados. Estesaspectos composicionais texturais são fatores quepropiciam a utilização dos monzonitos Piracaia, comorochas ornamentais. Os aspectos negativos estãoassociados à presença de veios e de feições locaisporfiríticas que levam à desvalorização dos blocos, emrazão da perda de homogeneidade da rocha.

Estruturalmente o maciço monzonítico apresenta-se geralmente com uma fraca anisotropia, definida poruma foliação milonítica tardia, caracterizada regio-nalmente como Sn+1, associada à Zona de Cisalha-mento Extrema, com mergulhos de alto a médio ânguloe direção geral NE-SW. As famílias de fraturas/juntasapresentam três direções predominantes subverticais,sendo mais marcante o conjunto de fraturas direcionadoem torno de NNE-SSW. Os outros conjuntos podemser expressos em termos gerais pelas direções aproxi-madas E-W e NW-SE, nesta ordem de importância, euma principal com padrão suborizontal (sheeting).

Os parâmetros de ensaios tecnológicos dos mon-

zonitos Piracaia foram obtidos para as amostras degranulação fina, fina/média e média, conforme abaixorelacionado:• quanto aos índices físicos, os valores obtidos foram,

respectivamente: massa específica aparente (2,877,2,836 e 2,827 kg/m3); porosidade aparente (0,34%,0,35% e 0,38%) e absorção d’água aparente (0,12%,0,12% e 0,13%);

• quanto aos mecânicos, os valores obtidos foram:resistência à compressão uniaxial (210,4; 225,7 e204,9 MPa); resistência à flexão 3 pontos (24,85;28,61 e 15,09 MPa); resistência à flexão quatropontos (23,40; 21,10 e 16,49 MPa); resistência aodesgaste abrasivo Amsler (0,98; 0,83 e 1,01 mm);resistência ao impacto do corpo duro (66; 63 e67 cm); velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas (5.455; 5.318 e 5.183 m/s).Os padrões tecnológicos dos monzonitos Piracaia

apresentam os valores dos parâmetros petrográficos,físicos e físico-mecânicos próximos e às vezessuperiores aos valores médios dos melhores GranitosPretos Brasileiros e obedecem satisfatoriamente aosvalores limítrofes fixados pela norma C 615 (ASTM,1992) e àqueles sugeridos por Frazão & Farjallat (1995)para granitos utilizados em revestimento, quer paraambientes internos quer para externos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Rochas para revestimento. Análisepetrográfica. Norma ABNT – NBR 12.768, 1992, (a), 2 p.

2. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Rochas para revestimento. Determinação damassa específica aparente, porosidade aparente eabsorção d’água aparente. Norma ABNT – NBR 12.766,1992, (b), 2 p.

3. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Rochas para revestimento. Determinação daresistência à compressão uniaxial. Norma ABNT – NBR12.767, 1992, (c), 2 p.

4. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Rochas para revestimento. Determinaçãoda resistência à flexão. Norma ABNT – NBR 12.763,1992, (d), 3 p.

5. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Materiais inorgânicos. Determinação do

desgaste por abrasão. Norma ABNT – NBR 12.042,1992, (e), 3 p.

6. ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMASTÉCNICAS. Rochas para revestimento. Determinação daresistência ao impacto de corpo duro. Norma ABNT –NBR 12.764, 1992, (f), 2 p.

7. ARRAIS, J.C.P. Estudo do Granito Preto Piracaia – SP,para utilização como rocha ornamental. Rio Claro, 2001.137 p. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Instituto deGeociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista.

8. ARRAIS, J.C.P.; GODOY, A.M.; GALEMBECK, T.M.B.;MORALES N.; ARTUR, A.C. A importância geológica,petrográfica e estrutural na lavra do Granito Preto Piracaia –SP, para rocha ornamental. Geociências, v. 21, p. 55-64, 2002.

9. ARTUR, A.C.; EBERT, H.D.; WERNICK, E. Magmatismo etectônica no Complexo Socorro (SP/MG). In: SIMPÓSIODE GEOLOGIA DO SUDESTE, 2, 1991, São Paulo. Atas...São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, p. 105-112.

Page 10: ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO PRETO ...€¦ · São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 21 ASPECTOS GEOLÓGICOS E TECNOLÓGICOS DO GRANITO

São Paulo, UNESP, Geociências, v. 23, n. 1/2, p. 21-30, 2004 30

10. ARTUR, A.C.; WERNICK, E.; HÖRMANN, P.K.; WEBER-DIEFENBACH, K. Associações plutônicas do ComplexoGranitóide Socorro (Estados de São Paulo e Minas Gerais, SEBrasil). Geociências, v. 23, n. 3, p. 265-273, 1993.

11. ARTUR, A.C.; WERNICK, E.; SOUZA, S.C.A.; WEBER-DIEFENBACH, K. Tipologia de zircão e quimismo doComplexo Monzonítico-Monzodiorítico Piracaia, SP.Geociências, v. 13, n. 1, p. 167-173, 1994, (a).

12. ARTUR, A.C.; WERNICK, E.; WEBER-DIEFENBACH, K.;HÖRMANN, P.K.; FAHL, F.C. Caracterização geoquímica eevolução do magmatismo Piracaia, SP. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE GEOLOGIA, 38, 1994, Balneário deCamboriú. Anais... Balneário de Camboriú: SociedadeBrasileira de Geologia, 1994, (b), v. 1, p. 119-120.

13. ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING ANDMATERIALS - Standard especification for granitedimension stone. ASTM, C 615, 1992.

14. ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING ANDMATERIALS - Standard test method for flexural strengthof dimensional stone. Norma ASTM, C 880, 1980.

15. ASTM – AMERICAN SOCIETY FOR TESTING ANDMATERIALS. Standard test method for laboratorydetermination of pulse velocities and ultrasonic elasticconstants of rock. Norma ASTM, D 2845, 1990.

16. CAMPOS NETO, M.C. & ARTUR, A.C. A suíte quartzomonzonítica a diorítica de Piracaia, SP. In: SIMPÓSIOREGIONAL DE GEOLOGIA, 4, 1983, São Paulo. Atas...São Paulo: Sociedade Brasileira de Geologia, 1983, p. 47-60.

17. CAVALCANTE, J.C. & KAEFER, L.Q. Complexo Piracaia –estudos preliminares. In: CONGRESSO BRASILEIRO DEGEOLOGIA, 28, 1974, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre:Sociedade Brasileira de Geologia, 1974, v. 5, p. 101-106.

18. FRAZÃO, E.B. & FARJALLAT, J.E.S. Características

tecnológicas das principais rochas silicáticas brasileiras usadascomo pedras de revestimento. In: CONGRESSOINTERNACIONAL DA PEDRA NATURA, 1, 1995, Lisboa.Atas... Lisboa (Portugal), 1995, p. 47-58.

19. GODOY, A.M.; ARRAIS, J.C.P.; ARTUR, A.C.;GALEMBECK, T.M.B. Padrão Tecnológico do Granito PretoPiracaia – SP, como rocha ornamental. In: SIMPÓSIO DEROCHAS ORNAMENTAIS DO NORDESTE, 3, 2002,Recife. Anais... Recife: ISBN 85-7227-173-2. CDD-553, 2002,v. 1, p. 43-48.

20. IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DOESTADO DE SÃO PAULO. Rochas ornamentais e derevestimento do Estado de São Paulo. In: Frascá, M.H.B.O.(Coordenadora), Publicação IPT 2651. CD-ROM, 2000.

21. JANASI, V.A. & ULBRICH, H.G.J. Petrogenesis of themonzodioritic Piracaia Massif, State of São Paulo, southernBrazil: field and petrographic aspects. Revista Brasileira deGeociências, v. 17, n. 4, p. 524-534, 1987.

22. JANASI, V.A. Geologia e petrologia do MaciçoMonzodiorítico-Monzonítico de Piracaia. São Paulo, 1986.281 p. Dissertação (Mestrado em Geociências) – Instituto deGeociências, Universidade de São Paulo.

23. RAMOS, D.C. Alvará de Pesquisa. Brasília: Ministério dasMinas e Energia, 1972.

24. WERNICK, E.; ARTUR, A.C.; FAHL, F.C.; HÖRMANN, P.K.;WEBER-DIEFENBACH, K.O. Magmatismo shoshoníticoPiracaia – SP (SE – Brasil). Instituto de Geociências/USP,Boletim, v. 18, (publicação especial), p. 59-62, 1996.

25. WERNICK, E.; ARTUR, A.C.; HÖRMANN, P.K.; WEBER-DIEFENBACH, K.; FAHL, F.C. O magmatismo alcalinopotássico Piracaia, SP (SE Brasil): aspectos composicionais eevolutivos. Revista Brasileira de Geociências, v. 17, n. 1,p. 53-66, 1997.