assepsia e antissepsia
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Antissepsia, Assepsia e Esterilização
Prof. Fernando de Oliveira Dutra
Cir. Ap. Digestivo - CBCD
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Evolução da Assepsia
Inacio Felipe Semmelweis (1846)
• Medico Obstetra hungaro que nasceu em 1818, conseguiudiminuir drasticamente a taxa de mortalidade por sepsis(febre) puerperal em seu hospital mediante a determinacaode que os obstetras lavassem as maos (hipoclorito) antes de atender aos partos (em 1946).
Acabou morrendo em 1865, em consequencia de uma infeccao que ele mesmo provocou cortando-se com um bisturi contaminado para demonstrar sua teoria.
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Evolução da Assepsia
Lister - 1865
• Defendia uso de antiséptico nas mãos
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Evolução da Assepsia
Pasteur (1870)
•Pasteurização (fervia osinstrumentais)
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Evolução da Assepsia
Neuber (1882)
•Avental cirúrgico
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Evolução da Assepsia
O uso das luvas cirurgicas na sala de operacoes foipopularizado por William Stewart Halsted (1889).
• Em 1889, as luvas cirurgicas foram introduzidas no Johns Hopkins Hospital em Baltimore, EUA, porque a enfermeira-chefe do centro cirurgico (e sua futura esposa) Caroline Hampton desenvolveu uma dermatite pelo uso da solucao usada para desinfetar as maos e os bracos.
Tal fato levou Halsted a solicitar a Goodyear Rubber Company que produzisse luvas finas que nao interferissemcom a necessaria sensibilidade.
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Evolução da Assepsia
Schimmelbusch (1891)
•Padronização da antissepsia das mãos
Radecki (1896)
•Uso de Máscara Cirúrgica
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Importância
Hospital – insalubre (hospadeiros maissuscetíveis X microorganismos maisresistentes)
Risco de infecção:
• Microorganismos (virulência, número, resistência)
• Hospedeiros (sistema imunológico)
• Ambiente
• Equipe de saúde
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“A infecção é uma complicaçãoinerente ao ato cirúrgico e se faznecessário um grande esforço paramantê-la sob controle e em níveisaceitáveis, dentro dos padrôes de umadeterminada instituição hospitalar, de tal modo que a análise de seus índicesconstitui, hoje, um parâmetro de controle de qualidade do serviçoprestado por um hospital.”
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Vias de Contaminação
A via Direta
• Através de contato direto com o receptor, transmitindo microorganismos a partir da face, pele, vias respiratórias, intestinais, genitais, ou através de qualquer outra lesão em atividade, como um furúnculo, uma ferida contaminada, etc.
A via Indireta
• Parte do portador ou da lesão ativa, e através de um terceiro elemento transmite-se ao receptor. O veículo pode ser o ar, poeira, roupas, utensílios, insetos, etc.
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Definições
Limpeza
• Remoção de sujidades orgânicas e inorgânicas,
• Redução da carga microbiana presente nos produtospara saúde
• Utiliza água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio de ação mecânica (manual ouautomatizada)
• Atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manusesio e preparado para desinfecção ou esterilização.
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Definições
Degermação
•Diminuição do número de microorganismos patogênicosou não, após a escovação da pele com água e sabão.
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Definições
Assepsia
• É o processo pelo qual se consegue afastar os microorganismos de um determinado ambiente, objeto ou campo operatório.
• São manobras realizadas com o intuito de manter o doente e o meio ambientecirúrgico livre de gérmens (Goffi)
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Definições
Antissepsia
• É a eliminação das formas vegetativasde bactérias patogênicas e grandeparte da flora residente da pele oumucosa, através da ação de substânciasquímicas (anti-sépticos).
• É a destruição dos gérmens (Goffi)
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Definições
Desinfecção
•Processo físico ou químico que elimina a maioria dos microorganismos patogênicos de objetos inanimados e superfícies.
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Definições
Esterilização
•É o processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos ou químicos.
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Classificação de SPAULDING (1968)
•NÃO CRÍTICOS
•SEMICRÍTICOS
•CRÍTICOS
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Produtos para saúde Não Críticos
• produtos que entram em contato com pele íntegra ou não entram em contatocom o paciente – LIMPEZA OU DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL
• Ex. Comadre, termômetro, estetoscópio, otoscópio, lençóis, etc.
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Produtos para saúde Semi críticos
• produtos que entram em contato com pele não íntegra ou mucosas íntegrascolonizadas – DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL
• Ex. Inaladores, cânula de guedel, máscara de ambú, endoscópios, etc.
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Produto para a saúde Crítico
• produto para a saúde utilizado emprocedimento invasivo com penetração de pele, mucosas, espaços ou cavidadesestéreis, tecidos subepiteliais e sistemavascular – ESTERILIZAÇÃO
• Ex. Instrumental cirúrgico, borracha de aspiração, cateteres cardiacos, etc.
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Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Desinfecção de alto nível
• É indicada para: Itens semi-críticos.
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Formaldeído, Glutaraldeído, Ácido Peracético, Pasteurizadora, Termodesinfetadora.
Desinfecção de nível intermediário
• Indicado para: Itens não-críticos e superfícies.
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Álcool etílico 70%, fenóis (alta toxicidade, tende ao desuso), hipoclorito de sódio (1.000 ppm de cloro disponível)
Desinfecção de baixo nível
• Agentes desinfetantes disponíveis no mercado: Álcool etílico 70%, fenóis (alta toxicidade, tendendo ao desuso), hipoclorito de sódio (100 ppm de cloro disponível), quaternário de amônio (detergentes)
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• EsterilizaçãoArtigosCríticos
• Desinfecção alto nívelArtigos Semi Críticos
• Desinfecção baixonivel ou Limpeza
Artigos NãoCríticos
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•Físicos
•Químicos
•Físico-químicos.
A desinfecção de artigos pode ser feita por métodos
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Esterilização Física
Calor seco• Incineração: chama (flambagem) e
eletricidade (fulguração).
• Estufa – materiais “secos”• 160ºC ----------- 2 horas
• 140ºC ----------- 3 horas
• 180ºC ----------- 1 hora
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Esterilização Física
Radiação
• Esterilização de artigos termossensíveis (seringa de plástico, agulha hipotérmicas, luvas, fios cirúrgicos) – escala industrial (altos custos)
Rediação ionizantes: raios beta, gama, alfa. Penetrabilidade nos materiais mesmos jáempacotados (ex: fios cirúrgicos, medicamentos)
Radiações não ionizantes: rais ultravioleta, ondascurtas e raios infravermelhos
• Devido a sua baixa eficiência, não recomendado pelo MS desde 1992.
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Esterilização Física
Calor úmido
•Fervura: não é método adequado de esterilização, pois a temperaturamáxima que pode atingir é 100 grausao nível do mar
•Alguns esporos e vírus são resistentes
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Esterilização Física
Vapor sob pressão (Autoclave)
• A ação combinada de temperatura, pressão e da úmidade são suficientes para uma esterilizaçãorápida, de modo que vapor saturado a 750 mmHg e temperatura de 121 graus são suficientes paradestruir os esporos mais resistentes, em 30 minutos.
• Usando-se o vapor saturado a 1150mmhg e 218 graus, o tempo cai para 6 minutos.
• Em casos de emergência, usamos durante 2 minutos a temperatura de 132 graus e 1400 mmHg.
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Esterilização Química
Óxido de etileno (ETO)
• É um gás incolor com ação germicida.
• Indicado para materiais que não toleramtemperaturas elevadas.
• Autorizado pelo Ministério da Saúde como agente para esterilização, portaria 930-1992.
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Esterilização Química
Glutaraldeído
• Propriedades micobactericida, fungicida, esporocida, virucida e bactericida.
• Indicado para endoscópios, equipamentos de anestesia.
• Tóxico e pode ser estocado por até 2 semanas.
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Esterilização Química
Formaldeído
• Indicado para materiaistermo sensíveis
•Necessário 10h de exposiçãoe é tóxico.
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Esterilização
Agentes químicos
• Resolução – RDC n 8, de 27 de fevereiro de 2009
• Fica suspensa a esterilização química por imersão, utilizando agentes esterilizantes líquidos, para o instrumental cirúrgico e produtos para a saúde utilizadosnos procedimentos cirúrgicos e diagnósticos porvideoscopias com penetração de pele, mucosasadjacentes, tecidos subepiteliais e sistema vascular, cirúrgias abdominais e pélvicas convencionais, cirúrgiasplásticas com o auxílio de ópticas, mamoplastias e procedimentos de lipoaspiração.
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Antissépticos
Um antisséptico adequado deve exercer a atividade germicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco oupus, sem irritar a pele ou as mucosas.
Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são os iodos, a cloro-hexidina, o álcool e o hexaclorofeno.
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Produtos para a desinfecção das mãos
Soluções antissépticas com detergentes (degermantes)
• Destinam-se á degermação da pele, removendodetritos e impurezas e realizando antissepsiaparcial
• Ex: Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo) e Solução detergente de cloro-hexidina a 4%, com 4% de álcool etílico
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Produtos para a desinfecção das mãos
Solução alcoólica para anti-sepsia das mãos:
• Solução de álcool iodado a 0,5 ou 1% (álccol etílico a 70% com ou sem 2% de glicerina)
• Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina
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Antissépticos
RESOLUÇÃO – RDC N 42, DE 25 DE OUTUBRO DE 2010
• Dispóe sobre a obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do País, e dá outras providências.
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Antissepsia Cirúrgica
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Escovação
Anvisa, 2007
•3-5 minutos para a primeira cirurgia.
•2-3 minutos para as cirúrgias subsequentes.
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Escovação
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SECAGEM DAS MÃOS
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SECAGEM DAS MÃOS
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SECAGEM DAS MÃOS
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COLOCAÇÃO DO AVENTAL
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COLOCAÇÃO DO AVENTAL
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COLOCAÇÃO DO AVENTAL
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COLOCAÇÃO DO AVENTAL
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Colocação de Luvas Estéreis
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Colocação de Luvas Estéreis
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Colocação de Luvas Estéreis
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Colocação de Luvas Estéreis
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Importante
Convém lembrar que o antisséptico clorexidine aquoso faz a antissepsia, antes de procedimentos invasivos, com um tempo de ação residual de 5 a 6 horas.
Já o álcool a 70% glicerinado tem ação imediata e faz a antissepsia de procedimentos que não necessitam de efeito residual por serem de curta duração.
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Importante
A antissepsia das mãos:
• Unidades de terapia intensiva, berçário de alto risco, unidades de transplantes, hematologia e na realização de pré e de pós-procedimentos e exames invasivos deve serrealizada utilizando-se a mesma técnica de lavagem das mãos, incluindo os antebraços, porém, usando os antissépticos acima citados.
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Importante
Ao utilizar PVPI ou clorexidine não utilizar álcool a 70% imediatamente após, pois este inativa a ação residual dos mesmos.
O uso do PVPI é contraindicado em recém-natos e grandesqueimados devido a sua absorção transcutânea de iodo, podendo acarretar hipertireoidismo.
A clorexidine deve ser utilizada em caso de pacientes oufuncionários alérgicos ao iodo.
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Dúvidas
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BOA CIRURGIA
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BOA CIRURGIA