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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO DO PIAUÍ CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE MEDICINA FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA JOSIAS LUCAS FERREIRA BONA NATHÁLIA CAROLINE TORRES VILHENA 2019 TERESINA - PI

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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO DO PIAUÍ

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE MEDICINA

FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA

JOSIAS LUCAS FERREIRA BONA

NATHÁLIA CAROLINE TORRES VILHENA

2019 TERESINA - PI

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FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM

MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA

JOSIAS LUCAS FERREIRA BONA

NATHÁLIA CAROLINE TORRES VILHENA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Medicina do

Centro Universitário UNINOVAFAPI como

requisito parcial para obtenção do título de

graduado em Medicina.

Orientadora: Profª. MSc. Fernandina

Maria Neiva Santos Fonseca.

2019 TERESINA - PI

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1 Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Uninovafapi, Bloco 12. Endereço: Rua Miguel Arcoverde, 555, Bairro: Noivos, CEP: 64048-330, Teresina - Piauí. E-mail: [email protected]. 2 Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Uninovafapi, Bloco 12. Endereço: Rua Jorn. Helder Feitosa, 1131, Bairro: Ininga, CEP: 64049-905, Teresina – Piauí. E-mail: [email protected]. 3 Professora Mestre no Centro Universitário Uninovafapi. Endereço: Avenida Ininga, 6123, Bairro: Jóquei, CEP: 64048-110, Teresina – Piauí. E-mail: [email protected].

FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM

MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA ASSOCIATED FACTORS TO SMALL FOR GESTATIONAL AGE IN A REFERENCE

PUBLIC MATERNITY

FACTORES ASOCIADOS A LOS PEQUEÑOS PARA LA EDAD GESTACIONAL EN

MATERNIDAD PÚBLICA DE REFERENCIA

Josias Lucas Ferreira Bona1

Nathália Caroline Torres Vilhena2

Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca3

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FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA

RESUMO

O estudo objetivou descrever casos de recém-nascidos pequenos para idade

gestacional (RNPIGs) em maternidade pública. Trata-se de estudo transversal,

observacional e descritivo. Amostra composta por 153 recém-nascidos que se

encontravam abaixo do percentil 10 na curva de Battaglia e Lubchenco, de janeiro a

março de 2019. Utilizou-se ficha preenchida com dados colhidos do prontuário do

recém-nascido. Os resultados evidenciaram que doença hipertensiva específica da

gravidez e hipertensão representaram patologias maternas com maior risco para

nascimento de RNPIG. Pré-eclâmpsia e infecção do trato urinário correspondem

respectivamente a 43,14% e 38,56% das intercorrências encontradas. Houve maior

frequência de RNPIGs do sexo feminino, nascidos à termo e com baixo peso. Faz-se

necessário elaboração de medidas que resultem na prevenção do nascimento de

RNPIG.

Descritores: peso ao nascer, idade gestacional, fatores de risco, assistência pré-

natal.

ABSTRACT

The study objectified to describe cases of small for gestational age (SGA) infants in

public maternity. This is a cross-sectional, observational and descriptive study. Sample

composed of 153 newborns who were below the 10 th percentile in the Battaglia and

Lubchenco curve, from January to March, 2019. A record filled with data from the

newborn's medical records was used. The results showed gestational specific

highblood pressure disease and hypertension represented maternal pathologies with

greater risk for SGA birth. Pre-eclampsia and urinary tract infection answer

respectively to 43.14% and 38.56% of the intercurrences found. Of the SGA infants

there was a higher frequency of female, term and low birth weight infants. It is

necessary to elaborate measures that result in the prevention of the birth of SGA

infants.

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Descriptors: birth weight, gestational age, risk factors, prenatal care.

RESUMEN

El estudio objetivó describir casos de recién nacidos pequeños para edad gestacional

(RNPEGs) en maternidad pública. Se trata de un estudio transversal, observacional y

descriptivo. Una muestra compuesta por 153 recién nacidos que se encontraban por

debajo del percentil 10 en la curva de Battaglia y Lubchenco, de enero a marzo de

2019. Se utilizó una ficha rellenada con datos recogidos del prontuario del recién

nacido. Los resultados evidenciaron que la enfermedad hipertensiva específica de la

gestación e hipertensión representaron patologías maternas con mayor riesgo para el

nacimiento de RNPEG. La preeclampsia e infección del tracto urinario corresponden

respectivamente al 43,14% y al 38,56% de las intercurrencias encontradas. Hubo

mayor frecuencia de RNPEGs del sexo femenino, nacidos a término y con bajo peso.

Se hace necesario elaborar medidas que resulten en la prevención del nacimiento de

RNPEG.

Descriptores: peso al nacer, edad gestacional, factores de riesgo, asistencia prenatal.

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INTRODUÇÃO

Recém-nascidos (RN) que são pequenos para a idade gestacional (PIG)

começaram a despertar interesse por pediatras e neonatologistas após observarem

que os recém-nascidos classificados segundo o peso ao nascer, como pequenos,

adequados ou grandes para a idade gestacional (PIG, AIG e GIG, respectivamente),

mostravam morbidades específicas e taxas de mortalidade que eram peculiares a

cada uma dessas classes (TEIXEIRA et al., 2016).

Não há um conceito padrão para recém-nascido pequeno para a idade

gestacional (RNPIG). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda considerar

como PIG os recém-nascidos que tenham peso ao nascer abaixo do percentil 10 para

a IG, assim como classificar os recém-nascidos AIG, com percentil entre 10 e 90, e

GIG, com percentil maior que 90 (RENZ et al., 2015). Devido às diversas definições

de PIG usadas em muitos países, é difícil avaliar sua prevalência. Mas estima-se que

na América Latina a prevalência seja de 10,7% (SANTOS, L. A., 2015).

O peso de nascimento é o fator isolado mais importante na mortalidade

neonatal, além de ser um indicador que retrata as condições gestacionais e a evolução

durante o período fetal (ALVES, M. F. A., 2014). O número da mortalidade neonatal

relaciona-se com a deficiência na qualidade de serviços de saúde, dada pela falta de

conhecimento deste problema no meio político e social (LIMA, M. C. B. M. et al, 2013).

A condição que geralmente resulta no nascimento de RNPIG é o

crescimento fetal intrauterino retardado (RENZ et al., 2015). Fatores maternos,

placentários e fetais regulam o crescimento fetal e representam um conjunto de

mecanismos genéticos e influências ambientais através dos quais o potencial de

crescimento genético é expresso (ALVES, M. F. A., 2014; SANTOS, L. A., 2015).

Dentre os fatores maternos, estão a idade, estatura, paridade, intervalos

interpartais, etnia, localização geográfica, condições médicas como hipertensão,

infecções, desnutrição, uso de álcool e fumo (SANTOS, L. A., 2015; ALVES, T. L. et

al., 2015). Os fatores placentários envolvem descompasso entre a perfusão

placentária e oxigenação fetal. Já os fatores fetais envolvem anormalidades

cromossomais e defeitos genéticos (SANTOS, L. A., 2015). Outros fatores podem

estar envolvidos, como número de consultas pré-natais, nível socioeconômico,

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irradiações e efeitos de drogas teratogênicas (ALVES, T. L. et al, 2015; TEJEDA-

MARIACA et al., 2015).

O diagnóstico dos RNPIGs tem grande importância clínica, pois eles têm

maiores taxas de morbimortalidade, principalmente nas primeiras semanas e

primeiros anos de vida, estando sujeitos a distúrbios precoces e tardios, após o ganho

de peso inadequado para IG. Consequentemente, a prevenção do nascimento de

RNPIGs trará efeitos a curto e a longo prazo (RENS et al., 2015; TEIXEIRA et al.,

2016).

Pela observação de morbidades específicas e taxas de mortalidade mais

elevadas em RNPIGs, fica evidente a importância e relevância em seus diagnósticos.

Portanto, este estudo tem o objetivo de descrever os casos de RNPIGs nascidos em

uma maternidade pública de referência do estado do Piauí. Caracterizando suas mães

quanto aos dados sociodemográficos, assim como tabagismo e etilismo na gestação,

antecedentes maternos, além de analisar dados sobre a gestação de RNPIG e

condições de nascimento dos RNs.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal, observacional e descritivo. O projeto foi

aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Saúde, Ciências

Humanas e Tecnológicas do Piauí - UNINOVAFAPI, sob o parecer

N°98051118.0.0000.5210.

A população do estudo foi composta por 153 RNPIGs com idade

gestacional entre 29 e 44 semanas, filhos de mães que aceitaram participar da

pesquisa mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e que

nasceram no período de Janeiro a Março de 2019. Foram excluídos os natimortos.

Para representar a população, o cálculo do tamanho da amostra considerou como

parâmetro a incidência de 10,82% (P) de RNPIGs nascidos na MDER em 2017.

Definiu-se também uma margem de erro de 5% (E) e nível de confiança de 95% (Z=

1,96).

A coleta de dados foi realizada de janeiro a março de 2019, pelos próprios

pesquisadores. O instrumento de pesquisa foi uma ficha estruturada (Apêndice 1),

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preenchida pelos pesquisadores com dados colhidos a partir da Ficha do Recém-

nascido anexada no prontuário do RN (Anexo A). Precedendo a coleta, as mães foram

devidamente esclarecidas sobre os objetivos, metodologia, bem como riscos e

benefícios. As que aceitaram participar do estudo assinaram, em duas vias, o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo B). Já as pacientes que possuíam idade

inferior a 18 anos no ato da coleta assinaram, em duas vias, o Termo de Assentimento

(Anexo C), além da assinatura dos pais/guardiões do Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido, também em duas vias.

As variáveis do estudo foram: características sociodemográficas, assim

como tabagismo e etilismo na gestação, antecedentes maternos, dados sobre a

gestação de RNPIG e condições de nascimento dos recém-nascidos.

No item de características sociodemográficas maternas, observou-se a

faixa etária, estado civil, escolaridade e cor da mãe, além do etilismo e tabagismo na

gestação. Nos antecedentes maternos, foram verificados os números de gestações,

partos e abortos, assim como as patologias mais comuns. Em relação aos dados

sobre a gestação de RNPIG, constatou-se o número de consultas pré-natal, presença

de intercorrências e de bolsa rota, além do tipo de gravidez e parto. Quanto às

condições de nascimento dos RNPIGs, observou-se o sexo, os índices de Apgar no

1º e 5º minutos de vida, o peso ao nascer e a idade gestacional.

A classificação do recém-nascido em PIG foi realizada segundo a curva de

crescimento intrauterino de Bataglia e Lubchenco (Ilustração 1), após avaliação do

peso de nascimento e da idade gestacional pelo método Capurro. A avaliação da

idade gestacional foi feita pelo médico plantonista da M.D.E.R. no momento do

nascimento da criança.

Os dados coletados foram organizados em tabelas do Excel® e,

posteriormente, foi feita interpretação pelo programa IBM SPSS Statistics 20.0, que

executou o processamento dos dados. Estes foram apresentados em tabelas,

utilizando-se variáveis ordinais por meio de frequência absoluta e frequência

percentual.

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Ilustração 1 - Curva de crescimento intrauterino

Fonte: Battaglia e Lubchenco, 1967

RESULTADOS

No período de janeiro a março de 2019, foram coletadas cento e cinquenta

e três (n=153) fichas de captação de dados de prontuários de RN nascidos na MDER

que satisfizeram os critérios de inclusão e exclusão desde estudo.

Na Tabela 1 são apresentadas as características sociodemográficas,

incluindo faixa etária, estado civil, escolaridade, cor, além de etilismo e tabagismo na

gestação atual. A idade variou entre 14 e 44 anos (média: 26,11 anos ± 6,61) e

encontra-se apresentada por faixas etárias, destacando as faixas de idade

consideradas de alto risco para gestantes. Das cento e cinquenta e três crianças

estudadas, cento e trinta e três (86,93%) foram filhas de mães com idade entre 16 e

35 anos, dezesseis (10,46%), de mães com mais de 35 anos, e quatro (2,61%), de

mães com idade menor que 16 anos.

Além disso, setenta e duas (47,06%) mães mantiveram união estável com

seus parceiros, quarenta e quatro (28,76%) apresentaram como grau máximo de

escolaridade o ensino médio completo, cento e seis (69,28%) se autodeclararam

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pardas, cento e trinta e quatro (87,58%) negaram o uso de álcool e cento e trinta e

nove (90,85%) negaram tabagismo na gestação.

Tabela 1

Características sociodemográficas, tabagismo e etilismo na gestação de mães

de RNPIG em uma Maternidade Pública. Teresina (PI), 2019.

Variável N (%) Faixa etária

menos de 16 anos 4 2,61

16 a 35 anos 133 86,93

acima de 35 anos 16 10,46

Estado civil

Solteira 37 24,18

União estável 72 47,06

Casada 36 23,53

Viúva - -

Divorciada - -

Sem registro 8 5,23

Escolaridade

Sem escolaridade 4 2,61

Fundamental incompleto 27 17,65

Fundamental completo 18 11,76

Médio incompleto 39 25,49

Médio completo 44 28,76

Superior incompleto 4 2,61

Superior completo 11 7,19

Sem registro 6 3,92

Cor (autodeclaração)

Branca 12 7,84

Preta 9 5,88

Amarela 4 2,61

Parda 106 69,28

Indígena - -

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Sem registro 22 14,38

Etilismo na gestação

Sim 12 7,84

Não 134 87,58

Sem registro 7 4,58

Tabagismo na gestação

Sim 7 4,58

Não 139 90,85

Sem registro 7 4,58

TOTAL 153 100,00

Na Tabela 2 estão expostos antecedentes maternos, compreendendo o

número de gestações, de parto, presença de aborto prévio e de diversas patologias.

O número de gestações variou de um a dez (média: 2,54 gestações ± 1,67), sendo

que cem (65,36%) pacientes eram multigestas, ou seja, tiveram mais que uma

gestação. Já os números da paridade variaram entre 0 e 9 (média: 1,22 paridade ±

1,51), observando que sessenta e quatro pacientes (41,83%) foram nulíparas.

Ressalta-se que o número de aborto variou entre 0 e 2 (média: 0,31 ± 0,58),

verificando que cento e quatorze (74,51%) pacientes não tinham relato de aborto.

As principais patologias referidas pelas mães são a doença hipertensiva

específica da gravidez (DHEG), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e cardiopatia.

Sendo mencionadas por quatorze (9,15%), oito (5,23%) e cinco (3,27%) pacientes,

respectivamente. Houve dois (1,31%) relatos de diabetes mellitus (DM) e

hipotireoidismo e um (0,65%) de epilepsia, anemia falciforme, síndrome do anticorpo

antifosfolipídeo (SAF) e depressão. Vale ressaltar que cento e vinte (78,43%)

pacientes relataram não possuir nenhuma patologia como antecedente.

Tabela 2

Antecedentes maternos de mães de RNPIG em uma Maternidade Pública.

Teresina (PI), 2019.

Variável N (%) Número de gestação (ões)

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1 52 33,99

> 1 100 65,36

Sem registro 1 0,65

Número de parto (s)

0 64 41,83

1 39 25,49

2 24 15,69

> 2 25 16,34

Sem registro 1 0,65

Aborto

Não 114 74,51

Sim 38 24,84

Sem registro 1 0,65

Tipos de patologias*

Nenhuma 120 78,43

HAS 8 5,23

DM 2 1,31

DHEG 14 9,15

Cardiopatia 5 3,27

Epilepsia 1 0,65

Anemia falciforme 1 0,65

Hipotireoidismo 2 1,31

SAF 1 0,65

Depressão 1 0,65

TOTAL 153 100,00 * Soma mais de 100%, pois uma gestante pode apresentar mais de uma

patologia.

Na tabela 3 podemos avaliar o número de consultas pré-natal,

intercorrências, tipo de gravidez, bolsa rota e tipo de parto. Quanto à assistência pré-

natal, temos que somente quarenta e três (28,11%) pacientes realizaram oito ou mais

consultas de pré-natal. Observa-se, ainda, que o número de consultas variou entre 1

e 14 (média: 6,69).

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Das gestantes estudadas, apenas vinte e seis (16,99%) não apresentaram

intercorrência. Dentro das intercorrências avaliadas, as mais frequentes foram pré-

eclâmpsia (43,14%), infecção do trato urinário (38,56%), internação (23,53%),

vulvovaginite (20,92%), oligodrâmnio (20,26%) e hemorragia (18,95%). Apenas 1,96%

das pacientes foram acometidas por diabetes mellitus gestacional. Algumas gestantes

chegaram a apresentar mais de uma intercorrência, sendo que o máximo observado

neste estudo foi de seis intercorrências em uma mesma gestante.

Dos pacientes avaliados, cento e dezoito (77,12%) nasceram de gestações

únicas, mas, observamos uma taxa significativa de gemelares, que corresponde a

trinta e cinco (22,18%) dos RNs estudados. Bolsa rota esteve presente apenas em

quarenta e cinco (29,41%) das gestações avaliadas. O tipo de parto mais frequente

dentre os pacientes estudados foi o parto cesariano com cento e vinte e sete (83,01%)

partos.

Tabela 3

Dados sobre a gestação de RNPIG em uma Maternidade Pública. Teresina (PI),

2019.

Variável N (%) Número de consultas pré-natal

< 8 95 62,09

≥ 8 43 28,11

Sem registro 15 9,80

Intercorrências*

Nenhuma 26 16,99

Infecção do trato urinário 59 38,56

Vulvovaginite 32 20,92

Internação 36 23,53

Pré-eclâmpsia 66 43,14

Eclâmpsia 1 ,65

Síndrome HELLP 5 3,27

Hemorragia 29 18,95

Diabetes mellitus gestacional 3 1,96

Oligodramnia 31 20,26

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Polidramnia 3 1,96

Restrição de crescimento intra-uterino 19 12,42

Corioamnionite - -

Rotura prematura das membranas ovulares 6 3,92

Trabalho de parto prematuro 11 7,19

Abscesso perianal 1 ,65

Tipo de gravidez

Única 118 77,12

Dupla 35 22,88

Bolsa rota

Sim 45 29,41

Não 106 69,28

Sem registro 2 1,31

Tipo de parto

Vaginal 26 16,99

Cesário 127 83,01

TOTAL 153 100,00 * Soma mais de 100%, pois uma gestante pode apresentar mais de uma

intercorrência.

Na tabela 4 podemos analisar as condições de nascimento, que

correspondem ao sexo, apgar no primeiro e quinto minuto, peso ao nascer e idade

gestacional. O sexo feminino apresentou maior prevalência entre os recém-nascidos

PIG, representando noventa e uma (59,48%) crianças. No primeiro minuto de vida dos

RNs, vinte e quatro (15,69%) tiveram pontuação menor que 7 e apenas cinco (3,27%)

obtiveram pontuação menor que 7 no quinto minuto de vida.

Quando analisado o peso ao nascimento, cento e duas (66,67%) crianças

foram classificadas como baixo peso (< 2500g) e três (1,96%) como extremo baixo

peso (< 1500g). Apenas trinta e oito (24,4%) RNs tiveram peso normal. O peso ao

nascimento variou de 450 a 2790 gramas (média: 2127,97 gramas). Quanto a idade

gestacional, sessenta e quatro (41,82%) dos recém-nascidos foram prematuros e

oitenta e nove (58,17%) nasceram a termo. Observa-se que quarenta e quatro

(28,75%) foram prematuros tardios (entre 34 semanas e 0 dias e 36 semanas e 6

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dias). Constatou-se, ainda, o mínimo de 29 semanas e o máximo de 41 semanas e 1

dia de idade gestacional.

Tabela 4

Condições de nascimento de RNPIG em uma Maternidade Pública. Teresina

(PI), 2019.

Variável N (%) Sexo

Masculino 61 39,87

Feminino 91 59,48

Indeterminado 1 0,65

Apgar no 1º minuto

< 7 24 15,69

≥ 7 128 83,66

Sem registro 1 0,65

Apgar no 5º minuto

< 7 5 3,27

≥ 7 147 96,08

Sem registro 1 0,65

Peso ao nascer

Extremo baixo peso 3 1,96

Muito baixo peso 10 6,54

Baixo peso 102 66,67

Peso normal 38 24,84

Idade gestacional

Prematuro extremo 3 1,96

Prematuro moderado 17 11,11

Prematuro tardio 44 28,76

À termo 89 58,17

TOTAL 153 100,00

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DISCUSSÃO

A idade materna, que variou entre 14 e 44 anos, apresentando média de

26,11 anos, foi semelhante com a encontrada na literatura, que constatou média de

idade materna de 25,7 anos (TEJEDA-MARIACA et al., 2015). Essa média de idade

das gestantes foi considerada adequada para a reprodução, uma vez que nessa fase

se encontram os menores riscos para performance fetal e obstétrica. Acredita-se que

a relação de RNPIG e mães jovens se dê à imaturidade do sistema reprodutivo e

ganho de peso inadequado durante a gestação. Já na idade avançada, lesões

escleróticas nas artérias miometriais podem ser um dos fatores de risco para o

nascimento de recém-nascidos PIGs (ALVES, M. F. A., 2015). Esses fatos não foram

corroborados pelo nosso estudo.

No que diz respeito ao grau de instrução materna, pode-se observar no

nosso estudo que a maior prevalência de RNPIGs corresponde aos filhos de mães

com o ensino médio completo (28,76%), assim como foi encontrado por Tejeda-

Mariaca et al. (2015), mas contrariando ao estudo de Teixeira et al. (2016). O menor

nível de instrução materna foi associado com nascimento de lactentes PIGs. A

escolaridade materna está relacionada às condições socioeconômicas da mãe e de

sua família. Dessa forma o baixo nível socioeconômico provavelmente, reflete nas

questões relacionadas com a saúde da gestante, tais como início tardio do pré-natal,

qualidade da assistência e ganho de peso inadequado durante a gestação (ALVES,

M. F. A., 2015). Esse evento também não foi constatado pelo nosso estudo.

Em relação ao álcool e cigarro, apenas 7,84% e 4,58%, respectivamente,

das mães afirmaram o uso em algum momento da gestação, dados semelhantes ao

estudo de Teixeira et al. (2016) e de Tenório et al. (2018). A restrição sanguínea

placentária decorrente do efeito do tabagismo na gestação é a principal alteração

responsável pela restrição do crescimento fetal em gestantes que fumam e,

consequentemente, pelo nascimento de bebês PIGs (RENZ et al., 2015). Esse fato

não foi corroborado pelo nosso estudo.

No que tange à variável paridade, pode-se observar a taxa de 41,83% de

mães nulíparas, semelhante ao encontrado por Tejeda-Mariaca et al. (2015), mas

contrariando ao estudo de Teixeira et al. (2016). É aceito que a nuliparidade aumenta

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o risco de recém-nascidos PIG quando comparada à multiparidade (TEIXEIRA et al.,

2016).

No que diz respeito às patologias maternas, as principais referidas pelas

mães foram a DHEG, HAS e cardiopatia, com a porcentagem de 9,15%, 5,23% e

3,27%, respectivamente, assim como encontrado no estudo de Teixeira et al. (2016).

A frequência de PIG é maior entre mulheres com pré-eclâmpsia sobreposta do que

entre aquelas com HAS (TEIXEIRA et al., 2016). Da mesma forma, no presente

estudo, a DHEG relacionou-se ao nascimento de PIG.

Os modelos de cuidados pré-natais com um mínimo de oito consultas são

recomendados, para reduzir a mortalidade perinatal e melhorar a experiência das

mulheres com os cuidados (OMS, 2016). Os resultados deste estudo mostram que

apenas 28,11% das grávidas cumpriram o número de consultas recomendado.

Pode-se observar que as intercorrências mais frequentes foram pré-

eclâmpsia e infecção do trato urinário, semelhante ao encontrado no estudo de

Tejeda-Mariaca et al. (2015). Cabe-se ressaltar, entretanto, que a frequência de

pacientes com pré-eclâmpsia foi significativamente superior à encontrada no estudo

de Teixeira et al. (2016). Outro aspecto relevante foi a frequência de pacientes

acometidas por diabetes mellitus gestacional no nosso estudo, que foi

expressivamente menor que às encontradas nos dois estudos citados anteriormente.

O parto cesáreo representou 83,01% do total de partos dos PIGs, o que

corrobora com o estudo evidenciado por Alves et al. (2015). Esses resultados diferem

do preconizado pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda que as cirurgias

cesarianas devessem corresponder a, no máximo, 15% dos partos (ALVES, T. L. et

al, 2015).

Com relação ao sexo do RN, o feminino foi o mais atingido (59,48%),

sugerindo o que foi demonstrado por Teixeira et al. Esse fato pode ser explicado pelo

fato dos RNs do sexo feminino apresentarem menor peso que do sexo masculino, na

mesma idade gestacional (ALVES, T. L. et al, 2015). A frequência de Apgar no

primeiro minuto menor que 7 foi de 15,69%, e no quinto minuto, de 3,27%, semelhante

ao estudo de RENS et al. (2015).

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CONCLUSÃO

O recém-nascido PIG foi mais incidente em mães com idade entre 16 e 35

anos, que viviam com seus companheiros, que se autodeclararam pardas, com média

escolaridade, multigestas, nulíparas e sem aborto prévio. Houve baixa correlação com

tabagismo e etilismo no presente estudo.

A maioria das pacientes analisadas não possuía patologias. Mas a DHEG,

a HAS e as cardiopatias representaram patologias maternas que sugerem maior risco

para o nascimento de PIGs.

Além disso, a maior parte das mães estudadas tiverem menos que 8

consultas pré-natal e apresentaram em maior frequência as intercorrências pré-

eclâmpsia e infecção do trato urinário. O tipo de gravidez mais frequência foi a única,

sem bolsa rota e de parto cesáreo.

Foram identificados como maior chance para o nascimento de crianças

pequenas para a idade gestacional: os RN a termo, do sexo feminino, com baixo peso

ao nascer e com Apgar no 1º e 5º minutos ≥ a 7.

O conhecimento do perfil clínico-epidemiológico das mães de recém-

nascidos PIG é importante para associação de fatores de riscos dessa condição. As

considerações demonstradas na discussão desse estudo podem colaborar com a

elaboração e implantação de medidas que resultem na prevenção do nascimento de

recém-nascidos PIG e das complicações mais frequentes dessa população.

REFERÊNCIAS

ALVES, M. F. A. Fatores associados ao nascimento de pequenos para a idade gestacional em adolescentes com idade menor ou igual a 15 anos. 2014. Tese (Pós-graduação em Medicina) – Ciências Médicas/DINTER, Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Universidade Federal do Pará, Porto Alegre. ALVES, T. L. et al. Fatores associados ao recém-nascido pequeno para a idade gestacional: uma revisão. Nutrire, Salvador, v. 40, n. 3, p. 376-382, 2015. BATTAGLIA, F. C.; LUBCHENCO, L. O. A practical classification of newborn infants by weight and gestational age. Journal of Pediatrics, v. 71, n. 2, p. 159-163, 1967. CAPURRO H. et al. A simplified method for diagnosis of gestational age in the newborn enfant. Journal of Pediatrics, v.93, p.120-122, 1978. LIMA, M. C. B. M. et al. A desigualdade espacial do Baixo Peso ao Nascer no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 8, p. 2443-2452, 2013.

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OMS. Recomendações da OMS sobre cuidados pré-natais para uma experiência positiva na gravidez. 2016. RENZ, B. M. et al. Prevalência de recém-nascidos pequenos para idade gestacional e fatores associados. Boletim Científico de Pediatria, Rio Grande do Sul, v. 4, n. 1, p. 17-21, 2015. SANTOS, L. A. Evolução ponderal de crianças pequenas para idade gestacional à termo no primeiro ano de vida. 2015. Dissertação (Pós-Graduação em Nutrição, Alimentos e Saúde) – Escola de Nutrição, Universidade Federal da Bahia, Salvador. TEIXEIRA, M. P. C. et al. Frequência e fatores de risco para o nascimento de recém-nascidos pequenos para idade gestacional em maternidade pública. Einstein (São Paulo), São Paulo, v. 14, n. 3, p. 317-323, 2016. TEJEDA-MARIACA, J. E. et al. Factores de riesgo para el neonato pequeño para la edad gestacional en un hospital de Lima, Perú. Revista Peruana de Medicina Experimental y Salud Pública, Lima, v. 32, n. 3, p. 449-56, 2015. TENORIO, M. C. S. et al. Prevalência de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional e fatores associados em uma capital do Nordeste brasileiro. Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife, v. 18, n. 3, p. 539-547, 2018.

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APÊNDICE

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APÊNDICE 1 - FICHA DE CAPTAÇÃO DE DADOS

Características sociodemográficas, tabagismo e etilismo

Idade: ______ anos Estado civil: Solteira União estável Casada Viúva Divorciada Escolaridade: Sem escolaridade Fundamental incompleto Fundamental completo Médio incompleto Médio completo Superior incompleto

Superior completo Cor (auto declaração): Branca Preta Amarela Parda Indígena Etilismo na gestação: Sim Não Tabagismo na gestação: Sim Não

Antecedentes maternos

Número de gestação (ões): ______ Número de parto (s): ______ Número de aborto (s): ______ Tipos de patologias: Nenhuma HAS DM DHEG Cardiopadia Outra (s): ___________________________________________________________ Dados sobre a gestação de RNPIG

Número de consultas pré-natal: ______ Intercorrências: Nenhuma Infecção do trato urinário Vulvovaginite

Internação Pré-eclâmpsia Eclâmpsia Síndrome HELLP Hemorragia Diabetes mellitus gestacional Oligodramnia Polidramnia

Restrição de crescimento intra-uterino Corioamnionite Rotura prematura das membranas ovulares Trabalho de parto prematuro Outra (s): ___________________________________________________________ Tipo de gravidez: Única Múltipla Bolsa rota: Sim Não Tipo de parto: Vaginal Cesáreo

Condições de nascimento de RNPIG

Sexo: Masculino Feminino Indeterminado Apgar: 1’ ___ 5’ ___ Peso ao nascer: ______ g Idade gestacional: _____ sem _____ dias

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ANEXOS

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ANEXO A - FICHA DO RECÉM-NASCIDO

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ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI

Prezado participante,

Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “FATORES ASSOCIADOS AO NASCIMENTO DE PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA: UM ESTUDO TRANSVERSAL”, desenvolvida por Josias Lucas Ferreira Bona e Nathália Caroline Torres Vilhena discentes do curso de graduação em Medicina do Centro Universitário Uninovafapi, sob orientação da Professora Dra. Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca.

O objetivo do estudo é: Descrever os casos de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional nascidos em uma maternidade pública de referência do estado do Piauí.

O convite à sua participação se deve à senhora ser responsável legal por parte desse grupo de pacientes. Sua participação é muito importante.

A participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento. Você não será penalizado caso decida não participar da pesquisa ou, tendo aceitado, desistir desta.

“A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações sobre a participação ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios de contato explicitados neste Termo.”

A realização do presente estudo oferece riscos mínimos para vocês, como a perda da confidencialidade dos dados. O compromisso dos pesquisadores, quanto ao sigilo dos dados, minimizará risco de perda de confidencialidade. Não será possível identificar individualmente cada participante, pois os instrumentos de coleta de dados não serão identificados e os participantes não serão identificados em publicações que possam resultar desse estudo. A garantia do sigilo será estabelecida por meio da assinatura deste documento, o qual apresentará duas vias: uma do representante legal do participante e a outra dos pesquisadores. Ambas constando assinaturas dos pesquisadores e participantes.

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Serão mantidos, sob posse dos pesquisadores responsáveis, todos os termos de consentimento livre e esclarecido assinados e a ficha de dados. Não será possível identificar individualmente cada participante, pois os instrumentos de coleta de dados não serão identificados. Os participantes não serão identificados em nenhuma publicação que possa resultar desse estudo.

A abordagem a vocês será feita durante o período de internação, após o aceite do convite de colaboração com a pesquisa. A coleta de dados se dará nos postos de enfermagem com a nossa presença e dos funcionários responsáveis por tal setor.

Além disso, a pesquisa não gera conflito de interesses nem vai de encontro a princípios éticos que provoquem malefícios aos seus participantes.

Os custos gerados pela pesquisa serão de inteira responsabilidade dos pesquisadores. Caso você tenha algum prejuízo material ou imaterial em decorrência da pesquisa poderá solicitar indenização, de acordo com a legislação vigente e amplamente consubstanciada.

A duração da abordagem de vocês terá o tempo de aproximadamente 15 minutos. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.

O principal benefício dessa pesquisa será o levantamento dos fatores relacionados e do contexto clínico-epidemiológico envolvido no nascimento de pequenos para a idade gestacional. Os dados colhidos poderão ser usados para elaboração e implantação de medidas que resultem na prevenção do nascimento de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional e das complicações mais frequentes dessa população.

Os resultados serão divulgados em artigos científicos e na dissertação/tese.

“Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123 – Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel - (086) 2106-0738, e-mail: [email protected]. O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade”.

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__________________________________________________________

Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca – CPF: 703.248.673-87

Pesquisadora Responsável

__________________________________________________________

Josias Lucas Ferreira Bona – CPF: 048.902.833-07

Pesquisador Participante

__________________________________________________________

Nathália Caroline Torres Vilhena – CPF: 044.666.433-26

Pesquisadora Participante

Contato com o pesquisador responsável: Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca

Telefone Institucional: 2106-0700

E-mail: [email protected]

LOCAL E DATA: ___________________________________________________

Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e concordo em participar.

_______________________________________________________________

(Assinatura do participante da pesquisa)

Nome legível do participante:

RG e CPF:

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ANEXO C - TERMO DE ASSENTIMENTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS DO PIAUÍ – UNINOVAFAPI

Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da pesquisa “FATORES ASSOCIADOS AOS PEQUENOS PARA A IDADE GESTACIONAL EM MATERNIDADE PÚBLICA DE REFERÊNCIA”. Neste estudo pretendemos descrever os casos de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional nascidos em uma maternidade pública de referência do estado do Piauí.

O principal benefício dessa pesquisa será o levantamento dos fatores relacionados e do contexto clínico-epidemiológico envolvido no nascimento de pequenos para a idade gestacional, dados que podem ser usados para elaboração e implantação de medidas que resultem na prevenção do nascimento de recém-nascidos pequenos para a idade gestacional e das complicações mais frequentes dessa população.

A abordagem a vocês será feita durante o período de internação, após o aceite do convite de colaboração com a pesquisa. A coleta de dados se dará nos postos de enfermagem com a presença apenas dos pesquisadores e funcionários responsáveis por tal setor.

Além disso, a pesquisa não gera conflito de interesses nem vai de encontro a princípios éticos que provoquem malefícios aos seus participantes.

Os custos gerados pela pesquisa serão de inteira responsabilidade nossa. Caso haja quaisquer danos ao participante será garantido indenização por parte dos pesquisadores.

A duração da abordagem terá o tempo de aproximadamente de 15 minutos. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.

Para participar deste estudo, o responsável por você deverá autorizar e assinar um termo de consentimento. Você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira. Você será esclarecido(a) em qualquer aspecto que desejar e estará livre para participar ou recusar-se. O responsável por você poderá retirar o consentimento ou interromper a sua participação a qualquer momento.

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A sua participação é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma em que é atendido(a) pelo pesquisador que irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Você não será identificado em nenhuma publicação. Este estudo apresenta risco mínimo, isto é, o mesmo risco existente em atividades rotineiras como conversar, tomar banho, ler etc. Apesar disso, você tem assegurado o direito a ressarcimento ou indenização no caso de quaisquer danos eventualmente produzidos pela pesquisa.

Os resultados estarão à sua disposição quando finalizada. Seu nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a permissão do responsável por você. Os dados e instrumentos utilizados na pesquisa ficarão arquivados com o pesquisador responsável por um período de 5 anos, e após esse tempo serão destruídos. Este termo de assentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável, e a outra será fornecida a você.

Eu, __________________________________________________, portador(a) do documento de Identidade ___________________, fui informado(a) dos objetivos do presente estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações, e o meu responsável poderá modificar a decisão de participar se assim o desejar. Tendo o consentimento do meu responsável já assinado, declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de assentimento e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas.

_____________________________________________________

Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca – CPF: 703.248.673-87

Pesquisadora Responsável

__________________________________________________________

Josias Lucas Ferreira Bona – CPF: 048.902.833-07

Pesquisador Participante

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__________________________________________________________

Nathália Caroline Torres Vilhena – CPF: 044.666.433-26

Pesquisadora Participante

Contato com o pesquisador responsável: Fernandina Maria Neiva Santos Fonseca

Telefone Institucional: 2106-0700

E-mail: [email protected]

LOCAL E DATA: ______________________________________________

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ANEXO D - PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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