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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR E TECNOLÓGICO DO PIAUÍ
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
CURSO DE MEDICINA
ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA
LORENA BARBOSA SOUSA
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O
SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI
TERESINA-PI
2019
ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA
LORENA BARBOSA SOUSA
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O
SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Medicina do Centro Universitário
UNINOVAFAPI, como requisito parcial para
obtenção do título de graduado em Medicina.
Orientador: Profª. Mestranda Samara Fernanda Vieira Valença
TERESINA-PI
2019
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O
SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI
EVALUATION OF THE KNOWLEDGE OF MEDICAL STUDENTS ON THE CLINICAL
FOLLOW-UP OF CONGENITAL SYPHILIS IN A UNIVERSITY CENTER IN
TERESINA-PI
EVALUACIÓN DEL CONOCIMIENTO DE LOS ESTUDIANTES DE MEDICINA SOBRE
EL SEGUIMIENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGENIDA EN UN CENTRO
UNIVERSITARIO DE TERESINA-PI
¹ ALEXANDRA KARINE PAIVA DE MESQUITA
²LORENA BARBOSA SOUSA
³SAMARA FERNANDA VIEIRA VALENÇA
____________________________
¹Acadêmica de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI, Bloco 12, Endereço: R.
Professor Raimundo Nonato Andrade,46, Bairro: Planalto Uruguai, CEP:64057-463, Teresina
– Piauí. E-mail: [email protected]
² Acadêmica de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI, Bloco 12, Endereço: R.
Quintino Bocaiuva,2098, Bairro: Macaúba, CEP:64016-060, Teresina – Piauí. E-mail: ale-
³Professora no Centro Universitário UNINOVAFAPI. Endereço: Rua Vitorino Orthiges
Fernandes, 6123, Bairro Uruguai, CEP: 64073-505, Teresina-Piauí. E-mail:
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE O
SEGUIMENTO CLÍNICO DE SÍFILIS CONGÊNITA EM UM CENTRO
UNIVERSITÁRIO DE TERESINA-PI
RESUMO
A sífilis congênita é um problema de saúde pública, com crescimento significativo nos últimos
10 anos, é necessário o acompanhamento clinico mesmo após seu tratamento. A pesquisa
avaliou o conhecimento de estudantes de medicina sobre o acompanhamento clinico de sífilis
congênita. É do tipo quantitativa, descritiva e transversal com 109 estudantes de uma IES em
Teresina- PI. Os dados foram coletados através um questionário sociodemográfico e avaliação
de conhecimento. Foram atribuídas pontuações para a respostas, sendo 0 pontos errada ou não
sabe, 1 parcialmente certa, 2 certa, os resultados indicaram que 10,09 % foram bons ou
excelentes e 69,73% ruins ou péssimos. Em relação as questões, a com maior índice de acerto
teve 95,41%, e maior índice de erro 81,65%.
Descritores: sífilis; sífilis congênita; acompanhamento clinico.
ABSTRACT
Congenital syphilis it’s a problem of public health growing significantly in the past 10 years,
its necessary a clinical follow-up even after its treatment. The research evaluated the knowledge
of medical students about the clinical follow-up of congenital syphilis. The research is
quantitative, descriptive and transverse with 109 students of a university center in Teresina-PI.
The data was collected through a socialdemographic questionnaire and knowledge evaluation.
It was attributed points to the answers, being 0 points to wrong, 1 partially right, 2 right, the
results indicated that 10,09% were good or excellent, 69,73% bad or terrible. Regarding the
questions, the one with the biggest hit rate was 95.41%, and the biggest error rate was 81,65%.
Key-words: congenital syphilis, syphilis, clinical follow-up.
RESUMEN
La sífilis congénita es un problema de salud pública, con un crecimiento significativo en los
últimos 10 años, es necesario el seguimiento clínico mismo después de su tratamiento. La
investigación evaluó el conocimiento de los estudiantes de medicina, sobre el seguimiento
clínico de sífilis congénita. Es del tipo cuantitativo, descriptivo y transversal con 109
estudiantes de una IES en Teresina- PI. Los datos fueron recolectados mediante un cuestionario
sociodemográfico y evaluación del conocimiento. Fueron asignado puntuaciones para las
respuestas, siendo 0 puntos equivocados o no sabe, 1 parcialmente correcta, 2 cierta, los
resultados indicaron que el 10,09% eran buenos o excelentes, y el 69,73% malo o pésimos. Em
relación a las cuestiones, la con mayor índice de acierto tuvo 95,41%, y mayor índice de error
81,65.
Palabras-clave: sifilis congénita, sifilis, seguimento clínico
6
INTRODUÇÃO
A sífilis na gestação é um grave problema de saúde pública, pois apresenta elevada
probabilidade de transmissão vertical, principalmente nos estágios primário e secundário da
doença. Se não tratada adequadamente resulta em abortos espontâneos e elevados índices de
morbimortalidade perinatal (SOEIRO et al, 2014). O Brasil é considerado um dos quinze países
prioritários para o controle da sífilis congênita (SC), pela sua prevalência e tamanho de sua
população (DOMINGUES, 2014).
A sífilis congênita e a sífilis em gestantes são de notificação compulsória no Brasil desde
1986 e 2005, respectivamente, existindo uma definição de caso própria para fins de vigilância
epidemiológica, revisada periodicamente, de cada uma dessas situações. Portanto, as
informações sobre abortos, natimortos e nascidos vivos com sífilis congênita devem ser
inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). O monitoramento
dessas infecções por meio do SINAN é de fundamental importância para a eliminação da sífilis
congênita, pois fornece subsídios para o planejamento e a definição das intervenções
necessárias (SARACENI et al, 2017).
Em 2013, o número total de casos notificados de sífilis no Brasil foi de 21.382, e em
todas as regiões do Brasil foi observado um aumento considerável na notificação de sífilis em
gestantes em relação ao ano anterior, variando entre 14,8% (Nordeste) e 44,7% (Sul). De 2005
a junho de 2014 foi notificado no SINAN um total de 100.790 casos de sífilis em gestantes, dos
quais 42,1% foram notificados na Região Sudeste, 23,5% no Nordeste, 12,4% no Norte, 11,6%
no Sul e 10,3% no Centro-Oeste (BRASIL, 2015).
O Ministério da Saúde preconiza várias rotinas e protocolos para o diagnóstico,
tratamento e seguimento de crianças nascidas de mães soropositivas para sífilis. Elas se baseiam
em aspectos maternos, como diagnóstico e adequação do tratamento para sífilis, e aspectos do
recém-nascido, como evidências clínicas, laboratoriais e radiológicas (MAGALHÃES, 2013).
A maioria dos bebês infectados pela sífilis não apresenta manifestações clínicas ao
nascer (60% dos casos), o que dificulta tanto o diagnóstico quanto a conscientização dos pais
sobre a importância da investigação e do acompanhamento da criança. É ao longo dos primeiros
anos de vida que se podem desenvolver lesões progressivas articulares, oculares e dentárias,
além de sequelas irreversíveis como surdez e déficit de aprendizagem (FELIZ et al., 2016).
A sífilis congênita pode ser dividida em 2 períodos: precoce e tardia. A SC precoce se
caracteriza pelas manifestações clínicas que se iniciam até os 2 anos de idade. As principais
manifestações em ordem decrescente de frequência são: hepatoesplenomegalia, prematuridade,
RCIU, lesões cutâneo-mucosas, como pênfigo palmoplantar, exantema maculopapular e rinite
7
serossanguinolenta, lesões ósseas (periostite, osteíte ou osteocondrite), adenomegalia
generalizada, lesões pulmonares (pneumonia alba), lesões renais (síndrome nefrótica),
edema/hidropsia, meningoencefalite assintomática e anemia (FEITOSA; ROCHA; COSTA,
2016).
Já a SC tardia corresponde a um quadro que se inicia após os 2 anos de idade, cujas
manifestações clínicas são raras e decorrentes da cicatrização da doença precoce, representadas
principalmente pela tríade de Hutchinson, tíbia em “lâmina de sabre”, articulações de Cutton,
alterações visuais, nariz em sela, fronte olímpica, maxila curta e mandíbula proeminente,
perfuração do palato duro (em função da rinite sifilítica), tabes dorsalis e outros (FEITOSA;
ROCHA; COSTA, 2016).
O tratamento da sífilis na gestante é feito com penicilina benzatina, que atravessa a
barreira transplacentária, sendo eficaz tanto para prevenção da transmissão vertical como para
tratamento da infecção fetal. As gestantes são consideradas adequadamente tratadas, quando
além do tratamento penicilínico, realizam o esquema completo, com dose e intervalo adequado
para o estágio de infecção, iniciado até 30 dias antes do parto, com registro de queda de titulação
(sorologia não treponêmica) e avaliado risco de reinfecção (BRASIL,2015).
A avaliação do RN com suspeita de SC deve ser feita com os seguintes exames
complementares: VDRL (utilizando-se o sangue periférico e não o do cordão umbilical),
radiografia de ossos longos, análise de líquor cefalorraquidiano (LCR, em que será investigado
positividade com VDRL, celularidade e nível de proteinorraquia) e hemograma. De acordo com
as condições clínicas, outros exames podem ser necessários, a saber: dosagem de bilirrubinas,
enzimas hepáticas, etc (FEITOSA; ROCHA; COSTA, 2016).
Todos os RN com infecção confirmada ou suspeita devem ser adequadamente tratados
e acompanhados. A penicilina cristalina é usada como primeira escolha, por ser a única que
atravessa a barreira hematoencefálica. Após exclusão de acometimento do SNC por meio de
exame do líquor normal, pode-se trocá-la por penicilina procaína ou penicilina benzatina,
quando a infecção for pouco provável (FEITOSA; ROCHA; COSTA, 2016).
Todo recém-nascido com mãe soropositiva para sífilis deve ser acompanhado por pelo
menos dois anos. O seguimento de controle e/ou cura dos casos se caracteriza por
acompanhamento ambulatorial mensal até o sexto mês de vida e bimensal do sexto ao 12º mês.
Deve-se realizar o VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses de idade, interrompendo a realização do
teste quando este apresentar dois resultados repetidamente negativos. Porém, diante da elevação
do título do teste não treponêmico ou da sua não negativação até os 18 meses de idade,
reinvestigar a criança exposta e proceder ao tratamento (BRASIL,2015).
8
Além disso, deve-se realizar teste treponêmico para sífilis (TPHA, FTA-Abs, EQL,
ELISA ou testes rápidos) após os 18 meses de idade para a confirmação do caso, pois nessa
faixa etária, um resultado reagente confirma a infecção, uma vez que os anticorpos maternos
transferidos passivamente já terão desaparecido da circulação sanguínea da criança
(BRASIL,2015).
Se observados sinais clínicos compatíveis com a infecção treponêmica congênita, deve-
se proceder à repetição dos exames imunológicos, ainda que fora do período preestabelecido.
Recomenda-se ainda o acompanhamento oftalmológico, neurológico e audiológico de 6 em 6
meses nos 2 primeiros anos de vida. Em crianças que apresentaram alterações no LCR, deve-
se fazer uma reavaliação liquórica a cada 6 meses, até a normalização (BRASIL,2015).
As ações direcionadas à eliminação da SC dependem, invariavelmente, da qualificação
na assistência à saúde, principalmente dos profissionais que realizam o acompanhamento do
pré-natal. Portanto, a SC é um agravo que geralmente reflete os problemas de acessibilidade e
qualidade dos serviços públicos de saúde, principalmente na população mais desfavorecida
(MILANEZ; AMARAL, 2008).
A falta de conhecimento e familiaridade por parte dos profissionais de saúde com
relação aos protocolos nacionais de controle de sífilis faz parte da realidade do Brasil, além da
dificuldade de abordagem de doenças sexualmente transmissíveis (DST), o que demonstra a
necessidade de melhorias não só da assistência, como também da educação nas instituições de
ensino, pois elas são responsáveis pelos futuros profissionais. (LAFETÁ, 2016)
Em termos epidemiológicos, a sífilis congênita é um indicador da qualidade da
assistência pré-natal de uma população, o que garante que todas as gestantes tenham acesso
adequado ao pré-natal. O tratamento adequado da gestante infectada é o melhor método de
prevenção da sífilis congênita. (LAFETÁ, 2016)
Além disso, um dos objetivos da vigilância epidemiológica da sífilis congênita é a
redução da morbimortalidade. Os protocolos de sífilis congênita precisam ser divulgados
intensivamente, tanto nos serviços de pré-natal, nos hospitais-maternidades quanto nas
instituições de ensino. Quanto mais precocemente essas crianças são diagnosticadas e tratadas,
melhor é o seu prognóstico (KOMKA, 2007).
Considerando o impacto da sífilis congênita na assistência em saúde pública e a necessi-
dade de seu controle, justifica-se a realização desse estudo, que visa avaliar o conhecimento
dos acadêmicos de medicina durante o internato sobre o acompanhamento clínico da sífilis
congênita e, dessa forma, servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de
educação e saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da assistência
prestada à população.
9
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa observacional, quantitativa, descritiva e transversal realizada
com acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI matriculados
no internato, que corresponde ao 9º, 10º, 11º e 12º períodos. A pesquisa foi realizada no próprio
Centro Universitário, durante os meses de janeiro a março de 2019. Os dados coletados para
realização do estudo foram destituídos de qualquer interferência dos pesquisadores, que apenas
observaram e registraram os elementos técnicos durante análise.
Para representar a população de aproximadamente 240 acadêmicos do internato (N)
serão entrevistados 150 alunos (n) distribuídos proporcionalmente ao período. Esse tamanho de
amostra tem margem de erro de 5% (E), nível de confiança de 95% (Z = 1,96), e variância
máxima (P = 0,5) calculada pela seguinte fórmula:
n = Z2 x P (1 – P) N_______
E2 (N – 1) + Z2 x P (1 – P)
O estudo foi norteado pela realização de entrevista estruturada e guiada, elaborado pelos
autores da pesquisa tendo como base o último manual lançado pelo Ministério da Saúde em
2015, o Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêutica (PCDT) – Atenção Integral às Pessoas com
Infecções Sexualmente Transmissíveis. Tal questionário teve como objetivo identificar os
dados dos participantes da amostra (sexo, idade, período cursado, renda familiar) e aspectos
sobre a avaliação dos conhecimentos dos estudantes dos períodos escolhidos (9º, 10º, 11º e 12º)
acerca da sífilis congênita e como é feito o seguimento e acompanhamento desses RNs a nível
de atenção básica.
Apenas 109 alunos aceitaram participar da pesquisa, sendo entregue um envelope com
o questionário sobre os aspectos demográficos da amostra juntamente com o questionário sobre
sífilis congênita e seu seguimento clínico (APÊNDICE A), além do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (ANEXO 1). Os alunos responderam os questionários e, ao entregá-los aos
pesquisadores, deixaram o TCLE fora do envelope para manter o sigilo. Os questionários foram
aplicados pelos autores do estudo, de forma presencial e individual, em um tempo médio de 20
minutos.
O questionário sobre sífilis congênita e seu seguimento clínico foi composto por 15
questões abertas com respostas objetivas, que foram avaliadas como correta, parcialmente
correta e errada, recebendo uma pontuação de 2, 1 e 0, respectivamente.
Este estudo foi iniciado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Centro
Universitário UNINOVAFAPI (CAAE: 02823618.9.0000.5210) (ANEXO 2). Os aspectos
10
éticos dispostos na Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde foram garantidos por
meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), atendendo às exigências éticas
e científicas fundamentais de uma pesquisa envolvendo seres humanos, com todos os
esclarecimentos aos participantes sobre as etapas e os objetivos da pesquisa.
Todos os participantes que concordaram em participar da pesquisa, assinaram o TCLE
em duas vias, uma para o participante e outra para o pesquisador, garantindo a segurança de
ambos. Aos voluntários foi garantido o sigilo das informações fornecidas, bem como a
liberdade para solicitar desligamento do estudo em qualquer fase da execução do mesmo sem
quaisquer penalidades.
Os critérios de inclusão dos participantes na pesquisa foram: estar regulamente
matriculado no curso de graduação em medicina nos períodos referentes ao internato (9º, 10º,
11º e 12º período) do Centro Universitário UNINOVAFAPI, estar cursando o internato em
Teresina, ser sorteado sem conhecimento prévio e estar apto e disposto a participar da pesquisa
(por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido), através da resolução
dos questionários a serem aplicados.
Os critérios de exclusão foram: não estar regularmente matriculado como aluno de
graduação em medicina nos períodos anteriormente mencionados, estar cursando o internato ou
parte dele fora de Teresina, não ser sorteado e não concordar em participar do estudo.
A análise estatística foi do tipo descritiva, recorrendo a frequências absolutas (Nº) e
relativas (%), medidas de tendência central (médias, medianas) e dispersão (desvio padrão,
mínimo e máximo). Os dados foram preenchidos e registrados em uma planilha Microsoft Excel
e posteriormente exportada para o programa IBM SPSS Statistics 20, que processou e analisou
os mesmos.
Foi usado o teste de associação do qui-quadrado com nível de significância de 5%. Os
resultados serão apresentados por meio de tabelas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerando a quantidade aproximada de 240 alunos matriculados no internato do
curso de medicina, os pesquisadores abordaram 200 alunos em sala de aula, com apoio dos
professores, e durante os intervalos. Porém, apenas 109 aceitaram participar da pesquisa.
Observou-se um perfil predominante de mulheres (70,64%), alunos do 12º período (39,45%),
idade entre 20 e 40 anos (99,08%), a maioria já havia passado tanto pelos ciclos de pediatria e
PSF (ou estava cursando algum desses) (52,3%) e renda familiar em torno de 5 a 10 salários
mínimos (44,96%) (Tabela 1).
11
Em relação ao questionário sobre sífilis congênita e seu seguimento, não levando em
consideração os acertos parciais, o índice de acerto para cada questão foi: 104 (95,41%)
acertaram a questão 1; 25 (22,94%) acertaram a questão 2; 15 (13,76%) acertaram a questão 3;
16 (14,68%) acertaram a questão 4; 81 (74,31%) acertaram a questão 5; 67 ( 61,47%) acertaram
a questão 6; 9 (8,26) acertaram a questão 7; 26 (23,85%) acertaram a questão 8; 52 (47,71%)
acertaram a questão 9; 53 (48,62%) acertaram a questão 10; 30 (27,52%) acertaram a questão
11; 20 (18,35%) acertaram a questão 12; 22 (20,75%) acertaram a questão 13; 15 (13,76%)
acertaram a questão 14; 13 (11,93%) acertaram a questão 15 (Tabela 2).
Analisando o gráfico, percebe-se que as questões com maiores percentuais de acerto
foram aquelas com abordagem mais generalista: questão 1, que trata sobre notificação
compulsória, questão 5, sobre escolha de antibiótico para neurossífilis, e questão 6, sobre o
tempo de acompanhamento mínimo para um recém-nascido (RN) com sífilis congênita.
Tabela 1. Perfil socioeconômico dos estudantes do internato do curso de medicina do Centro
Universitário Uninovafapi.
Teresina, maio de 2019
Nº %
Feminino 77 70,64
Sexo Masculino 32 29,36
Total 109 100
9º período 15 13,76
10º período 25 22,94
Período 11º período 26 23,85
12º período 43 39,45
Total 109 100
Abaixo de 20 anos - -
Idade Entre 20 e 40 anos 108 99,08
Acima de 40 anos 1 0,92
Total 109 100
PSF 32 29,36
Pediatria 10 9,17
Ciclo Ambos 57 52,3
Nenhum dos dois 10 9,17
Total 109 100
Até 5 salários mínimos 30 27,52
Renda
Entre 5 e 10 salários
mínimos 49 44,96
familiar
Superior a 10 salários
mínimos 30 27,52
Total 109 100
Fonte: pesquisa direta
12
Em contrapartida, as questões com maiores percentuais de erro foram aquelas perguntas
mais abrangentes e detalhistas: questão 12, que interroga sobre a idade mínima de
acompanhamento no RN cujo teste treponêmico é reagente aos 18 meses, questão 14, sobre a
periodicidade do acompanhamento com as especialidades médicas, e questão 15, sobre o
acompanhamento do RN que apresentou alteração liquórica.
Já as questões com maiores percentuais de acertos parciais foram aquelas cujas respostas
completas eram compostas por vários itens: questão 3, que perguntava sobre todos os exames
que devem ser solicitados para o RN filho de mãe não tratada ou tratada inadequadamente
(VDRL de sangue periférico, análise do líquor cefalorraquidiano, raio-X de ossos longos e
hemograma), questão 7, sobre a periodicidade do acompanhamento clínico no primeiro ano de
vida (mensal nos primeiros 6 meses e bimensal do 6º ao 12º mês), e questão 13, sobre as
especialidades mínimas que todo RN com sífilis congênita deve ser acompanhado (seguimento
neurológico, oftalmológico e audiológico de 6 em 6 meses até completar 2 anos).
Tabela 2. Resultados estatísticos do questionário aplicado por questão.
Teresina (PI), maio de 2019
Acertos Erros Parcialmente certos Total
N % N % N % N %
Questão 1 104 95,41 5 4,59 0 109 100
Questão 2 25 22,94 56 51,38 28 25,68 109 100
Questão 3 15 13,76 2 1,83 92 84,41 109 100
Questão 4 16 14,68 49 44,95 43 40,37 109 100
Questão 5 81 74,31 15 13,76 13 11,93 109 100
Questão 6 67 61,47 42 38,53 - - 109 100
Questão 7 9 8,26 48 44,04 52 47,7 109 100
Questão 8 26 23,85 32 29,36 51 46,82 109 100
Questão 9 52 47,71 40 36,7 17 15,59 109 100
Questão 10 53 48,62 32 29,36 24 22,02 109 100
Questão 11 30 27,52 79 72,48 - - 109 100
Questão 12 20 18,35 89 81,65 - - 109 100
Questão 13 22 20,75 19 17,43 68 61,82 109 100
Questão 14 15 13,76 89 81,65 5 4,59 109 100
Questão 15 13 11,93 89 81,65 7 6,42 109 100
Fonte: pesquisa direta.
Quanto ao índice de conhecimento dos alunos, observou-se que: 21 (19,27%) fizeram menos
de 10 pontos, 55 (50,46%) fizeram entre 10 a 15 pontos, 22 (20,18%) fizeram entre 16 a 20
pontos, 8 (7,34%) fizeram entre 21 a 25 pontos, e 3 (2,75%) fizeram entre 26 e 30 pontos
(Tabela 3). Ou seja, apenas 33 alunos (30,27%) acertaram mais da metade do questionário, o
que reflete a precariedade do aprendizado e da metodologia de ensino nas universidades sobre
13
o referido tema. Isso acaba se refletindo negativamente na assistência básica e no
acompanhamento pré-natal das gestantes, além do acompanhamento dos RN.
A sífilis congênita, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um dos mais
graves desfechos adversos preveníveis da gestação. No Brasil, a SC é uma das principais
infecções perinatais e sua elevada incidência está diretamente relacionada às altas taxas de
sífilis em parturientes. A melhor forma de prevenir a SC é diagnosticar e tratar precoce e
adequadamente a gestante.
A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica e sexualmente transmissível, que
representa um grande desafio para a sociedade e um grave problema de Saúde Pública, pois,
apesar da existência de tratamento eficaz e de baixo custo, ainda possui elevada prevalência, o
que demonstra seu caráter paradoxal, visto que existem doenças infecciosas de maior
complexidade que já foram controladas (ACOSTA, 2016).
A sífilis é uma doença crônica causada pela espiroqueta Treponema pallidum, cuja
principal forma de transmissão é o contato sexual com lesões ou fluidos corporais infectados,
responsável por 95% dos casos. Outras formas de transmissão mais raras e com menor interesse
epidemiológico são por via indireta (objetos contaminados, tatuagem) e por transfusão
sanguínea, cujo risco de contágio varia de 10% a 60%. (BARROS et al, 2005)
Sua evolução é classicamente dividida em sífilis primária, sífilis secundária, latente
precoce e tardia e, sífilis terciária. Além disso, há também a transmissão transplacentária ou
através do canal de parto, o que pode resultar em 2 outras formas de apresentação clínica: sífilis
congênita (SC) precoce e tardia. (CAVAGNARO et al, 2014)
O tratamento da sífilis na gestante é feito com penicilina benzatina, que atravessa a
barreira transplacentária, sendo eficaz tanto para prevenção da transmissão vertical como para
tratamento da infecção fetal. As gestantes são consideradas adequadamente tratadas, quando
além do tratamento penicilínico, realizam o esquema completo, com dose e intervalo adequado
para o estágio de infecção, iniciado até 30 dias antes do parto, com registro de queda de titulação
(sorologia não treponêmica) e avaliado risco de reinfecção (BRASIL,2015).
A SC se associa ao baixo nível de escolaridade, piores condições socioeconômicas,
antecedentes de risco obstétrico, início tardio do acompanhamento pré-natal e número
insuficiente de consultas, além do manejo inadequado dos casos com perda de oportunidade
tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento, à ausência de aconselhamento, à falta de
tratamento do parceiro e ao tratamento inadequado dos casos diagnosticados (FEITOSA;
ROCHA; COSTA, 2016).
Portanto, em relação a assistência à saúde, cabe maiores campanhas de conscientização
sobre a importância do pré-natal, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, além do
14
preparo de toda a equipe de saúde, em especial do médico, para o manejo adequado desses
pacientes, não perdendo a janela de oportunidade para diagnosticar e tratar.
Esse preparo começa ainda dentro das universidades, com maior abordagem e
divulgação sobre o tema. Vale ressaltar que boa parte da assistência básica de saúde é formada
por médicos recém-formados, o que reforça ainda mais a necessidade de se fortalecer o
conhecimento dos acadêmicos de medicina sobre SC, além de outros temas básicos
frequentemente abordados nos postos de saúde.
Tabela 3. Índice individual de pontos
Teresina, maio de 2019
N %
< 10 pontos 21 19,27
10 a 15 pontos 55 50,46
16 a 20 pontos 22 20,18
21 a 25 pontos 8 7,34
26 a 30 pontos 3 2,75
Total 109 100
Fonte: pesquisa direta.
Infelizmente, o ensino médico no Brasil ainda apresenta uma forte dissociação entre
teoria e prática, o que é apontado como problemático desde Platão. O aprendizado é
compartimentalizado, o que fragmenta o conhecimento, o que favorece o surgimento da
especialização precoce, além de hipervalorizar as partes em detrimento do todo, ao cuidado
integral. Neste modelo, concentrado no âmbito hospitalar, marcado pelos processos biológicos
do adoecimento, as pessoas assistidas, e pouco ou não cuidadas, são tratadas com objetos de
estudo, o qual impõe ao estudante, simploriamente, o conhecimento sobre a doença, mas não
do sujeito, de seu ambiente familiar, social, ambiental e de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A falta de conhecimento e familiaridade por parte dos profissionais de saúde com
relação aos protocolos nacionais de controle de sífilis faz parte da realidade do Brasil, além da
dificuldade de abordagem de doenças sexualmente transmissíveis (DST), o que demonstra a
necessidade de melhorias não só da assistência, como também da educação nas instituições de
ensino, pois elas são responsáveis pelos futuros profissionais. (LAFETÁ, 2016)
Em termos epidemiológicos, a sífilis congênita é um indicador da qualidade da
assistência pré-natal de uma população, o que garante que todas as gestantes tenham acesso
15
adequado ao pré-natal. O tratamento adequado da gestante infectada é o melhor método de
prevenção da sífilis congênita. (LAFETÁ, 2016)
Além disso, um dos objetivos da vigilância epidemiológica da sífilis congênita é a
redução da morbimortalidade. Os protocolos de sífilis congênita precisam ser divulgados
intensivamente, tanto nos serviços de pré-natal, nos hospitais-maternidades quanto nas
instituições de ensino. Quanto mais precocemente essas crianças são diagnosticadas e tratadas,
melhor é o seu prognóstico. (KOMKA, 2007)
Considerando o impacto da sífilis congênita na assistência em saúde pública e a necessi-
dade de seu controle foi realizado esse estudo, que avaliou o conhecimento dos acadêmicos de
medicina durante o internato sobre o acompanhamento clínico da sífilis congênita. Este estudo
demonstrou que há carência dos acadêmicos de medicina em relação ao acompanhamento da
sífilis congênita, visto que a maioria acertou até metade do questionário (69,73%), necessitando
um aperfeiçoamento da metodologia de ensino e uma abordagem mais aprofundada nas
universidades, que insira os alunos desde os primeiros períodos em contato com a sociedade e
seus problemas através da unidade de saúde básica. Dessa forma, visando servir como subsídio
para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de educação e saúde, visando menores gastos,
aumento das notificações e melhoria da assistência prestada à população.
16
REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS
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Tregnago. HIV and syphilis coinfection in pregnancy and vertical HIV transmission: a study
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v. 19, n. 3, p. 121-129, maio 2005.
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Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília DF, 2015.
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19
APÊNDICE
20
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO SOBRE ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DA AMOSTRA
Nº _____
VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS
1. Sexo?
o Feminino
o Masculino
2. Qual Período Cursa?
o 9° período
o 10° período
o 11° período
o 12° período
3. Idade?
o Abaixo de 20 anos
o Entre 20 e 40 anos
o Acima de 40 anos
4. Já passou ou está passando por algum desses ciclos?
o PSF
o Pediatria
o Ambos
o Nenhum dos dois
5. Qual sua renda familiar?
o Até 5 salários mínimos
o Entre 5 a 10 salários mínimos
o Superior a 10 salários mínimos
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QUESTIONÁRIO SOBRE SÍFILIS CONGÊNITA E SEU SEGUIMENTO CLÍNICO
1. A sífilis congênita é de notificação compulsória?
2. O objetivo do acompanhamento da sífilis congênita é evitar as sequelas. Cite 2 manifestações
específicas da sífilis congênita tardia.
3. Cite os exames que devem ser solicitados na triagem do RN de mãe não tratada ou
inadequadamente tratada.
4. Quais as alterações liquórica sugestivas de neurossífilis congênita?
5. Qual o antibiótico de escolha caso o RN apresente neurossífilis?
6. Por quanto tempo, no mínimo, um RN com sífilis congênita deve ser acompanhado?
7. Qual a periodicidade do acompanhamento clínico da sífilis congênita no primeiro ano de
vida?
8. Em quais meses se realiza o VDRL seriado no acompanhamento da sífilis congênita?
9. Quando podemos interromper a realização do VDRL seriado?
22
10. O que devemos fazer se houver elevações de títulos sorológicos ou da sua não negativação
até os 18 meses?
11. A partir de qual faixa etária podemos realizar um teste treponêmico para sífilis para
confirmação do caso?
12. Se o teste treponêmico for reagente aos 18 meses, o seguimento deve ser realizado até que
idade mínima?
13. No acompanhamento da sífilis congênita também se faz necessário o seguimento com
algumas especialidades. Quais são elas?
14. Como deve ser feito o acompanhamento com as especialidades citadas acima?
15. O que devemos fazer no acompanhamento do RN que apresentou alteração liquórica?
23
ANEXOS
24
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENDO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Prezado participante,
Você está sendo convidado (a) a participar da pesquisa “Avaliação do conhecimento
dos estudantes de medicina sobre o seguimento clínico de sífilis congênita em um centro
universitário de Teresina-PI”, desenvolvida por Alexandra Karine Paiva de Mesquita e
Lorena Barbosa Sousa, discentes do curso de Graduação em Medicina do Centro Universitário
UNINOVAFAPI, sob orientação da Professora Samara Fernanda Vieira Valença. Suas formas
de contato são respectivamente: (86)99806-0032, (86)99439-3636 e (86)99428-5175.
O objetivo central desta pesquisa é detectar possíveis deficiências existentes na formação
médica em relação ao diagnóstico e acompanhamento clínico dos RNs com sífilis congênita e
que tais informações possam servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias
de educação e saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da
assistência prestada à população.
O convite à sua participação se deve ao fato de estar matriculado no curso de graduação
de medicina do Centro Universitário UNINOVAFAPI entre o 9º e o 12º período (internato).
Sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia
para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento.
Você não será penalizado caso decida não participar da pesquisa ou, tendo aceitado, desistir
desta.
Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas,
pois qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da
pesquisa, e o material será armazenado em local seguro.
A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do
pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito
através dos meios de contato explicitados neste Termo.
Como toda pesquisa, há risco direto ou indireto de identificação do participante. Porém
o risco será minimizado ao utilizar-se um código de identificação com números e letras de
conhecimento apenas dos pesquisadores. Referido aspecto da pesquisa deverá estar explícito
no Termo.
25
A sua participação consistirá em responder perguntas de dois questionários aplicados
pelos pesquisadores do projeto, com tempo de duração de aproximadamente 20 minutos,
podendo se estender, de acordo com a necessidade. As respostas dos questionários serão
transcritas e armazenadas, em arquivos digitais, mas somente terão acesso a estas os
pesquisadores, sua orientadora. Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo,
por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/UNINOVAFAPI.
Os benefícios do desenvolvimento desta pesquisa estão em conhecer as possíveis
carências dos acadêmicos de medicina em relação ao acompanhamento da sífilis congênita, e
dessa forma, servir como subsídio para aperfeiçoar ou aderir novas estratégias de educação e
saúde, visando menores gastos, aumento das notificações e melhoria da assistência prestada à
população. Já o benefício direto proporciona ao acadêmico de medicina entender o quanto se
está preparado para encarar esse tipo de situação e, assim, buscar preencher possíveis falhas na
sua formação médica.
No entanto, essa pesquisa também apresentará alguns riscos ou desconfortos, tais como:
desconforto em relação ao tempo de preenchimento do questionário e o constrangimento em
responder alguma pergunta. Para minimizar este risco será reiterada a questão do sigilo e
anonimato dos participantes pela assinatura do TCLE e a coleta de dados será realizada em
local apropriado.
Ressalta-se que os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano
previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do
direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens III.2.0, IV.4.c, V.3, V.5
e V.6 da Resolução CNS 466/12.
Este termo será redigido em duas vias, sendo uma para o participante e outra para os
pesquisadores. Todas as páginas deverão ser rubricadas pelo participante da pesquisa e pelo
pesquisador responsável, com ambas as assinaturas apostas na última página.
Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê
de Ética em Pesquisa do UNINOVAFAPI, no endereço: Rua Vitorino Orthiges Fernandes, 6123
– Uruguai, CEP: 64073-505 - Teresina – Piauí, Tel - (086) 2106-0738, e-mail:
[email protected]. O Comitê de Ética em Pesquisa é a instância que tem por objetivo
defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para
contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.
Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de
modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de “proteção aos direitos humanos, da
dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade”.
26
______________________________________________________
Samara Fernanda Vieira Valença
Pesquisadora Responsável
CPF: 746.055.773-00
______________________________________________________
Alexandra Karine Paiva de Mesquita
Pesquisador Participante
CPF: 043.181.583-65
______________________________________________________
Lorena Barbosa Sousa
Pesquisadora Participante
CPF: 060.070.853-50
Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e
concordo em participar.
______________________________________________________
(Assinatura do participante da pesquisa)
RG ou CPF:
27
ANEXO 2
28
29
30