atividade in vitro de extrato de samambaia [dicranopteris pectinata] em isolados fÚngicos...

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INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO O sistema de produção tem como característica elevado grau de uso de moléculas artificiais para inúmeras finalidades agrícolas. Muitas destas impossibilitam o uso sustentável dos recursos naturais e proporcionam grandes impactos no ecossistema. A busca por estratégias ecológicas de controle de pragas requer um processo de transição que envolve várias etapas que permitam conciliar as necessidades de manter a propriedade agrícola rentável ao mesmo tempo em que se aumenta o equilíbrio ecológico. Das milhares de espécies vegetais que existem, muitas produzem substâncias que atuam como atraentes ou repelentes de outros organismos. O extrato de plantas defensivas pode ser um recurso útil na repelência e combate às pragas e agentes patogênicos, assim como aumentar a resistência das plantas. Algumas plantas são naturalmente resistentes a danos causados por patógenos, pois produzem compostos que são tóxicos ou que rompem o ciclo de vida desses organismos. Essas substâncias, denominadas compostos secundários ou aleloquímicos, são compostos biossinteticamente derivados de metabólitos primários e não tem função aparente, mas possui importante papel ecológico servindo, entre outros, como defesa química contra microrganismos, insetos e predadores. A maioria desses metabólitos pode ser obtida de parte de plantas através da destilação, extração com solventes ou aquosos, consistindo técnicas com emprego de extratos vegetais, aminoácidos, microrganismos e óleos essenciais, enquadrando-se em estratégias de controle alternativo de patógenos de plantas. O presente trabalho que foi realizado no Laboratório de Microbiologia do IF Goiano-campus Urutaí, tem como objetivo avaliar os efeitos in vitro do extrato de samambaia-de-barranco, em isolado de Fusarium sp., Phoma glomerata, Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp. Na maior concentração do extrato vegetal, a taxa de crescimento foi reduzida em 10% para o isolado Fusarium sp., 4% para Phoma glomerata, para Colletotrichum sp. reduziu em 28% e para o isolado de Lasiodiplodia sp. em 20%. Os isolados de Lasiodiplodia sp. e Phoma glomerata tiveram as maiores amplitudes de taxas de crescimento (> 30 mm.dia -1 ). O extrato vegetal teve efeito espécie fúngica especifica e inibiu nas máximas concentrações. Rejeitou-se a hipótese de nulidade para as concentrações de extratos de samambaia utilizando como variável dependente a AACPCM para os isolados de Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp. Para o parâmetro e variável dependente a taxa de crescimento rejeitou-se a hipótese de nulidade as concentrações dos extratos de samambaia para os isolados Fusarium sp., Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp. ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE SAMAMBAIA [Dicranopteris pectinata] EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNCIOS. Andrade, João M.S., Guimarães, Gesiane R, Amorin, Gianne O., Paz-Lima, Milton L. Instituto Federal Goiano campus Urutaí, E-mail: [email protected]. As concentrações in vitro do extrato vegetal de samambaia-do-campo apresentaram efeitos diferenciais entre os isolados fúngicos. Para alguns gêneros a concentração crítica e inibitória é diferenciada de outros isolados fúngicos. Inoculação e avaliação por oito dias Ande, J. M. ; Paz Lima, M. L. A B C D E Coleta do material para preparação do extrato Esterilização em HClO [10 %] por vinte minutos Acondicionamento em jornais e posteriormente estufa [100 o C] 96 horas Matéria seca: trituração e extrato aquoso (1:4) Diluições: [2%], [10%], [14%], [20%], [30%] e testemunha em meio BDA Figura 1. Elementos experimentais. A. aspecto vegetativo de Dicranopteris pectinata. B. concentrações do extrato em meio DBA, respectivamente, da direita a testemunha e seguindo nas seguintes concentrações: 2%,10%, 14%, 20%, 30% (antes da autoclavagem). C. placas de Petri contendo meio de cutura diluído em diferentes concentrações de extrato inoculado Lasiodiplodia sp., D. e E. culturas aos 8 dias após a inoculação.. 1 2 3 5 7 4 6 8 Figura 2. Médias e desvios padrões da área abaixo da curva de progresso do crescimento micelial (AACPCM) e taxa de crescimento (mm.dia -1 ). 1. valores de AACPCM Fusarium sp., 2. valores de AACPCM Phoma glomerata, 3. valores de AACPCM Colletotrichum sp., 4. valores de AACPCM Lasiodiplodia sp., 5. valores da taxa de crescimento de Fusarium sp., 6. valores da taxa de crescimento de Phoma glomerata, 7. valores da taxa de crescimento de Colletotrichum sp., 8. valores da taxa de crescimento de Lasiodiplodia sp. Diâmetro da colônia – AACPCM e Taxa de crescimento (coeficiente angular - mm.dia -1 )

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Page 1: ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE SAMAMBAIA [Dicranopteris pectinata] EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNCIOS. - João Marcus S. Andrade

INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

O sistema de produção tem como característica elevado grau de uso de moléculas artificiais para inúmeras finalidades agrícolas. Muitas destas impossibilitam o uso sustentável dos recursos naturais e proporcionam grandes impactos no ecossistema. A busca por estratégias ecológicas de controle de pragas requer um processo de transição que envolve várias etapas que permitam conciliar as necessidades de manter a propriedade agrícola rentável ao mesmo tempo em que se aumenta o equilíbrio ecológico. Das milhares de espécies vegetais que existem, muitas produzem substâncias que atuam como atraentes ou repelentes de outros organismos. O extrato de plantas defensivas pode ser um recurso útil na repelência e combate às pragas e agentes patogênicos, assim como aumentar a resistência das plantas. Algumas plantas são naturalmente resistentes a danos causados por patógenos, pois produzem compostos que são tóxicos ou que rompem o ciclo de vida desses organismos. Essas substâncias, denominadas compostos secundários ou aleloquímicos, são compostos biossinteticamente derivados de metabólitos primários e não tem função aparente, mas possui importante papel ecológico servindo, entre outros, como defesa química contra microrganismos, insetos e predadores. A maioria desses metabólitos pode ser obtida de parte de plantas através da destilação, extração com solventes ou aquosos, consistindo técnicas com emprego de extratos vegetais, aminoácidos, microrganismos e óleos essenciais, enquadrando-se em estratégias de controle alternativo de patógenos de plantas. O presente trabalho que foi realizado no Laboratório de Microbiologia do IF Goiano-campus Urutaí, tem como objetivo avaliar os efeitos in vitro do extrato de samambaia-de-barranco, em isolado de Fusarium sp., Phoma glomerata, Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp.

Na maior concentração do extrato vegetal, a taxa de crescimento foi reduzida em 10% para o isolado Fusarium sp., 4% para Phoma glomerata, para Colletotrichum sp. reduziu em 28% e para o isolado de Lasiodiplodia sp. em 20%. Os isolados de Lasiodiplodia sp. e Phoma glomerata tiveram as maiores amplitudes de taxas de crescimento (> 30 mm.dia-1). O extrato vegetal teve efeito espécie fúngica especifica e inibiu nas máximas concentrações.Rejeitou-se a hipótese de nulidade para as concentrações de extratos de samambaia utilizando como variável dependente a AACPCM para os isolados de Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp. Para o parâmetro e variável dependente a taxa de crescimento rejeitou-se a hipótese de nulidade as concentrações dos extratos de samambaia para os isolados Fusarium sp., Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp.

ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE SAMAMBAIA [Dicranopteris pectinata] EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNCIOS.

Andrade, João M.S., Guimarães, Gesiane R, Amorin, Gianne O., Paz-Lima, Milton L. Instituto Federal Goiano campus Urutaí, E-mail: [email protected].

As concentrações in vitro do extrato vegetal de samambaia-do-campo apresentaram efeitos diferenciais entre os isolados fúngicos. Para alguns gêneros a concentração crítica e inibitória é diferenciada de outros isolados fúngicos.

Inoculação e avaliação por oito diasAn

de, J

. M. ;

Paz

Lim

a, M

. L.

A

B

C

D

E

Coleta do material para preparação do extrato

Esterilização em HClO [10 %] por vinte minutos

Acondicionamento em jornais e posteriormente estufa [100 oC] 96 horas

Matéria seca: trituração e extrato aquoso (1:4)

Diluições: [2%], [10%], [14%], [20%], [30%] e testemunha em meio BDA

Figura 1. Elementos experimentais. A. aspecto vegetativo de Dicranopteris pectinata. B. concentrações do extrato em meio DBA, respectivamente, da direita a testemunha e seguindo nas seguintes concentrações: 2%,10%, 14%, 20%, 30% (antes da autoclavagem). C. placas de Petri contendo meio de cutura diluído em diferentes concentrações de extrato inoculado Lasiodiplodia sp., D. e E. culturas aos 8 dias após a inoculação..

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Figura 2. Médias e desvios padrões da área abaixo da curva de progresso do crescimento micelial (AACPCM) e taxa de crescimento (mm.dia-1). 1. valores de AACPCM Fusarium sp., 2. valores de AACPCM Phoma glomerata, 3. valores de AACPCM Colletotrichum sp., 4. valores de AACPCM Lasiodiplodia sp., 5. valores da taxa de crescimento de Fusarium sp., 6. valores da taxa de crescimento de Phoma glomerata, 7. valores da taxa de crescimento de Colletotrichum sp., 8. valores da taxa de crescimento de Lasiodiplodia sp.

Diâmetro da colônia – AACPCM e Taxa de crescimento

(coeficiente angular - mm.dia-1)