atos processuais

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Programa de Graduação em Direito – PUC Minas Arcos Direito Processual Civil I João Vítor de Araújo Santos Paulo Alexandre Miranda Santos

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Programa de Graduao em Direito PUC Minas Arcos

Direito Processual Civil I

Joo Vtor de Arajo SantosPaulo Alexandre Miranda Santos

Arcos/MG2013 Joo Vtor de Arajo Santos Paulo Alexandre Miranda Santos

DIREITO PROCESSUAL CIVILResenha dos artigos 154 ao 171 do CPC (Da forma dos atos processuais)

Trabalho apresentado a disciplina Direito Processual Civil da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais, sob orientao da Professora Pauliana Dias para fim deobteno de crditos.

Arcos 2013

CONSIDERAES INICIAIS

Com a maestria que lhe caracterstica, o brilhante autor e professor (THEODORO, 2006) esclarece-nos sucintamente o conceito abordado:O processo apresenta-se, no mundo do direito, como uma relao jurdica que se estabelece entre as partes e o juiz e se desenvolve, atravs de sucessivos atos, de seus sujeitos, at o provimento final destinado a dar soluo ao litgio. Inicia-se, desenvolve-se e encerra-se o processo por meio de atos praticados ora pelas partes, ora pelo juiz ou seus auxiliares. H, ainda, acontecimentos naturais, no provocados pela vontade humana, que produzem efeito sobre o processo, como a morte da parte, o perecimento do bem em litgio, ou o decurso do tempo etc. (TEODORO, 2006, p.244).Destarte, observa-se (CALMON, 2002, 53) que no h atos processuais praticados fora do processo, nem so atos processuais todos os atos praticados dentro do processo. de suma importncia tambm perceber que no apenas as partes praticam os atos processuais, mas tambm o rgo jurisdicional e seus auxiliares. (MONIZ,1989).Logo, tanto os atos das partes quanto os do juiz ou dos auxiliares e demais participantes da relao processual se destinam a preparar essa soluo e todos so processuais. Em sntese (COUTURE,1974, p. 201) nos diz que h de se entender por ato processual o ato jurdico emanado das partes, dos agentes da jurisdio, ou mesmo dos terceiros ligados ao processo, suscetvel de criar modificar ou extinguir efeitos processuais.

DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS:De modo sinttico (BEVILQUA,1975), podemos entender por Forma dos Atos processuais o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurdico seja plenamente eficaz. atravs da forma que a declarao de vontade adquire realidade e se torna ato jurdico processual. No que diz respeito forma dos atos, (THEODORO, 2006) ainda nos diz:Os atos jurdicos em geral costumam ser classificados em solenes ou no solenes. Solenes so aqueles para os quais a lei prev uma determinada forma como condio de validade. E no solenes, os atos de forma livre, isto , que podem ser praticados independentemente de qualquer solenidade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos em direito. (TEODORO, 2006, p.247) Os atos processuais so solenes porque, via de regra, se subordinam forma escrita, a termos adequados, a lugares e tempo expressamente previstos em lei. (THEODORO, 2006). Assim, o art. 154 do CPC dispe que "os atos e termos processuais no dependem de forma determinada, seno quando a lei expressamente a exigir". (BRASIL, 1973). Mas, conforme o mesmo dispositivo legal, ainda quando houver a exigncia de determinada solenidade, reputar-se-o vlidos os atos que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. (BEVILQUA, 1975). Quando, todavia, o texto legal cominar, expressamente, a pena de nulidade para a inobservncia de determinada forma, como no caso das citaes (art.247), no incide a regra liberal do art. 154, de maneira que o ato no produzir eficcia jurdica, ainda que a cincia dain ius vocaciotenha efetivamente chegado ao ru. (THEODORO, 2006). PUBLICIDADE Um dos princpios fundamentais do processo moderno o da publicidade de seus atos, que se acha consagrado em nosso Cdigo, pelo art. 155. (BRASIL 1973). No que tange a publicidade processual, vemos que em regra esto abertos a todo e qualquer cidado. Salvo algumas hipteses explicitadas tambm no art. 155 do CPC. Assim, nos diz (THEODORO,2006) :So pblicos os atos processuais no sentido de que as audincias se realizam a portas abertas, com acesso franqueado ao pblico, e a todos dado conhecer os atos e termos que no processo se contm, obtendo traslados e certides a respeito deles. H, porm, casos em que, por interesse de ordem publica e pelo respeito que merecem as questes de foro intimo, o Cdigo reduz a publicidade dos atos processuais apenas as partes e respectivos procuradores tem pleno acesso aos atos e termos do processo. (THEODORO, 2006, 248). Destarte, importante se faz ressaltar a idia do uso do vernculo (tambm expresso no CPC art. A56 e 157). Onde, para todo e qualquer ato do processo, h uma lngua oficial e obrigatria, que o portugus, nosso vernculo. (THEODORO, 2006). Ainda, afirma-nos (THEODORO, 2006), que se h a pretenso de se juntas aos autos documento redigido em lngua estrangeira, dever a parte providenciar para que sua apresentao em juzo se faa acompanhada de verso em vernculo, firmada por tradutor juramentado. Conforme dispe o art 157 em sua redao. (BRASIL, 1973).

DOS ATOS DA PARTE Dos atos da parte nos diz Humberto Theodoro Jnior:

Consideram-se atos da parte os praticados peloautorouru, pelosterceiros intervenientesou peloMinistrio Pblico, no exerccio de direitos ou poderes processuais, ou para cumprimento de nus, obrigaes ou deveres decorrentes da relao processual. (THEODORO, 2006, 252).

Conture os Classifica em atos de obteno e atos dispositivos. Sendo que, os primeiros procuram obter do rgo jurisdicional a satisfao de uma pretenso manifestada nos autos; e os ltimos tm por objetivo criar, modificar ou extinguir situaes processuais (CONTURE,1974). Atos de obteno: Atos de petio, atos de afirmao, atos de prova, atos de submisso. Atos dispositivos: Atos de submisso, atos de desistncia, atos de transao. (CONTURE,1974,206-208) Dispe o art. 158, CPC que os atos das partes, consistentes em declaraes unilaterais, ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituio, a modificao ou a extino de direitos processuais. (BRASIL, 1973). Isto quer dizer que os efeitos do ato processual, salvo disposio em contrrio, so mediatose no dependem de reduo a termo nem de homologao judicial. (THEODORO, 2006) Para formao deautos suplementares, impe o Cdigo (art. 159 CPC) s partes o dever de apresentar em duplicata todas as peties e documentos que instrurem o processo, desde que no constantes de Registro Pblico. (BRASIL, 1973). A principal funo dos autos suplementares servir de base para restaurao do processo no caso de extravio dos autos originais. Conforte dispe o art. 1063 do CPC em sua redao (BRASIL, 1973). Essas cpias, datadas e assinadas pela parte, depois de conferidas pelo escrivo iro formando os autos suplementares, dos quais devero constar a reproduo de todos os atos e termos do processo original (art. 159, 1) CPC).No lcito s partes ou advogados retirarem autos suplementares de cartrio. De l s saem para concluso ao juiz, na falta dos autos originais (art. 159, 2). (BRASIL, 1973). Ao entregar em cartrio suas peties, arrazoados, papis e documentos, as partes tm direito a recibo a ser passado pelo escrivo (art. 160), o qual comprova observncia dos prazos legais e serve para documentar o ato praticado. (BRASIL, 1973).

DOS ATOS DO JUIZ

De acordo com o art. 162, do CPC: Os atos do juiz consistiro emsentenas,decises interlocutriase despachos. (BRASIL, 1973). Assim descriminaremos em ordem cronolgica os atos do magistrado.

Deciso Interlocutria o ato do Juiz que,sem dar fim ao processo, decide uma questo incidente, seja na fase de conhecimento, seja na fase de execuo. Logo, nos diz (MARQUES, 1997) que Deciso, em sentido lato, todo e qualquerpronunciamentodo juiz, resolvendo uma controvrsia, com o que abrange, em seu significado, as prprias sentenas.

J os Despachos so atossem nenhum cunho decisrioque tm por finali-dade to somente viabilizar amarcha normal do procedimento, por fora do Princpio Processual do Impulso Oficial. Ratificando tal conceito, pontuar-se- que so asordens judiciaisdispondo sobre o andamento do processo, tambm denominadasdespachos ordinatrios ou de expediente. (REZENDE,1959).

A sentena entendida comoa deciso ou ato do Juiz que implica alguma das situaes previstas no art. 267 ou 269 do Cdigo. Se o sentena proferida com base nas situaes descritas no art. 267, chamada determinativa (j que, o juiz no resolve o mrito, isto , no chega a dar como procedente ou improcedente o pedido); Se a sentena tiver como fundamento uma das hipteses do art. 269, diz-se que definitiva (uma vez que efetivamente se analisa e julga o pedido), sendo procedente ou im-Procedente. (BRASIL, 1973).

Assim, atravs da sentena que o Estado Satisfaz esse direito e cumpre o dever contrado em razo do monoplio oficial da justia. (THEODORO, 2006).

DOS ATOS DO ESCRIVO OU DO CHEFE DE SECRETARIA

Em seus escritos, Humberto Theodoro Junior, nos diz que no processo h um constante movimento, uma sucesso de atos todos concatenados e tendentes a alcanar a meta final, que o provimento jurisdicional que haver de solucionar o litgio. (THEODORO, 2006). Da a existncia do principal rgo auxiliar do juiz, que o escrivo ou o chefe de secretaria, que se encarrega especificamente dos atos de documentao, comunicao e movimentao do processo e cujas tarefas esto bem delineadas no art. 141 CPC. (BRASIL, 1973)

O processo se inicia com a provocao do autor por meio da petio inicial.Depois de despachada pelo juiz, a petio vai ao escrivo que promover o primeiro ato de documentao do processo: a autuao.

Os termos mais comuns que o escrivo redige no curso do procedimento so os de juntada, vista, concluso e recebimento, que se apresentam como notas datadas e rubricadas pelo referido serventurio.

De acordo com o art. 169 CPC, os atos e termos do processo sero datilografados ou escritos com tinta escura e indelvel, assinando-os as pessoas que neles intervierem. Quando estas no puderem ou no quiserem firm-las, o escrivo certificar nos autos a ocorrncia.No texto dos termos e atos do processo vedado o emprego de abreviaturas (art. 169, 1 - CPC), para se evitar ambigidade ou incerteza que s prejuzos podem acarretar aos interesses das partes e do juiz. (BRASIL, 1973)

lcito o uso da taquigrafia, estenotipia ou outro mtodo idneo para simplificar e mecanizar a documentao das audincias ou sesses de qualquer juzo ou tribunal. (BRASIL, 1973)

Na elaborao dos atos e termos, vedado ao escrivo deixar espaos em branco, bem como fazer entrelinhas, emendas ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas (BRASIL, 1973).

REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS THEODOROJR.,Humberto.Curso dedireitoprocessualcivil: procedimentos especiais. 44. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006, v. I, p. 106.

DE PASSOS, Calmon. Esboo de uma Teoria das Nulidades Aplicada s Nulidades Processuais, Rio de Janeiro, Forense, 2002, n 38, p. 53

DE ARAGO, Moniz. Comentrios ao Cdigo de Processo Civil, 1 Ed., v II, n4, p 10.

COUTURE, fundamentos del Derecho Procesal Civil, 1974, n 123, p.201.

BEVILQUA, Clvis. Teoria Geral do Direito Civil, 1975, 62, p. 242

MARQUES, Jos Frederico. Manual de Direito Processual Civil, 1 ed., 1974, v.I, n 259, p. 301.

REZENDE FILHO, Gabriel, Curso de Direito Processual Civil, 5 Ed., v. III, n 804, p. 15

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm