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Brasil: uma vocação natural para a indústria química País rico em petróleo, gás, biodiversidade, minerais e terras raras
Audiência Pública – AP 002/2014 04 de novembro de 2014
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
Segmento Matéria-Prima Enquadramento e Aplicação de Margens para a Indústria Química
Fátima Giovanna Coviello Ferreira Diretora de Economia e Estatística
Importância da Indústria Química • A indústria química é um dos mais importantes e dinâmicos setores da economia
brasileira, representando 2,9% do PIB do Brasil.
• No Brasil, o setor químico é o quarto na formação do PIB Industrial.
• A indústria química é fornecedora de matérias-primas e produtos para todos os setores produtivos, da agricultura ao aeroespacial.
• Mercado químico/petroquímico é globalizado.
• Existe uma extrema competição em âmbito internacional.
• É crescente ainda o déficit comercial no segmento químico (US$ 32 bilhões)
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
Matérias-primas do setor
• As matérias-primas podem chegar a um peso de até 80% nos custos de produção da petroquímica, sendo, portanto, um fator decisivo na viabilização da indústria;
• Há uma forte relação dessas matérias-primas com o
mercado de energia, sendo o seu fornecimento condicionado ao equacionamento da matriz energética.
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
47% da Petroquímica Mundial parte da Nafta
Base de informações: 2014
No Brasil, esse percentual é bem mais elevado, 74%
Matérias-primas preponderantes no Brasil
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014 Demanda Industrial por Gás
Cimento 0%
Ferro-gusa e aço (siderurgia)
10%
Ferro-ligas 0%
Mineração e pelotização
7%
Não-ferrosos e outros
metalurgia 8% Química
24% Alimentos e bebidas
7% Têxtil 3%
Papel e celulose 7%
Cerâmica 13%
Outros 21%
Fonte: Balanço Energético Nacional - MME
Em 106 m3
Maior peso dentre os setores
industriais
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014 Usos do Gás na Indústria Química
Petroquímica
Gás Natural
Agregação de valor
Distribuição Fertilizantes Energia
Uso Energético: Mercado de Combustíveis para as mais diversas finalidades e áreas de atividade, como geração termelétrica, aquecimento, co-geração, GNV, etc.
Uso Não Energético: Matéria–prima para a indústria química e petroquímica e, em menor escala, outras indústrias, como a siderurgia.
A cadeia produtiva ampliada de gás natural mostra uma elevada agregação de valor até chegar aos produtos de consumo final.
Cadeia Química do C1
Central de Gás de Síntese
CO
H2 Amônia
CO2 Ureia
Combustíveis
Parafinas
GTL – Gas to Liquids
Oxo-Álcoois
Formaldeido
Ácido Fórmico
Biodiesel
DME
Ácido Acético
Resinas
Acetaldeido
Paraformaldeído
Anidrido Acético
Acetatos
Metanol
Fosgênio Isocianatos
Pentaeritritol
Poliacetais
Silicones
Policarbonatos
Melamina
Eteno
Propeno MTO – Methanol to Olefins
Negro de Fumo
GÁ
S N
ATU
RAL
Acetato Vinila Acetato Polivinila
Álcool Polivinilico
Nitrato de Amônia
Sulfato de Amônia
MAP, DAP
Ácido Nítrico
Ácido Cianídrico
Ácido Metacrílico
Metacrilato de Metila
Polimetacrilato de Met
Pirólise de Metano
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014 Demanda de Gás Química do C1
Limitada por baixa oferta, estagnada e decrescente
ANO TOTAL
BRASIL (*) GÁS NATURAL
MATÉRIA-PRIMA (**) MATÉRIA-PRIMA SOBRE O TOTAL
2009 36,7 1,7 4,63%
2010 49,7 2,2 4,43%
2011 47,7 2,2 4,61%
2012 57,1 1,7 3,00%
2013 69,3 1,6 1 2,31%
(*) Total de vendas de gás natural nas distribuidoras. (**) NÃO INCLUI o consumo das unidades de fertilizantes da Petrobras-FAFEN. Fontes: ANP, Abegás, Petrobras, MME e Abiquim.
Mundialmente, nos países produtores, o
consumo como matéria-prima, em
relação ao total consumido, é da ordem
de 8%.
1 Preliminar.
A ociosidade atual das plantas é de 40%
• De acordo com a regulação estadual em vigor, devem ser enquadrados como USUÁRIOS no SEGMENTO GÁS MATÉRIA-PRIMA as empresas que efetivamente adotem o insumo em processos físico-químico para a produção de produtos aplicados na indústria química;
• No caso de eventual utilização do gás natural para combustão pela mesma
unidade usuária, respectivo consumo será objeto de medição e faturamento específico, rateando-se os valores devidos conforme o consumo e correspondente tarifa aplicável a cada finalidade.
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
• os associados da ABIQUIM, cujas instalações se acham em operação no estado de São Paulo, registram nesta oportunidade o volume a ser considerado no SEGMENTO MATÉRIA-PRIMA no próximo ciclo tarifário:
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
Estado Volume consumido (mil m3/dia) - 2014
Volume consumido (mil m3/dia) – plena carga
SP 841,2 1.100,0
Utilização do Gás Natural como Matéria-Prima na Indústria Química Brasileira 1 AIR LIQUIDE Paulínia - SP CO e HIDROGÊNIO 2 BANN Paulínia - SP HIDROGÊNIO (paralisada)
3 CABOT Mauá - SP NEGRO DE CARBONO
4 CLARIANT Suzano - SP HIDROGÊNIO
5 COLUMBIAN CHEMICALS Cubatão - SP NEGRO DE CARBONO
6 ORION CARBONS Paulínia - SP NEGRO DE CARBONO
7 VALE FERTILIZANTES Cubatão - SP AMÔNIA
Fonte: ABIQUIM.
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014 Margem máxima ao consumidor US$/MMBTU – COMGÁS Deliberação ARSESP nº 496, de 27/05/2014
DELIBERAÇÃO ARSESP Nº 496 de 27/05/2014
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
100.000 1.000.000 10.000.000
US$/MMBTU
[m3/mês]Industrial Matéria Prima Cogeração
O SEGMENTO MATÉRIA-PRIMA já existe para as três concessionárias do Estado, porém tanto as Concessionárias quanto a ARSESP não estão permitindo o enquadramento das
empresas nesse segmento, gerando prejuízos à atividade do setor. Pleito ABIQUIM: permitir o enquadramento imediato como USUÁRIOS no SEGMENTO GÁS MATÉRIA-PRIMA as empresas que efetivamente adotem o insumo em processos físico-químico para a produção de produtos aplicados na indústria química, considerando os volumes ora apresentados.
Contribuições ABIQUIM – AP 002/2014