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Auditoria ao Grupo SCPTRANSCRIPT
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Grupo Sporting Clube de Portugal
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL
01.08.1998 A 26.03.2011
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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal
ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO
I. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 1 1. OBJECTIVOS ........................................................................................................................................ 2 2. ÂMBITO ............................................................................................................................................... 2
2.1. Nível da análise ........................................................................................................................... 2 2.2. Empresas que compõem o Grupo Sporting ............................................................................... 3 2.3. Período analisado ....................................................................................................................... 3
3. METODOLOGIA ................................................................................................................................... 4 4. MATERIALIDADE ................................................................................................................................. 5 5. LIMITAÇÕES ........................................................................................................................................ 5
II. VISÃO GERAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS ........................................................................................... 8 1. EVOLUÇÃO DO BALANÇO ................................................................................................................... 8 2. EVOLUÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS .......................................................................... 10 3. EVOLUÇÃO DOS CASH FLOWS ANUAIS ............................................................................................. 14
III. ANÁLISE PARCELAR DAS CONTAS CONSOLIDADAS ............................................................................... 18 1. EVOLUÇÃO DO BALANÇO ................................................................................................................. 18
1.1. Imobilizado corpóreo ............................................................................................................... 18 1.2. Imobilizado incorpóreo ............................................................................................................ 28 1.3. Dívidas de financiamento ......................................................................................................... 42 1.4. Diferimentos e provisões.......................................................................................................... 45 1.5. Outras contas do Balanço ......................................................................................................... 47
2. CONTAS DE RESULTADOS ................................................................................................................. 49 2.1. Vendas e Prestações de serviços .............................................................................................. 49 2.2. Resultados extraordinários....................................................................................................... 51 2.3. Custos com o pessoal ............................................................................................................... 56 2.4. Fornecimentos e serviços externos .......................................................................................... 60 2.5. Amortizações ............................................................................................................................ 63 2.6. Juros e outros custos de financiamento ................................................................................... 64 2.7. Outras rubricas de Resultados.................................................................................................. 65
IV. RESUMO DOS ASPECTOS MAIS RELEVANTES COM IMPACTO ECONÓMICO-‐FINANCEIRO QUE OCORRERAM EM CADA MANDATO ...................................................................................................... 68
V. HIPOTECAS, GARANTIAS, PENHORES, OUTROS ÓNUS E LITÍGIOS ........................................................ 72 1. HIPOTECAS, GARANTIAS, PENHORES E OUTROS ÓNUS .................................................................... 72 2. LITÍGIOS ............................................................................................................................................. 74
VI. PRINCIPAIS CONTRATOS EM VIGOR ...................................................................................................... 76
VII. CONCLUSÕES ......................................................................................................................................... 77
LISTA DOS QUADROS..................................................................................................................................... 80
LISTA DOS GRÁFICOS ..................................................................................................................................... 81
BALANÇO CONSOLIDADO DE 1999 E DE 2010 .............................................................................................. 82
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS DE 1999 A 2010 ......................................................... 83
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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL GRUPO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
01.08.1998 A 26.03.2011
SUMÁRIO EXECUTIVO
O Relatório de que este documento é o Sumário Executivo foi elaborado nos termos da proposta apresentada com data de 3/6/2011, tendo como objectivo apresentar a evolução da situação patrimonial do Grupo Sporting, numa perspectiva financeira consolidada, no período decorrente entre 1 de Agosto de 1998 e 26 de Março de 2011, evidenciando as variações anuais materialmente relevantes das várias rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados consolidados e suas implicações ao nível da origem/aplicação de fundos. Este período foi estendido a 1995 no caso do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo, às rubricas mais relevantes do Activo. Na análise temporal efectuada, teve-‐se em consideração os períodos de reporte inerentes a cada mandato directivo. Os trabalhos efectuados apoiaram-‐se nas contas individuais das várias empresas que compõem o Grupo Sporting, com base nas quais foram elaboradas Contas Consolidadas anuais, preparadas por empresa de consultadoria externa. Essas demonstrações financeiras consolidadas, que só foram elaboradas a partir da época 1998-‐1999, não incluíram a preparação da Demonstração de Fluxos de Caixa consolidada. Face a essa limitação, elaborámos uma Demonstração de Fluxos de Caixa consolidada pelo método indirecto, apoiada nos Balanços de cada ano e nas respectivas Demonstrações de Resultados, que abrange as épocas 1999-‐2000 a 2009-‐2010. A análise efectuada reparte-‐se em 3 grandes áreas: rubricas do Balanço, da Demonstração de Resultados e dos Fluxos de Tesouraria. 1. Evolução das principais contas do Balanço de 1999 a 2010
O Imobilizado Corpóreo aumentou em 86 milhões de euros, de 50 para 134 milhões de euros em valores líquidos. Entre 1998 e 2010 foram investidos 183 milhões de euros na Academia e no novo Estádio (incluindo todo o complexo desportivo e de lazer Alvalade XXI, tendo-‐se recebido 35 milhões de euros de subsídios e 135 milhões de euros de vendas de terrenos e direitos de superfície referentes à parte alienada do Alvalade XXI -‐ Health Club, Edifício
Grupo Sporting integra o Estádio, Museu, Multidesportivo, Academia além de outras parcelas de terreno onde, de entre as quais, está previsto ser edificado o futuro pavilhão multidesportivo. O Imobilizado Incorpóreo, que se compõe essencialmente dos passes dos jogadores de futebol profissional, diminuiu no período em 11 milhões de euros (valores líquidos em 2010). O saldo resultante de todas as operações de investimento em imobilizado incorpóreo, relacionadas com aquisições (197 milhões de euros) e vendas (157 milhões de euros) dos
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passes de jogadores entre 01.08.1998 e 26.03.2011 foi negativo em cerca de 41 milhões de euros. Dívidas de financiamento -‐ nesta rubrica observa-‐se o maior acréscimo: 217 milhões de euros. Tal representa um aumento médio de cerca de 20 milhões de euros por ano, tendo o endividamento do Grupo Sporting mais do que quintuplicado em 12 anos. O endividamento bancário surge com valores mais expressivos sobretudo a partir de 2001, ano em que se iniciaram as obras de construção do novo Estádio e do complexo Alvalade XXI. Em 2006 o endividamento atingiu o valor máximo, com cerca de 277 milhões de euros, que foi praticamente retomado em 2011, se adicionarmos a emissão de 55 milhões de euros de obrigações convertíveis em acções emitidas na época 2010/2011 , que se vencem em 2016. Nesta data, o Grupo Sporting terá que equacionar a sua posição de controlo sobre a SAD. O património imobiliário encontra-‐se hipotecado, servindo de garantia aos empréstimos contratados. Os Resultados Acumulados negativos agravaram-‐se em 175 milhões de euros nos últimos 12 anos, o que representa uma média anual de 16 milhões de euros de prejuízos por ano desde 1999. Como consequência desta acumulação de prejuízos ao longo dos anos, o Capital Próprio do Grupo Sporting, que era positivo em 11 milhões de euros em 1999, atingiu em 2010 o valor negativo de 183 milhões de euros, o mais baixo de sempre, evidenciando uma situação de falência técnica em termos consolidados.
2. Evolução das principais contas da Demonstração de Resultados de 1999 a 2010 e suas causas subjacentes Vendas e prestações de serviços apresentando em 1999 o valor de 20 milhões de euros, estes proveitos aumentaram especialmente em 2004 (44 milhões de euros), com um aumento considerável das receitas de bilheteira, que triplicaram nesse ano, com a inauguração do novo Estádio. Após 2004 as Vendas e Prestações de Serviços apresentaram estabilidade ou pequenos crescimentos anuais, até ao valor máximo de 51 milhões de euros em 2008. Nos dois últimos anos verificaram-‐se decréscimos anuais de 2 milhões de euros, tendo-‐se atingido os 47 milhões de euros em 2010, com uma redução média de 2 milhões de euros /ano. Proveitos extraordinários e outros estas duas rubricas confundem-‐se em conceito, pois no decorrer dos vários anos do período, registaram-‐se algumas mais-‐valias com os passes de
isando estas duas rubricas em conjunto, que se compõem em grande parte pelas mais-‐valias obtidas nas vendas dos passes dos jogadores, concluímos que o ano de 2007 foi o mais elevado, logo seguido por 2004 e 2003. Globalmente, os resultados extraordinários contribuíram de forma positiva para os resultados líquidos do Grupo Sporting, cifrando-‐se em cerca de 150 milhões de euros nos últimos 12 anos (1999-‐2010). Para aquele valor contribuíram principalmente as mais-‐valias obtidas com a venda dos passes dos jogadores, que representaram cerca de 70% (106 milhões de euros ) dos resultados extraordinários. Proveitos suplementares trata-‐se essencialmente dos proveitos provenientes das comparticipações da UEFA pela presença nas competições europeias. São rendimentos com
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certa irregularidade, com valores máximos em 2001 e 2009, que advêm maioritariamente da presença do Clube nestas competições. Em acumulado, os prémios totais auferidos pelo Sporting pela participação em competições europeias durante os últimos 12 anos (1999-‐2010) atingiram o montante de 39 milhões de euros, valor que representa cerca de 9% do total dos proveitos normais (bilheteira, quotização, publicidade, televisão e outros) obtidos pelo Grupo Sporting no mesmo período. Custos com o pessoal nestes gastos estão incluídas as remunerações de todo o pessoal das diversas empresas do grupo e respectivos encargos sociais, incluindo os jogadores profissionais. Houve uma tendência de crescimento até 2003-‐2004, tendo-‐se a partir dessa data mantido perto dos 30 milhões de euros anuais. Cerca de 75% dos gastos com pessoal são encargos com jogadores e treinadores. Os custos com directores e administradores representaram anualmente desde 2003 cerca de 2 milhões de euros, da ordem de metade dos gastos com o restante pessoal administrativo. Fornecimentos e serviços externos estes custos têm demonstrado tendência crescente, com excepção de ligeiras reduções em 2003 e 2005. Estabilizaram nos 21 milhões de euros em 2009 e 2010. Foi, no decorrer dos anos, a 2ª ou 3ª maior rubrica da estrutura de custos do Grupo Sporting. A sua evolução tem sido em crescimento, tendo os seus valores dobrado em 12 anos. Dentro dos FSEs a rubrica mais importante são os honorários, que têm acompanhado, proporcionalmente, com excepção de 2003, a progressão dos gastos gerais em FSEs. Amortizações estes custos subdividem-‐se em amortizações do Imobilizado Corpóreo (edifícios) e do Imobilizado Incorpóreo (passes dos jogadores). A sua irregularidade ao longo dos anos é motivada pelas amortizações dos passes dos jogadores. Relativamente ao imobilizado corpóreo, foram normalmente utilizadas as taxas máximas fiscais permitidas. As amortizações dos passes dos jogadores são efectuadas proporcionalmente aos anos dos contratos efectuados com cada jogador. Juros e encargos financeiros esta rubrica comporta todos os juros de empréstimos de financiamento, incluindo também os juros de leasings. Estes custos têm sido cada vez mais importantes nos resultados, atingido o seu valor máximo em 2007, com 17 milhões de euros, ano em que as taxas de juro estiveram especialmente altas no mercado, baixando depois significativamente. Em 2010, esta rubrica apresentava um total de encargos no valor de 11 milhões de euros. Resultados líquidos anuais Todos os anos foram apurados prejuízos, com excepção de 2007, que apresentou um lucro de 6,5 milhões de euros graças aos proveitos extraordinários apurados (incluindo outros proveitos operacionais) de 37 milhões de euros (inclui a alienação do passe do jogador Nani com uma mais-‐valia de 24,2 milhões de euros). O ano em que os resultados líquidos foram mais negativos foi o último (2010), que apresentou um prejuízo de 38 milhões de euros. Uma análise global à evolução dos Resultados -‐ quase sempre negativos -‐ do Grupo Sporting evidencia que, com a estrutura de custos existente, os prejuízos se têm vindo a revelar inevitáveis em anos em que os proveitos extraordinários da venda de passes de jogadores são baixos (2009 e 2010) ou as receitas gerais se revelem menos dinâmicas (2001 a 2003).
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3. Evolução dos fluxos de tesouraria Os últimos 11 anos foram, em termos de tesouraria, desequilibrados, gerando necessidades globais neste domínio de 214 milhões de euros. Parte foi gerada nos primeiros anos pelo investimento corpóreo mas, em acumulado, elas são principalmente da responsabilidade do investimento incorpóreo (passes de jogadores). A persistência do recurso a empréstimos levou a que o montante dos juros degradasse a situação de tesouraria, alcançando, só os juros no inteiro período, mais de metade das necessidades de tesouraria acumuladas. Tal condicionalismo determinou o recurso a novos empréstimos para fazer face, parcialmente, ao pagamento dos juros dos próprios empréstimos.
4. Situação económico-‐financeira das contas consolidadas causas mais relevantes O Grupo Sporting apresenta uma Situação Líquida negativa (-‐183 milhões de euros), que se agravou nos 12 anos analisados em -‐171 milhões de euros, e que já praticamente atingiu em 2010, em valor absoluto, o valor do Activo líquido. As dívidas de financiamento atingem agora 276 milhões de euros (incluindo as VMOCs Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis), valor que representa o dobro do Activo Fixo, assumidamente uma estrutura económico-‐financeira desajustada. As causas mais relevantes que levaram a esta situação, evidenciada nas contas consolidadas do Grupo Sporting, foram as seguintes: Resultados líquidos negativos consolidados em quase todas as épocas, motivados por uma Margem Bruta do Futebol Profissional (Proveitos da actividade desportiva +/-‐ valias na venda de passes -‐ custos com pessoal relativos a jogadores e treinadores amortizações de jogadores e treinadores) em média 35 milhões de euros abaixo do ponto crítico, pelo aumento gradual dos Fornecimentos e Serviços Externos e por Encargos financeiros elevados. Fluxos de tesouraria negativos em quase todas as épocas, consubstanciado num deficit crónico de tesouraria acumulado que se cifrou em cerca de 214 milhões de euros em 11 anos (2000 a 2010), ou seja, quase 20 milhões de euros por ano, justificado por 3 razões básicas: o Investimento líquido em passes de jogadores, o Investimento líquido em imobilizado corpóreo, e o Cash flow operacional negativo na maioria das épocas. Elevado nível de financiamento, devido ao deficit crónico de tesouraria, que gerou um empréstimo total de cerca de 276 milhões de euros, representando um agravamento no passivo de 230 milhões de euros em 12 anos. Esta situação produziu custos adicionais em juros de financiamento que ultrapassam largamente a margem bruta gerada pelo futebol profissional. O acordo bancário firmado com os bancos neste contexto condicionou a gestão de tesouraria por meio de dações em pagamento de receitas de patrocínio, publicidade, televisão e outras cobranças a clientes.
A fundamentação das considerações globais atrás apresentadas neste Sumário Executivo encontra-‐se vertida no Relatório detalhado elaborado.
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I. INTRODUÇÃO
O presente Relatório foi elaborado nos termos da proposta apresentada ao Sporting Clube de Portugal com data de 3/6/2011, tendo em vista dar cumprimento ao trabalho de análise descritiva e factual da evolução da situação patrimonial do Grupo Sporting ao longo do período decorri ivro B emitido em 31/7/2000, reportando a 31/5/95) e até à data da tomada de posse do novo Conselho Directivo (27/03/2011). A análise foi estendida ao exercício de 1995, nos casos em que tenham ocorrido variações patrimoniais materialmente relevantes. Este documento compõe-‐se de duas partes: o Relatório Principal, apresentado em papel e em formato digital do qual é parte integrante o presente texto -‐ e os Anexos, que são entregues apenas em formato digital. Todos os valores incluídos em ambas as partes deste documento estão expressos em preços correntes. Admitindo a eventual divulgação pública do texto do Relatório, neste não são explicitados nominalmente quaisquer pessoas singulares sobre cujos rendimentos tenha recaído a nossa análise, nomeadamente na rubrica Remunerações de Pessoal. Visto que o período contabilístico nas contas das empresas do Grupo está definido de acordo com o conceito de época desportiva, o ano contabilístico decorre de 1 de Julho a 30 de Junho do ano seguinte. Sendo assim, quando no texto deste Relatório se refere as contas de um determinado ano, deve ler-‐se as contas cuja data do respectivo período de reporte termina nesse ano. Quando nos referirmos, por exemplo, às contas da época 2009-‐2010, dizemos que se trata das contas de 2010. Quando os gráficos apresentados incluem séries anuais de valores, incluímos informação acerca dos Conselhos Directivos vigentes em cada época, através duma linha do tempo suplementar no fundo do gráfico. Como o início e término dos mandatos não coincide com o início e término dos períodos a que se refere a informação financeira, que coincide (com as excepções indicadas no ponto 5 g) deste Capítulo), com a época desportiva decorrente entre 1 de Julho e 30 de Junho, incluímos o nome do Presidente do Conselho Directivo até ao final da última época a que presidiu. A grande maioria dos elementos contabilísticos que utilizámos está mencionada na anterior nomenclatura do Plano Oficial de Contabilidade (POC), utilizada nas contas das empresas do Grupo Sporting até Junho de 2010 inclusive. Em consequência, e porque este Relatório se destina a uma panóplia de utilizadores muito variada, alguns dos quais estarão eventualmente mais familiarizados com os termos contabilísticos há muito conhecidos dos utilizadores das informações financeiras elaboradas com base no POC, do que com a nomenclatura contabilística agora utilizada em conexão com o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), optámos por empregar neste relatório preferencialmente os termos contabilísticos utilizados em POC.
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1. OBJECTIVOS A finalidade deste documento é apresentar informação que permita fácil leitura para qualquer destinatário, privilegiando a elaboração de gráficos e quadros, numa perspectiva financeira e numa base anual, com ênfase na origem e na aplicação dos fundos, tendo em apreço o incremento/redução do activo face ao incremento/redução do passivo e, quando relevante, os ganhos ou perdas do exercício. A análise levada a cabo tem como objectivo apresentar a evolução da situação patrimonial do Grupo Sporting numa perspectiva financeira consolidada, evidenciando as variações anuais materialmente relevantes das várias rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados consolidados. As operações que se anulam, por consolidação, entre as empresas do Grupo Sporting, apenas serão consideradas quando a sua existência for importante para explicar situações concretas e significativas detectadas nas contas consolidadas. Não é objectivo deste trabalho tecer considerações de ordem avaliativa à gestão do Grupo Sporting no decorrer das várias épocas desportivas e dos respectivos Conselhos Directivos durante os anos em análise. Nas páginas que se seguem, e nos respectivos Anexos, serão encontrados apenas factos, associados a valores financeiros, que tenham sido relevantes para a explicação do que foi a evolução da situação económica e financeira do Grupo Sporting. Também não foi é propósito deste trabalho efectuar uma auditoria à documentação que serviu de base aos registos contabilísticos das contas do Grupo Sporting. As contas das empresas do Grupo foram auditadas em todos os anos por Revisores Oficiais de Contas e, no caso da SAD, também por um Auditor Externo, além das normais e periódicas análises efectuadas pela Administração Fiscal. No entanto, quando necessário e apropriado, requeremos a documentação comprovativa dos factos detectados, justificando um melhor aprofundamento.
2. ÂMBITO
2.1. Nível da análise O exame efectuado assentou objectivamente nas principais rubricas do activo e passivo consolidados, designadamente, imobilizado corpóreo, activo incorpóreo (plantel aquisição e venda de direitos desportivos dos jogadores profissionais de futebol), passivo perante instituições de crédito e demais credores, além de outras rubricas que, pela sua materialidade, o justificaram. Efectuou-‐se ainda uma análise do resultado líquido consolidado e da evolução das suas principais componentes nos respectivos exercícios, incluindo subsídios.
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2.2. Empresas que compõem o Grupo Sporting No quadro abaixo explicitam-‐se as empresas que consolidaram no Grupo Sporting no decorrer dos vários anos da análise, com indicação da natureza da sua actividade, data de constituição e de encerramento, quando aplicável.
QUADRO 1 Perímetro do grupo Sporting
Nº Siglas EMPRESAS Motivo NotasInício Fim
Empresas que consolidam pelo método integral
1 SCP Sporting Clube de Portugal 01-‐Jul-‐19062 SCS Sporting -‐ Comércio e Serviços, SA. 17-‐Mar-‐1997 28-‐Jun-‐2011 Por Fusão (d)3 SCPlaneamento S.C.P. -‐ Soc. de Construção e Planeamento, SA. 17-‐Mar-‐1997 (a)4 Construz Construz -‐ Promoção Imobiliária, SA. 17-‐Mar-‐19975 Q.ta Alvalade Soc. de Promoção Imobiliária Quinta de Alvalade, SA. 17-‐Mar-‐19976 Q.ta Raposeiras Soc. de Promoção Imobiliária Quinta das Raposeiras, SA. 17-‐Mar-‐19977 Lote Dourado Soc. de Promoção Imobiliária Lote Dourado, SA. 17-‐Mar-‐1997
8 Q.ta Loureiro Soc. de Promoção Imobiliária Quinta do Loureiro, SA. 17-‐Mar-‐199709-‐Abr-‐199815-‐Jan-‐1999
Venda de 49%Venda de 51%
9 EJA Estádio José de Alvalade, SA. 30-‐Jun-‐1997 20-‐Abr-‐2011 Dissolução10 SGPS Sporting -‐ SGPS, SA. 30-‐Jun-‐199711 SAD Sporting Clube de Portugal-‐Futebol, SAD. 28-‐Out-‐199712 Sporting Seguros Sporting Seguros, Mediadora de Seguros, Lda. 30-‐Mai-‐200113 SCom Sporting.Com -‐ Empresa de Comunicação, SA 29-‐Jun-‐2001 20-‐Abr-‐2011 Dissolução14 SCGE Sporting -‐ Consultadoria e Gestão Empresarial, SA. 10-‐Out-‐2001 20-‐Abr-‐2011 Dissolução15 Multimédia Sporting Multimédia, SA. 19-‐Dez-‐2001
16 SPM(Ex-‐NEJA)
Sporting Património e Marketing, SA. 20-‐Dez-‐2001
17 Verdiblanc I Soc. Imobiliária VERDIBLANC I, SA. 09-‐Mar-‐200418 Verdiblanc II Soc. Imobiliária VERDIBLANC II, SA. 09-‐Mar-‐200419 Verdiblanc III Soc. Imobiliária VERDIBLANC III, SA. 09-‐Mar-‐200420 Verdiblanc IV Soc. Imobiliária VERDIBLANC IV, SA. 09-‐Mar-‐200421 DE Desporto e Espectáculo, SA. 30-‐Jun-‐2004 30-‐Jun-‐2005 Por Fusão (b)22 Reciklado Reciklado-‐Exploração de Empreendimentos Turísticos, SA. 23-‐Ago-‐2007
Empresa que não consolida pelo método integral
23 SPGis SPGis-‐Planeamento e Gestão de Estacionamento, SA. 11-‐Nov-‐1996 20-‐Jul-‐2005 Venda de 49,5% (c )
Notas:(a) Sociedade criada em 29-‐Ago-‐1977 esteve inactiva até 17-‐Mar-‐1997.(b) Fusão por incorporação na Sporting Comércio e Serviços.(c ) O Sporting Club Portugal detem actualmente 0,5% da SPGis.(d) Fusão por incorporação na Sporting SAD.
ACTIVIDADE
2.3. Período analisado A nossa análise cobriu o período decorrente entre 1 de Agosto de 1998 e 26 de Março de 2011. Este período foi estendido a 1995 no caso do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo, as rubricas mais relevantes do Activo. O Capítulo IV e os pontos 1.1 e 1.2 do Capítulo III abrangerão este período suplementar de anos.
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3. METODOLOGIA Os dados de base do trabalho efectuado são as contas individuais das várias empresas que compõem o Grupo Sporting, nos seus respectivos Balanços, Demonstrações de Resultados, Anexos, Balancetes e Extractos de contas anuais. Estes elementos serviram de base à elaboração anual das Contas Consolidadas, compostas por Balanços, Demonstrações de Resultados e respectivos Anexos. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas por empresa de consultadoria externa ao Grupo Sporting. Tivemos também acesso aos mapas de consolidação elaborados por aquela consultora, conforme foram entregues ao Sporting no decorrer dos vários anos de análise. Estes mapas apenas incluem as anulações gerais de operações dentro do Grupo, não sendo normalmente discriminativos para contas abaixo de 2 dígitos. A metodologia seguida, tendo em conta os elementos acima referidos que nos foram disponibilizados, seguiu as seguintes fases: a) Com base nos Balanços e Demonstrações de Resultados consolidados anuais, elaborámos
mapas anuais evolutivos para os Balanços e as Demonstrações de Resultados consolidados, nos quais se evidenciam as diferenças anuais detectadas entre as várias rubricas do Balanço e da Demonstração de Resultados. Foi também elaborado o mesmo tipo de mapas para as contas individuais de todas as sociedades que compõem o Grupo Sporting.
b) A partir da análise desses mapas, detectaram-‐se as rubricas materialmente mais relevantes,
bem como aquelas em que se verificaram maiores variações anuais, distinguindo-‐se entre as que se anulam entre as empresas do Grupo Sporting e as que têm influência significativa nos valores consolidados.
c) Tendo em conta o levantamento efectuado em b), analisaram-‐se as principais variações
ocorridas e suas implicações ao nível da origem/aplicação de fundos, do incremento/redução de activos ou passivos e dos rendimentos ou gastos do exercício.
d) Quando necessário e apropriado, recorreu-‐se à consulta da documentação de base dos registos contabilísticos efectuados, tais como facturas, contratos e outra documentação comprovativa dos factos detectados de maior significado.
e) Na análise temporal efectuada, foi-‐se tendo em consideração os períodos de reporte inerentes a cada mandato directivo.
f) Foram efectuadas periodicamente reuniões com o Grupo de Trabalho, para acompanhamento do desenvolvimento das acções em curso, tendo em vista o seu enquadramento nos objectivos previamente estabelecidos. Realizaram-‐se diversas reuniões com aquele Grupo, antes da apresentação deste Relatório final.
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g) Por último, retiraram-‐se as principais conclusões do levantamento efectuado e da análise das diversas situações detectadas, que se encontram resumidas no Capítulo VII deste relatório.
4. MATERIALIDADE
Na primeira reunião havida com o Grupo de Trabalho, foram definidos os limites de materialidade para a análise preconizada. Os valores que estiveram na base dos limites de materialidade estabelecidos foram os seguintes: Total do Activo Líquido do Balanço Consolidado do Grupo Sporting a 30/06/2010 -‐ 192,9 m .
Limites de materialidade normalmente praticados em auditoria -‐ entre 0,5% e 2,5% do Activo. A partir dos elementos acima, estabeleceram-‐se os seguintes limites de materialidade nas acções a desenvolver no decorrer das análises a efectuar: Limite mínimo, abaixo do qual não se fez análise -‐ 1 milhão de . Limite máximo, acima do qual sempre se fez análise -‐ 5 milhões de . Entre 1 e 5 milhões de euros, as análises a efectuar foram decididas pontualmente, de acordo com a natureza dos elementos envolvidos.
Ficou também definido que, sempre que necessário e relevante, devido à natureza da informação financeira requerida, se efectuariam análises abaixo de 1 milhão de euros em casos devidamente justificados, à medida que a informação financeira fosse examinada. De facto, no decorrer dos exames efectuados, este limite foi muitas vez e, nalguns casos, mesmo a
abaixo.
5. LIMITAÇÕES Foram várias as limitações com que deparámos, tanto no início como no decorrer do nosso trabalho. No entanto, embora algumas delas dificultassem a obtenção dos elementos indispensáveis à efectiva execução dos exames em vista, nenhumas delas inviabilizaram de forma significativa as acções necessárias à prossecução geral dos objectivos definidos. Sintetizamos em seguida as principais limitações encontradas, inerentes aos elementos apresentados: a) No decorrer dos cerca de 15 anos do período em análise, foram utilizados 3 softwares de
contabilidade diferentes pelas várias empresas do Grupo Sporting. De 1992 a 2003, foi usado o SWAP (AS400), sendo que, entre 1997 e 2003, foi também empregue
apuramento das contas a Junho. Após 2003 passou-‐se a utilizar o GIAF. Este facto dificultou as análises temporais, cujas séries, por nós elaboradas, tiveram que ser reformatadas para o tipo de informações disponibilizado pelo software mais moderno utilizado, implicando verificações adicionais quanto à integridade dos dados envolvidos. Nessa transformação, ter-‐se-‐ão perdido algumas informações cujas especificações não puderam ser utilizadas no que diz respeito às informações financeiras correspondentes ao software mais antigo.
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b) Também no que diz respeito ao Software de gestão de pessoal, no decorrer dos 15 anos
analisados, foram utilizados 2 diferentes programas de salários, e nem sempre simultaneamente para todas as empresas. Até 2000 para a EJA e SAD utilizou-‐se o Primavera e nos anos seguintes o SWAP (AS400) até 2003. Depois, passou a ser empregue o GIAF. Nas restantes empresas utilizou-‐se o SWAP (AS400) até 2003 e depois, o GIAF. Também a inexistência de um código identificador de cada funcionário único e comum a todas as empresas e softwares, dificultou a análise de informação cruzada para os diferentes exercícios, para as diversas empresas, de forma a detectar o total de rendimentos auferidos por cada interveniente, independentemente da(s) empresa(s) em que foi processado.
c) No caso das sociedades que eram propriedade do Grupo Sporting, e que foram vendidas no
decorrer do período de análise, não pudemos consultar a documentação de origem dos movimentos contabilísticos dos vários anos, pois os respectivos dossiers contabilísticos, com toda a inerente documentação, foram entregues aos novos proprietários. Estão neste caso as sociedades Quinta do Loureiro, SA e S. P. GIS, SA.
d) Só existem demonstrações financeiras consolidadas elaboradas a partir da época 1998-‐99. Este
facto limitou, nessa medida, a nossa análise dos períodos anteriores àquela época. Desta forma, nesse período, procedemos à análise das rubricas do Balanço e Demonstração de Resultados em que as duplicações provenientes das operações entre empresas do Grupo se apresentaram de fácil de detecção. Damos informação acerca do âmbito desta limitação em cada um dos pontos deste relatório a que a mesma se refere.
e) Outra limitação relacionada com as contas consolidadas, é o facto de que os mapas de
consolidação que nos foram facultados, elaborados por uma consultora externa, apenas dão informação acerca das anulações gerais de operações entre as empresas do Grupo, não sendo normalmente discriminativos para contas abaixo de 2 dígitos. Este facto limitou a que se procedesse a uma abordagem mais profunda às rubricas de custos e proveitos das épocas mais recuadas.
f) Relativamente à data em que emitimos este Relatório, as contas consolidadas respeitantes à
época de 2010-‐11 não estavam ainda elaboradas. Este facto, acrescido da dificuldade do corte de operações a 27 de Março de 2011, limitou-‐nos a análise relativa a 2011, na qual procedemos ao exame do Activo Incorpóreo (jogadores), Imobilizado Corpóreo, Empréstimos de Instituições Financeiras e outras rubricas, sobretudo do Balanço, em que as duplicações provenientes das operações entre empresas do Grupo sejam inexistentes, ou de detecção implícita. A análise da conta de Remunerações do Pessoal foi também estendida a essa data.
g) No decorrer do período em análise, o conceito de época desportiva, na base da qual estão
elaboradas as contas com respeito às datas de fecho do balanço, mudou na época de 2003-‐04. Até 2002-‐03 inclusive, o ano contabilístico estava definido entre 1 de Agosto e 31 de Julho. A época 2003-‐04 foi a primeira em que o ano contabilístico passou a ser definido entre 1 de Julho e 30 de Junho. Os elementos financeiros incluídos nas séries temporais que apresentamos incluem apenas 11 meses na época de 2003-‐04. Por outro lado, nas épocas anteriores a 1996-‐97, as contas fechavam a 31 de Dezembro de cada ano. O ano de 1996 foi o último em que se fecharam contas a 31 de Dezembro. As contas do período seguinte
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abrangeram apenas 7 meses, de 1 de Janeiro a 31 de Julho de 1997. Estas épocas não fazem porém parte das contas consolidadas, e só serão analisadas pontualmente.
h) Antes de 2003 inclusive, todos os elementos (extractos, balancetes) foram fornecidos apenas
em papel, pois o software da época não converte os elementos para ficheiros digitais de forma fiável. Em consequência, todos os elementos utilizados para esse período obrigaram-‐nos à sua digitalização, implicando conferências suplementares e perda de alguma informação que, doutra forma, poderia ter sido utilizada nas pesquisas efectuadas.
i) A par das limitações acima encontradas, houve que converter Escudos para Euros para os
valores referentes aos anos anteriores a 2002, sendo que a conversão não foi efectuada no mesmo ano para todas as empresas do Grupo.
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II. VISÃO GERAL DAS CONTAS CONSOLIDADAS Neste Capítulo, apresentamos uma visão geral das contas consolidadas, que abrangem o período que tem início na época de 1998-‐1999, e termina na época de 2009-‐2010, que são respectivamente a primeira época contabilística com contas consolidadas preparadas e a última com contas consolidadas elaboradas até à data da elaboração deste Relatório. O objectivo é efectuarmos um levantamento geral, por comparação entre as demonstrações financeiras dos exercícios dos vários períodos envolvidos, das questões mais relevantes nas contas consolidadas do Grupo Sporting, tanto ao nível dos principais itens do Balanço, como nas componentes mais relevantes da Demonstração de Resultados. Pela análise das variações ao nível da evolução dos Fluxos Consolidados de Caixa, que elaborámos a partir das demonstrações financeiras consolidas anuais, obteremos informações complementares que nos ajudarão a confirmar as conclusões extraídas a partir da análise comparativa dos Balanços e das Demonstrações de Resultados. Após a elaboração desta análise genérica levada a cabo neste Capítulo, estaremos em condições de passar ao exame detalhado das componentes do Balanço e da Demonstração de Resultados com maior influência nas contas e nos resultados do Grupo. Essa análise detalhada é efectuada no Capítulo III.
1. EVOLUÇÃO DO BALANÇO O gráfico seguinte foi construído comparando os Balanços Consolidados de 1999 e 2010 (página 82), que são, como atrás dissemos, o primeiro ano e o último ano com contas consolidadas preparados até ao momento. Foram colocadas lado a lado as respectivas rubricas do Activo, Passivo e Situação Líquida.
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GRÁFICO 1 Balanços consolidados comparados Grupo Sporting
47 36
50 134 12
22
8 8 44 25
(41)
(216)
46
263
26
55
18
57
(300)
(200)
(100)
-‐
100
200
300
400
500
1999 2010 1999 2010
Milhõe
s de
Imob. Incorpóreas Líq. Imob. Corpóreas Líq. Dívidas de terceiros e OutrosCapital Social Reservas Resultados acumuladosDívidas de Financiamento Fornecedores e Outros Credores Diferimentos e Provisões
ACTIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
0
Nota: No Anexo são apresentados os Balanços Consolidados de todos os anos do período, bem como todos os respectivos Balanços individuais de todas as empresas do Grupo.
Uma análise detalhada à evolução das diferentes rubricas acima leva-‐nos às seguintes conclusões: O Imobilizado Corpóreo aumentou em 84 milhões de euros, de 50 para 134 milhões de euros em valores líquidos. Analisaremos a evolução desta rubrica no Capítulo III, ponto 1.1 deste relatório, incluindo, entre outros factores, a construção do novo Estádio José de Alvalade.
O Imobilizado Incorpóreo, que se compõe essencialmente dos passes dos jogadores de futebol profissional, diminuiu em 11 milhões de euros significando que a 30 de Junho de 2010 a equipa de futebol profissional estava contabilizada por menos 24% que em 1999. A evolução desta rubrica ao longo dos anos é explicada no Capítulo III, ponto 1.2 deste Relatório.
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Dívidas de financiamento (conta 23 POC + leasings) é a rubrica em que se observa um maior acréscimo: 217 milhões de euros (passando de 46 . Tal representa um aumento médio de cerca de 24 milhões de euros por ano, tendo o endividamento do Grupo Sporting mais do que quintuplicado em 12 anos. A evolução desta rubrica ao longo dos anos e a relação dos credores envolvidos são analisadas em detalhe no Capítulo III, ponto 1.3 deste Relatório.
A rubrica Diferimentos (Proveitos Diferidos e Acréscimos de Custos) e Provisões revela também um acréscimo expressivo: 39 milhões de euros, o que representa mais do triplo em 12 anos. Porque neste campo se incluem os recebimentos antecipados de contratos de prestações de serviços a terceiros, como receitas de publicidade, televisão e outros, dedicámos o ponto 1.4 do Capítulo III deste Relatório à análise deste montante.
Os Resultados Acumulados negativos agravaram-‐se em 175 milhões de euros no período em análise, o que representa uma média anual de 16 milhões de euros de prejuízos por ano desde 1999. Para entendermos melhor as causas subjacentes a esta evolução, apresentamos no ponto 2 deste Capítulo a evolução das principais rubricas das contas de resultados de 1999 a 2010.
Como consequência desta acumulação de prejuízos ao longo dos anos, o Capital Próprio do Grupo Sporting, que era positivo em 12 milhões de euros em 1999, atingiu em 2010 o valor negativo de 183 milhões de euros, o mais baixo de sempre. Esta situação de falência técnica em termos consolidados é agravada pelo facto do valor negativo do Capital Próprio do Grupo ultrapassar em 13 milhões de euros, em valor absoluto, o montante do Imobilizado Líquido total (imóveis + passes dos jogadores).
2. EVOLUÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS No gráfico seguinte podemos observar qual foi a evolução das principais rubricas das contas de resultados consolidados, de 1999 a 2010 (página 83). Este gráfico evidencia o detalhe do que ocorreu no período de tempo considerado, de forma a que possamos determinar as causas principais que provocaram os resultados negativos acumulados de 216 milhões de euros evidenciados no Balanço de 2010.
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GRÁFICO 2 Evolução da Demonstração de Resultados consolidados Grupo Sporting
20 24 26 32 27 44 46 45 49 51 49 47
10
7 8 10 9
7
27
20 18 7
19 21
22 13
10
5
(10) (12) (14) (16) (13) (19) (16) (17) (19) (20) (21) (21)(15)
(24)(29)
(34)(30)
(27) (26) (23) (27) (25) (28) (28)(16)
(17)
(22)(22)
(21)(26)
(23)(18)
(17) (14)(18) (22)
(5)(7)
(8)
(11)(14)
(13)(17)
(11)
(15) (11)
(8)
(14)
(25)(26)
(30) (15) (23)
(16)
7
(10)
(26)(38)
(140)
(120)
(100)
(80)
(60)
(40)
(20)
-‐
20
40
60
80
100
120
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Vendas e Prestações de Serviços Proveitos Suplementares Outros Proveitos Proveitos Extraordinários
FSE Custos com pessoal Amortizações Ajustamentos+Provisões
Juros e Enc. Fin. Líquidos Custos Extraordinários Resultado Líquido do Exercício Outros Custos
0
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
Notas: 1-‐ O Resultado Líquido do Exercício não inclui os Interesses Minoritários. 2-‐ No Anexo são apresentadas as Demonstrações de Resultados Consolidados de todos os anos do período, bem como todas as respectivas Demonstrações de Resultados individuais de todas as empresas do Grupo.
A análise ao gráfico acima, leva-‐nos às seguintes conclusões: Vendas e prestações de serviços apresentando em 1999 o valor de 20 milhões de euros, estes proveitos aumentaram especialmente em 2004 (44 estabilidade ou pequenos crescimentos, até ao valor máximo de 51 milhões de euros em 2008. Nos dois últimos anos verificaram-‐se decréscimos anuais de 2 milhões de euros, tendo-‐se atingido os 47 milhões de euros em 2010. A evolução desta rubrica é examinada em detalhe no ponto 2.1 do Capítulo III deste Relatório.
Proveitos extraordinários e outros estas duas rubricas confundem-‐se em conceito, pois no decorrer dos vários anos da série, os critérios de classificação contabilístic
-‐valias com os passes de
Analisando estas duas rubricas em conjunto, que se compõem em grande parte pelas mais-‐valias obtidas nas vendas dos passes dos jogadores, concluímos que o ano de 2007 foi o mais frutuoso, logo seguido por 2004 e 2003. Note-‐se que nos três últimos anos, os proveitos extraordinários obtidos foram muito diminutos, sendo especialmente reduzidos em 2010 (2 milhões de euros).
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É feita uma análise detalhada a estas rubricas no ponto 2.2 do Capítulo III deste Relatório. As mais-‐valias específicas provenientes da venda dos passes de jogadores, são detalhadas no ponto 1.2 do mesmo Capítulo III. Por outro lado, as que são derivadas da venda de imobilizado corpóreo, são analisadas em pormenor no ponto 1.1 desse mesmo Capítulo.
Proveitos suplementares trata-‐se essencialmente dos proveitos provenientes das comparticipações da UEFA pela presença nas competições europeias. São rendimentos com certa irregularidade, com valores máximos em 2001 e 2009, que advêm maioritariamente da presença do Clube nestas competições.
Custos com o pessoal nestes gastos estão incluídas as remunerações de todo o pessoal das diversas empresas do grupo e respectivos encargos sociais, incluindo os jogadores profissionais. De realçar que 2002 foi o ano em que estes custos tiveram o seu valor máximo, com 34 milhões de euros. O ano mais baixo após 1999 foi o de 2006 (23 Estes custos têm-‐se mantido, após essa data, perto dos 30 milhões de euros anuais. No ponto 2.3 do Capítulo III analisam-‐se em detalhe estes custos, bem como no ponto 1.2 desse mesmo Capítulo quando se trate dos jogadores de futebol profissional.
Fornecimentos e serviços externos estes custos têm demonstrado tendência crescente, com excepção de ligeiras reduções em 2003 e 2005. Estabilizaram nos 21 milhões de euros em 2009 e 2010. São analisados em pormenor no ponto 2.4 do Capítulo III deste Relatório.
Amortizações estes custos subdividem-‐se em amortizações do Imobilizado Corpóreo (edifícios) e do Imobilizado Incorpóreo (passes dos jogadores). A sua irregularidade ao longo dos anos é motivada pelas amortizações dos passes dos jogadores. Relativamente ao imobilizado corpóreo, foram normalmente utilizadas as taxas máximas fiscais permitidas. As amortizações dos passes dos jogadores são efectuadas proporcionalmente aos anos dos contratos efectuados com cada jogador. Podem ser encontrados detalhes acerca dos gastos com os passes dos jogadores e respectivas amortizações no ponto 1.2 do Capítulo III deste Relatório, e acerca das restantes amortizações, no ponto 2.5 do mesmo Capítulo.
Juros e encargos financeiros esta rubrica comporta todos os juros de empréstimos de financiamento, incluindo também os juros de leasings. Como se verifica no gráfico, estes custos têm sido cada vez mais importantes nos resultados, atingido o seu valor máximo em 2007, com 17 milhões de euros. Este foi o único ano em que e apesar deste valor dos encargos financeiros as contas consolidadas apresentaram lucro. Este foi também um ano em que as taxas de juro estiveram especialmente altas no mercado, imediatamente antes da crise financeira mundial, que despoletou em 2008, ano em que as taxas de juro baixaram significativamente no mercado nacional e internacional. Em 2010, esta rubrica apresentava um total de encargos no valor de 11 milhões de euros. Nos pontos 1.3 e 2.6 do Capítulo III deste Relatório é examinada especificamente esta rubrica.
Resultados líquidos anuais a parte vermelha do gráfico está sempre presente em todos os anos, na última linha, com excepção de 2007. Isto significa que, como resultado da gestão anual do Grupo Sporting, todos os anos foram apurados prejuízos, com excepção de 2007, que apresentou um lucro de 6,5 milhões de euros graças aos proveitos extraordinários apurados (incluindo outros proveitos operacionais) de 37 milhões de euros (ponto 2.2 do Capítulo III).
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2010 foi o ano em que os resultados líquidos negativos atingiram o seu valor mais elevado, da ordem de 38 milhões de euros. Os 2 últimos anos, cuja soma de prejuízos atinge 64 milhões de euros, são responsáveis por mais de 1/3 dos resultados negativos acumulados nos últimos 12 anos. Também o período de 2001 a 2003 apresentou prejuízos anuais na ordem dos 25 a 30 milhões de euros. Esses 3 anos apresentaram um prejuízo conjunto de 81 milhões de euros, o que representa cerca de metade do total dos prejuízos acumulados durante o período analisado.
Em resumo, e fazendo uma análise geral à evolução dos Resultados -‐ quase sempre negativos -‐ do Grupo Sporting concluímos que, com a estrutura de custos apresentada, os prejuízos se têm vindo a revelar inevitáveis em anos em que os proveitos extraordinários da venda de passes de jogadores sejam baixos (2009 e 2010), ou as receitas gerais se revelem menos dinâmicas (2001 a 2003). O gráfico abaixo mostra qual foi a evolução da estrutura de custos nos últimos 12 anos (preços correntes). Nota-‐se que os custos com o pessoal mantêm a mesma posição na estrutura, tendo os Fornecimentos e Serviços Externos aumentado um pouco (+2%) o seu peso financeiro. A principal diferença está nas Amortizações, que diminuíram em importância (-‐8%), em contrapartida dos Juros de financiamento, que passaram a pesar 13% nos custos (+6%).
GRÁFICO 3 Evolução da estrutura de custos
Com a actual estrutura de custos, e face à natureza dos vários gastos aí incluídos, deve ser explicitado que, a variável que acaba por ser mais susceptível de ser controlada pela gestão são as amortizações do imobilizado incorpóreo (passes dos jogadores) e respectivos salários. A evolução desta componente patrimonial (imobilizado incorpóreo jogadores), pelas implicações financeiras directas que determina, teve influência marcante na evolução dos resultados e na estrutura financeira do Grupo Sporting nos anos em análise, entre 1999 e 2010.
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A subdivisão dos Resultados Líquidos em Resultados Operacionais, Resultados Financeiros e Resultados Extraordinários (conceito POC), permite apreciar como estas 3 variáveis evoluíram ao longo dos anos. É o que faz o gráfico seguinte, que demonstra bem a tendência evolutiva de cada uma dessas variáveis.
GRÁFICO 4 Evolução dos resultados
(50)
(40)
(30)
(20)
(10)
-‐
10
20
30
40
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
(24)(31) (33)
(40) (39)(34)
(20)(10) (12)
(3)(13)
(27)
(3)
(3)(5)
(7) (8)(11)
(14)
(13)(17)
(11)
(15)
(11)
17 17 7
15 18 30
12 7
36
4 2 0
Milhões de
Resultados Operacionais Resultados Financeiros Resultados Extraordinários
Nota: O
Embora no Gráfico 2 já tivéssemos tido a oportunidade de apreciar a evolução dos Resultados Extraordinários e dos Resultados Financeiros, através deste gráfico consegue-‐se apurar com mais precisão qual tem sido a evolução dos Resultados Operacionais no decorrer dos últimos 12 anos. Após uma evolução tendencialmente negativa (-‐ até 2003, os Resultados Operacionais vão melhorando gradualmente, sendo cada vez menos negativos, até que atingem apenas -‐2008, o melhor ano no período analisado. Em 2009 e 2010, os Resultados Operacionais voltam a agravar-‐se, atingindo em 2010, -‐
3. EVOLUÇÃO DOS CASH FLOWS ANUAIS
Além da evolução do Balanço e da Demonstração de Resultados é essencial analisar também a evolução dos Fluxos de Caixa anuais, pois só através desta peça das demonstrações financeiras das contas consolidadas do Grupo Sporting se poderão avaliar quais as necessidades de financiamento do Grupo. No entanto, uma dificuldade que se nos deparou foi a inexistência da Demonstração de Fluxos de Caixa consolidada. Face a essa limitação, elaborámos uma Demonstração de Fluxos de Caixa consolidada pelo método indirecto, com base nos Balanços de cada ano e nas respectivas Demonstrações de Resultados. Face às limitações inerentes a esta metodologia, procurámos colmatar as lacunas com as informações entretanto recolhidas ao nível dos investimentos em
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imobilizado corpóreo, passes de jogadores (incorpóreo), investimentos financeiros e empréstimos obtidos e outros movimentos dentro das principais rubricas de Activos e Passivos. Como resultado desse trabalho, elaborámos o gráfico abaixo que representa a evolução anual do Cash flow do Grupo Sporting no período compreendido entre 1999 e 2010. Como os cálculos são apresentados pelo método indirecto, e portanto por comparação com o ano anterior, não existindo contas consolidadas para 1998, não nos foi possível calcular a Demonstração de Fluxos de Caixa para 1999. Em consequência, a série iniciou-‐se em 2000, embora tendo em conta as contas consolidadas de 1999 como ponto de partida. Distinguiram-‐se no gráfico os 5 principais grupos de origens e aplicações de fundos: fluxos da actividade operacional, de investimentos financeiros (compras e vendas de acções com entidades externas), de investimentos de activo incorpóreo (passes de jogadores e treinadores), de investimentos em activo corpóreo e fluxos de pagamento de juros. Estes fluxos foram elaborados anualmente em termos líquidos. O saldo anual representado é portanto igual aos empréstimos recebidos ou pagos no ano (o saldo de Caixa e Bancos é normalmente pouco relevante). Adicionou-‐se no gráfico uma linha com o Cash Flow (fluxos de tesouraria) anual gerado, representando a soma algébrica dos fluxos positivos e negativos de cada ano.
GRÁFICO 5 Evolução anual dos Cash Flows
(4) (4)
(34)(44)
(13) (7)
47
10 30
(12) (17)
11
(7)
12 (4)
23
(22)(8)
(30)
11
(15)
(28)
(5) (9)
26
(18)
16 17
(3)
(5)(7)
(8)
(11) (14)(13)
(17) (11)(15)
(11)
(100)
(80)
(60)
(40)
(20)
-‐
20
40
60
80
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Investimento Corpóreo Investimento Incorpóreo Investimentos Financeiros Cash Flow Operacional Juros SALDO
A análise do gráfico permite-‐nos concluir que em todas as épocas foram gerados Cash flows negativos, com excepção de 2006, 2007 e 2009, sendo que os Cash flows de 2006 e 2009 estão muito próximos do zero. Apenas 2007 é francamente positivo, com 34 milhões de euros de cash flow gerado. Note-‐se que este foi exactamente o único ano em que foram obtidos resultados líquidos positivos (Gráfico 2 do ponto anterior).
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Por outro lado, 2003 foi o ano em que se atingiu o valor negativo mais elevado, com -‐77 seguido por 2001 e 2002 com -‐ -‐ , respectivamente. No total, estes 3 anos determinaram -‐ em grande parte devido aos investimentos imobiliários -‐ que representam cerca de 70% do total das necessidades líquidas de tesouraria em todos os 11 anos analisados. Em termos de repartição pelos 5 grupos de desagregação do gráfico, nota-‐se que o investimento em imobilizado corpóreo recupera em 2007, 2008 e 2009, enquanto o Cash flow operacional se revela positivo nos anos de 2006, 2008 e 2010. Porém, fazendo uma análise mais detalhada aos elementos do quadro de valores que serve de base à elaboração do gráfico, nota-‐se que o Cash flow operacional de 2010 se deve ao facto de nesse ano os prazos de pagamento aos fornecedores terem sido dilatados. Se estes se mantivessem ao mesmo nível dos anos anteriores, o Cash flow operacional registaria em 2010 um saldo negativo de 3 milhões de euros. De forma a que possamos compreender a situação acumulada, em termos de necessidades de tesouraria, que os fluxos anuais geraram, construímos o gráfico seguinte, que informa acerca do Cash flow acumulado, por tipo de fluxos, entre 2000 e 2010.
GRÁFICO 6 Evolução dos Cash Flows acumulados
(8)(42)
(86) (99) (102) (109)
(61) (51)(21) (23)(12)
(29)
(18)
(25) (13) (17)(21)
(20)
(29)(59)
14 16 16 18 18 16 18 18
(20)
(28)
(56) (61)(70) (45)
(63) (47)(52)
(35)
(8)
(15)
(23)(35)
(48)(62)
(79) (90)(105)
(115)
(300)
(250)
(200)
(150)
(100)
(50)
-‐
50
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Investimento Corpóreo Investimento Incorpóreo Investimentos Financeiros Cash Flow Operacional Juros
Este gráfico tem a vantagem adicional de nos permitir visualizar qual foi a responsabilidade de cada um dos 5 grupos de geração de fluxos de caixa no Cash flow acumulado de -‐ no período acima. É visível que o único tipo de fluxo sempre positivo foi o de investimentos financeiros. Por outro lado, os juros realçam-‐se com -‐115 do período, o que representa
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cerca de 54% do total dos fluxos negativos líquidos gerados. O Imobilizado Incorpóreo (-‐59 representa 28% e os activos corpóreos (-‐também globalmente negativa (-‐35 . Conclui-‐se, assim, que os últimos 11 anos foram também desequilibrados em termos de
Parte dessas necessidades foram criadas nos primeiros anos pelo investimento corpóreo mas, em acumulado, elas são principalmente da responsabilidade do investimento incorpóreo (passes de jogadores). A acumulação de necessidades de empréstimos persistentes levou a que o montante de juros deteriorasse a situação de tesouraria, arrecadando só os juros mais de metade das necessidades de tesouraria acumuladas do período. Tal condicionalismo determinou a necessidade de se recorrer a novos empréstimos para fazer face ao pagamento dos juros dos próprios empréstimos.
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III. ANÁLISE PARCELAR DAS CONTAS CONSOLIDADAS Neste Capítulo, efectuaremos uma análise detalhada das contas do Balanço e da Demonstração de Resultados consolidados que foram detectadas no Capítulo II como sendo as mais relevantes na estrutura financeira e com maior influência nos resultados do Grupo Sporting. De acordo com esse levantamento efectuado no Capítulo II, seleccionámos a análise das contas de acordo com as seguintes rubricas: Imobilizado Corpóreo; Imobilizado Incorpóreo; Dívidas de financiamento; Diferimentos e provisões; Outras rubricas do Balanço; Vendas e Prestações de serviços; Resultados extraordinários; Custos com o pessoal; Fornecimentos e serviços externos; Juros de empréstimos e Outras rubricas de Resultados.
1. EVOLUÇÃO DO BALANÇO
1.1. Imobilizado corpóreo O gráfico seguinte sintetiza a evolução dos valores brutos contabilizados em terrenos e edifícios em todas as empresas do Grupo Sporting. Apesar das primeiras contas consolidadas só datarem de 1999, foi possível elaborar a evolução do Imobilizado Corpóreo consolidado, desde 1994, a partir das contas individuais das empresas do Grupo pois, devido ao número limitado de lançamentos existentes, foi viável concluir acerca do respectivo valor consolidado.
GRÁFICO 7 Terrenos e edifícios do Grupo Sporting
1633
46 4640 40 40 37 38
51 46 47 47 41
71
19 197 12 12 12 13 14 14 1432 30
182189 192
154 154 154 154
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Terrenos Grupo Edificios Grupo Explicamos em seguida as variações ( ) materialmente relevantes verificadas no decorrer dos vários anos do período :
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1995 :
Reavaliação (Luso-‐contabilísticos.
Reconhecimento em Imobilizado Corpóreo de obras efectuadas em exercícios anteriores no antigo Estádio José de Alvalade (nova bancada e recuperação estrutural, entre outras)
. 1996 :
Nova reavaliação de terrenos (Luso-‐ 1997 1998 -‐ :
Alienação da Quinta do Loureiro (terreno), que estava registada, através de avaliação, por Esta operação, efectuada através da venda das participações financeiras da
gerou em Resultados extraordinários uma mais-‐valia de 2000 :
. 2001 -‐ :
Alienação à RENIT de terreno da Construz
mais-‐valia de 2002 :
Construção da Academia (Edifícios e custos associados). 2003 :
Avaliação de terrenos do Interface (Metro/Carris/Outros), que transitavam sem valor na contabilidade, passando a ser registados por
Transferência para Imobilizado Corpóreo de cerca de 0,5 M
2004 :
Venda à RENIT de parte significativa dos terrenos da Quinta Alvalade, registados por 4,7 .
extraordinários uma mais-‐valia de 16,4 . Reclassificação em consolidado de Imobilizado Incorpóreo das contas individuais relativo
a Direitos de superfície no
2005 :
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. Esta os
uma mais-‐ ilizado em Curso para Imobilizado Corpóreo de várias
rubricas (Estádio, Multiusos, Health Club, Bingo, Museu). Reclassificação em consolidado de Imobilizado Incorpóreo das contas individuais relativo
2006 :
Transferência de 3,4 M em Curso para Imobilizado Corpóreo de várias rubricas (Multiusos, Health Club, Sala Informática).
2007 -‐44,4 M :
Alienação à SILCOGE de parte do património não desportivo, detido pelo SCP (Direito da propriedade da raiz incluindo o direito ao Solo do Health Club, Edifício Administrativo, Secretaria, Clínica e FEC -‐ . O património alienado estava
Alienação à SILCOGE dos Direitos de Superfície detidos pela sociedade SPM (Sporting Património e Marketing) sobre o mesmo património acima, que estavam registados por
Estas duas operações, cuja venda total foi efectuada por 50,9 aram em Resultados extraordinários uma mais-‐valia total de 8,7 M
2008 :
Reavaliações de terrenos do Sporting para entradas em espécie no aumento da capital das Sociedades Verdiblanc I, Verdiblanc II, e Verdiblanc III, Verdiblanc IV e Soc. Quinta das Raposeiras.
2009 -‐ :
Alienação a várias sociedades do Grupo Multi Development Corporation International, SA de várias parcelas de terrenos pertencentes às empresas do Grupo Sporting VERDIBLANC I, VERDIBLANC II, VERDIBLANC III, VERDIBLANC IV e Soc. Quinta das Raposeiras, que estavam registadas por 52,2 M Esta operação, cuja venda foi efectuada por 51,3 gerou em Resultados extraordinários uma menos-‐valia de , por via da fixação dos preços no Protocolo anteriormente firmado.
2010 :
Valores relativos a edifícios, materialmente pouco relevantes.
2011 : Embora não se disponha ainda das contas consolidadas do ano de 2011, as variações ao
nível do consolidado afiguram-‐se pouco materiais. No entanto, ao nível das relações entre empresas do Grupo, com data do dia 6 de Outubro de 2010, foi firmado entre o Sporting Clube de Portugal e a SAD um contrato de trespasse pelo qual é cedida à SAD a Academia, incluindo toda a sua actividade, activos e passivos. A cedência foi efectuada pelo preço total de 23,7 milhões de euros, incluindo um contrato de leasing imobiliário com uma dívida actual de 5,7 milhões de euros. Visto que o valor líquido do imobilizado em questão estava contabilizado por 18 milhões de euros, o SCP contabilizou uma mais-‐valia de 5,7
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milhões de euros, que aumentou neste montante o Resultado Líquido das contas individuais. Nas contas consolidadas, esta operação, decorrente da deliberação da Assembleia Geral Extraordinária de 28 de Maio de 2008, é completamente anulada, pois as mais-‐valias são geradas exclusivamente no perímetro do Grupo Sporting.
A discriminação acima descrita de todas as variações ocorridas no Imobilizado Corpóreo durante os últimos 17 anos encontra-‐se sintetizada no quadro seguinte, que nos informa acerca do total de reavaliações, aquisições/construções, alienações e mais ou menos valias realizadas.
QUADRO 2 Evolução do activo imobiliário
Da análise do quadro acima, concluímos que os terrenos propriedade do Grupo Sporting foram reavaliados, mediante relatórios subscritos por entidades especializadas, em cerca de 74 milhões de euros. As mais-‐valias totais líquidas obtidas (valor de venda valor da reavaliação) através da venda dos terrenos reavaliados foram de 18,2 Por outro lado, a mais-‐valia obtida através da venda de parte do Alvalade XXI foi de 8,6 Os valores de venda dos terrenos alienados ao longo dos anos, que culminaram em 2009 com a venda dos terrenos ou direitos de superfície detidos pelas Sociedades Verdiblanc I, II, III e IV e pela Quinta da Raposeira, foram previamente acordados por meio de contratos-‐promessa de compra e venda com as entidades compradoras, firmados em 2000. Nesses contratos, foram acordados não só os preços de venda, mas também as condições gerais de actualização dos preços até à data das escrituras, que dependiam de autorizações de construção e outras condições a conceder pela Câmara Municipal de Lisboa. A análise do quadro permite-‐nos também concluir acerca do valor total obtido com a venda do património imobiliário. Somando a coluna das alienações (preço de custo ou reavaliação) com a coluna das mais ou menos valias, obtém-‐se o valor total das vendas, que atinge os 135
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(retirou-‐ ções acumuladas à data da parte vendida do Alvalade XXI). A evolução do Imobilizado Corpóreo do Sporting pode-‐se resumir da seguinte forma: com a demolição do antigo Estádio José de Alvalade, o respectivo terreno bem como todos os terrenos adjacentes pertencentes ao Clube foram reavaliados e vendidos, com excepção do terreno onde foi construído o novo Estádio José de Alvalade, 2 terrenos onde foram edificados 2 postos de combustível e outras parcelas de terreno onde está previsto ser edificado o futuro pavilhão multidesportivo. A construção do novo Estádio incluiu um complexo de lazer e desporto que foi denominado, junto com o Estádio, pelo nome de Alvalade XXI. Parte desse complexo ( foi entretanto também alienado. Por outro lado, no terreno adquirido em Alcochete no ano 2000, foi construída a Academia, que ficou concluída em 2003. O actual Imobilizado Corpóreo do Sporting é composto da seguinte forma:
QUADRO 3 Detalhe do imobilizado corpóreo
Valor Aquisição
Amortização Acumulada
Valor Liquido
TerrenosQta. das Raposeiras 10.354 -‐ 10.354 Terreno Academia 504 -‐ 504 Outros Terrenos Parcelas 7, 8 e 9 618 -‐ 618 Terrenos S.C. Planeamento 36 -‐ 36 Qta. de Alvalade 1.162 -‐ 1.162 Terrenos Construz 6.067 -‐ 6.067
Edifícios e Outras ConstruçõesEdifícios e Outras Construções 789 (8) 782 Edifícios e Out. Const.-‐Academia 17.679 (169) 17.510 Estádio José de Alvalade 126.092 (42.457) 83.635 Correcções Consolidado 9.267 2.577 11.844
Equipamento Básico 677 (489) 188 Equipamento de Transporte 467 (314) 153 Ferramentas e Utensíl ios 296 (290) 6 Equipamento Administrativo 3.537 (3.137) 400 Outras Imobilizações Corpóreas 801 (286) 515
TOTAL 178.348 (44.574) 133.774
Descrição
Os terrenos da Quinta das Raposeiras, são aqueles sobre os quais está edificado o Estádio José de Alvalade (Alvalade XXI). As parcelas 7, 8 e 9 e os terrenos do SC Planeamento, constituem a parcela de terreno onde será edificado o futuro pavilhão multidesportivo. A Quinta de Alvalade e nos terrenos da Construz (empresa do Grupo), são os terrenos onde estão edificados 2 postos de combustível da Petrogal, empresa com a qual foram contratualizados os respectivos direitos de superfície.
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Em relação ao complexo Alvalade XXI, em 5 de Abril de 2005 foi efectuado entre duas empresas do Grupo (Sporting Clube de Portugal e SPM Sporting Património e Marketing) um contrato de cedência de direitos de superfície por 25 anos. Esta operação, envolvendo empresas do Grupo, é completamente anulada nas contas consolidadas, continuando o património registado ao seu valor inicial como Imobilizado Corpóreo (Activo Fixo Tangível). No entanto, por assumir relevância jurídica, e porque tem influência nas contas individuais do Sporting Clube de Portugal, descrevemos em seguida sucintamente o registo desta transacção. O SCP cedeu à SPM os direitos de superfície, de utilização por 25 anos, de todo o complexo desportivo e de lazer denominado Alvalade XXI pelo valor líquido do imobilizado conforme
Diferidos no SCP este valor credor, que foi transferido para proveitos anualmente na proporção de 1/25. A SPM registou o direito de propriedade no Imobilizado Incorpóreo (Activo Fixo Intangível), que vai amortizando como custo em 1/25. Embora neste aspecto o custo e o proveito sejam idênticos nas 2 empresas, no SCP os custos com a amortização do Imobilizado Corpóreo eram, nos primeiros anos, superiores aos proveitos dos direitos de superfície que debitava à SPM. Com a venda de parte do Alvalade XXI (Health Club, Edifício Administrativo, Secretaria, Clínica
-‐-‐
-‐valias entraram nas contas consolidadas. O quadro seguinte permite-‐nos calcular o Cash-‐flow (fluxo de tesouraria) obtido no decorrer dos 17 anos considerados, em função das aquisições e alienações do Activo Imobiliário (edifícios e terrenos) do Grupo.
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QUADRO 4 Resumo Cash Flow teórico do imobilizado
Ano Entidades Descrição Valor
RecebimentosVendas Externas
1998 Qta. Loureiro Sociedade 7,0
2001 Construz Terrenos 3,72004 Qta. Alvalade Parte terrenos Qta. Alvalade 21,1
2005 SCP Terreno do SCP 1,02007 SCP Património não desportivo 12,72007 SPM Património não desportivo 38,22009 Verdiblanc I Direitos de Superfície 7,62009 Verdiblanc III Direitos de Superfície 7,62009 Verdiblanc II Lote 1, 2, 3 e 4 18,92009 Verdiblanc IV Lote 5, 6 e 7 15,32009 Qta. Raposeiras Terrenos Qta. Raposeiras 1,9
Subtotal 135,1Subsídios
2005 CML Projecto Imobiliário EPUL 10,0IDP+ IEP Novo Estádio 24,5
Subtotal 34,5Total Recebimentos 169,6
PagamentosCompras Externas
2000 Academia (0,5) Construções
2002 Academia (17,9) 2004 Novo Estádio (161,5)
Demolições2004 Demolição Estádio Antigo (2,5)
Subtotal (181,9) Total Pagamentos (182,4)
Total Geral (12,8) O valor final indicado evidencia que, após todas as operações de construção e compra e venda de imobilizado -‐ venda de terrenos, construção da Academia, construção do Alvalade XXI (novo estádio + complexo desportivo e de lazer) e venda de parte do mesmo Alvalade XXI o saldo de tesouraria de todas estas operações foi negativo em cerca de 13 milhões de euros. Está incluído neste saldo o recebimento de subsídios a fundo perdido, relativos ao novo Estádio do complexo Alvalade XXI, no valor total de 34,5 milhões de euros. Esses subsídios incluíram duas componentes: os subsídios IDP+IEP (Instituto do Desporto de Portugal + Instituto de Estradas de Portugal), no valor total de 24,5 milhões de euros, e um apoio especial da Câmara Municipal de Lisboa/EPUL, no valor de 10 milhões de euros.
sendo transferidos anualmente para resultados na proporção das amortizações do novo Estádio Alvalade XXI. Em 2011, de acordo com o SNC, o saldo em Proveitos Diferidos foi
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transferido para Capitais Próprios, continuando no entanto a ser anualmente transferido para resultados com os mesmos critérios utilizados em POC.
concedidos pela CML foram contabilizados directamente em Resultados Extraordinários pois o contrato de cedência do referido montante não fazia referência à construção do novo Estádio nem implicava quaisquer outros encargos para o Clube. Em virtude da importante posição relativa para as contas do Clube do investimento imobiliário efectuado no Alvalade XXI (novo Estádio José de Alvalade + complexo desportivo e de lazer), apresentam-‐se em seguida 3 gráficos que discriminam os gastos por complexo estrutural, por natureza do tipo de obra do Estádio, e por fornecedor da obra (fonte de informação: relatório elaborado por entidade fiscalizadora especializada).
GRÁFICO 8 ALVALADE XXI -‐ Estrutura
Estádio108,7(66%)
FEC17,2(11%)
Multidesportivo9,0(5%)
Health Club1,9 (1%)
Acessibilidades 11,0(7%)
Edifício de Apoio Administrativo
13,5(8%)
Demolições 2,5(2%)
Milhões de
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GRÁFICO 9 ALVALADE XXI -‐ Investimento do Estádio por tipo de obra
Escavação/Estrutura/Alvenaria40,6(37%)
Redes e Instalações Electricas
20,2(18%)
Cobertura + Mastros15,3(14%)
ESTÁDIOCaxilharia
3,9(4%)
Video Screen1,7(2%)
Fornecimento e Montagem de
Cadeiras1,7(2%)
Mobiliário e Carpintaria1,5(1%)
Elevadores e Escadas Rolantes
1,0(1%)
Outros22,8(21%)
Milhões de
GRÁFICO 10 ALVALADE XXI -‐ Investimento por Fornecedor
Alves Ribeiro50,6(35%)
EFACEC17,5(12%)
Novopca14,3(10%)
Martifer / Simi13,1(9%)
OPCA9,9(7%)
Martifer5,2(4%)
Tecnovia4,0(3%)
IBM3,6(3%)
Siemens2,5(2%)
Ambisider2,1(1%) Outros
20,3(14%)
Milhões de
Embora, como referimos no Capítulo I, não seja a finalidade deste trabalho efectuar uma auditoria à documentação que serviu de base aos registos contabilísticos das contas do Grupo, por se tratar dum conjunto de despesas de particular importância para o património do Clube, efectuámos a verificação, por amostragem, da documentação comprovativa dos gastos efectuados com as obras, tanto do complexo desportivo Alvalade XXI como da Academia. Foi verificado um total de 60% dos gastos efectuados no complexo Alvalade XXI e de 26% do
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investimento efectuado na Academia. Foram examinadas todas as facturas de montante
examinada. Face ao atrás exposto, e aos elevados valores do investimento efectuado em Imobilizado corpóreo com a construção do complexo desportivo e de lazer Alvalade XXI, do qual é parte integrante o novo estádio, poderá questionar-‐se se a actual situação financeira do Sporting se deve ao avultado investimento efectuado -‐ e aos juros de financiamentos daí decorrentes. Analisando o Quadro 4, atrás apresentado, é-‐se levado a concluir que o fluxo negativo de tesouraria globalmente resultante das operações de imobiliárias (construção do Complexo Alvalade XXI e da Academia, venda de terrenos e edifícios e subsídios obtidos) se cifrou em 13 milhões de euros, valor pouco expressivo (4,9%) em comparação com os empréstimos contraídos. No entanto, esse quadro não nos permite ter uma visão temporal da evolução dos fluxos de tesouraria provenientes da actividade imobiliária. Essa necessidade é colmatada pelo gráfico abaixo, que nos dá a evolução, ao longo dos anos das necessidades de financiamento provenientes dos investimentos imobiliários efectuados. As colunas mostram os investimentos e as vendas conforme registados no Balanço, e a linha representa os fluxos de caixa reais líquidos provenientes do Activo Imobilizado, conforme retirados do Gráfico 5 (ponto 3 do Capítulo II).
GRÁFICO 11 Evolução das necessidades de fundo de maneio dos investimentos imobiliários
21,1
51,0 51,3 34,5
(17,9)
(161,5)
(200)
(150)
(100)
(50)
-‐
50
100
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Pagamentos Demolições Pagamentos Construção Recebimentos Subsídios Recebimentos Vendas Cash Flow Imob. Corp. Acumulado
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A análise deste gráfico permite-‐nos concluir que, no decorrer da construção do Alvalade XXI (início em 2001), o Sporting teve naturais carências de tesouraria, para as quais teve que contrair empréstimos avultados para fazer face ao investimento a efectuar, pois os subsídios e as vendas de terrenos e edifícios foram sendo realizados parcelarmente: em 2004 (ano em que o novo Estádio entra em Imobilizado), em 2005, 2007 e 2009. Por via desses financiamentos, foram pagos juros durante vários anos que podem ser imputados ao investimento. Com base nos Cash Flows negativos das operações imobiliárias em cada ano, a proporção dos juros pagos desde 1999 e até ao presente (2010) que pode ser imputada a essa actividade ascende a 49,5
será o montante dos custos que podemos imputar aos investimentos imobiliários, para além das amortizações anuais normais equivalentes ao desgaste desse mesmo Activo
Aquele valor teve também influência no Cash flow de
corpóreo, em cerca de -‐63 desde 1998. O actual património imobiliário do Sporting integra, além da Academia a parte não alienada do complexo Alvalade XXI, (Estádio, Museu, Multidesportivo e Acessibilidades). Este património está hipotecado, servindo de garantia aos empréstimos contratados. Os valores pelos quais foram alienados os terrenos pertencentes ao Clube tiveram por base avaliações efectuadas por empresas da especialidade. A gestão do património imobiliário, traduzida, conforme evidenciado no Quadro 4, no valor líquido de -‐ montante de 49,5 referente a juros imputáveis ao investimento efectuado (não capitalizados), demonstra que este foi um dos factores que terá contribuído para a actual situação financeira consolidada das contas do Sporting.
1.2. Imobilizado incorpóreo O imobilizado incorpóreo é quase integralmente composto pela propriedade dos direitos contratuais do Clube sobre os jogadores e treinadores (os . Embora aqui também estejam incluídos jogadores de outras modalidades, a esmagadora maioria destes direitos relaciona-‐se com a equipa profissional de futebol. Até à época de 1996/1997, os passes dos jogadores estavam contabilizados no Sporting Clube de Portugal. Na época de 1997-‐1998, os valores contabilísticos líquidos desses direitos foram transferidos para a SAD como entrada em espécie do Sporting Clube de Portugal no capital desta Sociedade, pelo valor total de 30 milhões de euros. Essa entrada em espécie incluiu uma reavaliação dos valores dos passes dos jogadores por mais 4,5 milhões de euros do que estava
O gráfico seguinte demonstra qual foi a evolução dos valores líquidos dos passes dos jogadores e treinadores (imobilizado incorpóreo) desde a época de 1998-‐1999, primeira época para a qual se dispõe de contas consolidadas. Note-‐se que se trata de valores líquidos, portanto já deduzidos das amortizações anuais dos referidos passes. As amortizações são efectuadas em quotas anuais constantes, de acordo com os anos de vigência dos direitos contratuais existentes.
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GRÁFICO 12 Evolução do imobilizado incorpóreo líquido passes dos jogadores
0
10
20
30
40
50
60
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
41
36
52
46
37
27
1719
14
2926
41
Milhões de
Uma análise da evolução dos valores acima, aponta para 2001 como o ano em que o plantel estava mais valorizado. Este valor foi descendo gradativamente até 2007, ano em que apenas valia 14 milhões de euros (preços correntes). Em 2010, o plantel estava já valorizado por 41 milhões de euros, valor idêntico ao de 1999. O quadro seguinte, mostra como foram obtidos os valores patentes no gráfico, respeitantes à evolução do Imobilizado incorpóreo líquido (passes do jogadores e treinadores) ao longo dos últimos 12 anos: QUADRO 5 Evolução do Imobilizado Incorpóreo líquido (Passes dos Jogadores -‐ SAD)
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010Saldo inicial líquido 38,8 41,1 35,5 51,9 45,6 36,9 27,2 16,6 18,8 14,4 28,7 26,3Aquisições de passes 24,8 12,9 35,7 17,7 10,4 3,6 6,1 15,6 9,5 22,2 10,4 31,2Amortizações anuais 13,5 14,6 17,8 17,5 16,6 11,5 12,9 7,8 7,2 7,1 10,8 13,6
Vendas/Abates de passes (valor de aquisição líquido) 9,1 3,9 1,6 6,3 2,6 1,7 3,8 5,6 6,8 0,9 1,9 2,9Saldo final líquido 41,1 35,5 51,9 45,6 36,9 27,2 16,6 18,8 14,4 28,7 26,3 41,0 Da análise do quadro, ficamos a conhecer quais foram os anos em que foram efectuadas mais aquisições, e quais as consequências dessas aquisições ao nível das amortizações dos respectivos passes. Ressaltam as épocas de 2001 e 2010, com aquisições acima dos 30 milhões de euros, anos em que se verificaram maiores prejuízos. Este facto, por si só, embora gere mais amortizações -‐ que poderão nem ser muito elevadas na época da compra, se esta for efectuada a meio da época e mais custos com o pessoal, não afecta necessariamente os resultados de forma negativa, pois pode gerar proveitos superiores aos custos produzidos.
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Por outro lado, a época com menos aquisições foi 2004 (menos de 4 milhões de euros), logo seguida de 2005, com cerca de 6 milhões de euros. Analisando as amortizações anuais dos passes, nota-‐se que estas foram especialmente elevadas (acima dos 13, ) nos anos de 1999 a 2003 e em 2010. Quatro (2001, 2002, 2003 e 2010) destes seis anos foram os anos em que o Sporting teve prejuízos mais avultados (ver ponto 2 do Capítulo II). Por outro lado, os anos que apresentam menos amortizações de passes de jogadores, os de 2007 e 2008 (7 ), foram respectivamente, o único ano com lucro e o 2º com menor prejuízo do período. Sendo um facto que as amortizações de passes de jogadores influenciam de forma considerável os resultados dos exercícios, em termos financeiros, porém, estes factos isolados não nos informam muito acerca da sua consequência em termos de fluxos de tesouraria que criaram ou da sua contribuição final para os resultados do Grupo Sporting. Na análise do quadro, deve-‐se ter em conta que as saídas dos passes de jogadores e treinadores estão neste quadro valorizadas ao preço líquido da compra, ou seja, ao valor de aquisição menos as amortizações acumuladas efectuadas até à altura da venda. Para os jogadores que tenham estado há mais tempo no clube, o valor líquido do passe poderá já estar registado na contabilidade por zero euros, em consequência das amortizações acumuladas. Esta informação relativa às alienações dos passes dos jogadores, embora útil para calcular o saldo final do valor líquido dos passes em poder do Sporting, não elucida acerca dos movimentos de tesouraria e das mais ou menos valias provenientes dessas vendas. Por estas razões, elaborámos o gráfico que se segue, que nos permite comparar as aquisições e vendas dos passes época a época. Neste gráfico, as vendas dos passes estão valorizadas ao preço de venda, incluindo todas as diversas facetas de negociação do contrato que tenham originado proveitos para o Clube. Note-‐se que alguns desses proveitos podem não estar contabilizados no ano da venda do passe de um determinado jogador, pois os direitos da SAD na transferência do jogador podem estender-‐se para além da época da transferência, como é o caso dos direitos sobre transferências futuras para terceiros clubes. Este gráfico, comparando valores reais das aquisições e das vendas dos passes de jogadores, permite-‐nos ter a percepção da consequência, época a época, em termos de tesouraria, da política de aquisições e vendas dos passes dos jogadores e treinadores.
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GRÁFICO 13 Evolução das aquisições e vendas de passes de jogadores Imobilizado Bruto
Na análise do gráfico, destacam-‐se 3 épocas relativamente às vendas: 2007, com vendas no valor de mais de 30 milhões de euros, a primeira época da série, 1999, com cerca de 25 milhões de euros e 2011 com 22 milhões de euros. Nenhum outro ano apresenta vendas superiores a 20 milhões de euros. Note-‐se que, certamente por influência das vendas de passes verificadas nesse ano, 2007 foi o único ano da série que analisámos em que o Grupo Sporting teve resultados positivos. Em contrapartida, a época de 2009 registou vendas praticamente nulas. As outras 3 épocas menos expressivas em vendas de passes de jogadores, foram 2005, 2008 e 2010, inferiores a 2 M cada. 2009 e 2010 foram dois dos anos com resultados mais negativos no período em análise. Sem vendas, não se produziram mais-‐valias, essenciais para o equilíbrio das contas, face à actual estrutura de custos do Grupo Sporting. No mesmo gráfico, as partes amarela e laranja das colunas destaca as aquisições e vendas que pertencem, em cada ano, ao First Portuguese Football Players Fund, Ltd. Esta entidade, que não tem qualquer relação financeira com o Grupo Sporting, é um fundo de investimento que adquiriu em 3 épocas diferentes parte do passe de vários jogadores, entre os quais estão Hugo Viana, Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo, Marius Niculae, Danny, Beto, Liedson, João Moutinho, Paulo Sérgio, Carlos Saleiro e Yannick Djaló. Estas operações consistiram na aquisição, por parte do Fundo, duma percentagem dos passes de determinados jogadores, que o Fundo entendeu terem maior potencial de valorização futura. Pela aquisição dessa parte do passe, a SAD do Sporting valorizou os jogadores na parte correspondente ao que recebeu do Fundo, deduzido o valor líquido pelo qual esses jogadores estavam registados em Imobilizado. Obteve assim uma mais-‐valia, por contrapartida dum aumento do Activo.
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Com a venda dos passes em épocas futuras, o Sporting apenas recebeu a parte do passe que ainda detinha, recebendo o Fundo a respectiva percentagem da venda, de acordo com a parte do passe que anteriormente tinha adquirido. As referidas partes amarela e laranja das colunas do gráfico indicam qual o montante dessa aquisição/revalorização dos jogadores pelo Fundo, e da respectiva parte da venda desses jogadores que reverteu a favor do Fundo. O quadro abaixo mostra quais foram as épocas em que essas operações se efectuaram, e quais os montantes envolvidos, com consequências tanto nos recebimentos obtidos (Cash Flow) como nas mais-‐valias alcançadas. A última transacção que envolveu este Fundo foi a venda, na época de 2010-‐11, do passe do jogador João Moutinho, do qual o Fundo tinha adquirido 10% em 2004-‐05. No cômputo geral, o Fundo entregou tendo em contrapartida realizado com a venda dos passes dos jogadores cuja parte tinha adquirido.
QUADRO 6 Contribuição do Fundo de jogadores
ÉpocaTesouraria Proveitos/RevalorizaçõesRecebido Mais-‐Valias
2001/2002 6.135 4.544 2.645
2002/2003 2.152 2.084 2.450
2003/2004 5.252
2004/2005 700 664 170
2005/2006 165
2006/2007 350
2010/2011 1.130
TOTAL 8.987 7.292 12.162
Valores recebidos pelo Fundo na venda posterior dos passes
dos Jogadores
Aquisição pelo Fundo de parte dos passes de alguns JogadoresContas da SAD
Tal como fizemos relativamente ao Imobilizado Corpóreo, e visto que o valor acumulado negativo de tesouraria relativo ao imobilizado Incorpóreo (-‐59 até 2010) se reparte ao longo dos anos, elaborámos o gráfico abaixo que nos informa acerca das consequências, em termos de tesouraria, das aquisições e vendas dos passes dos jogadores e treinadores ao longo dos anos. O gráfico não tem em conta diferenças temporais no pagamento e recebimento dos passes, que podem ser analisadas no Gráfico 5 (ponto 3 do Capítulo II). Neste gráfico, os valores apresentados não incluem os montantes relativos às partes amarela e laranja do gráfico anterior, pois não correspondem a reais saídas ou entradas monetárias na SAD do Sporting. No entanto, acrescentámos ao valor das vendas as importâncias recebidas do Fundo relativas à compra por esta entidade de parte dos passes de alguns jogadores, conforme expresso na 1ª coluna d De facto, trata-‐se de vendas antecipadas de parte dos passes, que a SAD recebeu em tesouraria.
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GRÁFICO 14 Aquisições e vendas de jogadores e treinadores
Como resultado da análise deste gráfico, concluímos que as épocas que mais contribuíram para o deficit de tesouraria provocado pelas aquisições de passes de jogadores e treinadores foram 2000/2001 e 2009/2010, com valores na ordem dos -‐ exactamente os períodos que coincidem com as épocas de maiores compras, visto que estas não foram compensadas por vendas correspondentes. Só esses 2 anos em conjunto apresentaram um deficit superior ao apurado no total do período (13 épocas). Outras épocas críticas foram 2007/2008 e 2008/2009, com -‐ -‐ , respectivamente. Em sentido contrário, destacam-‐se duas épocas francamente positivas em termos de tesouraria nas transacções de passes de jogadores e treinadores: 2006/2007 (+21 a época única em que o Grupo apura um Resultado Líquido positivo, e 2010/2011 que foi, até Março, positiva (+18 M Por outro lado, a linha do gráfico informa-‐nos acerca do deficit acumulado de tesouraria proveniente da aquisição e venda de passes de jogadores. Este deficit crónico, com o valor
gerou uma parte considerável dos empréstimos contraídos, chegando a atingir em 2010 a percentagem de 23% do endividamento bancário. Os juros imputáveis à quota-‐parte dos empréstimos gerados pelo Cash flow negativo dos passes dos jogadores foram de 22
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Este gráfico, no quadro que tem inserido, dá-‐nos ainda outra informação relevante: o saldo de tesouraria resultante de todas as operações de investimento em imobilizado incorpóreo, relacionadas com aquisições e vendas dos passes de jogadores. Este saldo foi negativo em cerca 5 vezes mais do que o saldo negativo proveniente das operações de investimento em imobilizado corpóreo desde 1998 (terrenos e edifícios). A informação acima, embora muito útil em termos de evolução da tesouraria, não nos dá a percepção da influência das operações de vendas dos passes dos jogadores e treinadores nos Resultados Líquidos do grupo, pois a mais ou menos valia que daí advém depende, além do preço de venda, do custo de aquisição desse passe, que normalmente foi adquirido noutra época anterior, e da amortização acumulada já efectuada do passe anteriormente adquirido, que depende do número de anos de contrato que já tenham sido cumpridos pelo jogador, desde a sua aquisição e até à venda do passe. Essa informação está sintetizada no quadro abaixo, que nos dá, época a época, esclarecimento acerca dos valores individuais das principais compras e vendas de passes de jogadores e treinadores, ocorridas no período em análise (épocas 1998/1999 a 2010/Março de 2011), informando simultaneamente acerca das mais ou menos valias daí resultantes. Nos valores de compra foram incluídas todas as verbas capitalizadas em imobilizado incorpóreo, designadamente passes dos jogadores, prémios, formação e outros valores pagos relacionados com a aquisição do passe ou o alargamento do prazo do contrato do jogador para uma data posterior à inicialmente contratada. Os valores capitalizados nos vários anos estão todos incluídos na primeira época de cada jogador, mesmo que tenham sido negociados posteriormente.
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QUADRO 7 Resumo do movimento dos jogadores entre 01.07.1997 e 31.03.2011
Época JogadorTipo deOperação
Valor Compra
AmortizaçõesAcumuladas
Valor Venda
Outros Gastos/
Rendimentos+/-‐ Valias
1997/1998 Abdelilah Saber Compras 980,1 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Abdelilah Saber Vendas -‐ 780,0 1.941,7 -‐ 1.741,6 1997/1998 Aldo Duscher Compras 4.743,4 -‐ -‐ -‐ -‐ 1999/2000 Aldo Duscher Vendas -‐ 1.904,9 13.847,5 -‐ 11.009,0 1997/1998 Manuel Maçães (Bino) Compras 1.249,5 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Manuel Maçães (Bino) Abates -‐ 1.249,5 -‐ -‐ -‐ 1997/1998 Bruno Gimenez Compras 5.323,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Bruno Gimenez Vendas -‐ 2.513,6 2.898,9 764,4 853,2 1997/1998 Carlos Miguel Compras 4.846,9 908,8 4.099,1 -‐ 160,9 1997/1998 Delfim Teixeira Compras 1.987,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Delfim Teixeira Vendas -‐ 835,9 3.621,5 -‐ 2.469,7 1997/1998 Edmilson Pimenta Compras 4.551,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Edmilson Pimenta Vendas -‐ 4.324,8 200,3 -‐ (26,0) 1997/1998 Fábio de Brito (Nenê) Compras 2.507,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Fábio de Brito (Nenê) Vendas -‐ 1.201,5 1.463,1 -‐ 157,0 1997/1998 Joaquim Alberto (Quim Berto) Compras 1.805,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Joaquim Alberto (Quim Berto) Abates -‐ 1.805,6 -‐ -‐ -‐ 1997/1998 Julián Kmet Compras 4.872,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2001/2002 Julián Kmet Abates -‐ 3.654,0 -‐ 63,9 (1.154,1) 1997/1998 Leandro Machado Compras 4.803,4 -‐ -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Leandro Machado Vendas -‐ 2.301,6 5.348,5 -‐ 2.846,7 1997/1998 Mustapha Hadjy Compras 1.247,0 381,0 4.533,7 -‐ 3.667,8 1997/1998 Pedro Barbosa Compras 3.017,2 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Pedro Barbosa Abates -‐ 3.017,2 -‐ -‐ -‐ 1997/1998 Renato + Leão Compras 1.906,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Renato + Leão Vendas -‐ 743,9 1.172,2 -‐ 9,8 1997/1998 Roberto Severo (Beto) (1)(5) Compras 2.800,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Roberto Severo (Beto) (1)(5) Vendas -‐ 1.174,7 1.300,0 (637,0) (962,6) 1997/1998 Rui Jorge Compras 2.463,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Rui Jorge Abates -‐ 2.463,6 -‐ -‐ -‐ 1997/1998 José Vidigal Compras 271,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 1999/2000 José Vidigal Vendas -‐ 175,2 5.271,4 -‐ 5.175,0 1997/1998 Simão Sabrosa (5) COMPRAS 995,9 -‐ -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Simão Sabrosa (5) Vendas -‐ 185,7 14.010,3 719,7 13.919,9 1998/1999 Alberto Acosta (Beto Acosta) Compras 1.961,8 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Alberto Acosta (Beto Acosta) Abates -‐ 1.961,8 -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Francisco Delgado (Chiquinho) Compras 1.296,9 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Francisco Delgado (Chiquinho) Abates -‐ 1.296,9 -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Mauricio Hanuch (2) Compras 4.076,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 2002/2003 Mauricio Hanuch (2) Abates -‐ 2.661,1 -‐ -‐ (1.415,5) 1998/1999 Peter Krpan Compras 2.617,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Peter Krpan Abates -‐ 2.617,7 -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Peter Schmeichel Compras 2.281,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Peter Schmeichel Abates -‐ 2.331,6 -‐ -‐ -‐ 1998/1999 Antonio Gonzalez (Toñito) Compras 3.525,6 -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Antonio Gonzalez (Toñito) Abates -‐ 2.888,8 -‐ -‐ (636,8) 1998/1999 Facundo Quiroga Compras 6.113,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Facundo Quiroga Abates -‐ 5.008,9 -‐ -‐ (1.104,1) 1999/2000 Ayew Kwame (2) Compras 3.958,5 -‐ -‐ -‐ -‐
Ayew Kwame (2) -‐ 3.381,2 -‐ (112,2) (689,5) 1999/2000 César Prates Compras 1.924,7 1.403,4 1.111,8 253,0 337,6 1999/2000 Dimas Teixeira Compras 1.712,5 -‐ -‐ -‐ -‐ 2001/2002 Dimas Teixeira Abates -‐ 1.185,1 -‐ -‐ (527,4) 1999/2000 Mbo Mpenza Compras 2.804,1 -‐ -‐ -‐ -‐ 2001/2002 Mbo Mpenza Abates -‐ 968,7 -‐ 1.835,4 -‐ 1999/2000 Pavel Horvath Compras 1.805,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2001/2002 Pavel Horvath Abates -‐ 381,6 -‐ 1.421,5 (2,3)
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QUADRO 7 Resumo do movimento dos jogadores entre 01.07.1997 e 31.03.2011 (Continuação)
Época JogadorTipo deOperação
Valor Compra
AmortizaçõesAcumuladas
Valor Venda
Outros Gastos/
Rendimentos+/-‐ Valias
1999/2000 Ricardo Quaresma (1)(5) Compras -‐ -‐ -‐ -‐ -‐ 2002/2003 Ricardo Quaresma (1)(5) Abates Vendas -‐ -‐ 6.000,0 (1.797,0) 4.203,0 1999/2000 Paulo Bento Compras 2.149,5 -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Paulo Bento Abates -‐ 1.968,0 -‐ -‐ (181,0) 1999/2000 Alan Mahon Compras 305,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Alan Mahon Vendas -‐ 165,6 1.427,8 -‐ 1.287,6 1999/2000 Ricardo Fernandes COMPRAS 124,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2002/2003 Ricardo Fernandes Vendas -‐ 68,3 2.000,0 -‐ 1.943,6 2000/2001 Sá Pinto Compras 3.346,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Sá Pinto Abates -‐ 3.346,3 -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Rodrigo Tello Compras 7.337,2 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Rodrigo Tello Abates -‐ 7.337,2 -‐ -‐ -‐ 2000/2001 Hugo Vieira Compras 1.334,7 -‐ -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Hugo Vieira Abates -‐ 1.334,7 -‐ -‐ -‐ 2000/2001 João Vieira Pinto Compras 4.189,9 -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 João Vieira Pinto Abates -‐ 4.102,6 -‐ -‐ (87,3) 2000/2001 Luís Filipe (1) Compras 3.687,4 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Luís Filipe (1) Abates -‐ 2.316,4 -‐ -‐ (1.371,1) 2000/2001 Marius Niculae (1) Compras 8.489,5 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Marius Niculae (1) Abates -‐ 5.385,4 -‐ -‐ (3.104,1) 2000/2001 Custódio Castro (1) Compras 735,4 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Custódio Castro (1) Abates -‐ 179,5 1.000,0 (505,0) (60,9) 2000/2001 Hugo Viana (1)(5) Compras 31,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2001/2002 Hugo Viana (1)(5) Vendas -‐ 16,3 12.513,0 (3.641,3) 8.856,6 2001/2002 Daniel Gomes (Danny) Compras 840,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Daniel Gomes (Danny) Vendas -‐ -‐ 1.700,0 (1.050,0) (190,0) 2001/2002 Mário Jardel Compras 9.167,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Mário Jardel Vendas -‐ 8.567,0 600,0 -‐ -‐ 2001/2002 Cristiano Ronaldo (1)(5) Compras -‐ -‐ -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Cristiano Ronaldo (1)(5) Vendas -‐ -‐ 15.000,0 (3.831,8) 11.1682002/2003 Clayton Cruz Compras 1.950,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Clayton Cruz Abates -‐ 1.950,0 -‐ -‐ -‐ 2002/2003 Paulo Sérgio Compras 1.069,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Paulo Sérgio Abates -‐ 653,0 -‐ -‐ (416,0) 2002/2003 Ricardo Pereira Compras 2.472,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Ricardo Pereira Vendas -‐ 1.970,2 2.000,0 (400,0) 1.097,9 2002/2003 Anderson Polga Compras 2.250,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Anderson Polga Abates -‐ 2.250,0 -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Anderson Polga Compras 3.800,0 2.897,2 -‐ -‐ -‐ 2003/2004 Liedson Muniz Compras 3.350,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Liedson Muniz Abates -‐ 3.176,9 -‐ -‐ (173,1) 2005/2006 Liedson Muniz (1) Compras 5.723,1 -‐ -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Liedson Muniz (1) Vendas -‐ 4.049,7 1.500,0 650,0 476,6 2004/2005 Joseph Enakarhire Compras 1.250,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Joseph Enakarhire Vendas -‐ 34,8 6.000,0 (1.650,0) 3.134,8 2004/2005 Mauricio Pinilla Compras 1.200,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Mauricio Pinilla Abates -‐ 1.200,0 -‐ -‐ -‐ 2004/2005 Rogério Régis Compras 1.020,2 -‐ -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Rogério Régis Vendas -‐ 481,7 7,9 192,3 (338,3) 2004/2005 Roudolphe Douala Compras 1.051,3 -‐ -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Roudolphe Douala Abates -‐ 1.051,3 -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Abel Ferreira Compras 1.260,0 1.196,5 -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Deivid de Souza Compras 4.050,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Deivid de Souza Vendas -‐ 1.012,5 5.000,0 (1.000,0) 962,5 2005/2006 João Alves Compras 2.925,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 João Alves Abates -‐ 2.925,0 -‐ -‐ -‐
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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal
QUADRO 7 Resumo do movimento dos jogadores entre 01.07.1997 e 31.03.2011
(Continuação)
Época JogadorTipo deOperação
Valor Compra
AmortizaçõesAcumuladas
Valor Venda
Outros Gastos/
Rendimentos+/-‐ Valias
2005/2006 Morgan Romagnoli Compras 2.010,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Morgan Romagnoli Abates -‐ 2.010,0 -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Fábio Rochemback (3) Compras 1.500,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Fábio Rochemback (3) Vendas -‐ 906,1 3.220,0 -‐ 2.626,1 2005/2006 Wenderson Said (Wender) Compras 1.172,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Wenderson Said (Wender) Abates -‐ 922,0 -‐ -‐ -‐ 2005/2006 Luís da Cunha (Nani) Compras 62,5 -‐ -‐ -‐ -‐ 2006/2007 Luís da Cunha (Nani) Vendas -‐ 62,5 25.500,0 (1.340,0) 24.160,0 2006/2007 João Moutinho (1) Compras 3.325,2 -‐ -‐ -‐ -‐ 2010/2011 João Moutinho (1) Vendas -‐ 1.465,4 11.000,0 1.300,0 10.440,2 2006/2007 Carlos Paredes Compras 1.400,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Carlos Paredes Abates -‐ 799,9 -‐ -‐ (600,1) 2006/2007 Miguel Veloso Compras 480,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Miguel Veloso Vendas -‐ 258,4 9.000,0 (451,8) 8.326,5 2007/2008 Helder Postiga Compras 3.950,0 3.620,5 -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Izmailov Lokomotiv Compras 5.000,0 2.750,0 -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Marco Caneira (4) Compras 2.450,0 -‐ -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Marco Caneira (4) Imparidade -‐ 1.250,0 -‐ -‐ (1.250,0) 2007/2008 Milan Purovic Compras 2.246,0 1.684,5 -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Simon Vukcevic Compras 3.502,5 2.587,5 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Simon Vukcevic Compras 2.000,0 1.166,6 -‐ -‐ -‐ 2007/2008 Vladimir Stojkovic Compras 1.739,8 1.248,6 -‐ -‐ -‐ 2008/2009 Leandro Grimi Compras 3.950,0 2.172,5 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Evaldo Fabiano Compras 3.000,0 562,5 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 João Pereira Compras 3.131,8 860,2 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Matías Fernández Compras 5.285,0 2.609,6 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Pedro Mendes Compras 2.231,6 1.115,8 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Florent Pongolle Compras 6.762,5 2.415,1 -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Nuno Coelho Compras 1.000,0 187,5 -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Marco Natanel Torsiglieri Compras 3.400,0 425,0 -‐ -‐ -‐ 2009/2010 Marco Natanel Torsiglieri Vendas 50% -‐ 1.700,0 -‐ -‐ -‐ 2010/2011 Jaime Valdés Compras 3.300,0 824,9 -‐ -‐ -‐
Total 222.459,6 148.949,5 164.288,6 (9.216,1) 106.741,7 NOTAS:
(1) -‐ O valor de compra está deduzido do valor pertencente ao First Portuguese Football Players Fund, Ltd.(2) -‐ Contabilisticamente o valor da menos valia foi registado como amortização extraordinária (conta #66) e não como custo estraordinário (conta #69).
(5) -‐ Na coluna "Outros gastos e rendimentos" estão incluidas as verbas recebidas em épocas posteriores, referentes aos Direitos de Formação ao abrigo do Mecanismo de Soliedariedade do Regulamento FIFA.
(3) -‐ Considerámos em amortizações o montante de 571 milhares de euros que correspondem a amortização e imparidade posterior à venda, já que permanece no activo bruto esse mesmo montante relativo a 40% dos direitos económicos sobre o passe do jogador. (4) -‐ Contabilisticamente o montante de menos valia corresponde a uma imparidade dado que não ocorreu a venda ou abate do passe até 27 de Março.
Analisando o quadro acima, este dá-‐nos informação exaustiva de todos os principais movimentos de passes de jogadores durante as últimas 13 épocas. A nossa análise incluiu a consulta dos contratos mais significativos dos jogadores de futebol profissional. Seleccionámos os 12 contratos com maior valor de venda, representando 74% do total de vendas de passes do período, e 82% do total de mais-‐valias obtidas no mesmo período. Não foram detectadas anomalias nos montantes contabilizados. Os dois quadros seguintes, ordenam a informação relativa aos resultados obtidos com as vendas e abates dos passes de jogadores e treinadores, de acordo
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com o facto de daí terem resultado mais ou menos valias nas vendas durante todas as 13 épocas consideradas. A grande maioria das vendas foram negócios com resultado positivo, daí resultando cerca de 126 milhões de euros de mais-‐valias em vendas de passes, o que dá uma média de 3,9 milhões de euros por jogador.
QUADRO 8 Vendas de jogadores com mais valias entre 01.07.1997 e 31.03.2011
Época Nome/N.ºValor Venda
ValorBruto
Amort. Acum.
Out. Cust./Prov.
+ Valia
2006/2007 Luís da Cunha (Nani) 25.500,0 62,5 62,5 (1.340,0) 24.160,0 1998/1999 Simão Sabrosa (3) 14.010,3 995,8 185,7 719,7 13.920,0 2003/2004 Cristiano Ronaldo (3) 15.000,0 -‐ -‐ (3.831,8) 11.168,2 1999/2000 Aldo Duscher 13.847,5 4.743,4 1.904,9 -‐ 11.009,0 2010/2011 João Moutinho (1) 11.000,0 3.325,2 1.465,4 1.300,0 10.440,2 2001/2002 Hugo Viana (1)(3) 12.513,0 31,3 16,2 (3.641,3) 8.856,6 2010/2011 Miguel Veloso 9.000,0 480,0 258,4 (451,8) 8.326,5 1999/2000 José Vidigal 5.271,4 271,6 175,2 -‐ 5.175,0 2002/2003 Ricardo Quaresma (1)(3) 6.000,0 -‐ -‐ (1.797,0) 4.203,0 1997/1998 Mustapha Hadjy 4.533,7 1.247,0 381,0 -‐ 3.667,8 2005/2006 Joseph Enakarhire 6.000,0 1.250,0 34,8 (1.650,0) 3.134,8 1998/1999 Leandro Machado 5.348,5 4.803,4 2.301,6 -‐ 2.846,7 2005/2006 Fábio Rochemback (2) 3.220,0 1.500,0 906,1 -‐ 2.626,1 2000/2001 Delfim Teixeira 3.621,5 1.987,7 835,9 -‐ 2.469,7
18 35.341,0 38.359,0 19.150,0 (1.930,0) 13.824,0 Total Geral 32 170.206,9 59.056,9 27.677,8 (12.622,3) 125.827,5
Média / Jogador 5.319,0 1.845,5 864,9 (394,4) 3.932,1
NOTAS:
(1) -‐ O valor de compra está deduzido do valor pertencente ao First Portuguese Football Players Fund, Ltd.(2) -‐ Considerámos em amortizações o montante de 571 milhares de euros que correspondem a amortização e imparidade posterior à venda,já que permanece no activo bruto esse mesmo montante relativo a 40% dos direitos económicos sobre o passe do jogador.
(3) -‐ Na coluna "Outros gastos e rendimentos" estão incluidas as verbas recebidas em épocas posteriores, referentes aos Direitos deFormação ao abrigo do Mecanismo de Soliedariedade do Regulamento FIFA.
As menos-‐valias obtidas durante o período são bastante menores em valor: 19 prejuízos. As principais foram obtidas pelo abate dos passes dos jogadores que foram dispensados do Clube sem qualquer contrapartida financeira na venda do respectivo passe. O quadro abaixo dá-‐como se vê, foram em número significativo. Na maioria das situações, a menos-‐valia obtida não é muito elevada, pois nos casos dos passes com valores de aquisição mais elevados, a decisão de dispensar o jogador só se verifica após algumas épocas, o que tem como consequência que, à data da rescisão do contrato, já tenha sido normalmente contabilizada a maior parte da amortização do montante de aquisição do passe.
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QUADRO 9 Vendas/Abates de jogadores com menos valias entre 01.07.1997 e 31.03.2011
Época Nome/N.ºValorVenda
ValorBruto
Amort. Acum.
Out. Cust./Prov.
-‐ Valia
2004/2005 Marius Niculae (1) 8.489,5 5.385,4 -‐ (3.104,1) 2002/2003 Mauricio Hanuch (2) 4.076,6 2.661,1 -‐ (1.415,5) 2004/2005 Luís Filipe (1) 3.687,4 2.316,4 -‐ (1.371,1) 2010/2011 Marco Caneira (4) 2.450,0 1.250,0 (1.250,0) 2001/2002 Julian Kmet 4.872,0 3.654,0 63,9 (1.154,1) 2003/2004 Facundo Quiroga 6.113,0 5.008,9 -‐ (1.104,1) 2005/2006 Roberto Severo (Beto) (1)(5) 1.300,0 2.800,3 1.174,7 (637,0) (962,6) 2002/2003 Ayew Kwame (2) 3.958,5 3.381,2 (112,2) (689,5) 2003/2004 Antonio Gonzalez (Toñito) 3.525,6 2.888,8 -‐ (636,8) 2007/2008 Carlos Paredes 1.400,0 799,9 -‐ (600,1) 2001/2002 Dimas Teixeira 1.712,5 1.185,1 -‐ (527,4) 2005/2006 Hugo Valdir 509,7 9,5 -‐ (500,2)
53 3.853,0 34.384,4 20.223,0 453,0 (5.653,0) Total 65 5.153,0 77.979,6 49.938,0 (232,3) (18.968,5)
Média / Jogador 79,3 1.199,7 768,3 (3,6) (291,8)
NOTAS:(1) -‐ O valor de compra está deduzido do valor pertencente ao First Portuguese Football Players Fund, Ltd.(2) -‐ Contabilisticamente o valor da menos valia foi registado como amortização extraordinária (conta #66) e não como custo estraordinário (conta #69).(4) -‐ Contabilisticamente o montante de menos valia corresponde a uma imparidade dado que não ocorreu a venda ou abate do passe até 27 deMarço
(5) -‐ Na coluna "Outros gastos e rendimentos" estão incluidas as verbas recebidas em épocas posteriores, referentes aos Direitos de Formaçãoao abrigo do Mecanismo de Soliedariedade do Regulamento FIFA
Até agora, apenas analisámos a influência na tesouraria (Cash Flows) e nos Resultados, por meio das mais ou menos valias obtidas, das decisões efectuadas entre Julho de 2008 e Março de 2011 relativamente às aquisições e vendas de passes de jogadores e treinadores. No entanto, a influência destas aquisições e vendas nos resultados do Grupo Sporting vai mais além das mais ou menos valias obtidas com as alienações dos passes. Qualquer decisão de compra dum passe de jogador ou treinador tem como consequência custos com amortizações, salários e outros encargos com o pessoal que se estendem até ao fim do contrato, ou até à alienação do passe. O gráfico abaixo permite-‐nos fazer a apreciação, época a época, da contribuição da rentabilidade da actividade do Futebol Profissional para os resultados do Grupo Sporting. Como custos, incluímos as amortizações anuais dos passes e os encargos com o pessoal (apenas jogadores e treinadores), tendo também em conta as mais e menos valias líquidas anuais obtidas na alienação dos passes. Como os proveitos relacionados com a actividade desportiva do Clube, elegemos os seguintes: receitas de bilheteira, patrocínios, publicidade, quotização, televisão e prémios de participação nas competições da UEFA. Estamos a incluir neste gráfico todos os proveitos acima descritos, quando na realidade uma parte deles poderá não estar ligada à actividade futebolística. Desprezamos propositadamente esses montantes, no pressuposto que não serão materialmente relevantes para os resultados apurados.
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GRÁFICO 15 Evolução da margem bruta do futebol profissional
(13) (15) (18) (18) (17) (12) (13) (8) (7) (7) (11) (14)
(7)(17)
(23)(15)
(23)(20)
(23)
(17) (18) (18)(21)
(22)
18 16 5 7
(6)
9 5
25
16 2129 26
22
3440
40
48
49 5242
-‐60
-‐50
-‐40
-‐30
-‐20
-‐10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Amort. Ex. Imob. Incorpóreo Remunerações+Enc. Seg. Social + ou -‐ Valias e AbatesProveitos Margem Bruta Margem Bruta Sem +/-‐ ValiasCustos com +/-‐ Valias
O gráfico acima, que apura o que chamamos, em termos genéricos, Margem Bruta do Futebol Profissional (Proveitos da actividade desportiva +/-‐ valias na venda de passes -‐ custos com pessoal (jogadores e treinadores) amortizações de jogadores e treinadores), permite-‐nos tirar simultaneamente várias conclusões: A época com custos mais elevados com os jogadores e treinadores foi 2003, com mais de 45 milhões de euros de encargos, incluindo uma menos-‐valia líquida de 5,7 seguida estão as épocas de 2001, 2005 e 2010, com custos totais na ordem dos 41 , 36
e 36 , respectivamente. Estes valores incluem as menos valias das vendas das respectivas épocas.
Existe uma forte correlação entre os custos com os jogadores e treinadores e os resultados líquidos obtidos no Grupo. As 3 épocas indicadas no ponto anterior são 4 das 6 piores épocas em resultados líquidos nas contas do Grupo Sporting.
Seria de esperar que os proveitos obtidos provenientes das actividades desportivas cobrissem pelo menos os custos directos com a equipa de futebol, conforme elencados no gráfico. Caso contrário, isso significaria ter uma Margem Bruta de exploração negativa (venda por preço inferior ao do custo). Ora foi exactamente o que aconteceu nas épocas de 2001 e 2003, que apresentaram margens brutas de exploração negativas da actividade de
, respectivamente.
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Por último, apresentamos um quadro que resume, para os anos relativos às contas consolidadas, qual a Margem Bruta do Futebol Profissional apurada durante esse período.
QUADRO 10 Margem bruta do futebol profissional
1999-‐2010
Descrição Valor
Proveitos da actividade desportiva(1) 420
Custos e +/-‐ Valias:
Amort. Ex. Imob. Incorpóreo (151)
Remunerações+Enc. Seg. Social (224)
+ ou -‐ Valias e Abates 79
Total de custos e +/-‐ valias (297)
Total Margem Bruta do Futebol 123
Margem bruta média anual 10 (1) Inclui as receitas de bilheteira, Patrocínios, publicidade, quotização,televisão e prémios de participação da UEFA.
A margem bruta média do futebol do profissional por época, q , não é suficiente para compensar os juros pagos anualmente pelos empréstimos contraídos. E para além destes, nos custos normais de estrutura encontram-‐e Serviços Externos, em outros custos com o pessoal administrativo e
em amortizações de imobilizado corpóreo nos últimos anos. De facto, o ponto crítico da Margem Bruta do Futebol Profissional situa-‐se entre os antes de encargos financeiros. Em conclusão, podemos dizer que a gestão do plantel, que contabilisticamente se denomina como Imobilizado Incorpóreo, foi um dos factores com maior influência nas contas do Grupo Sporting, pois: Contribuiu para o deficit de tesouraria, em termos de compras menos vendas, em -‐59 nos últimos 12 anos (1999-‐2010, representando cerca de 23% das dívidas de financiamento no último ano).
Gerou uma Margem Bruta muito baixa, insuficiente para sustentar os custos fixos do Grupo, que lhe são superiores, em média, em quase 25 (excluindo encargos financeiros).
Existe uma elevada correlação entre os custos com a equipa de futebol e os resultados líquidos das contas do Grupo Sporting.
Épocas como 2001 e 2003, foram tão negativas na exploração do plantel, que nesses anos as receitas desportivas do Grupo Sporting não chegaram a cobrir os custos directos com a equipa de futebol, com margens brutas negativas conjuntas, nos 2 anos, na ordem dos 30
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1.3. Dívidas de financiamento Após termos examinado as duas principais rubricas do Activo, passamos a analisar a maior conta do Passivo, que em 2010 atingiu 263 milhões de euros. O gráfico abaixo ajuda-‐nos a identificar a evolução das dívidas do Grupo ao longo dos anos, devendo-‐se realçar a sua subida em flecha a partir de 2001 inclusive, tendo em apenas 3 anos (até 2003) atingido cerca de 230 milhões de euros, à razão de um aumento médio de mais de
(em 2000, as dívidas de financiamento situavam-‐se um pouco acima . As necessidades financeiras que se fizeram sentir neste período, tiveram três razões básicas: O início das obras do novo Estádio e do complexo desportivo Alvalade XXI, que se estenderam de 2001 a 2003, tendo sido contabilizadas como imobilizado em curso até 2003 e transferidas em 2004 para Imobilizado Corpóreo. O total da obra orçou em 164 milhões de euros, estando já contabilizado em 2003 o montante de .
Os investimentos no plantel (imobilizado incorpóreo), que nesses 3 anos tiveram um saldo global negativo (vendas aquisições) de -‐25 .
Os Resultados líquidos negativos desse triénio, que totalizaram 81 milhões de euros, e que incluíram um Cash Flow operacional negativo total de cerca de 51 (Gráfico 5, ponto 2, Capítulo II).
GRÁFICO 16 Evolução do financiamento por natureza
4669
113139
211 227267
244211 218 213
239196
11
1011
1010
12
1212
18
18 18 1919
197
48
0
50
100
150
200
250
300
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011
Milhões de
Empréstimos e Descobertos Bancários Leasings Obrigações VMOC VMOC (CP)
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
A partir de 2003 e até 2011, as dívidas de financiamento oscilaram anualmente entre os 230
As amortizações de financiamentos que se fizeram nos períodos compreendidos entre 2007 e 2009 inclusive, tiveram como origem de fundos a alienação por 51
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Alvalade que foram vendidos no valor total de 51 (2009). Neste último caso o encaixe foi Estes valores não
tiveram total aplicação na amortização de empréstimos, em virtude dos gastos efectuados na aquisição de jogadores nas épocas de 2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010, que nestas 3 épocas totalizaram mais de 60 milhões de euros.
A partir da época de 2005/ 2006, a SAD emitiu um empréstimo por obrigações, no valor de 19 milhões de euros, que foram totalmente subscritas. Esse empréstimo, na prática renovado em 2011, mantém-‐se até ao presente. Neste último ano, além da emissão das novas obrigações, que se destinavam a pagar as anteriormente emitidas em 2006, a SAD emitiu 55 milhões de euros em obrigações a 5 anos, convertíveis em acções, denominadas VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis). Dessas obrigações, constantes no gráfico a cor rosa, apenas uma pequena parte está contabilizada como Passivo, estando a maior parte deste montante registado como Capital Próprio, de acordo com as normas do SNC. Ao valor contabilizado em Capital Próprio, é descontado o valor actual dos juros a pagar, contabilizado em passivo. Contando com o valor total das obrigações convertíveis, os financiamentos externos atingiram em 2011 um dos valores mais elevados de sempre: 276 Sendo estas obrigações convertíveis em acções, à data do seu vencimento (2016) os 55 milhões de euros não serão pagos, mas serão convertidos em acções da SAD. Visto que a SAD tem actualmente um capital social de 39 milhões de euros, dos quais o Sporting detém 89,322%, com a entrada deste reforço de capital, o Sporting terá que equacionar a sua posição de controlo sobre a SAD, assegurando, até essa data, a pertença directa ou indirecta de, pelo menos 12.258.362 or nominal das novas acções denominadas VMOCS, para assegurar a maioria simples, ou aso pretenda garantir a maioria qualificada de 2/3 (condições constantes do CSC). Observando agora o próximo gráfico, decorre que os empréstimos bancários (incluindo leasings) se encontram repartidos entre 2 bancos principais: o BCP e o BES. Desde 2009, o BCP tem perdido a sua posição dominante, sendo substituído pelo BES, que agora é responsável por 70% do financiamento bancário de todas as empresas do Grupo Sporting.
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GRÁFICO 17 Evolução do financiamento por entidade
4670
109139
202217
254231
197 194
87 94
57
10
11
2021
24
23
23 31
133141
127
12
12
12
18
18 18 1919
197
48
815
0
50
100
150
200
250
300
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011
Milhões de
Outros
Pub. PortugalTelevisão(PPTV)
VMOC (CP)
VMOC
Obrigações
BES
BCP
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
Além dos financiamentos bancários acima e dos empréstimos por obrigações existentes, em 2010 regista-‐se no Balanço um empréstimo de da Olivedesportos, liquidado em 2011. Neste ano, surge novo empréstimo duma entidade não financeira do mesmo grupo empresarial, a PPTV Publicidade Portugal e Televisão, SA, O aumento do endividamento externo, especialmente desde 2001, provocou um acréscimo substancial dos juros e outros custos de financiamento, cujo valor máximo se cifrou em 17 no ano de 2007, devido à alta generalizada das taxas de juro no mercado. Em 2010, os juros
erso. Analisaremos mais em detalhe esta variável da conta de Resultados no ponto 2.6 deste Capítulo. Em resumo: o endividamento bancário surge com valores mais expressivos sobretudo a partir de 2001, ano em que se iniciaram as obras de construção do novo Estádio e do complexo Alvalade XXI. Em 2005 o endividamento atingiu o valor máximo, com cerca de 277 Após uma descida de cerca de 39 -‐se sensivelmente o valor de 2006, se adicionarmos a emissão de 55 milhões de euros de obrigações convertíveis em acções emitidas na época 2010/2011, que se vencem em 2016. Nesta data, o Grupo Sporting terá que equacionar a sua posição de controlo sobre a SAD. Os elevados valores de endividamento devem-‐se, não só ao investimento no novo Alvalade XXI, mas sobretudo às aquisições, ao longo dos anos, de passes de jogadores sem a devida contrapartida em vendas, e também a sucessivos Cash Flows correntes negativos de exploração.
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1.4. Diferimentos e provisões O montante global de provisões, que em 2009 e 2010 apresentava o saldo em Balanço de 5,2
de 7,3 , não é muito relevante relativamente às restantes rubricas do Activo. Nos restantes anos, os saldos desta rubrica foram sempre inferiores a 5 milhões de euros. O gráfico abaixo mostra a decomposição das provisões registadas no passivo, relativamente ao Balanço de 2010.
GRÁFICO 18 Provisões 2010
Provisões para pensões4 M52%Provisões para
impostos1 M12%
Outras provisões3 M36%
Milhões de
Provisões para pensões (52%) Provisões para impostos (12%) Outras provisões (36%)
As provisões para pensões estão constituídas de acordo com o protocolo estabelecido para benefício dos trabalhadores do SCP e da SAD, e estão devidamente actualizadas. A rubrica
riscos inerentes a licenciamentos da CML, ainda pendentes relativamente a terrenos já alienados. Relativamente aos acréscimos e diferimentos, esta rubrica é especialmente importante por via do montante registado no Passivo, que em 2010 apresenta 49,4 milhões de euros. Este valor decompõe-‐se em O gráfico abaixo apresenta a decomposição destas duas rubricas do passivo. Apresentamos apenas a decomposição dos valores relativos a 2010, pois para este tipo de contas não tem grande significado a análise em série temporal, uma vez que normalmente no ano seguinte são saldados os valores lançados como diferimentos ou acréscimos do ano.
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GRÁFICO 19 Acréscimos e Diferimentos
Seguros a Liquidar50%
Remunerações a Liquidar6239%
Juros a Liquidar2.64140%
Prémios a Pagar1.93429%
Outros1.32120%
Grupo SCP1232%
Acréscimo de Custos 2010
Subsídio p/ Invest.-‐Novo Estádio
15.40136%
Subsidios p/ Invest.-‐Outros210%
Petrogal-‐SCP11.72328%
Bilhetes de Época6632%
Patrocínios e Publicidade
1.1723%
Lugares Cativos12.94430%
Outros4601%
Proveios Diferidos 2010
Milhares de
Os Acréscimos de custos dizem respeito a custos contabilizados no ano, por se referirem à actividade da época, mas que não foram pagos nesse período. Estiveram neste caso os juros especializados a liquidar, os prémios a pagar aos jogadores, férias e subsídios de férias a liquidar, seguros e outros. Por outro lado, os proveitos diferidos representam adiantamentos recebidos de clientes, que já foram facturados em 2010, mas que só são proveitos de 2011. Conforme se pode apreciar no gráfico, esta rubrica subdivide-‐se em 3 grandes partes: Subsídios ao investimento no Novo Estádio, no valor de cerca de 1provenientes do Instituto de Desporto de Portugal e do Instituto de Estradas de Portugal,
contabilísticas, só devem ser considerados proveitos na mesma proporção dos custos de amortização do Estádio. Esta transferência para proveitos tem sido efectuada anualmente de acordo com a legislação aplicável, mantendo-‐se ainda em 2010 o para transferir nos anos futuros. De acordo com as novas regras contabilísticas (SNC), este saldo será todo transferido em 2011 para Capital Próprio, sendo daí transferido para proveitos do exercício anualmente, de acordo com os mesmos critérios dos anos anteriores. O subsídio
, anteriormente referido, não está registado em Proveitos Diferidos, tendo sido contabilizado como Proveito Extraordinário do ano, de acordo com as normas contabilísticas aplicáveis.
Lugares cativos épocas seguintes. Petrogal trata-‐se do montante recebido da Petrogal respeitante à concessão dos direitos de superfície de terrenos a essa empresa, que se estende por 25 anos. Cada ano, 1/25 desse valor é transferido para proveitos.
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Relativamente ao adiantamento de receitas de direitos de televisão, que muitas vezes são contratados para vários anos, estes seriam normalmente contabilizados nesta rubrica. Em 2010, porém, não estavam registados em proveitos diferidos nenhuns valores respeitantes a este tipo de adiantamentos. No entanto, conforme dissemos no ponto anterior, estava registado em Empréstimos de terceiros um crédito da Olivedesportos pelo valor de 7,8 milhões de euros, que ficou saldado em 2011. Neste último ano, regista-‐se um empréstimo da PPTV Publicidade Portugal e Televisão, S Embora assuma a forma jurídica dum empréstimo (letras descontadas), trata-‐se na realidade dum adiantamento dum cliente, caucionado por prestações de serviços futuros.
1.5. Outras contas do Balanço Além das grandes rubricas do Balanço que foram já analisadas anteriormente, há que tecer algumas considerações acerca da evolução de algumas das outras rubricas ainda não analisadas, sobretudo aquelas cujo saldo atinja valores de alguma materialidade. Estão neste caso as Dívidas de clientes (Activo), Dívidas a terceiros entidades não financeiras (Passivo) e as Reservas de reavaliação (Situação Líquida). Dívidas de clientes: O gráfico abaixo mostra quais eram os principais clientes e devedores do Grupo em 2010:
GRÁFICO 20 Clientes e outros devedores -‐ 2010
PUMA 1 M8%
S.P.GIS 1 M12%
SOCIETA NAPOLI 2 M22%
TBZ 2 M22%
OUTROS 3 M36%
Milhões de
PUMA PORTUGAL -‐ ARTIGOS DESPORTIVOS, LDA. (8%) S.P.GIS -‐ PLAN. GESTÃO ESTACIONAMENTO, S.A. (12%)
SOCIETA SPORTIVA C NAPOLI SPA (22%) TBZ MARKETING ACCOES PROMOCIONAIS L (22%)
OUTROS < 1 M (36%)
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Um aspecto a realçar relativamente a Clientes, é o saldo da conta Ajustamento para Dívidas de Terceiros, já deduzida aos valores do gráfico acima, que constitui a parte das dívidas dos Clientes cuja cobrabilidade é duvidosa. O quadro abaixo discrimina estes saldos por cliente, e informa-‐nos acerca da sua antiguidade. Alguns destes devedores estão a ser alvo de processos judiciais, como é o caso da TBZ e dos Cinemas Millenium (ver ponto 2 do Capítulo V)
QUADRO 11 Clientes e devedores de cobrança duvidosa com imparidade a 100%
0-‐180 181-‐360 361-‐540 541-‐720 721-‐999 > 1.000TBZ MARKETING ACÇÕES PROMOCIONAIS, LDA. 1.866 -‐ 242 -‐ 724 900 -‐ SOCIETA SPORTIVA C NAPOLI SPA 1.684 -‐ 122 -‐ -‐ 1.562 -‐ R.C. RECREATIVO DE HUELVA, S.A.D. 855 -‐ 855 -‐ -‐ -‐ -‐ CLUB CERRO CORA 374 -‐ 27 -‐ -‐ 347 -‐ CINEMAS MILLENIUM, S.A. 320 -‐ 320 -‐ -‐ -‐ -‐ SRL SOC. RESTAURAÇÃO LISBONENSE, LDA. 227 -‐ 1 -‐ 27 -‐ 199 FOUR SQUARES AC. HOTELEIRAS, LDA. 207 -‐ -‐ -‐ 12 -‐ 195 FOOD'NSPORT -‐ SOC. INT. INV. TURISMO E RESTAURAÇÃO 118 -‐ -‐ -‐ -‐ -‐ 118 DOT ONE ACTIVATION MARKETING -‐ COMUN. E MARKT., S.A. 115 -‐ 115 -‐ -‐ -‐ -‐ ALFREDO DOS SANTOS GASPAR ARTIGOS DE DESPORTO, LDA. 103 -‐ 103 -‐ -‐ -‐ -‐ DISGIT -‐ PUBLICIDADE E MARKETING, LDA. 78 -‐ 78 -‐ -‐ -‐ -‐ TOPLAZA -‐ SOC, DE INVESTIMENTOS IMOBILÁRIOS, LDA. 73 -‐ -‐ -‐ 36 -‐ 36 S.P.GIS -‐ PLAN. GESTÃO ESTACIONAMENTO, S.A. 73 -‐ 73 -‐ -‐ -‐ -‐ CLUBE DE FUTEBOL ESTRELA DA AMADORA 68 -‐ -‐ -‐ 68 -‐ -‐ MEDIA CAPITAL -‐ SERV. CONSULTORIA E GESTÃO, S.A. 66 -‐ -‐ -‐ -‐ -‐ 66 EVERYTHING IS NEW 60 -‐ 60 -‐ -‐ -‐ -‐ FARM MARKETING PORTUGAL, LDA. 55 -‐ -‐ -‐ -‐ 55 -‐ HAY CONSULTING GROUP, S.A. 53 -‐ 53 -‐ -‐ -‐ -‐ R.BENSIMON -‐ PUBLICIDADE E MARKETING, LDA. 52 -‐ 19 -‐ 26 -‐ 6 NET PLAN -‐ TELECOMUNICAÇÕES E ENERGIA, LDA. 50 -‐ 50 -‐ -‐ -‐ -‐
1.334 -‐ 540 -‐ 210 246 338 TOTAL 7.830 -‐ 2.659 -‐ 1.102 3.109 959
Dias em MoraNOME SALDO
Dívidas a terceiros entidades não financeiras: Esta rubrica do Passivo inclui as dívidas a todas as entidades que não foram incluídas no ponto 1.3 (dívidas de financiamento) deste Capítulo. O gráfico abaixo mostra quem eram os principais credores do Grupo em 2010, com excepção das dívidas de financiamento:
GRÁFICO 21 Fornecedores e outros credores -‐ 2010
1 M3%
6 M11% 3 M
7%
2 M4%
1 M2%1 M2%
6 M12%
3 M5%7 M
13%
2 M5%
4 M7%
15 M29%
Milhões de
CHATERELLA INVESTORS LIMITED (3%) CLUB ATLÉTICO DE MADRID, SAD (11%) CLUB ATLETICO VELEZ SARSFIELD (7%)
FC SATURN (4%) INVERSIONES NAZA SPORTS LIMITADA (2%) RANGERS FOOTBALL CLUB (2%)
SPORTING CLUBE DE BRAGA -‐ FUTEBOL SAD (12%) VILLARREAL C.F. SAD (5%) JOGADORES/TREINADORES (13%)
LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONAL (5%) SPORTINVESTE MULTIMÉDIA, S.A. (7%) OUTROS < 1 M (29%)
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Acima, incluída na dívida à Liga Portuguesa de Futebol Profissional, está a dívida fiscal do Sporting abrangida no chamado Totonegócio . Em 2010 essa dívida orçava ainda em cerca de 2,4 milhões de euros, a amortizar futuramente, conforme acordado, através de parte das receitas do Totobola canalizadas para esse efeito. Reservas de reavaliação: Esta rubrica do Capital Próprio regista todas as reavaliações efectuadas ao longo dos anos, normalmente por contrapartida a débito das contas de imobilizado corpóreo e incorpóreo, sendo o seu saldo diminuído aquando da alienação dos respectivos bens que tinham sofrido reavaliações. O valor total registado em Reservas de Reavaliação nas contas consolidadas era, em 2010, de 17.116 milhares de euros. Este valor procedia na sua totalidade da reavaliação do imobilizado corpóreo nas contas individuais do Sporting Clube de Portugal. Como vimos no ponto 1.1 deste Capítulo, as únicas reavaliações do imobilizado corpóreo efectuadas no Sporting Clube de Portugal foram as relativas a terrenos, muitos dos quais alienados durante o período em análise. De acordo com o Quadro 3 do mesmo ponto, os terrenos propriedade do Sporting Clube de Portugal estavam registados no Balanço de 2010 pelo valor total de 12.170 milhares de euros. Comparando este montante com o valor das reservas de reavaliação, vemos que estas registam um excedente de 5 milhões de euros sobre o valor dos terrenos. Mesmo supondo que o valor total dos terrenos equivale na totalidade ao valor das reavaliações, somos levados a tirar a conclusão que pelo menos 5 milhões de euros devem ser transferidos para Resultados Transitados, o que colocaria o total dos prejuízos acumulados em 211 milhões de euros. Provavelmente em alguma alienação de imobilizado, não se transferiu a reserva de reavaliação do terreno alienado para Resultados Transitados.
2. CONTAS DE RESULTADOS
2.1. Vendas e Prestações de serviços
O gráfico abaixo dá-‐nos a evolução das vendas e prestações de serviços nos últimos 13 anos. Uma primeira abordagem mostra que estas mais do que d
Foi em 2004, com o novo Estádio, que as receitas tiveram um forte incremento, sendo o primeiro ano em que ultrapassaram os
008, tendo depois reduzido em 4 7
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GRÁFICO 22 Evolução das prestações de serviços e vendas por categoria
4 6 68
5
1417 16 17 19
15 14101
2 2
2
3
21
22 2
3
3
78
9 8 5
66
5
22
4
4
3
3
4 6 87
76
61
13
33
2
64
4
5
5
4
55
6 56
6
5
35
4
4
6
9
10 8
9 1111
9
9
2 3
4
3
3
2
0
10
20
30
40
50
60
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 03/2011
Milhões de
Bilheteira Bingo Outros Patrocinio Publicidade Quotização TV Vendas
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
O aumento de receitas em 2004 teve origem nas receitas de bilheteira, que triplicaram, passand maioritariamente composta por rendas provenientes da concessão de espaços, também duplicou o seu montante de 2003 (3,1 ão desta mesma rubrica em 2008, relaciona-‐se com a venda de parte do complexo desportivo e de lazer Alvalade XXI ( ), a cujos utilizadores o Grupo Sporting debitava rendas. Note-‐se porém que algumas destas receitas não têm contrapartida em termos de Cash Flow líquido, pois os respectivos recebimentos já foram antecipados pela Banca. É o caso, por exemplo, de cerca de 10,7 pela venda do passe do jogador Miguel Veloso, que deverão ser pagos com os recebimentos efectivos próximos futuros. Em situação semelhante estão os direitos televisivos até 2013 (ver Capítulo IV). Em conclusão, as receitas têm evoluído desfavoravelmente nos últimos 2 anos, com uma redução média de 2 triplicaram em 2004 com a inauguração do novo Estádio, e continuaram a aumentar até 2008.
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2.2. Resultados extraordinários
Como referimos no ponto 2 do Capítulo II, em algumas épocas os critérios de classificação
Este é o caso de algumas mais-‐valias com os
. Por isso, analisaremos estas duas rubricas em conjunto debaixo do título .
Os Resultados Extraordinários exerceram uma influência determinante nas contas consolidadas de muitos dos 12 exercícios findos (1999-‐2010). No seu conjunto, como mostra o quadro abaixo, os Resultados Extraordinários representaram cerca de 150 milhões de euros. Este quadro mostra ainda qual a decomposição básica deste tipo de custos e proveitos, que são compostos na sua esmagadora maioria (70%) por mais ou menos valias provenientes de alienação de passes de jogadores e treinadores ( ), vendas de imobilizado corpóreo (26
, ou vendas de participações financeiras . , que também foi incluído nesta rubrica, os restantes custos ou proveitos aí incluídos são muito variados, mas individualmente pouco relevantes.
QUADRO 12 Resultados Extraordinários 1999 a 2010
Rubrica + -‐ Saldo
Jogadores 113,3 (7,3) 105,9
Imobilizado 27,0 (1,2) 25,9
Outros:
Acções 17,8 -‐ 17,8
EPUL 10,0 -‐ 10,0 Diversos 24,4 (33,2) (8,7)
TOTAL 192,5 (41,7) 150,9
O gráfico abaixo esclarece-‐nos acerca da evolução de cada uma das 5 principais rubricas, dando-‐nos simultaneamente informação acerca da sua repartição entre custos e proveitos ao longo dos anos.
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GRÁFICO 23 Resultados Extraordinários e Outros Operacionais
(1)(3) (2) (2) (3) (2) (2) (4) (3) (3) (4) (2) (3)
19 18
5
138 9
16
25
4 3
1
16
1
9
21
1
2
3
4
2
3
3
1 2
2
(2) (2) (2)
10
411
2
1
(10)
(5)
-‐
5
10
15
20
25
30
35
40
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
ACÇÕES
EPUL
Jogadores
Outros
Imobilizado
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
A decomposição dos valores incluídos em cada uma das colunas ano a ano, menciona apenas os valores principais, que individualmente considerámos como sendo materialmente relevantes , dentro de cada empresa que gerou resultados extraordinários. Relativamente aos resultados obtidos com a venda de imobiliário e com as vendas dos passes dos jogadores, já foram dados detalhes específicos nos pontos 1.1 e 1.2 deste Capítulo. 1999 Jogadores: SAD (-‐ Indemnização por denúncia de contratos com jogadores.
Mais-‐valias na venda do passe de 7 jogadores (+13,4 + , + e outros).
2000 Jogadores:
Mais-‐valia na venda do passe de 2 jogadores (+ +
2001 Jogadores:
Mais-‐valias na venda do passe de 3 jogadores ( e
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Imobilizado corpóreo:
Mais-‐valia da venda dos terrenos Lote 3 a 14 à RENIT.
2002 Jogadores: SAD (-‐ Indemnização por denúncia de contratos com
Mais-‐valia da venda do passe de 1 jogador (+ Mais-‐valia obtida pela cedência de parte do passe de 8 jogadores ao FUNDO (+
Participações financeiras: SGPS (+ 4,4 obtenção duma mais-‐ . Venda de 217.431 acções da SAD à Sportinveste por 1,6 , com a obtenção duma mais-‐valia de
2003 Jogadores: SAD (-‐ 1,6 Indemnização por denúncia de contratos com 1 jogador (-‐ ) Reembolsos e Diferenças de seguros de vários jogadores.
Mais-‐valias na venda dos passes de 2 jogadores (+ . Mais-‐valia obtida pela cedência do passe de 5 jogadores ao FUNDO (+
Participações financeiras: SGPS (+ 9,3 Mais-‐valia gerada pela alienação pela SGPS de 1.865.230 acções da SAD à Sportinvest.
Outros: SCS (-‐ Reforço da provisão para terceiros (-‐ e reforço da provisão para existências
2004 Jogadores: SAD (+8,9 Mais-‐
Imobilizado corpóreo:
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Mais-‐valia obtida na venda de terrenos da Quinta de Alvalade à RENIT.
Participações financeiras:
Mais-‐valia obtida na alienação pela SGPS de 334.770 acções da SAD à Sportinvest.
2005 Jogadores: SAD (+ 1,2 Cedência de 3 jogadores ao Fundo e mais-‐valias na venda do passe de 2 jogadores.
Imobilizado corpóreo: SCP (+ Mais-‐valia decorrente da venda da Parcela R à sociedade Neta & Santos -‐ Sociedade de Construções, Lda.
Subsídio EPUL: SCP (+ Subsídio recebido da EPUL ao abrigo do Contrato Programa em 5 de Agosto de 2002.
Outros: SPM (-‐ Juros
2006 Jogadores: SAD (-‐ Menos-‐
Mais-‐valias na venda dos passes de 4 jogadores (+3,8 , + )
Participações financeiras:
Mais-‐valia obtida pela alienação de 42. .
2007 Jogadores:
Mais-‐valias obtidas na venda dos passes
Imobilizado corpóreo:
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Mais-‐valia obtida na venda de parte do complexo Alvalade XXI (Alvalaxia, Ed. Administrativo, Health Club e Clínica).
SPM (+ Mais-‐valia obtida na alienação dos direitos de superfície de parte do complexo Alvalade XXI (Alvalaxia, Ed. Administrativo, Health Club e Clínica).
2008 Jogadores: SAD (+ 4,2 Mais-‐ . compensação pela formação de jogadores com passes vendidos e indemnização de seguros.
2009 Jogadores: SAD (-‐ Abate do passe de vários jogadores.
SAD (+ Compensação pela formação de jogador cujo passe foi vendido (+mecanismo de solidariedade na venda anterior do passe de outro (+
Imobilizado corpóreo: VERDIBLANC II (-‐ Menos-‐valia obtida na venda dos Lotes 1, 2, 3 e 4.
2011 Jogadores: SAD (+ Mais-‐valia obtida na venda do passe dos jogadores João Moutinho (+Veloso (+
Conforme constatamos pela descrição acima, além das mais-‐valias obtidas na venda de passes de jogadores e do activo imobiliário, as restantes mais-‐valias obtidas foram sobretudo as provenientes da venda de cerca de 2,4 milhões de acções da SAD à Sportinvest, que geraram uma mais-‐valia total de cerca de 13 milhões de euros. As restantes acções vendidas foram as da Sporting Multimédia e da SPGIS, que geraram mais-‐ 7 , respectivamente. A SPGIS é a empresa concessionária dos parques de estacionamento do novo Estádio do Alvalade XXI. A empresa era detida em 50% pelo Sporting Clube de Portugal que alienou 49,5% das suas acções em 20/7/2005 à ESLI. A mais-‐valia obtida compensou em parte a dívida de 234 milhares de euros que o Sporting entretanto tinha constituído à SPGIS, em virtude de adiantamentos recebidos por conta das rendas do parque de estacionamento. Em resumo, podemos dizer que os resultados extraordinários contribuíram de forma positiva para os resultados líquidos do Grupo Sporting, cifrando-‐se em cerca de nos últimos 12 anos (1999-‐2010). Para aquele valor contribuíram principalmente as mais-‐valias obtidas com a
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venda dos passes dos jogadores, que representaram cerca de 70% (106 ) dos resultados extraordinários. As mais-‐valias obtidas na venda de imobilizado corpóreo e de participações financeiras (maioritariamente acções da SAD vendidas à Sportinvest) representaram, respectivamente, 17% e 12% do total dos resultados extraordinários obtidos.
2.3. Custos com o pessoal Os custos com o pessoal representam a maior parcela dos custos do Grupo Sporting, cifrando-‐se anualmente em cerca de 32% do total dos custos nas contas consolidadas. O peso desta rubrica na Conta de Resultados é determinante. Estes custos com pessoal englobam dois grandes sectores: o pessoal administrativo, que se concentra na SAD, no Sporting Clube de Portugal e na SPM (Sporting Património e Marketing), e o plantel de futebol, que está totalmente integrado na SAD. Importa fazer um esclarecimento relativamente aos elementos que em seguida apresentaremos nesta rubrica. O detalhe acerca da decomposição dos custos com o pessoal por categoria profissional foi obtido através da análise dos registos dos programas de vencimentos, a partir dos quais se efectuaram agregações das remunerações individuais auferidas de acordo com as suas categorias profissionais, classes e montantes específicos. Os totais por época dos elementos extraídos dos programas de pessoal, não coincidem integralmente com os gastos com o pessoal registados na contabilidade essencialmente por 2 motivos: Os acréscimos de custos com férias e subsídios de férias a pagar no ano seguinte, são apenas registados na contabilidade, e não constam dos dados individuais dos programas de pessoal. Normalmente, estas divergências entre a contabilidade e os gastos com o pessoal calculados a partir do programa de vencimentos serão apenas temporários, sendo compensados no ano seguinte. Os prémios dos jogadores e treinadores, cujos custos sejam diferidos ou capitalizados em Imobilizado Incorpóreo na contabilidade, são considerados como gastos nos elementos extraídos a partir do programa de vencimentos.
Apesar destes desfasamentos, a compilação destes dados é muito útil, pois permite fazer uma análise dos gastos com o pessoal por categoria profissional, que doutra maneira, apenas com os elementos extraídos da contabilidade, não seria possível efectuar. O gráfico abaixo apresenta a evolução, desde 1999 e até ao presente, dos gastos com o pessoal, subdivididos em 4 grandes grupos: treinadores, jogadores, directores/administradores e outro pessoal administrativo. Estes gastos incluem tanto remunerações como prémios e segurança social.
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GRÁFICO 24 Gastos com Pessoal por categoria profissional
12
1916
18
26
15
24
1719 19
23 24
2
2 2
22
1
3
1
1
1
1 2
22
4
4
4
5
6
4
4
4
45
44
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Jogadores Directores/Administradores Treinadores Outros Analisando a evolução dos valores patentes no gráfico, verifica-‐se que os gastos com pessoal cresceram até 2003, registaram alguma irregularidade até 2006 e cresceram após essa data à razão de menos de 2 milhões de euros por ano. Especialmente notórios neste Capítulo, foram os exercícios de 2000, 2003 e 2005 que registaram aumentos anuais de cerca de e , respectivamente. Em termos de estrutura, os encargos com Jogadores e Treinadores atingem regularmente cerca de 75% do total dos gastos com o pessoal. Por outro lado, os gastos com Directores e Administradores passaram a ter maior expressão a partir do ano de 2002, com cerca de 2 milhões de euros por ano. Em 2010, os gastos com Administradores e Directores atingiram cerca de 2,3 milhões de euros. Estes gastos representaram nesse ano mais de metade dos gastos com o restante pessoal administrativo. Em virtude da importância destes gastos nos resultados do Grupo, apresentamos em seguida 2 quad reinadores com níveis de rendimentos mais elevados nos últimos 15 anos, e outro com o mesmo mas referente a 10 Directores ou A os gastos médios por época individualizados, somando os gastos individuais em todas as épocas divididos pelo nº de épocas em que aquele tiver prestado serviço. Nos casos em que a pessoa tenha prestado serviço numa época incompleta, essa época conta por inteiro na média calculada.
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QUADRO 13 Ranking de valores médios de remunerações de Jogadores e Treinadores por época 1995-‐2011
Jogador / Treinador N.º N.º de épocas Valor Total Valor MédioJogador A 1 2 2.934 1.467Jogador B 1 2 2.931 1.466Jogador C 1 8 11.231 1.404Treinador A 1 2 2.563 1.281Jogador D 1 1 1.080 1.080Jogador E 1 4 4.225 1.056Jogador F 1 9 9.455 1.051Jogador G 1 2 1.865 933Jogador H 1 6 5.305 884Treinador B 1 1 857 857
691 247.322TOTAL 701 289.769
A análise da concentração dos gastos com o pessoal em alguns dos jogadores e treinadores melhor remunerados, indica-‐nos que no Top 10, estão incluídos vários jogadores que permaneceram no Sporting por muitas épocas (6, 8 e 9 épocas). É natural que os esforços feitos, em termos de remunerações e prémios, para que estes jogadores permanecessem no plantel, tenham gerado rendimentos mais elevados para esses jogadores. Também é de concluir que, entre os jogadores incluídos neste Top 10, o 1º não chega a usufruir o dobro da média do 10º, e os 3 primeiros estão muito próximos uns dos outros, o que demonstra que não existe um elemento que se distinga dos restantes.
QUADRO 14 Ranking de valores médios de remunerações de Administradores e Directores por época 1995-‐2011
Administrador / Director N.º N.º de épocas Valor Total Valor MédioDirector Desportivo 1 2 552 276Administrador 1 5 1.133 227Director Desportivo 1 3 598 199Administradora 1 4 780 195Director Geral 1 4 686 171Director Geral 1 11 1.832 167Director Geral 1 2 269 134Administrador 1 2 263 132Director Desportivo 1 3 388 129Administrador Delegado 1 2 232 116
47 14.730TOTAL 57 21.464
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Relativamente ao Top 10 dos Directores/Administradores, é de realçar que o melhor remunerado apenas atinge a terça parte do vencimento do 10º jogador melhor remunerado do Ranking. Por outro lado, entre os Directores/Administradores, o 1º teve um vencimento médio 2,4 vezes acima do 10º do Ranking. Este TOP 10 representa cerca de 30% do total das remunerações dos restantes 47 corpos directivos. Para completar a análise feita acima, apresentamos em seguida os gastos com o pessoal, subdivididos entre prémios, segurança social e remunerações. Em virtude da pouca relevância da segurança social, que tem taxa reduzida para a actividade desportiva, a rubrica prémios assume especial relevância, por atingir entre 6 e 9 milhões euros anuais em todos os anos, desde 2000. Nos últimos anos esta rubrica tem representado 20% a 25% do total dos gastos com o pessoal. Uma excepção foi o ano de 2004, em que os prémios não chegaram a atingir os
GRÁFICO 25 Gastos com Pessoal por tipo de encargo
1317
1419
29
1923
1820 19
2224
4
8
7
6
6
1
7
66 8
87
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Remunerações Prémios Segurança Social
É importante realçar que os prémios não incluem os passes dos jogadores, pois estes são normalmente direitos de entidades terceiras (Clubes desportivos ou Fundos) e como tal contabilizados como imobilizado incorpóreo (ou activo intangível), sendo activados e amortizados anualmente conforme a sua duração. A rubrica prémios inclui remunerações acessórias que são irregulares, como por exemplo prémios de jogo ou competições, no caso dos jogadores. As quantias incluídas em prémios são sempre processadas através de recibo de
rubrica, mas sim em honorários. Também no caso dos prémios pagos ao próprio jogador ou treinador para assinatura ou extensão de contrato de trabalho por vários anos, este é contabilizado como custo diferido na parte que diz respeito às épocas seguintes, e transferido para custo época a época na parte respectiva. Estes prémios também estão incluídos nos gastos com o pessoal, ex
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legais, em nome de sociedades. Neste caso, são também diferidos na parte do custo de cada época, mas são classificados como honorários (ou trabalhos especializados, no caso do documento de quitação ser uma factura ou venda a dinheiro duma sociedade). A análise às remunerações não ficará completa sem se examinar a rubrica de honorários, que
honorários são pagos pelo Sporting (Clube). Também muitos dos técnicos e treinadores são pagos através de honorários, bem como alguns directores. Esta análise será feita no ponto
Em conclusão: Os anos de maior crescimento nos gastos com pessoal foram os exercícios de 2000, 2003 e 2005.
Cerca de 75% dos gastos com pessoal são encargos com jogadores e treinadores. Os gastos com directores e administradores representaram anualmente desde 2003 cerca
cerca de metade dos gastos com o restante pessoal administrativo. anking TOP 10
. Porém, 2 dos jogadores do TOP 10 que permaneceram no clube durante 8 e 9 anos atingiram médias anuais muito próximas do 1º,
, respectivamente. , o mais dispendioso atingiu a média de 276 época.
Os prémios têm representado nos últimos anos 20% a 25% do total dos gastos com o pessoal.
2.4. Fornecimentos e serviços externos
Os fornecimentos e serviços externos (FSEs) eram em 2010 a 3ª maior rubrica da estrutura de custos, estando praticamente a par das amortizações (2ª maior). Nas 3 épocas (2007 a 2009) precedentes, os FSEs foram mesmo a 2ª maior rubrica dos custos, por força do menor volume de amortizações dos passes de jogadores. Observando agora o próximo gráfico, este dá-‐nos a evolução da estrutura de custos dos FSEs, de 1999 até 2010, cujos gastos dobraram nesses 12 anos. Numa primeira abordagem da evolução ao longo do tempo, nota-‐se um aumento constante desta rubrica, com excepção dos anos de 2003 e 2005, este último devido ao crescimento anormal em 2004. Sendo 2004 o ano de inauguração do novo estádio e do complexo desportivo e de lazer Alvalade XXI, cresceram nesse ano os custos com trabalhos especializados, seguros e subcontratos, bem como outros custos diversos.
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GRÁFICO 26 Evolução de FSE por natureza
A rubrica mais importante em 2010 foram os honorários , que estão muito ligados, como dissemos no ponto anterior, às outras modalidades que não o futebol profissional, mas que simultaneamente também contemplam muitas remunerações pagas a técnicos, nomeadamente na área da saúde, relacionados com o do futebol profissional. Estes custos têm demonstrado ter uma tendência nítida de subida, acompanhando o sentido geral dos FSEs, com excepção do ano de 2003, em que cresceram apesar da descida geral dos FSEs. Em virtude da sua ligação com os gastos com o pessoal, elaborámos o gráfico abaixo, que demonstra até que montante se elevariam anualmente esses gastos, caso lhes adicionássemos a rubrica de honorários. Em 2010, os honorários representaram 18% dos custos com o pessoal, sendo esta a relação constante entre estes dois tipos de custos ao longo dos anos, com excepção de 2002, ano em que os gastos com o pessoal atingiram o valor mais elevado, não acompanhado pelos custos em honorários.
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GRÁFICO 27 Gastos com pessoal e Honorários evolução 1999 a 2010
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Custos com pessoal
Honorários
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
À semelhança do que fizemos com os gastos com o pessoal, apresentamos em seguida o
exibindo em simultâneo a profissão de cada um dos prestadores de serviços aí incluídos. No topo está um profissional da saúde, fisioterapeuta ligado ao futebol, logo seguido por um economista (gestor), que assumia funções directivas. As médias anuais de remunerações, embora úteis para a classificação de cada um dos prestadores de serviços no TOP, podem enviesar a análise, pois no caso daqueles que já não estejam ao serviço do clube, podem aí estar incluídas indemnizações por rescisão de contrato de prestação de serviços que elevaram a média anual de remunerações. Este é o caso, por exemplo, do gestor com funções directivas.
QUADRO 15 Ranking de valores médios de honorários por época 1999-‐2011
Prestador de Serviços N.º N.º de épocas Valor Total Valor MédioFisioterapeuta 1 3 906 302Economista 1 7 1.570 224Director Desportivo 1 4 490 123Preparador Físico 1 7 825 118Treinador Adjunto 1 5 569 114Médico 1 10 1.066 107Técnico de Futebol 1 2 211 106Administrador 1 10 996 100Jogador 1 2 176 88Administrador 1 5 431 86
1455 41.657TOTAL 1465 48.898
Como se dá a circunstância de, em alguns casos, a mesma entidade usufruir honorários e vencimentos dentro do Grupo Sporting, elaborámos a informação individual agregando estes dois tipos de remunerações. O TOP 10 dos custos com o pessoal não apresentou mudanças,
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Directores e Administradores já ficou diferente. Apresentamos em seguida esse TOP 10 reordenado para o conjunto de honorários e custos com o pessoal excluindo jogadores e treinadores.
QUADRO 16 Ranking de valores médios de Remunerações e Honorários por época 1995-‐2011
Prestador de Serviços N.º N.º de épocas Valor Total Valor MédioFisioterapeuta 1 3 1.087 362Administrador 1 5 1.416 283Economista 1 11 2.463 224Director Desportivo 1 3 598 199Director Geral 1 11 1.832 167Director Desportivo 1 7 1.142 163Director Geral 1 2 325 163Director Desportivo 1 4 645 161Preparador Fisico 1 7 1.114 159Administradora 1 9 1.290 143
2.054 125.737TOTAL 2.064 137.649
Nota:Os valores relativos a honorários compreendem apenas o período de 1999 a 2011.
Comparando este quadro com o anterior Ranking de Administradores e Directores, mas só com vencimentos (Quadro 14), verificamos uma subida do valor máximo de remuneração média do 1º lugar para 283 milhares de euros (mais 7 mil euros). Os restantes valores do TOP 10 também aumentam, numa média de 16%. Em resumo, podemos dizer que os fornecimentos e serviços externos é, conforme os anos, a 2ª ou 3ª maior rubrica da estrutura de custos do Grupo Sporting. A sua evolução tem sido em crescimento, tendo os seus valores dobrado em 12 anos. Dentro dos FSEs a rubrica mais importante são os honorários, que têm acompanhado, proporcionalmente, com excepção de 2003, a progressão dos gastos gerais em FSEs. Olhando o TOP 10 dos honorários em conjunto com os vencimentos, este altera o Ranking relativo aos directores e administradores, passando o 1º lugar, que antes era 2.º, a ter a remuneração média de 283 .
2.5. Amortizações As amortizações foram sempre, entre 1999 e 2010, a 2ª maior rubrica na estrutura de custos do Grupo Sporting, com excepção do período de 2007 a 2009, durante o qual passaram a ocupar o 3º lugar nos custos. O valor mais alto da série foi atingido em 2004, com 26 milhões de euros, no ano da conclusão das obras do Alvalade XXI. Embora as amortizações em si não tenham influência na tesouraria, pois não representam qualquer fluxo de caixa, elas têm um forte efeito nos resultados obtidos, pelo peso relativo na estrutura de custos.
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Visto que as amortizações já foram analisadas parcialmente, no ponto 1.2 deste Capítulo (imobilizado incorpóreo), a propósito duma das rubricas do Balanço que lhes dá origem, é agora objectivo desta secção analisar o peso relativo dos 2 tipos de amortizações com efeito nos resultados, e a sua influência respectiva nos resultados líquidos do Grupo Sporting. Com esse propósito, construiu-‐se o gráfico abaixo, que apresenta em simultâneo a evolução das amortizações do imobilizado corpóreo e do imobilizado incorpóreo (passes dos jogadores).
GRÁFICO 28 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo
2 2 3 4 5
14
9 8 7 6 6 6
14 15
18 18 17
12
14
10 10
8
12 15
0
5
10
15
20
25
30
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Milhões de
Amortizações do Imobilizado Corpóreo Amortizações do Imobilizado Incorpóreo
Dias da CunhaJosé
RoquetteJ. E.
BettencourtSoares Franco
À excepção do período de 2006 a 2008, em que as amortizações dos passes dos jogadores foram relativamente baixas, e de 2004 e 2005, em que as amortizações do imobilizado corpóreo foram mais altas, nos restantes anos do período as amortizações dos passes dos jogadores representaram pelo menos o dobro do valor das amortizações do imobilizado corpóreo. Nos últimos 3 anos, as amortizações do imobilizado corpóreo estabilizaram nos 6 milhões de euros anuais. Neste contexto pode concluir-‐se que a política de aquisição dos passes dos jogadores tem influência preponderante no custo anual das amortizações, que assumem normalmente o 2º lugar nas estrutura de custos do Grupo Sporting. E a este respeito, deve referir-‐se também que essas mesmas decisões de compra não têm repercussão nos custos apenas num ano, mas prolongam-‐se até ao fim da duração de cada contrato.
2.6. Juros e outros custos de financiamento
Os juros e custos de financiamento só tiveram influência efectiva nos resultados do Grupo Sporting a partir de 2001, ano em que se iniciaram as obras de construção do Alvalade XXI.
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Na análise destes valores ao longo do tempo, há porém que ter em conta o facto de que em alguns anos, na parte correspondente aos financiamentos que foram utilizados na construção do Alvalade XXI, estes custos foram capitalizados, ou seja, não foram considerados como custo do ano, mas foram adicionados aos investimentos por transferência para o imobilizado corpóreo, procedimento de acordo com as regras contabilísticas. O quadro abaixo sintetiza os valores relativos aos custos financeiros que foram imobilizados em 2002, 2003 e 2005, num total de 11 milhões de euros. O valor de 2005, é referente a comissões do Project Finance, entendido como um refinanciamento do investimento no Alvalade XXI. Em 2007, com a venda de parte do complexo Alvalade XXI, a parte correspondente dos juros activados foi abatida, como mostra também o quadro.
QUADRO 17 Gastos financeiros imobilizados
Categoria 2002 2003 2005 2007 TOTALJuros 795 4.218 -‐ -‐ 5.012 Comissões e Despesas Bancárias 3.714 16 1.855 -‐ 5.585 Imposto Selo 293 45 -‐ -‐ 338 Abate (2.528) (2.528) TOTAL 4.802 4.278 1.855 (2.528) 8.408 Pelos motivos atrás explanados, os encargos financeiros incluídos na conta de resultados não correspondem à totalidade dos juros e outros encargos financeiros debitados pelos bancos, e que dessa forma influenciaram desfavoravelmente o Cash Flow do período em análise. Apesar disso, estes custos têm vindo a assumir cada vez mais importância nos resultados. Analisando a sua evolução desde 1999 e ao longo dos anos, evidenciada no Gráfico 2 (conta de resultados no ponto 2 do Capítulo II), constata-‐se que os encargos financeiros ocuparam sempre o 4º lugar na estrutura de custos, com excepção do ano de 2007, em que assumiram o seu valor máximo (172010 atingiu o valor mínimo dos últimos 7 anos (10,8
2.7. Outras rubricas de Resultados
Resultados Extraordinários, pois inclui, nos anos mais representativos, principalmente elementos dessa natureza (mais-‐valias na venda de passes de jogadores), restam-‐nos ainda como rubricas mais influentes na conta de resultados os proveitos suplementares e os ajustamentos e provisões. Analisaremos em seguida estas duas rubricas da conta de resultados. Proveitos suplementares Esta conta compõe-‐se sobretudo pelos proveitos (prémios) provenientes da participação em competições europeias e outros torneios, geralmente pagos pelas respectivas entidades
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organizadoras. Os valores mais avultados referem-‐se às participações na Liga dos Campeões e na Liga Europa. O gráfico abaixo permite-‐nos apreciar a evolução destas receitas através dos anos, e a importância das competições europeias nas mesmas. As épocas com maiores proveitos foram 2000-‐ -‐ -‐
GRÁFICO 29 Proveitos Suplementares
0
2
4
6
8
10
12
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
8,0
3,1
4,5
6,6
2,8
10,0
3,9
0,2 1,1
1,2
3,2
0,4
0,5
0,2
Milhões de
OUTROS
COMPETIÇÕES EUROPEIAS
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
Em acumulado, os prémios totais auferidos pelo Sporting pela participação em competições europeias durante os últimos 12 anos (1999-‐2010) atingiram o montante de 38,9 milhões de euros, valor que representa cerca de 9% do total dos proveitos normais (bilheteira, quotização, publicidade, televisão e outros) obtidos pelo Grupo Sporting no mesmo período. A participação na fase de grupos da Liga dos Campeões traduz-‐se normalmente em 7 a 10 milhões de euros de prémios da UEFA. Ajustamentos e provisões Estes custos, que anualmente se têm comportado de forma um tanto irregular, representam em média -‐2010). Os gráficos abaixo representam a evolução dos ajustamentos e provisões ao longo dos anos, bem como a decomposição, por tipo de ajustamento e provisão, da totalidade dos 16 Mque foram registados como custos nestas rubricas durante os 12 anos da série.
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GRÁFICO 30 Ajustamentos/Provisões
0
1
2
3
4
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
0,2 0,1
1,4
0,00,4
2,3
1,1
0,0
2,5
0,6
3,3
3,9Milhões de
Dias da Cunha Soares FrancoJ. E.
BettencourtJosé
Roquette
GRÁFICO 31 Decomposição dos ajustamentos e provisões acumuladas de 1999 a 2010
Clientes5,6 M36%
Pensões0,4 M3%
Processos Judiciais2,6 M17%
Existências0,1 M0%
Impostos0,8 M5%
Outros6,2 M39%
Milhões de
Clientes Pensões Processos Judiciais Existências Impostos Outros
Analisando os gráficos acima, nota-‐se que os dois últimos anos foram aqueles em que estes
-‐se a ajustamentos para dívidas (ver Capítulo IV)
No total do período, as provisões para pensões representaram a maior fatia destes tipo de
os ajustamentos para dívidas de clientes outra parte importante com 5,6 , Refira-‐se que destes últimos se mantêm
os judiciais em curso. Quanto às entidades sobre cujas dívidas foram constituídos ajustamentos, o ponto 1.5 deste Capítulo dá-‐nos a informação detalhada mais relevante.
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IV. RESUMO DOS ASPECTOS MAIS RELEVANTES COM IMPACTO ECONÓMICO-‐FINANCEIRO QUE OCORRERAM EM CADA MANDATO
Neste Capítulo, salientam-‐se os aspectos mais relevantes da evolução do Balanço e da Demonstração de Resultados consolidadas mencionados nos Capítulos anteriores, afectando-‐os a cada um dos mandatos directivos durante o período decorrente entre 1995 e Março de 2011. Uma limitação que deve ser tida em conta nesta análise, diz respeito ao facto de que as contas se referem, a períodos contabilísticos que não correspondem aos períodos dos mandatos. No ano da transição de mandatos, as contas apresentadas incluem, assim, movimentos respeitantes a 2 mandatos. 1. Mandato de Santana Lopes (02.06.1995 a 10.04.1996) Foi um mandato curto, em que, relativamente ao Imobilizado corpóreo, apenas se menciona a reavaliação de nos terrenos do SCP. Durante considerando para 1994 a correcção efectuada pelos auditores às contas reportadas a 31/05/1995. O aumento do passivo foi utilizado na aquisição de jogadores e para equilibrar o Cash flow operacional. O Resultado líquido do exercício de 1995 foi de -‐ , prejuízo que equivale sensivelmente aos custos extraordinários provenientes de correcções a exercícios anteriores. 2. Mandato de José Roquette (11.04.1996 a 01.08.2000) Visto que até 1996 inclusive, as contas foram apuradas com referência a 31 de Dezembro de cada ano, consideramos as contas de 1996 como sendo as primeiras deste mandato. As contas de 1997 incluem apenas 7 meses de actividade (01/01/1997 a 31/07/1997). Foi durante este mandato que se formou a SAD do Sporting, a maior parte das sociedades imobiliárias do Grupo Sporting, bem como a SGPS do Grupo e a Sporting -‐ Comércio e Serviços, especializando-‐se as actividades nas diversas empresas que foram criadas. Em 1996 foi também efectuada uma Em 1998, foi
Foi ainda durante este mandato que foi assinado um protocolo com o Grupo Multi Development Corporation International, S.A., que incluía a promessa de alienação, com a fixação dos respectivos preços e demais condições, dos terrenos de Alvalade e da Quinta das Raposeiras. 2000 foi o ano em que teve lugar a aquisição dos terrenos da Academia em Alcochete. Durante este mandfinal do ano 2000 o montante de O activo incorpóreo líquido (passes de jogadores) aumentou 21 No conjunto dos 5 anos, houve lugar a um prejuízo de 48 ou seja, um prejuízo médio de 9,5 (os valores de 1997 e 1998 são agregados, não consolidados, embora estejam corrigidos da mais-‐valia obtida pelo SCP (4,5 ).
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De 1996 a 2000, foram adquiridos cerca de 87 s de jogadores, e vendidos no mesmo período 76 , o que se salda num deficit de tesouraria teórico entre a compra e a venda no valor de cerca de 11 Durante o mesmo período, o Cash Flow operacional saldou-‐se com um deficit de cerca de 26 Tiveram lugar no período 2 dos 3 negócios mais rentáveis em termos de passes de jogadores, no que diz respeito à obtenção de mais-‐valias: Simão Sabrosa e Aldo Duscher, nas épocas de 1998/1999 e 1999/2000 respectivamente, que geraram uma mais-‐valia conjunta de 24,9 (Quadro 8). 3. Mandato de Dias da Cunha (02.08.2000 a 19.10.2005) Salienta-‐se neste mandato a construção do Novo Estádio e do Complexo Desportivo e de Lazer Alvalade XXI, bem como da Academia. Nestes empreendimentos foram despendidos que, compensados com vendas de terrenos, subsídios recebidos e dívidas a fornecedores (leasings e outros), deram lugar a um Cash flow negativo na rubrica de investimentos em Imobilizado Corpóreo de cerca de 10 período, tendo em conta as diferenças temporárias nos recebimentos entre mandatos (Gráfico 5). Para fazer face a , atingindo em 2005 o valor de . Foi em 2002 que foi emitido o 1º empréstimo por obrigações da SAD do Visto que cerca de metade dos empréstimos foram canalizados para o investimento no Alvalade XXI e na Academia, a parte remanescente destinou-‐se a assegurar cerca de 65 e 45 de juros dos empréstimos contraídos. O deficit de tesouraria proveniente da aquisição-‐venda de passes de jogadores, de 21 contribuiu para o agravamento da tesouraria. Em termos de resultados, nestes 5 anos os resultados líquidos ascenderam a cerca de -‐118 , valor que se situa acima dos 50% do total dos prejuízos gerados entre 1995 e 2010. Destacam-‐se especialmente os anos de Em 2004, com o Novo Estádio, as receitas aumentaram cerc A Margem Bruta do Futebol Profissional (Gráfico 15) apresentou valores negativos, nomeadamente em 2001 e 2003 (respectivamente -‐ -‐ No conjunto dos 5 anos, a Margem Bruta do Futebol Profissional foi negativa, saldando-‐se em -‐ Esta evolução contribuiu para o agravamento dos resultados líquidos, na medida em que as receitas, incluindo as mais-‐valias das vendas dos passes de jogadores, não cobriram os custos com os ordenados dos jogadores e as amortizações dos respectivos passes durante os 5 anos do mandato. Em termos de venda de passes, os mais significativos dizem respeito aos dos jogadores Hugo Viana, Cristiano Ronaldo e Quaresma, que geraram mais-‐valias de 8,9 11,2 4,2 respectivamente.
posteriores. Por outro lado, entre as vendas e abates de passes que geraram menos-‐valias neste período (Quadro 9), estão 5 jogadores (Niculae, Hanuch, Luís Filipe, Julien Kmet e Quiroga) cuja menos-‐valia conjunta atingiu 8,1
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4. Mandato de Soares Franco (20.10.2005 a 05.06.2009) Este período caracteriza-‐se pela venda final (em 2009) de todos os terrenos cuja promessa de venda já havia sido contratualizada no protocolo celebrado com o Grupo Multi Development Corporation International, S.A. no ano de 2000, e ainda pela venda em 2007 de parte do complexo Alvalade XXI , Health Club, Edifício Administrativo, Secretaria e Clínica)
No seu conjunto, há lugar a entradas de tesouraria de cerca de 8desinvestimento imobiliário, tendo em conta as diferenças temporárias nos recebimentos entre mandatos (Gráfico 5). Alguns dos indicadores económico-‐financeiros do Grupo Sporting melhoraram, apesar do montante elevado dos empréstimos contraídos nos exercícios anteriores, dos quais foram
. Em 2006 foi emitido o 2º empréstimo obrigacionista do Sporting, m 2008 foi assinado o acordo, que vigora actualmente, de reestruturação
da dívida com as entidades bancárias. Em termos de tesouraria, é um mandato positivo em cerca de 32 tem um superavit total de 19 , que fez face ao deficit de tesouraria proveniente da aquisição-‐venda de passes de jogadores, de 15 montante de juros pagos, de mais de 56
é factor negativo a influenciar o Cash flow do período. Em relação aos resultados líquidos, o ano de 2007 registou valor positivo sobretudo aos resultados extraordinários obtidos com a venda de passes de jogadores (Nani
Nos anos de 2007 e 2008 registaram-‐se resultados operacionais positivos de , respectivamente, sendo estes anos decisivos na obtenção de um resultado operacional de -‐ no inteiro período do mandato. O ano de 2009 teve um comportamento menos favorável, apresentando já tendência para um aumento de custos em todas as rubricas, sem o correspondente aumento de proveitos. A Margem Bruta do Futebol Profissional contribuiu para os resultados positivos acima citados,
anual o mandato. No que se refere à venda de passes, destacou-‐se o realizado na época 2006/2007 (Nani), que proporcionou uma mais-‐ . Entre outros, de rentabilidade positiva, estão os dos jogadores Enakarhire e Rochemback ( + + 2,6 de mais-‐valias obtidas, respectivamente). Salienta-‐se ainda a venda do passe do jogador Beto, que se traduziu numa menos-‐valia e o abate dos passes dos jogadores Paredes e Valdir, com uma menos-‐
. 5. Mandato de José Bettencourt (06.06.2009 a 26.03.2011) Neste mandato, agravaram-‐se as condições económico-‐financeiras das contas consolidadas do G , e os
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Em 2010, o principal factor desequilibrador da tesouraria foi o investimento em passes de jogadores, com um fluxo negativo de tesouraria de 31 de Março de 2011, este deficit foi parcialmente atenuado com as transacções de passes de jogadores, com um Cash flow l (João Moutinho e Miguel Veloso proporcionaram mais-‐valias de 10,4 ). A Margem Bruta do Futebol Profissional caiu de novo em 2010 para 5 , valor que contribuiu para os prejuízos atrás citados. Também os proveitos totais diminuíram em cerca de 9 que contribuiu para os resultados negativos do ano. Neste mandato, para além das obrigações já emitidas pela SAD em 2006, no montante de 19
, teve lugar a emissão das denominadas VMOCs (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) . Visto que a SAD tem actualmente um capital social de 39 milhões de euros, dos quais o Sporting detém 89,32%, com a entrada deste reforço de capital, o Sporting terá que equacionar a sua posição de controlo sobre a SAD, assegurando, até 2016,
acções denominadas VMOCspretenda garantir a maioria qualificada de 2/3 (condições constantes do CSC). 6. Quadro de síntese -‐ Principais aspectos de cada Mandato Directivo
QUADRO 18 Principais aspectos de cada Mandato Directivo
Total
mandatoMédia anual
Total mandato
Média anual
Total mandato
Média anual
Total mandato
Média anual
Total mandato
Média anual
Tesouraria:Compra/construção de Imobilizado Corpóreo -‐ -‐ (4,0) (0,8) (181,9) (36,4) -‐ -‐ -‐ -‐Alienação de Imobilizado Corpóreo -‐ -‐ 10,7 2,1 25,8 5,2 102,2 25,6 -‐ -‐Subsídios Novo Estádio + EPUL -‐ -‐ -‐ -‐ 34,5 6,9 -‐ -‐ -‐ -‐Cash flow teórico entre compras -‐ vendas de passes (1,8) (1,8) (10,8) (2,2) (27,0) (5,4) (14,3) (3,6) (10,8) (5,4) Cash flow operacional (4,1) (4,1) (26,3) (5,3) (65,3) (13,1) 18,5 4,6 17,2 17,2 Empréstimos contraídos (+) e pagos (-‐) -‐ -‐ 60,5 12,1 197,6 39,5 (34,6) (8,7) 25,2 25,2 Resultados: Margem Bruta do Futebol Profissional (a) 4,0 4,0 37,2 7,4 (13,5) (2,7) 113,0 28,3 5,4 5,4 Mais-‐valias líquidas na alienação de passes (b) 9,0 9,0 55,5 11,1 33,3 6,7 36,8 9,2 18,7 9,4 Mais-‐valias líq. na alienação de Imob. Corp. (b) -‐ -‐ 0,9 0,2 18,3 3,7 7,7 1,9 -‐ -‐Resultados Líquidos (21,4) (21,4) (40,3) (8,1) (118,3) (23,7) (46,2) (11,5) (37,5) (37,5) Melhores vendas de passes Figo Nani
Balakov DuscherPeixe Vidigal
Acontecimentos relevantes
(1) Considera-‐se apenas o exercício de 1995 (2) Foram considerados 5 exercícios, sendo o primeiro 1996. Os resultados líquidos dos anos 1997 e 1998 são agregados.
(b) Valor de venda -‐ valor de compra + amortizações + /-‐ outros gastos e rendimentos
-‐ Construção do Novo Estádio, da Academia e do Complexo Alvalade XXI. -‐Alienação de parte dos terrenos da Qta de Alvalade
-‐ Alienação dos terrenos restantes -‐Alienação de parte do Alvalade XXI
Club, Edifício Administrativo, Secretaria e Clínica)
Emissão de 55 milhões de euros de obrigações convertíveis em acções da SAD (VMOCs)
Regularização de custos de exercícios
-‐Criação da SAD + 8 sociedades do Grupo. -‐Assinatura protocolo MDC p/ alienação terrenos. -‐Aquisição do terreno da Academia.
(a) Proveitos da actividade desportiva + /-‐ valias na venda de passes -‐ custos com pessoal (jogadores e treinadores) -‐ amortizações jogadores e treinadores
(3) Valores apenas referentes a 2010, com excepção da informação referente a passes de jogadores e imobilizado corpóreo, que inclui 2011 (2 anos)
MandatosSantana Lopes
2/6/95 -‐ 10/4/96 (1)José Roquette
11/4/96 -‐ 1/8/2000 (2)Dias da Cunha
2/8/00 -‐ 19/10/05 Soares Franco
20/10/05 -‐ 5/6/09José Bettencourt 6/6/09 -‐ 26/3/11(3)
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V. HIPOTECAS, GARANTIAS, PENHORES, OUTROS ÓNUS E LITÍGIOS Este Capítulo relaciona-‐se com os pontos 1.3 e 1.4 do Capítulo anterior onde se focaram, respectivamente, quais os principais empréstimos existentes e quais as provisões para riscos e encargos, incluindo litígios, já registadas na contabilidade. Os empréstimos contraídos geraram, à data, os ónus que em seguida descrevemos.
1. HIPOTECAS, GARANTIAS, PENHORES E OUTROS ÓNUS
Em 2005, o Sporting celebrou com o BES e o BCP um acordo financeiro denominado Project Finance, mediante o qual foi reestruturado e consolidado todo o passivo bancário do Grupo Sporting então em dívida àquelas entidades. Em 30 de Dezembro de 2008, foi celebrado novo acordo com os bancos credores (BCP e BES), concretizando a actualização da consolidação da dívida. Em consequência destes acordos, todo o património do Grupo Sporting ficou onerado ao serviço da dívida, a favor dos bancos credores, nas condições que em seguida resumimos: i) Penhores e promessas de penhor:
Penhor sobre Acções O Sporting SGPS constituiu, a favor dos Bancos, primeiro penhor sobre:
a) Acções SAD Lote Sporting SGPS b) Acções SCS Lote SGPS c) Acções SPM
O SCP constituiu penhor sobre: a) Acções SCS Lote SCP b) Acções Sporting SGPS c) Acções SPM
Penhor sobre Novas Acções, resultantes do aumento de capital social, de fusões, cisões ou transformações;
Penhor sobre Créditos do Grupo SCP, nomeadamente SCP, SAD, SPM, SGPS e SCS; Promessa de penhor sobre créditos de patrocínio resultantes da exploração de Direitos
de Patrocínio ou Direitos Desportivos ou de quaisquer Contratos Relevantes (Portugal Telecom SGPS, S.A., BES, Reebok Portugal, S.A.);
Penhor sobre contas bancárias a Conta SCP, a Conta Sporting SAD, a Conta Sporting SGPS, a Conta SPM e a Conta SCS;
Promessa de penhor sobre Equipamento Leasing VideoScreen (SCP e Sporting SAD).
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ii) :
Quotas -‐ todos os créditos presentes e futuros de que o SCP e o Sporting SAD venham a ser titulares;
Todos os créditos presentes e futuros que a SPM venha a deter sobre a sociedade Refrige, S.A.;
Passes dos jogadores, através das receitas presentes e futuras, detidas e a deter pela Sporting SAD, emergentes da cedência ou transferência dos direitos desportivos relativos aos jogadores de futebol, bem como dos direitos à utilização da imagem dos jogadores;
Todos os créditos presentes e futuros de que venha a ser titular relativamente a Seguros. iii) Hipotecas: Hipoteca sobre o Património Imobiliário e respectivos Direitos de Superfície:
Terrenos do Estádio e respectivos acessos, propriedade do Sporting Clube de Portugal, bem como os terrenos da Construz, abrangendo todas as construções, benfeitorias, acessões, presentes e futuras que nos referidos imóveis venham a ser introduzidas;
Direitos de Superfície das construções acima citadas incluindo o Estádio e o Edifício Multidesportivo.
iv) Reembolso antecipado obrigatório dos empréstimos:
Passes dos jogadores as receitas presentes e futuras, detidas e a deter pela Sporting SAD emergentes da cedência ou transferência dos direitos desportivos relativos aos jogadores de futebol, bem como dos direitos à utilização da imagem dos jogadores, servem obrigatoriamente, no prazo de 5 dias, como reembolso antecipado dos empréstimos concedidos, nas seguintes condições:
20% do preço da venda do passe, até amortização integral do empréstimo de 15 milhões de euros;
Após a amortização integral do empréstimo atrás referido, deverá ser amortizado o empréstimo de 7,5 milhões de euros pelo montante acumulado da venda de passes que exceder 2,5 milhões de euros em cada ano económico.
Alienação de participações ou activos (excepto passes), co os valores de realização serão utilizados para amortizar a dívida, no prazo de 5 dias após a venda, de acordo com a hierarquia de pagamento estabelecida;
Outros montantes recebidos ou indemnizações de seguros (excepto sinistros), no prazo de 5 dias após o recebimento, de acordo com a hierarquia de pagamento estabelecida;
Uma percentagem, no valor estabelecido no clausulado do acordo, do Cash Flow do Grupo SCP apurado pelo Auditor no final de cada Ano Económico
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v) Dação em pagamento (pró solvendo): Tendo em vista o reembolso dos empréstimos, o SCP, a SPM e o Sporting SAD procedem à dação dos seguintes créditos:
Companhia de Seguros Açoreana, S.A. EDP Comercial Comercialização de Energias, S.A. Portugal Telecom, SGPS, S.A. Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Lda. Efacec Capital SGPS, S.A. Galp Energia, SGPS, S.A. SCC Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, S.A. BES, S.A. Cª IBM Portuguesa, S.A. Olivedesportos Publicidade, Televisão e Media, S.A. Puma Portugal, Lda.
2. LITÍGIOS
com tramitação processual em curso, de acordo com a informação prestada pelos Advogados do Grupo Sporting:
QUADRO 19 Processos Judiciais interpostos pelo Grupo Sporting Euros
Tipo Causa Valor AUTOR RÉU Fase Decisão
Acção de Condenação
Violação do direito de preferência na transferência do Barcelona para o Benfica.
2.640.845,07(USD
3.000.000,00)Sporting SAD Simão Sabrosa
1ª Instância ganha pelo réu.Relação ganha pelo autor.Actualmente em recurso no STJ.
Insolvência Reclamação de créditos. 86.821 Sporting SAD Farense SAD Aguarda pagamento
A Sporting SAD nada deve receber uma vez que existem credores privilegiados.
Insolvência Reclamação de créditos. 92.042 Sporting SADEstrela da Amadora
Fase de liquidação dos bens.
Insolvência Reclamação de créditos 1.718.864SCPSPMSAD
TBZAguarda a marcação de tentativa de conciliação.
Indemnização
Injunção para pagamento facturas em dívida, uma pelos danos sofridos no EJA e outra pela substituição da relva.
126.353 SPMEVERYTHING IS NEW
Absolvido o réu.A SPM terá de dar entrada de nova acção.
InsolvênciaReclamação de créditos comuns
255.993
Bondicarnes -‐ Comércio de Carnes, S.A.e Outros (SPM)
Four Squares -‐ Actividades Hoteleiras, Lda.
Em liquidação
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QUADRO 20 Processos Judiciais interpostos ao Grupo Sporting
Euros
Tipo Causa Valor Autor Réu Fase Decisão
Tribunal do Trabalho
Condenação no pagamento de retribuições vencidas
291.687Paulo Jorge Machado Almeida e Outros
SCPAguarda marcação de julgamento
InsolvênciaAcção relacionada com a insolvência dos Cinemas Millenium, S.A.
247.726MADRAGOA FILMES.COM
SPMAguarda marcação de julgamento
Pagamento de facturas
Processo de insolvência a correr em Madrid que poderá afectar as contas da SPM se se verificar que se tem de pagar os cerca de 45 mil euros de facturas não registadas
91.052 DISTRADE SPMEm julgamento no Tribunal Comércio de Madrid
TaxasPagamento taxas de publicidade instalada
674.602 CML SPMIndeferimento da reclamação graciosa e manutenção da liquidação
Apresentação do pedido de revisão e pedido de reconhecimento de isenção
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VI. PRINCIPAIS CONTRATOS EM VIGOR Resumimos, a seguir, os principais contratos em vigor com fornecedores/prestadores de serviços, que constituem obrigações do Grupo Sporting para com entidades terceiras:
QUADRO 21 Principais contratos de serviços Euros
Serviços contratados Fornecedor DataFim Contrato
Valor Anual(aproximado)
Manutenção Electromecânica Sportser 30-‐Jun-‐11 290.000Manutenção Elevadores Otis 30-‐Jun-‐13 65.000Manutenção VideoScreens Philsystec 31-‐Jul-‐12 55.000Manutenção Som e Equipamentos Tyco 31-‐Jul-‐12 50.000Manutenção CCTV Observit 30-‐Set-‐11 50.000Manutenção da cobertura Martifer 30-‐Jun-‐17 70.000Manutenção relvado Turfgolfe 30-‐Mai-‐12 77.000Segurança Estática Prosegur 14-‐Jul-‐12 450.000Assistentes de Recinto Desportivo (Jogos) Prosegur 14-‐Jul-‐12 435.000Limpeza Servilimpe 31-‐Jul-‐12 410.000Resíduos Sólidos Urbanos Hidurbe 71.000
Energia Eléctrica EDP Facturação variável 692.500
Gás GALP Facturação variável 430.000
Água EPAL Facturação variável 64.000
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VII. CONCLUSÕES Ao longo deste trabalho, e de acordo com o objectivo delineado, foi efectuada uma análise descritiva e factual da evolução da situação patrimonial do Grupo Sporting, numa perspectiva consolidada, ao longo do período decorrido entre as épocas de 1998/99 e 2009/10. Focámos ainda, em alguns dos aspectos mais relevantes, o período entre 1994/95 e 1998/99 e, para a frente no tempo, até Março de 2011. Resumimos agora algumas das principais conclusões que, no nosso entender, podemos tirar a partir dos factos anteriormente relatados. O Grupo Sporting apresenta uma Situação Líquida negativa (-‐183 ), que se agravou nos 12 anos analisados em -‐171 e que já praticamente atingido em 2010, em valor absoluto, o valor do Activo líquido. A situação é de falência técnica. As dívidas de financiamento atingem em 2011 o montante de 276 milhões de euros (incluindo as VMOCs), assumidamente uma situação económica-‐financeira desajustada. As causas mais relevantes que podemos identificar, e que levaram a esta situação económico-‐financeira nas contas consolidadas do Grupo Sporting, foram as seguintes: Resultados líquidos negativos consolidados em quase todas as épocas.
Uma explicação para os resultados negativos crónicos pode encontrar-‐se, em primeiro lugar, na Margem Bruta do Futebol Profissional ter sido muito baixa e até negativa em alguns anos, insuficiente para fazer face aos restantes custos (incluindo encargos financeiros). A Margem Bruta anual do Futebol Profissional tem o seu ponto crítico em cerca de 35 do seu valor médio anual registado no período em análise (1999-‐2010) . A influenciar a baixa Margem, estão vencimentos dos jogadores e respectivos passes, que geraram amortizações altas. Por outro lado, as receitas disponibilizadas pelo plantel foram baixas, gerando, em consequência, uma Margem Bruta insuficiente para suportar os custos de estrutura do Grupo Sporting. Outro motivo para que os Resultados Líquidos tenham sido quase sempre negativos, deve-‐se ao aumento gradual dos Fornecimentos e Serviços Externos, que tem acompanhado o aumento das vendas e, desta maneira, consome uma parte da margem libertada. Os Encargos financeiros elevados, em consequência de empréstimos acrescidos, têm forte peso nos Resultados negativos.
Fluxos de tesouraria negativos em quase todas as épocas. O deficit crónico de tesouraria acumulado cifrou-‐se em cerca de 214 (financiamentos + variação Caixa e equivalentes) em 11 anos, ou seja, quase 20 O quadro abaixo
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resume quais as principais origens e aplicações de fundos dos fluxos de tesouraria durante o período decorrido entre 2000 e 2010.
QUADRO 22 Resumo dos fluxos globais de tesouraria 2000-‐2010
Imobilizações Corpóreas: Aquisições e construções (181,9) Alienações de terrenos e construções 128,1 Subsídios obtidos (EPUL e Novo Estádio) 34,5 Outros (3,6) (22,9) Imobilizações Incorpóreas: Aquisições de passes de jogadores/treinadores (168,1) Venda de passes de jogadores/treinadores 108,2 Diferenças temporais recebimentos/pagamentos 0,8 (59,1) Imobilizações Financeiras: Venda de participações financeiras 17,8 17,8 Actividade operacional"Cash flow" da actividade operacional (34,6) (34,6) Remuneração dos financiamentosJuros e encargos financeiros (115,5) (115,5) SALDO ANTES DE FINANCIAMENTOS (214,3) Fluxo de financiamentosFinanciamentos Obtidos 212,9 212,9 Variação de Caixa e equivalentes (1,4)
ORIGENS/APLICAÇÕES VALOR
A justificação para este deficit pode encontrar-‐se em 3 razões básicas: O Investimento líquido em passes de jogadores, responsável por 59 deficit. Adicionando a este valor a parte dos juros anuais pagos imputáveis a esta rubrica ano a ano (22 a sua parte no deficit soma 81
O Investimento líquido em imobilizado corpóreo (complexo Alvalade XXI e Academia), que após a venda de terrenos e de parte do Alvalade XXI foi responsável por 23 do deficit. Adicionando a este valor a parte dos juros anuais pagos que lhe são imputáveis (49 a responsabilidade no deficit desta rubrica soma 72
O Cash flow operacional negativo na maioria das épocas, num total de 35 negativos, que é em parte consequência dos resultados líquidos negativos. Adicionando àquele valor a parte dos juros anuais pagos que lhe são imputáveis (44 desta rubrica soma 79
A venda de participações financeiras foi a única rubrica com participação positiva no Cash Flow global,
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Elevado nível de financiamento. A situação de deficit de tesouraria crónico gerou um empréstimo total de que representa um agravamento no passivo em 12 anos. Esta situação produziu custos adicionais em juros de financiamento que período. Os ónus constantes do acordo firmado com os bancos condicionaram a gestão da tesouraria por via de dações em pagamento de receitas de patrocínio, publicidade, televisão e outras cobranças a clientes, sendo que em relação à SAD está prevista uma retenção de 20% das receitas dos passes dos jogadores presentes e futuras para pagamento dos empréstimos, até
NOVEMBRO/2011
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LISTA DOS QUADROS
QUADRO 1 Perímetro do grupo Sporting ........................................................................................... 3 QUADRO 2 Evolução do activo imobiliário ....................................................................................... 21 QUADRO 3 Detalhe do imobilizado corpóreo .................................................................................. 22 QUADRO 4 Resumo Cash Flow teórico do imobilizado .................................................................... 24 QUADRO 5 Evolução do Imobilizado Incorpóreo líquido (Passes dos Jogadores -‐ SAD) .................. 29 QUADRO 6 Contribuição do Fundo de jogadores ............................................................................. 32 QUADRO 7 Resumo do movimento dos jogadores entre 01.07.1997 e 31.03.2011........................ 35 QUADRO 8 Vendas de jogadores com mais valias entre 01.07.1997 e 31.03.2011 ......................... 38 QUADRO 9 Vendas/Abates de jogadores com menos valias entre 01.07.1997 e 31.03.2011 ......... 39 QUADRO 10 Margem bruta do futebol profissional 1999-‐2010 ....................................................... 41 QUADRO 11 Clientes e devedores de cobrança duvidosa com imparidade a 100% ......................... 48 QUADRO 12 Resultados Extraordinários 1999 a 2010 ....................................................................... 51 QUADRO 13 Ranking de valores médios de remunerações de Jogadores e Treinadores por época
1995-‐2011 ...................................................................................................................... 58 QUADRO 14 Ranking de valores médios de remunerações de Administradores e Directores por
época 1995-‐2011 ............................................................................................................ 58 QUADRO 15 Ranking de valores médios de honorários por época 1999-‐2011 ................................. 62 QUADRO 16 Ranking de valores médios de Remunerações e Honorários por época 1995-‐2011 ..... 63 QUADRO 17 Gastos financeiros imobilizados .................................................................................... 65 QUADRO 18 Principais aspectos de cada Mandato Directivo ............................................................ 71 QUADRO 19 Processos Judiciais interpostos pelo Grupo Sporting .................................................... 74 QUADRO 20 Processos Judiciais interpostos ao Grupo Sporting ....................................................... 75 QUADRO 21 Principais contratos de serviços .................................................................................... 76 QUADRO 22 Resumo dos fluxos globais de tesouraria 2000-‐2010 .................................................... 78
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LISTA DOS GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Balanços consolidados comparados Grupo Sporting ...................................................... 9 GRÁFICO 2 Evolução da Demonstração de Resultados consolidados Grupo Sporting.................... 11 GRÁFICO 3 Evolução da estrutura de custos .................................................................................... 13 GRÁFICO 4 Evolução dos resultados ................................................................................................. 14 GRÁFICO 5 Evolução anual dos Cash Flows ...................................................................................... 15 GRÁFICO 6 Evolução dos Cash Flows acumulados ........................................................................... 16 GRÁFICO 7 Terrenos e edifícios do Grupo Sporting ......................................................................... 18 GRÁFICO 8 ALVALADE XXI -‐ Estrutura ............................................................................................... 25 GRÁFICO 9 ALVALADE XXI -‐ Investimento do Estádio por tipo de obra ........................................... 26 GRÁFICO 10 ALVALADE XXI -‐ Investimento por Fornecedor .............................................................. 26 GRÁFICO 11 Evolução das necessidades de fundo de maneio dos investimentos imobiliários ........ 27 GRÁFICO 12 Evolução do imobilizado incorpóreo líquido passes dos jogadores .............................. 29 GRÁFICO 13 Evolução das aquisições e vendas de passes de jogadores Imobilizado Bruto ........... 31 GRÁFICO 14 Aquisições e vendas de jogadores e treinadores ........................................................... 33 GRÁFICO 15 Evolução da margem bruta do futebol profissional ...................................................... 40 GRÁFICO 16 Evolução do financiamento por natureza ...................................................................... 42 GRÁFICO 17 Evolução do financiamento por entidade ...................................................................... 44 GRÁFICO 18 Provisões 2010 ............................................................................................................... 45 GRÁFICO 19 Acréscimos e Diferimentos ............................................................................................ 46 GRÁFICO 20 Clientes e outros devedores -‐ 2010 ............................................................................... 47 GRÁFICO 21 Fornecedores e outros credores -‐ 2010 ......................................................................... 48 GRÁFICO 22 Evolução das prestações de serviços e vendas por categoria ....................................... 50 GRÁFICO 23 Resultados Extraordinários e Outros Operacionais ....................................................... 52 GRÁFICO 24 Gastos com Pessoal por categoria profissional ............................................................. 57 GRÁFICO 25 Gastos com Pessoal por tipo de encargo ....................................................................... 59 GRÁFICO 26 Evolução de FSE por natureza ........................................................................................ 61 GRÁFICO 27 Gastos com pessoal e Honorários evolução 1999 a 2010 ........................................... 62 GRÁFICO 28 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo ................................................... 64 GRÁFICO 29 Proveitos Suplementares ............................................................................................... 66 GRÁFICO 30 Ajustamentos/Provisões ................................................................................................ 67 GRÁFICO 31 Decomposição dos ajustamentos e provisões acumuladas de 1999 a 2010 ................. 67
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BALANÇO CONSOLIDADO DE 1999 E DE 2010 31 JUL 1999 30 JUN 10 31 JUL 1999 30 JUN 10
ACTIVO Activo Líquido Activo Líquido
IMOBILIZADO CAPITAL PRÓPRIO
Imobilizações Incorpóreas: Capital 8.480 8.480
Despesas de Instalação 515 2 Diferenças de consolidação 96
Despesas de Investigação e Desenvolvimento 15 Reservas de reavaliação 39.802 17.116
Propriedade Industrial e Outros Direitos 41.114 35.895 Reservas legais 2.990
Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas 998 - Outras reservas 4.583 4.778
Diferenças de Consolidaçäo 4.776 - Resultados transitados (33.060) (178.622)
47.403 35.912 19.804 (145.162)
Resultado líquido do exercício (8.047) (37.535)
Terrenos e Recursos Naturais 39.803 18.709 Edificios e Outras Construções 6.714 113.797 Total do capital próprio 11.757 (182.697)
Equipamento Básico 422 188
Equipamento de Transporte 266 153 INTERESSES MINORITÁRIOS
Ferramentas e Utensílios 307 6 Capital 8.435 345
Equipamento Administrativo 694 399 Resultado líquido do exercício - (278) Outras Imobilizações Corpóreas 45 515 8.435 67
Imobilizações em Curso 1.469 7
49.720 133.774 PASSIVO
Investimentos Financeiros: Provisões: -
Partes de Capital em Empresas Associadas 25 2 Provisões para pensões 1.663 3.802
Títulos e Outras Aplicações Financeiras 2 2 Provisões para impostos 845
27 4 Outras provisões 2.354 2.637
CIRCULANTE 4.017 7.284
Existencias: Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo:
Mercadorias 296 573 Empréstimos por obrigações :
296 573 Obrigações Não convertíveis 18.795
Dívidas de Terceiros - Médio e Longo Prazo Dívidas a Instituições de Crédito 7.538 209.046
Clientes, c/c 1.009 - Fornecedores de Imobilizado, c/c 4.974
1.009 - Estado e Outros Entes Públicos 949 7
Dívidas de terceiros - Curto prazo: Outros Credores 11.213 2.345
Clientes, c/c 1.198 6.840 19.700 235.167
Empresas associadas 484 18
Empresas participadas e participantes 1 - Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Adiantamentos a fornecedores - 168 Dívidas a instituições de crédito 37.987 29.760
Estado e outros entes públicos 991 4.046 Fornecedores, c/c 2.451 27.593
Outros devedores 6.223 1.422 Fornecedores -Títulos a pagar 201 8.776
Subscritores de capital 8 8 Empresas Associadas 195 924
8.905 12.502 Outros accionistas (sócios) 365 1
Títulos negociáveis: Adiantamento de clientes 3.676
Acções em empresas associadas 548 331 Fornecedores de imobilizado, c/c 538 1.540
Outras aplicações de tesouraria 7 - Estado e outros entes públicos 1.345 3.617
556 331 Outros credores 9.320 7.761
Depósitos bancários e caixa: 52.401 83.648
Depósitos bancários 1.924 1.004
Caixa 74 9 Acréscimos e diferimentos:
1.998 1.013 Acréscimos de custos 750 6.674
Acréscimos e diferimentos Proveitos diferidos 13.201 42.741
Acréscimos de proveitos 38 4.290 13.951 49.415 Custos diferidos 310 4.485 Total do passivo 90.069 375.514
348 8.775
Total do activo 110.261 192.884 110.261 192.884 Total do capital próprio, dos interesses minoritários e do passivo
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
GRUPO SPORTINGBALANÇO CONSOLIDADO DE 31 DE JULHO DE 1999 E 30 DE JUNHO DE 2010
-
-
PATRÍCIO, MOREIRA, VALENTE & ASSOCIADOS member of
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
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ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL Grupo Sporting Clube de Portugal
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS DE 1999 A 2010 31 JUL 99 31 JUL 00 31 JUL 01 31 JUL 02 31 JUL 03 30 JUN 04 30 JUN 05 30 JUN 06 30 JUN 07 30 JUN 08 30 JUN 09 30 JUN 10
CUSTOS E PERDASCusto das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:
Mercadorias 785 1.231 1.637 1.970 1.206 2.003 110 46 - - 409 920 Matérias 60 77 75 77 184 29 - - - - -
Fornecimentos e serviços externos 10.352 11.642 14.496 16.265 12.830 18.536 16.417 17.041 19.041 19.626 20.665 21.166 Custos com o pessoal:Remunerações 13.474 22.631 27.429 31.859 27.610 24.839 24.485 21.151 24.732 22.630 24.845 24.063 Encargos Sociais:Pensões - - - - - - - - - - - - Outros 1.714 1.666 1.973 2.182 2.153 1.944 1.876 1.778 1.884 2.104 3.603 4.198
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 15.876 17.211 21.505 21.830 21.390 26.430 23.180 17.876 17.350 13.758 18.400 21.834 Ajustamentos - - - - - - - - 2.458 596 3.274 3.936
Provisões 361 192 1.434 46 443 2.258 1.085 - - - - - Impostos 176 56 255 518 495 830 1.021 987 665 798 996 791 Outros custos e perdas operacionais 1.375 1.331 780 981 1.155 601 1.445 1.313 1.496 1.979 509 1.117
(A) 44.172 56.037 69.583 75.728 67.466 77.470 69.619 60.192 67.626 61.491 72.701 78.025 Amortizações e ajustamentos de aplicações e investimentos financeirosJuros e custos similares:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Perdas relativas a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros 3.411 3.915 6.114 8.124 9.438 13.023 16.203 15.143 19.603 14.483 17.076 11.459
(C) 47.583 59.952 75.698 83.852 76.903 90.493 85.822 75.335 87.229 75.974 89.777 89.484 Custos e perdas extraordinários 2.416 1.633 1.526 3.376 2.880 1.463 2.264 3.486 1.605 1.943 3.298 1.710
(E) 49.999 61.586 77.224 87.227 79.783 91.956 88.086 78.821 88.834 77.917 93.075 91.194 Imposto sobre o rendimento do exercício - - 24 5 14 29 16 13 15 22 38 137
(G) 49.999 61.586 77.247 87.233 79.797 91.985 88.102 78.834 88.849 77.939 93.113 91.331 Interesses minoritários (865) (3.871) (7.261) (5.404) 160 4 (36) (21) (21) (32) 4 5 Resultado consolidado líquido do exercício (8.047) (13.636) (25.317) (25.674) (29.552) (15.259) (22.508) (16.356) 6.543 (10.333) (26.047) (37.535)
41.087 44.079 44.669 56.154 50.406 76.730 65.558 62.457 95.371 67.574 67.070 53.801
PROVEITOS E GANHOSVendas - - - - - - - - - - - - Mercadorias 1.491 2.159 2.660 3.382 2.179 2.882 314 393 321 - 808 1.606 Produtos - - 114 504 369 575 269 26 2 295 290 246
Prestações de serviços 18.043 21.380 22.736 28.126 24.684 40.228 45.023 44.934 48.505 50.735 48.311 44.951 Variação da produção - Trabalhos para a própria empresa - - 103 - 356 18 - - - - - - Proveitos suplementares 243 1.065 9.700 3.215 408 166 3.362 4.585 6.677 7.716 10.075 4.193 Subsídios à exploração 42 190 156 418 71 64 165 126 134 243 100 149 Outros proveitos e ganhos operacionais 686 210 884 465 198 8.873 1.299 6.838 26.780 2.666 100 7 Reversões de amortizações e ajustamentos - - - - - - - 4 - - - -
(B) 20.505 25.004 36.354 36.110 28.265 52.806 50.432 56.906 82.419 61.655 59.684 51.152 Ganhos de Participações de Capital:Relativos a empresas associadas - - - - - - - 133 - - - - Relativos a outras empresas - - - - - - - - - - - -
Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros - - - - - - - - - - - -
Outros juros e proveitos similares:Relativos a empresas associadas - - - - - - - - - - - - Outros 885 892 1.175 1.259 983 1.759 2.538 1.788 2.599 3.118 2.338 670
(D) 21.390 25.896 37.529 37.369 29.248 54.565 52.970 58.827 85.018 64.773 62.022 51.822 Proveitos e ganhos extraordinários 19.698 18.183 7.141 18.785 21.158 22.165 12.588 3.630 10.353 2.801 5.048 1.979
(F) 41.087 44.079 44.669 56.154 50.406 76.730 65.558 62.457 95.371 67.574 67.070 53.801
Resultados operacionais: (B)-(A) (23.668) (31.033) (33.230) (39.618) (39.201) (24.664) (19.187) (3.286) 14.793 164 (13.017) (26.873) Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) (2.526) (3.024) (4.939) (6.865) (8.454) (11.264) (13.665) (13.222) (17.004) (11.365) (14.738) (10.789) Resultados correntes: (D)-(C) (26.193) (34.056) (38.169) (46.483) (47.655) (35.928) (32.852) (16.508) (2.211) (11.201) (27.755) (37.662) Resultados antes de impostos: (F)-(E) (8.912) (17.507) (32.554) (31.073) (29.378) (15.226) (22.528) (16.364) 6.537 (10.343) (26.005) (37.393) R. consolidado c/ int. minorit. do exercício: (F)-(G) (8.912) (17.507) (32.578) (31.078) (29.392) (15.255) (22.544) (16.377) 6.522 (10.365) (26.043) (37.530)
GRUPO SPORTINGDEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS DE 31 DE JULHO DE 1999 A 30 DE JUNHO DE 2010
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