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    DemonstrativaCURSO ON-LINEECONOMIA PARA ICMS-DF

    PROFESSOR HEBER CARVALHO

    Prof. Heber Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1de 26

    AULA DEMONSTRATIVA

    Ol caros(as) amigos(as),

    com grande satisfao que inicio este curso Economia voltado

    para o concurso da SEFAZ-DF. Para quem no me conhece, meu nome

    Heber Carvalho, sou bacharel em Cincias Militares, formado pela AMAN

    (Academia Militar das Agulhas Negras).

    Aps pouco mais de 08 anos no Exrcito, fui aprovado no concurso

    para Auditor Fiscal do Municpio de So Paulo (AFTM-SP, 4. Lugar), cargo

    que exero nos dias de hoje atuando na fiscalizao de instituies

    financeiras. Paralelamente, ministro aulas de Economia e matrias

    relacionadas (Economia do Trabalho, Economia Brasileira, Micro/Macro,

    etc) em cursos preparatrios de So Paulo e aqui no Ponto dos

    Concursos.

    Ao longo da minha vida de concurseiro, posso afirmar, sem nenhum

    constrangimento, que tive muitas dificuldades em aprender Economia.

    No incio de minha preparao, essa disciplina realmente fez com que eu,

    a cada hora de estudo, envelhecesse semanas, tamanha era a dificuldade.s vezes lia e no entendia; outras vezes, lia e entendia, mas no

    acertava a questo; outras, lia, entendia, errava e no compreendia

    porque tinha errado. Enfim, era um verdadeiro terror.

    No entanto, pelas dificuldades sentidas, e pelo grande nmero de

    horas gasto com a Economia, passei a estud-la de forma mais

    sistemtica, aprofundada. Houve o momento em que passei a entend-la

    e at a gostar de estud-la; tanto verdade que a venho estudando athoje, mesmo aps a aprovao e a aposentadoria da vida de concurseiro.

    Hoje, sei exatamente o que voc sente quando abre um livro de

    Economia cheio de grficos, frmulas, clculos e os conceitos mais

    estranhos e abominveis possveis. E baseado nestas dificuldades que a

    grande maioria sente e eu senti no passado que eu norteio a preparao

    das minhas aulas, sempre procurando nivelar o aluno, de forma a no

    excluir aqueles que tm mais dificuldade ou no tiveram uma baseescolar ou acadmica mais privilegiada.

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    Bem, falemos agora do que interessa: o contedo e a

    metodologia do nosso curso, a comear pelo primeiro.

    Contedo do curso

    Como todos sabem, a FUNIVERSA, at poucos dias atrs, era a

    banca escolhida para organizar o concurso, cujo edital ainda no se

    encontra aberto. No entanto, o TCDF suspendeu a contratao direta

    daquela Fundao.

    Em primeiro plano, pode nos parecer que o concurso no vai mais

    acontecer ou que a banca ser trocada, mas, analisando bem o caso, issono totalmente verdade. Vale destacar que o processo foi apenas

    suspenso, no foi cancelado. O TCDF apresentou prazo para que a

    SEPLAG-DF, SEFAZ-DF e at mesmo a FUNIVERSA apresentem

    contrarrazes representao do tribunal de contas distrital. Desta

    forma, creio que a maior possibilidade ainda aponta para que o concurso

    seja organizado pela FUNIVERSA, no entanto, isto mera probabilidade

    e/ou especulao e tudo pode mudar, em se tratando da Administrao

    Pblica.

    Diante dos fatos, em relao matria Economia neste concurso,

    ficam duas incertezas: se Economia vai cair ou no na prova e, se cair,

    quais os assuntos que constaro no edital.

    Em relao possibilidade da matria vir ou no a ser cobrada,

    minha aposta, baseada nos ltimos concursos para a rea fiscal, que ela

    ser sim parte integrante do edital. Como concurseiro que fui, sei quequando o edital no est aberto, o candidato deve se preocupar em

    estudar as matrias certas de cair. Em minha opinio, posso afirmar

    que quando se trata destes concursos da rea fiscal, a Economia uma

    dessas matrias (embora muitos pensem que no). Apenas para ilustrar o

    que estou dizendo, ressalto que, entre os concursos para fiscos estaduais

    realizados em 2009 e 2010, a grande maioria contemplou esta disciplina,

    quais sejam: ICMS-RJ, ICMS-RS, ICMS-SC, ICMS-RO, ICMS-AP. Apenas o

    ICMS-SP no a cobrou, mas mesmo assim o fez no penltimo concurso,em 2006. Veja que, de 06 concursos de fiscos estaduais nos dois ltimos

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    anos, 05 deles cobraram Economia (mais de 83%). uma mera

    constatao estatstica.

    Em relao aos assuntos que devam cair, partindo do princpio de

    que a FUNIVERSA ainda tem a maior probabilidade de organizar ocertame, analisei todos os editais de concursos em andamento, abertos

    e encerrados que se encontram disponveis no site daquela fundao.

    L, encontrei 08 certames em que foi exigida a disciplina Economia. A

    partir destes editais, pude perceber que h determinados assuntos que

    sempre so exigidos pela banca e partindo desta constatao, desse

    ncleo de assuntos, que est sendo pautado o nosso curso. Assim, caso

    seja tenhamos Economia no concurso, os temas (quase) certos de serem

    cobrados j estaro sendo abordados em nossas aulas. Destaco ainda queestes assuntos tm enorme possibilidade de cair na prova ainda que

    tenhamos outra banca organizando o certame.

    Segue agora o cronograma com a nossa proposta:

    AULA 00(Demonstrativa)

    Microeconomia: Demanda e oferta.

    AULA 01

    (05/07)

    Microeconomia: Demanda, oferta e

    elasticidades.AULA 02(12/07)

    Macroeconomia: Funes do governo e papel dogoverno na economia. Contas Nacionais: parte I

    AULA 03(19/07) Macroeconomia

    : Contas Nacionais: parte II

    AULA 04(26/07)

    Macroeconomia: Balano de pagamentos eregimes cambiais.

    AULA 05(02/08)

    Macroeconomia: Sistema monetrio, agregadosmonetrios, contas do sistema monetrio einstrumentos de poltica monetria.

    AULA 06(09/08)

    Macroeconomia: Poltica fiscal, dficit e dvidapblica, necessidades de financiamento dosetor pblico.

    AULA 07(16/08)

    Macroeconomia: Interao entre polticas fiscale monetria, inflao, taxa de juros e renda ounvel de atividade (modelos IS-LM eoferta/demanda agregada).

    AULA 08

    (23/08)

    Microeconomia: Microeconomia do setor pblico(bens pblicos, semi-pblicos e privados; falhas

    de mercado; funes do governo e do Bem-estar). Princpios de tributao.

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    Isso que est no quadro acima o cerne dos editais daFUNIVERSA e tambm bastante recorrente em outras bancas, quando a

    disciplina Economia aparece nos editais. Alm desses assuntos, ainda h

    outros bastante cobrados, porm com menor regularidade (como Teoriado Consumidor e da Firma, ambos no campo da Microeconomia). Noentanto, decidi no os colocar em nosso curso, pois quero ter certeza de

    que no estudaremos nada em excesso, sem ter certeza de que cairo na

    nossa prova. Assim, caso estes dois ou outros diferentes assuntos

    apaream no edital, faremos aulas complementares. Caso o edital venha

    muito abrangente (como os ICMS-RJ e ICMS-RS, por exemplo), ser

    necessrio um curso complementar. Mas o importante que voc j v

    estudando estes assuntos que so mais certos de serem cobradosdentro da disciplina Economia.

    No caso do edital ser publicado no decorrer do curso, o que uma

    possibilidade real, as datas das aulas sero ajustadas, de forma que o

    aluno no saia prejudicado e tenha tempo hbil para estudar o contedo

    das mesmas.

    Metodologia do curso

    importante ressaltar que, de forma geral, a Economia uma

    matria bastante densa e, por que no dizer, complicada. John Maynard

    KEYNES1j dizia: A economia um tema difcil e tcnico, mas ningum

    quer acreditar nisso. Se ele, que era um gnio, est dizendo, quem sou

    eu para contrariar, n?!

    Em minhas experincias em sala de aula, noto que a maioria dosestudantes deixa para estudar Economia j com o edital aberto, o quepode ser bastante complicado. Por outro lado, matrias como a

    Contabilidade e os Direitos so estudadas exausto mesmo sem edital

    aberto. Tal atitude pode se tornar perigosa, pois a Economia uma das

    matrias mais difceis da rea fiscal (para muitos, a mais difcil!). Sendo

    1Fundador da teoria que ficou conhecida como Keynesianismo, at hoje estudada e levada

    em considerao pelos governos na adoo de polticas econmicas. Seu grande feito foi

    propor solues econmicas que ajudariam os EUA e o mundo na recuperao econmica

    durante a Depresso da dcada de 1930.

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    assim, natural que seja necessrio um tempo para que o estudante

    adquira a maturidade e a malcia para o raciocnio econmico. Falo isso

    porque determinadas disciplinas exigem um aprendizado na forma de

    conta-gotas, onde a fixao de contedos ocorre mais devagar;

    Economia uma delas.

    Uma coisa voc estudar a legislao do ISS ou a LODF (Lei

    Orgnica do DF) em uma semana, outra coisa tentar aprender

    Economia no mesmo tempo. No caso do estudo de ISS e/ou LODF, por

    exemplo, voc decorar inmeros artigos e poder se sair bem na prova,

    pois as questes no fugiro muito da literalidade da lei. O examinador,

    neste caso, tem sua atuao bastante limitada. De outra maneira, quando

    voc estuda matrias como Contabilidade, Matemtica, Economia ouEstatstica, de nada adiantar o estudo desesperado, tentando ver uma

    grande quantidade de contedos em pouco tempo. Nestas ltimas

    disciplinas citadas, voc dever realmente entender e raciocinar em cima

    dos conceitos e saber desenvolv-los na hora da prova.

    Assim, voc faz muito bem em decidir estudar a Economia antes do

    edital abrir, isto se ainda no o fez. Tenha certeza esse estudo realizado

    com maior antecedncia e calma render-lhe- muito mais frutos e lheproporcionar um aprendizado mais natural, dada a dificuldade da

    matria.

    A organizao, montagem e explicao das nossas aulas sempre

    partiro do pressuposto que o aluno nunca estudou Economia na

    vida!Creio que essa forma de ensinar possibilita o aprendizado daqueles

    mais iniciantes e, ao mesmo tempo, no atrapalha aqueles mais

    avanados, pois esses estaro revisando seus conhecimentos.

    Com exceo desta aula demonstrativa, as outras devem ter

    aproximadamente entre 30 a 40 pginas. Eventualmente, poderemos ter

    aulas mais longas (entre 40 a 50 pginas) ou mais curtas (entre 25 a 30

    pginas), mas a mdia ser por volta de 35.

    Ao final do texto, colocarei questes comentadas de inmeras

    bancas (FUNIVERSA, ESAF, CESGRANRIO, FGV e FCC), at porque aindano temos certeza total da FUNIVERSA ser ou no a banca do concurso.

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    Assim, aproveito para salientar que nosso curso ser de TEORIA e

    EXERCCIOS (todos os exerccios sero comentados).

    Outro ponto a destacar o fato de que esta aula, apesar de j

    iniciar um assunto que iremos aprender, meramente demonstrativa.Logo, nosso curso propriamente dito ser iniciado na aula 01, quandorepetiremos o assunto desta aula (oferta e demanda) e acrescentaremos

    aqueles previstos no nosso planejamento, alm de vrios exerccios

    comentados.

    Bem, dito isto, creio que j podemos comear nossa aula

    demonstrativa com os assuntos demanda e oferta.

    Todos prontos?! Ento, aos estudos!

    1.DEMANDA (PROCURA)

    A demanda ou procura de um bem simplesmente a quantidadedeste bem que os consumidores/compradores desejam adquirir a

    determinado preo, em determinado perodo de tempo.

    Dentro desta idia, surge o conceito fundamental de curva dedemanda de um bem. Ela informa, graficamente, a quantidade que osconsumidores desejam comprar medida que muda o preo unitrio. Aprimeira pergunta que vem cabea a seguinte: Como seria estacurva?

    Para descobrir ojeito ou formatoda curva, devemos saber qual arelao que existe entre as variveis que constam no grfico em que ela

    est. No grfico da curva de demanda, temos a quantidade de bensdemandados no eixo X (eixo horizontal ou eixo das abscissas), e temos opreo do bem no eixo Y(eixo vertical ou eixo das ordenadas), conformevemos na figura 01. Ento, temos que descobrir qual a relao existenteentre o preo do bem e a quantidade demandada.

    Imaginemos um bem qualquer. Vamos adotar, como exemplo, obem Cerveja. O que aconteceria com a quantidade demandada decervejas caso seu preo estivesse bastante baixo? O que aconteceria coma quantidade demandada de cervejas caso seu preo estivesse alto? As

    respostas so bastante bvias: teramos alta e baixa quantidadedemandada, respectivamente.

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    Preo

    Curva de demanda:QD= 14 2P

    6 A

    Figura 01

    B2

    102Quantidadede produtos

    A concluso a que chegamos a seguinte: a quantidadedemandada ou procurada de um bem varia inversamenteem relao aoseu preo. Em outras palavras, quanto mais caro est o bem, menos ele demandado. Quanto mais barato est o bem, mais ele demandado. Esta a milenar lei da demanda, e qualquer um de ns quando vai ao mercadofazer compras aplica esta lei, ainda que implicitamente.

    Pois bem, voltando curva de demanda, como ela seria? Quando asduas variveis do grfico atuam em sentido inverso, isto , uma aumentae a outra diminui e/ou vice-versa, como o caso dos preos equantidades demandadas, a curva do grfico ter inclinao para baixo.Pegue como exemplo a seguinte funo de demanda (QD= quantidadedemandada e P = preo) de cervejas e seu respectivo grfico:

    QD= 14 2P

    Veja que no ponto A o preo 6 e a quantidade demandada 2cervejas (QD= 14 2P QD= 14 2.6 = 14 12 = 2). medida quereduzimos o preo de 6 para 2, a quantidade demandada aumentou de 2para 10 (QD = 14 2P QD = 14 2.2 = 14 4 = 10). Ou seja,enquanto o preo cai, a quantidade demandada sobe. Temos uma relaoinversa e quando isto acontece, a curva tem sua inclinao para baixo.

    Existem vrias outras maneiras de expressar que a curva tem suainclinao para baixo e que existe uma relao inversa entre a varivel doeixo Y e a varivel do eixo X. Voc tem que estar familiarizado com todasestas nomenclaturas. Assim, podemos dizer que a curva de demanda teminclinao para baixo, decrescente, descendente ou negativa.

    Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de demanda serdecrescente pelo sinal negativo do nmero/coeficiente que multiplicaalguma das variveis. Assim, na equao da demanda apresentada, QD=

    14 2P, o sinal negativo que multiplica a varivel P (Preo) garante arelao inversa entre QD e P, indicando que quando uma varivel

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    aumenta, a outra diminui e vice-versa, orientando, assim, a inclinaodecrescente da curva de demanda.

    Exceo lei da demanda: existe um tipo de bem que noobedece lei da demanda: o bem de Giffen. Para este bem,aumentos de preo geram aumentos de quantidade demandada eredues de preo geram reduo de quantidade demandada.Ento veja que as variveis preo e quantidade demandadacaminham no mesmo sentido, indicando que a curva de demandado bem de Giffen ter inclinao positiva, direta, ascendente oucrescente. Como exemplo deste tipo de bem, temos os bens deluxo, como jias e carros esportivos, que geralmente tm seuconsumo relacionado ao status e poder aquisitivo do possuidor, quequer mostrar aos demais que tem uma renda privilegiada. Destaforma, quanto mais caros estes bens, maior a procura.

    Ento vimos neste tpico que a quantidade demandada de um bemdepende de seu preo e que essa relao inversa, ocasionando umacurva de demanda negativamente inclinada, decrescente, descendente oucom inclinao para baixo. Vimos tambm que o raciocnio deve serinverso se o bem for de Giffen.

    Esclarecimento sobre os bens de Giffen:

    Em outros cursos que ministrei em sala de aula e at mesmo aqui

    no Ponto, alguns alunos me indagaram se minha definio de bem deGiffen estava correta. A resposta sim, est correta. Existe um(excelente) livro2 que define bem de Giffencomo aquele bem de pequenovalor cuja demanda aumenta aps um aumento de preo. H tambm,nesta mesma obra, a definio de bem de Veblen que, segundo osautores, o bem de alto valor cuja demanda aumenta aps um aumentode preo.

    Para fins de concursos, esquea os bens de Veblen, e adote aseguinte definio para bem de Giffen: o bem que nega a lei da

    demanda. Pode ser tanto um bem inferior (bem de baixo valor) como umbem de luxo (bem de alto valor). Para ser bem de Giffen, necessitaapenas ser exceo lei da demanda, no importando se um bemmuito barato ou muito caro.

    essa definio que est presente nos livros mais relevantes,naqueles que ditam a doutrina na parte de Economia. So livros usadosnos cursos de graduao de Economia e, se voc precisar fazer um

    2 O livro Introduo Economia, Paulo Viceconti e Silvrio das Neves a meu ver, um

    excelente livro, bastante didtico e com muitos exerccios comentados, apesar desta

    impreciso na definio de bens de Giffen.

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    recurso de alguma questo da prova, baseado nestes livros que vocdeve fundamentar seu recurso (no fundamentamos recursos com baseem livros voltados para concursos, apostilas, cursos do Ponto, etc). Entreestes relevantes autores, cito: Varian, Pindyck, Mankiw e Professores-USP.

    Se voc ainda est desconfiado, tente achar alguma questo deconcurso que fale sobre bens de Veblen. Voc certamente no aencontrar, porque esta definio no consta nos livros acadmicos,aqueles nos quais a banca se baseia para formular as questes. Logo, adefinio no cai em provas de concursos.

    FATORES QUE AFETAM A DEMANDA

    A demanda de um bem depende de uma srie de outros fatores que

    vo alm simplesmente do preo deste bem:

    Preo: j visto no item de introduo Demanda.

    Renda do consumidor: na maioria das vezes, o aumentode renda provoca o aumento da demanda.

    Preos de outros bens: se o consumidor deseja adquirir arroz,ele tambm verificar o preo do feijo, j que o consumo destesbens associado. O mesmo ocorre com o preo do DVD e do

    aparelho de DVD. Quando o consumo de um bem associado aoconsumo de outro bem, dizemos que estes bens socomplementares. De forma oposta, quando o consumo de umbem substitui ou exclui o consumo de outro bem, dizemos queestes bens so substitutos ou sucedneos. o que acontece,neste ltimo caso, com a manteiga e a margarina, refrigerante esuco, carne bovina e carne de frango, etc.

    Outros fatores: aqui entram os gostos, hbitos e expectativasdos consumidores que podem variar devido a inmeros fatores.

    Exemplos: a demanda de protetores solar aumenta no vero, ademanda de carvo para churrasco maior no Sul do Brasil, ademanda por camisas da seleo brasileira aumenta em pocade copa do mundo, a no realizao de concursos pblicosdiminui a demanda de cursos, etc. Assim, podemos listar comooutros fatores:

    1)Expectativas dos consumidores: quanto renda futura(se eles esperam que sua renda v aumentar, a demandatende a aumentar). Quanto ao comportamento futuro dospreos (se eles esperam que os preos vo aumentar, a

    demanda tende a aumentar, para evitar comprar produtosmais caros). Quanto disponibilidade futura de bens(se o

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    consumidor acredita que determinada mercadoria poderfaltar futuramente no mercado, ele poder aumentar ademanda por esse bem, precavendo-se de sua falta nofuturo).

    2)Mudana no nmero de consumidores no mercado: oaumento de consumidores aumenta a demanda peloconsumo de bens. Exemplo: os comerciantes de Camposdo Jordo (SP) ou Gramado (RS) compreendemperfeitamente que, durante as frias escolares de inverno,no meio do ano, h substancial aumento da demanda porpraticamente todos os servios locais. Isso ocorre devidoao aumento no nmero de consumidores. Com o trminodas frias, as famlias retornam s suas origens e ademanda pelos servios se reduz.

    3)Mudanas demogrficas: a demanda por muitos

    produtos est, por exemplo, estreitamente ligada composio etria da populao, bem como suadistribuio pelo pas. Exemplo: lugares onde a populao composta em sua maioria por jovens apresentaro maiordemanda por produtos associados a esse pblico (calasjeans, restaurantes fast food, danceterias, etc).

    4)Mudanas climticas: a demanda por produtosestritamente ligados estao mais quente (culos de sol,sungas de banho, etc) so mais demandadas no vero emenos demandadas no inverno.

    A demanda de um bem, portanto, depende no s dos vriosfatores listados acima, mas, sobretudo, da ao conjunta deles. Para queos economistas consigam analisar a influncia de uma varivel nademanda, utiliza-se a suposio de que todas as outras variveispermanecem constantes. No jargo econmico utilizado o termocoeteris paribus, que quer dizer: todo o restante permanecendoconstante.

    Por exemplo, ao afirmamos que o aumento da renda, coeteris

    paribus, aumenta a demanda de um bem, estamos afirmando quedevemos considerar isoladamente o aumento de renda na demanda. Estaobservao muito importante para questes de concursos pblicos.Assim, quando uma questo solicitar as implicaes sobre a demandaoriundas de algum acontecimento, deve-se raciocinar exclusivamentesobre aquele acontecimento em especial. Maiores detalhes sero vistosnos exerccios.

    ALTERANDO A DEMANDA

    Vamos analisar agora como os fatores do item anterior afetam acurva de demanda:

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    Preos

    Deslocamento sobrea curva de demanda

    P2Figura 02

    DP1

    QuantidadesQ2

    Aps o aumento derenda, D1 se deslocapara D2

    Fig 03

    D2P

    D1D1

    Q1Q1

    a) PREOS: quando os preos dos produtos sobem, a quantidadedemandada cai, e vice-versa. A principal concluso a quechegamos que a mudana de preos ocasiona deslocamentosNAcurva de demanda, AO LONGO DA CURVA.

    Na figura 02, acima, vimos que o aumento de preos (de P1 paraP2) provocou uma reduo na quantidade demandada (de Q1para Q2). Para que isto ocorresse a curva de demanda noprecisou sair do lugar, pois nos deslocamos na curva, sobreacurva ou, ainda, ao longo dacurva de demanda.

    b)RENDA DO CONSUMIDOR: para os bens ditos normais,aumentos de renda dos consumidores, coeteris paribus, provocamaumento da demanda (veja que estamos falando em aumento da

    demanda e NO aumento da quantidade demandada). Veja,graficamente, o que acontece com a curva de demanda de um bemnormal aps um aumento de renda dos consumidores:

    Aps o aumento de renda, TODAa curva de demanda se deslocapara a direita, indicando maiores quantidades demandadas aomesmo nvel de preos. Caso tenhamos um bem inferior, que,por definio, o bem cuja demanda diminui quando o nvel derenda do consumidor aumenta, o raciocnio diferente. Nestecaso, aumentos de renda faro com que a curva de demanda sedesloque para a esquerda, indicando menor demanda. Como

    exemplo, temos a carne de segunda. Aps um aumento derenda, o consumidor tende a diminuir o consumo da carne de

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    Aps o aumento derenda, D1 se deslocapara D2

    ig 04

    D1P

    D1 D2

    Q1 Q2

    Aps o aumentode preo de umbem substituto

    ig 05

    D2P

    D1D1

    Q1Q1

    segunda e a aumentar o consumo de carne de primeira (melhorqualidade). Veja, graficamente, o efeito de um aumento derenda para um bem inferior:

    c) PREOS DE OUTROS BENS:1)Bens substitutos: os preos de outros bens relacionados

    podem influenciar a demanda de um bem X. Quando o consumode um bem relacionado exclui o consumo de outro bem, dizemosque estes bens so substitutos. o que acontece, por exemplo,com a carne bovina e a carne suna. O que acontecer com ademanda de carne suna se o preo da carne bovina se elevar? Alei da demanda diz que a quantidade demandada de carnebovina ir diminuir. Como as carnes bovina e suna sosubstitutas, os consumidores iro substituir o consumo de carnebovina por carne suna, por conseguinte, a demanda por carne

    suna aumentar em virtude do aumento de preos da carnebovina. Veja, graficamente, o resultado sobre a curva dedemanda de carne suna aps o aumento do preo de um bemsubstituto:

    Caso haja diminuio do preo de um bem substituto ocorrerjustamente o raciocnio inverso. Tomemos como exemplonovamente o exemplo das carnes bovina e suna. O queacontecer com a demanda de carne suna se o preo da carnebovina for reduzido? A lei da demanda nos diz que a quantidadedemandada de carne bovina aumentar. Como os bens so

    substitutos, a maior demanda de carne bovina implicarobrigatoriamente uma menor demanda de carne suna. Observe,

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    Aps reduo depreo de um bem

    substituto, D1 sedesloca para D2

    Fig 06

    D1D1

    P

    D2

    Q2Q1

    Aps a reduo depreo de um bemcomplementar

    ig 07

    D2P

    D1 D1

    Q1Q1

    graficamente, o resultado provocado sobre a curva de demandade carne suna aps a diminuio de preos da carne bovina:

    Ento, temos as seguintes concluses considerando os bens X eY sendo substitutos:

    PY diminui QDY aumenta QDX diminui ao mesmo nvel depreos curva de demanda de X se desloca para a esquerda

    2)Bens complementares: quando o consumo de um bem associado ao consumo de outro bem, dizemos que estes so

    complementares. o que ocorre com o arroz e o feijo, terno egravata, po e manteiga, etc. O que acontecer com a demandade feijo se o preo do arroz diminuir? A lei da demanda nos dizque, com a diminuio do preo do arroz, a quantidadedemandada de arroz deve aumentar. Como o consumo dos bens complementar, o maior consumo de arroz deve aumentar ademanda de feijo, j que as pessoas geralmente comem arrozcom feijo. Veja, graficamente, o efeito sobre a curva dedemanda de um bem aps a diminuio de preo de outro bemque seja complementar quele:

    Caso ocorra um aumento de preo de um bem complementar, oraciocnio justamente o inverso. O que acontecer com o

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    Aps o aumento dopreo de um bem que

    seja complementarig 08

    D1 D1P

    D2

    Q1 Q2

    consumo de feijo se o preo do arroz aumentar? A lei dademanda nos diz que a quantidade demandada de arroz devediminuir. Esta diminuio do consumo de arroz vai provocar adiminuio do consumo de feijo, tendo em vista os bens seremcomplementares. Veja graficamente, o efeito sobre a curva dedemanda de um bem aps o aumento do preo de um bem queseja complementar quele:

    Para concluir, temos as seguintes relaes para os bens X e Y,complementares:

    PY diminui QDYaumenta QDXtambm aumenta ao mesmo

    nvel de preos

    curva de demanda de X se desloca para adireita.

    d)OUTROS FATORES: aqui, conforme j comentado, podemos terinfinitas variveis que influenciam a curva de demanda de umbem. Entre elas, podemos destacar o clima (demanda de culosde sol aumenta no vero e diminui no inverno), a poca (noNatal, a demanda da grande maioria dos bens aumenta), apublicidade e propaganda (ter uma grande modelo como garota-propaganda pode impulsionar a demanda de determinada marcade roupas), o tamanho do mercado (se h um aumento donmero de consumidores devido a um movimento migratrio,por exemplo, a demanda pela maioria dos bens ser maior), etc.Aqui neste item, a exemplo do que aconteceu nos itens b) e c),estamos falando do deslocamento da curva de demanda comoum todo, de forma que ela se desloca para a direita ou para aesquerda. Apenas para exemplificar, imagine a curva dedemanda do bem cerveja. O que aconteceria com esta curva dedemanda caso fosse anunciada uma descoberta cientfica de quea cerveja previne cncer, ataques do corao e impotncia?(seria incrvel, no?!) A demanda por cerveja aumentaria e TODA

    a curva de demanda de cerveja se deslocaria para a direita, nosentido de aumento do consumo:

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    Aps o anncio

    da descobertaig 09

    D2P

    D1 D1

    Q1Q1

    Importante: Mudanas no preo de um bem X provocamdeslocamentos NA, AO LONGO, SOBRE a curva de demanda(a curva fica no mesmo lugar), enquanto qualquer mudanaem quaisquer outros fatores que no sejam o preo do bem

    provoca deslocamento DA curva de demanda (a curva inteirasai do lugar).

    2.OFERTA

    A oferta de um bem simplesmente a quantidade deste bem que osprodutores/vendedores desejam vender a determinado preo, emdeterminado perodo de tempo.

    Dentro desta idia, surge o conceito fundamental de curva de ofertade um bem.Ela informa, graficamente, a quantidade que os vendedoresdesejam vender medida que muda o preo unitrio.

    Ns vimos, no estudo da curva de demanda, que quanto maior for opreo, menores sero as quantidades demandadas pelos consumidores.No entanto, do ponto de vista da oferta, devemos mudar a forma deraciocnio, isto porque quem dita a oferta so os produtores e no mais osconsumidores.

    Do ponto de vista dos produtores, quanto maior for o preo de umbem melhor ser. Maiores preos indicam maiores lucros e maiores seroos incentivos para aumentar a produo. Desta forma, h uma relaodiretamente proporcional entre os preos e as quantidades ofertadas.Assim, o grfico da curva de oferta ter inclinao para cima, ascendente,crescente ou positiva.

    Imagine a seguinte funo de oferta (QO= quantidade ofertada e P= preo) e seu respectivo grfico:

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    6B

    Curva de oferta:QO= 1 + 2P

    Figura 10

    2

    135Quantidadede produtos

    QO= 1 + 2P

    Veja que no ponto A o preo 2 e a quantidade ofertada 5 (QO= 1 +

    2P QO= 1 + 2.2 = 5). medida que aumentamos o preo de 2 para6, a quantidade ofertada aumentou de 5 para 13 (QO= 1 + 2P QO= 1+ 2.6 = 13). Ou seja, enquanto o preo sobe, a quantidade ofertadasobe. Temos uma relao direta e quando isto acontece, a curva tem suainclinao para cima, crescente ou ascendente.

    Do ponto de vista algbrico, sabemos que a curva de oferta serascendente pelo sinal positivo do nmero/coeficiente que multiplica asduas variveis. Assim, na equao de oferta apresentada, QO= 1 + 2P, osinal positivo que acompanha as variveis QOe P garante a relao direta

    entre QO e P, indicando que, quando uma varivel aumenta, a outratambm aumenta e vice-versa, orientando, assim, a inclinao crescenteda curva de oferta.

    FATORES QUE AFETAM A OFERTA

    Similarmente demanda, a oferta influenciada por vrios fatoresalm do preo:

    Preo do bem: j visto.

    Custos de produo (preo dos fatores de produo):quanto maiores os custos de produo, menor o estmulo paraofertar o bem ao mesmo nvel de preos. Quanto menores oscustos de produo, maior ser o estmulo para ofertar o bem.Como exemplo de custos de produo, podemos apresentar ostributos, salrios dos empregados, taxas de juros, preo dasmatrias-primas, etc. Fator de produo, em Economia, significatudo aquilo a partir do qual realizada a produo de bens eservios. Doutrinariamente, os fatores de produo mais

    importantes so o capital (mquinas e ferramentas usadas noprocesso produtivo) e a mo-de-obra (trabalhadores). Assim, o

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    Aps o cortede tributos

    O1O1ig 11

    O2

    P

    Q1 Q1

    preo dos fatores de produo, por influenciarem diretamente oscustos de produo, condicionante que altera a curva deoferta.

    Tecnologia: o aumento de tecnologia estimula o aumento daoferta, tendo em vista que o desenvolvimento da tecnologia,geralmente, implica redues do custo de produo e aumentoda produtividade.

    Preos de outros bens: se os preos de outros bens (que usamo mesmo mtodo de produo) subirem enquanto o preo dobem X no se altera, obviamente, os produtores procuraroofertar aquele bem que possui o maior preo e lhe trar maioreslucros.

    Outros fatores: aqui, a exemplo da demanda, temos umainfinidade de fatores que podem alterar a oferta. Apenas paracitar um exemplo, uma superoferta de qualquer produto agrcolapode ter sido causada por uma excelente safra, devido a boascondies climticas no campo. Outro exemplo: a expectativadeaumento da demanda por um bem tambm leva os produtores aaumentar a oferta deste bem, visando maiores lucros (umprodutor, meses antes do Natal, j comea a produzir maismercadorias, em razo da expectativa de aumento da demandadurante o ms de dezembro).

    Da mesma maneira do que ocorre na curva de demanda, alteraesde preos provocam deslocamentos ao longo da curva de oferta (elacontinua no mesmo lugar). Alteraes nos custos de produo,tecnologia, preos de outros bens e outros fatores provocamdeslocamentos de toda a curva de oferta.

    O mtodo de raciocnio idntico ao da curva de demanda. Quandotivermos alguma alterao no sentido de aumentar a oferta, ela como umtodo ser deslocada para a direita, com exceo de alterao nos preos

    em que o deslocamento ser ao longo da curva. Exemplo: vejamos nafigura 11 o que acontece com a curva de oferta caso o governa decidafazer um corte de tributos sobre a produo:

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    Curva de ofertaPreo

    EPEigura 12

    Quantidade

    de produtosQE

    Observe que fatores que aumentem a oferta provocamdeslocamentos para a direita, assim como ocorre na curva de demanda. Adiferena bsica que na curva de oferta, alm de ser deslocada para adireita, a curva tambm deslocada para baixo. Isto acontece porque acurva de oferta tem inclinao para cima ou ascendente, j a curva dedemanda tem inclinao para baixo ou descendente.

    Memorize apenas que aumentos de oferta ou de demanda fazemcom que estas curvas se desloquem para a direita, caminhando, no eixodas abscissas do grfico, para maiores quantidades demandadas ouofertadas.

    Se a curva ir para cima ou para baixo, isto depender dainclinao da curva. Como a curva de demanda descendente, seudeslocamento ser para a direita e para cima. Como a curva de oferta

    ascendente, seu deslocamento ser para a direita e para baixo. Caso hajaredues de oferta ou demanda, o raciocnio inverso.

    EQUILBRIO

    Agora que estudamos a demanda e oferta de bens, podemos definiro preo e quantidade de equilbrio de mercado. importante destacar quequalquer resultado do mercado de bens, seja no preo ou quantidade deequilbrio, fruto da interao entre as foras de demanda e oferta.Parafraseando o economista Alfred Marshall, um dos pioneiros no estudo

    da demanda e oferta: necessrio tanto a demanda como a oferta paradeterminar resultados econmicos, da mesma forma como sonecessrias as duas lminas de uma tesoura para cortar um tecido.

    Pois bem, dadas duas curvas, uma de demanda e outra de oferta, opreo e a quantidade de equilbrio estaro exatamente no ponto onde ademanda iguala a oferta:

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    Excesso

    O

    Figura 13

    O

    Preo

    PEEPE

    EscassezP0

    DD

    Quantidade

    de produtosQOQD QEQDQO QE

    No caso acima, o ponto E o ponto exato em que, a determinadonvel de preos, PE (Preo de equilbrio), as quantidades ofertadas soiguais s quantidades demandadas. Isto quer dizer que o mercado estem equilbrio, no h excesso de demanda nem de oferta.

    Veja agora o que acontece caso seja praticado um preo maior oumenor que o preo de equilbrio:

    No grfico da esquerda, temos um preo P0 abaixo do equilbrio.Neste caso, a quantidade ofertada QO menor que a quantidadedemandada QD. A diferena entre a quantidade demandada QD e aquantidade ofertada Q

    O representa a escassez no mercado deste bem.

    Para restabelecer o equilbrio, o preo deve ser elevado para que aquantidade ofertada aumente e a quantidade demandada diminua.

    No grfico da direita, temos um preo P1acima do equilbrio. Nestecaso, a quantidade ofertada QO maior que a quantidade demandada QD.A diferena entre a quantidade ofertada QOe a quantidade demandada QDrepresenta o excesso no mercado deste bem. Para restabelecer oequilbrio, o preo deve ser reduzido para que a quantidade ofertadadiminua e a quantidade demandada aumente.

    ALTERANDO O EQUILBRIO

    Agora que sabemos os diversos fatores que alteram a demanda e aoferta, bem como que o preo e quantidade de equilbrio so atingidosquando a oferta iguala a demanda, vamos utilizar os conhecimentosadquiridos para saber quais os reflexos sobre o preo e quantidade deequilbrio aps o surgimento de fatores que alteram a demanda ou aoferta de bens. Veremos apenas alguns exemplos para clarear oraciocnio.

    Desde j, gostaria de dizer que no aconselhvel decorar nada do queser dito, mas apenas aprender o mtodo de raciocnio e a forma com

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    Novoequilbrio

    igura 14

    Equilbrioinicial

    OO

    Preo

    E1

    PE2

    PE1E1 PE1

    D2

    D1

    QE1QE1 QE2Quantidadede produtos

    Novo

    equilbrioEquilbrio

    inicialO

    Figura 15

    O

    Preo

    E2PE1 E1

    PE2

    D1D1

    QE1QE2QE1

    Quantidadede produtos

    que as curvas so deslocadas, ora para a direita, ora para esquerda.Aprender esta sistemtica a nossa meta, pois ela ser til quandoestudarmos a demanda e oferta de mo-de-obra, nosso foco principal.

    Exemplo 1: Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de umbem X, transacionado em um mercado competitivo (os tipos de mercadossero vistos na prxima aula), aps o aumento do preo de um bem Y,substituto de X?

    Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidadedemandada de Y diminui. Como X e Y so substitutos, os consumidoressubstituiro o consumo de Y pelo consumo de X, isto , a demanda de Xaumenta, provocando o deslocamento de toda a curva de demanda de Xpara a direita (de D1 para D2). Como resultado deste deslocamento,temos um novo ponto de equilbrio E2, onde temos novo preo deequilbrio PE2e nova quantidade de equilbrio QE2. Concluso: o aumentode preo de um bem substituto provoca aumento de preos e quantidadestransacionadas do bem X.

    Exemplo 2: Qual o efeito sobre preo e quantidade de equilbrio de umbem X, transacionado em um mercado competitivo, aps o aumento dopreo de um bem Y, complementar de X?

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    Novo

    equilbrio

    Figura 16Equilbrioinicial

    O2

    O1O1

    Preo

    PE2E2

    E1PE1 E1 PE1

    DD

    Quantidadede produtosQE2 QE1QE1

    Aps o aumento de preo de Y, pela lei da demanda, a quantidadedemandada de Y diminui. Como X e Y so complementares, osconsumidores, ao diminurem o consumo de Y, tambm diminuem o

    consumo de X, isto , a demanda de X diminui, provocando odeslocamento de toda a curva de demanda de X para a esquerda (de D1para D2). Como resultado deste deslocamento, temos um novo ponto deequilbrio E2, onde temos novo preo de equilbrio PE2e nova quantidadede equilbrio QE2. Concluso: o aumento de preo de um bemcomplementar provoca reduo de preos e quantidades transacionadasdo bem X.

    Exemplo 3: Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada dobem X, transacionado num mercado competitivo, aps um aumento detributao sobre a produo?

    Aumentos de tributao sobre a produo aumentam os custos deproduo e, como estamos falando em produo, este aumento detributos influencia a oferta e no a demanda, mais precisamente, reduzira oferta. Esta diminuio da oferta provoca deslocamento de toda a curvade oferta para a esquerda. Observe que, pelo fato da curva de oferta serpositivamente inclinada, ela ser deslocada para a esquerda e para cima

    (de O1 para O2). Como resultado deste deslocamento, temos um novoponto de equilbrio E2, onde temos novo preo e quantidade de equilbrio,PE2e QE2, respectivamente. Concluso: o aumento de tributao sobre aproduo provoca aumento de preos e reduo de quantidadestransacionadas. (tome cuidado!Se o aumento de tributao for sobre arenda das pessoas, esta tributao vai alterar a demanda e no a oferta).

    Exemplo 4: Qual o efeito sobre preo e quantidade transacionada dobem X, transacionado num mercado competitivo, aps o desenvolvimentode uma nova tecnologia de produo?

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    NovoequilbrioO1 O1

    Equilbrio

    inicial

    Figura 17

    Preo

    E1PE1E1

    PE2E2

    DD

    QE1 QE1 QE2

    O OEquilbrio

    inicial

    Figura 18

    Preo

    EscassezE1PE1 E1 PE1

    D2

    PE2D

    D

    QOF QE1QE1Quantidadede produtos

    Desenvolvimento de tecnologia afeta a produo, desta forma,

    influenciar a oferta, mais precisamente, haver aumento de oferta e acurva ser deslocada para a direita. Isto acontece pois a tecnologiadiminui os custos e aumenta a produtividade, elevando, assim, a oferta.Em virtude de a curva ser ascendente, ela, alm de se deslocar para adireita, ser deslocada tambm para baixo (de O1 para O2). Comoresultado, teremos novo preo e quantidade de equilbrio, PE2 e QE2,respectivamente. Concluso: o desenvolvimento de nova tecnologiaprovocar reduo nos preos e aumento das quantidadestransacionadas.

    Exemplo 5: Quais as conseqncias de um congelamento de preos,abaixo do equilbrio, por parte do governo?

    Antes de tudo, devemos atentar para o fato que foi falado tosomente sobre alterao de preos. Desta forma, no haverdeslocamento de nenhuma das duas curvas. Haver, apenas,

    deslocamento ao longo das curvas, conforme indicado pelas setas nogrfico. Assim, quando o preo cai de PE1para PE2, estaremos, no lado da

    Quantidadede produtos

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    oferta, no ponto O2, com as quantidades ofertadas QOF. No lado dademanda, estaremos no ponto D2com as quantidades demandadas QDEM.Observe que, pelo fato de o preo estar abaixo do equilbrio, asquantidades demandadas superam as quantidades ofertadas, havendo,portanto, escassez de bens (vocs se lembram dos congelamentos depreos na dcada de 80 e das filas nos aougues, supermercados,padarias, etc?).

    Com estes 05 exemplos, pudemos observar o efeito isolado de umaumento ou reduo da demanda, aumento ou reduo da oferta, esimples alterao de preo. No entanto, preste bem ateno, estes efeitosno devem ser decorados. Eles foram colocados apenas para efeito deilustrao do mtodo de raciocnio, e esta sistemtica de raciocnio quevoc deve adquirir e, de forma nenhuma, a simples memorizao dosefeitos.

    Ao se deparar com um problema em que voc tenha quedescobrir, a partir de um acontecimento, os efeitos sobre o preoe quantidade de equilbrio de determinado bem, siga os passosabaixo:

    1 primeiro, verifique se este acontecimento uma simples alterao depreo. Se for, haver deslocamento ao longo da curvas, provocandoescassez se o preo for abaixo do equilbrio, ou excesso se o preo foracima do equilbrio.

    2 depois, verifique se o acontecimento afeta a demanda ou a oferta.Mudanas na renda do consumidor e nos preos de bens que tenham oconsumo relacionado provocam deslocamentos da curva de demanda.Mudanas nos custos de produo (salrios, tributos, taxa de juros,preos de matrias-primas), tecnologia e nos preos de bens que tenhama produo relacionada provocam deslocamentos da curva de oferta.

    3 verifique para onde vai determinada curva, se para a direita ouesquerda. Aumentos, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar as

    curvas para a direita, no sentido de aumento de quantidadestransacionadas, que esto representados no eixo horizontal, dasabscissas. Redues, sejam na demanda ou oferta, iro deslocar ascurvas para a esquerda.

    4 aps deslocar as curvas, verifique, por si s, as conseqncias sobreo novo preo e quantidade transacionada do bem.

    Esteja habituado a esta seqncia e forma de pensar, pois elas somuito teis na hora de raciocinar durante as questes.

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    QUESTES DE CONCURSOS

    01 - (FUNIVERSA/2010 Economista CEB) - Conforme o estudoda Lei da oferta, assinale a alternativa correta.(A) Uma curva tpica de oferta evidencia, coeteris paribus, que asQuantidades ofertadas de um Bem i (Qsi) crescem medida que osPreos desse bem i (Pi)diminuem.(B) Na teoria da oferta existe uma relao direta ou diretamenteproporcional entre o Preo do bem i (Pi)e a Quantidade ofertada dessebem i (Qsi), coeterisparibus, ou seja, mantendo-se as outras variveispertinentes teoria da oferta constantes.(C) A forma da curva de oferta normal implica que, coeteris paribus,quanto maior o Preo do bem i (Pi), maior aQuantidade demandadadesse bem i (Qdi).(D) A Quantidade ofertada a quantidade mxima de um bem ou servio,que os compradores esto dispostos a vender por certo preo, numintervalo fixo de tempo.(E) Uma curva tpica de oferta implica que, coeteris paribus, quanto maioro preo do bem i (Pi) menor aQuantidade ofertada desse bem i (Qsi),coeteris paribus.

    COMENTRIOS:

    Vamos anlise por alternativas:

    a) Incorreta. Uma curva tpica de oferta evidencia, coeteris paribus, queas Quantidades ofertadas de um Bem i (Qsi)crescem medida que osPreos desse bem i (Pi)aumentam.

    b) Correta.

    c) Incorreta. A forma da curva de oferta normal implica que, coeterisparibus, quanto maior o Preo do bem i (Pi), maior a Quantidadeofertadadesse bem i (Qdi).

    d) Incorreta. A Quantidade ofertada a quantidade mxima de um bemou servio, que os produtores/vendedores esto dispostos a venderpor certo preo, num intervalo fixo de tempo.

    e) Incorreta. Uma curva tpica de oferta implica que, coeteris paribus,quanto maior o preo do bem i (Pi) maiora Quantidade ofertada dessebem i (Qsi), coeterisparibus.

    GABARITO: B

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    02 - (FUNIVERSA/2010 Economista CEB) - De acordo com oestudo da Teoria da Demanda e com relao s curvas dedemanda, assinale a alternativa correta.(A) As variveis consideradas mais relevantes e gerais teoria dademanda so: Preo do bem i (Pi); Preo de outros bens (Pn); Preodos fatores de produo e a Tecnologia (T), em um dado perodo detempo.(B) A curva de Demanda (Do) representada graficamente por meio deuma reta ou curva ascendente da esquerda para a direita.(C) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a esquerda formando acurva de Demanda (D1), quando ocorrer um aumento da Renda Real doconsumidor (coeteris paribus).(D) As variveis consideradas mais relevantes e gerais teoria dademanda so: Preo do bem i (Pi); Preo dos bens substitutos (Ps);Preo dos bens complementares (Pc): Renda (R) e o Gosto do consumidor

    (G), em um dado perodo de tempo.(E) A curva de Demanda (Do) desloca-se para a direita formando a curvade Demanda (D1), quando ocorrer uma reduo da Renda Real doconsumidor (coeteris paribus).

    COMENTRIOS:

    Vamos s alternativas:

    a) Incorreta. A assertiva citou as variveis mais relevantes teoria da

    oferta e no da demanda.

    b) Incorreta. A curva de demanda descendente da esquerda para adireita. Ascendente a curva de oferta.

    c) Incorreta. Quando a renda real3 do consumidor aumenta, a curva dedemanda se desloca para a direita, ver figura 03.

    d) Correta.

    e) Incorreta. Quando ocorre reduo da renda real do consumidor, acurva de demanda se desloca para a esquerda.

    GABARITO: D

    3Ao longo do curso, explicaremos a diferena entre renda real e renda nominal.

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    Bem pessoal, por enquanto s!

    Espero que tenham gostado da aula demonstrativa!

    Na aula 01 de nosso curso, repetiremos esse assunto (Oferta eDemanda), complementando-o com o assunto Elasticidades e vriosexerccios comentados de vrias bancas (dentre eles, sero inclusosexerccios tambm da FUNIVERSA).

    Aguardo vocs na nossa primeira aula!

    Abraos e bons estudos!

    Heber [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]