aula 01 inicial - apresentação e introdução
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Prof. Nelson VirgilioTRANSCRIPT
Tratamento de
Água e Efluentes
2º. Sem./2010
Eng.Ambiental
Apresentação do Curso
ENGENHARIA AMBIENTAL
Hidrosfera
PROGRAMA DE
DISCIPLINA DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTE
CURSO: CARGA HORÁRIA: 60 H SEMESTRE: 8º
2010.2 PROFESSOR: NELSON VIRGÍLIO DE CARVALHO FILHO
Calendário Acadêmico
Início: 28.07.10
1ª. Avaliação: Prova dia 29.09.10
2ª. Avaliação: Seminário (novembro)
Término: 01.12.10
3
4
Objetivos
5
Identificar as características das águas atestando a
importância do seu tratamento para o consumo
humano, industrial e agropecuário
Identificar as principais características de efluentes de
origem industrial, rural e urbano para propor um
tratamento adequado.
Aplicar os métodos avançados e as necessidades
atuais e futuras de desenvolvimento e tecnologia de
baixo custo econômico e ecológico, no tratamento de
água e efluentes.
Dimensionar os sistemas de estudos de tratabilidade de
efluentes objetivando o reúso de água para garantir
ganhos econômicos, sociais e ambientais compatíveis
e adequados.
Programa
6
Visita Técnica: EMBASA – Viera de Melo (data a definir)
I UNIDADE
Introdução – Histórico – Panorama Caracterização das Águas e Esgotos
Princípios Químicos, Físicos e Biológicos do TA
Interpretação de Análises e Elaboração de Laudos
Considerações Projetos e Técnicas de Tratamento
Tecnologia para Tratamento de Água
Parâmetros de controle de qualidade de Água
Legislação Aplicada e Padrões
ETAS BOLANDEIRA
ETA Teodoro Sampaio
ETA Vieira de Mello
Programa
Programa
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II UNIDADE
Caracterização e tratamento dos efluentes
industriais:
galvanoplastia, ind. papel e celulose, têxtil,
laticínios, abatedouros e frigoríficos,
curtumes, ind. química e petroquímica,
farmacêutica, ind. alimentícia e bebidas.
Controle de Processo e Análise de Custo
Visita Técnica: CETREL (Polo Camaçari) – Data a definir
CETREL
Estação Tratamento
Polo
Emissário
Programa
Programa
JAR-TEST
Programa
Seminários e Mini Seminários
Programa
Água Viva Consultoria
Ambiental
Palestras Técnicas e de Mercado
13
Instrumento Peso
I Unidade – Prova I 9
I Unidade – Mini Seminário 1
II Unidade – Seminário 10
Programa
Sistema de Avaliação
Bibliografia
14
Básica
• VON SPERLING, Marcos. Princípios Básicos de Tratamento de
Esgotos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996
• VON SPERLING, Marcos. Introdução a Qualidade das Águas e ao
Tratamento de Esgotos. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996
• METCALF & EDDY INC. Wastewater Engineering Treatment,
Disposal, Reuse. Fourth edithion International Edition. New York:
McGraw-Hill, 2003
Complementar • MANCUSO, Pedro C. S. e SANTOS, Hilton F. Reúso de Água. São
Paulo: Ed. Manole, 2003
• TELLES, Dirceu D´Alkmin e COSTA, Regina H. P. G. Reúso de Água:
Conceitos, Teorias e Práticas. São Paulo: Ed. Edgard Blücher, 2007
• EDWARDS, Joseph. D. Industrial Wastewater Treatment. Boca
Raton, Florida: Lewis Publishers, 1995
Biblioteca: zero
Bibliografia
15
Alternativa
• MIERZWA, José Carlos e HESPANHOL, Ivanildo. Água na Industria
uso Racional e Reuso. Editora Oficina de Textos, 2005
• GIODARNO, Ganhi. Tratamento e Controle de Efluentes Industrias.
Rio de Janeiro: Apostila Curso - UERJ
• CARVALHO F, Nelson Virgilio. Análise das Condições Operacionais
da Estação de Tratamento de Efluentes do Polo Petrquímico de
Ravenna - Itália e Projeto de uma Estação a Lodo Ativado.
Monografia Pós-Graduação em Eng. Química e Petroquimica.
SOGESTA, Itália, 1990
16
Apresentação do Curso
Introdução: Visão Histórica
Tratamento de Água para
Consumo Humano: Panorama
Mundial e Brasileiro
O papel do Eng.
Ambiental nos Processos
de Tratamento de Água e
Efluentes
Nesta
Aula
Veremos ...
Introdução
20
“A água, essencial ao surgimento e à manutenção da
vida em nosso planeta, é indispensável para o
desenvolvimento das diversas atividades criadas pelo
ser humano, e apresenta, por essa razão, valores
econômicos, sociais e culturais”
(Moran, Morgan e Wierma, 1985 e Beeckman, 1998)
Introdução
21
“O ser humano começou a abandonar a caça como
forma de sustento e iniciou o cultivo das primeiras
culturas e a criação de rebanho”
Como consequência renunciou ao nomadismo e se
concentrou próximo a cursos d’água (ex.:
Mesopotânia)
22
Introdução
Ar
Luz Alime
nto
Água
Energia, elemento fundamental da vida
Fornecida por várias fontes existentes na natureza
Consumida de modos diferentes pelos seres vivos
Histórico
24
Assentamentos humanos (fim do nomadismo)
Capacidade de produzir alimentos,
Água para suprir a dessedentação, a agricultura
incipiente, a higiene e, posteriormente, a diluição de
dejetos.
Fixação das comunidades humanas em locais
próximos aos rios ou lagos.
O aumento da população fixada nos assentamentos
urbanos, aliados à expansão industrial, agravou-se a
contaminação das águas superficial e subterrânea
Foi esta
necessidade que
fixou a tendência
natural do hmem
em se estabelecer
próximos aos
cursos d’água
(distribuição não
uniforme e não
pode ser produzida
pelo homem)
Água : recurso natural presente em toda biosfera, sendo elemento de maior importância para todas as formas de vida na terra, percorre um caminho cíclico em nosso planeta
Linha do Tempo
28
4.000 a.C. 1.500 a.C.
Índia
1º. documento a sistematizar uma metodologia de tratamento da
agua: orientava as pessoas a fervura ou exposição da água ao
sol, ao uso de peças de cobre aquecidas que deveriam ser
mergulhadas na água várias vezes, complementado com filtração
e resfriamento posterior em potes cerâmicos
Sec. III a.C. 400 a 1400 d.C 1829 1874
Linha do Tempo
29
4.000 a.C. 1.500 a.C.
Egito
O uso de sulfato de alumínio para remover
sólidos suspensos. Nas tumbas de Amenophis
II e Ramses II (em períodos diferentes), há
pinturas que descrevem equipamento para
tratamento de água.
Sec. III a.C. 400 a 1400 d.C 1829 1874
30
Linha do Tempo
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4.000 a.C. 1.500 a.C. Sec. III a.C.
Roma Antiga
Engenheiros romanos construiram o
sistema de abastecimento de água com
vazão de 490.000 m3/dia para
abastecimento de Roma por meio de
aquedutos
400 a 1400 d.C 1829 1874
32
Aquadutos Romanos
Histórico
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Banheiro público romano
“Toalete de Ephesus”
Linha do Tempo
34
4.000 a.C. 1.500 a.C. 400 a 1400 d.C
Idade Média
Período de 10 séculos sem avanços
sanitários. Lixo de todo tipo se acumulava
nas ruas, facilitando a proliferação de ratos
e criando sérios problemas de saúde
pública – um dos mais graves foi a
epidemia da peste bubônica, que só na
Europa, causou a morte de cerca de 25
milhões de pessoas.
Sec. III a.C. 1829 1874
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Linha do Tempo
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4.000 a.C. 1.500 a.C. 400 a 1400 d.C 1829 1874 Sec. III a.C.
Londres, Inglaterra
A 1ª. ETA tinha a função de coar a água do rio Tâmisa
em filtros de areia.
No final do séc. XVIII, (Revolução Industrial), população
das cidades aumentou muito causando agravamento do
acúmulo de lixo e excrementos nas ruas. Foi necessária
a criação de um sistema de esgotos, risco de deter o
progresso industrial (novas epidemias) e êxodo cidades
37
"Cottonopolis”, na Inglaterra Gravura feita por Edward Goodall (1795-1870).
38
Linha do Tempo
39
4.000 a.C. 1.500 a.C. 400 a 1400 d.C 1829 1874 Sec. III a.C.
Windsor, Inglaterra
Testada pela 1ª. vez a idéia de tratar o esgoto
antes de lançá-lo ao meio ambiente.
em 1843 Hamburgo, Alemanha, pela 1ª. vez foi
adotada construção sistema subterrâneo
captação esgoto
40
“Despoluição do rio Tâmisa”,
na Inglaterra (150 anos) Epidemias de cólera (1840-1850).
A História do Uso da Água no Brasil - http://historiadaagua.ana.gov.br/
Situação do Saneamento - Rio de Janeiro (século XIX)
“Tigres” jogando excretas no mar
(Jornal:“A Semana Ilustrada”, 1861 – RJ)
Um passeio pelo centro de
RJ (Jornal: “O Arlequin”, 1867 - RJ
-
No Brasil
43
“Poluição do rio Tietê”, SP
44 Como é possível recuperar um rio poluído ?
Recursos Hídricos
45
46
Água salgadas nos oceanos = 97,5%
Capas de gelo e geleiras = 2,14%
Água subterrânea = 0,61%
Águas superficiais = 0,009%
Umidade do solo = 0,005%
Atmosfera = 0,001%
Recursos Hídricos
47
Recursos Hídricos
48
Alessandra da Silva Faria
Engenheira Sanitarista e Ambiental -
Doutoranda do Programa de Engenharia
Industrial – PEI/UFBA. Mestrado em
Engenharia Ambiental Urbana
(MEAU/UFBA). Especialista em Gestão dos
Recursos Hídricos. Pesquisadora do Grupo
de Recursos Hídricos (GRH/UFBA)
Recursos Hídricos
REFERÊNCIAS
1. CONAGUA - Comisión Nacional del
Agua. El Proceso Regional del IV
Foro Mundial del Água, México,
2006.
2. THE WORLD´S WATER. Pacific
Institute.
3. TUNDISI, J. G. Água no Século XXI:
Enfrentando a escassez. São
49
Recursos Hídricos
50
Recursos Hídricos
51
Recursos Hídricos
52
Recursos Hídricos
Conclusões
África: maior concentração de países cuja
população encontra-se desprovida de níveis
considerados adequados de cobertura de água e
de serviços de saneamento,
Continentes: níveis de cobertura na área rural
são mais críticos do que na área urbana, em
relação ao saneamento
Brasil: Cobertura (urbana): Água (96%) e saneamento = (83%).
Cobertura (rural): Água (58%) e saneamento = (35%)
Os recursos mundiais de água doce
Relação entre disponibilidade de água e população
Crise da água
• Crise de gestão, devido ao emprego de métodos
inadequados;
• Enfermidades relacionadas com a água;
• Necessidades básicas de alimentação;
• Entorno degradado e perigoso;
• Pobreza: sintoma e causa da crise de água.
Etapas Importantes
• Terceiro Fórum Mundial de Água, Kyoto, março de 2003
• Ano Internacional de Água Doce, 2003
• Encontro Mundial de Desenvolvimento Sustentável, Hohannesburgo, 2002 – WEHAB
• Conferência Internacional sobre a Água Doce, Bonn, 2001
• Segundo Fórum Mundial de Água, Haya, 2000
• Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), Rio de Janeiro, 1992 –
Agenda 21
• Conferência Internacional sobre a Água e o Meio Ambiente, Dublin, 1992 (Princípios de Dublin)
• Decênio Internacional de Água Potável e de Saneamento (1981 – 1990)
• Conferência de Mar del Plata 1977
A Água e a Saúde
Enfermidades Diarréicas
• A diarréia ocasiona aproximadamente 6.000 mortes por dia,
principalmente entre os meninos menores de cinco anos.
• Em 2001, 1,96 milhões de pessoas morreram por causa de
diarréias infecciosas, das quais 1,3 milhões eram meninos
menores de cinco anos.
• De 1.085.000 a 2.187.000 mortes vinculadas às enfermidades
diarréicas podem ser atribuídas a três fatores: “água,
saneamento e higiene”, dos quais 90 por cento dos atingidos
são crianças menores de cinco anos.
• A maior parte das mortes poderiam ser evitadas adotando
sérias medidas de higiene simples como lavar as mãos depois
de usar o banheiro ou antes de preparar os alimentos.
Malária
• Mais de um milhão de pessoas morrem de malária todos os
anos.
• Cerca de 90% das taxas globais anuais de mortes por malária
ocorrem na África Sub-Sahariana.
• A malária ocasiona ao menos 300 milhões de casos de
enfermidades graves a cada ano.
• A enfermidade custa para a África mais de 12 milhões de
dólares ao ano e atraso o crescimento econômico dos países
africanos em 1,3% ao ano.
• A utilização de redes com mosquiteiros para dormir seria uma
forma simples mas efetiva de prevenir muitos casos de malária,
especialmente com meninos menores de cinco anos.
Esquistossomose
• Mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo estão
infectadas por esquistossomose.
• 88 milhões de crianças menores de 15 anos se infectam a
cada ano.
• 80% da transmissão da enfermidade ocorre na África Sub-
Sahariana.
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América Latina e
Caribe
Ásia África
Acesso à água encanada nos domicílios
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%
América Latina e
Caribe
Ásia África
Acesso a sistema de esgoto
Água e saneamento
• 1 bilhão de pessoas não tem acesso a um adequado
abastecimento de água.
• 2.4 bilhões de pessoas não tem acesso a um adequado
sistema de saneamento.
Metas a serem alcançadas
• Até 2015 é desejável que 1.5 bilhões de pessoas adicionais
tenham acesso a alguma forma de abastecimento de água
adequado, o que significa 100 milhões de pessoas adicionais
por ano (274.000/dia) até 2015.
• Almeja-se que 1,9 bilhões de pessoas tenham acesso a um
adequado sistema de saneamento, o que implica 125 milhões
de pessoas adicionais por ano (342.000/dia) até 2015;
• Nas zonas urbanas, mais de um bilhão de pessoas terão
necessidade, nos próximos 15 anos, de acesso a sistemas de
abastecimento de água e saneamento.
A Água e os Alimentos
Desnutrição e Segurança Alimentar • 777 milhões de pessoas nos países em
desenvolvimento não tem acesso a alimentos suficientes
e adequados. • 27 milhões de pessoas nos países em transição sofrem
de desnutrição e 11 milhões em países industrializados. • A segurança alimentar está melhorando em escala
global: –Em 1965 nos países em desenvolvimento o
consumo de alimento por pessoa foi de 2.054
kcal/pessoa/dia, em 1998 havia aumentado para
2.681 kcal/pessoas/dia. –O maior incremento foi no Leste Asiático, que
cresceu de 1.957 kcal/pessoa/dia em 1965, para
2.921 kcal/pessoa/dia em 1998.
Produtos alimentícios e necessidade de água •Nas últimas décadas, o consumo de carne nos países
em desenvolvimento aumentou a uma taxa de 5 a 6 por
cento ao ano; o consumo de leite e produtos lácteos entre
3 e 4 por cento.
•O setor avícola é o setor que cresce mais rapidamente em
todo o mundo: representou 13 por cento da produção de
carne na década de 60, em comparação com os 28 por
cento na atualidade.
• Quantidade de água requerida para produção de
alimentos: –1 kg de cereais: 1,5 m³ de água; –1 kg de ave fresca: 6 m³ de água; –1 kg de carne bovina fresca: 15 m³ de água; –1 cabeça de gado bovino: 4.000 m³ de água.
Usos da Água na Agricultura • Aproximadamente 70% de toda a água disponível é
utilizada para irrigação. •A terra utilizada para fins agrícolas aumentou em 12%
desde os anos 60, totalizando cerca de 1,5 bilhões de
hectares. •Estima-se que a retirada de água para irrigação a nível
mundial seja da ordem de 2.000 a 2.555 km³ por ano.
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13
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Perc
en
tual d
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ote
ncia
l d
e
irri
gação
Mundo África Sub-Sahariana Sudeste Asiático
Terras irrigadas em 1999
•Os pastos e cultivos ocupam 37% da superfície da terra.
•As más práticas agrícolas de irrigação e drenagem têm
conduzido à inundação e salinização de aproximadamente
10% das terras irrigadas do planeta.
Disponibilidade de água por pessoa por ano
Exemplos de países situados na parte superior da lista Exemplos de países situados na parte média da lista Exemplos de países situados na parte inferior da lista
Rankin
g Continente País
Recursos
Hídricos Rankin
g Continente País
Recursos
Hídricos Rankin
g
Continent
e País
Recursos
Hídricos
(m³/pessoa.ano) (m³/pessoa.ano) (m³/pessoa.ano)
1
América do
Norte Groenlândia 10.767.857 82 Europa
Portuga
l 6.859 133 Ásia Índia 1.880
2
América do
Norte
Alasca, Estados
Unidos 1.563.168 94
América do
Norte México 4.624 134 Europa Alemanha 1.878
3 América do Sul Guiana Francesa 812.121 102 Ásia Coréia 3.464 150 África África do Sul 1.154
4 Europa Islândia 609.319 104 Europa França 3.439 167 Ásia Israel 276
5 América do Sul Guiana 316.689 106 Ásia Japão 3.383 173 Ásia Arábia Saudita 118
6 América do Sul Suriname 292.566 107 Europa Itália 3.325 178 Ásia
Emirados Árabes
Unidos 58
25 América do Sul Brasil 48.314 111 África Nigéria 3.107 180 Ásia Kuwait 10
A Água e a Indústria
Usos industriais da água
Acesso à energia e necessidades básicas
•O volume anual de água utilizada pela indústria crescerá
de 753m³/ano em 1995 para um valor estimado em
1170m³/ano em 2025.
•Presume-se que em 2025 o componente industrial
representará 24% da extração total de água doce.
Contaminação da água pela indústria
•A indústria acumula a cada ano uns 300 a 500 milhões de
toneladas de metais pesados, solventes, sedimentos
tóxicos e outros resíduos.
•As indústrias que se utilizam de matéria prima orgânica
são as principais responsáveis pela contribuição de carga
de contaminantes orgânicos, sendo o setor de
alimentação o que mais contamina.
•Mais de 80% dos resíduos perigosos do mundo é
produzido pelos Estados Unidos
•Nos países em desenvolvimento, 70% dos esgotos
industriais são despejados na água sem tratamento
prévio, o que contamina a provisão de água disponível.
A Água e a Energia
•Cerca de 2 bilhões de pessoas não tem nenhum tipo de acesso à
eletricidade.
•1 bilhão de pessoas utilizam eletricidade de fontes anti-
econômicas. Aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas nos
países em desenvolvimento, principalmente nas áreas rurais, têm
acesso limitado aos serviços de energia comercial.
•Mais de 2 milhões de crianças morreram de enfermidades
respiratórias agudas em 2.000; 60% dessas mortes estão
associadas com a contaminação do ar em interiores e outros
fatores ambientais.
•Combustíveis de biomassa e carbono:
– A biomassa representa 80% de todo o consumo domiciliar
nos países em desenvolvimento;
– 800 milhões de pessoas dependem da biomassa como
fonte de combustível devido à severa escassez de lenha.
– 3 bilhões de pessoas em todo o mundo dependem dos
combustíveis de biomassa e de carbono para preparação
de alimentos e calefação; •Distribuição da energia em áreas rurais:
– 85% da energia é utilizada nas residências (para
preparação de alimentos e calefação);
– 2 a 8% da energia é utilizada na agricultura (para
funcionamento de equipamentos mecânicos e bombas de
irrigação;
– 2 a 10% da energia comercial (eletricidade e querosene) é
utilizada para iluminação.
•Distribuição mundial de energia hidráulica:
– A energia hidráulica é a principal fonte de energia
renovável e a mais amplamente utilizada.
– Representa 19% do total da produção de eletricidade.
– O Canadá é o maior produtos de energia hidráulica,
seguido pelos Estados Unidos e Brasil.
– Aproximadamente dois terços do potencial
economicamente aproveitável ainda está por se
desenvolver.
•Os recursos hidroenergéticos ainda não explorados são
abundantes na América Latina, África Central, Índia e China. •|A energia hidráulica desempenha um papel preponderante na
redução das emissões de gases de efeito estufa: se a metade do
potencial mundial de energia hidráulica economicamente viável
for desenvolvida, se poderia reduzir as emissões de gases de
efeito estufa em cerca de 13%.
•Os principais impactos negativos da construção de represas
incluem o deslocamento da população local e a degradação dos
ecossistemas (perda de biodiversidade e de umidade, proliferação
de espécies invasoras).
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0
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(%)
Países de Alta Renda Países de Baixa Renda
Contribuição do setor alimentar na produção
de contaminantes orgânicos da água
A Água e as Cidades
População Urbana
• A população média das 100 maiores cidades do mundo
cresceu de cerca de 0,2 milhões em 1800, para 0,7 milhões em
1900, e para 6,2 milhões em 2000.
• Dezesseis cidades se converteram em “mega-cidades” (com
mais de 10 milhões de habitantes) em 2000, concentrando 4%
da população.
Proporção da população que vive em meio urbano
Mortalidade infantil em zonas urbanas
• Nas zonas urbanas de países de menores recursos, 1
criança em cada 6 morre antes de completar 5 anos.
• Nas zonas com escassez de água e saneamento, a taxa de
mortalidade se multiplica por 10 ou 20, em comparação às
zonas que contam com serviços adequados de abastecimento
de água e saneamento.
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1975 2000 2015 2030
Ano
No Mundo
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1975 2000 2015
Ano
Nas regiões mais desenvolvidas
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%
1975 2000 2015
Ano
Nas regiões menos desenvolvidas
Abastecimento de água e saneamento
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0
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%
Global África Ásia Europa América
Latina e
Caribe
América
do Norte
Oceania
Proporção de lugares em grande cidades abastecidos com água encanada
(conexão domiciliar ou predial)
86
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100
%
Global África Ásia Europa América
Latina e
Caribe
América
do Norte
Oceania
Proporção de lugares em grande cidades conectados a sistema de esgoto
A Água Compartilhada
Bacias Transfronteiriças
Principais ameaças da atividade humana aos ecossistemas
•Em 2002 existiam 263 bacias transfronteiriças cadastradas,
em comparação a 218 em 1978.
Conflito e cooperação
•A convenção sobre a Lei de Usos Não Navegáveis dos
Rios Internacionais foi adotada pelas Nações Unidas em
1997. Atualmente, foi firmada por 16 países e ratificada por
9.
•Ocorreram 1.831 interações (tanto conflitivas quanto
cooperativas) nos últimos 50 anos.
– 7 disputas incluíram violência e houve 507 eventos
de conflito.
– Foram firmados aproximadamente 200 tratados,
com um total de 1.228 eventos cooperativos.
•Desenvolveu-se o conceito de “água virtual” que permite
às nações e aos estados compartilharem os produtos e
benefícios da água.
A Água e os Ecossistemas
•Crescimento da população e do consumo.
•Desenvolvimento de infra-estrutura ( represas, crescimento
urbano, rodovias).
•Uso e ocupação da terra (desmatamentos, agricultura,
crescimento urbano).
•Exploração da terra, pesca excessiva, desperdício nas
práticas de irrigação.
•Despejo de contaminantes (excrementos, produtos
químicos agrícolas e industriais).
•Introdução de espécies exóticas (substituindo e movendo
as espécies nativas).
59 58
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17
1
0
10
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Qu
an
tid
ad
e
África Ásia Europa América
Latina e
Caribe
América do
Norte
Oceania
Bacias Tranfronteiriças
•145 nações possuem território inserido dentro de uma
bacia transfronteiriça, e 21 estão situadas inteiramente
dentro de uma.
•12 países têm mais de 95% de seu território dentro de uma
ou mais bacias transfronteiriças.
•Aproximadamente 1/3 das 263 bacias transfronteiriças são
compartilhadas por mais de dois países.
•19 bacias incluem cinco ou mais países:
– A bacia do Danúbio é compartilhada por 18 nações
ribeirinhas;
– Cinco bacias são compartilhadas por 9 a 11 países;
– Treze bacias possuem entre 5 a oito países
ribeirinhos.
Convenções
Contaminação dos Rios
A cada dia são despejados 2 milhões de toneladas de
excremento nos cursos d’água.
• 40% das massas de água avaliadas em 1998 pelos Estados
Unidos não foram consideradas aptas para distribuição de
energia hidráulica nem para usos recreativos, devido a sua
contaminação por nutrientes, metais e despejos agrícolas.
• 5 dos 55 rios da Europa são considerados não
contaminados, e somente as porções superiores dos 14
maiores rios mantêm um bom estado ecológico.
• Na Ásia, todos os rios que atravessam cidades estão
fortemente contaminados.
Impacto do Desvio e Fragmentação
dos Cursos de Água
• 60% dos 227 maiores rios do mundo se encontram
seriamente fragmentados por represas, desvios e
canais, o que conduz à degradação dos
ecossistemas.
•Em 1998, o Mar de Aral havia perdido 75% de seu
volume total. Sua desaparição foi causada
principalmente pelo desvio do volume afluente dos
rios Amu Darya e Syr Darya.
•Desde 1900 foram perdidos 50% das áreas úmidas do
planeta.
•Mais de 80% das áreas úmidas do rio Danúbio foram
destruídos desde o começo do século 20.
•Os pântanos de sal da Mesopotâmia e as bacias dos
rios Tigres e Eufrates foram devastadas por represas e
pela canalização fluvial.
Perda de Áreas Úmidas
Perda da Biodiversidade
•Entre 34 e 80 espécies de peixes entraram em extinção
desde o final do século 19 e 6 desde 1970.
•Em escala mundial, cerca de 24% dos mamíferos e 12%
das aves estão classificadas na categoria de
ameaçadas.
•Nos Estados Unidos, 120 de 822 espécies de peixes de
água doce são considerados ameaçados,
representando cerca de 15% do total de espécies de
peixes.
Valoração da Água
A Água e a Informação
7%
2%
2%
1%
31%
4% 1%
2%
36%
1%
13%
África África Central
África Oriental África do Norte
África do Sul África Ocidental
Ásia Europa
América Latina e o Caribe América do Norte
Oceania
• Na atualidade, 79% das crianças de todo o mundo entre 6 a 11 anos freqüentam a escola primária.
• 3.873 institutos em todo o mundo oferecem cursos de nível superior em matérias relacionadas com a água:
Preços comparativos
• O custo da água em alguns países desenvolvidos:
–Canadá: US$ 0,40 por metro cúbico
–Reino Unido: US$ 1.18 por metro cúbico
–França: US$ 1.23 por metro cúbico
–Alemanha: US$ 1.91 por metro cúbico
• Os pobres pagam mais: Preço (em US$) da conexão domiciliar versos o preço do vendedor informal de alguns países:
–Colombo (Sri Lanka): 0.02 versus 0.10 (4.35 vezes mais caro)
–Chiangmai (Tailândia): 0.15 versus 1.01 (6.64 vezes mais caro)
–Ho Chi Minh City (Vietnã): 0.12 versus 1.08 (9.23 vezes mais caro).
–Manila (Filipinas): 0.11 versus 4.74 (42.32 vezes mais caro)
–Faisalabad (Paquiistão): 0.11 versus 7.38 (68.33 vezes mais caro).
–Vientiane (Laos): 0.11 versus 14.68 (135.92 vezes mais caro).
–Delhi (Índia): 0.01 versus 4.89 (489 vezes mais caro).
22
59
8
0
10
20
30
40
50
60
70
Extr
ação
de á
gu
a p
ara
a
ind
ústr
ia (
%)
Mundo Países de Alta Renda Países de Baixa Renda
A Água e e seus Riscos
Estatísticas Gerais •Entre 1.990 e 2.001 ocorreram 2.200 desastres
relacionados com a água.
•Em 1999 houve 50.000 mortes ocasionadas por desastres
naturais, em 1998 foram 40.000.
•Os desastres naturais custaram um total de US$ 70 bilhões
em 1999, em comparação com US$ 30 bilhões em 1990.
•As secas provocaram 280.000 mortes entre 1991 e 2000.
•A proporção de emergências alimentares provocadas pelo
homem está aumentando
Tendências das emergências alimentares
1981
15%
85%
desastres naturais
ações do homem2001
39%
61%
desastres naturais 61
ações do homem 39
2001
39%
61%
desastres naturais
ações do homem
Países em Desenvolvimento
• De 1992 a 2001, os países em desenvolvimento foram
alvo de 20% do número total de desastres relacionados
com a água, e mais de 50% de suas vítimas mortais. •Morrem aproximadamente 13 vezes mais gente nos
desastres que ocorrem nos países em desenvolvimento
do que nos países desenvolvidos.
Inundações
• As inundações representam 15% de todas as mortes
relacionadas com os desastres naturais, a fome 42%.
• Aproximadamente 66 milhões de pessoas sofreram
danos por causa das inundações entre 1973 e 1997.
• Entre 1987 e 1997, 44% de todos os desastres por
inundação afetou a Ásia, causando a perda de 228.000
vidas (cerca de 93% de todas as mortes devidas às
inundações no mundo). As perdas na região totalizaram
US$ 136 milhões.
50
28
11 9
2
0
10
20
30
40
50
60
70
(%)
Inundações Doenças de
veiculação
hídrica
Secas Deslisamentos
de terras e
avalanches
Fome
Desastres relacionados com a água
1997
29%
71%
desastres naturais 71
ações do homem 29
29
20
13
3
0
10
20
30
40
50
60
70
(%)
Ásia As Américas Europa Oceania
Distribuição geográfica dos desastres relacionados com a água
Fonte: The United Nations World Water Development Report –
UNESCO 2003
Fotos e Figuras: Acervo Clip-art
Ministério do
Meio Ambiente S E M I
– Á R
I D O
ANA - Agência Nacional de Águas
SPO - Setor Policial, Área 5, Quadra 3, Blocos B, L e M
CEP: 70610-200 - Brasília - DF
Fone: (61) 2109-5400 - www.ana.gov.br V.2
55
Recursos Hídricos
Países com grande
abundância de água e
pouca população (Canadá,
Nova Zelândia, Islândia)
Países com pouca
abundância de água
(Egito)
Utilização média
650 a 700
m3/pessoa/ano
57
No Brasil, apenas 49% do esgoto produzido é coletado
por meio de rede, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
Destes, somente 10% do esgoto são tratados. As
regiões metropolitanas e grandes cidades possuem
extensos volumes de esgoto que é despejado sem
tratamento nos rios e mares, desta forma, o resultado é
a poluição das águas
A solução é a implantação de uma estação de
tratamento de esgoto que remova os principais
poluentes presentes nas águas residuárias para que não
afetem a qualidade da água
Saneamento no Brasil
58
Instituto Trata Brasil divulga ranking do
saneamento com avaliação dos serviços nas 81
maiores cidades do País (com + de 300 mil hab.)
Estudo revela o que é feito com esgoto gerado por
72 milhões de brasileiros nas maiores cidades.
O estudo revelou que entre os anos de 2003 e
2008 houve um avanço de 11,7% no atendimento
de esgoto nas cidades observadas e de 4,6% no
tratamento
Saneamento no Brasil
59
81 cidades brasileiras observadas no estudo
72 milhões de habitantes.
129 litros de água/dia é o consumo médio desta
população e 150 litros de água/dia é o consumo médio
do brasileiro
80% em média da água consumida se transforma em
esgoto
9,3 bi de litros de esgoto é o total gerado todos os dias
por essa população, desses 5,9 bi de litros de esgoto
não recebe nenhum tratamento
Em média, apenas 36% do esgoto gerado nessas
cidades recebem algum tipo de tratamento
Saneamento no Brasil
60
61
62
Um dos grandes projetos de incentivo de
implantação de tratamento de esgotos tem como
finalidade a redução dos níveis de poluição dos
recursos hídricos no país e foi criado em março de
2001 pela ANA (Agência Nacional de Águas).
Esse programa chama-se PRODES (Programa
Despoluição de Bacias Hidrográficas) e tem como
objetivo a redução de poluição por esgotos
domésticos lançados sem tratamento nas bacias
hidrográficas brasileiras.
Saneamento no Brasil
67
Qual o papel do Eng. Ambiental ?
Gerenciamento das rotas de águas
Incluindo planejamento, projeto,
execução e controle de obras
necessárias para a manutenção da
qualidade da água desejada em função
de seus diversos usos
Engenharia Ambiental
Onde Estudar a Aula de Hoje
Nos Livros
• Von Sperling, Marcos – Introdução a Qualidade
das Águas – Editora UFMG 3ª. Ed ( Cap. 1 –
Noções de Qualidade das Águas)
• Telles D’Alkimin, Dirceu – Reúso da Água – Ed.
Blucher (Cap. 1 – Água: matéria prima primordial à
vida)
Onde Estudar a Aula de Hoje
Na Internet
• ANA – Agencia Nacioal de Águas
www.ana.gov.br/
• Instituto Trata Brasil – Saneamento e Saúde
www.tratabrasil.org.br/
• Livro: "A História do Uso da ÁGUA no Brasil“ site
da ANA em http://historiadaagua.ana.gov.br/
Na Próxima Aula Veremos ...
Tratamento de Água
Noções de Qualidade das Águas
Uso das Águas
Impurezas Encontradas nas Águas
Parâmetros de Qualidade da Água
Requisitos de Qualidade da Água
Poluição das Águas
Quantificação das Águas Poluidoras
Créditos
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